06 - Attraction - Serie Shifters Forever - Ellie Thorne

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Equipe PEE Tradução: Andreia Revisão: Andreia Formatação: Elza Volkov

Segundas chances são excelentes. Por que o sexy shifter Jake Evans, conhecido pelos shifters do Bear Canyon Valley como Doc, pode te-lo? Mae está preparando uma tempestade. Ela é bem sucedida em encontrar companheiros para todos os shifters no vale. Todos menos um. Aquele por quem ela está apaixonada.

Um estrondo de trovão precedeu Mae enquanto ela invadiu sua casa. Antes que ela batesse a porta atrás dela, um relâmpago iluminou o céu, fazendo um cenário impressionante para a beleza da pele de azeitona e cheia. De todo o maldito nervo. Ela pisou o pé. Chutou a perna da cadeira. Ouch. Droga. Por que ela estava agindo como uma adolescente? Ele. Foi culpa sua. Como se atreve Jake ... Não, ela se corrigiu, ela não deveria estar pensando nele como Jake. Ele era Doc para todos os outros, e tantos anos quanto ela o conhecera, ela pensaria que agora ela se acostumara com aquele apelido. Mas ele sempre seria Jake para ela. Jake. O homem por quem ela se apaixonou. Correção: ele era o shifter com quem ela se apaixonara. Ela pensou depois que Brad morrera que nunca mais iria encontrar amor. Seu coração estava quebrado. Ela estava satisfeita com o sonho que tinha de reconstruir Bear Canyon Valley na comunidade do shifter que costumava ser. Ela só tinha sido boa amiga para Jake ... Doc ... Oh, o inferno com isso. Ela não podia chamá-lo de Doc. Apenas não podia. Ele sempre seria Jake para ela. Jake, o shifter urso, sexy, incrível e musculoso. Quando ela encontrou Jake novamente, ele também era um viúvo. Ele tinha estado casado com a mãe de Astra, que foi morta em uma batalha de shifters, deixando para trás uma garotinha que Jake teve que criar sozinha, sua enteada Astra.

Ele enterrou a mãe de Astra e levou Astra para a Flórida, onde ele havia feito um trabalho maravilhoso em criá-la. Então ele voltou para Bear Canyon Valley. Mae sorriu ao pensar em Astra, que tinha um dom, assim como Mae tinha. Não são os mesmos dons exatos, mas dons sobrenaturais, era exatamente o mesmo. Ela deveria olhar para os dons de Astra para ver se ela precisava de ajuda, embora sentisse que ela era a última pessoa que tinha direito a fazê-lo, já que ela ignorou e evitou seus próprios dons por tanto tempo. A chuva lá fora diminuiu um pouco enquanto pensava em Astra. –Eu tenho que controlar minhas emoções, ou vou criar uma inundação neste vale.– disse Mae a ninguém em particular, já que ela não tinha companhia. Bem, nenhuma companhia humana ou shifter. Ela tinha seu gato preto, Zorina, mas não era o mesmo. Não era como se Zorina pudesse falar. Como se atreve, Jake decide que ele iria para a Europa? Como se atreve a deixá-la para trás? Não, ela disse a si mesma, quão estúpido de mim me apaixonar por ele. A chuva começou de novo. Mais torrencial agora, com trovões e relâmpagos pontuando-lhe todo pensamento escuro. Ela deveria saber. Claro que Jake só pensava nela como amiga. Bem, então, ela era uma amiga de merda, porque ela tinha saído da casa de Grant sem uma explicação além de que ela não se sentia bem. Ela enfrentou a chuva e o vento, as lágrimas a cegaram. E ela voltou para casa. Despedir. Se mexer. Chorar. Ela jogou a bolsa no sofá. Ele saltou, e seu comprimido voou para fora e bateu no chão, logo na cauda de outro boom de trovão. Isso foi seguido por uma batida na porta.

Quem no mundo estaria batendo na sua porta depois das nove horas da noite de sexta-feira? Claro, lembrando que era uma noite de sexta-feira, não ajudou porque então ela pensou nas sextas feiras á noite com Jake. Certo não eram encontros, apenas dois amigos saindo, ela meditou amargamente enquanto se dirigia para a porta dos fundos. *** Jake olhou em volta da mesa, na maior parte vazia, na sala de jantar de Grant e Chelsea. A empregada foi pegando os pratos cuidadosamente e silenciosamente, tomando cuidado para não incomodar ninguém. Obviamente sentiram a tensão na sala. –Uau. Adivinha, eu sei como cortar um jantar.– Ele sorriu tristemente a sua enteada. –Doc ... Você não ...– As palavras de Astra foram interrompidas. Seus belos olhos verdes e luminosos o estudavam como se ele fosse criança. Astra sempre o chamava de Doc, embora em raras ocasiões, ela se referia a ele como pai. O nome funcionava. Ele era o único pai que conhecia, e ela lhe contou muitas vezes que ele era o único pai que queria. –O quê?– Ele deu de ombros. –Tudo o que eu disse foi que eu estava indo para a Europa também. E poof, vai Mae. Poof, vá para Tanner e Teague. Poof, Grant foge.– Chelsea e Grant estavam sentados em frente a ele na mesa comprida. Chelsea estava sorrindo para Astra dessa maneira que as mulheres tinham, da maneira que disseram que sabiam o que o outro estava pensando e concordaram completamente. Jake virou-se para Grant. –Você tem uma pista sobre o que eu fiz de errado?– Grant deu de ombros. –Estou ficando fora disso–. Bem, não é ótimi. Jake levantou-se. –Com licença. Eu acho que vou sair para obter uma cerveja.–

Grant riu. –Sim, assim vai fazer qualquer coisa.– Verdade. O álcool não tinha nenhum efeito sobre os shifters, mas daria a Jake uma desculpa para sair daqui e ir a algum lugar para pensar. Ele sabia exatamente para onde ele estava indo. Astra esfregou as têmporas. Kane olhou para ela, preocupação em seu rosto. –Você está bem?– Doc se inclinou mais perto, ouvindo seu pulso com sua audição. Estava fraca, lenta. –Sim. Apenas uma dor de cabeça.– Astra parou de esfregar e tomou um gole de água. –Ela fica assim com muita frequência.– disse Kane. –E eles estão aumentando em frequência e força.– Astra riu fracamente. –Doutor Kane, eu presumo?– Ela provocou ele. –Estou falando sério.– Kane franziu o cenho, com as sobrancelhas mergulhadas em seu rosto severo. –Está bem. Provavelmente o tempo. Pressão barométrica, ou sinos, ou algo assim.– Astra acenou com um sorriso. Kane olhou fixamente para Jake. Jake entendeu, sem mais instruções. Ele precisaria examinar a situação. Entãoo. Ele deveria perguntar a Mae. Exceto que ela tinha disparado. Era algo que ele havia feito. Tanto que ele sabia, mas ele não tinha certeza exatamente o quê.

Mae abriu a porta e ofegou na vista encharmada diante dela. –Tanner. O que você está fazendo aqui?– Tanner, embebido depois de caminhar pela chuva derramando entre o caminhão e a porta da frente, parecia um cachorrinho que brincava em poças de água. Um cachorrinho grande e musculoso. –Melhor pergunta é, por que você está abrindo a porta sem se preocupar em ver quem é?– Ele franziu a testa, e seu rosto bonito com sua barba era severo. –Não seja bobo. Quem estaria aqui fora que poderia ser um perigo para mim?– No momento em que essas palavras deixaram a boca de Mae, ela percebeu o quanto eram estúpidas. Ela poderia facilmente pensar em várias ameaças e perigos. Doido ex do Chelsea, Derek. Jeff, o instável, corretor de imóveis que estava pendurado na Chelsea. Os rovers shifters que atacaram Kane. Ela olhou para baixo para impedir Tanner de ver o olhar culpado em seu rosto. –Mas o que você está fazendo aqui?– Ela persistiu, segurando a porta mais larga e entregando-lhe uma toalha de cozinha para secar o rosto dele. Teague entrou atrás de Tanner, igualmente encharcado, igualmente bonito, mas com um rosto limpo. –Teague também? Você também ligou para a Guarda Nacional?– Ela fez um show de olhar atrás deles.

–Por que faríamos isso?– Perguntou Teague. –Você não disse apenas que não há ninguém aqui que poderia ser um perigo para você?– Ela evitou responder a essa pergunta pelo mesmo motivo que ela não havia respondido a última. –Onde estão Marti e Kelsey?– –Kane e Astra estão dando-lhes uma carona para casa. Queríamos verificar você.– –Dois grandes shifters urso vindo me verificar.– Ela deu-lhes o olho. – Acho que não. O que da?– Eles se olharam. Tanner foi primeiro. –Mae, você sabe que lhe devemos. Você nos ajudou quando mais precisamos de você.– Mae inclinou a cabeça. –E você queria ter certeza de que eu estava bem porque ...– Ela acenou com as mãos, pedindo-lhes que avançassem com suas explicações. –Você ficou chateada quando Doc disse que ele estava saindo. Você saiu de um golpe. Um pouco sutil, mas ainda um susto. E então ocorreu uma tempestade.– –Então você está pensando que eu tenho algo a ver com o clima?– –Vamos, Mae. Somos nós.– disse Teague. –Nós sabemos o que você pode fazer. Vivemos aqui. Vimos a chuva durante os tempos em que outras áreas tiveram seca.– –Coincidência.– Mae arrompeu. –Coincidência também que toda vez que você visitava a campa de Brad, choveria no cemitério e apenas no cemitério?– Porra. Eles eram muito perspicazes. –Você sabia o tempo todo.– ela pensou. –Sim, senhora.– disse Tanner. –E não dissemos a uma alma que você é um mediador de elementos.– –Por que você não mencionou uma década atrás, ou mais?–

–Mae–. Tanner colocou o braço em volta dela. –Você é como nossa irmã mais velha–. Teague piscou para ela. –Embora quando fosse adolescente, Tanner teve uma paixão por você–. Tanner afastou o braço e ficou vermelho. –Eu era uma criança. Maldito.– Mae bateu o braço de Teague brincando. –Não envergonhe o seu irmão–. –Em uma nota séria.– acrescentou Tanner. –Nós nunca divulgamos seus segredos. Mas sabemos que o anúncio do Doc incomodou você.– –Esse é o meu problema para lidar com isso.– ela assegurou os moventes do urso. –Há mais que você não está me dizendo. Você sabe que vou descobrir.– –Tudo bem.– Teague cedeu primeiro. –Kane encontrou um perfume.– Ela franziu a testa. –Um perfume de quê?– –Kane acha que é urso polar.– O rosto de Tanner era grave. Marti, a companheira de Tanner, teve um filho que era um urso polar. Mae sabia que Marti não queria que ela soubesse que tinha um urso polar como filho. Ela balançou a cabeça. Isso não era bom. Em primeiro lugar, significava que havia um shifter urso em seu território. Em segundo lugar, fez com que ela se perguntasse se havia uma conexão com o filho de Marti, Dominic. Ela pegou um bule de chá, querendo manter suas mãos ocupadas. Ela o encheu de água e colocou-o no queimador. –Deixe-me ver. Vamos ligar ...– Bom sofrimento. Ela quase disse Jake. Ela não podia chamá-lo, de qualquer maneira, porque as coisas mudaram. Eles não estavam tão perto quanto ela sempre pensou que

estavam. Ele planejava uma viagem à Europa sem sequer mencionar isso até que fosse um acordo feito. –Deixe-me pensar.– disse ela. –Por que não chamamos o Doc?– Perguntou Tanner. Claramente, como ela, ele sabia que era a maneira normal de fazer as coisas. Eles chamariam ela ou Jake e então ela e Jake se reuniriam e conversariam e encontrariam soluções. –Não. Não ligue para Doc.– Ela colocou a mesa com três xícaras para o chá. –O homem tem uma viagem para planejar e malas para embalar. Ele está se embarcando em mais do que uma viagem. Ele está iniciando uma nova vida. Uma que não me envolve.

Jake estacionou o carro no caminho e saltou. Sua casa não era exatamente a mansão que a família de Grant tinha, mas não tinha se dado mal. Ele construiu uma carreira bem sucedida na Flórida, depois fez alguns investimentos e estava bem preparado para a vida. Sua casa era em tijolo e madeira de dois andares que ele havia comprado quando ele chegou. A garagem estava vazia já que ele morava sozinho, agora que Astra estava morando com Kane. Estava escuro lá fora. A lua era apenas uma tira. Isso não teve qualquer influência em sua missão. Ele se mudou em seu urso depois de fechar a porta. Ele precisava sair para floresta. Ele precisava vagar, pensar. Ele pode até precisar resolver um assunto com seu urso, se seu urso o deixasse abordar o assunto. Quarenta minutos, trilhas múltiplas e uma longa corrida depois, Jake puxou para uma parada pesada. Seu urso estava ferido, mas feliz por ter tido o exercício. Jake voltou a sua pele humana e sentou-se em um toco. Ele quebrou um galho de um arbusto próximo, enfiou-o no canto da boca e mastigou. Agora podemos discutir isso? Seu urso grunhiu. Eu tenho todo o direito de estar confundido. Tudo o que eu já conheci sobre ser um shifter foi virado de cabeça para baixo. Tudo o que me ensinaram foi batido diante do que estou sentindo agora. Seu urso estava quieto. Desejo que você discuta comigo. Jake sabia que o seu urso não o faria. Ele sabia que o urso queria que ele resolvesse isso sozinho.

Como Mae pode ser minha companheira? Nós dois temos outros companheiros. Jake balançou a cabeça. Ele não sabia por que ele estava lutando tanto com isso. Seu urso insistiu que era assim e que não era para lutar com isso. Mas Jake tinha que lutar contra isso. Ele teve sua companheira: a mãe de Astra, Anna. Jake perguntou-se o que ela diria sobre a maneira como ele se sentia sobre Mae. Ele sabia. Ela diria: Seja feliz. Você não pode ser infeliz pelo resto de sua vida. Ele lançou o galho nos arbustos. Nada disso importava. Mae não o queria. Brad era o verdadeiro companheiro de Mae. Ela considerava Jake como um amigo. Mais uma razão para eu sair do Bear Canyon Valley. Talvez ele pudesse esquecer Mae na Europa. Sua pele verde-oliva e seus cabelos escuros. Lábios cheios, quadris cheios e uma atitude atrevida. Ele exalou um suspiro. Não tinha sentido estar apaixonado por ela. Inútil tentar superar sua culpa por estar apaixonado por ela. Violou sua amizade e o rasgou ao meio. –Muito bom esse passeio me fez.– Jake criticou seu urso. –Você deveria ajudar-me a alcançar uma resolução.– Seu urso rugiu em sua cabeça, afugentando todos os sons na floresta, mesmo afogando seus pensamentos. A pressão sanguínea de Jake estava aumentando. Ele podia sentir isso. O que diabos ele estava pensando?

–Sério?– Ele não incomodou a mente - se comunicando com seu urso, mas ele estava tão agitado, ele falou a voz em voz alta. Você acha que eu sou bobo? Que eu deveria rolar com isso? O que acontece no momento em que eu digo a ela como me sinto sobre ela? Isso irá alterar a dinâmica do vale. Ela colocou muito na reconstrução desse vale. Algumas palavras de mim poderiam destruir nossa relação de trabalho. Seu urso ficou quieto. Bem. Agora você quer me dar o tratamento silencioso. Espere um segundo. Seu urso cheirou a alguma coisa. Com um rápido som rangendo, ossos e tendões, alongamento da pele e da carne, Jake se moveu para o urso. Seja como for, o urso sentiu que eles lidariam melhor da sua maneira. Jake tinha aprendido a não discutir. Jake inalou, suas narinas se inflamaram. Seu urso grunhiu e pisou no chão coberto de agulhas de pinheiros da floresta. Um cheiro avançou no caminho. Urso. Não é um dos shifters do Bear Canyon Valley. Este era um cheiro desconhecido. O que ele poderia dizer. O cheiro era fraco e não era fácil discernir detalhes dele. Talvez, se ele o seguisse pela floresta, ele seria melhor capaz de contar alguns detalhes. Ele ergueu a cabeça, pegou um rastro e seguiu alguns passos. Levantando novamente a cabeça, ele cheirou. Ele rosnou. Urso polar. Jake aproximou-se de uma árvore e se inclinou para ela. Definitivamente o urso polar. Não é apenas um urso polar regular, é claro.

Um shifter. Um homem. E tinha esfregado aqui. De propósito? Marcando território? Certamente ele sabia que esse era o seu território. Jake nunca teve contato real com ursos polares. O único que conhecia era Dominic. Esse urso poderia ter algo a ver com Dominic? Parecia estar fora de limites para discutir o pai de Dominic com Marti. Ela desviou a conversa desse tópico a qualquer momento. Jake seguiu o perfume até uma trilha que levava longe da cidade. Ele nunca pegou o aroma de outro urso, apenas aquele, e quando ele alcançou o riacho, ele parou. Ele explorou uma milha de cima e de baixo do banco oposto do riacho, mas não conseguiu encontrar outro traço. Isso significava que o urso atravessou o riacho. Quem sabia quantas milhas? Então ele quer que saibamos que ele está aqui, mas ele não quer que o encontremos. Ele perguntaria a Mae. Não, ele não podia. Ele não deveria. Ele deveria encontrar uma maneira de fazer as coisas sem Mae. Okay, certo. Como se eles não estivessem presos no quadril há muito tempo agora. Ela ficaria melhor sem ele o tempo todo. Encontraria alguém para fazêla feliz. A última coisa que precisava era estar com um shifter novamente. Seu urso rosnou para ele. Posso apresentar mais razões para ficar longe se eu precisar. O rosnado de seu urso se transformou em um rugido estrondoso. Ele não se negaria a sua companheira. Seu urso decidiu que Mae era a única para eles.

Está bem, está bem. Jake não podia argumentar isso. Ele já estava apaixonado por Mae, fazia muito tempo, mas tinha que fazer o que era certo para ela, o que era certo para os shifters do vale. De volta ao urso polar. Plano de ação? O que ele faria Foda-se se eu souber. Ele voltaria pela manhã. Provavelmente, haveria algum tipo de resposta para isso. Apenas uma questão de olhar, ele contou ao seu urso. Encontraremos a resposta na floresta.

Mae acordou muito cedo para sair. Ela teria ficado na cama muito mais se sua mente não tivesse viajado para a cama de Jake durante seus sonhos. Jake. O pensamento dele, seus abdominais sexy, as camisas de manga longa que ele usava não conseguiam esconder esse corpo. A protuberância que ela vislumbrou em suas calças era prova de que o homem tinha bastante pacote. Seu top de dormir estava solto, mas esfarrapado, e suavizado de suor. Ainda meio adormecida, ela não deveria estar tão excitada. Seu corpo não deveria estar encharcado de transpiração e definitivamente não deveria haver uma piscina de calor líquido entre as pernas. Ela estava excitada e precisava de alívio de uma maneira grande. Ela se contorceu na cama, mas isso não ajudou. Ele esfregou as pernas juntas, pressionando aquele ponto que não precisava de encorajamento. Seu clítoris se contraiu, dolorido pelo toque de Jake. Um toque que ela nunca sentiu, mas não conseguiu parar de pensar. Seu corpo tremia. Não tinha absolutamente nada a ver com a temperatura e tudo a ver com a pura necessidade que tinha por ele. Ela passou uma mão em seus calções de dormir, sua mente absorvida com Jake. Pensando no rosto sexy, musculoso e boca que era de Jake. Em seguida, seu dedo indicador tocou seu clitóris, embora ainda estivesse encapuzado, ela se encolheu. A intensidade desse toque fez um gemido escorrer de seus lábios. Mae fechou os olhos, espalhando as dobras com dedos ansiosos. Deus, mas estava tão molhada para ele. Outro gemido de puro desejo saiu,

sem querer, fazendo o desejo dele estar lá. Ela podia imaginar a cor de seus olhos, a forma desses lábios. O pensamento desses lábios e sua língua sobre ela era demais. Ela contornou seu clitóris e mergulhou seus dedos profundamente em seu canal molhado. Um suspiro rápido e alguns impulsos foram tudo que levou para que ela se jogasse inteiramente em um orgasmo agitado. Ela nem teve a chance de tirar o vibrador. O pensamento de sua boca em sua buceta. Dele dirigindo a língua para ela era mais do que podia lidar. Seu corpo doía, seu clitóris inchado. Ela deixou um gemido longo quando começou outro orgasmo, a outra mão encontrando seu clitóris, pressionando, apertando, circulando. Mae teve orgasmo após o orgasmo, com nada mais do que o pensamento de Jake e seus dedos. Completamente gasta e dominada pelas emoções, saltou da cama. Eu sou ridícula. Isto é ridículo. Como ele poderia ter esse efeito nela? *** Jake estava determinado a descobrir a localização do urso polar. Ele estava esperando que ele pudesse seguir seu cheiro até o limite do Bear Canyon Valley. Se o perfume não ultrapassasse seus limites, isso significava que o urso estava percorrendo seu território. Isso também significava que ele teria que fazer algo sobre isso. Ele acordou nas horas do pré-amanhecer com um começo. Ele estava encharcado de suor, e seu pênis estava duro como uma pedra e na mão. Sua mente estava em Mae: sua figura cheia, a maneira como seu traseiro se curvava para cima naqueles quadris incríveis, até a cintura, e depois se acendeu novamente quando alcançou seus seios. Ela tinha o corpo perfeito. Droga. Ele realmente tinha que pensar nisso enquanto ele estava acordado? Seu pênis se contraiu na mão, seu pulso latejante, pré-gozo escorregando. Ele esfregou o polegar sobre isso. Foda-se, ele iria se dar

prazer com um pensamento de Mae agora mesmo se ele não tivesse que ir a caça do urso polar. O urso de Jake rugiu de acordo. Mae estava segura? Certamente ela estava. Talvez ele estivesse passando por sua casa e se certificando de que não havia nenhum sinal de perturbação, então ele iria sair e encontrar o intruso. Parte de Jake queimou com fúria com a idéia de que um shifter não amigável estar em seu território. Não poderia ser amigável. Por que não se teria anunciado aos outros shifters no vale, em vez de espreitar, rastejar pelas florestas e ficar fora da vista? E o pior de tudo, muito pior do que todo o resto, tinha se atrevido a deixar sua marca em seu território. Jake não era tão duro que ele trataria a morte como uma penalidade por isso sem ouvir o outro lado da história, mas ele sabia que esse sinal de agressão provavelmente não era acidental. Ele jogou o lençol e pulou no chuveiro. Depois de se vestir, ele deslizou em seu caminhão e fez um rápido desvio para a casa de Mae. Ímpar. A luz estava ligada. Ele passou por sua entrada, fez uma curva em U, matou as luzes e se aproximou em frente à sua casa. Ele observou de seu caminhão, sentindo-se como um idiota. Se a luz estava ligada, isso deveria ser uma coisa boa, certo? Isso significava que ela estava em casa e bem, certo? Não é errado em ambos os aspectos. A menos que ele visse Mae, ele não ficaria convencido de que tudo estava bem. As aparências devem ser condenadas. Ele iria verificá-la. Assim quando ele pisou uma perna para fora do caminhão e para o asfalto, viu sua silhueta andar pela janela. Santo inferno. Ela estava nua. Não, ela não estava, mas ela também poderia estar. Sua camisola era pura, ela não estava usando um sutiã, e em cima disso, a camisola parecia estar úmida.

O que diabos ela estava fazendo nessa coisa? Correndo uma maratona? Ele não conseguiu afastar o olhar de suas curvas, do jeito que seus quadris balançavam, da maneira como seu corpo preenchia o tecido que se agarrava a ele como uma segunda pele. As sombras que ela formou na parede eram melhores do que qualquer fantoche de sombra poderia sonhar. Então ele ficou chateado. Qualquer um filho da mãe poderia estar aqui olhando para ela. Cristo. O que diabos ela estava pensando, andando por aí vestida assim com as cortinas abertas? Ela estava implorando para se tornar uma vítima. Seu urso rugiu de acordo. Devemos conversar com ela. Em breve. Ele engoliu o nódulo que havia subido na garganta. A idéia de que Mae vivesse sozinha, a várias milhas da cidade e de qualquer outra pessoa, o incomodavam. Qualquer um podia vê-la. Qualquer um poderia fazer qualquer coisa ... Ele balançou a cabeça para limpá-la. Ele precisava voltar para a estrada e perseguir o intruso. Quanto mais cedo ele achasse a fonte do cheiro, mais cedo ele poderia tornar a área segura novamente.

Mae sabia melhor do que fazer o que planejava, mas isso não importava. Ela sabia que se Tanner e Teague descobrissem o que estava fazendo, estariam bravos com ela. Isso também não a impediu. Ela conseguiu levá-los a sair na noite passada, apesar de terem insistido em que deveria ficar com um deles. Como se ela deixasse sua casa. Ela não permitiria que o medo a afastasse. O que ela estava fazendo agora era estupido, mas esse era o vale dela. O medo não iria mantê-la prisioneira ou forçá-la a ir a toda parte com uma escolta. O dia estava nublado, combinando perfeitamente com seu humor. Quão estranho que Teague e Tanner soubessem há tanto tempo que ela era uma manipuladora de elementos. Ainda assim, eles nunca tinham compartilhado isso com ela. Ela amarrou os cadarços nas botas de caminhada. Urso polar em nosso território, minha bunda. Mae chegaria ao fundo. E eu vou fazer isso sem Jake. À distância, o trovão rolou, levemente. Depois de ter agarrado três águas engarrafadas, alguma mistura de trilhas e um sanduíche, Mae trancou a porta da frente e colocou a chave no plantador na escada. Ela recuou e se dirigiu para a floresta. *** Uma hora depois, Mae fez uma pausa, escovou os pés nos pés. Ela estava em uma clareira espalhada com flores selvagens. As árvores à

sua volta estavam repletas de vida selvagem, pássaros tagarelando, esquilos e coelhos escarpados e insetos vibrantes. Era bom para fazer uma pequena pausa. Ela se sentou em uma árvore caída - uma vítima de ventos fortes, meses atrás, a julgar pela intempérie da quebra - e tirou a mistura de trilhas. Ela não estava pronta para parar de olhar, embora ela não soubesse o que ela pensava que ela encontraria ou como ela iria encontrá-lo. Ela não tinha os sentidos que seus amigos do shifter tinham. Claro, o vínculo de Brad lhe dava alguns impulsos, mas nada como Jake ou Grant, ou qualquer outro shifter. Você tem outras habilidades, seu espírito elementar lembrou-a. Isso veio como uma surpresa - seu espírito elementar raramente vinha para uma visita. Ela não havia praticado essas habilidades em anos. Ela mal se lembrou das poucas coisas que ela tinha aprendido naquela época. –E, a propósito, bom de você decidir estar ativa novamente.– Mae não aliviou o sarcasmo. Você é aquele que não queria nada comigo ou com seus dons, ou com aqueles de sua natureza. Eu vim porque pensei que você precisaria de mim. A voz de sua elemental estava desprovida de emoção. –Para quê?– Perguntou, parando no meio da mordida. Você parece ter um estado emocional elevado. Eu não vi você dessa maneira desde que Brad morreu. O espírito elementar de Mae não era como os ursos que viviam dentro dos shifters. Ela e Brad conversaram sobre a diferença uma vez. Ela tentou explicar para ele que não era como se ela compartilhasse um espaço, da maneira que Brad fez, com seu urso sempre lá. Não era assim para Mae e seu elemental. O elemental aparecia apenas na ocasião, e aleatoriamente. –Ela é mais como uma madrinha de fadas.– Mae disse a Brad.

Brad riu e disse a ela que se ela tivesse uma madrinha de fadas, então ela deveria ser a Cinderela. –Engraçado.– Mae respondeu. Isso aconteceu no dia anterior à morte. Uma pitada de chuva salpicou seu rosto. Ótimo. Ótimo. Eu não preciso de chuva fazendo isso comigo. Então pare de pensar nesses pensamentos. Há algo que precisamos discutir, disse seu elemental em sua mente. Não isso novamente, pelo amor de Cristo. –Eu não estou falando sobre Jake. Não com você. Não agora.– bufou Mae. Não Jake. Astra. Mae fez uma pausa. –Astra? Então é ela?– Ela tem um elemento elementar. –O que? Você tem certeza? Eu nunca ... Bem, talvez eu tenha visto indicações.– Você precisará ajudá-la. Trabalhe com ela. –Ela vai para a Europa. Ele terá que a manter.– A menos que você vá com ela. –Oh infernos não. Esta é apenas uma tentativa de me levar atrás de Jake.– Você percebe que não precisa falar comigo em voz alta. –Eu me sinto louca quando falo com você em minha mente.– Ao invés de parecer louco quando você me fala em voz alta. Mae sacudiu a cabeça e revirou os olhos. Falar em sua cabeça a assustava. Você precisa superar isso, mais cedo ou mais tarde. Você já parou para pensar que eu viria com mais frequência se você falasse comigo? Mas sua rejeição a mim, juntamente com sua compulsão de me falar em voz alta, torna isso difícil. A última coisa que eu quero é que os outros oçam

falando comigo e então para que você tenha que descobrir como sair disso. Um século atrás, você teria sido penduraao como uma bruxa por esse tipo de ação. –Eu não preciso de uma palestra, muito obrigado. Eu não vou para a Europa. Astra e Kane vão encontrar Anya. Eu não vou marcar essa viagem para isso. Nós podemos lidar com seu elemental quando ela voltar.– Qual é o problema com Jake? –Não aja como se você não estivesse por aí e não soubesse o que está acontecendo.– Outro pensamento veio para Mae. –E não tente me convencer de que eu deveria ...– Pare, a sua elemental a interrompeu. Alguém está vindo. Ou alguma coisa. Mae colocou a mistura de trilhas de volta no saco. Ela levantou-se, cabeça inclinada, ouvindo. Eu não ouvi nada, ela contou o elemento elementar. Ai está. Isso não foi tão ruim, foi? –Você fez isso de propósito para que eu falasse com você na minha cabeça.– Um barulho alto pontuou a sentença de Mae. Ela deixou cair a mala e girou.

Metade escondido por uma grande árvore era o urso polar mais enorme que Mae já havia visto. Ele estava em suas patas traseiras, patas contra a casca da árvore, garras descobertas, cada uma delas mais longa do que sua mão. Essas garras podiam separá-la com um golpe. Elas poderiam completamente decapitá-la. Não andando por ai assim, seu elementar bufou. Eu o matarei antes que ele chegue muito perto. Se você morrer, e eu estou dentro de você, eu morro. Isso não pode acontecer. Não era algo que Mae queria ver acontecer. Não a sua morte. Não a morte de seu elemental. Não é a morte do shifter. Não antes de descobrir quem era o shifter e por que estava aqui. Ela não acreditava que estivesse aqui acidentalmente. Ela raramente acreditava em acidentes. Ela teve que diluir o potencial de conflito antes que o elemento se tornasse muito preocupado. –Ei.– disse Mae ao urso. A gigantesca criatura de peles brancas inclinou a cabeça, suas orelhas se contorcendo enquanto seus olhos negros a estudavam. O olhar do shifter não estava deixando nenhuma emoção passar. Ela não podia dizer se sentia maldade ou curiosidade ou uma mistura de ambos. –Por que você não se transforma em sua forma humana para que possamos conversar?– Perguntou Mae. A cabeça do shifter inclinou-se para a direita. Suas garras esticadas, suas pontas raspadas pegando a casca da árvore. O urso bateu as patas, soltando as garras da casca e depois as soltou com um clique. Toque. Toque. Toque. O urso clicou em suas garras na árvore.

Talvez ele esteja me lembrando que ele está armado. Talvez ele deseje que eu tenha medo. Mae respirou fundo. Ela estava com medo. Ela estava tentando controlar seu pulso para que o shifter não lesse sua trepidação. As habilidades de seu elemental não eram testadas há muito tempo. Assim não. Não em uma batalha. Ela poderia proteger Mae do shifter? Mae não tinha certeza, então ela preferiu confiar em suas próprias habilidades para negociar seu caminho para fora disso. –Por favor? Eu não sou ameaça para você. Apenas mude. Tudo o que temos a fazer é conversar.– O shifter deslizou atrás da árvore onde ela não podia vê-lo. Ótimo. O que agora? Mae deu um passo para trás. Ela preferia tentar ultrapassar o urso do que descobrir que seu elemental não poderia protegê-la. Mae ouviu um som que ela conhecia muito bem, crocante e esticada, o que significava que uma mudança estava acontecendo. Ela esperou, impedindo seu instinto de dar mais passos para trás e depois correr. Um homem saiu de trás da árvore. Ele era alto, muito mais alto do que Jake. Mesmo mais alto do que Tanner. Ele era um homem enorme e amplo. Seus músculos se abaixaram sob sua camisa, e suas coxas esticaram o tecido do jeans. Ele se assemelhava a um moderno Viking. Olhos azuis escuros. Longos cabelos louros ondulados com um toque de destaques vermelhos pendiam sobre seus ombros e sobre o peito. As mangas de sua camisa foram roubadas em seus ombros. Elas enfatizaram bíceps e tríceps que eram maiores do que alguns troncos de árvores. Ela manteve a respiração em seu enorme tamanho.

Ele estava estudando ela em silêncio. Sem sorriso, nada em seu rosto que poderia ser chamado de emoção. Era um rosto bonito, mas parecia estar marcado com um toque de crueldade. Ele veio do conjunto de seus lábios, não muito cheio, mas também não uma linha fina, e eles foram colocados em uma curva hostil. Ele tinha uma cicatriz da tempora até o lábio. A cicatriz não era nova: tinha ficado branca, mas era grande o suficiente para ser visível por trás do restolho que fazia dias sem uma navalha. A garganta de Mae abrigava um nódulo do tamanho de uma softball. Ela tentou engolir em torno dela para poder falar. –Quem é você?– Ele ergueu uma sobrancelha. –Vey.– Ele cruzou os braços sobre o peito, o tecido de sua camisa esticando, protestando. –Você?– –Eu sou Mae.– –Você mora aqui?– Ele teve um acento, um fraco, mas Mae não conseguiu colocá-lo. –Eu vivo perto daqui, sim.– Parecia justo que ele deveria responder o mesmo á pergunta que ela fez. –Onde você mora?– Ele inclinou a cabeça novamente, assim como ele tinha feito quando estava na forma de urso. –Eu não moro em nenhum lugar. Não por muito tempo.– Isso não era uma grande resposta. Ele era um rover? Ele era um shifter mercenário que vagava e fazia ações - maldades, na verdade - por dinheiro? Ela estava pesando o que perguntar a ele depois e perguntando-se sobre que abordagem não o irritaria quando desse um passo à frente. –Há algum que pareça comigo na área?– Ele perguntou. –Por que você está aqui?– Perguntou ela. Ambos fizeram suas perguntas ao mesmo tempo. –Você está aqui para encontrar outros que se parecem com você?– Um arrepio percorreu ela enquanto pensava no pequeno Dominic, o filho

do shifter de Marti. Ela decidiu se jogar um pouco de burra e fez outra pergunta. –Quando você diz ‘pareça comigo’, você quer dizer ursos?– Ele franziu a testa e exalou uma respiração exasperada. –Ursos polares. Ele deu um passo mais perto. Se ele estiver muito mais perto ... o elemento elementar advertiu. Mae empurrou o cabelo para trás. Ela podia virar e correr. Esse era o melhor plano agora. Mas ela teria que fazer isso antes de chegar muito perto. Se ele tivesse as suas mãos sobre ela, ela estaria ferrada. Ela respondeu-lhe. –Esta não é uma comunidade de ursos polares. É uma comunidade de ursos pardos.– Não é exatamente uma mentira, na verdade não. Um bebê shifter urso polar não poderia ser chamado de comunidade. Ele esfregou a mandíbula, o som de seu talho coçando alto em uma floresta que havia ficado completamente silenciosa. Por que os pássaros ficaram calados? Mae se perguntou. Por que tudo estava tão tranquilo? Era quase como a calma antes de uma tempestade. –Ouvi dizer que havia um urso polar nesta área.– Mais dois passos para a frente. –Um jovem.– Outro passo. –Por favor, não fique mais perto. Você está me deixando nervosa.– –O que deixaria você nervosa, linda senhora?– Ele empurrou o cabelo para trás. Seus lábios estavam enrolados em um sussurro. Ele realmente era um homem atraente, mas havia uma ameaça de perigo nele e não era o tipo de perigo que a tornaria atraída por ele. Isso a deixou nervosa. Sua cabeça inclinada para a esquerda, seus olhos perderam o foco por um segundo, então ele voltou o olhar escuro para Mae. –Meu urso parece pensar que você sabe alguma coisa.– Ele soltou um pequeno gemido, um som que parecia vir do fundo dele.

Seu rosto alongado, o alongamento de sua pele. Mae queria desviar o olhar. A visão de um shifter em sua forma animal não era algo que ela gostava de assistir. Parecia doloroso para ela, e apesar de seus amigos shifter terem assegurado que não fosse, ela não estava convencida. Ela não podia desviar o olhar. Isso seria o mesmo que deixar sua guarda para baixo. Ela deveria correr, mas seus pés pareciam como se tivessem crescido raízes no chão. Seu nariz cresceu em um focinho. Seu rosto agora era um focinho, o pêlo brotava e estava crescendo diante de seus olhos - pele branca, grossa e macia. Seus ombros se tornaram arredondados, seu corpo grosso e ursino. Ele caiu a quatro patas, totalmente mudado para o seu urso polar. Um rosnado começou no peito do urso, então ele abriu os dentes e grunhiu. Mae ofegou. O urso levantou a cabeça e rugiu. Mae deu um passo para trás, depois outro. Ela tropeçou em um membro, não conseguiu segurar seu pé e pousou com um baque duro. O urso polar avançou. Sua boca ainda estava aberta, deixando os dentes longos pingando com saliva. Uma sacudida correu através de Mae. O puro poder dela a fez agarrar qualquer objeto que pudesse para a estabilidade. Ela se encaixou em um membro longo que se estendia atrás dela, buscando, procurando força. O fluxo de energia feroz puxou-a, afugentando-a de sua vontade e poder. Uma luz azul brilhante cegou Mae. Ela fechou os olhos contra ela, sabendo que era sua elemental, embora não tivesse certeza se a luz estava em sua mente ou se estava na frente dela. O som de um acidente seguido de uma estranha explosão abriu os olhos. Uma lança de gelo estava saindo do ombro do urso. Era pelo menos dois pés de comprimento e mais espesso do que o dedo.

Dardos de gelo, o tamanho dos lápis estava gritando no urso. O urso rugiu, golpeando o gelo, com os olhos brilhando de fúria. Ele gritou com dor quando outra lança de gelo, perfurou a carne do ombro, perto da primeira. Na mente de Mae, seu elemento estava gritando, uivando como uma louca, lançando maldições no urso. O urso rugiu mais uma vez, sacudiu sua cabeça poderosa, depois virouse para a floresta e correu rapidamente, afastando-se de Mae. Mae soltou um suspiro de alívio, assim como tudo ficou preto ao redor dela.

Quando Jake ouviu o primeiro rugido, ele se mudou para o urso e partiu para o som. Não havia nenhuma razão para um urso rugir assim, a menos que tentasse assustar algo ou atacar. A floresta ficou em silêncio, e não importava quanto ele tentasse, ele não conseguia escapar um som, mesmo com a sensível audição do urso. Então ele andou, passando lentamente pelas árvores, procurando sinais do urso polar. Nada. Ele se viu desejando outro rugido para que ele pudesse encontrar melhor a fonte, mas, ao mesmo tempo, ele estava preocupado com quem quer que fosse ou estava no fim desse rugido. Ele procurou pelo urso, tomando seu tempo com cada árvore, praticamente toda pedra, todas as cavernas. Onde diabos estava aquele urso? Então aconteceu com ele: e se o urso tivesse decidido usar o bloco? Porra. Sua única escolha era continuar vagando até encontrar ou ouvir alguma coisa. Ele não tinha a chance de vagar por muito mais tempo. Ele ouviu o rugido novamente. Ainda em seu urso, Jake correu pela floresta, tentando ficar o mais calmo possível, mas não fazer uma prioridade tranquila. A velocidade era mais importante. Ele tinha que chegar a qualquer lugar e qualquer coisa que o urso polar estivesse ameaçando. Jake puxou para baixo. Do outro lado de uma clareira, ele viu Mae. Ela ainda estava falando com alguém nas sombras. Ele se concentrou em ver quem era, como se a pessoa estivesse escondida atrás de uma árvore.

A pessoa saiu. Um gigante de um homem, musculoso, vestido com uma camisa de corte e jeans, cabelos longos caindo pela metade das costas. Seu comportamento não era ameaçador, mas também não era amigável. A raiva perfurou Jake como um raio. Ele considerou Mae ser a sua futura companheira, e ela estava focada nesse outro urso. Isso era inaceitável. Quem era esse homem? Então ele bateu nele. E se ela estivesse interessada neste outro shifter? E se ela fosse receptiva a ele? O urso de Jake rosnou no fundo do peito, o grunhido rugindo para cima, em sua cabeça. Se quisesse esse homem, não havia nada que Jake pudesse fazer. Ele não tinha direitos. Ir embora. Eu preciso ir embora e deixá-la sozinha. Ele se sentiu como um intruso. Então, novamente, quando os rosnudos de seu urso o lembraram, ele não tinha idéia se Mae estava realmente interessada neste outro shifter. Além disso, ele ouviu o rugido do urso. Ele sabia que algo nesta floresta não era amigável. Se fosse esse grande shifter loiro agora falando com Mae, então ele deveria descobrir. Ele não deveria simplesmente se afastar disso. É isso, ou é meu ciúme falando? De repente, as vibrações de toda a clareira mudaram. A energia lá estava agora carregada de perigo. O urso mudou, Mae deu um passo para trás, e então o urso estava em duas pernas e avançou sobre ela. Jake começou a atravessar a clareira tão rápido quanto suas pernas o levariam, mantendo os olhos em Mae e no shifter urso polar. Um grunhido cresceu no peito de Jake.

Mae estava se movendo para trás. Ele estava prestes a gritar com ela para não fazer isso quando ela tropeçou sobre um ramo e caiu para trás. Ela palpitou e parecia que a respiração tinha sido nocauteada. O urso levantou-se, suas garras totalmente estendidas enquanto passava no ar. Aquele maldito urso ameaçava Mae. Ele ia matá-lo. Ele estava a meio caminho da clareira quando o gelo começou a cair. Droga. Jake ficou confuso por um momento, levando-o a uma parada súbita. Diretamente sobre o urso polar, o gelo estava derrubando a uma velocidade notável, uma barragem de estacas de gelo que se precipitavam dos galhos espessos das árvores. Um perno de gelo perfurou o ombro do urso polar e ele uivou de dor, seu rugido fazendo as folhas tremerem. O urso polar deu outro passo em direção a Mae. Uma torrente de estacas caiu sobre o urso e ele grunhiu sua raiva quando outra estaca percorreu seu ombro. O urso congelou, pateou o ombro, olhou de volta para Jake, depois jogou a cabeça e correu para a floresta, longe do gelo, longe de Jake. Jake deu três passos para a frente. Ele tinha que rastrear aquele urso, mas ele também precisava ter certeza de que Mae estava bem. Ela se afundou, suspirando, então caiu para trás, sua cabeça caindo em uma cama de folhas. Agradeça a Deus por isso. Ela não estava se levantando. Ela não estava se movendo. Jake parou. Seja condenado. Ela era mais importante. Jake decolou em uma corrida novamente, desta vez para Mae, deslocando a meio passo, sem pausar, sem parar para avaliar. Quando ele a alcançou, ele puxou-a para frente e verificou seu couro cabeludo. Ela estava bem, mas muito pálida, e ainda inconsciente. Como? Ele se perguntou. As folhas não haviam prejudicado o suficiente para fazê-la perder a consciência.

Ele ouviu seus batimentos cardíacos. Definitivamente fraca. Droga, o que a levou a desmaiar? O gelo. Ela causou isso. De alguma forma. O que havia sobre Mae que ele não sabia? Ele precisava levá-la para segurança imediatamente, e então ele precisava ir caçar aquele maldito shifter. Ele estava morto quando Jake o encontrasse. Depois desse golpe com Mae, estava morto. Ele pegou-a com cautela e começou a caminhar rapidamente para o caminhão. Ele não queria correr por medo de irritá-la e machucá-la ainda mais. Ela não recuperou a consciência. Quando ele estava à vista de seu caminhão, Jake tirou as chaves do bolso e usou o controle remoto para desbloqueá-lo. Ele conseguiu abrir a porta sem perder o controle de Mae, depois colocou-a no banco e entrou atrás dela. Ele puxou o celular para fora do porta luvas. Pense, ele disse a si mesmo. Pense. As pessoas que viviam mais perto eram Astra e Kane. Ele a levaria para lá. Ele teria Kane o ajudando com o urso polar. Ele fez o disco em tempo recorde, manobrando através das curvas afiadas, enquanto ele viajava pelas as montanhas. Kane gostava de ser remoto, e Astra adorava Kane e não tinha problema com isso, mas Jake sempre se entristecera por sua cabana ser tão longe de sua casa. Parecia que ele estava tendo sua menina na sua casa e, de repente, ela conheceu o homem de seus sonhos e ela se foi. Por tantos anos era apenas ele e Astra, e então ela se foi. Agora, porém, ele estava feliz por viverem aqui. Se não o fizessem, ele não teria um lugar seguro para levar Mae tão rapidamente. Ele discou o numero de Astra. Ela pegou no primeiro toque. –Ei, Doc.– –Eu estou quase na sua casa. Mae não está consciente. Kane está?– Ele sabia que ele estava cuspindo as palavras, mas não conseguia

aproveitar o tempo para pensar devagar. A adrenalina ainda estava bombeando por seu corpo. –Sim, ele está aqui. Eu vou preparar o quarto dos convidados.– Ele parou e, assim como ele, Kane saiu e abriu a porta do caminhão. Sempre com poucas palavras, Kane não disse nada quando ele recuou para deixar Jake recolher Mae. –O que aconteceu?– Astra deixou escapar quando ela correu para fora da cabana. –Há um urso polar. Ele atacou Mae.– –Sem sangue?– Kane disse, fechando a porta do caminhão atrás de Jake. –Ele nunca teve a chance de alcançá-la.– respondeu Jake. Eles se mudaram para dentro rapidamente, Kane novamente segurando a porta aberta para Jake. –Então, por que ela está inconsciente?– Astra perguntou, puxando os lençóis de volta para que Jake pudesse colocar Mae na cama. –Eu não sei. Isso vai parecer louco ...– Kane franziu a testa. –Diga-nos.– Astra tocou a testa de Mae com o dorso da mão. –Ela não está quente ao toque. Vou pegar uma toalha e um pouco de água.– –Havia um urso. Ele ia atacá-la. De repente, todo esse gelo começou a derrubá-lo. Apenas ele, apenas essa pequena área onde ele estava. E isso vai parecer ainda mais estranho, mas eu juro que veio de Mae.– Jake sacudiu a cabeça. Sim, ele parecia louco. –Ou veio de algum lugar perto de Mae. De alguma forma.– Sim, certificável. Astra não estava falando. Ele olhou para ela. Ela estava imóvel, exceto pela toalhinha. Ela estava torcendo e mergulhando na água, depois torcendo-a, depois mergulhando novamente. De novo e de novo. Seus olhos estavam paralisados, colocados em Mae. Ela ficou estranha em seu rosto. –Astra?– Jake tocou seu cotovelo. –Astra.–

Kane deu uma volta para o outro lado, sua postura em linha reta, o urso nele pronto para protegê-la. Ela ainda parecia transfixada. –Ela não me escuta.– disse Jake. Astra era sua filha, mas ela era a companheira de Kane. Certamente, o elo que eles compartilhavam ajudaria a ouvi-lo. –Astra.– A voz profunda de Kane era suave quando ele se aproximou dela. Ela se virou para Kane. Seus olhos verdes, sempre tão peculiares, brilhavam mais do que o habitual, um amarelo limão imbuindo o verde fluorescente. –Shhh–. Ela arrumou Kane e Jake. –Você não os ouve?– Jake olhou para Kane para ver se ele estava tão estranho por isso como Jake. Kane encolheu os ombros. –Quem, amor?– Sua voz era um sussurro suave. –É Mae.– Ela balançou a cabeça. –Não. É em Mae. Alguém em Mae. – Astra inclinou a cabeça, seus olhos se mexeram ansiosamente para o lado. –Não. Isso é algo que Mae fala com alguém em mim?– Os olhos dela se arregalaram. Verde limão em um mar de branco com um ponto preto para um pupilo. –Papai? O que está acontecendo aqui?– Sua voz tinha uma pequena menina com um senso de urgência. Isso lembrou a Jake de quando era pequena, quando sua mãe havia sido morta. O mesmo pânico, a mesma confusão. Jake olhou para Mae. Ela estava movendo seus lábios em silêncio. De repente, seus olhos se abriram. –Astra.– disse Mae com um sussurro reverente. Ela se sentou, pegou a mão de Astra na dela. –Ela estava certa.– –Quem estava certa?– Disse Kane.

Mae sacudiu a cabeça. Ela não podia dizer. Ela não queria dizer. Ela ainda não havia processado tudo isso. Ela entrou no quarto ao redor dela, o quarto de hóspedes de Astra. –Porque ...– As palavras estavam ficando presas em sua garganta. Ela engoliu em seco e tentou limpar. –Por que estou aqui?– Ela esfregou a parte de trás de sua cabeça onde latejava em uma batida aborrecida e tentou se lembrar como ela chegou aqui. Ela não tinha idéia. A última coisa que ela se lembrava ... Ela olhou para os rostos na sala. Jake? Por que Jake está aqui? Seu elemento estava silencioso. Ela tinha ido embora, mas ... por quê? Mae tentou chamá-la de volta. Tentei lembrar o nome do elemento. Ela havia dito a Mae uma vez, há muito tempo, mas Mae tinha passado tanto tempo além dela, anulando o elemental, que ela tinha esquecido o nome dela. Agora sentiu-se mal por isso. Mae agarrou sua cabeça. Ela estava tão confusa. Lentamente, voltou para ela. O urso polar. O gelo que caiu do céu. Seu elemento elementar. Astra falando com seu elemental. Não, não era Astra, era algo em Astra. E agora o elemento elementar desapareceu, abandonando-a a essa confusão. Ela se focou em outro problema em questão. Jake. Como ela poderia pensar, sabendo que ele estava aqui? Sabendo que ela aceitou seus sentimentos por ele?

Jake ficou de volta, atrás de Astra, mas seus olhos estavam em Mae. No fundo de seus olhos escuros, ela viu o brilho dourado de seu urso. Ambos a estudaram através dos olhos de Jake. Parecia que sua alma estava sendo infiltrada por ambos. Não faça isso comigo, por favor, implorou em silêncio, sabendo que nem Jake nem seu urso podiam ouvir suas súplicas. Por favor, não me faça amar você mais do que eu já amo. Não faça isso. –Mae?– Astra ficou na frente de Kane. Seu rosto estava pálido, os olhos arregalados e o lábio inferior tremia. Mae sentou-se e abraçou os braços. –Venha.– Astra entrou em seus braços como se estivesse flutuando. –Eu sei que isso é confuso. Lembro-me quando descobri, foi muito confuso. Lembro-me das dores de cabeça e do caos que criou dentro de mim.– –Mae.– Kane colocou a mão no braço de Astra. –Do que você está falando? O que está acontecendo com ela? – –Lembre-se de como você lutou com seu urso? Só sei que a Astra tem algo com quem também está lutando.– –Astra não é um shifter.– O maxilar de Kane foi ajustado. –Mae, quem era o que ouvi?– Perguntou Astra. Mae olhou para Kane. –Não. Ela não é um shifter, como você e J-Doc.– Ela segurou Astra, passando as mãos pela cabeça de Astra. Ela colocou os lábios na testa de Astra. –Mas ela tem algo nela com quem ela luta. Algo poderoso.– Astra ergueu a cabeça. –E agora?– –Você terá que viver com isso. Para aprender a gerenciá-lo, ou evitá-lo. É diferente para todos nós que estamos imbuídos de um elemental. Alguns de nós se ajustam no bem e alguns ...– No mal. Ela mordiu as palavras de volta. –Não muito bem.– –Você também tem isso?– Perguntou Jake.

Sua voz percorreu as veias de Mae com o mesmo poder que uma droga. Isso aumentou os sentidos. Isso fez seu corpo reagir, sua corrida de pulso, e seu núcleo apertou com necessidade dele. Mae assentiu. –O gelo?– Ele persistiu. Um outro aceno de cabeça. –Mas eu não ... Eu não uso aqueles ... quero dizer ...– Mae não sabia o que queria dizer. Como ela poderia dizer-lhe que rejeitava seu elemento mais frequentemente do que não? Que ela não estava em paz com os dons que a elementar lhe trouxe, principalmente porque ela não sabia como aproveitá-los? E de quem é a culpa? Oh, agora o elemento estava de volta. Sim, foi minha culpa, Mae admitiu. Ela tinha que pensar em falar com o elemental agora, ou fazer com que todos pensassem que a perdera a sua mente completamente. Ela já podia ver dúvidas sobre os rostos de Kane e Jake, embora Jake tivesse visto o incidente de gelo. Ele sabia que algo estava acontecendo com ela, claramente. Mae voltou a atenção para o elemental. Deixei o pedido e não desenvolvi plenamente minhas habilidades. Eu tinha meus motivos. E agora você sofrerá as conseqüências dessas decisões que você fez, o elemento disse. Benithe. Era isso mesmo! O nome dela. Benithe! Está certo. Obrigado. Em sua mente, Mae podia ver a cabeça do elementar, uma figura etérea que parecia mais azul pálida e esfumaçada do que ela fazia na forma humana.

Todos a observavam. Jake e Kane tinham preocupação escrita em seus rostos, mas Astra estava olhando para ela com compreensão. –Você poderia nos ouvir?– Mae perguntou. Astra assentiu. –Isso é tão estranho. Se esta coisa esteve em mim o tempo todo ... por que ela não apareceu até agora? E por que ela parece que ela tem duas vozes diferentes? Eu ouço ela discutir com ela mesma com diferentes vozes.– Mae estudou Astra. Ela nunca teve isso acontecendo. Benithe só usava uma voz, e ela argumentou com Mae, não com ela mesma. Ela tinha ouvido falar de ... Não. Mae afastou o pensamento. É verdade, Benithe disse. O que você está pensando é verdade. Dualidade? Mae perguntou. Ela tem dois nela? Ela tem. Um é mais dominante, e eles lutam quanto a quem pode ser mais do que o outro. Eles não se deixam afastar ao mesmo tempo. –Não estou preparada para lidar com isso.– disse Mae. Ela percebeu que tinha dito isso em voz alta quando Kane e Jake se moveram na direção dela. –Não está preparada para lidar com o que?– Kane franziu a testa. Mae sacudiu a cabeça. Você não precisa lidar com isso. Você pode levá-la aos que você rejeitou, aqueles que tentaram ensinar você, e você pode deixá-la aprender lá. Por que você não deixa que ela tome a decisão, quer ela quer as coisas que você rejeitou? Aqueles de quem você fugiu podem ensiná-la. Então ela pode decidir. Mae sabia que Benithe estava certo. Ela deveria dar a Astra a escolha.

–Está bem.– Astra sorriu bravamente, recuando do abraço de Mae e nos braços de Kane. Ele colocou um braço ao redor dela e a segurou, suas costas contra ele. Sorrindo, ela colocou um beijo na sua mandíbula.

Jake não queria incomodar Mae e Astra com isso, não quando elas haviam feito tantas coisas elementais, mas era hora de decidir sobre um plano de ação para cuidar do urso polar. Ele se virou para Kane. –Você pode me dar um momento?– Kane olhou para Astra, depois assentiu. –Não.– O tom de Mae era enfático. –Você não vai me cortar isso.– –Mae.– Jake olhou para ela, embora fosse quase doloroso fisicamente fazê-lo. Ele engoliu a necessidade dolorida de fazê-la dele e exalou um suspiro. –Você ficou magoada. Você recuperou a consciência. Você não precisa se preocupar com isso.– Seus olhos escuros brilharam de raiva. –Eu não estava ferida. Eu estava sobrecarregada. Eu só precisava descansar. Agora estou descansada.– Jake não conseguiu afastar o olhar de seus olhos. Havia algo profundo dentro deles, um matiz índigo em suas profundidades sombrias. Isso era seu elementar? Ele tentou envolver sua cabeça em torno dela. O Mae que ele sempre conhecia ... Isso significa que ela é uma bruxa? A única coisa que não mudou foi a maneira como ele se sentia sobre ela. E que ela estava prestes a se tornar sua companheira. Ambos passaram pelo inferno e eles saíram do outro lado. Eles mereciam alguma felicidade. –Doc.– Astra invadiu seus pensamentos. Ele olhou para sua enteada. –Eu realmente quero estar aqui também. Os segredos nos ferem mais do que nos ajudam.– Ela olhou para ele com força.

Falando em segredos, Jake virou um olhar acusador para Mae. Ela estava abrigando seu elemento como um segredo enquanto ele a conhecia. Mae virou-se, um olhar culpado no rosto. Jake assentiu. –Bem. Vamos falar aqui.– Kane entrou na outra sala e voltou com duas cadeiras dobráveis. Ele sentou Astra na cadeira de asa junto à cama e puxou as pernas para as cadeiras dobráveis para Jake e ele mesmo. Jake esfregou a mão sobre o rosto, depois olhou para Mae. –Eu vi você e aquele urso polar falando.– Uma pequena chama de ciúme brilhou nele novamente, embora ele soubesse que nada estava acontecendo entre eles. –Você gostaria de começar?– Mae arrancou o lençol da cama e começou a traçar seus padrões sem rumo. –Ele está procurando um urso polar. Eu disse a ele que não havia uma comunidade de ursos polares aqui.– –Essa resposta o satisfazia?– Perguntou Astra. Mae sacudiu a cabeça. –Ele perguntou se havia um urso polar aqui. Um jovem.– –Parece que ele está procurando por Dominic.– supôs Kane. –Claro.– Jake colocou a mão sobre Mae porque ela começou a arrancar no tecido. Ela ergueu os olhos para o dele. Nós precisamos conversar. Ele desejou poder dizer as palavras para ela. –O que você sugere que façamos?– Ele perguntou em vez de dizer as coisas que ele queria dizer. –Devemos tentar falar com ele–. Havia algo apontado, quase estranho, em sua expressão. –Muitas coisas podem ser resolvidas falando.– Ela estava lhe enviando uma mensagem escondida? Ela queria falar com ele? Ela falaria com ele sobre essa atração entre os dois? Ou ela negaria isso por obrigação a Brad?

–Por que vocês dois não vão.– sugeriu Astra. –Não em uma chance no inferno.– O tom de Kane não trouxe nenhum argumento. –Isso deixaria vocês duas aqui desprotegidas.– –Ele está certo.– Jake pegou o telefone no bolso da frente. –Eu tenho um pensamento. Teague e Tanner podem conversar com ele. – –E quanto a Marti, Dominic e Kelsey? Você não quer que eles saem sozinhos, não é?– –Não.– Jake concordou com ela. –Nós teremos os rapazes as levando para Grant e Chelsea enquanto eles procuram o urso polar. O lugar de Grant é mais apertado do que uma fortaleza. É à prova de shifters.– Kane assentiu. –Soa como um plano. Eu não gosto de sentar aqui sem fazer nada.– –Nem pense nisso. Não vou embora.– declarou Astra. –Você não está me levando para a casa de Grant. Quero falar com Mae.– Jake olhou para Astra. –Entre na fila.– A cabeça de Mae abriu em sua direção, mas ele a ignorou por enquanto. –Eu vou conversar com essa senhora, eu mesmo. Mas as primeiras coisas primeiro: vocês duas estão indo para a casa Grant. Ele e Joe podem cuidar de vocês. Kane e eu vamos estar com Teague e Tanner. Posso levá-los para o último lugar onde vi o urso. O rastreamento não deve ser um problema a partir daí.– Jake passou alguns minutos no telefone com Marti antes de sair para caçar o urso polar. –Nós todos nos encontraremos na casa de Grant.– ele disse depois que ele desligou. –Depois que todos forem lá colocados, colocaremos o plano em ação.–

Jake arranjou para levar Mae em seu caminhão, enquanto Astra e Kane iam em seu próprio. Assim que ele tirou o caminho, ele mergulhou nas perguntas que ele tinha para Mae. –E quanto a esse shifter? Há mais disso do que você está me contando.– Ele lançou um olhar de lado para ela, admirando seu perfil, como o nariz dela tinha a menor inclinação para cima, seus lábios cheios e maçãs do rosto definidas. Ele deliberadamente se manteve a explorar seu corpo, embora quisesse verificar o resto dela, para curtir suas curvas em uma visão de perfil. Ela olhou para ele, seu olhar intenso. –Precisamos conversar com Marti. Ela pode nos dar alguma luz sobre esta situação.– –Você conhece ele? Você já o conheceu antes?– Jake perguntou, contendo uma pontada de ciúmes. –Ele disse que seu nome era Vey Kozlov. Eu posso conhecer alguém que o conheça.– –Como quem?– –Mikhail Romanoff.– –Eu ouvi falar dele. Nova York, certo?– –Sim. Ele tem conexões. Ele pode ajudar.– –Vamos ver o que Marti tem a dizer primeiro.– aconselhou Jake. *** Grant abriu a porta com um sorriso que foi subscrito com um de preocupação. –Você é o primeiro aqui. Eu não disse muito a Chelsea.–

Um músculo marcou sua mandíbula. –O bebê, você sabe. O que está acontecendo? Por que a reunião? Por que estamos descendo?– Com o Chelsea esperando, Grant tornou-se muito protetor. Jake entendia isso, completamente. –Não há nada com que se preocupar. Ela pode se juntar a nós na reunião. Não vai estressá-la.– –Então, o que há de novo?– Grant persistiu. Jake e Grant tinham sido amigos por muito tempo. Ele não iria fazê-lo esperar. –Urso polar. Na floresta. Atacou Mae.– O rosto de Grant tornou-se grave. Ele olhou para Mae e Chelsea sentadas no sofá. –Ela está bem?– –Sim. Então, algumas coisas ...– Ele informou Grant sobre o urso polar, e os elementais de Mae e Astra. –Não posso dizer que estou surpreso com Mae. Muitas coincidências, você sabe?– Grant estudou Mae. Eles tinham sido amigos há muito tempo. –Mas Astra, essa é surpreendente, embora eu sempre soubesse que havia algo sobre ela. Eu simplesmente não teria imaginado isso.– Marti e Tanner entraram, seguido de um Dominic muito barulhento, que não podia esperar para que Ivan viesse. Dominic não teve muito tempo para esperar. Joe, Sara e Ivan caminharam na porta da frente. Tudo foi interrompido pelos gritos excitados de Dominic e Ivan, felizes por ter um encontro de jogos, sem pistas sobre as preocupações que cercaram os adultos na sala. Logo atrás deles estavam Teague e Kelsey, Kane e Astra. Astra sorriu com desculpa. –Nós deveríamos ter chegado aqui mais rápido. Desculpa. Minha culpa.– Todos se reuniram na sala de jantar, enquanto os pequenos estavam dispostos em uma esquina com uma variedade de brinquedos para mantê-los ocupados enquanto os adultos conversavam.

–Algumas coisas. Vou começar com isso primeiro, porque não é aquele que exige um plano. Pelo menos não um plano que precisamos fazer. É algo que Astra e Mae discutirão com mais detalhes.– Mae e Astra assentaram com a cabeça. Jake contou-lhes sobre os elementais, aos oohs e aahs de Kelsey, Chelsea e Marti quando chegaram a Astra. Sara sentou um entalhe. Ela ainda não se aproximava das outras mulheres, e sempre estava um pouco distante. Joe havia dito que passaria, mas, por enquanto, era o que era. –Então é isso–, disse Jake. –Agora pela outra informação ...– Ele os elevou sobre a aparência e a interação do urso polar com Mae. –Ele perguntou sobre ursos polares, especificamente?– Marti tinha perdido toda a cor no rosto. Tanner colocou seu braço em volta dela, seu olhar em Dominic, seu conjunto de maxilares pulsando. Tanner tinha vindo ver Dominic como seu, o que não era um segredo. Os dois eram inseparáveis. Mae assentiu. –Sim.– –Você ...– Jake não sabia como dizê-lo sem incomodar Marti. –Você poderia nos falar sobre o pai de Dominic? Não quero despertar memórias dolorosas.– –Eu estava no lugar errado na hora errada.– começou Marti. A palma de Tanner bateu a mesa. –Não. Eu não vou ter você dizendo isso.– Um músculo em seu templo marcou. Ele mordeu o lábio, a carne tornando-se branca quando ganhou compostura. –Ele a estuprou. Fundo. Nenhum consentimento foi dado.– Marti assentiu, seus olhos inundando lágrimas. –Ele disse que o nome era Vey Kozlov.– disse Mae. As lágrimas começaram a fluir por suas bochechas, mas Marti não disse uma palavra. Mae entregou-lhe um lenço de papel. –Esse é o homem?–

–Eu não conheço seu sobrenome.– Marti apanhou seu rosto. –Enorme. Tatuagens. Cabelo loiro longo.– Marti assentiu. –Parece cortado e seco.– A voz de Tanner tinha uma corrente subterrânea de aço. O rosto de Mae estava cheio de compaixão, e sua voz era baixa quando falava. –E se esse é o pai de Dominic? Não queremos matar o pai de Dominic. Nós não queremos isso em nossa consciência.– Jake não estava comprando aquela besteira. –Esse bastardo estuprou uma mulher. Ele não é o tipo de homem que precisa estar na vida de Dominic. Ele não é o tipo de shifter que desejamos aqui. Mas nós iremos, como desejar. Eu o pouparei se ele se afastar do vale e seus moradores.– –Então seja assim.– disse Grant. –Vamos.– Jake empurrou a cadeira para fora. –Tanner e eu iremos junto.– anunciou Teague, sua expressão como presságio como a de Tanner. –Doc e eu seguiremos no meu caminhão.– disse Joe. –Eu vou ficar.– Grant olhou para um preocupado Chelsea. –Kane, fique comigo?– Kane assentiu, embora Jake pudesse dizer que queria se juntar a eles, mas estava rasgado em deixar Astra para trás. No entanto, fazia sentido ter quatro ursos e três ficando. Grant assentiu com a cabeça. –Entre Kane, Sara e eu, devemos ser capazes de lidar com algo aqui.– A boca de Marti se abriu. Grant colocou uma mão em seu braço. –Nós vamos mantê-lo fora. Não se preocupe. Ninguém pode entrar. Confie em mim. Este lugar é impenetrável. Foi tentado antes.–

Jake odiava deixar Mae para trás. Era uma das coisas mais difíceis que ele já tinha feito. Ele queria conversar com ela, precisava falar com ela. A cada segundo que passava, ele sentia como se estivesse a colocar para trás algo que importava mais. Joe limpou a garganta. Seu cabelo longo foi puxado para trás em um rabo de cavalo, e seus tomahawks pousaram no banco entre eles. –O que é, Doc?– Ele perguntou, desviando o caminho o tempo suficiente para olhar para Jake. –O que é o quê?– Jake franziu a testa. –Alguma coisa está comendo você. Se eu tivesse que adivinhar, eu diria que é uma mulher.– –Oh, sim? Por quê você diria isso?– Joe bateu no volante, parou por um momento e respondeu. – Provavelmente, porque você teve a mesma aparência que eu imaginei ter até não muito tempo atrás.– Jake olhou pela janela. Ele não queria responder. –Por que você não fala apenas com Mae? Às vezes, é tudo o que é preciso. Falar.– Isso não é um flash de notícias. Jake respondeu seu comentário inteligente. –Parece que desde o momento em que decidi falar com ela, todos os tipos de merda continuam acontecendo. O urso polar, o elemento elementar. Às vezes eu me pergunto se talvez eu estivesse equivocado sobre isso. Eu ia sair da cidade.– –Fugir não ajuda nada. Pergunte a Sara, ela vai te contar.– Joe tocou nos freios e mergulhou o caminhão em uma estrada de cascalho. – Talvez o que aconteceu é que você esperou por muito tempo–.

–Poderia ser. Espero que não seja tarde demais.– –Você claramente não viu a maneira como ela olha para você, Doc.– Joe mudou-se para Park, então olhou para Jake. –Eu diria que não.– Jake olhou em volta. –Onde estão Tanner e Teague?– –Eles se afastaram á algumas milhas atrás.– Joe empurrou as chaves no bolso. –Eu pensei que eles estavam nos seguindo.– –Talvez eles saibam algo que não sabemos?– Disse Joe. –Ou talvez eles perfumaram algo?– Jake tirou o telefone. Chamada Perdida. Teague. Ele nunca sentiu a vibração. Ele pressionou para retornar a chamada e não obteve nenhuma resposta. Ele deixou uma mensagem para Teague que eles estavam indo para a floresta. –Esperamos ou forjamos?– Perguntou Joe. –Vamos pressionar. Eles podem saborear de que maneira nós fomos, se eles vierem por aqui. De qualquer forma, vamos para a mesma área, então vamos nos encontrar uns com os outros. – *** Jake e Joe percorreram a floresta. Eles mantiveram o silêncio, enquanto Jake usava seus sentidos de urso para tentar encontrar o urso polar. Ele e Joe lidarão sem Tanner e Teague. –Você ouviu isso?– Ele se virou para Joe. –Soou como grunhidos.– –Não, mas está acontecendo alguma coisa. A floresta parece ... desligada. – Descolaram em uma corrida. Rugas e rosnados encheram a floresta, saltando das árvores, ecoando contra pedregulhos. Jake entrou na clareira para encontrar um banho de sangue. Completamente ileso, Teague estava a poucos metros de distância, mantendo sua distância enquanto Tanner e o urso polar estavam

envolvidos em uma batalha. O pêlo branco do urso polar estava coberto de carmesim e a pele marrom de Tanner estava escurecida pelo sangue. Jake não podia dizer qual deles estava mais gravemente ferido, ou mesmo quem estava ganhando. Ele se aproximou de Teague sem mudar. Se ele se deslocasse em seu urso e estabelecesse uma sincronia com Teague, eles poderiam falar, mas então eles estariam excluindo Joe. –Você pode mudar para que possamos conversar?– Teague mudou. Antes que Jake pudesse perguntar a Teague, os rugidos provenientes de Tanner e os outros ursos escalavam. O urso polar ergueu sua poderosa pata, cavando no flanco de Tanner. Enraivecidos, caninos descobertos, Tanner rugiu, empurrando o urso branco com o ombro dele. Tanner mergulhou sua mordida no pescoço do outro urso enquanto rasgava seu focinho com suas garras. –O que está acontecendo?– Jake ergueu a voz sobre os rugidos do urso. –Ele sabe.– disse Teague. –Sabe o quê?– Os dentes de Tanner ainda estavam enterrados no pescoço do urso polar. O urso resmungou e rugiu sua dor. –Ele sabe sobre Dominic. Quando perguntamos por que ele estava aqui, ele disse que iria matar Marti e o indesejável que ela havia dado à luz.– –Como ele sabe?– –Nenhuma pista. Mas então ele começou a falar sobre a noite em que ele estuprou Marti.– Teague sacudiu a cabeça. –Bastardo conseguiu ...– Ele limpou a garganta. –Ele ficou pessoal. Ele pegou feio. Desligou Tanner.–

–Isso faria o mesmo comigo.– disse Joe. –Ele já estava morto. Se eu me deparar com aqueles que Sara sabia ...–Joe se cortou com uma batida de sua cabeça. –Então eu preferiria deixar Tanner cuidar de seus negócios. Não é uma luta injusta.– acrescentou Teague. É verdade que não era. Na verdade, tão grande quanto Tanner, o urso polar era um pouco maior. O urso polar empurrou para a direita e libertou-se da compreensão de Tanner. Ele abordou Tanner e eles rolaram nos arbustos, deixando uma larga trilha de sangue. Jake encontrou-se com a respiração presa e liberou-a. –Então, o que ele quer com Dominic? Ele disse?–Jake ficou desconcertado com o comportamento do urso polar. Ambos os ursos se puseram em pé. Eles ficaram em silêncio, olhando um para o outro. –Se eu não soubesse melhor, eu teria jurado que ele estava tentando pressionar os botões de Tanner de propósito. Por que ele faria isso? Isso é condenado perto de suicídio.– Teague fez uma pausa, observando os ursos, então ele retomou. –Eles estão sincronizados. Não tenho idéia do que eles estão dizendo. Eu vou mudar.– Teague estava claramente preocupado em proteger seu irmão. Mas antes que Teague pudesse mudar, Tanner rugiu, um som que foi arrancado de sua alma, que tornava o ar estático com a dor. Ele apressou o outro urso, agarrou-o pelo pescoço e cortou sua espinha com uma pressão ressonante. Apertando as mandíbulas no pescoço do urso polar, Tanner balançou a cabeça e não parou, nem mesmo quando separou a cabeça do corpo. Ele continuou tremendo, enviando sangue arterial vomitando por toda a clareira, banhando Tanner em carmesim. –Foda-se!– Joe correu em direção ao banho de sangue. –Tanner, pare!– Teague estava gritando enquanto corria em direção ao irmão.

Tanner congelou. As mandíbulas se abriram lentamente e o corpo sem cabeça do outro urso caiu no chão com um baque alto. Tanner mudou-se para a forma humana. Seu rosto e roupa estavam encharcados de sangue, e sua carne estava rasgada e triturada. Seu rosto era uma máscara de dor, que quebrou o coração de Jake. –Ele não deveria ter.– Tanner ofegou. –Ele não deveria ter dito isso. Quando peguei ele pela garganta, ele falou duas palavras. –Fim.– Isso é tudo. Por que ele disse isso sobre ela?– Teague envolveu seus braços em torno de Tanner. –Você fez o que tinha que fazer. Deixe ir.– Jake deu a Tanner um olhar superficial. –Você precisa se deslocar e curar, pelo menos parcialmente. E não podemos ter Marti vendo você assim.– Joe sugeriu: –Vamos levá-lo para Kane e Astra. Ele pode emprestar algumas roupas de Kane.– –Eu vou mudar e levá-lo para lá.– disse Teague. –Ele conseguirá se ele mudar. Um pequeno descanso, um banho rápido e uma mudança de roupa e ele deve ser tão bom quanto novo.– Tanner não disse uma palavra. Ele pareceu chocado.

Conduzindo o caminhão de Tanner, Jake entrou na entrada de Grant. Joe puxou atrás dele com Tanner e Teague. Eles saíram dos veículos e a porta da frente da casa abriu-se como se alguém estivesse atento e visse seu retorno. Jake não podia dizer quem acabou de sair primeiro. Era mais como uma cena da máfia. Todas as mulheres, os shifters e os dois pequenos acabaram cumprimentando-os. Marti foi quem percebeu primeiro. Um olhar para Tanner e ela parou, ficou completamente imóvel, estudando seu rosto. –Você ...– Ela não disse mais nada, apenas abraçou seus braços. Tanner levou-a no abraço dela, e foi difícil para Jake contar qual deles precisava de mais consolo: o gigante dos ursos, pelo que ele havia feito, ou a mulher que o amava e sabia o que Tanner e seu urso fizeram. Eles fizeram por ela. –Eu estava preocupada com você.– ela sussurrou em seu ouvido. Jake podia ouvi-lo por causa de sua audiência. Ele se sentiu como um espião e afastou o olhar. Os olhos de Mae estavam em Jake, aqueles olhos escuros que agora brilhavam com uma pitada de índigo que ele reconhecia ser seu elemento elementar. O vínculo que ele e Mae sempre compartilhavam era diferente agora. A amizade era diferente. O descontraído, relaxado carregava uma corrente elétrica subaquática. Ele não podia olhar para ela sem que a corrente submergisse subisse por ele como se uma máquina de choque elétrico estivesse ligada a ele. Talvez fosse bom que ele tivesse aquele bilhete de avião. Ele não achava que ele poderia voltar para a amizade que eles costumavam ter.

Ele podia avançar com o que sentia, mas não podia voltar. Não havia nenhuma chance no inferno nisso. Seu medo era que Mae não gostaria de seguir em frente. Ela tinha a memória de Brad para honrar, o amor de Brad para fidelizar. Ele expôs o que parecia um suspiro de desespero. Jake sentiu os olhos nele e se virou para pegar Astra observando-o com um estranho brilho nos olhos. Ele ainda não tinha se acostumado com toda a coisa elementar, mas se alguém fosse forte o suficiente para lidar com isso, Astra era. –Ei.– ele disse para ela. Ela praticamente correu do abraço de Kane para envolver seus braços ao redor dele. –Doc, fiquei preocupado.– –Você deveria saber que não precisa estar.– –Eu não sou o urso polar.– Ela inclinou a cabeça. Seus olhos brilhavam agora de um verde amarelado profundo. –Eu quero dizer, Mae. E você. Você e Mae.– Ela se afastou dele, mas manteve as mãos nos ombros dele. –Eu não estou convidando você a ir para a Europa, pai.– –O que?– –Eu retomo isso. Eu vou encontrar o Anya sozinha. Bem, na verdade não. Eu vou com Kane. Eu acho que você precisa ficar aqui. Você tem negócios inacabados.– –Isso é um fato?– Ele ergueu uma sobrancelha para ela. –Você está dizendo que não há atração? Nenhuma atração?– Jake sentiu o calor de sua negação sob a forma de um rubor que encheu seu rosto. Esta menina sempre conseguiu chamá-lo de tudo. Ele balançou a cabeça enquanto o seu coração estourou com orgulho. Ela era tão incrível quanto sua mãe. –Você sabe, você é incrível. Assim como Anna.– –Eu sei, pai. E eu sei que, onde quer que mamãe esteja, ela quer que você seja feliz. E aquela mulher ai ...– Astra indicou Mae com a cabeça

dela. –Ela faz você feliz.– Então Astra ficou na ponta dos pés e se aproximou de sua orelha. –E você está totalmente fudido, pai. Apenas dizendo.– –Jovem.– Ele colocou um olhar severo em seu rosto. –Eu pensei que tinha ensinado você melhor do que isso. E falar dessa maneira para o seu ancião.– –Doc, você não parece meu idoso desde que eu bati vinte e dois.– A poucos passos atrás de Astra, os lábios de Kane estavam se contorcendo como se estivesse a lutar contra um sorriso. –Ela é um punhado, Doc.– Jake balançou a cabeça. –Claro que é. Fico feliz que ela tenha o homem certo para mantê-la na linha.– Ele riu e se abaixou quando ela passou por ele. Eles eram os últimos três fora. Todo mundo entrou. –Vamos nos juntar a eles.– disse ele. *** Todos estavam reunidos na sala de jantar da casa de Grant. O assunto do urso polar ainda não havia sido criado. Era o elefante na sala. Deve ser levado, porém, mais cedo ou mais tarde. Parecia que Marti estava pronta para fazer isso primeiro. –Então ele se foi.– Marti inclinou-se contra Tanner. –Isso é isso?– –É isso.– Jake assentiu. –Eu vou pegar uma equipe de limpeza no sito.– Mae franziu os lábios. –Estou nervosa sobre quem ligar. Eu não quero isso saindo. Algumas das famílias dos ursos polares têm conexões em que não quero que nos envolvamos.– –É melhor manter este em casa.– Grant concordou. –Eu não quero arriscar ninguém perguntando sobre um urso polar. Alguém quer se juntar a mim amanhã?–

Todos os homens se ofereceram, incluindo Tanner. –Talvez não você.– disse Grant. –Você precisa de um descanso. Eu apoio você no que você fez.– Ele colocou a mão no ombro de Tanner. –Completamente.– –Eu dou conta disso.– –Você manipulou o suficiente–, afirmou Jake. –Vamos fazer isso. Estamos juntos.– –Somos familia.– concordou Mae. –Vamos, Mae.– Teague estendeu o casaco. –Kelsey e eu vamos deixar você.– Jake pegou o casaco de Mae e tirou-o das mãos de Teague. –Vou levar Mae para casa.– –Mas ...– Mae começou a dizer. Jake deu uma olhada e segurou o casaco. –Eu gostaria de discutir algumas coisas com você.– Ela se acalmou e lambeu o lábio inferior nervosamente. –Tudo bem.– ela disse, então entrou na jaqueta.

–Este não é o caminho para minha casa.– Na caixa mal iluminado do caminhão, Mae olhou para ele. –Não, é o caminho para a minha.– –Eu pensei que você estava me dando uma carona para casa.– –Mae.– Ele puxou para o lado da estrada e encontrou uma estrada de terra, o que não era uma surpresa para ele, já que era sua propriedade. Ele pensou que talvez ela se sentisse melhor conversando em um lugar neutro. –Precisamos limpar o ar.– –Sobre o que?– –Podemos dar uma volta?– Ele se sentiria melhor se pudesse sair para a natureza, se seu urso pudesse se sentir confortável e ajudá-lo com isso. Ele sentiu-se tão malditamente atado. –Claro.– Ela pegou o punho da porta. Ele escorregou e espancou-a, abrindo a porta. Ele fechou atrás dela depois de ajudá-la. Mae pisou cautelosamente na estrada coberta de pedras que eram afiadas sob os sapatos de sola fina. –Mais fácil de caminhar por aqui. A floresta é muito mais gentil do que essas pedras.– Ele pegou sua mão para levá-la para o caminho. O segundo, os dedos dela envolviam o dela, uma corrente correu por ele. Ele respirou fundo. Era como uma onda de tensão que se originou onde sua pele entrou em contato e atravessou seu corpo mais rápido do que seu sangue parecia viajar. –Você não sentiu isso?– Ele afastou a mão, ficou surpreso, ficou completamente desprevenido. Ele nem sequer estava certo do que acabava de sentir, mas sentiu-o direto ao centro.

–Isso?– Perguntou ela. Jake parou. Isso não funcionaria se ele fosse o único que sentia essas coisas. Se ela não as sentia, isso significava que seu urso estava legalmente errado por pensar que ela era sua outra metade. E isso significava que ele era um tolo por se ter apaixonado por ela. Concedido, ele não podia controlar amá-la, mas seu urso deveria saber melhor. –Não importa.– Sua voz era um resmungo baixo. Parecia que Astra também estava enganada. Inferno, todos estavam enganados. Mae simplesmente pensava nele como um bom amigo. O que ele sentia era unilateral. Apesar disso, ele teria jurado que não era. –Jake.– Ele adorava que ela o chamasse de Jake. Ela era a única que o chamava assim. Era quase como uma mensagem especial ou um código entre eles, exceto que agora, quando ela disse, por algum motivo o medo o encheu. Ela continuou: –Nós somos amigos há muito tempo.– Aqui vem a decepção gentil. Seu urso rugiu para ele. Talvez eu a leve deitada. O que você gostaria que eu fizesse? Força-a a amar-me? Força-a a ... tudo? Um nó em seu estômago empurrou seus intestinos como se estivessem presos em um gancho agudo. –Não diga isso.– Ele se virou para ela abruptamente. –Simplesmente não.– *** Mae sentiu como se não pudesse respirar. Jake disse que queria dar um passeio. Ela sabia que isso significava que ele queria falar.

Ele estava indo para a Europa. Ele ia dizer a ela que era um acordo feito. Ele perguntou se ela sentia –isso–. Ela sentiu alguma coisa. Era o que ele estava sentindo? Por que estou lutando para me comunicar com ele? Porque você não está sendo completamente honesta, disse Benithe. Não preciso da sua contribuição. Eu penso por uma vez, você faz, Benithe argumentou. Eu duvido que você me pague mais mente do que nunca. Você provavelmente vai me encerrar, como você fez por muitos anos. Se Mae pudesse ter revirado os olhos para Benithe, ela teria. Ela os teria rolado, embora soubesse que Benithe estava certa. –Jake. Eu deveria dizer isso. Se você vai sair, se você estiver indo para a Europa, eu deveria ser sincera.– Ela atraiu o ar frio da noite, enchendo seus pulmões. –Pelo menos isso uma vez.– –Continue.– Ele dirigiu o caminho em direção a uma grande rocha e sentou-se, batendo na área ao lado dele. –Algo estranho aconteceu comigo.– –Seu elemental? Aquela coisa?– Mae sacudiu a cabeça. –Não, além disso, embora eu acho que em algum momento devemos discutir isso.– Por que digo isso? Ele está saindo. Ele não era o mesmo Jake com quem sempre conversava e se voltou para quando precisava de alguém. Ele não era mais seu amigo inseparável. Ele agora era simplesmente Jake, que estava saindo. Tinha a sensação de que ele não pretendia voltar. Por que você não pergunta a ele em vez de ter a sensação de que ele pode ou não fazer alguma coisa? Benithe bateu denovo. Por que você não vai embora?

Mae mergulhou. –Algo aconteceu comigo, e não tenho certeza quando. Eu não queria pensar sobre isso, muito menos falar sobre isso.– –É algo com o que posso ajudá-la?– Este era o Jake por quem se apaixonou. Droga. Sua mão descansou sobre ela, e aquela sacudida que a atravessou quando ele a tocou correu novamente, arrumando as veias. –Minha marca de ligação de casal.– Ela fez uma pausa. –O que Brad me deu há muito tempo ...– –E sobre isso?– –Durante anos depois de morrer, isso me deu conforto. Foi um ponto quente que me lembrou que eu era amada. Tingia quando pensava nele. Aquecia o meu ser. Lágrimas vieram até os olhos. –Não faz mais nada. É como se nunca estivesse lá. É como se eu nunca tivesse tido isso. *** Jake observou uma lágrima solitária abrir caminho sobre a curva de sua bochecha. Ele podia ver que isso era difícil para Mae, e uma parte de seu coração invadiu ela. Ele tinha experimentado exatamente a mesma turbulência quando percebeu que o vínculo que ele tinha com Anna desapareceu. Ele acordou um dia e esse fio invisível, aquela conexão invisível que os manteve encadernados, mesmo depois de sua morte, desapareceu completamente. Ele lembrou-se desse dia claramente porque ele entrou na floresta com seu urso e se entristeceu. Ele havia corrido por horas e tinha uivado as lágrimas sobre aquele amor perdido. Seu urso o confortou e tentou explicar-lhe que este era um processo normal, mas Jake não estava tendo isso. Agora ele sabia que isso significava que ele tinha se apaixonado por Mae. Que ela era sua companheira.

Espere um minuto. Jake empurrou-se, endireitando a coluna vertebral. Isso significava ...? Poderia ser…? –Ei.– Ele manteve sua voz suave, embora uma parte dele se disparasse com entusiasmo na possibilidade. Ela virou os olhos escuros e cheios de lágrimas em sua direção. Ela piscou, e outra lágrima escorregou e escorria pela sua pele lisa e tonalidade de azeitona. Jake colocou um polegar sobre ele e empurrou-o para cima, retraindo o caminho que as duas lágrimas haviam tomado. –Sei exatamente o que você quer dizer. Eu espero que você saiba disso. Passei o mesmo com Anna.– –Eu sinto que estou desonrando a memória de Brad por não ter mais essa sensação no meu pescoço.– Ela estendeu a mão e tocou o local onde ela havia sido marcada, há muito tempo. –Nada. Eu não sinto nada.– Sua voz pegou, como se ela estivesse segurando um soluço. –Eu senti o mesmo modo quando senti o vínculo com Anna Break. Foi devastador. Eu também cheguei a um despertar. Eu percebi que estava me dando uma segunda chance na vida. Eu sabia imediatamente qual era essa segunda oportunidade. Quem era essa pessoa e o que isso significava.– –Você fez?– Sua voz estava tingida de esperança. –Sim. E eu saí e fiz uma tatuagem. Eu sabia que não podia estar errado, mas se eu tivesse ...– Ele deu de ombros. –Eu não estava preparado para estar errado. Eu ainda não estou.– –Que tatuagem? Onde?– –Aqui mesmo–. Ele colocou a mão na base do pescoço, onde os shifters se vinculavam. –O que é isso?– –Quer ver?– Mae riu. –Está escuro. Não é como se eu tivesse sua visão, Jake Evans.–

Deus, ele amava sua risada. Adorava a forma como seu nome saia da sua língua, como se fosse uma carícia que vagava por seu corpo. Ele enfiou a mão no bolso e puxou o celular, ligou a luz, entregou-a e afastou o colar da camisa. Mae aproximou-se. Muito perto. Cristo. Ele inalou seu aroma. Ela encheu seus sentidos. Mae brilhou a luz no pescoço e ofegou. Ela quase caiu da rocha. Jake teve que estabilizá-la com um aperto no cotovelo e uma mão no joelho. –Calma agora.– Ele não queria que ela caísse e sofresse uma concussão. Um sorriso se arrastou para o rosto enquanto pensava. Ou pior: a amnésia. –Isso é ... meu ... nome ...– Suas palavras foram deixadas em suspiros. Ele deixou esse conhecimento se afundar por um momento enquanto levantava a luz e a estudava de novo. –E há uma data, ali mesmo.– Seus dedos rastreavam o delicado roteiro de seu pescoço, seu nome e a data em que ele havia tatuado ao lado. A data em que Jake descobriu seus sentimentos por ela. Delicado e bonito, exótico e fino - a fonte era exatamente o que ela era. É agora ou nunca. Ele limpou a garganta. –Mae. A razão pela qual sua marca mudou, o motivo pelo qual ela foi embora ... – –Eu sei o motivo.– Sua voz era baixa, rouca. –Eu simplesmente não queria aceitá-lo.– –Por que não?– Ele se perguntou se seus problemas eram iguais aos dele. –Eu não queria diminuir o que eu tinha com Brad. Eu não queria agir como se ele deixasse de ser importante para mim. Precioso para mim.– Suas razões eram tão parecidas com as dele. –E agora?–

Ela ergueu a cabeça. Seus lábios estavam cheios, um vermelho de cereja escuro na escuridão. Uma porção de lua produziu a quantidade perfeita de luz. Ele não conseguiu resistir à atração que ele tinha por ela. Mas era muito mais do que uma atração. Ele baixou a cabeça.

Os olhos de Jake brilharam com um brilho dourado que ela conhecia muito bem. Seu urso estava na superfície. Sua mente sabia o que ele queria. Sua mente queria dizer não a isso. Talvez. Seu corpo e seu coração não tinham nada a ver com sua mente. Ela prendeu a respiração e tentou engolir o nódulo de antecipação. Isso seria assim. Era isso. Isso aconteceria. Ela a deixou respirar e sugou outro pulmão de ar. Ela não conseguiu arrancar os olhos dele, eles a mantinham cativa. Quando Jake lambeu o lábio inferior, ela lutou contra o gemido lutando para sair. Seu corpo, o usurpador que era, tinha começado a dominar e a trair. Seus mamilos pressionaram contra o tecido de seu sutiã de renda, eretos, carentes e querendo atenção. Jake colocou um dedo abaixo do queixo, embora ele não precisasse. Ela não poderia ter movido a cabeça se quisesse, era assim que estava fascinada com o momento em que ela sentia estar esperando por sempre. Jake pegou sua boca com o dele, levando seus lábios prisioneiros enquanto suas pernas começavam a tremer de desejo. Ele pressionou contra ela, impedindo-a de cair. Seu gosto era a canela e a masculinidade. Seu beijo a deixou embriagada e intoxicada. Sua língua envolveu a dela, assumiu o controle, agarrou seu coração e com uma ferocidade, ela nunca imaginou que ela veria nele. Ele envolveu seu braço ao redor dela, puxando-a contra ele, acalmando a carranca de desejo, mas tornando-a mais intensa. Ele afastou a boca da sua, deixando-a sem fôlego. –Jake.– Seu nome deixou seus lábios em um sussurro ofegante.

Antes que ela pudesse determinar se ele tinha feito isso acontecer ou se ela tivesse, ele estava de pé, de frente para ela, e suas pernas estavam envolvidas em sua cintura. Mae olhou para baixo, seus olhos pegaram no peito dele. Tão amplo. Os músculos assim definidos. Ela ergueu o olhar e sua mente voltou para aquela tatuagem. O nome dela. Deus. Ele tatuou o nome dela onde haveria uma marca. Ela suspirou, seu peito se expandiu, seus seios pressionados contra o peito. A sensação estava embriagada. Jake enfiou as mãos sob o tecido do topo, trabalhando-as para cima. Ele segurou seu peito, seus dedos apertando seu mamilo, rolando-o entre o polegar e os dedos. Mae recostou-se em suas mãos, arqueando o tronco, o peito empurrado para frente. Um calor surgiu em seu centro e percorreu todo seu corpo. Era como se ela não tivesse o controle de seu próprio corpo. A paixão estava no controle. Ela usou as pernas para aproximá-lo. Sua ereção, grossa e dura pressionada contra o seu montículo. Ela revirou os quadris, pressionando o clitóris contra o eixo, as roupas ainda entre eles. Sua espessura aplicou apenas a quantidade certa de pressão, enviando-a para uma onda de estado pré-orgásmico. Ele puxou o top dela, levantando-o sobre a cabeça e soltou o gancho no sutiã com uma rápida pressão. Empurrando o sutiã para fora, ele olhou para seus seios, luxuria alterando seus traços, mesmo na luz da noite fraca. O urso brilhava ferozmente atrás de seu olhar sombrio. Alcançando, ele segurou seus seios, pesando sua plenitude, ambas as mãos rolando os eixos, puxando-os, apertando-os entre as pontas dos dedos enquanto ele observava seu rosto.

Quando baixou a cabeça, Mae ofegou, mesmo que seus lábios nem a tenham tocado ainda. Ainda mantendo seus olhos sobre os dela, ele colocou a língua em seu mamilo, jogou-o e depois suguando-o. Mae se contorceu, suas pernas puxando seu pau mais perto de seu clitóris, mais perto de sua entrada, mesmo que todo esse tecido estivesse entre eles. Ele sugou forte, sua boca pulando sobre ela, atraindo-a profundamente. Seus dentes rasparam sua dureza de cascalho, fazendo com que a pele de seu pau respondesse. Jake puxou a boca do peito com um pop, apertou os seios e seus mamilos o mais próximo possível, depois passou a língua entre eles, deixando-a louca. Seu gemido fez com que ele parasse. –O que você quer?– Ele perguntou, e puxou seu mamilo na boca. –Eu-eu-oh ... Deus, Jake–. Pop. Ele fez um som estridente enquanto soltava seu mamilo. –Conte-me.– –Eu quero você.– Ela deixou as palavras se deslizar de sua língua, exceto que caiu mais como se estivessem tropeçando em seus lábios. Ele se afastou, puxou a saia para cima, sobre os joelhos, sobre as coxas dela. O frio do ar acariciou as coxas, mas não conseguiu esfriar o calor dentro da calcinha. Ele passou a ponta do dedo ao longo do elástico de sua calcinha, ao longo de sua barriga, sentiu-se autoconsciente por um breve segundo, então baixou os dedos e rastreou o elástico do quadril para a coxa interna. –Você é linda.– Ele inclinou a cabeça, estudando-a. –Perfeição pura. Assim como eu sabia que você seria.– O rosto de Mae ficou quente e ela ficou agradecida pela escuridão por um breve momento antes de perceber que ele podia ver melhor que

ela podia em plena luz do dia. Seu rubor se intensificou, um calor quente na carne. Jake riu suavemente. –Onde está essa Mae corajosa que tem um vale inteiro de shifters reconstruindo em sua glória anterior?– –Ela está ...– Mae perdeu o nervo. –Acabou.– sua voz tinha o anel de autoridade. Ele era seu alfa. Ele inclinou seus lábios perto de sua orelha, sua respiração uma carícia. – Por favor.– ele disse, mas era mais uma súplica que um pedido. Mae olhou-o nos olhos. –Ela está bem aqui, nua. Cheia de desejo. Por voce.– Ela passou as unhas pelo material de sua camisa. Deixando-o sentir as unhas e o que queria fazer com ele. Seus músculos ondulavam sob sua mão, seus abdominais se apertaram. –Eu disse a mim mesmo que eu não iria apressar isso. Se eu tivesse uma primeira vez com você, eu tomaria meu tempo. Eu faria amor com você devagar, eu gostaria de cada centavo de você com minhas mãos e minha boca ...– Ele exalou um suspiro torturado. Ele continuou: –Foi antes que eu tivesse você na minha frente, o cheiro de você enchendo minhas narinas com um aroma tão forte que quase posso provar.– Ele rastreou o vale entre seus seios com um toque emplumado, depois mudou-se de um mamilo para outro. –Mae, está tomando todo o seu autocontrole para não me deixar, e meu urso o faz no mais feroz, mais exigente, a maioria das possibilidades possíveis.– Mae sentiu que seu coração se tinha preenchido com a alegria de mil vidas. Ela não se importou com nada além de se juntar a esse homem, agora mesmo. Houve tempo para o resto mais tarde. Naquele momento, ela não queria nada além de tê-lo no fundo dela, marcando-a como sua, fazendo-os um, dando-lhe o que queria dar. *** Jake e seu urso estavam rasgados. Eles apreciavam e adoravam essa mulher de tal forma que não queriam impor sua vontade sobre ela, mas

ela tornou isso muito difícil. Ela era tão deliciosa, curvas cremosas, seios cheios de pontas rosadas. Quando ela pegou suas calças, seus dedos eram hábeis e ágeis quando eles o abriram, sua respiração apanhada. Seus lábios, seus olhos com seu flash indigo ocasional, aqueles maçãs do rosto pegando as sombras da noite. Ela era mágica. Ela era dele. Ele não levaria nenhum outro, e ele não deixaria que ninguém a aceitasse. Mae puxou as calças. Com a velocidade do ser sobrenatural que ele era, ele puxou suas calças e voltou a colocar sua posição entre as pernas. O calor de seu corpo, a umidade que o ápice de suas coxas criaram o saudou. Pegando a calcinha entre os dedos, a virilha úmida contra a pele dele, ele os rasgou com um rápido reboco, destruindo a mistura de algodão. Elevando-os para o rosto, ele inalou profundamente o aroma dele. Ela o observou, aquele olhar dela iluminando-se novamente por trás, um flash azul brilhante desta vez. Ele espalhou sua delicada buceta, rosa escura, dobrando as dobras e examinou o clitóris. Com uma mão no clitóris, pressionou lentamente o botão inchado. Mae soltou um gemido, fechou os olhos e puxou uma perna na rocha, espalhando-se mais por ele. Jake colocou sua grossa cabeça engasgada na entrada de seu canal. Ele cutucou-a, puxando-a. Sua doce e macia buceta engoliu a ponta de seu pênis, abraçando-a firmemente, seus músculos flexionaram-se para dentro, como se ela estivesse puxando-o mais profundamente na umidade apertada. Mae ofegou enquanto se movia um pouco mais fundo. Ele a encheu, ele tirou o fôlego, esticando-a, quase dolorosamente, mas com um delicioso tom de prazer que estava para vir.

Ela ergueu a perna, colocando-os suavemente em seus quadris, e envolveu-os ao redor completamente enquanto ela agarrou seus ombros e empalou-se sobre ele. Jake soltou um gemido, suas mãos encontraram sob o traseiro dela, puxando-a para mais perto, mergulhando mais fundo. Ele encontrou um ritmo e dirigiu-se dela repetidamente, empurrando-os para um clímax. Ela gritou seu nome quando uma onda furiosa de um orgasmo fluía por todo o corpo. O primeiro som de trovão quebrou na orelha, fazendo-a pular. Seus músculos apertaram-se fortemente, apertando-o, não permitindo que ele se movesse. Jake fez uma pausa, beijou seus lábios. –Será que vai chover?– Um trovão ondulou pelo céu, veias brancas em uma tela preta. Um relâmpago acendeu o rosto. –Não.– Mae sorriu. –Eu não estou triste. Esse foi o resultado direto do meu elemental.– Ela gritou enquanto o ressalto de outro orgasmo percorria seu corpo. À distância, o trovão retumbou. –Eu deveria obter o treinamento que eu me transformei, para me ajudar a controlar este elemento melhor.– –E perder o show do relâmpago?– Ele beijou a ponta do nariz e depois tomou sua língua como refém em um beijo que a deixou sem fôlego. Jake pegou o ritmo exatamente no mesmo lugar que ele deixara, e em meio a uma série de relâmpagos, ele a levou para um lugar em que ela não estava há tanto tempo e nunca pensou que nunca mais voltaria a ser . E então ele se juntou a ela nesse lugar mágico, enquanto o trovão rolava.

*** –Deus. Cometemos um erro? – –Isso novamente?– Jake pensava que eles tinham resolvido isso. –Estou pensando em Anna e Brad–. –Você pensa demais.– Ele beijou sua testa. Um tremor a atravessou. Era porque ela estava com frio, ou era por causa de seu toque? Esta mulher certamente o manteria nos dedos dos pés. –É só que eu sei como você se sente sobre Anna.– –Isso não tem nada a ver com o que sinto por você.– –Isso é errado–. –Nada está certo. Diga-me que você não sente o mesmo. Eu pensei que nós corrigimos isso.– –Não posso dizer que não sinto o mesmo. Parece certo. Você é meu coração, minha alma, meu tudo. Meu vínculo com Brad não parece mais ser diferente. Costumava criptar, embora ele tenha desaparecido há muito tempo. Agora não faz nada.– –Você sabe o que isso significa.– –Eu sei que não pode significar nada além disso.– –Então, vamos parar de negar o que todos queremos. Vamos parar de adivinhar e avançar.– Mae assentiu. –E se eu tiver momentos em que eu falo? Nunca duvidarei dos meus sentimentos por você e pelo seus por mim, mas se eu tiver momentos em que duvido que sou uma boa pessoa porque avancei?– –Fazê-lo oficial mudaria isso.– Uma luz índigo brilhou no fundo de seus olhos.

–Posso pensar sobre isso? Podemos conversar com a Astra primeiro? Eu não quero que ela esteja chateada.– Jake não quis dizer a ela que Astra endossou isso totalmente. Deixe Astra dizer isso a ela.

Na noite seguinte, Jake e Mae se juntaram a Astra e Kane para jantar na cabana. Mae não queria esperar antes de pedir a Astra por sua benção. Jake empurrou a cadeira para trás. –Eu vou tomar café.– Kane seguiu o exemplo. –Eu ajudo.– Mae deu-lhe um olhar como se quisesse dizer: Você vai me fazer lidar com isso sozinha? Jake e Kane passaram na cozinha, mexendo com a máquina de café, incapazes de evitar ouvir o que as mulheres diziam por causa dos seus sentidos. –Devemos sair e dar-lhes alguma privacidade?– Jake perguntou a Kane. Kane riu suavemente. –Não. O fato é que Astra já sabe. Seu elemental falou com ela. E eu acho que falou com a de Mae, ou pelo menos é o que eu acho que a Astra estava tentando me explicar. De qualquer forma, a linha inferior é esta: Mae vai pedir-lhe permissão ou a sua benção ou seja o que for. Astra vai dar isso. Então Astra vai pedir a Mae por algo.– –Não merda? É isso coreografado?– Jake não pôde evitar o sorriso que veio ao seu rosto. Ele tinha algumas mulheres sérias de centelha na família. –Sim. E ...– Quase como se ela estivesse presa, Astra gritou na outra sala. O som das cadeiras raspando foi seguido de sons de alegria. Kane espiou. –Elas estão se abraçando.– Ele balançou a cabeça. –Astra é outra coisa–.

–Isso é um fato.– Jake concordou. –Então, o que minha pequena garota vai perguntar para ela?– –Ela realmente deveria perguntar a ambas, ao mesmo tempo, mas você conhece Astra - ela faz as coisas da maneira que ela quer.– –Verdade isso.– –Ela quer saber mais sobre este material elementar.– –Mae realmente não sabe muito disso. Ela disse que deixou essa vida para trás, não fez treinamento ou algo assim ...? –Jake não conseguiu elaborar sobre isso demais. Mae nem sempre estava interessada em discutir isso. Em vez disso, ele pegou o café. –Adivinha, eu realmente deveria fazer um café.– *** Mae soltou seu abraço em Astra. Será que ela realmente pediu que ela fizesse isso? –Eu não sei.– –Por favor. Não posso fazer isso sem você. E eu não quero. Eu também quero papai.– –Eu estou…– –Mae. Eu tenho que fazer. Eu simplesmente devo. E é a última coisa que tenho para com minha mãe. Eu sei que ela era como eu.– Mae suspirou. Isso era difícil. Ele puxou sua culpa por ter Jake quando Anna estava morta. Mas ela amava muito a Astra. –Sim, eu sei que sua mãe teve laços com o mundo elementar.– –Você não precisa ficar se você não quiser. Apenas me leve até lá e me apresente para eles. Mostre-me. Então, se você quiser me deixar, você pode. Kane e eu iremos ficar. Mas eu devo - absolutamente preciso saber mais. Eu tenho que aprender sobre esta coisa elementar porque, de outra forma, parece que às vezes eu estou fazendo um tornado.– Mae conhecia esse sentimento. E ela fugiu. –Tudo bem, depois de retornar da sua viagem à Europa, veremos a Ordem. Você encontrará Circe. E Marco. E espero que nada aconteça.

+ Jake rolou. Estavam deitados na cama na casa de Mae. Ele se aproximou e pegou seu mamilo rosado na boca. Seu mamilo endureceu instantaneamente e ele conseguiu sentir sua excitação. Ele brincou com a ponta dura com a ponta da língua. –É hora.– Sua mão cortejou o outro mamilo com círculos preguiçosos que a faziam tremer. Eles passaram toda a manhã na cama, provocando, tentando, saboreando. Eles tinham tomado café da manhã na cama, como era, porque nem queriam deixar o outro por muito tempo. Ele a revirou, as mãos e os joelhos, puxou o corpo contra o dele. Afastando as pernas, depois de uma manhã de preliminares, ele chegou a um ponto em que ele não podia esperar mais. Ele sentiu sua buceta úmida contra seu pênis latejante e espalhou as pernas, e enfiou-se nela com uma movimentação rápida e suave. –Ahh. Cristo. Mae.– A doçura de seu calor, o aperto de seus músculos puxou um gemido dele. Ele deitou de costas, sua própria pele quente e escorregadia. Ele ergueu os quadris, puxando-a com mais força e começou a montá-la, levando seus presentes como seus próprios prêmios e dando-lhe o tesouro de seu amor. Dentro e fora, ele empurrou e puxou. A força entre eles mais forte do que a gravidade, seu urso e sua união elementar na eterna dança e batalha. Quando ela começou a convulsionar, um grito começando, ele a abraçou, levando a carne macia de seu ombro na boca. O lado oposto daquele em que tinha sido marcada antes.

Ele apertou, deixando seus caninos cortar a carne, e então ele fez uma pausa enquanto o prazer do casal se tornava tão poderoso que ambos começaram a clímax juntos. –Jake.– sussurrou Mae. Ele lambeu o local, selando a ferida. – Para sempre. *** –Quer tornar-lo oficial?– –Como pode ser mais oficial do que o que você acabou de fazer?– Mae tocou a marca de ligação de casal. Vibrou e estava quente ao toque. Ela sentiu aquela sensação. Estava do outro lado do pescoço da marca que Brad lhe dera. Jake não queria desacreditar ou diminuir o amor que ela e Brad tinham compartilhado. Então, um pensamento lhe ocorreu. –Jake Evans, se por –oficial– você quer dizer um casamento, absolutamente não. Preparar e esperar Grant e Chelsea foi suficiente por muito, muito tempo.– Ele piscou. –Então você está passando uma lua de mel?– –Que tal uma lua de mel não?– Jake levantou uma testa, como se estivesse suspeito. –O que você está pensando?– –Quando Astra voltar da Europa, por que não fazemos uma viagem com ela e Kane?– Mae engoliu o nódulo que entrou na garganta assim que ela fez a pergunta. Isso tornou sua vontade de voltar lá. Ela não mais pertencia lá. –Em qualquer lugar especial?– –Para ela é.– –Como posso dizer não às duas mulheres mais bonitas e perigosas que conheço?– Jake beijou a ponta do nariz. Uma luz azul brilhou no fundo de seus olhos.

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