My Commander (Bewitched and Bewildered #1) - Alanea Alder - SCB

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CommandeR Alanea Alder

Minha Comandante Alanea Alder

Tradução e Revisão: Juuh A. Revisão Final: Shinigami, Guinha Souza, Kady Grant, M.Caster Leitura Final: Dadá Relançamento: Eva

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Dedicatória Para a minha equipe de rua, eu não conseguiria ter feito isso sem vocês! Vocês realmente são meus Anjos!

~Amor Vincit OmniaO Amor Tudo Conquista~

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Quando o assunto dos netos surge durante a reunião semanal do círculo das matriarcas das famílias fundadoras, elas decidem procurar o bruxo Ancião para verificar se seus filhos têm companheiras. E ficam chocadas ao descobrir que muitas das companheiras de seus filhos são humanas!

Temendo que as futuras companheiras de seus filhos acabem morrendo antes de serem reivindicadas e lhes proverem netos para mimar, elas convencem seus próprios companheiros de que algo deve ser feito. Depois de reunir todos os guerreiros em uma cerimônia de premiação falsa, o bruxo Ancião faz um feitiço para direcionar as companheiras dos homens para eles, eles querendo ou não. Aiden está convencido de que não precisa de uma companheira, e que essa somente ficaria em seu caminho, mal percebe que o destino está lhe enviando sua companheira primeiro! Ele conhece sua predestinada companheira, Meryn Evans, e as coisas vão por água abaixo à partir daí. Nas primeiras vinte e quatro horas ela chuta, grita e nocauteia seu companheiro shifter urso. Eles, eventualmente, descobrem que a vida antes de encontrar um ao outro pode ter sido boa, mas a vida após é perfeita, ainda que envolva super batalhas de água e granadas de mão sendo abertas acidentalmente.

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Prólogo — Aiden, venha me encontrar! — a voz brincou suavemente. Aiden olhou ao redor, ele estava na floresta entre o quartel do Alfa e Beta. Tropeçando cegamente ele não conseguia

ver

aonde

crescente

sensação

ela de

estava

medo

fez

se

escondendo. seu

coração

Uma bater

descontroladamente. — Pare de brincar e saia — ele gritou. — Mal-humorado! — Sua risada feminina ecoou pelas árvores. — Vamos, pare de brincar. — ele gritou. Não houve resposta além do silêncio. — Isso não é engraçado, apareça! — Aiden! — O grito dela quebrou o silêncio. Ele correu em direção a voz dela. Quando chegou à clareira ele rugiu de raiva. Ela estava deitada em uma crescente poça de sangue. Seus cabelos longos e castanhos emolduravam cada lateral de seu corpo pequeno. Ela usava um delicado vestido de renda branco de verão, e era a mulher mais bonita que ele já

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tinha visto. Ela era sua companheira, e estava morrendo. Ele correu até ela e caiu de joelhos, pegando seu pequeno corpo nos braços. — Fique comigo bebê, por favor! — ele implorou. — Por que você não procurou por mim? — Seus grandes olhos verdes mostravam tanta dor. — Eu não sabia. — Ele engasgou com as palavras. — Eu teria te amado para sempre. — E então os olhos dela se fecharam. ***** Aiden se sentou na cama apertando o peito. Ele esteve sonhado com essa mulher nas últimas duas semanas, com seu cabelo longo, macio e marrom, seus expressivos olhos verdes e pele pálida. Ela parecia tão inocente e frágil. Na maioria das noites os sonhos foram maravilhosos, mas há três noites os pesadelos começaram, e ele estava morrendo de medo que sua companheira estivesse lá fora quando ele não tinha ideia de onde encontrá-la. Ele jogou as pernas sobre a borda da cama e se inclinou para frente, apoiando os cotovelos nos joelhos e o rosto nas mãos. Ele tentou se livrar da sensação de que algo estava terrivelmente errado. Suspirando, ele sentou-se e esfregou as mãos sobre o rosto. Ele se levantou e decidiu contra a ideia de tomar um banho, eles treinariam hoje, e ele estaria suado e fedendo em menos de uma hora de qualquer maneira.

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Ele vestiu seu uniforme de treinamento e desceu as escadas. Gavriel estava à mesa, franzindo a testa para sua caneca de café. — Você também? — perguntou Aiden. Gavriel olhou para cima e assentiu. Até agora, eles eram os únicos em sua unidade que tinham começado a sonhar com suas companheiras. Em teoria, ele entendia as preocupações dos Anciões para com a próxima geração. Num primeiro momento, lançar um feitiço para trazer suas companheiras para eles lhe pareceu extremo, mas com seus pesadelos veio também um crescente senso de urgência. Talvez eles tivessem razão depois de tudo. Droga. — Ruim? — Aiden perguntou, voltando sua atenção para seu segundo em comando. — Eu acho que minha companheira pode ser retardada mental, ou isso, ou ela tem um grave desequilíbrio do ouvido interno. Toda noite é como se eu a observasse de longe, eu nunca vi alguém mais propensa a sofrer acidentes em minha vida. Temo que ela se mate antes que eu possa encontrá-la. — Gavriel franziu o cenho. Aiden estremeceu. Gavriel era um dos homens mais graciosos e elegantes que ele conhecia. O que poderia ter pensado a Destino emparelhando-o com uma mulher assim? — E você? — perguntou Gavriel. — Ela foi assassinada novamente. Eu não cheguei a tempo. — Aiden sussurrou. Gavriel baixou seu copo à mesa.

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— Aiden, é só dizer e nós vamos começar a procura-la. — Obrigado, eu aceitaria, mas não tenho ideia de por onde começar. — Vocês dois parecem especialmente tristes esta manhã. — Colton entrou despreocupado na cozinha e foi direto para o pote de café. — Tive problemas para dormir. suavemente,

assentindo

para

Aiden

— Gavriel disse com

um

olhar

compreensivo. Aiden sorriu de volta, ele estava grato por não ter mais que discutir seu pesadelo. — Então, o que está na agenda de hoje? — Colton se virou, segurando sua caneca favorita. Era uma caricatura de uma cervejeira peituda segurando duas canecas de cerveja, a escrita dizia: “Eu gosto de jarros grandes, não posso negar”. Aiden sentiu que começava a sorrir. Só Colton conseguia tirálo de seus maus humores tão facilmente. — Estaremos fazendo exercícios. — Aiden tomou um gole de café. — Quais? — Todos eles. Colton se engasgou com seu café. — Todos eles? — Todos eles. Cada filho da puta de vocês. Vamos treinar até cair. — Aiden decidiu que, se tivesse que se forçar até a exaustão para evitar sonhar, arrastaria os homens para o passeio miserável consigo.

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— Posso dizer que estou doente? — Colton fingiu uma tosse. — Não. Ligue para o Lorcan e Sascha, estamos treinando com o Beta e Gamma hoje. Deixe-os saber que estaremos usando nossas instalações. — Aiden esvaziou seu copo de café enquanto Gavriel terminava o que restava do dele. Ambos saíram para os campos de treinamento da unidade, deixando

Colton gemendo

atrás deles. Aiden

começou a designar exercícios para os primeiros a chegar. E então virou-se para olhar para a floresta. Era apenas um sonho. Ela não é real. Aiden exalou e se concentrou nos homens. Ele não precisava de uma mulher bagunçando sua vida, e com certeza não precisava da distração.

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Capítulo 1 — I love rock and roll so put another coin in the jukebox baby1. — Meryn aumentou o volume do iPod dela e cantou junto com Joan Jett. Ela tinha acordado com uma enorme necessidade de sair e explorar. Então, ela enfiou seu notebook na mochila e entrou no carro. Trinta minutos depois, ela estacionou do lado de uma velha estrada rural e continuou a pé. Ela agora estava olhando para uma alta e muito oficial grade de ferro. Sua curiosidade inata, que já tinha lhe metido em mais de um problema no passado, junto com o estranho desejo de seguir em frente, estava lhe impelindo a escalar a cerca e ver o que havia além. Dando de ombros, ela começou a escalar. Ela rapidamente chegou à conclusão de que escalar cercas era muito mais difícil do que parecia na TV. Ela chegou ao topo, desceu alguns centímetros e então pulou para baixo o que restava. Balançando a cabeça

1

Trecho da musica I Love Rock 'n' Roll, de Joan Jett & The Blackhearts.

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ao ritmo da música ela olhou ao redor e começou a caminhar para frente. Era outubro, e o ar fresco de outono, que cheirava a folhas e terra, fazia o dia ser perfeito para caminhadas e exploração. Ela fechou seu moletom com capuz quando uma nuvem passou sobre o sol, baixando a temperatura da tarde. Ela sempre usava moletons três tamanhos maiores que o dela, o que os tornava confortáveis e aconchegantes, como um cobertor. A única coisa que ela não gostava sobre usá-los era que eles geralmente encobriam suas camisetas favoritas. Hoje ela estava usando uma camiseta vintage das Tartarugas Ninjas que tinha encontrado no brechó. Ela a tinha vestido por cima de uma camiseta térmica branca, e estava feliz com o resultado. Quando o vento aumentou, ela começou a pensar novamente sobre ter cortado o cabelo. Ela passou a mão sobre os cachos curtos e sorriu. Ela amava quão fácil era cuidar do cabelo, e o corte pixie era descontraído e divertido. Mas caramba se a nuca dela não estava ficando gelada. Nota para mim mesma: comprar mais cachecóis! Ela estava prestes a

continuar

com

sua

caminhada

quando

notou

um

movimento com o canto do olho que a fez parar de supetão. Ela se virou para ver um homem alto e loiro de olhos verdes olhando para ela com um olhar divertido enquanto se apoiava em um... aquilo era um rifle de assalto? Ela tirou os fones de ouvido.

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— Um, olá. — Olá, pequena. Você sabia que está numa propriedade privada? — Sério? Eu não tinha ideia. — Meryn disfarçou. Ele levantou uma sobrancelha. — A cerca de dez metros atrás de você não te deu essa impressão? Meryn virou-se para olhar para a cerca à distância. — Como aquilo foi parar ali? — Ela fingiu estar chocada. — Você é engraçada. Mas não engraçada o suficiente para evitar problemas. — Ele deu um passo para frente, e ela deu um passo para trás. — Eu estava apenas curiosa sobre o que tinha aqui. Mais homens começaram a sair da floresta por todos os lados. Em pânico, ela se virou e correu para a cerca. Grandes mãos agarraram-na e puxaram-na para trás. — Me solta, seu imbecil! — ela gritou enquanto os homens se entreolhavam em estado de choque. — Pare de se contorcer. Ai! Pare de tentar chutar minhas bolas! — o homem loiro gritou enquanto Meryn se debatia inutilmente. — Isso é um ataque e um abuso! — É você que está me atacando, sua mulher maluca! Acho que você quebrou meu nariz! — Finalmente ele ganhou o controle e segurou-a à frente dele, prendendo os braços dela.

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Meryn olhou ao redor, impotente, se balançando entre os braços dele. Suas esperanças de fuga acabaram quando ela viu que eles agora estavam cercados por nada menos do que doze homens enormes, todos portando armas. — Ok, eu já vi esse filme, e não gostei. Eu não posso simplesmente ir pra casa? — Ela observou o armamento militar deles e fechou os olhos. — Eu não vi nada, juro. — Quem te mandou? — Meryn abriu os olhos para ver outro homem loiro avançando. No início, ela pensou que ele poderia estar relacionado com o cara segurando-a, mas esse homem tinha olhos de cor âmbar, não verdes. Ele também tinha as maçãs do rosto mais altas, e lábios mais cheios. Era uma combinação maravilhosa. — Ninguém. — Então você simplesmente decidiu escalar uma cerca aleatória, só para ver o que estava do outro lado? — Não havia como esconder o sarcasmo dessa pergunta. Ela assentiu freneticamente. — Na verdade, sim. Acabei de me mudar para a cidade, e hoje, quando acordei, tive essa vontade enorme de sair e explorar. Foi o que me impeliu até aqui. — Ela notou como os homens deram uns aos outros olhares significativos. — Então, vocês são tipo, paramilitares? Alguma espécie de base militar secreta de treinamento da CIA? Isso seria legal. — Meryn perguntou. Todos os olhos se voltaram para ela. Ela encolheu-se e fechou os olhos novamente.

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— Quero dizer, eu não vi nada, não ouvi nada, e definitivamente não vou dizer merda nenhuma. O homem por trás dela bufou enquanto o som de homens se aproximando a fez abrir os olhos novamente. Por detrás das árvores, mais dois homens apareceram. Um parecia que deslizava sobre as folhas caídas; o outro as esmagava com os pés imprudentemente, os profundos olhos azuis severos. Parecia que ele era o tipo de homem que ostentava uma carranca perpétua. O com cara de raiva a olhou de cima a baixo. — Qual é o seu nome? — Estes não são os dróides2 que você está procurando. — ela disse. O homem menor e de cabelos ruivos à esquerda rachou de rir. O homem corpulento olhou para ele. — Quieto, Keelan. — Ele voltou a olhar para ela. — Vamos lá, isso é de Star Wars. — Keelan explicou. — Ela luta em guerras de tipo estelar? — ele perguntou, preocupado. Meryn olhou para ele. — Sério? Ele abriu a boca para responder e congelou. Ele fechou os olhos e inclinou a cabeça para trás. Seu peito musculoso expandiu quando ele respirou fundo. Seu corpo inteiro estremeceu. Sua cabeça ergueu-se outra vez, e quando ele a

Robôs inteligentes vistos no universo ficcional de Star Wars. Provavelmente essa fala remete ao filme. 2

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olhou de cima a baixo, tinha uma expressão atordoada no rosto. — Você cortou o cabelo. — ele sussurrou. Ela assentiu, depois congelou. Como diabos ele sabia disso? Meryn começou a lutar para se soltar. Algo estranho estava acontecendo, e ela tinha que sair dali. — Então, o que fazemos com ela? — O captor dela perguntou, balançando o pequeno corpo dela como se ela fosse uma boneca de pano. Os olhos do grande homem ficaram totalmente pretos, e um baixo ressoar emanou de sua garganta. Rosnando, ele avançou e tirou-a das mãos do homem loiro, colando-a a curva de seu próprio corpo. Ele vociferou e rugiu aos outros homens. — Para trás, a mulher é a companheira dele! Cai fora, isso é uma ordem, Colton! — um homem moreno gritou. Meryn sentiu o homem enorme esfregar seu rosto no topo da cabeça dela, quase como se estivesse tentando marca-la com seu cheiro. Ela sentiu uma onda de pânico quando os homens começaram a se afastar. Eles pareciam normais. Não estavam rosnando e rugindo. Ela estendeu a mão para o homem loiro. — Por favor! Não deixe que ele me leve! O homem loiro parecia dividido. — Aiden, ela está com medo! Acalme-se! — ele gritou. Um rugido do homem que a segurava quase estourou seus tímpanos. Ele atirou-a sobre seu ombro, e ela se debateu para descer. Seu estômago estava matando-a de

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onde o ombro dele esmagava suas entranhas enquanto ele corria. Agarrando a cintura dele, ela o mordeu nas costas, por cima do rim. Rugindo, ele a virou para frente, embalando-a nos braços. O passo dele acelerou quando ele se virou e correu por entre as árvores. — Neanderthal! Ponha-me no chão! Ponha-me no chão agora! — Seus pequenos punhos bateram no peito e na cabeça dele. Ele ignorou os esforços dela. Quando uma grande casa apareceu no campo de visão, ela lutou mais, sabendo que se ele conseguisse chegar ao interior, ela nunca seria capaz de sair. Mas ela teve efeito nulo sobre o homem. Ele chutou a porta e entrou. O andar de baixo tornou-se um borrão enquanto ele se movia pela casa. Ele subiu as escadas correndo e andou rapidamente por um longo corredor. Rápido demais ele estava abrindo uma porta. Ele rapidamente a fechou atrás de si antes de colocá-la no chão. Ele então se afastou, sorrindo para ela. Ele ainda estava sorrindo quando o punho dela atingiu seu nariz. Ele balançou a cabeça, parecendo como se estivesse tentando se concentrar. — Deixe-me ir! — O pé dela atingiu a canela dele, e ele soltou um grito indigno. — Mulher, pare de me bater! — ele gritou. — Isso é sequestro e cárcere privado! — Ela trouxe a mochila para frente e pegou o telefone. Ele o arrancou da mão dela. Ele pegou sua mochila para tirá-la dela, mas ela a segurou firme com as duas mãos.

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Frustrado, ele levantou a mochila sobre a cabeça dela, mas ela ainda assim não soltou, apenas ficou pendurada pelas alças. Ele balançou a mochila e finalmente as mãos dela se soltaram e ela caiu no chão. Ela franziu o cenho para ele a partir de sua posição sentada. — Você é a mulher branda e feminina dos meus sonhos? Minha delicada inocente? Você, com seu cabelo curto, tênis sujos e roupa masculina pré-adolescente? — Ele parecia confuso. Ele se inclinou e inalou novamente. — Por que você está me cheirando? — Ela fugiu para longe, andando como um caranguejo sobre as mãos e os pés. — Oh Deus, isso é como O Silêncio dos Inocentes? — Lágrimas corriam pelo seu rosto. — Eu não quero descer pelo buraco! Eu não vou passar loção na pele! Olhe para mim, você não vai ser capaz de usar minha pele, eu não vou cobrir sua bunda enorme! — ela lamuriou. Ele deu um passo cuidadoso para trás. — Eu voltarei. — Ele virou-se e fugiu do quarto. Ela ouviu o som de um pequeno clique de metal quando a porta foi trancada. E então ouviu algo que fez seu cérebro trabalhar horas extras: — Minha companheira é fodidamente louca! ***** Meryn levantou de um pulo quando a porta se fechou e tentou abri-la. Droga, ela estava trancada. Companheira? O que ele quis dizer com companheira? Ela correu para a janela e olhou para baixo. Ela estava pelo menos no terceiro andar,

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então saltar era impossível. Ela estava prestes a se afastar quando viu o homem que a agarrou mais cedo correr para os fundos. O grandão, Ainden, havia chamado o homem loiro de Colton. Ela observou quando Colton começou a tirar a roupa. Ela inclinou a cabeça para admirar a vista. Ele tinha uma linda bunda. Um momento depois ela começou a pensar que um dos militares devia lhe ter dado algum alucinógeno, porque num segundo Colton era um homem nu com uma linda bunda, e no outro ele era um enorme cachorro correndo para a floresta. Ela cambaleou para trás, tropeçou em um tapete que parecia caro e caiu de bunda no chão. Ela estava em um mundo de merda agora. Fato um: o grandalhão que rosnou e a trouxe até ali tinha que ser um dos homens mais sexys que ela já tinha visto na vida. Na verdade, todos os homens eram lindos,

mas

havia

algo

naquele

brutamontes

que

simplesmente a fazia querer se aconchegar nele e tirar uma soneca... depois de uma longa tarde de sexo apaixonado. Fato dois: pelo menos um cara aqui se transformou em um cão. Fato três: ninguém parecia muito preocupado por ela ter sido sequestrada, de modo que a ajuda provavelmente não estava a caminho. Ela estava sozinha. Por que todas as coisas loucas aconteciam com ela? Ela simplesmente atraía merdas loucas? Ela ouviu a porta abrir e o grandalhão entrou devagar antes de fechar a porta atrás de si. Ela levantou-se e recuou até que atingiu a parede. Ele ergueu as mãos.

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— Seu nome é Aiden, certo? — ela perguntou. De alguma forma, dar-lhe um nome o tornava ligeiramente menos assustador e mais propenso a ser razoável. Ele assentiu. — Eu não vou te machucar. A voz profunda e sexy dele deveria ser ilegal. — Eu tenho certeza que isso é o que todos os assassinos em série dizem às suas vítimas. — Ela viu a lâmpada na mesa de cabeceira. — Eu só quero conversar. — As palavras dele eram cuidadosas, e ele falava em tons suaves. — Eu suponho que você queira falar sobre a sua gente cachorro. — Ela aproximou-se da mesa de cabeceira. — Gente cachorro? Oh, você viu Colton. Certo. Como eu explico isso? — Ele esfregou a nuca, o rosto assumindo uma expressão tímida. Se ele não fosse seu sequestrador, ela diria que ele parecia adorável. — Comece com a coisa do cachorro. — ela sugeriu. — Colton é um dos homens da unidade a qual eu sirvo. Cada homem na unidade é um pouco... diferente da maioria das pessoas. Acontece que o Colton é um shifter. Ele pode se transformar em lobo. Meryn piscou. Então piscou novamente. Sem olhar para longe dele, ela passou os dedos sobre a pesada base do abajur que estava sobre a mesa de cabeceira. — Então, você é um lobo? — ela perguntou, não querendo realmente saber a resposta.

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Ele pareceu ofendido. — Claro que não. Ela soltou um suspiro de alivio. — Eu sou um urso. Ela fechou os olhos. — Por que eu? Por que essa merda sempre acontece comigo? — Quando ela abriu os olhos, ele havia se aproximado um pouco mais. Ela ficou tensa. Ele se inclinou e cheirou o cabelo dela. — Você está me cheirando? — Ela perguntou, incrédula. — Eu quero ter certeza. Deixe-me perguntar uma coisa: você está atraída por mim? — As sobrancelhas dele se juntaram enquanto ele franzia o cenho para ela. — Você está perguntando se eu quero fazer sexo apaixonado e suado com você? — ela perguntou. — Não! Espere. Você quer? — Não vou responder a isso. — Você entende de animais? — Eu acho que sei o que a maioria das pessoas sabe. — Você sabe que os lobos se acasalam para a vida? — Assim como os cisnes. — Ela tinha visto isso no National Geographic. Ele pareceu surpreso. — Eles fazem? Sério? — Sim. — Ela assentiu com a cabeça. — Eu nunca soube disso. — Qual era o seu ponto?

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— Desculpe, me distraí. A questão é que pessoas como eu e Colton, nós temos apenas um companheiro na vida, como

lobos

em

estado

selvagem.

Você

é

a

minha

companheira. — Ele sorriu para ela. Oh Deus, ele queria acasalar com ela! Ela pegou o abajur e puxou o fio da tomada. — Isso é alguma seita louca? — Ela jogou o abajur o mais forte possível contra ele. Ela sorriu com satisfação quando o objeto quicou na cabeça dele. Sua satisfação morreu rápido quando ele voltou o olhar irritado na direção dela. Ela pulou na cama e continuou a recuar até que alcançou ao canto com a segunda mesa de cabeceira à suas costas e o colchão king size entre eles. — Eu não vou fazer parte da seita. Recuso-me a ter seus bebês. Resistência não é inútil! — ela gritou e pegou o segundo abajur. Ele se virou e fugiu do quarto. Respirando com dificuldade, ela colocou a luminária de volta na mesa com as mãos trêmulas. Ele parecia correr de objetos jogados nele. Ela decidiu que precisava procurar no quarto e banheiro por mais objetos passiveis de serem usados como projéteis. Sentindo-se melhor agora que ao menos tinha um pequeno plano, ela foi ao trabalho. ***** Aiden se sentou no andar térreo com seus homens ao seu redor. Ele deixou a unidade de Lorcan organizando as patrulhas, apenas no caso de qualquer outra mulher decidir

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escalar suas cercas perimetrais. Como uma mulher tão pequena podia causar tantos problemas, droga? — Ela é vigorosa. — Darian disse, consolador. — Eu não tenho nem ideia do que ela está dizendo na metade do tempo. — Aiden gemeu. — Ela é do sexo feminino, então é claro que você não entenderia — Keelan disse. — Deixe que ela se acalme. Ela esteve lá em cima pelas últimas duas horas, deve estar ficando com fome. Talvez lhe fornecendo alimentos você possa mostrar a ela que quer cuidar dela e ser um bom companheiro. — Gavriel sugeriu. — Essa não é uma má ideia. Eu sei que a comida sempre me faz sentir melhor. — Aiden assentiu. Talvez um jantar calmo e agradável, onde eles pudessem conhecer um ao outro fosse exatamente o que eles precisavam. — Temos alguma comida aqui? — As sobras daquele lugar italiano que fomos no outro dia, ainda deve estar bom. — Keelan o lembrou. — Tudo bem. Vou tentar alimentá-la e ver se ela me escuta. — Aiden se levantou com um renovado sentido de propósito.

Seus

homens,

por

outro

lado,

pareciam

preocupados. — Tenho certeza que tudo vai ficar bem. — Ele sorriu, sentindo-se mais e mais confiante. Afinal, ele poderia lidar com uma pequena fêmea humana. *****

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Ela o ouviu à beira da porta e se levantou. Pegando o pesado assento de porcelana do vaso sanitário que tinha encontrado, ela correu e subiu na comprida cômoda ao lado da porta. Ela prendeu a respiração quando a porta se abriu um pouco. Ele tinha dado apenas um único passo para dentro do quarto quando ela baixou a tampa do vaso na cabeça dele o mais forte que podia. Ele caiu de joelhos com um estrondo. Dois recipientes de isopor caíram de suas mãos no chão. Ele ficou de quatro antes de cair para frente. Tremendo, ela largou a tampa do vaso, desceu da cômoda e correu para fora do quarto. Ela correu pelo corredor e desceu as escadas. Se simplesmente conseguisse sair, poderia voltar para a cerca e encontrar seu carro. Ela estava prestes a abrir a porta da frente quando foi agarrada por trás. O homem loiro, Colton, a segurava novamente. — Me solta! — De jeito nenhum, peixe pequeno. — Um rugido cheio de dor ecoou do andar de cima. — Ok, eu sei que o irritei, então, por favor, me deixe ir. — O que você fez? — Acertei ele na cabeça com o assento do vaso sanitário. — ela sussurrou. — Sério? — Colton começou a tremer com o riso, sem nunca afrouxar seu aperto. Ela se torceu e contorceu em um esforço para fugir. Passos barulhentos a fizeram olhar para cima. Aiden, parecendo furioso, descia as escadas como um furacão, xingando e esfregando a parte de trás da cabeça.

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Sem parar, ele a agarrou pelo braço, abriu a porta da frente e arrastou-a para fora. — O que você está fazendo, Aiden? — Colton perguntou, correndo atrás deles. Aiden estava dando passos tão largos que estava literalmente arrastando-a junto. Eles não pararam até chegarem a um carro. Ele abriu a porta traseira e jogou-a dentro. Ele sentou no banco do motorista e ela começou a chutar a parte de trás da cabeça dele. Quando seu tênis ricocheteou pela segunda vez, ele saiu do carro, abriu a porta e agarrou-a novamente. Quando ela viu onde ele estava prestes a colocá-la ela começou a chorar. — Por favor, não! — Ele jogou-a no porta-malas e o fechou com uma batida. A escuridão começou a se aproximar por todos os lados. — Droga! Ela é humana, Aiden, você não pode dirigir por aí com ela no porta-malas. — Ela ouviu Colton gritar. — Eu não vou muito longe. — Para onde vamos? — As vozes estavam ficando mais distantes. — Para a casa dos meus pais. — As duas portas do carro fechando fizeram o chassi do carro vibrar. Segundos depois, o motor foi ligado, e ela podia senti-los se movendo. Chorando baixinho de medo e frustração, ela rezou para que ele não a matasse.

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Capítulo 2 Quando o carro parou Meryn estava exausta. Ela esteve chutando a parte de cima do porta-malas a viajem inteira. Ela ouviu as portas se abrirem e fecharem, então ouviu uma risada masculina. — Você vai ter que mandar arrumarem isso. — Ela ouviu Colton dizer. — Maldita mulher! — O porta-malas abriu e ela franziu o cenho para os homens. Os corpos deles eram silhuetas negras bloqueando o brilho do sol. As mãos dele a tiraram do porta-malas e meio arrastaram, meio a carregaram pelo caminho para uma mansão que parecia muito cara. A porta da frente abriu e um homem em um uniforme de mordomo, sem piscar um olho, abriu caminho para Aiden entrar. — Devo informar os seus pais da sua chegada, senhor? — Meryn o olhou, ele era o exemplo de mordomo perfeito. O cabelo grisalho perfeitamente penteado. Recém-barbeado. O colarinho branco e gravata bem atada. Ela olhou para baixo.

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Sim. Mesmo os sapatos estavam polidos até estarem de um preto lustroso. — Seu nome é Alfred? — ela perguntou, incapaz de se impedir. Ele piscou para ela, os olhos bondosos. — Meu nome é Marius Steward, e você é? — ele perguntou, olhando para Aiden que segurava a parte superior do braço dela quase acima da cabeça dela, o que a fazia cambalear por aí nas pontas dos pés. — Meu nome é Meryn Evans, eu fui sequestrada por esse idiota louco, que quer que eu me junte a seita dele, tenha os bebês dele e quer se vestir com a minha pele. Você pode ligar pra polícia, por favor? — Sobrancelhas grisalhas se arquearam, embora sua expressão facial nunca mudasse. Aiden rosnou para ela. — Ele o quê? — Uma voz feminina exigiu. Meryn olhou para a grande escadaria quando o casal mais elegante que ela já tinha visto descia em direção a eles. A mulher usava os cabelos loiros mel para cima, em um coque estilo vitoriano. Seus olhos castanhos claros cintilaram quando ela andou para frente. Seu vestido lavanda era modelado em camadas de renda e cetim, apertadas em torno de sua cintura fina. O homem ao seu lado usava um terno escuro e gravata. Parecia que eles tinham acabado de sair de uma cena de Orgulho e Preconceito. Meryn não pôde evitar o pequeno suspiro de inveja. Nunca, nem em um milhão de anos, ela poderia ficar com aquela mesma aparência.

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— Aiden, o que você disse a esta pobre criança? E solte o braço dela, você vai arrancá-lo do ombro desse jeito. — A mulher advertiu. Aiden liberou imediatamente o braço dela. Meryn olhou para a mulher com novo respeito, se ela tinha autonomia sobre Aiden, então talvez pudesse ajudá-la a sair dali. — Ela é uma ameaça! Ela feriu o lábio de Colton, jogou um abajur em mim, me nocauteou com a tampa do vaso sanitário, me chutou na parte de trás da cabeça... duas vezes, e amassou a porta do meu porta-malas! — Meryn notou que ele rosnou a última queixa, confie em um homem para ficar mais preocupado com o próprio carro do que com uma possível concussão. — E como ela amassou a porta do seu porta-malas? — Meryn ouviu o tom afiado da voz da mulher, e respondeu rapidamente na esperança de angariar simpatia para sua situação. — Ele me jogou no porta-malas do carro. Eu o estava chutando por dentro, tentando escapar. — Ela fungou dramaticamente e olhou para Aiden. Ela notou que ele havia empalidecido de repente. — Oh, filho. — O bonito homem mais velho cobriu o rosto com a mão, e a mulher olhou para eles em estado de choque. — Você a trancou no porta-malas?! — Ela estava me chutando. — Aiden protestou. — Ela é humana e tem metade do seu tamanho!

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— Você não entende, ela é uma terrorista! — Ela é sua companheira, não é? — perguntou a mulher. Meryn começou a se sentir desconfortável. Ali estava a palavra companheira novamente. — Talvez. — Aiden murmurou baixinho. Ele enfiou as mãos nos bolsos e encarou o chão. Meryn olhou ao redor, e viu Colton sorrindo como um idiota para a coisa toda. Ela franziu o cenho para ele. Ele piscou para ela. Sim, um idiota. — Você não podia explicar as coisas para ela de uma forma normal? Você teve que sequestrá-la e atacá-la? — A mulher exigiu, as mãos nos quadris acentuando sua cintura fina. Meryn olhou para as camadas estufadas de seu moletom com capuz extra grande, jeans desgastados e tênis sujos. Sim, sem comparação. — Eu tentei servir o jantar para ela e foi então que ela me bateu na cabeça. — Eu estava tentando escapar, você me trancou por horas. — Meryn clarificou. — Porque você jogou o abajur em mim e estava gritando sobre seitas. Eu estava lhe dando tempo para se acalmar. — Aiden olhou para ela, ela o olhou de volta. O som de palmas batendo fez os dois olharem para a mulher. — Isso é o que vamos fazer: vamos até a cozinha e deixaremos Marius fazer para nós um bom bule de chá. Vamos nos sentar e eu vou tentar responder suas perguntas. Saiba que você não está em perigo algum. Na verdade, cada pessoa nesta sala de bom grado a defenderia de qualquer

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ameaça possível. Você está no lugar mais seguro que poderia estar. — A mulher se aproximou e passou um braço pelo dela. Elas caminharam em direção à parte de trás da casa. Meryn esperava que, depois da explicação deles, talvez eles simplesmente a deixariam ir. A mulher se inclinou para frente e sussurrou. — O latido dele é pior que a mordida. Ele é um bom homem. Ele tem dedicado a vida para proteger o nosso povo. — A mulher deu um tapinha no braço dela. — Ele não gosta de mim. — Meryn sussurrou. — Por que você diz isso? — perguntou a mulher. — Porque eu não me pareço com você. Ele sabia que eu tinha cortado o cabelo, eu não acho que ele gosta do jeito que eu pareço com ele curto. Ele disse que eu pareço um menino. — Meryn passou a mão sobre seus cachos curtos, e a mulher riu. — Confie em mim, querida, ele não gostaria de ter uma companheira que se parecesse com a mãe dele. — Meryn parou e a encarou. Não havia nenhuma maneira desta mulher ser mãe dele! A mulher puxou-a junto até que elas estavam na cozinha. Meryn momentaneamente se esqueceu da idade de Adelaide e olhou de boca aberta o cômodo à frente dela. A cozinha

era

digna

da

capa

de

uma

revista,

com

aconchegantes tons castanho claro, bancadas de pedra, utensílios de aço inoxidável industriais e até mesmo um forno de tijolos. Era o sonho de cozinha de cada chef ou confeiteiro.

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Todos se sentaram ao redor de uma mesa de madeira escura e

grande.

As

palavras

da

mulher

começaram

a

ser

assimiladas. — Você é mãe dele? De jeito nenhum! Você não é velha o suficiente para ser a mãe dele. — Obrigada por isso, querida, mas eu sou mais velha do que pareço. Meryn se inclinou para trás em sua cadeira. — Você é uma pessoa cachorro também, não é? A mulher olhou para ela, confusa. — Ela quer dizer shifters. Ela viu Colton se transformar no quintal. — Aiden explicou a sua mãe. — Querida, Aiden é um urso, nós somos seus pais, o que faz de nós ursos também. Meu nome é Adelaide McKenzie, e este é meu companheiro, Byron McKenzie. Você, claro, já conheceu Aiden. O homem loiro que parece muito divertido com o desconforto do meu filho é o seu melhor amigo de infância, Colton Albright, e o homem encantador que está preparando o nosso chá é meu escudeiro, Marius Steward. — Adelaide fez as apresentações e Meryn assentiu e manteve a boca fechada. Quanto menos eles soubessem sobre ela, melhor. — Espero que você goste de Earl Grey, pequena lady. — Marius colocou uma xícara e um pires de porcelana, que pareciam frágeis, na frente dela. Quando ele derramou o líquido escuro em sua xicara, o aroma floral de bergamota encheu o ar. Ela respirou fundo, Earl Grey sempre fora um

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favorito. Ele estendeu um açucareiro cheio de pequenos cubos brancos e um par de pinças. — Quatro, por favor. — Ele acenou com a cabeça, e com facilidade praticada colocou quatro dos cubos de açúcar na xícara dela. Ela pegou uma pequena colher de prata e começou a mexer o chá. — Quatro? — Aiden a encarou. — Eu gosto doce. — Assim como eu. — Byron sorriu gentilmente e serviuse de três cubos. — Agora, no meio de todo esse tumulto, meu filho explicou-lhe que você é a companheira dele? — Adelaide perguntou, bebericando seu chá. — Ele disse que nós éramos companheiros, mas eu meio que surtei depois disso. — Isso é compreensível, considerando-se a situação. — Byron lançou um olhar divertido para o filho. — Como ele poderia saber que somos companheiros? Acabamos de nos conhecer, — perguntou Meryn. Ela ainda não

acreditava

completamente

que

aquilo

estava

acontecendo, mas ver a transformação de Colton tinha definitivamente mexido com as coisas em sua mente. Ou eles estavam falando a verdade, ou sua mente genial finalmente havia quebrado. Ela pessoalmente não se achava tão fraca, logo, sobrava apenas a explicação de que eles não estavam mentindo, e que realmente eram pessoas urso.

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— Por sermos shifters, sabemos pelo cheiro. — Adelaide explicou. — Então é por isso que ele ficava me cheirando. — Meryn pensou em voz alta e Byron riu. — O cheiro de um companheiro para um homem é como erva de gato para um gato: nunca nos saciamos. — O pai de Aiden inclinou-se e enterrou o nariz no pescoço de Adelaide, respirando profundamente. Ele sorriu para sua companheira, como se para provar seu ponto. — Então o Colton, com a bunda linda, é um shifter de cachorro? — perguntou Meryn. Aiden rosnou alto. — Eu realmente tenho uma bunda linda. — Colton admitiu, sorrindo largamente. O pai de Aiden passou a mão sobre a boca, sorrindo. Aiden se levantou, fazendo a cadeira voar para trás. — Você não devia ficar olhando para a bunda de mais ninguém! — ele berrou, o peito arfando. Trinta minutos atrás ela teria ficado aterrorizada, mas ele a tinha sequestrado, trancafiado no porta-malas e a maltratado. Ela conheceu seus pais e viu o amor deles um pelo outro e por seu filho e isso havia mudado a percepção dela sobre ele. Ela já não tinha medo dele. Ele era apenas um mal-humorado urso mimado, e ela estava cansada dos rosnados dele. Ela se levantou, pronta para berrar de volta, quando percebeu que ele se elevava sobre ela. Resmungando, ela subiu na cadeira. Ela ainda alcançava apenas o nível do queixo dele. Ele sorriu tolamente para ela. Fervendo de

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frustração, ela subiu em cima da mesa, e pôs o dedo bem na cara dele. — Não se atreva a me dizer o que fazer! Eu sou uma mulher adulta, se eu quiser olhar para homens nus, eu vou olhar! — Ela sabia que estava gritando, mas não podia evitar, este homem a deixava louca. — Se quer olhar para homens nus, comece comigo! — Aiden tirou a camisa e ficou parado na frente dela, as mãos nos quadris. Todo pensamento coerente sumiu da mente dela. Meryn sentiu seu QI caindo, juntamente com seus olhos enquanto ela observava avidamente cada... mínimo... centímetro dele. O homem era uma obra de arte. Nunca antes ela vira algo tão perfeito. Ele era musculoso, mas não volumoso. Seus músculos eram definidos, e ela apreciou cada declive e cume. Seus olhos se moveram para baixo do corpo dele, e a vista só melhorou. Mentalmente ela traçou cada rígida depressão que compunha

o

tanquinho

dele.

Seus

olhos

seguiram

a

superficial trilha de pelos para baixo até que estava olhando para onde as calças dele começavam. Ela não poderia impedir sua reação física a ele nem se tentasse. Gemendo, ele a tirou de cima da mesa para dentro dos braços dele. Seus lábios encontraram os dela e o mundo dela mudou para sempre. Ela nunca tinha sentido tal necessidade, tal urgência como quando a língua dele se entrelaçou na dela. Era como se ele a estivesse inalando, absorvendo cada respiração e gota de suor. Ele se alimentou dos lábios dela como se ele

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estivesse morrendo e ela fosse sua última refeição. Ela estava vagamente ciente de todos calmamente deixando a cozinha, mas não se importava. Tudo o que ela queria era este homem, para sempre. Ela tinha vivido a vida inteira sem nunca experimentar esta necessidade esmagadora, e agora que havia sentido, nunca a deixaria ir. Era como se o corpo dela estivesse vivendo pela primeira vez sob o toque dele. Ela enrolou as pernas em volta da cintura dele e praticamente escalou seu corpo. Ela enterrou as mãos nos cabelos dele e lhe permitiu dominar a boca dela. Ele se afastou e ela choramingou. Os lábios dele traçaram seu ouvido e ela prendeu a respiração, quando os macios lábios dele traçaram uma linha na inclinação do pescoço dela ela gemeu. Ele se afastou de novo, e ela percebeu que seus olhos estavam diferentes agora. Eles já não eram de um azul brilhante, mas um preto ilegível. Ela ficou tensa. Tinha esquecido que ele não era humano. Seus olhos negros eram assustadores. Ela estava tentando não ter medo, mas isso não era algo que uma pessoa podia controlar completamente. Ele deve ter notado a mudança em seu ardor, porque piscou e fechou os olhos. Puxando-a para perto, ele enterrou o rosto em seu pescoço. — Por favor, não tenha medo de mim. Não de mim. Podemos ter tido um começo difícil, mas eu nunca iria machucá-la. Nunca, — ele sussurrou asperamente. Foi seu pedido desesperado que mexeu com ela. Tocou sua alma. Este estava cheio com uma sensação crua de

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solidão que ela entendia bem demais. Naquele momento ela sabia que nunca teria medo dele novamente. Hesitante no início, ela colocou os braços ao redor da cabeça dele e acariciou seus cabelos. Um arrepio percorreu o corpo dele, e seus braços apertaram-na mais. — Me desculpe por ter batido em você com a tampa do vaso sanitário, — ela sussurrou. Ele riu, e ela sentiu uma sensação de realização. Era a reação pela qual ela estava esperando. Ela se afastou de repente, desesperada para ver o sorriso dele. Ele olhou para ela, seus olhos azuis novamente. Linhas de riso vincavam o canto de seus olhos, e um sorriso gentil a cumprimentou. Não haveria outro homem depois dele, como poderia qualquer outro se comparar? Em menos de uma tarde, ele tinha mudado sua vida para sempre. No entanto, tudo parecia tão perfeito que ela estava com medo de confiar nisso. — Eu estou tão fodida. — Ela exalou e olhou para ele. — Ainda não. — Ele piscou e, nesse momento, lembroua do pai dele. Talvez houvesse algo sobre shifters que significava que eles nunca iriam crescer, e continuariam garotinhos para sempre. Olhando para seu rosto sorridente, ela não conseguia realmente encontrar nada de errado com isso. ***** Ela e Aiden se juntaram aos outros no que Adelaide chamava de sala de visitas dela. Ela se sentou ao lado da mãe

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dele, e ele se sentou em uma das muitas poltronas. Aiden continuava olhando para ela como se a estivesse vendo pela primeira vez. Ela sentia-se em conflito. Este homem era um bruto, horrível e rude que a maltratou e sequestrou. Mas também era lindo, fazia beicinho adoravelmente e deixava seu corpo em chamas. Chamar a polícia ou não chamar a polícia, eis a questão. — Você gosta de cozinhar? — Adelaide perguntou, os olhos brilhando de entusiasmo. Meryn deu de ombros. — Suponho que sim, quero dizer, quem não gosta de massa de cookies caseiros com gotas de chocolate? — Você come a massa? Você não os cozinha? — Adelaide perguntou, os olhos arregalados. — Espere, você nunca comeu massa de cookie crua antes? — Meryn não podia acreditar nessa conversa maluca. Pobre mulher. — Marius, temos os ingredientes para cookies com gotas de chocolate? — Adelaide se virou para seu escudeiro. Ele assentiu. — Claro, minha senhora. Ela gritou feliz e se voltou para Meryn. — Eu sempre sonhei em cozinhar com uma filha. — Os olhos dela estavam brilhando com lágrimas não derramadas. Meryn suspirou. Sim, não ia ligar para a polícia mesmo. Esta mulher era doce demais. Ela não poderia fazer seu filho ser

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preso. Seu estômago escolheu aquele momento para rosnar alto. Ela corou de vergonha. Marius se inclinou para frente. — O que você, pequena lady, gostaria para o jantar? — Qualquer coisa está ótimo, eu não sou exigente. — Senhores? — Marius virou-se para Aiden e Colton. — Um de seus famosos sanduíches seria incrível agora, Marius. — Colton lambeu os lábios. — Sim, isso soa perfeito. — Aiden assentiu. — Eles são tão bons assim? — Meryn perguntou, curiosa. Os dois homens assentiram. — Posso ter um também? — É claro. Volto já. — Marius fez outra meia reverência e saiu da sala. — Ele é tão legal! — Meryn sorriu para Adelaide. — É mesmo. Ele foi um presente da minha mãe. Meryn se virou. — Huh? Como se você o possuísse? Isso não é ilegal? Adelaide deu uma risada tilintante. — Não, querida, ele é meu empregado, mas vai além disso. Quando acoplei com Byron, minha mãe sabia que eu assumiria o papel de Lady McKenzie, já que esperava-se que Byron, uma vez como Comandante da Unidade, se tornasse o Ancião do Conselho para os shifters e liderasse o nosso povo. Ela sabia que eu precisaria de um aliado, alguém para me ajudar a cuidar da casa. As coisas eram diferentes naquela época. — Ela suspirou. — Minha mãe arranjou para que um dos escudeiros mais altamente treinados tomasse essa

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posição. Ele tem estado comigo desde então. — Adelaide explicou. — Não teríamos conseguido sem ele. Ele ajudou a administrar a casa, criar os meninos e auxiliou com funções sociais. Eu fiquei desconfiado no começo, afinal havia outro homem ajudando a cuidar da minha companheira, mas olhando para trás nunca poderíamos ter chegado tão longe sem

ele.

Ajudou

que

ele

logo

encontrou

a

própria

companheira. Uma adorável mulher que assumiu o papel de manter os outros empregados organizados. Isso me permitiu concentrar-me no trabalho do conselho, e à mãe de Aiden ajudar várias instituições de caridade. — Byron explicou. Meryn lançou um olhar assustado para Aiden. Ele olhou de volta para ela com preocupação. — O que foi? O que está te fazendo parecer tão apavorada? — ele perguntou, se inclinando para frente. — Eu não posso fazer a coisa social, ou a coisa da caridade. Na verdade, eu não posso fazer a coisa servil também. Não posso ser assim. — Meryn sentiu sua respiração falhar. Ela odiava estar em torno de um monte de pessoas. Não havia nenhuma maneira no inferno dela poder se tornar como Adelaide. — Está tudo bem, querida, respire. Isso não vai acontecer da noite para o dia, você e Aiden tem tempo de sobra antes de Aiden assumir o lugar do pai. Até então você estará mais confortável com a nossa sociedade, até mesmo

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com as festas sociais e as conversas maliciosas. — Adelaide esfregou as costas dela suavemente. — Conversas maliciosas? — Ceús, sim. A sociedade aqui pode ser muito cruel. Há um monte de manter as aparências, se você entende o que quero dizer. —

As

pessoas

são

más

contigo?

Por

que

você

simplesmente não dá um soco na cara delas? — perguntou Meryn. Adelaide olhou para ela, chocada. Colton riu. — Nós definitivamente temos tempo antes de você assumir, querida. — Byron riu. — Você nunca teve um círculo de amigas, onde uma amiga iria deliberadamente convidar outra apenas para te aborrecer? Esse tipo de coisa? — Não. Eu não tinha amigos enquanto crescia, eu ficava a maior parte do tempo sozinha. — Meryn deu de ombros. Adelaide mordeu o lábio inferior em consternação. — Ela vai ficar bem, querida, uma lufada de ar fresco. — Byron

acenou

a

cabeça

na

direção

de

Maryn

encorajadoramente. — Pequena lady, senhores, o jantar. — Marius anunciou da porta antes de empurrar um grande carrinho para dentro. Ele levantou as tampas de prata, e Meryn ofegou. Marius colocou um guardanapo no colo dela e entregou-lhe um prato. O sanduíche parecia delicioso. O vinagre e o azeite brilhavam da mistura de alface, o presunto e o peru pareciam

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recém-cortados e ele tinha acrescentado dois tipos diferentes de queijos. — Obrigado, Marius. — Aiden aceitou seu prato. — Obrigado, Marius, como sempre, está incrível. — Colton já havia tragado metade do sanduíche dele. Meryn deu uma mordida e praticamente gemeu. — Delicioso! — Fico feliz que você pense assim. — Marius sorriu para ela. — Marius, você pode organizar entrevistas para escolher um escudeiro para Meryn? Eu acho que ter alguém ao lado dela, mostrando-lhe a sociedade, iria ajudá-la a se adaptar ao nosso mundo. — Adelaide pegou um pedacinho do prato de Meryn. — É claro, minha senhora, irei espalhar o anúncio imediatamente. — Marius fez uma reverência novamente e saiu, levando o carrinho com ele. Meryn estava mastigando seu sanduíche quando percebeu o que disse Adelaide. — O que você quer dizer com “mundo”? — Você não está mais no Kansas, Dorothy3. — Colton entrou na coversa. Meryn olhou para Aiden, que assentiu com a cabeça. — Onde estou exatamente, então? — Meryn colocou seu sanduíche no prato. — Deixe-me ser o primeiro a dar-lhe as boas-vindas à Lycaonia, uma das quatro cidades paranormais ocultas nos 3

Frase do conto e filme “O Mágico de Oz”.

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Estados Unidos. — Byron colocou uma mão sobre o coração e fez uma pequena vênia de seu assento. — Uma das? — Meryn guinchou. — Existem quatro cidades paranormais principais, nós as chamamos de cidades pilar. Lycaonia é a cidade shifter; Noctem Falls é a cidade vampiro; Éire Danu é a cidade Fae; e Storm Keep é a cidade bruxa. Cada cidade é lar de um conselho de quatro pessoas que governam nosso povo. O conselho em cada cidade tem um membro de cada povo representado. — Byron começou. — Lycaonia protege a região Sudeste e Centro-Atlântica. Éire Danu protege a região Nordeste e Centro-Oeste. Noctem Falls protege a região do Pacífico Noroeste e Storm Keep protege a região Sudoeste. — Adelaide continuou. — Então, quatro cidades, quatro membros do conselho por cidade. Isso significa que vocês têm um conselho com dezesseis membros que governa o seu povo. O que vocês fazem em casos de empate? — Meryn estava fascinada. Isso era melhor do que assistir o history channel. — Eu sou o voto de desempate como o Comandante da Unidade, — Aiden disse. — O que são unidades? — Colton e eu somos parte de uma unidade. Unidades são constituídas por cinco homens. Para Lycaonia isso significa um líder shifter, um vampiro como segundo em comando, um shifter como terceiro em comando, um fae e um bruxo. — Aiden explicou cuidadosamente. Meryn poderia

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dizer que ele estava procurando por sinais de um surto eminente. — Ok, então shifters, vampiros, bruxos e fae, céus! — Meryn sorriu para Colton, que lhe deu uma saudação brincalhona por usar uma referência ao Mágico de Oz. — Você é o líder? — Ela se virou para Aiden e ele assentiu. — Você deve ser o terceiro em comando já que se transforma em um cachorro. — Meryn sorriu para Colton. — Eu não sou um cachorro! Sou um lobo! — Colton protestou em voz alta. — Vira-lata sarnento. — Aiden riu e socou Colton no ombro. Meryn gostava deste lado de Aiden, ele parecia quase normal. — Quantas unidades existem? — Há seis unidades por cidade. — Adelaide respondeu. Meryn olhou para seus dedos. — Portanto, há cento e vinte membros da unidade? Quem está no comando de todos eles? — Meryn perguntou. — Eu estou. — O sorriso de Aiden foi um pouco triste. Meryn não podia dizer se ele estava infeliz por ser o Comandante da Unidade ou se só havia aspectos do trabalho que ele não gostava. — Você está fazendo um bom trabalho, filho. — Byron bateu com a mão no ombro de Aiden. Aiden assentiu e seu rosto relaxou. Meryn olhou para ele, pensativa.

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— E é por isso que ele precisa de você. — Adelaide sussurrou em seu ouvido. Quando Meryn a olhou, podia dizer que a mulher mais velha tinha percebido aquele olhar triste também. — O quê? — Byron e Aiden perguntaram juntos. — Nada. — Meryn e Adelaide falaram em resposta. Meryn olhou para Adelaide, e as duas começaram a rir. — Então, para que vocês têm todos esses guerreiros? Para manter os seres humanos afastados? — Meryn mordeu seu sanduíche. Mastigou e percebeu que todos ficaram quietos. — Ru que? — ela perguntou, a boca cheia. — Os guerreiros da unidade são necessários para proteger outros paranormais e os humanos de algo que sempre chamamos de ferals. Ferals são homens, e às vezes mulheres, que voluntariamente desistem de suas almas pela emoção de matar. Eles cedem à sua natureza sombria. Os shifters perdem a capacidade de se transformarem, mas mantêm uma quantidade anormal de força, e deleitam-se com a brutalidade. Vampiros perdem sua grande velocidade e a capacidade de manipular mentes, e sua sede se sangue piora. Os fae perdem a maior parte de sua magia, com exceção de alguns feitiços de ilusão, que eles tem prazer em usar para deixar as pessoas insanas. Bruxos perdem toda a sua magia, mas ganham algo como um demônio familiar, mas sem o contexto religioso. Eles existem apenas para matar, para criar o caos e destruir vidas. — Aiden falou em tons suaves

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enquanto tentava transmitir esta notícia desagradável para ela suavemente. Ela se virou para ele. — É seguro aqui? — ela sussurrou. Ele assentiu. — Não há lugar mais seguro para estar do que aqui em Lycaonia com a Unidade Alfa. — Ele piscou para ela, tentando fazê-la sorrir. Ela imediatamente franziu o cenho. — Vocês estão brincando? — Ela apontou para ele e Colton. — Hey! — Colton protestou. Aiden riu e acenou com a cabeça. — Nós somos os melhores dos melhores. — Bem, estou segura. Eu te nocauteei com o seu próprio vaso sanitário hoje. — Ela suspirou e continuou a comer o resto de seu sanduíche. Alguém bufou. Meryn pensou que tivesse sido Colton, mas, para sua surpresa, Adelaide soltou outro bufo indignado e riu alto. Isto, obviamente, fez com que seu companheiro seguisse seu exemplo junto com Aiden e Colton os seguiu. — É bom os ferals tomarem cuidado com você, então. — Aiden sorriu para ela. Meryn sorriu de volta antes de um bocejo lhe escapar. — Ceús, olha a hora. Aiden, você pode mostrar a Meryn seu antigo quarto? — Adelaide perguntou, piscando para seu filho, que corou furiosamente. — É claro. Meryn se levantou quando Aiden o fez e colocou seu prato vazio na mesa.

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— Colton, o seu quarto, como sempre, está pronto para você. Eu juro que você passa mais tempo aqui do que na casa dos seus pais. —

Obrigado,

mãe.



Colton

beijou

Adelaide

na

bochecha e saiu da sala. Meryn virou-se para a mãe de Aiden. — Obrigada por fazer isso não parecer tão louco. — Meryn não sabia como agradecer a alguém por suavizar sua introdução nesta vida louca. — Melhora, querida, você vai ver. — Adelaide beijou a bochecha dela e pegou o prato vazio. Byron beijou sua testa e seguiu sua companheira enquanto ela se dirigia para a cozinha. — Vamos? — Aiden perguntou, oferecendo-lhe o braço. Ela sorriu para ele. Ela poderia se acostumar com este tratamento. Era muito melhor do que ficar trancada em um porta-malas. ***** — O que você quer dizer com que vai dormir aqui também? — Meryn exigiu. Ela devia saber que ele estava sendo bonzinho demais. — Este é o meu quarto para quando eu fico aqui. — Tudo bem, leve-me para um quarto de hóspedes. — Meryn se irritou. — Nós não temos quartos de hóspedes. — Aiden murmurou baixinho. Mesmo Meryn sabia que isso era uma

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mentira, esta casa tinha de ter perto de uma centena de quartos. — Isso é besteira! Tudo bem, eu posso dormir no sofá! — De jeito nenhum. Eu não vou deixar você sair de vista. — Ele cruzou os formidáveis braços sobre um peito ainda mais formidável. Uma garota poderia realmente entrar em problemas com aqueles músculos. — Tudo bem, mas há regras. — Regras? — Sim, regras. Regra número um: permaneça no seu lado da cama. Regra número dois: não me toque, respire em mim ou faça qualquer coisa estranha comigo enquanto eu durmo. Regra número três: não cruze a Grande Muralha. — Ela enumerou cada regra em seus dedos. — Grande Muralha? — Ele parecia confuso. Ela se aproximou e puxou a roupa de cama para baixo. Então começou a empilhar cada travesseiro extra no quarto no centro da cama. Ela apontou para um lado, depois para o outro. — Meu lado, seu lado. Capiche4? — Tudo bem, vamos simplesmente descansar um pouco. Eu não dormi nada na noite passada, e fizemos exercícios hoje,

estou

exausto.

Quer

tomar

banho

primeiro?



perguntou ele. Ela balançou a cabeça. Ele deu de ombros. — Fique à vontade. — Ele entrou no banheiro e fechou a porta. Ela se jogou na cama. Oh, Meryn, garota, o que você 4

Entendido, em italiano. Também uma jorgão comum em O Poderoso Chefão.

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está

fazendo?

Arrombando

um

lugar,

entrando,

sendo

sequestrada, atacando seu sequestrador com a tampa de um vaso sanitário e então assediando tal sequestrador. Que pessoa sã faz isso? Ela se virou e olhou para o teto. O engraçado era que esta era a primeira vez que ela se sentiu calma em meses. Ela havia se mudado para a cidade vizinha há duas semanas. O súbito desejo de viver em algum lugar novo a levara a loucura. Finalmente, ela tinha jogado um dardo em um mapa e acabou aqui. Foi aí quando os sonhos estranhos começaram. No início, eles tinham sido agradáveis, seu Príncipe Encantado a encontraria em uma clareira, e eles iriam rir e conversar. Algumas noites ficaram bem quentes, ela gostou desses sonhos. Mas então eles começaram a ficar assustadores. Alguém estava se movendo nas sombras na floresta e toda noite na última semana ela era assassinada. Ela não pôde se impedir de notar o quanto Aiden lembrava seu Príncipe Encantado, embora ele era mais gentil no sonho. Ela sorriu. Mesmo ele sendo, evidentemente, um shifter urso, ela se sentia segura com ele. Gostava dessa sensação. Ela seguiria o ritmo e veria aonde isso a levaria. Ela ainda estava sorrindo para o teto quando Aiden saiu do banheiro com uma toalha amarrada baixa em seus quadris. — O teto disse algo engraçado? — Ele perguntou, secando o cabelo com uma toalha. Ela estava muito ocupada tentando não engolir a própria língua para responder. Ela ficou de bruços.

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— Você está bem? — perguntou ele. Ela assentiu, ainda encarando. — O chuveiro está livre. Ela assentiu com a cabeça novamente. — Vai entrar? — ele perguntou, parecendo divertido. Ela assentiu depois balançou a cabeça como se para limpá-la. — Sim, volto logo. — Ela pulou da cama e, quando passou por ele, não pôde se conteve. O diabo a fez fazer aquilo. Ela agarrou a ponta da toalha e a puxou. Ele deu um grito e cobriu a virilha com as mãos. Rindo, ela jogou a toalha nele. — Você tem uma bunda linda também. — Rindo, ela correu para o banheiro. Uma vez lá dentro, se inclinou contra a porta. Ela respirou fundo, estava com problemas, porque aquele homem realmente tinha a bunda mais perfeita. ***** Meryn encarou o teto. Ela praticamente podia sentir o calor do corpo dele irradiando do lado dele da cama. Ele estava acordado? Ela se virou sobre a lateral direita. A imagem do corpo nu dele a provocava. Por que ela tinha achado que foi esperta quando puxou aquela toalha? Ela estava pagando o preço agora. Ela se virou para a esquerda. — Não consegue dormir? — Aiden soou divertido. Ela voltou a deitar de costas. — Não. E você?

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— Não, é minha primeira noite com minha companheira, acho que dormir é a última coisa que me passa pela cabeça. — Ele brincou. Meryn não queria pensar sobre o que ele estava deixando implícito, ela poderia pular nele. Para tirar sua mente de seus pensamentos devassos ela mudou de assunto. — Como foi crescer aqui? — Divertido, havia muitas maneiras para um garotinho entrar em apuros, especialmente um garotinho tentando imitar seus irmãos e pai. — Como o que? — Meryn ficou intrigada. — Uma noite, Colton e eu nos esgueiramos para ver os guerreiros da unidade patrulhando o perímetro, mas fomos pegos. Eu realmente tive que me esconder atrás do meu pai para ficar fora do alcance da minha mãe por isso. — Aiden riu. — E você? Eu sei que você tem que ter se metido em problemas quando jovenzinha. — Na verdade, não. Eu fiquei na minha, principalmente. Fui criada pela minha avó, e não queria enfurece-la. — Meryn se sentou na cama e olhou por cima do muro dela. — Hey, Aiden. Ele se virou para ela. — Sim? — Você pode se transformar pra mim? Nunca vi um urso de perto antes. Ele sentou-se.

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— Claro, mas você vai ter que cobrir os olhos, eu tenho que estar nu para me transformar. Meryn balançou a cabeça. — Não nessa vida. Aiden hesitou só por um momento, mas depois deu de ombros. Ele saiu da cama e se levantou. Tirou as calças do pijama e deliberadamente se virou para encará-la. A boca dela ficou seca enquanto olhava o corpo perfeito dele. Foi necessário cada grama de autocontrole para não jogar o homem no chão. Lhe tomou três tentativas para limpar a garganta. — Vá em frente. — Ela tentou parecer indiferente, mas soube que falhou quando ele piscou impertinentemente para ela. Num segundo ele era a vívida imagem de cada sonho dela, no outro ele era um extremamente grande e escuro urso pardo. Sorrindo com animação ela pulou da cama e andou até ficar em frente a ele. Ela estendeu a mão e ele deu cabeçadinhas na palma dela. Ela puxou a cabeça peluda dele para o peito dela e enterrou as mãos no pelo dele. — Você não é tão assustador, apenas um ursinho de pelúcia grande. — Ela beijou o topo do nariz dele. Ele enterrou o focinho entre as pernas dela e ela ofegou, a maldita coisa era fria! Rindo, ela correu de volta para o seu lado da cama e subiu nela. Segundos depois ela ouviu o farfalhar de roupas e a cama afundou.

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— Você acha que vai ser feliz aqui, Meryn? — perguntou ele. — Eu acho que sim. Eu não vou mentir, tudo é estranho e assustador, mas também divertido e excitante. — Você sabe que eu estarei com você a cada passo do caminho, certo? — Sim, eu não sei se essa é a parte assustadora ou a parte excitante. — Ela gritou quando um par de dedos apareceu sob a muralha para beliscar seu bumbum. A risada profunda dele era contagiosa e ela riu junto com ele. — Ai! Definitivamente assustador. — Ela bateu na mão dele quando ela se aproximou dela novamente. — Boa noite, Meryn. — Boa noite, Aiden. — Meryn estava sorrindo quando se virou de novo. Era bom ter alguém a quem dizer boa noite.

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Capítulo 3 Aiden acordou na manhã seguinte e se encontrou sorrindo. Ele não havia dormido tão bem em semanas. Quando ele foi virar a cabeça sentiu uma mão contra o rosto dele. Ele se sentou e olhou para o pequeno corpo no meio da cama. Meryn, apesar de todas suas regras na noite passada, havia lhe buscado enquanto dormia. Como um assassino furtivo ela havia feito um túnel sob a “Grande Muralha” dela. Ela estava deitada de costas, braços e pernas estendidos. Sua boca estava aberta, ela roncava levemente e uma fina trilha de baba escorria por sua bochecha. O coração dele inchou no peito. Ele nunca vira nada mais adorável na vida. Sorrindo de orelha à orelha ele foi para o closet e se vestiu. Quando ele viu a toalha pendurada na maçaneta da porta ele riu. Sua companheira até então o havia surpreendido a cada vez. Ele quietamente abriu a porta e se esgueirou para o andar de baixo.

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Quando entrou na cozinha, quatro pares de olhos se viraram para olhá-lo. Com o maior sorriso presunçoso que conseguia dar, ele andou todo emproado até o bule de café. Seus homens haviam decidido visita-lo para o café da manhã. — Estou feliz por ver que você sobreviveu à noite sem ser nocauteado novamente pela sua pequena companheira, — Colton brincou. Keelan riu e Darian riu abertamente. — Ela é uma flor delicada, ela estava assustada. — Aiden protestou. — Onde está a porra do café? — Uma voz rouca exigiu da porta. Colton perdeu a compostura e começou a rir. Mesmo seu segundo em comando desviou o olhar tentando não sorrir. Aiden hesitou em dar café para sua companheira. Ela tinha estado bem agitada ontem. — Que tal um pouco de suco? — Ele ofereceu. — Que tal você calar a porra da boca e me dar um pouco de café? — Meryn cambaleou pela porta e desabou em uma cadeira. — Ah sim, ela estava muito assustada. — Colton vaiou e bateu na mesa, rindo. — Por que você está sendo barulhento? É divertido ser tão barulhento assim tão cedo de manhã? Sabe o que acontece com pessoas matutinas barulhentas? Elas morrem. Elas morrem mortes horríveis, mutiladas enquanto dormem e então são enterradas com suas bolas na porra da boca barulhenta delas. — Meryn olhou para ele através de olhos semicerrados. Os homens engoliram em seco.

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— Aqui está, bebê, uma caneca extra grande de café. Aqui está o açúcar e o creme. Encha de novo quando quiser. — Aiden colocou o café na mesa em frente a ela e retrocedeu devagarinho. Colton se virou para ele, o rosto pálido. Ele deu de ombros. Ele também não tinha a menor ideia do que fazer. Devagar, enquanto Meryn tomava café, seus olhos abriram. Ela bocejou e então esticou os braços por cima da cabeça. Na segunda caneca ela estava olhando ao redor da cozinha. Na terceira caneca ela estava sorrindo para todo mundo. — O que tem pro café da manhã? — ela perguntou animadamente. — O que quer que você queira, porra, — Keelan disse, um olhar de espanto no rosto. — Sério? Eu mataria por algumas panquecas. — Ela suspirou melancolicamente. Colton pulou da cadeira como um palhacinho numa caixinha de surpresas. — Sem problema. Eu sei onde o Marius guarda as coisas. — Ele correu para a despensa e começou a retirar ingredientes para a massa de panqueca. Aiden recostou-se na cadeira dele e tomou um gole de café. Bem feito pra ele por tirar sarro do comandante dele. — Vocês têm uma máquina de café expresso? — Meryn virou-se para ele. — Quer saber? Nós vamos para a cidade e pegaremos uma, só pra você. — Aiden ofereceu. Ele nunca queria ver como sua companheira seria sem cafeína.

MY

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— Sério? Elas podem ser um pouco caras, é por isso que eu não comprei uma ainda. — Ela mordeu o lábio inferior. E, apesar da ameaça de desmembramento que ela tinha acabado de fazer ao melhor amigo dele, ele pensou que ela parecia fofa com o lábio entre os dentes. — Vamos todos contribuir, certo, caras? — Darian disse. Todos os homens concordaram. — Vocês todos são tão doces. Obrigada. — Ela sorriu timidamente para eles. Gavriel encontrou os olhos dele por cima da cabeça de Meryn do outro lado da mesa e arqueou uma sobrancelha. Aiden sorriu de volta. Ela podia ser louca, mas era toda dele. — A propósito. Quem são vocês todos? — Meryn tomou outro gole de café. — Essa é a minha unidade. Você já conheceu o Colton; esses são o Gavriel Ambrosios, Keelan Ashwood e Darian Vi’Alina. — Aiden apontou para cada um dos homens dele. Ela olhou os outros três homens. Ela apontou para Darian. Ele possuía características delicadas, mas nunca seria chamado de bonito. Ele era muito masculino, mas havia algo sobre ele que era etéreo. Seu longo cabelo loiro estava enrolado e trançado por suas costas. Seus olhos eram de um suave lavanda que simplesmente não se via em humanos. Ele era musculoso, mas não tão cheio no tórax quanto Aiden. — Vampiro? — ela perguntou. Ele negou com a cabeça e se levantou em toda sua altura.

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— Puta merda! Você é mais alto do que o Aiden, e ele é tipo, assustadoramente grande. — A diferença entre o metro e sessenta dela de altura e ele a fazia se sentir como um bebezinho. — Não sou não! — Aiden protestou. Darian sorriu e sentou-se novamente. — Fae. Temos todos entre 1,80 metro e 2,10 metros de altura. —

Eu

pensei

que

os

fae

fossem

o

pessoal

“pequenininho”. — É, nem tanto. — Darian deu de ombros. — Vi'Alina? — Meryn falou devagar para pronunciar corretamente. — Sim. O prefixo “Vi” indica que eu sou o herdeiro da minha linhagem familiar. “Alina” é o nome da minha casa. Se eu tivesse irmãos, o segundo filho seria Ri'Alina e o terceiro filho seria Li'Alina. — Darian explicou. — E o quarto a nascer? — perguntou Meryn. Darian balançou a cabeça. — Vivemos por tanto tempo que, a menos que uma tragédia ocorra, ninguém após o terceiro filho herda algo. Eles não recebem um prefixo para o nome deles. — Então, se eu fosse fae, eu seria Meryn Vi'Evans? — Darian assentiu. — Isso é legal. Meryn virou-se para Gavriel. Ela observou seu cabelo escuro e meditativos olhos cinzentos. Gavriel era menos etéreo, e mais sombrio e perigoso. Ele era exatamente o tipo

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de homem que você gostaria de encontrar em uma noite escura e tempestuosa. — Você deve ser o vampiro, então. — Ele inclinou a cabeça. Keelan franziu a testa. — Por que não poderia ser eu? — Ele exigiu. Meryn sorriu e apontou para Keelan. Ele tinha um ruivo rabo de cavalo curto e olhos castanhos amáveis. — Porque você parece muito bonzinho, e está longe de ser tão elegante. Ele simplesmente exala “príncipe das trevas”. — Ela suspirou, Aiden rosnou. Ela deu um soco na coxa dele. — Ai! — Ela tem tendências violentas, igualzinho a você. — Colton brincou. Aiden mostrou o dedo do meio pra ele. — Então isso significa que você é o bruxo. O que você pode fazer? Você pode voar? — Meryn se inclinou para frente, os olhos brilhando. — Eu tenho premonições às vezes, e trabalho melhor com o fogo e o ar. Meu irmão Kendrick é mais forte, ele pode manipular todos os quatro elementos, mas ele decidiu ser um arquivista em vez de um guerreiro. — Keelan olhou para a mesa. — É uma profissão respeitável, Keelan, nós temos uma rica história que deve ser preservada. — Aiden lembrou gentilmente ao jovem bruxo. Ele sabia que esse tinha sido um ponto de discórdia entre os dois irmãos.

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— Eu sei. Só que é frustrante saber que eu estou lutando para aprender os feitiços que precisamos, e ele pode fazê-los sem nem sequer pensar a respeito. — Keelan girou o copo de café em sua mão lentamente. — E ele é cerca de 300 anos mais velho que você. Dê-se uma folga. — Colton apontou. Keelan se animou. — Eu acho que você está certo. Aiden tomou um gole do café dele, e apreciou a vista diante de si. Ele não poderia pedir por mais do que ter seus amigos e sua companheira sentados à mesa do café da manhã. Talvez essa coisa de acasalamento pudesse dar certo, afinal. ***** — Olá, meninos, que legal da parte de vocês visitar para o café da manhã. — Adelaide e Byron entraram na cozinha. Marius entrou atrás deles e imediatamente começou a trabalhar na preparação do café da manhã, assumindo o lugar de Colton. Os membros da unidade, incluindo Aiden, ficaram de pé. Meryn olhou em volta, se perguntando se deveria levantar-se também. Byron se aproximou e beijou a testa dela. — Eles estão de pé por respeito à mãe de Aiden. Eles foram criados em uma época em que um homem se levantava quando uma dama entrava na sala. — Byron se sentou ao lado dela, e Adelaide ao lado dele. — Eles não se levantaram quando eu entrei na sala, mas, novamente, acho que não sou uma dama. — Meryn

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serviu-se de outra caneca de café. Quando ela olhou para cima, notou que Byron estava atirando punhais com os olhos para os outros homens na mesa, que pareciam todos devidamente castigados. Byron levantou a mão dela e a beijou. — Lhe perdoe, querida. Que eles falharam em se levantar quando você entrou na sala mostra o caráter deles, não o seu. Estou chocado que meu filho falhou em fazer isso. É uma lição básica de etiqueta que eu sei que lhe foi ensinada quando ele era um menino. — Byron afagou a mão dela e continuou a olhar para os homens. —

Pai,

sinto

muito.



Aiden

se

desculpou

imediatamente. — Não é do meu perdão que você precisa. — Byron assentiu com a cabeça para Meryn. Aiden se virou para ela. — Eu sinto muito, minha companheira. Eu ainda estava avoado pela ótima noite de sono que eu tive a noite passada e não estava pensando corretamente esta manhã. Por favor, me perdoe. — Meryn ficou surpresa com quão verdadeiramente arrependido ele soou, como se tivesse cometido uma grande ofensa. — Considerando que você me sequestrou, me prendeu, me jogou no seu porta-malas e me arrastou por aí pelo braço ontem, não se levantar da mesa do café da manhã não parece tão ruim. — Ela sorriu brilhantemente para ele. — Você não vai me deixar esquecer disso nunca, não é? — Aiden gemeu.

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— Não. — E se eu te levar pra sair e te mostrar a cidade? Podemos ir às compras. Eu sei onde podemos comprar sua máquina de café expresso. — Aiden pegou a outra mão dela e a levou aos lábios. Agora, este era o homem encantador de seus sonhos. — Então é claro que eu vou perdoá-lo, agora que você está agindo como sua versão no meu sonho. Mais charmoso e menos resmungão. O

rosto

de

Aiden

congelou,

seus

olhos

ficaram

assombrados. — Você sonhou comigo antes de vir para cá? — Sim. Por semana eu lutei contra o impulso de me mudar. Mas era como se algo estivesse me impelindo. Então eu lancei um dardo num mapa e acabei em Madison. Depois que eu me mudei pro meu apartamento, eu comecei a ter sonhos. No início, eles eram legais. Você era maravilhoso e doce. Nós nos deitaríamos de baixo de umas árvores e conversaríamos. Mas então eles ficaram assustadores. A noite passada foi a primeira noite em semanas que eu não sonhei nada. Eu odiei sair da cama essa manhã já que eu dormi tão bem. — Meryn estava estendendo a mão para pegar a caneca de café dela quando Aiden a puxou para o colo dele. Ele a segurou tão apertado que ela podia sentir o coração dele batendo descontroladamente contra a bochecha dela. — Filho, qual o problema? — Byron exigiu.

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— Eu achei que eram apenas sonhos. — Aiden enterrou o rosto contra o pescoço dela. —

Você

esteve

tendo

pesadelos

também?



ela

sussurrou. Ele assentiu. — Pesadelos? Eu pensei que você disse que eram sonhos agradáveis. — Adelaide perguntou, soando preocupada. Aiden levantou a cabeça. — É como a Meryn disse. No início eram agradáveis; nos encontraríamos numa clareira na floresta e conversaríamos. Mas depois os sonhos se tornaram pesadelos. No sonho eu iria

procura-la,

mas

não

conseguiria

encontrá-la.

Ela

chamaria por mim, me provocando e então tudo ficaria quieto. Então eu a ouviria gritar, mas chego muito tarde, ela... — Ele vacilou. Meryn se afastou e olhou ao redor da mesa. — Eu sou assassinada. Um homem que não é Aiden saí da floresta e me esfaqueia repetidamente, como se gostasse disso. — Meryn estremeceu. Nos sonhos ela conseguia sentir claramente o aço frio em seu corpo. Gavriel ficou de pé, o peito se expandindo e contraindo. — Eles não podem ser proféticos. Você encontrou sua companheira. Ela está segura. — Os olhos normalmente cinzas de Gavriel começaram a brilhar em um tom vermelho. Aiden se levantou e colocou Meryn na cadeira dele. Ele correu para Gavriel. — Respire, meu amigo. Meryn está segura. Assim como a sua companheira. A Destino vai encontrar um modo de

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trazê-la para nós e então vamos proteger as duas. — Aiden tinha as mãos nos ombros de Gavriel. Keelan estendeu a mão para colocá-la no antebraço de Gavriel. — Suadet, frater meus. Fique tranquilo, meu irmão. — Keelan sussurrou a frase de novo e de novo até que Gavriel respirou profunda e asperamente. — Obrigado, Aiden, Keelan. Eu também tenho tido pesadelos. Eu tenho que pôr a minha fé na Destino e rezar para que minha companheira seja entregue a mim a tempo. — Gavriel baixou a cabeça. — Ela vai chegar a Lycaonia e então a Unidade Alfa vai mantê-la segura. — Aiden deu um passo para trás e ajudou, delicadamente, Gavriel a sentar na cadeira. Meryn se levantou para voltar a cadeira dela, mas Aiden a puxou de volta para os braços dele e se sentou, colocando-a novamente no colo dele. Ela ia protestar, mas depois de ver o quão afetado Gavriel ficou, ela sabia que Aiden apenas precisava segurá-la. Ela olhou para o elegante vampiro e quis aliviar sua preocupação. — Aiden está certo, sabe. Eu não tive escolha em vir aqui. Eu pensei que tinha um mau caso de sede de viagens, mas agora eu sei o que era. Era uma força com a qual não se pode lutar. Se algo como a Destino se deu ao trabalho de me puxar e trazer até aqui, eu duvido que ela deixaria qualquer coisa acontecer com a sua companheira antes de trazer ela aqui. — Gavriel a olhou, os olhos ilegíveis. — Você acha mesmo isso?

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Meryn não hesitou antes de assentir. — Absolutamente. Especialmente considerando quantos livros e DVDs eu tive que empacotar. Só a minha coleção de sci-fi deu tipo umas dez caixas. Confie em mim, você não tem ideia de quão duro a Destino teve que trabalhar para me manter focada tempo o bastante para empacotar as minhas coisas. Eu continuava querendo parar e ler um livro ou assistir um filme que eu não via há anos. — A tensão abandonou o rosto do vampiro. — Obrigado, Meryn. Eu realmente me sinto melhor sabendo o que a Destino passou para te trazer aqui. — Havia um vestígio de um fraco sorriso nos lábios dele. — De nada. — Meryn sorriu, então pensou sobre isso. — Espere. Isso foi um elogio? — Ela franziu a testa. Colton suprimiu uma risada. Gavriel sorriu para ela. — Creio que foi um elogio, minha cara. A Destino, afinal, decidiu que você valia a pena o esforço. — Adelaide colocou. Gavriel assentiu. — Oh, tudo bem. — Meryn se virou para que estivesse encarando Aiden. — Depois de irmos às compras, podemos ir pegar as minhas coisas? Eu já praticamente aceitei o fato de que não sou louca, e que todos vocês não estão mentindo. Então acho que vou ficar por um tempo. — Você quer dizer para sempre. — Aiden disse em uma voz áspera. — Então os rumores são verdadeiros. Meu irmãozinho encontrou sua companheira. — Uma voz profunda retumbou

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da porta. Meryn virou-se e, para sua surpresa, dois homens que pareciam estranhamente idênticos a Aiden estavam sorrindo para eles. — Meryn, por favor, ignore o par de idiotas sorridentes que são meus irmãos mais velhos. Adam é o feio do lado esquerdo, e Adair é o mais feio do lado direito. — Há três de vocês? — Ela podia dizer que eles estavam relacionados, já que todos se pareciam com Byron. Cabelo preto escuro e penetrantes olhos azuis. Adam era tão alto quanto Aiden, com 1,98 metro, mas com uma constituição bem mais magra. Adair era mais baixo, com 1,93 metro, mas mais musculoso na região do peito. Adam possuía olhos bondosos, e Adair um sorriso maroto. Ela não pôde evitar acenar para eles. — Há quatro de nós. — Uma voz gritou por trás dos dois irmãos. — Saia do caminho, ela quer conhecer o irmão sexy. — A voz era alegre e parecia mais jovem do que a dos outros dois. Adam e Adair entraram na cozinha para dar lugar a ainda mais um homem. Meryn não pode se impedir de encarar. O último irmão era tão alto quanto Adair, com 1,93 metro, mas aí eram que as semelhanças com seus irmãos terminavam. Este realmente puxou à mãe. Ela usava seu longo cabelo loiro em um rabo de cavalo e seus olhos castanhos eram calorosos e convidativos. Ele era como o vivo Adonis grego. Ele se moveu para frente até que foi capaz de arrancar a mão dela do aperto de Aiden e beijar seus nós dos dedos. Aiden rosnou para o irmão.

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— Meu nome é Benjamin. Temo que mamãe tenha esgotado os nomes com “A” e me presenteou com um nome começado com “B”, como papai. — Ele piscou para ela diabolicamente. Ela riu para ele e Aiden a puxou para mais perto. — Minha! — ele rosnou. Benjamin colocou uma mão sobre o coração e fez uma reverência profunda. — Claro, irmão. Eu estava apenas admirando sua bela companheira. Só posso esperar que a Destino seja assim tão gentil comigo quando escolher meu pudinzinho. — Ele suspirou exageradamente. Adelaide riu. —

Pare

de

provocar

seu

irmão.

Como

você

provavelmente pode perceber, ele é o mais jovem. — Adelaide afagou a bochecha de Benjamin quando ele se aproximou para dar-lhe um beijo de bom dia. — Vocês todos são guerreiros? — perguntou Meryn. Ela sentiu Aiden ficar tenso. Adam balançou a cabeça. — Adair e eu somos uma espécie de escândalo. Eu me recusei a me tornar o herdeiro do papai e assumir como Comandante da Unidade e, eventualmente, como Ancião do Conselho. Ainda é inédito rejeitar o legado da família, mas eu não tinha nenhuma vontade de me tornar um guerreiro. Eu saí de Lycaonia, e estudei medicina. Eu agora comando a clínica que cuida dos guerreiros da unidade. — Explicou Adam. — Eu também não queria comandar. Até Aiden aceitar, tenho certeza que eu e Adam quase deixamos o pai

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complexado. Seus filhos não queriam assumir o comando depois dele. — Adair soltou uma efervescente risada. — Eu estava esperando que pelo menos um de vocês gostaria de herdar. Eu sabia que cada um teria que encontrar seus próprios caminhos. Bem, com exceção de Ben. Temo que ele esteja determinado a continuar sendo um garotinho para sempre. — Byron fez uma careta para o filho mais novo, que lhe soprou um beijo em resposta. — Eu recusei ser o Comandante da Unidade para assumir

o

cargo

de

Diretor

Chefe

na

academia

de

treinamento. — Adair explicou. — E eu sou um guerreiro da Unidade Gama, sirvo sob o comando do Sascha Baberiov. — Benjamin adicionou. — Eu vou ligar para ele mais tarde para recomendar exercícios extras para você. — Adair provocou. — Senhores, senhoras. O café da manhã está pronto para ser servido. Tendo em vista o grande grupo, eu arrumei a mesa da sala de jantar. — Marius anunciou. Meryn foi posta de pé. Tentou pegar um petisco perto do fogão, mas servo atrás de servo estava saindo levando a comida para ser servida na sala de jantar. — Vamos, querida, vamos comer alguma coisa, e então podemos visitar a cidade. — Me parece bom. — O estômago de Meryn se encheu de borboletas quando Aiden estendeu a mão e pegou a dela. Era um gesto simples, mas parecia certo. Quando ele olhou para baixo Meryn podia dizer que ele estava olhando para as

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bochechas coradas dela. Ele apertou mais forte a mão dela e os guiou. ***** Meryn sentiu uma pontada de culpa quando eles saíram para fora e ela viu o estado do porta-malas dele. Quando ela percebeu que ele a estava observando, ela fez uma careta e ele corou. — Desculpe por colocá-la no porta-malas. — Aiden parou ao abrir a porta do carro para ela para pedir desculpas. Meryn piscou. — Eu estava prestes a pedir desculpas por amassar o seu carro. — Meryn sentou-se e esperou que ele entrasse. Quando ele entrou, virou-se para ela. — Eu vou fazer o Darian consertá-lo. Ele é um gênio com qualquer tipo de habilidade manual. Acho que é o sangue fae. — Ele passou a mão sobre a coxa, enxugando as palmas das mãos. Se Meryn não soubesse melhor, diria que ele estava nervoso. Quão adorável! — Então, o que você faz para se divertir? — Meryn olhou pela janela e observou o cenário passar voando. Era difícil acreditar que havia uma cidade inteira além das árvores da qual os humanos desconheciam. — Eu malho. — Aiden lambeu os lábios. — Claro que você faz. — Meryn fez uma anotação mental para apresenta-lo ao seu X-Box. — Como vocês impedem que os humanos descubram tudo isso? — Meryn apontou para a junção da estrada que se

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abria para um cruzamento onde eles poderiam ir para a esquerda, direita ou à frente. —

As

bruxas

e

os

fae

renovam

um

feitiço

de

encantamento a cada ano no solstício de inverno. Depois que eles completam o feitiço todo mundo vai para a Mansão do Conselho para o Baile do Solstício de Inverno. — Meryn sentiu o estômago dar um nó. — Baile, tipo com vestidos volumosos e dança e pequenos sanduíches que não saciam? A cabeça de Aiden se virou, e ele olhou para ela com surpresa. — Sim, eu pensei que todas as mulheres amassem esse tipo de coisa. — Não essa aqui. Eu tenho que ir? — Já que eu sou o Comandante da Unidade e herdeiro do meu pai, espera-se que eu compareça. Como minha companheira, espera-se que você esteja lá. — Eu tenho que ir? — Meryn repetiu, sentindo-se doente ao pensar nisso. Aiden riu. — Eu vou me certificar de que você não fique sozinha. Nós temos o Baile da Véspera de Halloween chegando em breve, o que vai te dar uma ideia do que esperar para o Baile de Inverno. — Meryn colocou uma mão sobre o estômago. Ela se sentia tonta. — Eu odeio pessoas.

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— Sabe, com os chutes, gritos e ataque as pessoas com partes de vasos sanitários eu nunca teria imaginado. — Aiden criticou. — Ha, ha. Você é tão engraçado. Sério, posso apenas enviar um prato de biscoitos ou algo assim? — Desculpe, querida, mas você é da alta sociedade agora. — Que saco isso! — Aiden olhou para ela, em seguida, de volta para a estrada. — É melhor eu avisar a minha mãe sobre amanhã. — Aiden fez uma careta. Meryn virou-se para encará-lo. — Por quê? — Porque ela está planejando apresentá-la ao círculo de costura dela. Todas as matriarcas das famílias fundadoras vão estar lá. — Ele parecia se desculpar. — Eu acho que vou ficar doente. — Ela fechou os olhos e recostou-se de volta no assento. Aiden estacionou e desligou o carro. Ela o ouviu se virar na direção dela. — Basta sorrir e acenar. Minha mãe vai fazer a maior parte do falar. Tenho a sensação de que Daphane Bowers irá monopolizar a tarde, de qualquer maneira. A nora dela está grávida, então ela estará usando isso para conseguir cada pedaço de atenção que puder por um tempo. — Meryn abriu os olhos e levantou a cabeça. —

Então

ela

está

grávida.

Grande

coisa.

Elas

provavelmente vão fazer um desses bolos de fraldas ou algo

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assim. Eu suponho que posso sorrir e acenar, mas vou levar meu notebook. Eu não consigo costurar mesmo. Aiden lhe deu um olhar engraçado. — Eu não acho que você entenda. Estar grávida é uma verdadeira bênção. Bruxas só podem conceber durante o solstício de inverno, os vampiros durante o equinócio da primavera, shifters no solstício de verão e os fae durante o equinócio de outono. É por isso que cada equinócio e solstício é uma grande festa para nós. Como cada uma das quatro raças só pode conceber durante estes tempos, suas crianças geralmente nascem durante um feriado correspondente. Bruxas nascem perto do equinócio de outono; vampiros durante o longo, sombrio solstício de inverno; shifters por volta do equinócio de primavera, quando a maior parte dos animais nascem; e os fae por volta do solstício de verão, no auge do verão, quando tudo está em plena floração. Cada raça tem apenas uma determinada época do ano em que são férteis, e mesmo assim não é garantido que o casal vá conceber. Após a concepção, apenas cerca de sessenta por cento de todas as gestações chega a termo. Isso tem mantido nossos números bem baixos. Havia uma tristeza nos olhos dele que ela desejava poder apagar. — Isso deve ser duro. Vou me certificar de soltar os apropriados “Ooooh” e “Aaaah” nos momentos apropriados. — Meryn prometeu. — Você realmente é antissocial, não é?

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— Eu gosto dos rapazes e da sua família. Mas não gosto de ser falsa ou educada com idiotas. A boca de Aiden se contraiu. — Amanhã deve ser interessante. — Serei boa. Prometo. — Ela olhou ao redor. — Onde estamos? — Esta é a Mansão do Conselho. Meu pai me avisou que o Conselho queria falar comigo esta manhã, no café da manhã. Ele saiu cerca de meia hora antes de nós para avisálos de que estávamos chegando. — Tem problemas se eu entrar? — Ela olhou de boca aberta para o prédio imponente. Parecia a Biblioteca do Congresso. Meryn observava as pessoas passando pelo seu carro estacionado. Os homens estavam usando mantos oficiais, que se abriam para revelar ternos e gravatas perfeitamente costurados. As mulheres eram visões de gentileza em vestidos longos de cores outonais. Ela olhou para sua camiseta das Tartarugas Ninja e seu moletom com capuz amarrado a esmo em torno de sua cintura. Ela olhou para Aiden. Ele nem pareceu notar. Dane-se o homem. Ela odiava se destacar. Aiden endireitou a gravata e tirou um tipo de chapéu militar do banco traseiro. É claro, ele se encaixava muito bem usando um uniforme. Ele abriu a porta do carro. — Meu pai disse que não deve demorar muito; eles só querem que eu dê uma olhada em alguma coisa. Então podemos sair e explorar a cidade. — Aiden pegou a mão dela. — Pronta?

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— Eu acho que sim. Ele beijou-lhe a mão antes de soltá-la, e então saiu do carro. Ele deu a volta e fez uma careta para Meryn quando ela abriu a própria porta, recusando-se a esperar por ele. Ela lhe mostrou a língua, e ele a surpreendeu por rir. Já que ele estava constantemente franzindo o cenho, a fez sentir-se bem poder fazê-lo rir. Meryn apreciou que Aiden pegou a mão dela e estava guiando-os, de outra forma ela sabia que teria esbarrado em algo. O exterior do edifício era nada menos que incrível, mas o interior lhe tirou o fôlego. A arquitetura de pedra com abobadas altas. As janelas exteriores jogavam um arco-íris de cores nos pisos e paredes com seus vitrais. Estátuas e pinturas a óleo antigas decoravam as paredes. Aiden literalmente a arrastou pelo caminho enquanto ela olhava ao redor com espanto infantil. Quando eles viraram o canto, Meryn ofegou. — O quê? — perguntou Aiden. Meryn encarava a estátua na frente deles. — Não pisque. Nem sequer pisque, — ela sussurrou. — Do que diabos você está falando? — Aiden olhou ao redor, tentando identificar uma possível ameaça oculta. — Pisque e estará morto. — Meryn olhou sem piscar para as duas grandes estátuas de anjo de pedra de cada lado de uma porta de madeira que parecia pesada. A mão de Aiden foi para a arma em sua lateral. — Meryn, é apenas uma estátua.

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— Mas e se não for? Quero dizer, até essa semana eu não achava que paranormais existissem, e agora vocês estão em todo maldito lugar. Não posso correr o risco. — Meryn continuou a olhar para a estátua. — Por que eu nunca entendo uma palavra que sai da sua boca? É como se você não estivesse nem mesmo falando Inglês! — Oh meu Deus, e se o Doutor5 for real também?! Isso seria fantástico! — Meryn sentiu Aiden puxá-la para mais perto das portas, mas se recusou a afastar os olhos das estátuas. — Eu desisto! Há algo de errado com você. — Meryn conseguia ouvir a exasperação na voz dele. — Você simplesmente não fala a linguagem geek. Está tudo bem, eu posso treiná-lo. — Meryn fechou um olho, depois o outro. Em seguida, abriu-os rapidamente. As estátuas permaneceram estátuas. — Essas podem não ser perigosas. — Ela soltou um suspiro de alívio. — Você acha? — Aiden perguntou asperamente. Meryn voltou a atenção para as altamente polidas portas de madeira escura na frente deles. — Essas são umas portas de aparência impressionante. É para manter a gente fora, ou eles dentro? — Aiden fechou os olhos, e parecia que estava contando mentalmente até dez.

5

Aqui Doutor se refere ao doutor de Doctor Who.

MY

CommandeR Alanea Alder

— Na maioria dos dias serve para nos manter do lado de dentro. Entre, Aiden, deixe-nos conhecer sua inteligente companheira. — Uma voz falou do outro lado das portas. Meryn

cobriu

a

boca

com

as

mãos.

Ela

continuava

esquecendo da audição paranormal. Aiden a olhou, um sorriso contraindo seus lábios. Ele levantou o grande anel de ferro e abriu a porta com um puxão. Meryn viu como seus bíceps flexionaram sob a longa manga da camisa do uniforme. Delicioso. Eles caminharam sobre um macio tapete vermelho até um longo painel de madeira. Atrás dele sentavam-se quatros homens de aparência poderosa. Dos quais apenas um ela reconheceu. —

Estimados

membros

do

conselho,

deixe-me

apresentar minha companheira, Meryn Evans. Meryn, tenho a distinta honra de apresentar os membros do conselho de Lycaonia; Ancião Celyn Vi'Ailean, nosso representante fae. Ancião Rowan Airgead, nosso representante bruxo; Ancião René Évreux, nosso representante vampiro; e, claro, você já conheceu meu pai, o representante shifter. Aiden fez uma reverência à altura da cintura. Não sabendo o que fazer, Meryn apenas acenou. Sorrindo amplamente, o grande ancião fae acenou de volta. Byron assentiu. O ancião bruxo sorriu calorosamente, mas o ancião vampiro fungou e torceu o nariz. Meryn sentiu-se franzir a testa.

MY

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Por favor, não me deixe falar algo que deixe Aiden em apuros. — Pelo que era que vocês queriam me ver? — Aiden perguntou, de pé e em sua altura máxima. — Gostaríamos que você investigasse uma série de desaparecimentos. Dois casais paranormais que viviam em Madison desapareceram. A mãe de uma das mulheres desaparecidas está frenética. Se você puder sair com alguns homens e fazer algumas perguntas por aí, nós apreciaríamos. Sei que iria aliviar as preocupações de todos. — O Ancião Airgead explicou. — É claro, senhor. Vou sair com alguns homens hoje mais tarde. — Aiden fez uma meia reverência. Meryn debateu sobre

fazer

a pergunta dela,

mas percebeu que não

descobriria nada se mantivesse a boca fechada. Ela arriscaria se fazer de boba por uma chance de ajudar. — Um, senhores, vossas excelências? — Meryn esperava que não soasse tão nervosa quanto se sentia. — O que é, criança? — o Ancião Vi'Ailean perguntou, a voz suave e gentil. — Se você tiver qualquer informação sobre os casais desaparecidos, eu poderia tentar rastrear seus últimos movimentos e paradeiro conhecidos usando meu notebook. — Meryn olhou fixamente para a parte de cima dos Converse6 surrados dela.

6

Converse é um tênis da All Star.

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— Você consegue fazer isso? — O Ancião Airgead parecia chocado. Ela levantou a cabeça e assentiu. — Eu posso rastrear os cartões de crédito deles, compras, bilhetes de estacionamento, basicamente qualquer coisa eletrônica, — ela explicou. — Tudo do seu notebook? — o Ancião

Airgead

perguntou. — Sim. Isso é brincadeira de criança. — Todos os seres humanos são tão bem versados com a tecnologia? — Byron perguntou, parecendo impressionado. — Não, embora a maioria possa fazer o básico. Eu simplesmente sou muito, muito boa. — Meryn não pôde afastar o traço de orgulho da voz. Ela sentiu a mão quente de Aiden em sua lombar. Ele estava lhe mostrando que estava cuidando da retaguarda dela, literalmente. Sentindo-se mais corajosa, ela continuou: — Eu também posso compilar as informações de ambos os casais para procurar por qualquer coisa

que

os

ligue,

para

estabelecer

um

padrão.

Se

conseguirmos encontrar o padrão, poderemos estabelecer um motivo, e limitar a busca para encontrar os responsáveis. — Meryn fechou e abriu as mãos em suas laterais. Anos de assistir CSI estavam começando a dar frutos. — Impressionante. Eu não tinha ideia que minha nova filhinha fosse tão talentosa. — Byron se gabou. — Nós não interagimos com os humanos o suficiente para acompanhar a tecnologia deles, — o Ancião fae admitiu.

MY

CommandeR Alanea Alder

— Eu nem sei por que nos importamos com o que acontece fora da cidade. Os paranormais que vivem fora de Lycaonia conhecem os riscos de tentar se misturar com os humanos.

Se

eles

realmente

quisessem

ficar

seguros,

estariam por trás dos muros da cidade, — René disse com desdém. Ao lado dela, Meryn sentiu Aiden ficar tenso. — Com todo o respeito, Ancião Evreux, há mais paranormais agora do que havia mesmo cem anos atrás, apesar de nossa taxa de natalidade em declínio. Com cada vez menos matilhas e guerras causadas pelo orgulho, e centros de alimentação estabelecidos para os vampiros, as gerações mais velhas estão vivendo mais. É extremamente caro para um paranormal comum viver em uma das nossas cidades. Tornou-se necessário para as famílias maiores se mudarem para o mundo humano, — Aiden explicou. Por seu tom ligeiramente condescendente, Meryn tinha a sensação de que não era a primeira vez que Aiden tinha apresentado este argumento. — Paranormais não pertencem entre os humanos. Eles não são nada além de insetos. — O Ancião Evreux zombou, olhando diretamente para Meryn. — René, você vai retirar essas palavras sobre a minha filha imediatamente. Antes que eu te obrigue! — Byron se levantou completamente enquanto seus olhos mudavam para preto. Os olhos de Meryn se arregalaram. Ela olhou para Aiden para ver o que eles deveriam fazer, apenas para ver que seus olhos também haviam mudado e que seus caninos

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haviam se estendido para baixo dos lábios. Em resposta, o Ancião Evreux se levantou mostrando as presas. — Byron! René! Parem de uma vez. — O Ancião Airgead posicionou-se entre os dois homens, suas duas mãos brilhando de uma fraca cor azul. Ambos os homens permaneciam de cada lado do bruxo respirando pesadamente e encarando um ao outro. — Eu não quis insultar sua filha. — O Ancião Evreux disse pausadamente cada palavra. Byron deu um breve aceno de cabeça e sentou-se novamente. — Puta que pariu! O papai urso é incrível pra caramba! — Meryn sussurrou. Cinco pares de olhos imediatamente se viraram para ela. Ela se colocou atrás de Aiden. Ela ouviu gargalhadas e espiou para ver que o Ancião fae estava rindo e enxugando as lágrimas. — Meryn, você é um completo tesouro. Primeiro os Weeping Angels7 e agora isso. — Ele respirou fundo e encontrou os olhos dela. — Finalmente! Alguém que é inteligente! — Meryn explodiu. — Eu vou fingir que você não quis me excluir. — A voz de Aiden era monótona.

7 Weeping Angels, ou Anjos Lamentadores, são uma raça de predadores da série Doctor Who. Se assemelham a silenciosas estátuas de anjo de pedra em tamanho humano. Quando não estão sendo observados podem mover-se muito rapidamente e em silêncio, mas quando observados ficam involuntariamente congelados Se dois anjos se olham, ficam presos em forma de pedra até uma força externa separá-los, assim cobrem os olhos enquanto se movem, fazendo-os parecer que estão chorando.

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— Claro. Se isso te ajuda a dormir à noite. — Meryn bateu no quadril dele com o dela. Ele olhou para ela com carinho nos olhos. Meryn não se sentia mais intimidada por esses homens. Eles podiam ser todos poderosos, e se transformarem em grandes animais predadores, e lançarem feitiços, mas no final do dia eram apenas homens. Com homens ela podia lidar. — Aiden, por favor, sinta-se livre para trazer sua companheira para o chá uma tarde. Eu gostaria muito de ver as reações dela ao jardim de Vivian, — o Ancião Vi'Ailean disse, ficando em pé. E então, virou-se para Meryn. — Minha companheira também é humana, então não deixe os velhos preconceitos antiquados de algumas pessoas te afetarem, minha querida. — Ele então virou-se e passou pelo Ancião Evreux. — Seja grato que não sou eu a pessoa que se ofendeu com suas palavras, René. Teria sido preciso mais do que os feitiços de Rowan para me fazer recuar. — Com um aceno régio, ele passou por René e saiu da sala. — Eu juro que vocês, rapazes, vão me levar a beber. Eu deveria ser autorizado a sedar vocês três para as reuniões. — O Ancião Airgead sentou-se novamente, parecendo cansado. — Onde está a diversão nisso, Rowan? — Byron brincou. — Com suas permissões? Devo à minha companheira um passeio por Lycaonia. — Aiden fez uma reverência. — É claro, Comandante. Meryn, minha querida, eu espero que nossa exibição não tenha azedado sua opinião sobre a cidade e nosso povo. Acho que você vai achar alguns

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dos locais da cidade incríveis. Talvez você possa bloggar isso em seu notebook. — O Ancião Airgead sugeriu. Meryn sorriu. —

Você quer dizer

postar. Talvez. Você tem as

informações sobre os casais desaparecidos? — ela perguntou. O Ancião Airgead assentiu e entregou-lhe uma pilha de papéis. Meryn deu um passo à frente e aceitou-os. Abriu a aba da mochila dela e os enfiou dentro. — Eu mal posso esperar para começar. Adoro projetos. Obrigada. — Você carrega seu notebook com você? Não fica pesado? — perguntou Byron. — Não, eu estou acostumada. Não posso viver sem ele. — Meryn colocou a mochila no ombro. — Boa sorte no seu projeto. — O Ancião bruxo recostouse na cadeira dele. Quando estavam saindo da sala, Meryn olhou para Aiden. — Todos os vampiros são babacas? Porque Gavriel não é. — Aiden agarrou a parte superior do braço dela e quase começou a correr para o corredor. Atrás dela, ela podia ouvir a risada alta de Byron preenchendo a sala do conselho. Merda! Ela continuava esquecendo que não havia tal coisa como sussurros em torno de paranormais!

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Capítulo 4 — Eu juro que você está tentando me matar! — Aiden explodiu assim que estavam de volta ao carro. — Sinto muito! Eu esqueci que ele podia me ouvir. Mas, sério, aquele cara é um imbecil. — Eu sei que ele é, mas ele ainda é um Ancião. Tente não insultá-lo novamente. Infelizmente, não somos nós que temos que lidar com ele numa base diária, é o meu pai. — Aiden ligou o carro. — Oh, pobre Byron. — Meryn se sentia terrível sobre o que dissera agora. Aiden a olhou e teve piedade dela. — Não se sinta tão mal. Eu já fiz pior. Eu cresci aqui, lembra? — Aiden tomou a mão dela na dele e as pousou sobre o painel central. — Eu aposto que você e Colton eram terríveis. — Ele era. Eu só ia junto para ver o que aconteceria. Os ursos são naturalmente curiosos.

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— Você mesmo foi bem fodão lá atrás. Obrigada por me apoiar. — É claro, você é minha companheira. — E só você pode gritar comigo? — Meryn brincou. — Exatamente. — Aiden sorriu para ela e habilmente virou o volante com uma mão manobrando o carro em uma grande garagem pública. Quando ela olhou para ele e levantou uma sobrancelha, ele explicou: — A cidade original foi construída antes que tivéssemos carros. As ruas são de ladrilhos de pedra e muito estreitas para os veículos. Nós construímos um estacionamento nos arredores e todo mundo caminha na cidade. Então, onde você gostaria de ir primeiro? — Café. — Nós temos alguns museus incríveis. — Café! — Ou nós poderíamos... — Café ou te esfaqueio! — Aiden riu e se inclinou sobre o painel para beijar a ponta do nariz dela. — Ok, ok. Café será. Venha, Ameaça. — Ele abriu a porta do carro e saiu. Se sentindo rebelde, ela rapidamente abriu a porta do carro e saiu. Aiden a encarou. — Há! — Meryn deu um soco no ar. Aiden rolou os olhos. Ela pegou sua mochila e fechou a porta. Ela colocou a mochila nas costas e ajustou as alças. — Você parece alguém do segundo ano. — Aiden havia inclinado a cabeça e estava olhando engraçado para ela.

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— Foda-se. Não pareço não. Muitos adultos vestem camisetas vintage. É moda agora. — Meryn tinha sim que admitir, até mesmo para si mesma, que ela pensava que parecia uma criancinha a maior parte dos dias também. — Eu acho que você parece fofa. — O sorriso de Aiden era gentil. — Eu não sou fofa, sou sexy. — Meryn protestou. Aiden teve a ousadia de rir na cara dela. — Você é minha companheira e digo isso com toda a sinceridade. Você não é sexy, de jeito nenhum. Você é tipo uma intrépida esquentadinha e está tudo bem. Você é completamente diferente e metade do que diz eu não entendo, mas eu não mudaria nada em você. — Aiden despenteou o cabelo dela e pegou a mão dela. Ela estava dividida entre se derreter numa poça aos pés dele e ficar ofendida que ele não achava que ela era sexy. Estupefata, ela andou ao lado dele, olhando furtivamente para ele para ver se ele estivera tirando sarro dela. Quando eles cruzaram a calçada para o caminho de pedras Meryn sentiu uma sacudida atravessá-la. Havia algo sobre os caminhos de pedra. Ela soltou a mão da de Aiden e se ajoelhou para colocar a palma estendida na superfície das pedras. — Há algo estranho sobre essas pedras. — Mas não importava como ela olhasse as pedras, elas eram simples pedras cinzas e sem graça.

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— Muito bom, companheira minha. As pedras estão enfeitiçadas. Elas estimulam sentimentos de comunidade e boa disposição, — Aiden explicou. — Legal. — Meryn se levantou e imediatamente Aiden tomou a mão dela novamente. Ela estava começando a ver um padrão. Ele tinha que estar tocando-a quando estavam juntos. Segurando a mão dela, tocando suas costas, até mesmo colocando-a no colo. Eles caminharam até que chegaram ao fim do longo beco. Aiden a olhou. — Bem-vinda a Lycaonia, — ele disse e soltou a mão dela para impulsioná-la para frente. Meryn se colocou entre os altos prédios do beco e olhou ao redor. Em todo lugar que se virava havia algo novo para se ver. Vendedores riam e gritavam para as pessoas enquanto essas passavam por perto, tentando vender suas mercadorias. Cada loja era diferente. Na janela de uma loja, ela podia ver pilhas e pilhas de livros velhos e rolos de pergaminho, em outra espadas e adagas. Uma grande janela de uma loja continha fileiras de bolos de aparência delicada. Ela sentiu a boca começar a salivar. Quando olhou do outro lado da rua uma placa de madeira pendurada alardeava sobre os melhores ingredientes mágicos vendidos na costa leste. Ingredientes mágicos! Bem quando ela achou que não poderia ficar melhor os cheiros começaram a assalta-la. Jasmim, madressilva, incenso e mirra. Ela olhou para além da loja de magia e viu um boticário. A deliciosa fragrância de pão fresco e rolinhos de

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canela a fez se virar para encarar uma padaria com muitos e muitos pães em exibição. — Eu... eu... oh... A gente podia... Oh! — Meryn girou em círculos tentando absorver tudo. Ela sentiu um dos episódios dela chegando. Ela congelou e deixou seu cérebro absolver tudo. Ela quase conseguia sentir as imagens sendo baixadas e armazenadas. — Meryn, Meryn! Você está bem? — A voz preocupada de Aiden a trouxe de volta. Ele estava inclinado para baixo, olhando o rosto dela. — Me desculpe sobre isso. Às vezes meu cérebro precisa processar as coisas rápido e eu tenho um momento. — Ela corou. Ela sabia que era estranha, ela só odiava que ele continuava vendo seu lado estranho. — Um momento? Um Momento Meryn. Entendi. Você está bem, no entanto, certo? — Aiden pegou a mão dela novamente. Ela estava começando a se sentir nua sem a mão grande, firme dele entrelaçada a dela. —

Momento

Meryn?

Gostei.

Soa

melhor

do

que

“Segundos Psicopatas” ou “Colapço Estranho”. — Quem chamou isso disso? — Aiden franziu o cenho. — Meu primeiro namorado e meu segundo namorado. — Meryn suspirou. Ela tinha parado de namorar depois disso. — Humpf. Ignore eles, Meryn, eles eram apenas humanos. — Aiden balançou as mãos deles. Meryn sentiu o coração voar. Isso mesmo! Eles eram só humanos, ela estava nadando num lago muito maior e mais esquisito agora. Aiden

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a aceitava por quem ela era. A sensação era incrível. Meryn franziu o cenho e parou de supetão aonde estava. Aiden olhou para trás, preocupado. — Eu acho que estou me apaixonando por você, — ela disse monotonamente. As sobrancelhas dele se arquearam e ele a olhou fixamente. As pessoas passavam por eles de todos os lados enquanto eles encaravam um ao outro. — Bem, eu acho que estou começando a te amar também. — Aiden murmurou, as bochechas da cor das maçãs vermelhas à venda na cesta ao lado deles. — Bom. Café agora? Aiden limpou a garganta e assentiu. Meryn notou que a mão dele enquanto pegava a dela, havia ficado úmida e tremia ligeiramente. Seu ursinho bobo. — Por que vocês têm câmeras nos telhados? — ela perguntou, apontando para a linha do telhado. — A cidade inteira tem essa vibe vitoriana Steampunk legal e então você vê essas câmeras e isso meio que estraga a atmosfera. — As crianças. Ano passado se tornou maneiro “rotular” locais da cidade com um feitiço ou, no caso dos shifters, urina. Nós gastamos um monte de tempo perseguindo adolescentes e conversando com pais. Com as câmeras, nós apenas mandamos aos pais o vídeo capturado da criança delinquente e cobramos pela limpeza. O vandalismo parou quase imediatamente. Eu acho que a nova moda agora são tatuagens de tinta que somem.

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— Eu suponho que crianças são crianças não importa aonde você viva. — Meryn respirou fundo e além dos aromas de jasmim, mirra, pão recém assado e canela estava o nítido cheiro de outono. Enquanto andavam Aiden apontou para a academia de treinamento e a escola local. Ele a levou por uma rua mais estreita que estava cheia de pequenos restaurantes. Ela sentiu o cheiro de algo familiar e começou a sorrir. — Eu espero que eles tenham bebidas com sabor de abóbora. — Tenho certeza que eles têm. — Aiden parou e segurou aberta a porta para uma loja menor. No segundo que a porta abriu ela pôde sentir o cheiro de céu. Grãos de café recém moídos a atraíram para dentro. — Bem-vindos ao The Jitterbug! Entrem! — Uma voz falou de detrás do balcão. Meryn olhou para o homem menor e sorriu. Ele era mais baixo do que qualquer um dos outros homens que ela conheceu até então. Ela calculou que ele tinha cerca de 1,72 metro. Mas o que lhe faltava de músculos ele

compensava

em

beleza.

Ele

tinha

cachos

loiro

avermelhados e brilhantes olhos verde azulados. O homem ao lado dele que estava olhando-o com adoração era sua antítese. Ele era mais alto, com 1,78 metro, seu cabelo era escuro e estava puxado para trás numa longa trança. Seus olhos castanhos tinham manchas douradas neles.

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— Comandante McKenzie, isso é uma surpresa. Você nunca vem visitar. O que te traz aqui? — O homem menor falou. Eles andaram até o balcão. — Minha companheira demandou café, então eu a trouxe para o melhor em Lycaonia. Meryn, gostaria que conhecesse Sydney Fairfax e Justice O’Malley. Eles são donos do The Jitterbug. Cavalheiros, minha companheira, Meryn Evans. — Oh meu Deus, os rumores são verdade. O feitiço do Ancião Airgead funcionou. Os guerreiros estão começando a conseguir suas companheiras! — O homem menor, Sydney, começou a rir. — Isso vai deixar muitas das mulheres solteiras na cidade bem infelizes. Você foi votado como o melhor Solteiro Elegível em Lycaonia pelos últimos cinco anos. — Sydney secou os olhos. — Bem-vindos triplos à Lycaonia, Meryn! O que você viu até agora? O que eu posso pegar para você? É por conta da casa. — Justice ofereceu. — Essa é a primeira loja em que entramos, mas tudo parece incrível. Você tem alguma coisa com abóbora? — É claro! É outono, não é? Agora, sem querer me gabar, mas o meu latte de Maçã de Abóbora é de matar. — Sydney soprou nas pontas dos dedos e os esfregou na parte frontal da camisa. — Meu homem está se gabando, mas ele está certo. É incrível mesmo. — Justice se inclinou e beijou a nuca de

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Sydney antes de retornar a máquina de café expresso. Sydney suspirou alegremente. — Vocês dois são tão fofos! Há quanto tempo estão juntos? — Meryn se inclinou no balcão. — Cinco anos agora, mas ele mantém as coisas estimulantes. Eu não sei como fui sortudo o bastante para ser o companheiro de um homem assim, mas a destino é mais sábia, não? — Eu acho que sim. Bem, eu espero que sim, evidentemente ela me trouxe aqui. — Eu acho que ela está fazendo certinho. — Aiden passou um braço ao redor dos ombros dela. — Awww! Eu nunca achei que veria o dia em que aquele militar Comandante de Unidade, osso duro de roer, Aiden McKenzie agiria de forma tão malditamente fofa! Garota, qual o seu segredo? — Sydney perguntou. Meryn se inclinou. Sydney se curvou para ouvir. — Eu bati nele com a privada dele, — ela sussurrou. Sydney se ergueu novamente e olhou fixamente para Aiden em choque. Aiden suspirou e cobriu o rosto com a outra mão. — Oh, minha Deusa, você não está mentindo. Ahhhhhh! — Sydney apertou o estômago, ele estava rindo muito. Meryn não pôde se impedir de rir com ele. Ele tinha o tipo de risada que era contagiosa. — Deixe ele em paz, seu bobo. Comandante, o que eu posso

preparar

para

você?



Justice

empurrou

o

companheiro dele para fora do caminho.

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Obrigado,

Justice.

Eu

tenho

um

respeito

completamente novo por você agora que eu conheci a Meryn. — Hey! — Meryn ouviu Sydney ecoar o ultraje dela. — Eu te entendo perfeitamente, Comandante. — Justice assentiu sabiamente e ele e Aiden compartilharam um momento. Os olhos de Sydney se estreitaram e ele se virou para Meryn: — Sabe o que eu aprendi depois de estar acasalado por cinco anos, Meryn? Homens grandes e engraçadinhos às vezes esquecem que seus companheiros menores têm acesso aos seus corpos inconscientes quando eles vão dormir. Às vezes você tem que lembra-los disso. — Sydney cruzou os braços sobre o peito. — Isso parece brilhante para mim. — Meryn olhou para Aiden. Tanto Aiden quanto Justice visivelmente engoliram em seco. — Agora, querido, você sabe que eu te amo de coração, minha vida seria absolutamente aborrecida sem você para fazer com que valha a pena viver cada dia. — Justice puxou Sydney para os braços dele e estava enchendo o rosto e pescoço do homem de beijos. Meryn podia ver o amor entre eles. Sydney riu e jogou os braços ao redor do companheiro. — Perdoado. Pegue para o ansioso Comandante o café dele e eu prepararei o latte para Meryn. — Sydney deu um tórrido beijo no companheiro e então começou a tirar garrafas

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de debaixo do balcão. Justice, sorrindo com bobo, andou para a parte traseira. Meryn se virou para Aiden. — Eu espero que você tenha estado tomado notas. — Como se fosse fazer algum bem te tratar como uma pessoa normal. Eu teria que fazer algo diferente, como te comprar uma máquina de café expresso, certo? — Meryn ofegou. — Sério?! Você não estava brincando no café da manhã? Sério? — Meryn deu pulinhos, animada. — Sim, sua pequena ameaça, eu vou comprar pra você uma máquina de café expresso. Eu temeria pela minha vida toda manhã se você não tivesse uma. — Meryn pulou para cima e passou os braços ao redor do pescoço dele. Quando os braços de Aiden se enrolaram ao redor dela, ela passou a beijar-lhe o rosto. — Obrigada! — Meryn se contorceu até que ele a colocou no chão. — Onde elas estão? Elas estão aqui? A gente tem que pedir? — Meryn olhou ao redor da loja. — Passe pela ponta do balcão, eu tenho algumas das mais populares em exibição. Eu recomendo a de um botão, super automática. Elas são fáceis de usar e podem te dar qualquer coisa desde um café expresso a cappuccinos, — Sydney aconselhou. — É claro que também podemos te colocar em um cronograma de entrega de grãos de café expresso. — Justice acrescentou. Aiden suspirou.

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— Vá em frente. Eu sabia que isso seria caro, mas ela vale à pena. Meryn sentiu lágrimas lhe enchendo os olhos. Nunca alguém já havia feito algo assim para ela em toda sua vida. Incapaz de se impedir, ela deixou as lágrimas caírem. Instantaneamente Aiden ficou ao lado dela. — Hey, isso devia te deixar feliz, não triste. — Ele limpou as lágrimas dela com seus dedos calosos. — Ninguém já fez algo tão legal pra mim antes. Obrigada, — Meryn sussurrou e enterrou o rosto no peito dele. — Se acostume. Eu tenho a sensação que vou gostar de te mimar. — Aiden esfregou a bochecha pelo topo da cabeça dela. Ela, repentinamente, se sentiu mais à vontade sabendo que ele estava tentando marca-la. — Vocês dois são tão lindos! — Sydney fungou por de trás do balcão. — Ele é bem incrível, não? — Meryn perguntou, dando um passo para longe de Aiden, limpando os olhos na camiseta dela. — Vocês dois são. Agora. Que máquina você acha que gostaria? — Sydney limpou os olhos na toalha dele e a guiou até as prateleiras. — Eu gosto daquela ali. — Meryn apontou para a máquina prateada que alardeava ser fácil de usar, não apenas para fazer bebidas, mas também na manutenção da mesma.

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— Ótima escolha. Para te colocar em um pedido recorrente de grãos, preciso saber quantas doses você vai fazer. Quantas xícaras acha que vai beber? — Em um dia? — Claro. — Sydney tirou uma prancheta de do lado da caixa registradora. — Hum. Duas pra acordar. Uma para a metade da manhã, uma depois do almoço. Uma para me animar à tarde e uma depois do jantar. Então, seis. — Meryn estendeu os dedos. Sydney ficou encarando. — Os humanos processa a cafeína de forma diferente dos shifters? — Sydney perguntou. Justice limpou a garganta e respondeu: — A cafeína os afeta mais. — Eles todos a encararam. — O quê? — Eles continuaram encarando. — Eu preciso disso pra viver! — Ela bateu o pé. — Ela é assustadora de manhã. — Aiden estremeceu. Tanto Justice quanto Sydney a olharam com renovado pavor. Evidentemente, qualquer coisa que é ruim o bastante para amedrontar um Comandante de Unidade era bem ruim. —

Eu

vou

estabelecer

essa

ordem

de

entrega

imediatamente. De fato, pegue alguns grãos do estoque para os próximos dias. — Sydney foi para trás do balcão e pegou um saco de grãos. — Eu vou pegar a máquina. — Justice desapareceu, indo para a parte traseira.

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— Garota, parabéns pra você. Mal posso esperar para ver como aqueles fantoches esnobes da sociedade vão reagir a você. — Sydney riu em silêncio. — Nem me lembre. Ela foi convidada a participar do círculo de costura da minha mãe amanhã. — Aiden rosnou. — O Círculo de Costura das Filhas de Lycaonia? Sério? Isso é sábio? — Sydney olhou Meryn de canto. — Provavelmente não, mas minha mãe quer exibi-la. — Ela conheceu a Meryn, certo? — Sydney perguntou. Aiden assentiu. — Eu estou bem aqui, rapazes! — Meryn socou Aiden com força. — Eu disse que ia ser boazinha e vou ser. — O humor azedo de Meryn evaporou quando Justice voltou da sala de estoque com uma máquina de café expresso novinha. — Ok, amiga, aqui estão os grãos, algumas garrafas de calda, uma lista de receitas e meu número de telefone. Me liga mais tarde e eu vou te dizer tudo sobre as damas educadas que você vai conhecer amanhã. — Sydney entregou a ela uma bonita sacola de compras de papel cheia com suprimentos de café. — Obrigada, Sydney, me sinto como se eu estivesse indo para a batalha amanhã sem nenhuma munição. — Meryn admitiu. — Confie em mim, querida, eu posso te dar montões e montões de munição. — Ele piscou um olho. — Maravilhoso. Eu não sei se apresentar vocês dois foi inteligente ou não. — Aiden pegou a pesada sacola de

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compras da Meryn e facilmente a segurou junto com a nova máquina dela. — Definitivamente não foi uma boa ideia, mas eu tenho a sensação que será divertido. — Justice sorriu. — Verdade. Ok, Ameaça, vamos. — Aiden a guiou até a porta. Meryn acenou com a mão e riu de Sydney que estava com o dedo mindinho e o polegar estendidos perto do rosto no universal sinal de “Me Liga”. Ela assentiu. Aiden a levou por toda a cidade, lhe mostrando seus lugares favoritos para sair e restaurantes. Ela riu do deleite infantil que ele mostrou quando estavam na padaria. Ela deu risadinhas quando ele pediu patas de ursos8 e ele riu com ela. Então ele a espantou por comer quase uma dúzia. — Você não pode julgar. Você bebe quantidades insanas de café e eu amo doces. — Aiden a cutucou com um dedo na lateral, fazendo-a guinchar. — Patas de urso para as suas patas de urso. Grrrrr. — Meryn estendeu seus dedos curvados em um rugido de zombaria. Aiden jogou a cabeça para trás e riu abertamente. Quando o rosto sorridente dele se voltou para ela, ela não pôde impedir. Se levantou da cadeira e tomou os lábios dele. Ela viu a expressão aturdida dele antes dela fechar os olhos enquanto ele tomava o controle. A mão dele segurou a parte de trás da cabeça dela e ela sentiu sua língua ágil traçar o

Patas de urso é um doce recheado com amendoins torrados salgados e caramelo amanteigado macio, revestido com doce chocolate branco ou negro. 8

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céu da boca dela. As pernas dela estavam bambas quando se separaram. — Você tem gosto de limão. — Ele respirou fundo e se moveu na cadeira desconfortavelmente. Ele estremeceu enquanto ajustava as calças. Atordoada, ela balançou a cabeça e se sentou novamente. Maldito homem. Seus beijos a deixavam estúpida. — Bom trabalho aí, Comandante. — Uma voz masculina o parabenizou. — Obrigado, Darren. Como está a sua companheira? — Aiden se levantou e cumprimentou o dono da padaria que havia se aproximado da mesa deles. — Ela está bem. Ela vai me matar por dizer algo, mas estou morrendo de vontade de compartilhar. Ela está grávida. — Meryn pensou que o homem sairia voando de dentro do avental de orgulho. O rosto de Aiden se iluminou e ele estendeu a mão. O padeiro agarrou a mão de Aiden e a apertou vigorosamente. — Ela tem esperanças que seja uma menina. Eu não me importo contanto que ele seja saudável. Um menino ou uma menina sempre podem ajudar por aqui. — Darren irradiava alegria. — Darren, essa é a minha companheira, Meryn. Meryn esse é o Darren Williams. Ele era o terceiro no comando da Unidade Gama alguns anos atrás. Ele se aposentou para assumir a padaria da família aqui na cidade. Eu acho que estamos todos gratos por isso. Os doces dele são de matar. —

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Aiden apresentou o homem. Meryn se levantou e se encontrou pega em um abraço. Darren a soltou e ela se aproximou mais de Aiden. — Comandante, estou tão feliz que o feitiço funcionou. Eu sei por experiência própria que vocês, homens, precisam de companheiras. Eu lembro quão ruim algumas noites podem ficar depois de uma missão. — Darren estremeceu. — Tem sido interessante até agora. — Aiden apertou a mão dela. — No início eu fiquei assustada já que nem mesmo sabia que qualquer uma dessas coisas existia, mas agora... — Ela olhou para Aiden. — Eu não consigo me lembrar como era a minha vida antes do Aiden, — ela disse timidamente. — Nós precisamos ir, — Aiden disse abruptamente. Ele pegou a máquina de café expresso e a sacola de compras dela e a puxou para fora da loja sem nem mesmo dizer adeus. — Se divirta, Comandante! — Darren gritou enquanto as portas se fechavam atrás deles. — Rude! — Meryn estalou enquanto Aiden, que, com a máquina de café expresso dela debaixo de um braço, a arrastava pela multidão de volta ao estacionamento. — Aiden? — Meryn estava confusa. Ela tinha dito algo errado? — Shiu. Não diga mais nada, meu controle está por um fio, — Aiden disse se movendo rapidamente por entre as pessoas. Quando eles chegaram ao carro ele abriu o porta-malas e colocou a máquina de café expresso e a sacola de compras

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dela dentro. Ele abriu a porta do carro, a fez se sentar e praticamente correu de volta ao lado do motorista. — Se eu disse qualquer coisa que não deveria, apenas me diga. — Meryn protestou. — Nem mais uma palavra. — Meryn exasperava-se ao lado dele. Ela odiava ser tratada como uma criança. Ela olhou para fora da janela e as árvores passavam voando. Antes que ela percebesse, eles estavam de volta à casa. Ele estacionou bem em frente à porta. Não querendo irritá-lo ainda mais ela esperou que ele abrisse a porta. Ele abriu a porta de supetão, agarrou ela pela mão e a puxou para fora do carro. Ele a surpreendeu quando se dirigiu para os fundos em vez de ir para a porta da frente. Passaram pelos canteiros bem cuidados e pelos lagos de carpas. Ela não teve tempo de admirar o gazebo ou a treliça coberta de rosas. Ele continuou marchando até chegarem à floresta e ele ainda continuou. Ela podia dizer que eles estavam em um caminho construído, mas um que foi criado depois de anos de ser pisado em vez de ser feito pelo homem com pedra ou tijolo. Ele não parou até que as árvores deram espaço para revelar um pequeno riacho de montanha. Quando ela olhou ao redor, sentiu como se a cidade e a casa estivessem a mundos de distância. Esse local parecia tão isolado e pacífico. Finalmente Aiden soltou a mão dela e foi ficar perto do riacho, olhando para a água. — Aiden, o que quer que eu tenha feito, sinto muito. Eu não quis te envergonhar. — Meryn baixou a cabeça.

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— É isso que você acha? — Aiden se virou e acabou com a distância entre eles com dois passos. — Eu te arrastei para fora de lá antes que você dissesse mais alguma coisa que me faria te reclamar nas mesas da padaria do Darren para toda a Lycaonia ver. Você tem alguma ideia do que as suas palavras fizeram comigo? — Ele exigiu segundos antes que os lábios dele descessem aos dela. Em um segundo ela estava se desculpando, no próximo ela tinha esquecido em que planeta estava. Quanto mais ele sugava e traçava os lábios dela mais quente seu núcleo ficava. Cada gole parecia como se os lábios dele estivessem envoltos ao redor do clitóris dela, mandando faíscas de prazer por seu corpo. Tudo vindo de um beijo. Ela sentiu liquido se empoçando entre as pernas dela e ela o desejava mais do que já quis qualquer outra coisa na vida. Ela se afastou, respirando pesadamente. — Por favor, — ela sussurrou. Ele se inclinou para frente e mordiscou a sensível pele atrás da orelha dela. — Por favor, o quê? — A voz dele havia se aprofundado para um rosnado baixo e a arrepiou na espinha. — P-p-p-por favor, — ela gaguejou. Ele tinha estado certo mais cedo. Ela não era sexy. Ela não tinha ideia de como pedir a ele o que ela precisava. Quando ele olhou para baixo, seu rosto se suavizou. — Está tudo bem, minha doce Meryn. Eu sei. Eu sei do que você precisa. Eu sou seu companheiro, sempre te proverei. Sempre te darei o que você deseja. — Aiden a virou

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de forma que as costas dela estivessem pressionadas contra o corpo dele. Estendendo a mão para a frente do corpo dela ele abriu energeticamente os jeans dela e os empurrou para baixo, para a metade da coxa, com um duro puxão. Ela ofegou quando o frio ar de outono atingiu sua pele quente. Segundos depois as grandes palmas calosas dele estavam acariciando-a. Dedos gentis traçavam o monte dela e a dobra entre o sexo e as pernas dela. Ele mergulhou o dedo entre as dobras molhadas dela e provocou sua abertura. Sem pensar conscientemente, ela impulsionou os quadris para cima, querendo mais do que ele estava provendo. — Shiu. Confie em mim, — ele sussurrou e mordeu gentilmente o ombro dela enquanto seus dedos encontravam o pequeno botão que estivera implorando por atenção. Ela gritou e impulsionou o quadril novamente. Os dedos dele dançaram e o corpo dela se apertou mais e mais. Sem aviso, seu corpo explodiu. Ela gritou por causa de sua liberação e arqueou as costas. Devagar os dedos dele pararam. Os joelhos dela cederam e ela se encontrou sendo sustentada por um único braço. Com a outra mão Aiden arrancou a calcinha do corpo dela e a usou para limpa-la. Gentilmente ele puxou os jeans dela de volta para cima e enfiou o tecido usado no bolso do casaco. Com ambas as mãos agora livres, ele a pegou nos braços e a carregou para se sentar no colo dele sob um grande carvalho. Meryn se aconchegou contra o peito dele. Nenhum outro homem já foi capaz de lhe dar um orgasmo antes. Era como

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se ele fosse o único que conseguisse inflamar o corpo dela. Quando ela sentiu uma dura protuberância entre eles, ela percebeu quão egoísta tinha sido. Ela recuou. — E você? Quero dizer, você não... — Meryn apontou para a virilha dele e ele sorriu e puxou a cabeça dela novamente para o peito dele. — Eu estou bem. Isso era para você. O seu prazer, o seu completo abandono foi um presente. Obrigado. — Meryn franziu o cenho, confusa. Ela teve um orgasmo de explodir mentes e ele disse obrigado? — Foi a sério o que eu disse no café. A vida era boa antes de eu te conhecer, mas é como se cada dia desde que te conheci ela só ficasse mais e mais perfeita. Eu sinto que finalmente tenho um lugar aonde pertenço. — Ela o olhou e viu emoção nos olhos dele. — As coisas que você diz, — ele sussurrou duramente e a beijou novamente. Quando se separaram, ela pousou a cabeça no peito dele e desfrutou da brisa vinda da água. — Eu vou gostar mais das minhas visitas à casa agora que você está aqui. — Ele suspirou, contente. Ela assentiu, então percebeu o que ele disse. — O quê? — Ela se levantou para olhá-lo. — O quê? — ele perguntou. — O que quer dizer “quando você visitar”? — Eu não vivo aqui, Meryn, eu vivo na propriedade da Unidade Alfa.

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— Quando eu me mudo com você? — Ela se ajoelhou novamente. — Você não se muda. — As sobrancelhas dele se franziram. — O que você quer dizer com “eu não me mudo”? — Quero dizer que você vai viver aqui com os meus pais e aprender como administrar uma casa e eu vou viver com a Unidade Alfa e comandar os homens. Eu virei visitar, é claro. — Meryn teria pensado que ele estava sendo deliberadamente cruel, exceto pela expressão absolutamente confusa em seu rosto. — Ok, veja, isso não vai funcionar pra mim. Acoplada, casada, namorando, do que quer que você queira chamar. Eu pensei que iríamos viver juntos. — Ela se levantou e ele se recostou contra a árvore. — Não é assim que as coisas funcionam, Meryn. — O tom condescendente dele estava fazendo a pressão sanguínea dela se elevar à estratosfera. — Comigo é assim que funciona. Você tem duas escolhas. Ou você se muda de volta com os seus pais e vive comigo, ou eu me mudo para a propriedade da Unidade Alfa com você. É assim. — Ela colocou as mãos nos quadris e franziu o cenho para ele. — Pare de agir como uma criança. Nós temos motivos para fazer as coisas do jeito que fazemos. Eu não posso liderar os meus homens da casa dos meus pais e você seria uma distração se se mudasse comigo. — Aiden fechou os

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olhos. O queixo de Meryn caiu. Ela lutou contra o desejo de chutá-lo na cara, mas a pequena parte racional de seu cérebro não queria machucá-lo seriamente. Então ela fez o que sempre fazia quando ficava realmente zangada. Se desligou.

Ela

conseguia

sentir

seus

músculos

faciais

relaxando e seu corpo se inclinou para frente bruscamente. Sem dizer uma palavra ela se afastou. Ela andou todo a caminho de volta para casa e para a porta do fundo antes de ouvir o grito surpreendido dele. Ela se apressou a passar pela porta de trás e fechou a tranca. Ela olhou para cima para ver um surpreendido Ben congelado no lugar mordendo o sanduíche dele. A porta atrás dela balançou no batente quando Aiden a esmurrou. — Maldição, Meryn, destranque a porta nesse instante! — Vai se foder! — ela gritou para as janelas de vidro. Atrás dela o Bem começou a rir, então se engasgou ligeiramente com o sanduíche. Quando sua boca ficou livre ele lhe fez uma continência. — Fala pra ele mesmo! — ele aplaudiu. — Pare de incitá-la, Ben! Meryn, abra a porta agora! Meryn balançou a cabeça. — Você sabe que ele tem uma chave, certo? — Bem disse casualmente. Ela o olhou, lágrimas escorrendo pelo rosto. — Eu não quero ver ele nesse momento. — Ele suspirou e deixou o prato. Ele agarrou a mão dela e eles correram. Subiram as escadas correndo e correram pelos corredores.

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Bem quando ela pensou que eles não poderiam ir mais longe, ele os fez correrem em círculos no fim do corredor. Ela pensou que ele estava fora de si até que ele estendeu a mão e bateu de leve em um pequeno painel atrás de um espelho antigo. Uma pequena abertura apareceu e ele se agachou e rastejou para dentro. Ela o seguiu e ele colocou o painel de volta no lugar. Ela estava prestes a lhe perguntar como ele sabia sobre aquilo quando ele colocou a mão sobre a boca dela. Mal respirando eles ouviram passos ruidosos no corredor. Na escuridão Meryn esperou. — Maldito seja, Bem, isso não é engraçado! — Aiden rugiu. — Aiden, qual é o problema? — Meryn ouviu Adelaide perguntar. — Meu estúpido irmãozinho sequestrou a minha companheira! — A voz de Aiden mal era humana. — Se acalme antes que eu chame o seu pai. Eu estarei na sala de visitas frontal esperando por você com um bule de chá. Vamos tomar uma xícara e você poderá explicar por que Meryn está chateada o bastante contigo para estar se escondendo com Bem. — Adelaide disse de forma razoável. — Mas! — Aiden rugiu. — Você tem cinco segundos para retrair esses caninos, jovenzinho, antes que eu faça isso para você. — A voz de Adelaide ainda estava nivelada, mas havia caído uma oitava. Meryn percebeu que: é claro que a voz dela podia mudar, Adelade era uma shifter também.

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— Me desculpe, mãe, — Aiden disse, soando muito mais calmo. — Bom. Agora venha para baixo comigo e me conte tudo sobre isso. — Só quando os sons dos passos deles desapareceram completamente Ben retirou a mão da boca dela. Ele tateou na escuridão até que encontrou a mão dela. A guiou pelo pequeno túnel até uma sala secreta. Esta tinha uma única, pequena e arredondada janela que deixava entrar a desvanecente luz solar da tarde. — Cara, eu não ouvi a mãe ou o Aiden irritados assim faz um bom tempo. Eu não tive que usar esse lugar secreto nos últimos duzentos anos. — Ben desabou numa longa espreguiçadeira e uma nuvem de poeira o envolveu. Meryn tossiu e riu enquanto tentava limpar o pó das roupas dele. — Agora conte ao irmãozão Ben o que o Aiden fez pra te deixar tão triste. Então podemos planejar uma vingança apropriada. — Você fez muito isso aqui em cima, não? — Ela se sentou ao lado dele na espreguiçadeira. — Pode apostar. Meus irmãos sempre foram maiores do que eu, mas eu geralmente era mais rápido. Eu descobri esse esconderijo quando era garoto. Minha velocidade me dava bastante tempo para correr por aí para dispersar meu cheiro e me esconder aqui. Você não pode se mover imediatamente ou eles vão ouvir. Eu escapei de muitas surras assim.

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— Eles não realmente batiam em você, batiam? — Meryn, apesar de estar extremamente zangada com ele, não conseguia imaginar Aiden batendo no irmão mais novo. — Bater talvez seja uma palavra forte. Socar talvez? Não me leve a mal, na maior parte do tempo eu totalmente merecia, mas é assim que os irmãos são. Agora, o que o Aiden fez? Talvez eu possa ajuda. — Os preocupados olhos castanhos de Ben foram a ruína dela. Ela estava acostumada a suportar a dor e frustação sozinha. Não estava acostumada a ter pessoas se preocupando com ela ou dispostos a enraivecer os membros da família deles por ela. Ela enterrou o rosto nas mãos e chorou. Ben a rodeou com um braço e abraçou apertado. — Hey, nada pode ser tão ruim que você e eu não possamos lidar. Eu conheço umas pessoas que conhecem umas pessoas. — Ben beijou o cabelo dela. — O Aiden não quer viver comigo. Hoje foi tão maravilhoso, nós fomos às compras e ele me mostrou a cidade. Ele foi perfeito e charmoso e amoroso e apaixonado. — Cuidado com a parte apaixonada, irmãzinha, o irmãozão aqui não precisar ouvir essa parte. — Ela sorriu timidamente. — Então o Aiden diz que não devemos morar juntos, que ele tem que viver com os homens dele e eu tenho que aprender a gerenciar uma casa. Não foi assim que eu imaginei

que

seria

estar

com

outra

pessoa.

Eu

sou

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antissocial, mas até mesmo isso é espaço demais pra mim. — Ela limpou o nariz na manga da camisa. — O Aiden está numa posição difícil. Ele está certo. Ele não pode viver aqui. Há muito treinamento e exercícios com as unidades para ele viajar diariamente. As unidades vivem juntas porque podemos ser chamados a qualquer hora e temos que nos organizar e sair dependendo da situação. Nós já chegamos a incidentes muito tarde, não tem como o Aiden adicionar de vinte a quarenta minutos a esse processo por causa de tempo adicional de viajem e para se atualizar. Você não pode viver lá porque viver com a unidade seria como viver em um quartel. — Eu não quero viver longe dele. Eu sentiria falta daquele idiota. — Sente com ele. Explique por que ficou chateada. Ele não é como eu. Ele não entende o funcionamento delicado da mente feminina. Você literalmente terá que soletrar para ele. — Talvez ele não realmente me quer. Ele já me chamou de distração algumas vezes até agora. Ben riu alto. — É claro que você é uma distração, você não seria a companheira dele de outra forma. Só o seu cheiro é uma distração para ele. Quando você leva em consideração sua completa

falta

de

conhecimento

sobre

as

normas

da

sociedade e sua maluquice geral, é claro que ele fica distraído. Se ele não ficasse, então você teria que se

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preocupar. — Meryn olhou para Ben enquanto absorvia suas palavras. — Ele não me quer perto porque me quer? — ela perguntou e, de alguma forma, aquilo fazia sentido. — Sim. Agora, vamos descer e tomar um chá. Eu aposto que a mãe abriu o estoque do bom para acalmar o Aiden, é delicioso. — Ben sacudiu as sobrancelhas para ela. — Obrigada. Você vai... vai ser meu amigo? — Meryn prendeu o fôlego. — Não. O coração de Meryn desmoronou. — Mas serei seu irmão. — Meryn o atacou e eles caíram no chão. — Eu nunca tive irmãos antes. Posso usar seu esconderijo se eu precisar escapar de Aiden novamente? — É claro, eu vivo para enlouquecer os meus irmãos. — Ben se levantou e ajudou-a a ficar de pé. Eles andaram até a parede e se agacharam novamente. — Embora eu me lembre disso sendo mais fácil quando eu era mais jovem. — Ben se espremeu pela pequena passagem. — Provavelmente porque você era menor. — Meryn riu. — Provavelmente. Um momento. — Ele tirou o painel e ajudou-a a sair antes de recoloca-lo. — Vamos. — Ele estendeu a mão e ela a pegou e eles desceram as escadas. Ela nunca teve um irmão antes, mas gostou da ideia de alguém estar do lado dela para variar.

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Quando eles entraram na sala de visitas, Aiden ficou de pé, o rosto cheio de remorso. — Venha Benjamin, esses dois precisam conversar. Ben ficou com um rosto desanimado. — Mas... — Eu vou te fazer seu próprio bule na cozinha. — Adelaide piscou para Meryn e puxou Ben para fora da sala antes de fechar a porta atrás deles. — Eu sinto muito, — Aiden disse imediatamente. — Pelo quê? — Por te chatear. Por não perceber porque você não queria estar longe. — Meryn não poderia perdoá-lo em seguida. Ela queria saber como ele se sentia. — Por que eu não quero que nos separemos? — ela perguntou suavemente. Os olhos de Aiden se encheram de lágrimas, mas ela observou enquanto ele lutava para impedilas de cair. — Porque você se importa comigo. — Ele a observou com cuidado. — E como você acha que me senti quando pareceu que você estava bem em ficar longe de mim? — Provavelmente perto de como me senti quando você deixou meu irmão consolá-la em vez de mim. — Ela não podia mais suportar a dor nos olhos dele. — Você é um baita de um maldito idiota. — Ela jogou as mãos para cima. Ele a observou cautelosamente. — Mas ... você é o meu baita idiota maldito e eu não quero que nos

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separemos. — Aiden tirou o divã do caminho com um empurrão e a puxou para os braços dele. — E você é a minha pequena ameaça. Eu também não quero que nos separemos, mas não tenho certeza de como podemos fazer isso funcionar. — Ele admitiu. Ela deu de ombros. — Não há pressa, certo? Podemos dar um jeito. — Sim, definitivamente vamos dar um jeito, porque você está certa. Eu não acho que devemos nos separar também. — Bom. Agora, posso tomar um pouco desse chá incrível do qual Ben me falou? — Aiden riu. — Vamos lá, vamos tomar um gole fresco na cozinha. — Juntos, eles saíram da sala de visitas e entraram na cozinha. — Eu vou dividir meu chá com a Meryn, mas não com você, já que você já bebeu um tanto. — Ben fez beicinho. — Garotinhos para sempre, eu juro. — Adelaide revirou os olhos. — Eu vou tomar só um gole, eu sou mais de beber café de qualquer forma, a menos que eu esteja no meu notebook, então eu prefiro o Earl Grey, é melhor para os meus olhos. — Meryn pegou a xícara de Ben e tomou um pequeno gole. O chá era doce, mas não muito doce. — Isso é delicioso. Ele gosta do chá doce como eu! — Na verdade, não há adoçante nele, ele é naturalmente doce, — Adelaide explicou.

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— Eu amei! O que é? — Meryn tomou outro gole saudável e passou, com arrependimento, a taça de volta para Ben. — É uma hibridização de um raro chá chinês Oolong e uma mistura fae. Chama-se Chá de Mel. — Adelaide pegou uma pequena vasilha. — Os garotos conseguem para mim todos os anos no Natal. — Ela sorriu para os filhos. Meryn se virou e olhou ao Aiden com olhos de cachorrinho. — Parece que temos que adicionar Meryn à lista este ano. — Meryn dançou ao redor alegremente antes de se lembrar daquela manhã. — Talvez você devesse guardar um pouco para o seu pai. — Ela sugeriu. — Byron? Por quê? — Adelaide parecia interessada. — Eu posso ter ou não ter chamado o vampiro Ancião de babaca. — Ben e Adelaide ficaram olhando fixamente para ela. — Foi um acidente! — Meryn exclamou. Adelaide se levantou. — Marius! Marius! — Ela gritou e começou a tirar ingredientes dos armários. — Minha senhora! Qual é o problema? — Marius apareceu na porta, um pano de limpeza na mão. — Você pode contatar o seu contato na cidade para ver se foi entregue um pouco de lagosta fresca do Maine hoje? Temo que Byron possa ter tido uma tarde difícil com o

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conselho, e vai precisar de um jantar especial. — Ela fez uma careta. — Claro. Quão difícil? — ele perguntou. Meryn olhou para todos os lugares, menos para Adelaide. — Vou fazer um bolo de Pão de Mel. — Foi a resposta de Adelaide. Marius empalideceu. — Eu mesmo vou pegar. — Marius tirou o avental e saiu correndo da sala. — Eu sinto muito! — Meryn lamentou. — Não sinta, querida, você não disse nada que nós todos já não pensamos em um ponto ou outro. Além disso, você ainda é muito jovem e nova ao nosso mundo. — Adelaide tirou uma dúzia de ovos da geladeira. — Ela recebeu um convite do Ancião Vi'Ailean para visitar seus premiados jardins, — Aiden disse sorrindo de orelha a orelha. Adelaide fez uma pausa e desta vez parecia encantada quando se virou para Meryn. — Um grande elogio, de fato. Apenas um punhado de pessoas já foram convidadas para o coração de um jardim fae. Mal posso esperar para jogar essa linda bomba na Daphane

Bowers.

Ótimo

trabalho,

Meryn.



Ela

a

parabenizou. — Mas e o cara vampiro? — Ele só é popular com outros vampiros. Não vai machucar nem um pouquinho a sua reputação se essa história vazar, pode acabar ajudando, na verdade. — Adelaide

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riu. — Ele é um babaca pomposo, no entanto. — Adelaide disse enquanto quebrava os ovos. — Mãe! — Aiden e Ben pareciam chocados. Adelaide os ignorou. — Oh, Aiden, você pode querer levar Meryn para o apartamento dela para buscar suas coisas antes do jantar. Ela pode gostar de colocar algumas roupas íntimas novas. — Adelaide se virou para o armário. —

Como

você

sabia

que

ele

as

arrancou?

Os

paranormais são psíquicos? — Meryn exigiu. Adelaide deixou cair a grande tigela de aço inoxidável que tinha tirado do armário. — Ele fez isso? Oh, querida, eu só assumi que você gostaria de roupas limpas. — Adelaide corou até a linha do cabelo. Ao lado dela, Aiden gemeu e enterrou o rosto nas mãos. Meryn virou-se para Ben, que estava olhando para eles com olhos arregalados. — Certo. Bem, assim sendo, vamos embora! — Meryn agarrou a mão de Aiden e puxou-o para fora da cozinha. Assim que abriram a porta, Ben irrompeu a gargalhar. — Eu amo ter uma irmã! — Ela o ouviu gritar. Meryn sentiu seu coração se encher. Ela tinha a sensação de que iria gostar de ter um irmão também, se pudesse parar de se envergonhar em torno de sua nova família.

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Capítulo 5 Eles pararam em um prédio de apartamentos de aparência questionável. Quando Meryn saiu do carro e passou por um traficante de drogas para verificar a correspondência, ele começou a ter palpitações no coração. Ela vivia ali? Ele rapidamente saiu e rosnou baixinho para o homem de olho em sua companheira. O homem olhou para cima, assustado, e continuou descendo a rua. A porta de proteção não passava de uma placa de vidro rachado e metal enferrujado. Quando ele entrou no saguão, notou que a lâmpada da entrada havia sido removida. Que conveniente para um assaltante. Ele estava grato por não ser capaz de ver o estado do piso, mas estava preocupado com o risco de segurança que o sombrio saguão apresentava. Ele seguiu-a por um conjunto de escadas escuras, com cuidado para não tocar o corrimão. Meryn pegou as chaves e foi abrir a porta. No momento que a mão dela tocou a maçaneta, a porta se

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moveu, balançando-se ligeiramente para dentro. Ela pulou para trás como se tivesse sido eletrocutada. Seus olhos estavam arregalados quando se virou para ele. Empurrando-a para trás dele, ele violentamente chutou a porta, fazendo-a bater ruidosamente na parede. Meryn bateu nas costas dele. — Quieto, eles podem te ouvir, — ela sussurrou. — Bebê, se eles estão roubando o lugar, eu quero que me ouçam para que vão embora, — ele explicou. — Oh. Boa ideia. — Ela assentiu. — Fique aqui. — É, foda-se isso. Vou grudar em você como cola. Eu já vi esse filme de terror, a pessoa que espera no corredor morre. — Meryn sacudiu a cabeça. Aiden virou-se para olhar para ela. — Mais tarde vamos conversar sobre suas escolhas de filmes. — Ele atravessou a porta aberta e olhou ao redor da sala. — Quantos quartos há? — ele perguntou. — Sala principal, cozinha e quarto com banheiro anexo. Só isso. — Meryn agarrou o cinto dele e ele sentiu a pequena mão dela em suas costas. Ele entrou na sala principal, não havia armários para ninguém se esconder dentro. Ele enfiou a cabeça na minúscula cozinha do estilo das de navios. Estava vazio. — Bebê, fique aqui enquanto eu checo o quarto, ok? — Ela assentiu. Ela fechou a porta do apartamento e seus olhos percorreram a sala. Ele podia dizer que ela estava tentando ver se alguma coisa havia sido roubada.

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Quando ele abriu a porta do quarto, foi imediatamente oprimido pelo cheiro de outro macho. Alguém havia marcado este quarto como seu território com urina e sêmen. Sentindose doente, ele puxou as cobertas da cama para descobrir que o colchão havia sido estraçalhado e que sêmen marcava os travesseiros. Seu urso subiu à superfície rugindo. Ele mal conseguiu evitar se transformar. Respirando pela boca para permanecer calmo, ele checou o banheiro e o closet. Ambos também estavam marcados e vazios. — Por que está demorando tanto? — Meryn perguntou, prestes a entrar. — Fique longe! — Ele ordenou. Ela o olhou com uma expressão magoada, mas então notou sua raiva mal contida. Ela olhou para além dele, seus olhos notando cada pequeno detalhe. — Aquilo é... aquilo é sêmen? — ela perguntou. Ele não respondeu, não precisava. — Eu vou vomitar. — Meryn correu disparada pelo corredor e ele estava bem atrás dela. Ela se inclinou sobre a pia da cozinha e regurgitou seu latte. Ele esfregou as costas dela. Ela enxaguou a boca com água da torneira e depois cambaleou até a geladeira. Abriu a porta com tudo e pegou um recipiente de suco de laranja. Ela fez um gargarejo com o suco na boca antes de cuspi-lo na pia. Ela tomou outro gole e engoliu. Suas mãos tremiam quando pôs o suco de lado. Aiden pegou seu telefone. — E aí? — Colton perguntou.

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— Mande a Unidade Beta ficar no lugar de vocês, rapazes, e traga a Alfa para o apartamento da Meryn. Eu quero os caras aqui cinco minutos atrás. — Aiden rosnou para o telefone. — Você está ferido? — Colton exigiu, no fundo, Aiden podia ouvir Gavriel vociferando ordens. — Eu estou bem, assim como a Meryn. Estamos no antigo prédio de apartamentos na rua 9, apartamento 3B. Só cheguem aqui rápido. — Estamos a caminho. — Colton desligou. — E se você não tivesse me encontrado ontem e me sequestrado? E se eu tivesse vindo para casa para encontrar esse cara esperando por mim? — O corpo dela não parava de tremer. Aiden pegou-a nos braços e sentou-se no sofá com ela no colo. Ele abraçou-a apertadinho e beijou seu cabelo. — Você estava destinada a ficar comigo. É por isso que a Destino fez você escalar aquela cerca. Ele nunca chegará perto de você, eu te prometo, Meryn. Esse cara já é um homem morto. — Ele não teve coragem de dizer a ela que o sêmen estava fresco. Eles não deram de cara com essa aberração por pouco. — Vamos fazer as suas malas. Os caras estarão aqui em breve. — Ele se levantou e colocou-a em pé. — Como vou saber o que ele tocou? Eu não quero nada que ele... tocou. — Ela fez uma careta. — Eu vou trazer qualquer coisa que tenha apenas o seu cheiro para cá para você embalar. Quando isso for feito, você

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pode andar pelo quarto para ver se as coisas que sobraram são coisas das quais você está disposta a se separar. Se você quiser manter esses itens, eu vou limpá-los para você. — Ele levantou o queixo dela e beijou-a suavemente. — Que tal assim? — ele perguntou gentilmente. Os olhos dela se encheram de lágrimas. — Você é incrível. Eu posso me arrepender de ter batido em você com a sua privada depois de tudo. — Embora seus olhos estivessem cheios de lágrimas, ela sorriu. — Você nunca vai esquecer isso, não é? — Não. — Minha pequena guerreira. — Ele bagunçou o cabelo dela. — Eu vou começar, deixe os caras entrarem ou eles vão arrombar a porta quando chegarem aqui. ***** Aiden colocara a maior parte das coisas dela na sala principal para ela embalar antes dos caras chegarem. Quando ela andou pelo quarto para ver o que tinha sido “contaminado”, ele notou que seu lábio inferior tremia, mas ela respirou fundo e analisou tudo. Ele estava tão orgulhoso dela. No final, tudo o que sobrou foram coisas das quais ela podia se separar. Aiden ficou furioso ao ver que quase todas as suas roupas íntimas, lingerie e camisolas compunham a pilha na cama. Ele lhe compraria coisas novas e se certificaria de que ela se divertisse escolhendo-as.

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Gavriel silvou quando atravessou a porta do quarto. — Precisamos encontrar esse cara, ele precisa morrer. — Aiden cerrou e afrouxou os punhos. — Assim será, irmão. Não vamos deixar uma ameaça a sua companheira existir. — Gavriel colocou uma mão em seu ombro. Aiden estava grato pelo apoio da unidade, ele sabia que se eles não tivessem conseguido chegar lá quando o fizeram, ele poderia ter perdido o controle e ido atrás desse cara sozinho. Mas saber que seus irmãos estavam a caminho ajudou-o a manter seu urso restringido até que eles chegassem. — Aiden, consegue sentir o cheiro? — Gavriel respirou fundo novamente. — O fato de que esse babaca se masturbou em todo o lugar? Sim, eu sinto o cheiro disso. — Então você perdeu o fato de que é um shifter. — Gavriel deu um passo para mais perto da cama. — É fraco, tão fraco. — Ele surpreendeu Aiden indo até o armário e pegando um cabide antes de voltar para a cama. Usando o cabide de plástico, ele revolveu os sutiãs e calcinhas. — Encontrei. — Gavriel levantou um sutiã com o cabide. Aiden balançou a cabeça, o que quer que fosse, mesmo sendo um shifter ele não conseguia sentir o cheiro. Gavriel colocou o sutiã sob o edredom e usou o cabide para apontar para o fecho do sutiã.

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— Alguém esqueceu dos pequenos ganchos de metal quando estavam usando isso para se masturbar. Há fracos vestígios de sangue ao redor de cada gancho. Aiden se aproximou e olhou de novo. Ele podia ver manchas pequenas de vermelho, mas ele teria passado isso por cima porque o sutiã era de uma estampa floral. — Bom trabalho. Embale e leve conosco. Eles saíram do quarto dela para a sala. Aiden rosnou quando viu Darian empacotando, em uma pequena mala, os poucos pares de calcinhas que o psicopata havia deixado passar. Meryn riu e caminhou até ele. Ela deu um tapinha no peito dele e ele se acalmou. — Você é tão fofo. — Ela sorriu para ele. Aiden ficou feliz em ver que os traços de medo haviam se esvaído. Ele franziu a testa para ela. — Eu não sou fofo. Eu sou uma feroz máquina de matar. Paranormais em todos os lugares tremem diante de mim. — Meu ursinho de pelúcia. — Ela puxou a camisa dele até que ele estava curvado o bastante para ela alcançar seus lábios e beijou-o. Ele olhou além dela para ver Colton prestes a dizer alguma coisa. — Não diga nem a porra de uma palavra. — Ele avisou. — Sim, Comandante. — Colton fez uma saudação, mas seus olhos dançavam com alegria reprimida. Aiden suspirou. Ia ser um longo dia. *****

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Enquanto terminavam de fazer as malas, Aiden ligou para a mãe e lhe contou o que havia acontecido. Ela prometeu fazer um jantar mais que especial tanto para Byron quanto para Meryn. — E agora, Comandante? — Colton perguntou. — Ligue pro Lorcan, diga a ele que estou tirando a Alfa da rotação. Até pegarmos esse filho da puta, vocês estão designados para o serviço de guarda na casa dos meus pais. Eu não vou deixar Meryn fora da minha vista. Meryn tentou esconder seu suspiro de alívio. Não que ela não achasse que estaria segura com Adelaide e Byron, ela apenas se sentia melhor sabendo que Aiden também estaria lá. — Entendido, volto já. — Colton estava pegando o celular enquanto saía pela porta. Aiden virou-se para Meryn. — Tudo embalado? — Sim, Darian e Keelan levaram as últimas caixas para baixo e Gavriel se ofereceu para falar com o meu senhorio sobre o meu contrato. Aiden sorriu. — Aposto que ele fez. Venha, vamos garantir que os caras não estão causando problemas. Meryn não esperou que ele pegasse a mão dela, ela se agarrou ao braço dele em vez disso. Ela não estava triste por ver o apartamento pela última vez. Ela sabia que não era em uma boa parte da cidade, mas era o único lugar que não

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tinha uma lista de espera. Quando passaram pelo escritório de aluguel, Meryn espiou dentro e viu que Gavriel tinha o senhorio de aspecto pegajoso contra a parede. — E você vai substituir a porta da frente e se certificar de que o saguão esteja bem iluminado, não é? — O tom de Gavriel era agradável, mas o homem à sua frente estava suando aos borbotões. Keelan observava, divertido. Toda vez que o senhorio olhava na direção dele, Keelan acenava com a mão e o trio de ratos a seus pés silvava para o senhorio. — Já chega com a diversão, rapazes, hora de sair. — Aiden latiu. Gavriel e Keelan se viraram em uníssono e se juntaram a eles. Do lado de fora, Colton e Darian tinham dois homens presos contra o SUV deles. Aiden suspirou. — Eu juro que não posso levá-los a lugar algum. — Quando chegamos aqui, eles tinham tirado os pneus do seu carro, Aiden, acho que Darian e Colton estavam apenas garantindo que tudo estava bem. — Keelan disse. O olhar sombrio de Aiden se voltou para os dois homens. Ele se aproximou e ficou atrás de Colton. — Veja, vocês não se moveram rápido o bastante, nosso chefe aqui notou o que fizeram. Nós tentamos avisá-lo, amigo. — Colton abriu as mãos como se estivesse desistindo. — Não, por favor! Nós sentimos muito! Nós os colocamos de volta! Nós os colocamos de volta! — O maior dos dois homens balbuciou. — Corram. — O tom áspero de Aiden fez os dois homens se encolherem. Eles o encararam aterrorizados. — Eu disse

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corram! Se olharem para trás, eu estarei bem atrás de vocês! — Aiden rosnou. Os dois homens gritaram e saíram correndo. Meryn se aproximou para ficar ao lado dos homens. — Vocês são todos garotinhos. Cada um de vocês. — Ela cutucou a parte de trás do joelho de Aiden com o pé, rindo quando a perna dele sucumbiu, fazendo-o oscilar. — Esses homens mereciam coisas piores. Talvez eles pensem duas vezes antes de fazer tais coisas más novamente. — O tom de Gavriel era cordial. — Movam-se! — Aiden latiu e os homens se moveram para o carro deles. Aiden segurou a porta aberta para ela e ela

entrou.

Dois

dias.

A

vida

dela

havia

mudado

completamente em apenas dois curtos dias. Ela balançou a cabeça e tentou não pensar nisso. Ela estava se divertindo mais agora do que em anos. Ela olhou para Aiden. Ela nunca havia se apaixonado antes, mas até agora era um sentimento maravilhoso. Crescendo, ela aprendeu a depender de si mesma. Ter pessoas cuidando dela era algo novo. De má vontade, ela estava sendo forçada a abrir sua pequena bolha e deixar os outros entrarem. Isso era mais aterrorizante do que se apaixonar. — Seja o que for, pare de pensar tanto sobre isso. O que for acontecer, vai acontecer. — A voz de Aiden a surpreendeu, tirando-a de sua espiral de ansiedade. — E se eu estiver com medo do que vai acontecer? — Ela sussurrou.

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— Diga-me o que te assusta e eu vou matá-lo. — Aiden deu de ombros. Meryn sacudiu a cabeça; é claro que o bastardo arrogante não sonharia que ela estava com medo de seu futuro com ele. — Por que você está tão confiante sobre nós? Os companheiros alguma vez se divorciam? — Ela observou o rosto dele cuidadosamente. Ela estava começando a gostar de seu rosto carrancudo. Se isso não era amor, o que era? — Não. Uma vez que encontramos nossos companheiros destinados, ficamos com eles a vida toda. —

Como

você

sabe

que

somos

companheiros

destinados? Talvez você simplesmente goste do meu perfume. — Meryn não sabia por que estava lutando tanto contra isso. Considerando o que lhe disseram sobre paranormais ela sabia que Aiden era seu companheiro. Mas, era difícil acreditar que ele a aceitava cegamente por causa da Destino e não porque a desejava. — Você não usa perfume. — A resposta simples de Aiden a fez querer bater a cabeça contra o painel. Ela se virou e olhou pela janela, em silêncio. Depois de alguns minutos, ela viu quando o carro que Colton estava dirigindo virou-se para a casa dos pais de Aiden. O carro deles desviou para a direita. Aiden parou no acostamento. Os galhos das árvores estendiam-se sobre a estrada, criando um dossel cor de outono em vermelhos, laranjas e amarelos. — Por que você parou aqui?

MY

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— Você não usa perfume. — Aiden repetiu. Ela foi se virar, mas a mão dele segurou a parte de trás de sua cabeça então ela tinha que olhar para ele. — Você não usa perfume, então o que eu cheiro é a sua própria essência. Cada pequena nuança, cada mudança química que seu corpo faz, eu posso sentir o cheiro. Toda vez que está com raiva, toda vez que está triste, toda vez que está excitada, há um cheiro distinto. Hoje senti o cheiro do seu medo, o verdadeiro terror pela primeira vez, e eu quase perdi o controle. Eu sei que você é minha companheira porque mesmo que seu perfume seja uma manifestação física, é um verdadeiro reflexo da sua alma e essa alma brilhante pertence a mim. — Os olhos azuis dele pareciam irradiar sua própria luz interior. Era como se ela pudesse verdadeiramente ver as profundezas do seu ser e o que ela viu lhe trouxe lágrimas aos olhos. No fundo do coração dele, ela se viu. — Eu sou estranha e bizarra! Eu não gosto da maioria das pessoas e não tenho um desses filtros sociais na boca! — Meryn exclamou enxugando os olhos. O sorriso de Aiden era gentil. — Eu sei. — Eu como besteira e não sei como, mas sempre encontro uma maneira de me meter em encrencas. — Meryn fungou e limpou o nariz na manga. A boca de Aiden se contraiu. — Eu sei.

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— Eu posso ser violenta, ter pavio curto e ser vingativa e não sei nada sobre ser uma dama. — Meryn olhou em seu rosto, triste que poderia não corresponder às expectativas. Ele assentiu. — Eu sei. Eu já sei tudo isso, Meryn. Você escalou uma cerca para invadir uma propriedade privada porque estava curiosa. Você me acusou de querer me vestir com a sua pele e me nocauteou com a tampa da minha privada. Você chamou um dos membros mais antigos e mais reverenciados da nossa sociedade de babaca e ameaçou castrar meu melhor amigo. Isso foi mais ou menos nas primeiras vinte e quatro horas que te conheci. Meryn fechou os olhos e baixou a cabeça. Dedos quentes sob seu queixo a guiaram a olhar de volta para ele. — Você sabe o que eu pensei sobre tudo isso? — Aiden perguntou suavemente. Ela balançou a cabeça, com medo de responder. —

Eu

pensei:

“essa

mulher

é

completamente

desequilibrada. Eu não sei o que diabos ela vai dizer ou fazer a seguir”. — Ele fez uma pausa. Meryn deixou as lágrimas caírem. Ela sabia que não havia como ele a querer! Ela torceu o rosto tentando escapar da mão dele, mas ele se recusou a soltar. Segundos depois, seus lábios estavam nos dela. Ele beliscou com os dentes seu lábio inferior até que ela abriu a boca. Então ele começou seu ataque. Sua língua foi implacável, entrelaçando e dominando a dela. Quando ele se afastou, ela choramingou com a perda.

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— Eu também pensei: “essa mulher é a pessoa mais linda, brilhante e cativante que já conheci. Ela vai me manter na ponta dos pés pelo resto de nossas vidas”. — Os lábios de Aiden voltaram desta vez para beijá-la gentilmente. Quando ela olhou para ele, não havia mais dúvida em seu coração. Ela foi feita para ser dele, pelo resto da vida. — Eu vou fazer você perder a cabeça. — Ela sorriu através das lágrimas. Aiden usou os polegares para limpar suas bochechas. — Deuses, eu espero que sim! — Com um rápido beijo final, ele ligou o carro e os levou de volta para a nova casa dela. ***** — Sinto muito que alguém tenha invadido a sua casa, Meryn, mas não posso deixar de apreciar as consequências. Nós podemos dormir aqui e comer a comida do Marius! — Colton enfiou outro enorme rabo de lagosta na boca. Depois de voltar para a casa, Aiden ligou para o líder da outra unidade, Lorcan, e providenciou que ele entrevistasse os pais dos casais desaparecidos. Ele estava falando sério sobre ficar ao lado dela. — Eu não posso imaginar o quão desafiador o dia tem sido para você, minha querida. — Byron estendeu a mão por cima da mesa e afagou a mão dela. — Não foi tão ruim. Eu sinto mais por qualquer problema que eu possa ter causado com aquele vampiro

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Ancião. — Meryn fez uma careta ao lembrar. A cabeça de Gavriel virou na direção dela. — O que aconteceu com o Ancião Evreux? — Ele arqueou uma sobrancelha. Meryn sentiu as bochechas corarem. Ben gargalhou ao lado da mãe. Agora todos os homens estavam olhando-a, incluindo os dois irmãos mais velhos de Aiden que ocasionaram de estar em casa para o jantar. — Parece que a Meryn ainda tem que aprender que os paranormais têm uma audição excepcional. Ela estava tentando sussurrar algo para Aiden e é claro que todos na sala ouviram. — O rosto de Byron era severo. — O que ela disse? — Colton estava na beira da cadeira. — Ela perguntou se todos os vampiros eram babacas, porque Gavriel não era. — A compostura fria de Byron desmoronou e ele começou a rir. Ele riu tanto que tinha lágrimas escorrendo pelo rosto. Os homens ao redor da mesa pareciam estar em choque. Meryn não sabia dizer se era de sua gafe social ou da reação de Byron a esta. — Ela chamou o Ancião Evreux de babaca? — Gavriel sussurrou. Me mate agora! Meryn queria afundar no chão. Em volta da mesa, o riso masculino entrou em erupção. Primeiro Colton, depois Darian, depois Keelan, seguidos pelos irmãos de Aiden. A que mais a chocou foi a risada silenciosa de Gavriel. Ele simplesmente cobriu o rosto com a mão e estremeceu. Ela o observou atentamente.

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— Ele está respirando? — Ela perguntou a Aiden, preocupada. Aiden olhou para seu segundo em comando e, em seguida, levantou a mão e lhe deu um tapa nas costas. Gavriel inalou profundamente e uma risada contagiante surgiu, claro que isso desencadeou a mesa inteira novamente. — Eu não entendo como isso é engraçado. Eu fiquei tão envergonhada. — Meryn franziu a testa para o seu rabo de lagosta, determinada a quebrar a própria lagosta em vez de Aiden fazer isso por ela novamente. — Não estamos rindo de você, querida, é que muitos de nós queriam chamá-lo assim, e pior, ao longo das décadas, é bom finalmente ver isso acontecer. — Byron beijou a bochecha dela. — E foi a minha filha que colocou aquele imbecil no lugar dele. Que dia incrível! — Byron facilmente quebrou outra couraça de lagosta, entregou a Meryn a carne e, sem dizer uma palavra, pegou aquela com a qual ela estivera lutando. Aceitando que ela era oficialmente a pessoa mais fraca, não importava para onde fosse, ela decidiu apenas desfrutar da lagosta. — Minha companheira é brutal em sua honestidade. — Aiden piscou para ela. — Só porque eu sei que o meu companheiro vai me manter segura. — Ela disse de volta para ele, de forma paqueradora. As risadas e conversas ao redor da mesa se aquietaram. Meryn olhou ao redor para ver o que havia acontecido.

Aiden

estava

olhando

fixamente

para

ela,

maravilhado.

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— O que? — Ela franziu a testa para ele. — Diga isso de novo. — Dizer o quê? — O que você acabou de dizer. — O sorriso de Aiden não podia ser mais amplo. — Porque o meu companheiro vai me manter segura? — Meryn o olhou, confusa. Aiden soltou um grito alto antes de se levantar e pegá-la nos braços. Rindo, ele a girou no ar. — Oh, isso é simplesmente lindo. — Adelaide fungou e enxugou os olhos com o guardanapo. — Aiden, eu vou vomitar em você. — A cabeça de Meryn estava zonza. Ele imediatamente parou e sentou-se, desta vez com ela no colo. Ela se moveu devagar, tentando fazer o quarto parar de girar enquanto ele acariciava com o nariz a nuca dela. — O que diabos deu em você? — Ela exigiu. — É a primeira vez que você me chama de companheiro. — Ele sorriu para os pais. — Oh. Eu meio que aceitei que estou presa a você. — Meryn pegou um pãozinho para mastigar até que seu estômago se acalmasse. — Porque eu sou seu companheiro destinado? — Aiden provocou. — Não, porque eu te amo e sou terrivelmente possessiva. Eu nunca vou deixar você ir. Então, mesmo que a Destino tenha cometido um erro, ela pode ir se ferrar. — Meryn

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acenou com o pãozinho como se fosse uma espada. Aiden ficou de pé, pegando-a nos braços. — Mãe, pai, se nos der licença. — Claro, filho. — Byron soou engasgado. Todos os homens à mesa estavam sorrindo como idiotas. — Eu ainda estou com fome! — Meryn se contorceu. Aiden a ignorou e saiu correndo do cômodo, em direção ao andar superior. Uma vez em seu quarto, ele a colocou no chão e fechou a porta. — Você deve dizer essas coisas de propósito. — Ele prosseguiu. Ela recuou. — O que você quer dizer? — Você deve saber o que elas fazem comigo. — Ela recuou até que suas panturrilhas atingiram a cama. — Aiden ... — Ele tentou beijá-la e ela o empurrou. — Nós não podemos ainda. — Meryn se sentiu zonza, todo o sangue em seu corpo estava fervendo em suas bochechas. Ele congelou. — O que quer dizer com não podemos? Estamos acasalados. Você acabou de me reivindicar como seu companheiro na frente de toda a minha família. Dê-me uma boa razão para não podermos! — Ele berrou. — Porque meu ciclo começou esta noite. — Ela soltou as palavras e se sentou na cama. Quando ele não respondeu, ela olhou para cima. Ele piscou. Então piscou novamente. — O que isso significa?

MY

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— O que você quer dizer com “o que isso significa”? — Significa que não tenho ideia do que você está falando. De novo! — Aiden jogou os braços no ar. Meryn pensou sobre isso. Ele havia sido criado por um pai guerreiro e tinha três irmãos. Quando ele saiu de casa, foi morar com outros homens em um tipo de quartel militar. Ela realmente não via Adelaide como o tipo de mulher que explicaria essas coisas para seus filhos, essas coisas provavelmente nunca eram discutidas naquela época. A ficha caiu como um tijolo nela, ele realmente não tinha ideia do que ela estava falando. — Certo. Você se lembra quando me disse que os paranormais só podem conceber uma vez no ano? Aiden assentiu. — Ok, para os humanos, podemos conceber todos os meses

do

ano.

Para

uma

mulher

humana,

se

não

concebermos, nossos úteros expulsam o revestimento dele, preparando-se para a gravidez no próximo mês. Ela olhou para ele e ele a estava olhando fixamente, esperando que ela continuasse. — Então, basicamente, todo mês meu útero se contrai, arrancando o revestimento do meu útero e eu sangro e expilo esse revestimento por cerca de três a quatro dias, tudo isso enquanto sinto uma dor excruciante. — Na verdade, toda essa atividade havia aumentando a intensidade de suas cólicas, ela podia dizer que esse mês seria um mês ruim para as cólicas ao que parecia.

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— Você quer me dizer que está sangrando internamente, nesse momento? — O rosto de Aiden perdeu a cor. Ela assentiu. Ele a pegou no colo e a colocou no centro da cama. — O que eu faço? Devo procurar um médico, a minha mãe? — Meryn quase se sentiu mal com o nível de pânico dele, mas suas cólicas a estavam deixando mais maldosa do que o normal. — Eu estou bem por agora. Mas notei quando estávamos fazendo as malas que eu só tinha um absorvente sobrando e eu o usei esta noite, você pode correr até a loja e pegar um pouco mais? Meryn, você vai para o inferno! Aiden assentiu rapidamente, uma expressão de choque no rosto. — Eles vão ajudar? Eu deveria te deixar sozinha? Talvez eu deva fazer meu irmão te examinar. — Aiden andava nervosamente ao lado da cama. — Você quer que seu irmão examine o meu interior? — Meryn perguntou, divertida. A cabeça dele virou de supetão para ela e ele rosnou. — Não! Claro que não! — Aiden, esta é uma parte natural de ser uma mulher humana. A dor deve diminuir em um dia ou dois, então eu vou ficar perfeitamente bem. Até então eu vou ficar muito, muito irritadiça. — Pelo menos ele não podia dizer que não tinha sido avisado.

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— Ok. Certo. Ok. Você fica bem aí na cama. Vou pedir pro Marius te trazer um lanche. Você precisa de um cobertor extra? — O rosto preocupado de Aiden pairou sobre ela. Ela balançou a cabeça. — Não Aiden, estou bem. — Ela sorriu para ele. — Ok. Volto logo. Não se mexa! — Aiden estava quase na porta, ele parou e correu de volta para a cama. Ele a beijou gentilmente, como se ela fosse quebrar, e depois saiu correndo do quarto. Quando a porta se fechou, Meryn sorriu para si mesma e se enrolou em uma pequena bola quando outra onda de cólicas começou. De alguma forma, saber que seu companheiro fodão estava indo comprar tampões, fazia suportar suas cólicas um pouco mais fácil do que o normal.

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Capítulo 6 Aiden desceu as escadas correndo, o coração acelerado. Ele derrapou para dentro da sala de jantar e todos os olhos se viraram para ele. — Essa foi rápida, irmão. — Adam brincou. — Unidade Alfa, saiam. Nós temos uma missão. — Aiden ordenou e se virou e saiu da sala. Atrás dele, ele podia ouvir as cadeiras sendo empurradas para trás rapidamente e os passos apressado-se para alcançá-lo. Ele pegou as chaves do SUV da mesa do saguão e foi ligar o carro. Minutos

depois,

seus

homens

estavam

no

carro

verificando suas pistolas e tirando as armas dos esconderijos. — Aiden, qual é o alvo? Você recebeu uma ligação enquanto estava no andar de cima? — Colton perguntou. — Não, eu ... — Aiden não sabia por onde começar. A ideia de que sua companheira estava no andar de cima, sentindo dor e sangrando internamente, o fazia se sentir doente. O que quer que ela pedisse, ela teria. Limpando a

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garganta, ele continuou: — Você sabia que as mulheres humanas têm a capacidade de engravidar todo mês? — Ele perguntou. Ao seu redor os homens balançaram a cabeça. — Bem, evidentemente, quando elas não concebem seus úteros viram ao avesso e expelem seu revestimento. É extremamente doloroso e causa hemorragia interna. — Aiden respirou de forma estremecida. — Você quer dizer que a Meryn está passando por isso agora? — Colton parecia chocado. — Eu mal podia dizer que ela estava sentindo alguma dor, ela é muito corajosa. — Aiden apreciou o nível de admiração na voz de Keelan. — As fêmeas humanas são seres verdadeiramente misteriosos. — Gavriel acrescentou. — Elas são. Ela faz isso todo mês. Como ela sobrevive? Ela não morreria por perda de sangue? — Aiden agarrou o volante e virou o carro para a estrada principal. Na velocidade atual, eles deveriam chegar na cidade humana de Madison em pouco menos de vinte minutos. Ele tinha certeza de que poderia encontrar absorventes lá. — Desde que acontece todo mês eu não acho que ela vai morrer por perda de sangue. Qual é a missão? — Darian perguntou. — Ela precisa de absorventes. Evidentemente, isso ajuda com esse processo. Temos que proteger a localização de onde

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eles estão sendo vendidos, adquiri-los e depois levá-los de volta para a minha companheira, de imediato. — Você pode confiar em nós, Aiden. — A mão de Colton surgiu do banco de trás para dar um tapinha no ombro dele. De repente, ele não se sentia tão em pânico. Ele não ia deixar nada acontecer com sua companheira e sabia que sua unidade estava cuidando dele. Não

rápido

o

bastante

para

o

seu

gosto,

eles

estacionaram na mercearia local, Duck In. — Todo mundo pronto? — Sim, senhor! — Os homens falaram alto. Ele assentiu e eles saíram do veículo. Quando eles entraram na loja, a caixa parou o que estava fazendo e os encarou. Aiden olhou para trás dele. Darian havia entrado com uma besta9 presa às costas. — Darian, talvez você possa deixar a besta no carro. Darian sacudiu a cabeça. — Não, senhor, você está distraído com a preocupação com a saúde da sua companheira. Precisamos ser hiper vigilantes. Aiden pensou sobre isso por um segundo e então assentiu com aprovação. Ele deu um tapinha no ombro de Darian. — Bom homem.

9

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Juntos, os cinco homens andaram de um lado ao outro das gôndolas. Em todos os lugares que iam, olhos os seguiam. — Estamos sendo vigiados. — Colton sussurrou. — Eu sei. Apenas continue procurando, talvez possamos sair daqui sem ferimentos. — Os olhos de Aiden examinaram cada prateleira que continha remédio. — Senhor. Encontrei! — Keelan gritou. Os outros quatro homens convergiram para sua localização. Juntos, eles começaram a analisar as caixas. — Senhor, não quero absolutamente desrespeitar sua companheira, mas pelo modo como eles são moldados, eles vão ... — Keelan não conseguiu terminar a frase. Aiden entendeu o que o jovem bruxo estava dizendo. — Eu acho que você está certo, Keelan, deve ajudar com a dor de alguma forma. — A compreensão encheu os olhos de Keelan. — É claro. Depois de alguns minutos, Aiden sentiu a cabeça zonza com confusão. — Senhor, eu não sei se estes objetos são seguros. Há uma advertência sobre a Síndrome do Choque Tóxico. Essas coisas podem matar! — Keelan largou a caixa que segurava e limpou as mãos nas calças. Os outros homens imediatamente largaram as caixas que estavam segurando. — Isso é o que ela pediu, então talvez ela saiba de uma maneira de evitar isso. — Aiden não gostava da ideia de que

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essas coisas podiam matar, mas se ela precisava delas, ele as levaria para ela. — O que você acha que Super Plus significa? Ela não disse nada sobre ser Plus ou não. — Aiden segurava duas caixas semelhantes, exceto que uma dizia Plus e a outra Super Plus. — Senhor, eu vi um gráfico na lateral deste, acredito que tem a ver com a capacidade de absorção. — Darian explicou. — Absorção, você quer dizer quanto sangue... — Aiden estremeceu. Sua pobre companheira! Darian empalideceu: — Sim, senhor. Aiden se sentiu em pânico. Isso importava? E se ele pegasse um que não absorvesse tanto quanto ela precisava, isso a machucaria a longo prazo? — Senhor, eu gosto deste aqui. Diz aqui que tem uma trava antigravidade de proteção contra vazamentos. — Keelan estendeu uma caixa azul. — Antigravidade, sério? Esse tem que ser um dos melhores, certo? É um Super? Keelan conferiu. — Super Plus, senhor. — Vamos levar esse. — Quantas caixas você acha? — Keelan perguntou. Aiden olhou em volta para os homens. Todos deram de ombros. — Quantas tem?

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— Cerca de quinze. — Pegue todas elas. — Sim, senhor! — Keelan e Darian pegaram todas as caixas na prateleira. Juntos, eles foram até as caixas registradoras. Em vez da jovem e bonita caixa, havia agora um ser humano mais velho e grisalho. Eles colocaram suas caixas na esteira do caixa e Aiden se aproximou do homem mais velho. O homem mais velho deu uma olhada nas quinze caixas na esteira e então olhou para os cinco homens à sua frente. — Filho, sua mulher te mandou sair para comprar? — Ele perguntou em uma voz sulista arrastada. — Sim, senhor. — Havia algo sobre esse velho humano que fazia Aiden querer fazer uma continência. — Recém-casado? — Sim, senhor. — Nunca saiu para comprar essas coisas antes, imagino. — Não, senhor. — Você não tem ideia do que está fazendo, não é, garoto? — O velho o fitou com pena. Os ombros de Aiden cederam. — Não, senhor. — Eu ouvi sua discussão sobre estas coisas com seus homens aqui. São militares? — Ele perguntou enquanto escaneava cada caixa lentamente. — Sim, senhor.

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— Dá pra perceber. De qualquer forma, vocês fizeram bem. Esses vendem muito bem, a maioria das mulheres por aqui gostam deles. Agora, se você não se importar com um conselho de um homem que está casado há quarenta e sete anos e criou seis meninas? — Ele fez uma pausa. — Claro que não! Qualquer conselho que você der será apreciado. — Aiden soltou um suspiro de alívio. Não admira que ele sentisse a necessidade de fazer uma continência a este homem. Ele viveu em torno de mulheres toda a vida e sobreviveu para contar a história. — Agora, como eu estava dizendo, estes aqui vendem. Mas se você está aprendendo agora o ciclo da sua dama eu recomendo a caixa que tem todos os tipos nela. Alguns dias as mulheres sangram menos do que outros. Com uma caixa que tem uma variedade, ela terá o que quer que precisar. — Keelan! — Aiden latiu. O velho pulou um pouco enquanto Keelan corria de volta ao corredor, ele voltou com cinco caixas que continham uma variedade de capacidades. — Outra coisa. Minha esposa na maioria dos dias é um docinho. Mas nos dias que ela tá no ciclo, ela fica irritável pra caramba. Ela jogou um ferro de passar roupa em mim uma vez. — Isso não parece tão ruim. — Darian comentou. — Ela tinha acabado de passar roupa, então o ferro ainda estava quente. — O homem mais velho esclareceu. Darian se encolheu.

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— Senhor, você diz que, em condições normais, sua esposa era doce e amável? — Gavriel perguntou. O homem mais velho assentiu. Gavriel se virou para Aiden, a preocupação estampada no rosto. — Meryn é violenta e louca em condições normais. — Gavriel parecia tão doente quanto Aiden se sentia. — Cara, você está tão fodido. — Colton sussurrou. — Se esse é o caso, eu só ia sugerir um bolo de chocolate, mas se você tem uma garota esquentadinha, você pode querer pegar alguns brownies também. O chocolate diminui a dor e as deixa amáveis novamente. Bem, na maioria das vezes. — O velho explicou. — Darian, pegue três bolos de chocolate e cinco caixas de brownies. — Aiden ordenou. — Sim, senhor! — Filho, quão violenta é a sua mulher? — O homem mais velho perguntou, parecendo curioso. Aiden se inclinou e sussurrou: — Ela me nocauteou com a tampa do meu vaso sanitário uma vez. — Os olhos do homem mais velho se arregalaram. — É melhor você pegar algumas barras de chocolate. Você pode jogá-las à distância. — Aiden assentiu. — Eu gosto do jeito que você pensa. — Aiden pegou a caixa inteira de barras de chocolate da prateleira ao lado da caixa registradora enquanto Darian retornava com os doces.

MY

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O velho escaneou seus itens e lhe deu um total. Aiden pagou e os homens pegaram as sacolas. Eles iam sair e Aiden parou. Ele voltou ao caixa. — Muito obrigado pelo seu conselho. Você é muito corajoso e sábio por ter passado por tanta coisa. — Aiden lhe estendeu a mão. O homem mais velho riu e apertou a mão de Aiden. — Parece que você tem uma bombinha nas mãos, filho. Aiden sorriu amplamente. — Sim, senhor, eu tenho, e não gostaria que fosse de qualquer outra maneira. — Bom para você, filho. Volte a qualquer hora por conselhos. — Obrigado, senhor. Aiden sabia que havia encontrado um aliado e uma valiosa fonte de informações sobre como cuidar de sua companheira humana. Sentindo-se melhor do que estivera desde que Meryn explicou sua condição, ele entrou no carro e dirigiu de voltou para Lycaonia. ***** — Então, onde ele está agora? — Sydney perguntou. — Fora, pegando algo pra mim da loja. Eu não tenho certeza de quanto tempo ele vai demorar, então você vai ter que falar rápido. — Meryn ajustou o celular na orelha. Assim que Aiden saiu, ela se lembrou da oferta do dono do café. Ela decidiu que, enquanto Aiden estava fora, ela ligaria para ele.

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— Garota, eu consigo falar rápido. Agora. A maioria das damas, apesar de serem paranormais, são ovelhas puras e simplesmente, ou devo dizer simplórias. Eu juro que elas compartilham

células

cerebrais.



realmente

uma

mentalidade grupal com aquele grupo. Imagine cada vadia maliciosa, odiosa e traidora que você odiava quando lia um romance de época e as coloque em um cômodo, e vai ter o Círculo de Costura das Filhas de Lycaonia. — Como você sabia que eu leio romances de época? — Meryn interrompeu. — Todo mundo não lê? — Sydney perguntou. — Bom ponto. Continue. — De qualquer forma. A maioria das mulheres são ovelhinhas inofensivas, a menos que estejam seguindo o exemplo de alguém. Na maioria dos casos, ou elas imitam Adelaide porque ela realmente é uma querida perfeita, ou elas se tornam uma vacas traidoras quando estão tentando ficar de boas com a Daphane Bowers para evitar retribuição. — Então Daphane é com quem eu tenho que tomar cuidado? — Sim. Há rumores de que ela praticamente sofreu um colapso quando soube que Adelaide convenceu o conselho a fazer esse feitiço para trazer as companheiras dos guerreiros para eles. Ela se sentiu como se Adelaide estivesse ofuscando sua nora que tinha acabado de engravidar. — Eu ouvi dizer que isso é tipo uma coisa realmente importante. — Meryn murmurou.

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— Garota, você não sabe da missa a metade. Na nossa sociedade, é um grande negócio quando uma mulher engravida. Eles veem cada gravidez como uma bênção dos Deuses, tipo literalmente. Não há provas, mas eu apostaria dinheiro que Daphane foi quem espalhou os rumores sobre Adelaide usar magia negra para engravidar setecentos anos atrás, quando ela ficou grávida do Aiden. O marido da Daphane tinha acabado de peticionar ao conselho para dizer que Byron tinha mantido seu lugar no conselho por muito tempo e que eles precisavam de ideias novas. Eles estavam inclinados ao favor dele quando Adelaide ficou grávida. Todo mundo viu isso como um sinal de que os Deuses estavam favorecendo a Casa McKenzie e Byron foi capaz de manter seu lugar no conselho. Claro que isso foi reforçado mais tarde quando Adelaide engravidou novamente do Ben. — Uau. Guerra de Úteros. — Sem brincadeira. Isso me deixa feliz de ser gay. — Então, eu estar lá vai parecer que a Adelaide está tentando superar a Daphane? — Absolutamente. — Elas provavelmente serão muito passivas agressivas e cruéis

comigo,

não?



Meryn

perguntou

sentindo-se

deprimida. — Você pode contar com isso. — Então, por que é que eu vou mesmo? — Ela perguntou.

MY

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— Porque se você não for vai ficar mal para Adelaide. — A voz de Sydney soou compreensiva. — Isso vai ser uma droga. — Desculpe, querida, se você sobreviver, passe pelo café e eu lhe farei algo especial. — Sydney ofereceu. — Você é um doce. Obrigado. — A qualquer momento. Ouça, eu tenho que ir, Justice está me dando uns “olhares de quarto”, se sabe o que quero dizer. Boa sorte amanhã. — Obrigada novamente, Sydney, boa noite. — Boa noite. — Sydney desligou e Meryn olhou fixamente para o celular. Uma batida na porta a fez pular. — Pequena senhorita, eu trouxe-lhe um pouco de chá de camomila para ajudar a aliviar suas cólicas. — Marius colocou a xícara de chá na mesa de cabeceira. Ela o olhou. — Como você sabia? — Sou muito mais velho que Lady Adelaide e tenho minha companheira. Além disso... — Ele limpou a garganta. — Uma fêmea tem um cheiro diferente quando começa seu ciclo. — Os olhos de Marius pestanejaram. — Quantos anos você tem, afinal? — Meryn tomou um gole do chá e suspirou. Estava doce, bem como ela gostava. Ela estava começando a entender o que Adelaide quis dizer com “precisar de um escudeiro”. Era reconfortante ter Marius por perto.

MY

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— Mais velho do que pareço. O que você disse ao Mestre Aiden? Ele saiu daqui com um olhar selvagem. — Marius levantou uma sobrancelha prateada. — Eu não menti. — Meryn disse rapidamente. — É claro que não. Acho que vai fazer bem a ele pensar nas coisas mais práticas da vida. Ele é um homem acasalado agora, essas coisas vêm com essa responsabilidade. Meryn sentiu seus olhos ficarem pesados. — Você é demais, sabia disso? Ele sorriu: — Sim. Quando um bocejo a pegou desprevenida, ela ficou desconfiada. — Você colocou alguma coisa no meu chá? Ele assentiu. — Sim, pequena senhorita. Você teve uns últimos dias muito animados, ainda mais seu ciclo começou hoje. Você precisa de uma boa noite de descanso. — Ele puxou as cobertas até as orelhas dela. — Escudeiro sorrateiro. — Meryn bocejou novamente. — Claro. Boa noite, doce Meryn. — Boa noite, Marius, obrigada. — Meryn sentiu a mão quente dele afastar o cabelo dela para trás em um gesto paternal antes que ela se rendesse à escuridão. ***** Quando Meryn acordou na manhã seguinte, ela sentouse e olhou ao redor da sala em estado de choque. Caixas de

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tampões, bolos e brownies cobriam as superfícies das mesinhas de cabeceira e cômoda. Ela pulou da cama, pegou uma caixa e foi tomar banho. Depois de se lavar, ela abriu uma mala e quase dançou de alegria por poder vestir roupas diferentes. Hoje era aquela coisa do círculo de costura. Ela estendeu suas camisetas e suspirou. Ela não possuía nada nem remotamente feminino. Nada parecido com os vestidos requintados que Adelaide usava. Ela colocou a mão sobre a parte inferior do estômago quando suas cólicas recomeçaram. Foda-se. Ela ia ficar confortável. Ela calçou as meias, jeans e botas. Em vez de um bonito sutiã de renda, ela vestiu o seu preferido, de algodão branco. Quando estendeu a mão para a camiseta, hesitou. Pensando em quão acolhedora Adelaide fora, ela escolheu a camisa rosa da Moranguinho. Pelo menos era rosa. Ela arrumou o cabelo com um grampo ou dois e usou o pó compacto para tirar o brilho do nariz. Ela se olhou no espelho e deu de ombros. Estava tão bom quanto ia ficar. Quando ela entrou na sala de jantar para o café da manhã todos olharam para ela com horror. — O que você está fazendo fora da cama? — Aiden se levantou de um pulo. — Eu estava com fome e queria café da manhã. Não posso tomar café da manhã? — Ela perguntou confusa. — Claro que pode. Venha se sentar ao meu lado, querida. Eu não acho que Aiden aprecie plenamente o quão forte as mulheres podem ser. — Meryn sentou-se entre Adelaide e Aiden. Ela notou que Aiden a observava muito

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minuciosamente.

Talvez

ela

tenha

exagerado

na

noite

passada. — Eu trouxe bolo para você. — Aiden se inclinou e beijou sua bochecha. — Eu vi. Eu totalmente planejo comer ele mais tarde. — Qual deles? — Todos eles. — Todos? — Aiden perguntou. — É, eu não sei como você sabia que eu estava desejando chocolate, mas eu juro que ontem à noite eu teria matado por um pouco. Ela viu Colton fazer um sinal de positivo para Aiden. No que diabos eles se meteram a noite passada? — Podemos adiar a sua introdução ao círculo de costura se você não estiver se sentindo bem. Como shifter, só tenho meu ciclo uma vez por ano, não consigo imaginar ter ele todo mês. — Adelaide estremeceu. — Não é tão ruim quando você se acostuma. — Marius colocou um prato cheio de ovos, bacon, torradas e batatas fritas na frente dela, ela sorriu em agradecimento. — Você não pode estar tendo ele por tanto tempo. Você mal entrou em seus anos férteis. — Adelaide parecia confusa. — Eu tenho tido meu ciclo por cerca de... vinte e dois anos agora. — Meryn deu uma enorme mordida na torrada. — Vinte e dois anos? Quantos anos você tem Meryn? — Adelaide perguntou. — Trinta e quatro. Por quê?

MY

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— Isso significa que você começou seu ciclo aos doze anos de idade? Todos os meses pelos últimos vinte e dois anos. — Adelaide parecia doente. — Sim. E? — Os humanos têm bebês tão jovens assim? Vocês mesmo são praticamente bebês nessa idade. — Adelaide perguntou. Meryn deu de ombros. — Depende. As crianças fazem sexo cada vez mais jovens hoje em dia. Não é inédito ler sobre crianças de doze ou treze anos de idade tendo filhos. — Meryn cuidadosamente colocou o ovo sobre a torrada. Sua parte favorita era morder a gema. — Isso é bárbaro. Os pais dessas meninas, eles buscam retribuição por suas filhas? — Byron exigiu. — Às vezes, às vezes as garotas simplesmente são expulsas. — Expulsas. O que você quer dizer? — Keelan perguntou, sendo puxado para a conversa. — Em algumas famílias, se você fizer algo como engravidar jovem ou se declarar homossexual, os pais os expulsam de casa. — Meryn explicou. Por todos os seus caminhos mundanos paranormais, ela estava descobrindo que os Lycaonianos estavam bastante protegidos das duras verdades fora da cidade deles. — Mas isso significa que eles não têm nenhum lugar para onde ir, certo? — Ben perguntou.

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— Sim. Se tiverem sorte, têm outro parente que pode acolhe-los, mas muitas vezes acabam sem lar e sujeitos aos predadores nas ruas. A maioria acaba viciada em drogas ou forçada à prostituição. — Em Lycaonia, toda criança é querida. Não posso imaginar abandonar seu próprio filho assim. — Byron envolveu um braço em torno de Adelaide. Meryn se sentiu horrível por arruinar o café da manhã de todos. Era tão banal para ela, que nem sequer pensou duas vezes antes de falar sobre isso. — Esses são casos extremos. Não é tão ruim lá fora. Eu sobrevivi, e perdi ambos meus pais. Há pessoas boas lá fora também. — Meryn baixou o garfo de repente, querendo aquele bolo de chocolate. Aiden, sentindo sua mudança de humor, coloco-a no colo. Estava começando a lhe parecer natural estar ali. — Machucaria muito falar sobre isso? — Ben perguntou, com simpatia nos olhos. — Não há muito para contar. Tanto meu pai quanto minha mãe morreu em um acidente de carro quando eu tinha cinco anos. Depois disso, eu vivi com a minha avó. Ela era rigorosa, mas me deixava em paz a maior parte do tempo. Desde que houvesse comida para comer, eu estava bem. Ela acabou morrendo no meu último ano do ensino médio. Minha orientadora me deixou morar com ela no meu último mês do meu último ano e no verão antes de eu ir para a faculdade. Depois disso eu sobrevivi com bolsas de estudo, trabalhos de

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meio período e subsídios. Eu me graduei na faculdade e comecei a trabalhar. Não demorou muito para eu descobrir que

não

gostava

de

trabalhar

para

outras

pessoas,

especialmente porque a maioria deles era mais burra que eu, então eu comecei meu próprio negócio de segurança na internet e eu tenho feito isso desde então. Fim. — Você está sozinha desde que era adolescente? — Colton perguntou. Meryn assentiu, então pensou sobre isso. —

Na

verdade,

desde

que

meus

pais

morreram

realmente. Minha avó não falava muito comigo, na verdade. A única coisa boa que ela já fez por mim foi conseguir pra mim meu cartão da biblioteca. — Humanos são criaturas incríveis, não são? — Gavriel disse, seu tom cheio de espanto. Todos assentiram. Meryn corou. Adelaide enxugou os olhos. — Você não tem que comparecer ao círculo de costura comigo. Eu fui desconsiderada e nem mesmo considerei o seu passado. — Meryn ignorou seu alivio momentâneo. Ela não podia decepcionar Adelaide. — Eu não me importo. Só vou ficar bem quieta no canto. Eu vou cumprimentar todo mundo, dessa forma ninguém pode voltar mais tarde e dizer que eu fui arrogante ou me achava melhor do que eles por não dizer olá. — Eles pensariam isso também. Oh, querida, depois dos últimos dois dias que você teve, além de começar seu ciclo, eu

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me sinto péssima por sujeitar você a isso. — Adelaide torceu os dedos. — Querida, se ela diz que pode fazer isso, ela pode, eu acho que Meryn consegue fazer qualquer coisa que ponha na mente. — Byron separou as mãos de sua companheira para que ela não se machucasse. — É isso aí! — Ela fez uma pausa e olhou em volta. — Eu posso levar meu notebook, certo? ***** Meryn estava no inferno do ensino médio. Ao redor dela as damas de Lycaonia riam e davam risadinhas, cada uma elogiando a outra muito docemente. Meryn sentia vontade de vomitar. — Eu achei que o vestido que você usou no chá de outono de Lady Rosethorn era impressionante. A Laurel do Just Sew Sew fez ele para você? Meryn tinha, é claro, esquecido prontamente os nomes de todas, mas em sua mente ela estava chamando a loira que estava falando de Cara de Cavalo. A pobrezinha teve a infelicidade de nascer com um rosto comprido e uma risada parecida com um zurro. Cara de Cavalo estava conversando com uma mulher muito mais robusta, que Meryn havia rotulado de Fruit Loop10. Ela era redonda, cheirava a limões e era um pouco boba. 10

Uma marca de cereal.

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— Você está gostando de Lycaonia, querida? Deve ser difícil acompanhar tudo, sendo humana e tal. — E ali estava a própria Abelha Vadia, Daphane Bowers. Ironicamente, a única do grupo que Meryn podia suportar era a doce e modesta, futura mamãe e nora de Daphane, Elise. — Não, tudo parece muito fácil de entender para mim. — Meryn deu de ombros. Daphane deu uma risadinha. Meryn não sabia quantos anos Daphane tinha, mas onde Adelaide conseguia dar uma risadinha graciosamente, essa mulher não podia. Ela deveria ter parado, tipo, há duzentos anos atrás. — Bobagem, é claro que você está confusa, só com Adelaide aqui para guiar você. Você absolutamente deve vir até nós com quaisquer perguntas, minha querida, afinal, é para isso que o Círculo de Costura das Filhas de Lycaonia foi criado,

para

ajudar

os

indivíduos

inferiores,

mais

desafortunados. — Ela disse isso tão docemente que Meryn simplesmente piscou por um momento. Aquela vaca tinha acabado de se referir a ela como um indivíduo inferior? — Que generoso da sua parte. Mas de todas as pessoas Adelaide é a escolha perfeita para me ajudar a aprender sobre o seu mundo. Ela é, afinal de contas, a companheira de um homem do Concelho e minha futura sogra. Ela tem sido tão paciente e maravilhosa explicando as coisas para mim sobre como será administrar uma das mais poderosas casas de Lycaonia.

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Ela fez uma pausa e fungou dramaticamente. Meryn limpou os olhos com o guardanapo de chá. — Agora eu finalmente sei o que é ter uma mãe. — Fungue novamente e alguém solte a música dramática. — Pobrezinha. — Sozinha no mundo, pode imaginar? — Adelaide é realmente a coisa mais doce, você não poderia pedir por alguém melhor, minha querida. — Meryn assentiu e aceitou a simpatia delas. — As mães realmente são especiais. Continuo dizendo a Elise

que

ela

será

uma

mãe

maravilhosa.

Estivemos

planejando o berçário por semanas, não estivemos, Elise? Oh, alguém jogou a carta do bebê cedo. Meryn virou-se para Elise e com uma sinceridade genuína a parabenizou: — Estou tão animada por você! Eu acho que você vai ser uma mãe incrível. Vocês decoram os berçários usando temas aqui em Lycaonia? — Meryn perguntou. — Temas? — A voz suave de Elise mal foi ouvida. — Sim. Como Hello Kitty se é uma garota ou um tema de beisebol se for um menino. — Oh não. Nós não temos nada assim aqui. Apenas cores diferentes. O que você recomendaria para um bebê lobo shifter?



Elise

perguntou,

os

olhos

brilhando

de

curiosidade.

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— Hmm. Nada muito assustador. Talvez filhotes de lobo de desenho animado com bandanas coloridas ao redor de seus pescoços. — Meryn sugeriu. — Isso seria tão adorável. — Elise juntou as mãos. — Ninguém em Lycaonia tem isso Elise, definitivamente seria algo novo. Nosso anúncio não será publicado até hoje mais tarde, mas minha Eleanor está grávida. Aposto que ela gostaria de algo assim também. — A mulher à direita de Elise disse, sua voz tímida. — Estou tão animada por Ellie, Lady Canter! Diga a ela que ligarei mais tarde. — Elise irradiava animação. Meryn ficou surpreendida com as personalidades completamente diferentes entre Daphane e Elise. — Não seja ridícula! Quem já ouviu falar de decorar um berçário com personagens de desenhos animados? Absurdo. Vamos decorar nos tons tradicionais de Lycaonia de azuis e verdes para meninos. Eu tenho certeza que ela terá um filho, um menininho igualzinho ao meu Donovan. — Daphane interpôs, seu tom ligeiramente severo. Elise murchou bem diante dos olhos de Meryn. Meryn começou a ficar seriamente irritada, ela odiava valentões mais do que qualquer outra coisa. — Elise, acho que você deveria ser capaz de decorar seu berçário do jeito que quiser. É o seu bebê, afinal de contas. Eu sei que você provavelmente está ansiosa por isso há muito tempo. — Meryn adivinhou. Elise a olhou, gratidão nos olhos.

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— Eu gostaria de algo novo e brilhante. Eu gosto da ideia de filhotes de desenho animado. Poderíamos fazer bandanas em cores diferentes para que pudéssemos começar imediatamente. Não faria diferença se eu tivesse um menino ou uma menina. Eu... — Elise, não seja boba. Olha, você está ficando muito cansada. Isso está obviamente te chateando. — Daphane voltou seu olhar para Meryn. — Até você entender nossos costumes um pouco melhor, pode ser melhor você não interferir. — O olhar duro de Daphane não a deteve. Meryn simplesmente se virou para Elise, ignorando Daphane e ficando de costas para ela. — Ou você poderia fazer constelações de lobos correndo pelo teto. Eu sempre achei que as luzes cintilantes eram calmantes. — Meryn virou a cabeça para que apenas Elise a visse piscar o olho. Os olhos de Elise se arregalaram e ela escondeu um sorriso atrás do guardanapo. — Realmente! Elise! — Daphane protestou. — Deixe as jovens conversarem, Daphane. Eu gosto de ouvir sobre novas ideias, é muito estimulante. — Lady Fairfax, a velha e mal-humorada mulher, falou pela primeira vez. Meryn se esquivou dela no início, porque ela a lembrava de sua própria avó, mas ela estava rapidamente se tornando uma das suas favoritas entre as mulheres. — Sim, Daphane, Elise não parece tão bem há meses. — Cara de Cavalo contra-atacou. Vendo que estava em menor

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número, Daphane recuou. Mas Meryn podia dizer que algo mais estava se formando. — Então, Adelaide, como é a sensação de ter um dos seus filhos finalmente acasalados? Eu tenho que dizer que fiquei um tanto chocada ao ouvir que você teve que lançar um feitiço para que seu filho encontrasse uma companheira e uma humana ainda por cima. — Daphane tomou um gole do chá dela. A vadia disse o que? Ok, as luvas estão sendo retiradas agora. — Não é milagroso? — Meryn irrompeu. Ela agarrou a garganta de uma maneira melodramática. As damas se inclinaram para frente instintivamente. — A Destino escolheu Adelaide

para ajudar

tantos guerreiros a encontrarem

companheiras. Quero dizer, em todo o mundo ela confiou nela para canalizar seu propósito. Por causa de Adelaide, tantos bons homens encontrarão suas companheiras e cumprirão o plano da Destino. Só ela poderia ter criado um plano tão prático, mas eficiente. É quase como se Adelaide fosse uma com o Divino. — Meryn fechou os olhos e soltou um suspiro sonhador. Ela abriu os olhos uma fresta para dar uma olhada. Ela rezou para que não tivesse exagerado muito com isso. Para sua alegria, as mulheres ao seu redor estavam chorando e olhando para Adelaide com algo próximo à reverência. — Eu sempre soube que ela era destinada a grandes coisas.

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— Lady McKenzie, você simplesmente tem que ir ao meu almoço que planejei para a semana que vem! — Ela foi guiada pelo Divino! —

Eu

sempre soube que a Casa

McKenzie

era

abençoada. — As vozes excitadas das mulheres ao redor dela fizeram Meryn virar a cabeça para esconder o sorriso. Xeque e mate, vadia. — E pensar que a própria Destino trabalhou através de você, Adelaide. Que excitante! — Cara de Cavalo estava praticamente vibrando na cadeira. Do lado de fora, o som fraco dos sinos assinalaram o fim da hora. Adelaide se levantou e todos se aquietaram imediatamente. Ela pareceu um pouco surpresa com isso. — Senhoras, muito obrigada por vir hoje para dar as boas-vindas à minha filha à Lycaonia. A presença de vocês aqui diz muito sobre vocês. Espero que ela tenha descoberto tantas amigas entre vocês quanto eu. — Todas as senhoras se endireitaram e aplaudiram. — Até a próxima vez. — Adelaide assentiu e, uma a uma, cada mulher parou para falar com ela. Elise foi até onde Meryn estava, ao lado de Adelaide, e pegou as duas mãos dela. — Obrigada, não vou esquecer da sua ajuda hoje. Gostaria de falar com você novamente. — Elise disse timidamente.

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— Claro. Isso seria ótimo, embora eu tenha que avisá-la, eu sou realmente meio estranha e nunca tive uma amiga antes. — Meryn confessou. — Eu também nunca tive. Não uma verdadeira amiga. Tenho a sensação de que você seria uma verdadeira amiga, Meryn McKenzie. — Elise assentiu e se apressou em alcançar sua sogra, que fora uma das primeiras a sair. — Meryn McKenzie hein? Não parece tão ruim. — Meryn refletiu para si mesma. Adelaide acompanhou a última mulher para fora. Quando ela voltou para a sala de estar, ela estava borbulhando de rir. Ela enrolou os braços em volta de Meryn e praticamente a jogou no sofá. — Tornou-se uma com o Divino? Oh meu Deus, Meryn, eu pensei que você disse que não sabia como as mulheres da sociedade eram. — Adelaide e Meryn se sentaram respirando com dificuldade por terem rido muito. — Eu disse que não gostava disso, nunca disse que não seria boa nisso. — Você fez uma inimiga hoje. — Adelaide avisou. Meryn deu de ombros. — Eu posso viver com isso. É uma coisa boa que essa coisa terminou às três, eu estava a dois segundos de socar aquela vadia na garganta. Como você consegue suportá-la? — Meryn rangeu os dentes. — Porque ela realmente faz muito trabalho bom na comunidade. Seus motivos podem nem sempre ser puros, mas o resultado final é o mesmo. — Adelaide deu de ombros.

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— Eu gostei da Lady Fairfax, ela parece uma velha senhora legal. — Eu gosto dela também. Ela é muito direta e honesta. Acho que talvez ela também gostou de você. Seu neto é dono de um café na cidade chamado The Jitterbug. — Adelaide ficou de pé. — Sydney é o neto dela? Não é de admirar que eu gostei dela. — Meryn pensou, juntando um mais um. Ambos tinham Fairfax como sobrenome. — Coloque seu notebook de lado, querida. Eu consigo ouvir meu filho andando de um lado para o outro na cozinha. Eu mal posso esperar para lhe dizer o quão estupenda você foi. — Meryn corou. Ela seguiu Adelaide até a cozinha. Aiden e sua unidade se levantaram. Eles estavam comendo sobras do chá do círculo de costura. — Então, como foi? — Aiden puxou uma cadeira para ela. Por um segundo, ela se sentiu desapontada por ele não tê-la colocado no colo. Ela se sentou e acenou para Adelaide porem eles a par do ocorrido. —

Sua

companheira,

sozinha,

devolveu

todas

as

tentativas que Daphane Bowers fez para menosprezar a ela ou a mim. De fato, ela pode ter me elevado a um status "Divino". — Adelaide sorriu largamente. — Eu sempre achei que você era divina. — Byron disse, chegando por trás de sua companheira e beijando-a no pescoço.

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— Oh, Byron, eu queria que você pudesse ter visto. Meryn foi absolutamente perfeita. Quando Daphane insinuou que a única maneira de nosso filho conseguir encontrar uma companheira foi por lançar um feitiço, Meryn fez isso se virar contra ela. Ela disse que a Destino me escolheu como um receptáculo para ajudar tantos guerreiros a encontrar suas companheiras. Byron olhou para Meryn. — Essa é, na verdade, uma teoria muito sólida. — Sim, também deve baixar a bola dela, caso ela tente ressuscitar o terrível rumor sobre Lady Adelaide usar magia negra para engravidar. — Meryn bocejou. Adelaide e Byron a olharam em choque. — De onde você ouviu essa velha história? — Eu tenho minhas fontes. — Meryn se gabou. Byron esfregou o queixo. — Um movimento muito bom, Meryn. Você está certa. Ninguém pode mais ressuscitar esse velho conto para machucar Adelaide. Excelente manobra. — A aprovação de Byron fez com que ela se sentasse mais ereta. —

Minha

pequena

políticazinha.

Como

está

sua

condição? — Aiden perguntou suavemente. — Oh. Minhas cólicas? Melhor. Eu encontrei uma garrafa velha de Aleve11 no fundo da minha mochila. Estou indo muito bem. — Meryn lutou contra o desejo de pular no Remédio. Naproxeno, um anti-inflamatório não esteroide. De ação analgésica, antipirética e anti-inflamatória. 11

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colo dele. O que diabos estava errado com ela? Ela se sentia nervosa, como se não pudesse ficar quieta. — Aiden. — Byron apontou para Meryn. O rosto de Aiden se abriu em um sorriso. Sem palavras, ele a levantou do assento e a pôs no colo dele. Ela soltou um longo suspiro de alívio e enterrou o rosto no peito dele. — Eu não achei que isso a afetaria, sendo humana. — Aiden murmurou enquanto esfregava a bochecha contra o cabelo dela. Meryn sentiu vontade de ronronar. Quando ela percebeu o que estava fazendo, congelou. — O que está acontecendo? — Ela se afastou para olhar para Aiden. — Essa é a atração do acasalamento. Vai ficar cada vez mais forte quanto mais tempo estivermos juntos. — Aiden acariciou seu pescoço com o nariz. Meryn virou-se para Adelaide e Byron. — Como diabos vocês vivem? — Ela sabia que eles estavam juntos há muito tempo. Byron apenas riu. — Nós estamos acasalados, Meryn, essa sensação igual à que você acabou de ter, de tocar o seu companheiro nunca some, mas fica mais fácil depois que você foi reivindicada. — Adelaide explicou. — Maldito período! — Meryn se aconchegou nos braços de Aiden. Byron corou e tossiu. — Sendo assim, eu estarei no meu escritório até o jantar. — Ele se inclinou e beijou Adelaide antes de ir para o escritório.

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— Por que você não leva Meryn para cima para tirar uma soneca? — Adelaide sugeriu. — Nós vamos fazer patrulha ao redor da casa. — Colton anunciou

enquanto

ele,

Darian,

Gavriel

e

Keelan

se

levantavam. — Falo com você mais tarde. — Aiden também se levantou com Meryn aninhada nos braços. Eles fizeram uma continência e saíram pela porta dos fundos. Aiden sorriu para a mãe e subiu as escadas. — Eu realmente poderia me acostumar a ser carregada por aí assim. — Eu poderia me acostumar a ter você em meus braços o tempo todo também. — Aiden disse e carregou-a para o quarto deles.

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Capítulo 7 Quando Meryn acordou de seu cochilo completamente envolta pelos braços de Aiden, ela ficou surpresa por não se sentir presa ou aborrecida. Com seus namorados anteriores, muitas vezes se encontrara rezando durante a noite para que eles parassem de respirar alto para ela poder dormir, mas dormir ao lado de Aiden parecia natural. A soneca lhe fez maravilhas, ela se sentia como uma nova pessoa. Eles estavam agora no andar de baixo na sala de jantar para o jantar. A Unidade Alfa e os irmãos de Aiden se juntaram a eles novamente. Meryn acreditava que era a comida de Marius que os fazia visitar, não a companhia dela. Quando Aiden estendeu a mão sobre a mesa para pegar o cesto de pão, ela notou algo preto na parte superior do braço dele. Curiosa, ela começou a levantar a manga da camiseta dele. Aiden, vendo do que ela estava atrás puxou a manga até o ombro. A tatuagem era de um grande escudo, o interior dividido com símbolos diferentes em cada quadrante.

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Letras estranhas formavam a borda do escudo e um nó celta juntava tudo. — É lindo. O que significam os diferentes símbolos? — Meryn estendeu a mão e traçou as linhas. — O escudo representa ser um membro da unidade. No canto superior esquerdo, a crista com o grifo, representa Lycaonia. O grifo tem o corpo de um leão e a cabeça e asas de uma águia. Já que o leão é considerado o Rei dos Animais e a águia

o

Rei

dos

Pássaros,

foram

escolhidos

para

representarem todos os shifters. No canto superior direito, está a letra grega para "A" ou Alfa. Ele mostra que eu estou na Unidade Alfa. Abaixo dela está uma longa espada, representando a minha escolha de batalhar e defender nosso povo. No canto inferior esquerdo, o círculo dentro de um quadrado dentro de um triângulo dentro de outro círculo, é o símbolo da transformação indicando que eu sou um shifter. Na parte superior do escudo está o brasão da minha família, e a estrela no meio representa que eu sou o Comandante da Unidade. As tatuagens são enfeitiçadas de modo que, se um guerreiro

muda

de

unidade,

os

símbolos

podem

ser

atualizados. — Aiden apontou para cada símbolo com reverência. Meryn olhou para Byron. Obsequiosamente, ele levantou a manga e tinha uma tatuagem idêntica, já que ele também fora o Comandante da Unidade antes de Aiden. Sua tatuagem tinha um símbolo a mais que a do Aiden, no entanto. Byron apontou para a coroa de louros pendurada no alto do escudo.

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— Isso significa que eu sou um Ancião, um dia Aiden vai ter isso adicionado à sua tatuagem também. — O que são os rabiscos ao longo da borda? — Meryn perguntou. Darian riu. — Não são rabiscos, essa é a linguagem escrita dos faes. Elas são feitiços para nos manter seguros, para nos ajudar a curar e para pedir aos Deuses que cuidem de nós. — Darian levantou a manga. O brasão da família dele era diferente, mas os símbolos representando Lycaonia, a Unidade Alfa e a longa espada eram os mesmos. Ela apontou para o intrincado sol feito em trabalho celta. — Esse é o símbolo dos fae? Darian assentiu. — Já que estamos fazendo “mostre e conte”... — Keelan sorriu e levantou a manga. Em vez de um sol, ele tinha uma lua crescente voltada para a esquerda, uma lua cheia e outra lua crescente voltada para a direita. — O símbolo dos bruxos representa a Deusa tripla, mostra suas três encarnações, Donzela, Mãe e Anciã. — Gavriel levantou a manga dele. Ele tinha um dragão enrolado para fazer um símbolo do infinito com a cabeça comendo a cauda. — É o símbolo vampírico para a eternidade já que somos imortais. — Ele baixou a manga. Meryn virou-se para Aiden. — Eu quero uma tatuagem. Aiden se engasgou com o chá. — Você não recebe uma.

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— Por que não? Eles não têm tatuagens de parceiros? Existe um símbolo humano? — Meryn perguntou a Adelaide já que Aiden estava sendo obstinado. — Receio que não, minha querida. Talvez você possa criar um. — Ela sugeriu. — Mãe! Eu... — As palavras dele foram cortadas pelo celular tocando. Ele imediatamente parou o que estava dizendo e atendeu. — Aiden aqui. Sim, senhor, sim, senhor. Eu entendo. — Aiden se levantou e estalou os dedos para Gavriel. Os homens se levantaram de supetão. — Imediatamente. — Ele desligou o telefone. — Colton, você fica aqui, eu quero que você guarde Meryn. O resto de vocês comigo. — Aiden se inclinou e beijoua rapidamente. — Leve o Colton com você, estou bem aqui. — Meryn protestou. — Eu gostaria de poder deixar mais. — Ela podia dizer que Aiden estava dividido. — O que somos nós, fígado picado? Vá Aiden, não vamos deixar nada acontecer com a sua companheira. — Adam se levantou e se aproximou para ficar atrás de Meryn. Adair assentiu. — Você pode ser o irmãozinho Comandante da Unidade, mas não esqueça que sou o Diretor Chefe na academia de treinamento. — Ele adicionou. Ben também ficou de pé.

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— E eu sou um guerreiro da unidade também, Aiden. Vou ligar para o Sascha e dizer a ele que vou dormir aqui. — Meryn nunca se sentiu tão protegida. — Eu não preciso te lembrar que eu costumava ser o Comandante da Unidade, preciso, filho? — Byron perguntou. Aiden sacudiu a cabeça. — Está bem, está bem. — Ele a olhou. — Eu voltarei assim que puder. Colton vai ficar aqui com você. — Ele se virou para os homens. — Alfa saiam. — Os homens correram para fora da sala de jantar. Quando Meryn ouviu a porta da frente se fechar, lhe sobreveio que ele estava saindo para arriscar a vida e ela nem tinha dito adeus. Adam bagunçou o cabelo dela. — Ei, baixinha, ele vai voltar. Não se preocupe com ele, ele é muito bom no que faz. — Ele tomou o lugar de Aiden e colocou outra fatia de carne assada no prato dela. — Coma. A carne vermelha durante o seu ciclo ajudará a restaurar o ferro no seu sangue. — Meryn assentiu, mas não achava que pudesse comer outro pedaço. A comida que ela já havia comido se transformara em um tijolo no estômago. — Marius, talvez você possa conseguir que Bronwyn faça para Meryn uma xícara de chá especial. — Adelaide sugeriu. Marius assentiu. — Eu mesmo estava prestes a recomendar isso. — Marius disse. — Quem é Bronwyn? — Meryn olhou para Marius.

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— Bronwyn é minha companheira. Ela é dolorosamente tímida. Espero que ela se apresente em alguns dias. Ela faz os chás mais calmantes e deliciosos em Lycaonia. — Ele disse orgulhosamente. — Como aquele da noite passada? Ele assentiu. — Sim, essa é uma das suas misturas mais populares. — Ele fez uma pequena reverência e foi para a cozinha. Meryn mexeu a comida de um lado para o outro no prato. Minutos depois, Marius voltou com uma xícara de chá fumegante e uma fatia grande de bolo de chocolate. Meryn lambeu os lábios. — Obrigada, Marius. — Meryn empurrou o prato de comida para um lado e puxou a fatia de bolo de chocolate para ela. Adam foi interceptar e colocar a carne assada de volta no lugar quando ela bateu no braço dele. — É chocolate, eu vou cortar você! Adam franziu o cenho para ela. — Não precisa ficar violenta. Colton riu. — Ela fez meu nariz sangrar. Eu disse desde o começo: ela é perfeita para Aiden. Ela vai deixá-lo louco. — Meryn deu outra mordida no bolo, mastigou e engoliu. — Eu não deveria? Byron assentiu. — Sim, deveria.

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Depois de terminar o chá e duas fatias de bolo, Meryn bocejou. Maldição, aquele chá funcionou rápido. Ela bocejou novamente. Indiferente às boas maneiras à mesa, ela cruzou os braços sobre a mesa e deitou a cabeça para baixo. Ela estava apenas começando a cochilar quando ouviu Byron dizer: — Não, eu a levo. — Ela foi levantada gentilmente. O movimento oscilante de ser carregada a acalmou ainda mais antes dela desistir e adormecer. ***** — Meryn, Meryn. — Uma voz sussurrada a tirou do sono. — Aiden? — Ela piscou, mal visualizando uma figura no escuro. — Não, é Colton. — Que porra de horas são? — Ela murmurou. — Sete da manhã, pouco antes do amanhecer. Eu queria te dizer que Aiden conseguiu voltar. Ele e os homens estão dormindo no quartel, você o verá mais tarde hoje. — Colton parecia tão aliviado quanto ela se sentia. — Obrigada por me dizer. — A figura dele começou a se afastar e, de repente, ela não queria ficar sozinha. — Você não pode ficar por um tempinho? — Você quer que Aiden me mate? — Por favor? Eu me sinto abalada, como se eu quisesse chorar, mas não sei por quê. É confuso. — Ela admitiu. Ela o ouviu suspirar.

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— É porque você está aliviada que Aiden está bem e seu corpo está desejando o dele. Tudo bem. Mas se você disser a Aiden que eu fiz isso, eu vou negar. Ela o ouviu se mover na escuridão. — Colton? — Ela não obteve resposta. Segundos depois, um grande peso pulou na cama. Na luz do amanhecer, ela viu como um lobo gigante subiu na cama e se enrolou ao lado dela. Ela ia dormir ao lado de um lobo! Quão legal era isso? — Eu nunca tive um cachorro antes. Colton rosnou. — Eu acho que gosto mais de você assim. — Meryn gentilmente esfregou o pelo macio atrás das orelhas dele. Uma perna começou a chutar. — Você gosta disso, menino? Huh? Um menininho tão bom! — Ela lhe beijou no nariz e passou um braço ao redor dele. — Obrigada, Colton, me sinto melhor agora. — Ela bocejou e voltou a dormir. ***** — Uma razão. Dê-me uma maldita razão pela qual eu não deveria matá-lo! — Meryn ouviu a voz irritada de Aiden e sentou-se de supetão na cama. Ele agarrava Colton pela nuca e o lobo balançava abaixo de seu aperto. Gavriel tinha uma mão estabilizadora no braço dele. — Porque ele é seu melhor amigo, porque ele é o seu terceiro no comando e porque ele nunca iria trair você, não que Meryn iria. — Gavriel explicou em um tom uniforme.

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Meryn pulou da cama, vestida apenas com sua camiseta de dormir do Voltron12 e roupas íntimas. Ela tirou Colton da mão dele. Colton caiu de quatro e sentou-se passivamente. Ela passou os braços ao redor do pescoço dele. — Deixe meu cachorrinho em paz! — Ela gritou para Aiden. Ele congelou. — Seu o quê? — Gavriel perguntou enquanto ele e Aiden piscavam para ela. — Meu cachorrinho. Eu nunca tive um cachorro antes, então estou adotando o Colton. — Ela esfregou o topo da cabeça de Colton. Ela teve que engolir um sorriso quando viu que Colton estava de malandragem. Ele rolou de costas, expondo sua barriga para um carinho. Sorrindo, ela coçou a barriga dele. Ela olhou para Aiden. — Peça desculpas a nós dois. Porque Gavriel está certo. Nenhum de nós iria te machucar assim. — Ela se levantou e colocou as mãos nos quadris. Colton ficou de pé, rosnando em um baixo ressoar ao lado dela. — Eu sinto muito, eu não quis insinuar que qualquer um de vocês iria me trair. Mas caramba! Eu entro para ver as roupas de Colton no chão e vocês dois aconchegados juntos. — Aiden jogou as mãos no ar. Meryn pensou sobre isso. — Bom ponto. Da próxima vez dobre suas roupas e coloque-as na cômoda. — Ela disse olhando para Colton.

12

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— Esse não é o ponto! — Aiden gritou. — Colton leve suas roupas para o banheiro, se transforme de volta e se vista. O café da manhã está quase pronto. Quanto mais cedo descermos, mais cedo Meryn pode se vestir. — Colton pegou suas roupas com a boca e correu para o banheiro. Os olhos de Gavriel estavam rindo, mas ele nunca sorriu. Meryn olhou para cima e viu que a veia na têmpora de Aiden estava pulsando. Isso não poderia ser bom, até mesmo para um shifter. — Você... você... — Ele apontou para a blusa dela. — O que? Voltron era fodão! — Eu não posso fazer isso. Vou descer. Vamos começar esta manhã de novo no café da manhã. — Aiden se virou e fechou a porta atrás dele com força. A porta do banheiro se abriu e Colton saiu correndo sem nem mesmo olhar na direção de Meryn. Ele abriu a porta e correu pelo corredor. Gavriel olhou para a cintura dela. Meryn puxou a camisa para baixo. Ele estava olhando para a virilha dela? — O que? — Você está errada por um dia. — Ele assinalou. Ficou claro para ela que ele estava falando sobre sua calcinha de dia da semana. — Meu TOC teve um pequeno problema com isso. Quando Aiden me sequestrou, meus dias da semana saíram dos trilhos. Eu deveria começar uma nova semana no dia em que fui pega. Fiquei aliviada que o pervertido que destruiu meu apartamento não mexeu com este conjunto, é o meu

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favorito. Quando pegamos minhas coisas eu não conseguia decidir se eu ainda deveria usá-las em ordem ou pular alguns dias e fazê-los corresponder com o dia atual. Se eu pulasse dias elas se desgastariam em momentos diferentes. — Meryn explicou. Gavriel assentiu seriamente. — O que você decidiu fazer? — Vou usar essa até o meio-dia, então vou trocar, eu devo recuperar o tempo perdido e estar de volta aos trilhos hoje mais tarde. — Eu não posso acreditar que entendi isso. Te vejo no café da manhã, Meryn. — Gavriel fez uma saudação e fechou a porta atrás de si. Meryn decidiu ir com calma. Ela tomou banho e revisou cuidadosamente

sua

seleção

de

camisetas.

Hoje

ela

definitivamente estava se sentindo no humor para Doctor Who. Ela pegou sua camiseta da TARDIS13 e vasculhou sua mala procurando seu Converse azul. Sua longa echarpe multicolorida completava seu conjunto. Ela pegou seu moletom com capuz e seu notebook Mac Book Air e se dirigiu à porta. Assentindo no espelho, ela piscou para si mesma enquanto passava. — Allon-sy14! Ela desceu as escadas saltitando, olhando o longo corrimão de madeira. Hoje não. Mas logo. Ela ia tentar TARDIS é a nave espacial e máquina do tempo do seriado Doctor Who, e seu exterior parece com uma cabine de polícia de Londres. Ela é azul. 14 Frase comum no seriado Doctor Who, significa “Vamos lá” ou “Vamos nessa”. 13

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deslizar nele. A madeira altamente polida estava praticamente implorando por isso. Ela entrou na sala de jantar e sentou-se ao lado de Aiden. Ela notou que Keelan, Darian e os irmãos de Aiden não estavam lá. Ela colocou seu moletom com capuz e seu notebook no chão ao lado da cadeira dela. — Onde está todo mundo? — Adam está de volta à clínica. Adair tinha aulas matinais e Darian e Keelan começaram os exercícios matinais com a unidade de Ben. — Aiden respondeu antes de beijá-la profundamente nos lábios. Ela o beijou de volta com entusiasmo até sentir o cheiro de algo que lhe deu água na boca. Seu nariz se contraiu. — O que é esse cheiro gostoso? — Ela olhou em volta. — Eu me lembrei da sua máquina de café expresso esta manhã. Nós dois a deixamos no porta-malas do meu carro ontem. Marius tem aperfeiçoado suas canecas de café expresso desde que eu a trouxe. — Aiden deu uma mordida no bacon. — Falando de carros. Onde está o meu? — Ela exigiu. Aiden estremeceu. — Você quer dizer sua armadilha de morte sobre rodas? No quartel da Unidade Alfa. — Você não fale nada sobre a Serenity. Ela me serviu bem. — Você nomeou seu carro? — Colton perguntou. — Você não? — Meryn ficou surpresa. Ela pensou que todo mundo fazia isso. As portas da cozinha se abriram.

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— Eu acho que fiz certinho. Se estiver muito fraco ou muito forte, por favor me avise. — Marius trouxe um pequeno copo de marfim coberto com uma espuma branca. Meryn se adiantou com as mãos ansiosas e pegou o copo elegante antes de levá-lo ao nariz. — Cheira maravilhosamente. — Ela tomou um gole. A espuma em si era doce e a amargura das doses de expresso eram temperadas pelo leite. Ela olhou para Marius. — Eu te amo. — Aiden congelou. Marius não piscou um olho. — E eu te adoro, pequena senhorita. Crepes ou torrada francesa esta manhã? — Ele perguntou, estendendo um prato vazio. — O que há nos crepes? Marius piscou. — Sabe, os garotos nunca me perguntaram isso. Nem uma única vez. — Isso é porque eles geralmente comem duas porções de cada um, não importa qual é o recheio. — Adelaide cortou o crepe dela com a precisão de uma dama. — Há dois tipos diferentes de crepes esta manhã. Mirtilo e cream cheese ou cream cheese e amêndoa. — Marius respondeu à Meryn parecendo satisfeito. — Eu poderia ter um dos de amêndoas, por favor? — Meryn inclinou o copo e tentou sugar a espuma da parede interna. Quando ela abaixou o copo suspirou feliz. Ela já podia sentir a cafeína fazendo sua mágica. — Eu também

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poderia ter outro daqueles cappuccinos? — Meryn estendeu seu copo vazio. Aiden colocou a mão sobre o copo. — Isso depende, quais são seus planos para o dia? — Ele perguntou. — Eu estava planejando levá-la para fazer compras com Colton agindo como escolta. — Adelaide respondeu antes que Meryn tivesse a chance de falar. Ela olhou para a doce mulher horrorizada. Aiden levantou a mão e deu de ombros. — Ok. — Ele assentiu. Meryn olhou para ele. — E se eu tivesse planejado sair contigo hoje? — Aiden a olhou. — Por mais que eu adoraria passar o dia com você, tenho que escrever o relatório da missão da noite passada e discutir algumas novas preocupações com os outros líderes de unidade. — Meryn apenas o olhou. Ele totalmente não respondeu a pergunta dela. — Eu queria falar um pouco mais sobre aqueles detalhes do caso que o Ancião Airgead me deu. — Meryn murmurou enquanto Marius colocava um prato com um novo crepe diante dela. — Você passou a tarde toda de ontem no círculo de costura mexendo naquele notebook. Hoje vou mostrar-lhe minhas butiques favoritas! Precisamos pegar sua roupa para o Baile da Véspera de Halloween. Espero que possamos encontrar algo decente. Nessa hora tardia as melhores estão fadadas a terem sido compradas. — Adelaide estava quase tremendo de emoção ao pensar em uma expedição de

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compras. Meryn começou a se aproximar da borda de seu assento. Ela tinha feito a coisa do círculo de costura, mas aquilo e compras na mesma semana era pedir demais. O braço pesado de Aiden envolveu seus ombros, puxando-a para trás em sua cadeira. — Mamãe está ansiosa por uma filha por muito, muito, muito tempo, Meryn. — Ele a olhou com os olhos suplicantes. — Suponho que sim. — Ela pensou sobre isso por um segundo. — Podemos voltar àquele café? Prometi a Sydney uma atualização sobre como foi o círculo de costura. — Meryn cortou um enorme pedaço do crepe e encheu a cara. O cream cheese estava suave e doce com uma pitada de amêndoa. Marius colocou outro copo na frente dela. — Tão bom! Agora eu entendo porque você disse que precisava tanto dele, Lady Adelaide. — Meryn pegou seu segundo cappuccino. — Eu organizei a sua entrevista dos escudeiros para o dia após o baile. Marius concordou em ajudar com alguns dos testes de qualificação. — Adelaide fez uma pausa e Meryn olhou para cima. Adelaide hesitou antes de continuar: — Meryn, Lady Adelaide é tão formal. Eu gostaria que você me chamasse de mãe, ou, se você não está confortável com isso, apenas Adelaide. — Meryn a encarou. Ela nunca chamara ninguém de mãe pelo que conseguia se lembrar. — Mãe. — A palavra soava engraçada de se dizer. — Mãããããããe. — Mãããã.

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— Você é minha mamãe? — Meryn riu, então se virou para Adelaide, que estava começando a olhar para ela com preocupação. — Eu nunca usei essa palavra antes. Eu gosto... mãe. Isso significa que eu posso te chamar de pai? — Meryn perguntou a Byron timidamente. Ela ouviu uma fungada e pensou que Adelaide fosse a que estava emocionada. Ela, no entanto, sorria para seu companheiro. Meryn ficou surpresa ao ver que era Byron que esfregava os olhos como uma criança sonolenta. Masculinamente ele limpou a garganta. — Eu adoraria se você me chamasse de pai. — Meryn sorriu para ele, o homem era simplesmente um enorme marshmallow. Ele olhou carinhosamente para Adelaide. — Nós temos uma garotinha. — Ele disse com uma voz completamente maravilhada. Adelaide assentiu, então um rápido lampejo calculista cruzou seu rosto. — Byron, estou usando sua conta para fazer compras hoje. — Byron assentiu distraidamente com um largo sorriso bobo no rosto. Aiden se inclinou e beijou sua bochecha. — Obrigado por fazê-los felizes. — Não é como se eu não estivesse ganhando nada do negócio. Nunca tive pais antes. — Meryn deu de ombros. — Eu vou deixar Colton com você hoje. Diga a ele para se manter vestido. — Aiden beijou sua têmpora e se levantou. — Como assim? — Byron perguntou. — Descobri que gosto mais de Colton como um cachorro. — Meryn terminou seu crepe.

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— Eu não sou um cachorro! Sou um lobo. — Colton tentou soar arrogante, mas ninguém acreditou. — Você deveria tê-lo visto quando filhotinho! Eu acho que tenho alguns esboços por aqui em algum lugar. Alguns de Aiden também. — Adelaide ofereceu. — Não há fotos? — Meryn perguntou. — Câmeras não tinham sido inventadas até então, querida. — Adelaide explicou gentilmente. — Oh. — Ela olhou para Aiden. — Droga, você é velho! Ele revirou os olhos e se levantou. — Divirta-se fazendo compras. Fique com o Colton. — Ele a beijou, se virou para ir embora e voltou. O segundo beijo continuou até que a cabeça dela começou a flutuar. Eles se separaram com relutância. Aiden beijou sua testa e recuou. — Seja boa. — Ele pegou uma banana da fruteira e saiu com Gavriel. — Eu sempre sou boa. — Adelaide, Byron e Colton olharam fixamente para ela. — Eu sou. — Eles continuaram a olhar fixamente. — Na maior parte do tempo. — Nós vamos nos divertir muito hoje. — Adelaide sorriu. — Eba! — Meryn comemorou fracamente. Ela odiava fazer compras!

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Capítulo 8 Haviam mentido para ela. Adelaide lhe prometera café, agora já passava do meio-dia e ela não conseguira seu café restaurador da tarde. Eles estavam agora na quarta boutique e o dono da loja estava falando à Adelaide a mesma frase que os outros três. Eles não tinham nada que se adequasse a ela e ficaram sem tecido para encomendar uma nova peça. As costas de Adelaide estavam eretas como uma vareta. — Eu sinto muito em ouvir isso. Talvez no próximo ano. — Adelaide passou um braço pelos ombros dela e a conduziu para fora. — Talvez eu não devesse ter pisado no calo da Lady Bowers. — Meryn suspirou. Ela estava apavorada com a perspectiva de ir a um baile, estar entre tantos estranhos, onde seria esperado dela fazer conversa fiada e lembrar nomes. Mas, tinha que admitir, ela estava ansiosa para se vestir para uma

festa de Halloween em

uma cidade

paranormal.

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— De todas as coisas juvenis para fazer! Eu gostaria que ela simplesmente deixasse o passado para trás. — Adelaide protegeu os olhos do sol da tarde. — Vamos pegar um pouco daquela cafeína pela qual você está inquieta para ter. — Meryn se animou imediatamente com a sugestão de Adelaide. De braços dados elas caminharam até o The Jitterbug. Quando entraram, Meryn inalou profundamente. A única coisa que faria este lugar cheirar melhor era se vendesse livros. — Lá está ela! Sente-se e conte tudo. — Sydney apontou para as duas banquetas vazias do outro lado do balcão de onde ele estava operando a caixa registradora. Meryn e Adelaide tomaram seus lugares. Meryn pediu o latte de abóbora e maçã que havia pedido da última vez e Adelaide a surpreendeu quando pediu a mesma coisa. Adelaide tinha uma expressão envergonhada no rosto. — Eu amo chá, mas a variedade é o tempero da vida. — Por favor, me diga que o boato que eu ouvi sobre você ignorando a Lady Bowers é verdade? Você tem sido o assunto da cidade! Ninguém pode acreditar que você a enfrentou daquele jeito. — Sydney compartilhou enquanto fazia as bebidas delas. —

Eu

posso

confirmar

que

isso

aconteceu.

Ela

simplesmente estava sendo rude com a nora. Sydney bufou. — Você conheceu a vaca, ser rude é simplesmente a natureza dela.

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— Você não tem medo de dizer coisas ruins sobre ela? Evidentemente, ela já virou as pessoas contra mim. As lojas da cidade não me venderão uma roupa. — Sydney acenou com a mão, desconsiderando sua preocupação. — Ela e eu discutimos quando ela disse que eu perverti e distorci a escolha da Destino de companheiro para mim. Todo mundo sabe que não temos voz no que diz aos nossos companheiros, aquela mulher é simplesmente louca. — Sydney entregou-lhes as bebidas. — Ela ainda deve acreditar que eu roubei Byron dela. Eles estavam se vendo quando ele e eu nos conhecemos. Ela tinha grandes ilusões sobre se tornar a Lady McKenzie. Mas uma vez que você encontra seu companheiro, acabou. Eu acreditei que ela superou isso, mas vendo as reações dos lojistas à Meryn, não posso deixar de me perguntar. — Adelaide balançou a cabeça. — Vou invadir meu armário e fazer um novo traje à mão, se for preciso. — Ela disse veementemente. — Não se preocupe com um traje. Eu sempre posso simplesmente fazer alguns buracos em um lençol e ir como um fantasma. — Meryn suspirou enquanto tomava um gole da sua bebida. A bebida doce e picante a aqueceu de dentro para fora. Sydney e Adelaide trocaram olhares de preocupação — Meryn, você não entende, essa não é só uma festa à fantasia. É um dos maiores eventos sociais do ano. — Sydney explicou.

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— Eu disse traje, mas é mais como um vestido de baile com acessórios extraordinários. — Adelaide continuou. Meryn olhou de um ao outro. — Então, sem procurar por maçãs ou enfiar a mão em uma tigela com uvas sem pele fingindo que elas são globos oculares? — É isso que os humanos fazem? Isso é nojento. — Sydney estremeceu. — Querida, é um grande baile. As reuniões, discussões, apresentações, a escalada social e arranjos de negócios feitos nesta noite podem determinar o sucesso das principais casas no ano. — A voz de Adelaide era gentil. Para Meryn, o quarto começou a girar. — Eu não posso ir para algo assim! Você está louca? Vou humilhar Aiden! — Meryn ofegou por ar. Adelaide empurrou a cabeça dela entre as pernas. — Agora, pare com isso. Eu te vi em ação durante o círculo de costura, você consegue manter sua compostura. — Adelaide esfregou suas costas. — Pensei que poderia te encontrar aqui. Meu neto tem estado roendo as unhas para falar com você sobre o círculo de costura de ontem. Meryn olhou para cima, Lady Fairfax estava de pé na porta segurando um saco de cetim. Seus cabelos grisalhos estavam puxados para cima em um coque elegante e sua figura

corpulenta

estava

elegantemente

vestida.

Ela

encostava-se pesadamente em uma bengala de ébano.

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Embora mais velha, seus olhos ainda brilhavam com uma malícia geralmente reservada para pessoas mais jovens. — Vovó, o que você está fazendo aqui? — Eu ouvi rumores de que Daphane Bowers passou por todas as lojas de roupas esta manhã. O que é interessante é que todas as lojas se especializavam em vestidos de baile. Você ainda não teve a chance de comprar um, não é, Meryn? — A mulher mais velha se sentou na mesa atrás de onde Meryn estava sentada na banqueta. Meryn endireitou-se e virou-se para encará-la. — Não, estamos procurando a manhã toda. — Você pode muito bem parar de desperdiçar seu tempo, Daphane Bowers não faz as coisas pela metade. Sydney, você pode ser um amor e me trazer uma xícara de chá? — Ela recostou sua bengala contra a mesa. — Você está dizendo que Meryn não deveria ir? — Adelaide perguntou. Lady Fairfax sacudiu a cabeça. — Eu acho que ela deveria ir mesmo. — Mas ela não tem um vestido. — Sydney apontou, colocando uma xícara de chá na mesa. — Sydney, seja um bom rapaz e entregue a ela aquele saco. — Lady Fairfax apontou para a bolsa de cetim branca de tamanho médio que havia colocado na cadeira ao seu lado. Sydney a pegou e entregou a Meryn. — Vá em frente, acho que vai gostar. — Disse Lady Fairfax. Meryn abriu a bolsa e tirou uma grande muda de roupa

de

cetim

branco.

Era

completamente

disforme,

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pendendo até o chão. Os braços eram tão largos que Meryn tinha certeza de que ela poderia caber dentro de um deles. — Hum. Obrigada? — Meryn franziu a testa para o material. Quando ela olhou para cima, viu que Adelaide estava olhando para a roupa, admirada. A mão delicada que avançou para roçar o material estava tremendo. — É isso o que acho que é? — Ela perguntou sem fôlego. Lady Fairfax assentiu sorrindo. — Eu mal posso esperar para ver a expressão de Daphane Bowers quando Meryn entrar usando isso. Oh, oh, isso fará meu ano. — Lady Fairfax soltou uma risada alta, assustando os clientes a sua volta. Meryn virou-se para Sydney como se dissesse "Sério?" Ele teve pena dela. — Meryn, este é um vestido muito especial. Está em nossa família há gerações. Foi um presente para a minha avó da própria Rainha dos Fae. Este vestido é o Vestido de Éire Danu. Você o coloca e ele muda para qual for que seja o vestido que você precise, ele se transforma de acordo com seus pensamentos e desejos. Ele não foi usado por um longo tempo. — A voz de Sydney parecia triste. Lady Fairfax assentiu. — Desde a mãe dele, que os Deuses a tenham. Estou ficando mais velha e, embora Sydney ame muito o Justice ele nunca foi de se travestir. Então eu estou lhe presenteando com ele. Meu único pedido é que, se Sydney e Justice tiverem uma garotinha, você o entregue a ela.

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— Isso muda para o que eu quiser? — Meryn olhou para o vestido em dúvida. — E atua como suas damas de companhia. Vai mudar os seus sapatos, cabelo, maquiagem e acessórios para combinar com o vestido. O único vestido que você alguma vez vai precisar. — Eu mal posso esperar para ver o rosto dela. — Adelaide estava rindo tanto que cobriu o rosto. Lady Fairfax começou a rir novamente. — Lady Fairfax, eu não sei como te agradecer. Só o pensamento de que eu nunca terei que sair para comprar roupas novamente é um presente. — Para Meryn isso significava mais do que um vestido que foi feito pelos fae. — Pensei que você poderia apreciar isso. Diga-me, menina, quão perto você estava de bater na Daphane ontem? — Os olhos de Lady Fairfax dançavam com regozijo. — Ai não, era aparente? — Meryn, de forma reverente, colocou o vestido de volta em seu saco especial. — Eu notei, mas não acho que as idiotas que estavam lá ontem notaram. Realmente, criança? Tocada pelo Divino? — Ela levantou uma sobrancelha. — Hey! Funcionou, não foi? — Meryn protestou. — Tenho a sensação de que as coisas estão prestes a ficar mais interessantes em Lycaonia. — Lady Fairfax tomou um gole de chá. Sydney observou sua avó cuidadosamente antes de soltar sua bomba de fofoca.

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— Você sabia que ela chamou o Ancião Evreux de babaca? — Ele disse casualmente. Lady Fairfax pulverizou o chá sobre a mesa e se virou para encarar Meryn. — Foi um acidente! — Como você chama alguém de babaca por acidente? — Sydney perguntou. — Ele não deveria me ouvir. — Meryn murmurou. Lady Fairfax começou a arquejar, preocupada Meryn desceu do assento e começou a dar batidinhas nas costas dela. — Você está bem? — Oh, eu mal posso esperar para provocá-lo sobre isso. Idiota pomposo. Oh, Meryn, você é boa para o meu coração. — Lady Fairfax riu e puxou Meryn para baixo para beijar sua bochecha. Meryn corou furiosamente. — Meryn, você pode ligar para Aiden? Enquanto estivermos fora eu preciso saber se ele quer que eu pegue sua roupa formal dos alfaiates. — Adelaide sorria de orelha a orelha. Grata por uma chance de escapar de ser o centro das atenções, ela voltou e pegou sua mochila. — Você terá que ir lá fora, por algum motivo a recepção dentro do café tem sido irregular ultimamente. — Sydney aconselhou. Ela foi sair e percebeu que não tinha o número dele. Ela voltou-se. — Você tem o número dele? — Ela perguntou a Adelaide. Adelaide anotou o número num guardanapo e lhe entregou.

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— Tome seu tempo, querida. Estou gostando do meu latte. — Adelaide piscou um olho. — Obrigada! — Meryn praticamente correu para a porta. Ela saiu e respirou fundo. Ar fresco. Ela se acomodou em uma das pequenas mesas de bistrô, pegou seu notebook e abriu-o. Ela procurou na parte inferior da bolsa por seu telefone. Assim que o encontrou, discou o número de Aiden. — Olá? — A voz profunda de Aiden lhe provocou arrepios. Ele soava sem fôlego. — Por que você está respirando com dificuldade? — Ela perguntou. — Estamos fazendo exercícios. Você está bem? — Enquanto a respiração dele se acalmava, ela o imaginou suado e todos os seus músculos flexionando. Malditos hormônios! — Sim. Eu ainda estou fora com a sua mãe. Ela queria que eu perguntasse se você precisa que nós peguemos suas roupas formais. — Obrigado aos Deuses pela minha mãe! Eu esqueci completamente que as armazenei na Seamless. Os alfaiates da cidade são bruxos e quando eles guardam suas roupas eles lançam um feitiço para mantê-las limpas, passadas e prontas para usar. Se eu tivesse esperado até o último minuto, teria havido um período de espera para retirá-la, já que eles têm que lançar um feitiço de reversão. — A respiração de Aiden parecia normal e seu tom otimista. Ela

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desejou que ele estivesse na frente dela, ela apostava que ele estava sorrindo. — Ok, vou avisá-la... — Do nada ela poderia jurar que sentiu alguém passar por ela. Ela realmente sentiu calor corporal. Ela olhou em volta e na calçada onde estava sentada, estava vazio. — Meryn? — Aiden chamou seu nome. Ela balançou a cabeça. — Desculpa, me distraí por um momento. Você estará em casa para o jantar? — Ela estava começando a amar comer. Antes de Aiden, comer significava engolir um hot pocket15 enquanto mexia no notebook. Agora significava conversar e rir com amigos e família. — Sim, estaremos lá. Marius deixou escapar que ele estava fazendo o seu mundialmente famoso bolo de carne hoje à noite. Nós vamos ter que lutar contra os caras por uma boa fatia. — Eu aposto que Marius vai guardar um pouco para mim, ele... — A garganta de Meryn se contraiu, alguém tinha acabado de suspirar em sua nuca. Arrepios explodiram em sua pele e cobriram seu corpo. Uma risada sinistra a fez ofegar e girar em sua cadeira. Ninguém estava lá. — Meryn, o que há de errado? — A pergunta frenética de Aiden mal foi registrada.

Uma marca americana de sanduíches de bolsa que geralmente contêm um ou mais tipos de queijo, carne ou legumes. 15

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— Eu acho que alguém está aqui, mas eu não vejo nada. — Ela sussurrou. — Onde está Colton? Onde está a minha mãe? — Ele perguntou. No fundo, ele estava gritando ordens para os homens entrarem nos veículos. — Eu não vi Colton e sua mãe está no café. — Os olhos de Meryn dispararam ao redor. — Entre agora! — Aiden gritou. Meryn se levantou apenas para uma mão pesada empurrá-la de volta para baixo. — Aiden algo me empurrou! Não vai me deixar entrar! — Seu coração batia fora de controle. — Grite. Grite o mais alto que puder. A unidade de Ben está patrulhando a cidade hoje, alguém vai te ouvir. — Aiden gritou. Ela abriu a boca para gritar quando algo a cobriu. Só foi quando ela sentiu o calor úmido que ela percebeu que alguém a estava beijando. Uma língua estranha forçou seu caminho até a garganta dela. Ela se debateu, uma mão forte agarrou seu seio. Arremessando-se para trás, ela se afastou de seu agressor. Quando sua boca ficou livre, ela puxou ar e gritou o mais alto que pôde. Segundos depois, uma figura apareceu ao lado dela. Era Colton. — O que aconteceu? — Ele exigiu, olhando em volta. Ela não conseguia responder. Tudo o que ela conseguia fazer era tremer e chorar. A porta do café se abriu e Adelaide saiu correndo.

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— Meryn, o que há de errado? — Ela foi puxada para os braços de Adelaide, mas ainda não conseguia falar. — Colton, seu cachorro inútil, pegue a porra do telefone! — Aiden estava gritando tão alto que até Meryn podia ouvi-lo. Colton gentilmente retirou os dedos dela do celular. — Aiden, eu juro que estava observando-a o tempo todo. Ninguém se aproximou dela. — Colton passou uma mão pelos cabelos. No final da rua, o som de um motor rugindo anunciou a chegada da Unidade Gama. Ben saltou do SUV e correu para se ajoelhar na frente de Meryn. —

O

que

estamos

procurando,

criança?



Ele

perguntou. Ela balançou a cabeça. — Um fantasma. — Ela sussurrou. Ben a olhou confuso antes de se virar para Colton. — Colton, do que estamos atrás daqui? — Eu não tenho ideia, porra, não havia nada lá. — Colton praticamente gritou. Ben permaneceu ajoelhado na frente de Meryn, segurando as mãos dela. — Você está segura agora. O que quer que foi, terá que passar por nós para chegar até você. — Meryn virou-se para Colton e eles trocaram um olhar. Apenas Colton entendia. Porque ele não tinha visto nada também. Como você pode lutar contra algo que não pode ver? Atrás deles, a Unidade Gama se espalhou e começou a questionar os clientes e lojistas que tinham saído ao som do

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grito dela. Rodas rangendo a fizeram olhar para cima. Um familiar SUV preto, praticamente inclinado, virou a esquina. —

Aiden. —

Ela sussurrou. O

SUV foi

dirigido

diretamente até eles e freiou com tudo. Antes do veículo parar de se mover, Aiden estava pulando para fora, do lado do passageiro. Ele correu até ela e a levantou nos braços. Sob as mãos dela, ela podia sentir que ele estava tremendo. Empurrando seu próprio medo de lado, ela esfregou o peito dele. — Eu estou bem. Eu estou bem. — Ela continuou repetindo até ele se acalmar. Recusando-se a soltá-la, ele se sentou e a manteve no colo. — O que aconteceu, Meryn? Nos guie pelas sequências de eventos, não deixe nada de fora. — Aiden perguntou. Assentindo, Meryn sentou-se. — Nós estávamos falando sobre os alfaiates e eu senti calor, tipo calor corporal passando por mim. Mas não havia nada lá, então eu ignorei. Então senti um suspiro na nuca e alguém riu. Você me disse para entrar, mas quando me levantei fui empurrada para baixo. Eu fui gritar e... — Meryn engoliu em seco enquanto lágrimas enchiam seus olhos. Ela respirou fundo antes de continuar. — Algo me beijou, ele também torceu meu peito. Seu hálito era podre e ele tentou me sufocar, forçando sua língua pela minha garganta. — Meryn sentiu lágrimas derramarem sobre seus olhos. Aiden embalou-a mais apertado. — Eu me

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empurrei para trás e gritei. Então Colton estava lá. — Ela enxugou os olhos. — Colton, você tinha o dever de guarda, como pôde deixar isso acontecer? — Aiden exigiu. Meryn bateu na cabeça de Aiden. Ele continuou a franzir a testa para seu melhor amigo. Meryn exasperou-se. — Que parte do “eu não vi nada” você não entendeu? Quem quer que seja esse idiota, ele estava com a língua tão profundamente na minha garganta que estava tocando nas minhas amídalas e eu não vi nada. O que Colton poderia ter feito? — Ela exigiu. Aiden respirou fundo. — Aiden, eu juro a você pela minha vida que eu não vi nada. Eu nunca deixaria nada acontecer com a Meryn. — Colton sussurrou duramente. — Eu sei que você não iria. — Aiden admitiu antes de se virar para o outro homem que estivera dando ordens. — Relatório. — Ele latiu. — Senhor, nós entrevistamos praticamente todo mundo na rua. Ninguém viu nada, ninguém na mesa ou fugindo. — Meryn olhou para o gigante de cabelos brancos. — Obrigado, Sascha. Vou deixar você e a Gama para terminarem aqui. Vou levar minha companheira e minha mãe para casa. A Alfa permanecerá designada para a Casa McKenzie até que esse cara seja pego. — Aiden ficou de pé. — Sim, senhor! — Sascha assentiu e começou a ordenar que seus homens terminassem com as entrevistas. Quando

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Aiden começou a ir em direção ao SUV, Meryn se contorceu para descer. — Eu tenho que pegar minha bolsa. — Aiden a colocou no chão. Ela voltou para a mesa apenas para perceber que, embora sua bolsa ainda estivesse lá. Seu notebook sumira. — Filho da puta da porra de uma puta! — Ela berrou. Os homens ao redor dela congelaram. — Meryn? — Aiden perguntou cautelosamente. — Ele roubou meu notebook! Eu tive essa coisa por anos! Eu amo meu notebook, é meu bebê. Ele me entende e me diverte. — Ela começou a hiperventilar. — Podemos te conseguir um novo, respire, bebê, respire. — Aiden estava freneticamente tentando acalmá-la. A cabeça dela parecia embrulhada em algodão. Ela ouviu Adelaide pedir a Sydney um copo de água. Eles não entendiam. Seu notebook era todo o seu mundo; atrás do teclado de seu notebook ela era invencível. — Tinha a minha capa favorita do Doctor Who. — Ela chiou. Ela não queria mais ver ninguém. Ela não lutou quando os pequenos pontos cinzentos apareceram. Ela se deixou desmaiar. ***** — Eu não entendo, é só um notebook. Eu compro cem pra ela se isso a fizer se sentir melhor. — Meryn acordou com o sussurro de Aiden. — Não é sobre o notebook Aiden. Sua companheira, embora tenha se saído bem conosco, não gosta de interagir

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com as pessoas. Embora ela disfarce, ela teve uma infância bastante isolada. Ela nunca aprendeu como estar perto dos outros. Para ela o notebook era como um porto seguro, quando ele foi súbita e violentamente retirado dela, isso estourou seu nível de ansiedade, provocando um ataque de pânico. Meryn manteve a respiração uniforme e os olhos fechados. Aiden estava conversando com seu irmão mais velho, Adam. O cheiro austero a levou a acreditar que estava na clínica e não na casa. — Eu não entendi! — A voz de Aiden estava cheia de frustração. Ela ouviu um suspiro pesado. — Ok. Quando alguém lhe dá um presente que você não necessariamente gosta, o que você faz? — Adam perguntou. — O que diabos isso tem a ver com alguma coisa? — Aiden latiu. Ela ouviu um baque suave. — Ai! — Sim, Adam tinha batido no Aiden. — Apenas responda à pergunta para o seu irmão mais velho e mais sábio. — Tudo bem! Eu digo obrigado, penso em um modo em que ele possa ser usado e prometo dizer a eles como foi. — Aiden respondeu. — Como você sabia disso? — Eu não sei. — Eu sei. Marius ensinou a você e a todos nós como aceitar

presentes

graciosamente.

Eu

me

lembro,

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especificamente, dele te ensinando antes do seu aniversário de seis anos. — Qual o seu ponto? — E se nunca te ensinassem? E se alguém lhe entregasse algo e você não tivesse ideia do que fazer ou dizer. E se você simplesmente congelasse, mas então o ato de congelar adiciona mais estresse. Agora você está estressado porque está estressado, adicione quaisquer possíveis reações negativas e os compostos problemáticos. A explicação de Adam foi recebida com silêncio. — Agora imagine que essa é a reação que você tem toda vez que tem que falar com alguém que não conhece. Ou quando é o centro das atenções? — Bons Deuses! — Aiden exclamou suavemente. — Como eu disse, ela se deu muito bem conosco, pode ser porque você é seu companheiro e qualquer aceitação natural que ela tenha por você se estendeu a seus amigos e familiares. Mas fora do seu círculo social, ela experimenta verdadeiros lampejos de pânico. Eu acho que ela aprendeu a manter isso à distância usando o notebook como um amortecedor. Se ela estiver em uma situação em que possa ter que falar com outras pessoas, aposto que ela tem um notebook aberto na frente dela para poder fingir estar ocupada ou desinteressada. — Meryn sentou-se, ambos os homens se voltaram para ela.

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— Eu faço isso. Se você parece que está trabalhando, as pessoas ficam longe e não tentam ficar de conversa fiada. — Ela admitiu. Aiden rapidamente se moveu para o lado dela. — Se sentindo melhor? — Ela deu de ombros. Suas mãos pareciam vazias. — Aiden, eu recomendo levá-la para casa e colocá-la para descansar pelo resto do dia. Uma boa noite de sono vai lhe fazer muito bem. — Adam aconselhou. Meryn assentiu segurando o braço de Aiden. — Podemos, por favor, ir para casa? — Ela se sentiria melhor se estivesse em um local familiar. Ela olhou em volta. — Por que essas coisas parecem estoque que sobrou dos anos cinquenta? — Ela perguntou. A maca em que estava e os armários de metal verde-limão pela sala tinham visto décadas melhores. — Porque é. — Adam respondeu. — Mas por quê? Você não pode comprar coisas mais novas? — Meryn perguntou. Adam e Aiden balançaram a cabeça. — A riqueza pessoal não pode ser usada para financiar um estabelecimento público. — Aiden explicou. — Isso é uma merda. — Nós faremos outra arrecadação de fundos no final do ano, mas a maioria das pessoas não acha que os membros da unidade precisam de uma clínica, já que somos paranormais e nos curamos rápido. — Adam tirou um cobertor do armário

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alto e envolveu-o nos ombros dela. — Leve-a diretamente para casa e para a cama. — Ele ordenou. — Vamos, Ameaça, hora de ir. — Aiden levantou-se e pegou-a nos braços gentilmente. — Minhas pernas vão esquecer como funcionam se você continuar com isso. — Tudo bem. Eu te carrego se elas o fizerem. A viagem para a casa foi tranquila. Aiden segurou a mão dela pelo caminho todo, pelo qual ela estava grata. Enrolada no cobertor da clínica, Aiden a carregou para dentro da casa. Marius e Adelaide saíram correndo da sala de estar da frente. — Ela está bem? — Meryn podia ver a ansiedade no rosto de Adelaide. — Ela está bem. Vamos passar o resto do dia no andar de cima, relaxando. Marius, você poderia mandar um jantar leve para cima mais tarde? — Aiden perguntou. — É claro, senhor. — Ele fez uma reverência. — Nós vamos fazer um café da manhã extra especial para você amanhã, Meryn, você simplesmente descanse agora. — Adelaide se inclinou para frente e beijou sua testa. — Obrigada, mamãe. — Meryn ficou satisfeita com a expressão de Adelaide. — Mamãe? — Ela sussurrou. — Todo mundo te chama de mãe, mas eu acho que mamãe soa melhor. — Meryn explicou. — Claro que sim. — O sorriso de Adelaide era trêmulo.

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— Vejo você pela manhã. — Aiden disse e carregou-a ao andar de cima. Assim que a sua porta se fechou atrás deles, Aiden começou a rir. — Aposto que minha mãe correu para o escritório para ligar para o meu pai e dizer a ele que você a chamou de mamãe. Espero totalmente que ele peça para você chamá-lo de papai. — Aiden colocou-a na cama. — Se isso fizer ele feliz eu vou. — Meryn se enrolou de lado. Aiden a olhou e o amor que ela viu em seus olhos quase a fez chorar novamente, mas ela estava farta de chorar. Aiden apenas continuou parado lá. Meryn percebeu que ele não sabia o que fazer. Ela se virou mais ou menos e deu um tapinha no espaço vazio atrás dela. Sem perder tempo, ele se enfiou atrás dela e puxou-a para a curva de seu corpo. Sua força e calor eram como um bálsamo calmante. Ela virou apenas a cabeça. — Beije-me. Eu não quero mais sentir o gosto dele. — Ela sussurrou. Com um rosnado baixo, ele abaixou a cabeça. Seus lábios mordiscaram os dela. Quando sua língua perseguiu a dela, ela teve que se afastar rindo. Ele pressionou os lábios na nuca dela e ela pôde senti-lo sorrir. Ele estava tentando fazê-la se sentir melhor. — Conte-me sobre o Natal. Eu quero ouvir algo legal para afugentar o medo. — Ela se empurrou para trás até que não havia dúvida alguma que o beijo deles o deixou desejoso. A mão dele parou o recuo dela.

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— Tenha cuidado ou você receberá um presente em vez de ouvir sobre eles. — Meu ciclo terminará depois de amanhã. — Graças aos Deuses! — Foi o rogo fervoroso de Aiden. — História de Natal, por favor. Nós não realmente o celebrávamos muito ao crescer. Eu ganharia duas ou três roupas novas do brechó e um novo par de sapatos, só isso. Nós nem sequer compramos uma árvore, nunca. — Aiden ofegou. — Nenhuma árvore! Essa é a minha parte favorita do Natal. Eu adoro decorar a árvore. Nós acumulamos tantos tipos diferentes de lâmpadas e ornamentos que tivemos que começar a dividi-los em temas diferentes e fazer rodízio. Este ano acho que é o tema animal. É um dos meus favoritos, muito rústico. A voz de Aiden assumiu uma cadência excitada. — E a comida! Deuses, a comida. Marius e minha mãe cozinham e cozinham todos os dias. Peru e presunto e gansos recheados. Tortas de carne moída e pudim flamejante. Os biscoitos da Bronwyn me fazem querer chorar todos os anos, são tão bons. Aiden suspirou. — O baile tem que ser o melhor, no entanto. Não há acordo ou arranjos comerciais feitos como na Véspera do Solstício de Inverno. Apenas a alegria da temporada, há dança e cantos a noite toda. Os Anciãos fazem e servem um

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rum com manteiga16 que mantém todos de alto astral. Acendemos velas durante toda a noite e ficamos acordados até o amanhecer para saudar o sol. Daí em diante os dias ficam mais longos. — Os olhos de Meryn se fecharam enquanto o dia a apanhava. A imagem que Aiden criou dançava em sua mente. Ela mal podia esperar pelo Natal, mesmo que isso significasse outro baile estúpido.

Rum com manteiga é uma bebida que contém rum, manteiga, água quente ou cidra, um adoçante e várias especiarias. Nos EUA tem uma história que remonta aos dias coloniais. 16

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Capítulo 9 — O seu notebook é uma merda e deveriam atirar em você por possuí-lo! — Meryn se enfureceu. A coisa pesava cerca de 3 quilos e meio e estava rodando o Windows 95. Ela tinha que se sentar perto da mesa dele, já que era necessário um cabo para a internet, ele era muito antigo para se conectar sem fio. — Eu não consigo fazer nada com isso! Como diabos você consegue fazer alguma coisa? — Meryn, meu trabalho é perseguir e atirar em coisas. Eu preciso da minha arma não um notebook. — Aiden explicou. Ele havia desmontado sua pistola lateral e estava lubrificando-a. Eles ainda estavam isolados no quarto deles na manhã seguinte, pelo que Meryn estava grata. Ela não teve muito tempo para si para recuperar as forças. Surpreendentemente, ela nem se importava que Aiden estivesse no quarto com ela.

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— Eu não pensei nisso até agora, mas você perdeu tudo o

que

tinha

compilado

sobre

o

caso

de

pessoas

desaparecidas, não é? — Quem disse que eu perdi? Eu sempre faço um back up no meu próprio servidor online pessoal. Eu só preciso chegar neles. Ugh! Pelo amor de Deus, ele está tentando se conectar com a AOL17! — Ela queria gritar. Ela ainda estava amaldiçoando quando houve uma batida na porta. Aiden deixou de lado sua arma e pano para lubrificar e atendeu a porta. — Eu trouxe o café da manhã para vocês. Deixe-me ser o primeiro a lhes dizer que sentiram muito a falta da Senhorita Meryn à mesa esta manhã. — Marius entrou com um carrinho. — Café! — Meryn se levantou de um pulo e saltou para o carrinho. Marius trouxera três xícaras de cappuccinos e um bule de café fresco em uma garrafa. Aiden imediatamente foi para o prato que continha uma pilha alta de bacon e salsicha. — Marius, você seria capaz de ir às compras hoje? Eu gostaria de comprar um novo notebook para a Meryn para substituir aquele que foi roubado. — Aiden perguntou. — É claro, senhor. Acredito que eles acabaram de abrir uma nova loja da Apple em Madison. Eu devo ser capaz de encontrar algo para ela lá. — Meryn olhou para Aiden.

AOL é um portal e provedor de serviço online, situada em Nova Iorque. Foi uma das pioneiras na internet em meados da década de 1990, e a marca mais reconhecida na web dos EUA. 17

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— Ele sabe sobre a Apple. Por que você não tem um computador decente? — Ela tomou um gole de cappuccino e lutou contra o desejo de chutar o notebook dele. Ele estendeu um cano de arma oleada e continuou comendo. — Se a senhorita escrever tudo que precisa, eu devo ser capaz de ir às compras hoje e estar de volta esta noite. — Marius

descobriu

um

prato

com

torradas

francesas

triangulares. Ele caminhou até a pequena escrivaninha em que ela estivera trabalhando e começou a pôr à mesa seu café da manhã completo com seu próprio saleiro de sal e pimentões. Meryn foi até sua mochila e arrancou um pedaço de papel e procurou uma caneta. Após cinco minutos de buscar e retirar todos os itens de sua bolsa, ela encontrou a caneta presa no caderno que tinha no começo. Sentindo-se frustrada, ela começou sua lista. Ela mostraria a ele. Sorrindo, ela escreveu uma lista e deu a Marius. Ele a olhou e franziu a testa. Talvez ela não se saísse com a sua depois de tudo. — Senhorita, este item, apenas dois? — Ele arqueou uma sobrancelha. Meryn não conseguia entender o que ele queria

dizer.

Ela

balançou

a

cabeça,

olhando-o

interrogativamente. Ele desenhou a letra “A”. “A?” Oh! Alfa! Ela deveria pegar o suficiente para todos. — Doze? Ele assentiu. — Isso parece correto. Desfrute do seu café da manhã, pequena senhorita. Eu vou sair em breve para comprar-lhe

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um notebook que funciona. — Ele fez uma reverência e saiu do quarto. — Ele é tão fodão! — Meryn deu um soco no ar. Ela olhou e percebeu que Aiden estava absorvido em sua arma. Murmurando para si mesma, ela abriu o notebook e esperou pelo acesso à internet. Nos vinte minutos seguintes, ela terminou seu café da manhã e seus segundo e terceiro cappuccinos. Ela estava prestes a desistir quando viu a familiar página inicial do seu servidor. Lhe tomou mais dez minutos para abrir os relatórios que havia compilado no dia anterior. Ela estava deixando passar algo óbvio e isso a estava comendo viva. Ela puxou as informações sobre o primeiro casal que tinha desaparecido, em seguida, as informações do segundo. O que, nesses dois casais, os ligavam? Por que agora? — Esse é um grunhidozinho impressionante que você tem. — A voz de Aiden a assustou. — Eu estava grunhindo? — Ela perguntou. Aiden assentiu. — Foi muito sexy. — Sem noção. — Agora, isso é algo de que posso dizer honestamente que nunca fui chamado. — Aiden riu. Meryn revirou os olhos. Ela não podia nem mesmo insultá-lo, seu ego era muito grande. Ela franziu a testa para o notebook. — Por quê? — Ela pensou em voz alta. — O que? — Aiden perguntou.

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— Nada, apenas falando comigo mesma. — Bem, se divirta. Vou levar Gavriel de volta ao quartel para me encontrar com Sascha para falar de ontem. Colton, Darian e Keelan ficarão aqui. — Aiden se inclinou, beijou-a nos lábios e se virou para ir embora. Meryn sentiu seu coração se apertar. Ela estendeu a mão e agarrou a camisa dele. Parecia que se ele ficasse com ela, nada de ruim aconteceria. Ele se virou e se ajoelhou na frente dela. — Eu voltarei antes que você perceba. Eu tenho que me informar com os homens e alimentar o Tubarão. — Tubarão? O que você tem, tipo, um Rottweiler ou algo assim? — Aiden corou e balançou a cabeça. — Eu tenho um peixe. — Uma piranha? — Não. Um peixe-palhaço. — Ela piscou e ele lhe franziu o cenho, como se a desafiasse a rir. — Você tem um peixe-palhaço chamado Tubarão? — Ela perguntou e então percebeu. Ela começou a rir. — Você gostou do Encontrando Nemo, não foi? — De alguma forma o rosto dele ficou num tom mais profundo de vermelho. — Isso é demais! — Ela caiu de lado, rindo. Aiden continuou a franzir o cenho para ela. — É a maior história de sobrevivência! Nemo é levado pelo inimigo, mas seu pai não desiste de tentar recuperá-lo. Ele forma alianças improváveis e vence seus medos para ter seu filho de volta. Nemo também se recusa a continuar

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prisioneiro e segue o código dos guerreiros para escapar e voltar para sua unidade familiar. — Aiden explicou. Meryn se sentou e passou os braços em volta do pescoço dele. — Você tem que ser o homem mais adorável que eu já conheci. Eu sou tão sortuda pela Destino nos ter juntado. — Ela o abraçou apertado. — Eu não sou adorável. Eu sou o Comandante da Unidade,

meus

inimigos

tremem...



Ela

o

beijou

profundamente. — Sim, sim, eu sei. Você é muinto assustador. Ele envolveu seus braços fortes ao redor dela e acariciou seu pescoço com o nariz até que ela chiou. — Eu te amo, Meryn. E farei o que for preciso para mantê-la segura. — Ele se afastou e ela viu a determinação e vulnerabilidade em seus olhos. Sua garganta se apertou, ela nunca amou nada mais do que o homem à sua frente. — Eu também te amo, eu não me senti segura até você estar aqui. Ele segurou-a apertado. Ela se afastou e beijou-o gentilmente nos lábios. — Vá alimentar o Tubarão, mal posso esperar para conhecer seu peixinho feroz. Ele se levantou. — Seja boa. — Ela apenas o encarou. — Tente ser boa? — Ela assentiu. — Aiden. — Ela chamou quando ele passou pela porta. Ele se virou.

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— Sim? — Obrigada por ter vindo por mim. — O sorriso dele era caloroso e gentil, mas seus olhos a abrasavam com um prometedor ardor. Ele fechou a porta atrás dele. — Maldito período! — Ela murmurou e voltou para o notebook arcaico de Aiden. ***** Ao meio-dia, Meryn estava pronta para cortar os pulsos ou bater em Aiden com seu próprio notebook, estava em um impasse.

Finalmente,

ultrapassados

os

seus

níveis

de

paciência, que eram praticamente inexistentes concernente ao carregamento de páginas de qualquer forma, ela fechou a tampa do notebook com uma batida e decidiu tomar um banho. Ela deixou a antiguidade cair no chão e foi até sua mala. Ela deveria reivindicar uma gaveta? Este era seu novo quarto? Ela vasculhou suas roupas e fez uma anotação mental para perguntar sobre o futuro deles. Sentindo-se beligerante, ela escolheu uma de suas camisetas favoritas que dizia: "Eu odeio todo mundo!" e foi ao banheiro. Enquanto se preparava, percebeu que seu ciclo acabara. Ela fez uma pequena dança feliz no chuveiro. Enquanto lavava o cabelo, ela debatia sobre a melhor maneira de informar Aiden. — Vamos lá, garotão, você, eu e Tubarão. — Meryn bufou, rindo, o que foi um erro porque ela inalou um monte de água. Tossindo e cuspindo e sentindo-se mais malhumorada do que nunca, ela terminou o banho e se vestiu. Ela deixou o notebook de Aiden no chão e saiu pela porta. Ela

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estava prestes a dar o primeiro passo para descer as escadas quando olhou para o corrimão. E o olhou. Ela

olhou

em

volta

para

ver

se

alguém

estava

observando. Jogando a cautela ao vento, ela subiu no corrimão de madeira, respirou fundo e se empurrou. Puta merda! — Má ideia, má ideia, má ideia!! — Meryn gritou até chegar lá em baixo. Ainda gritando, ela voou do final do corrimão e aterrissou sobre o cóccix no caro piso de mármore do saguão. Com lágrimas nos olhos, ela rolou no chão segurando a bunda. — Que diabos! — Adelaide e Byron correram para fora do escritório. Eles a encararam enquanto ela se balançava, gemendo. — Você me deve cinco dólares. — Byron disse, estendendo a mão. Adelaide balançou a cabeça. — Eu posso lhe dever cinco dólares porque você apostou que ela iria descer pelo corrimão, mas você me deve vinte porque eu disse que ela não pensaria em colocar qualquer travesseiro aqui em baixo como o Ben. — Adelaide apontou um dedo para seu companheiro. — Vocês são maus. Estou aleijada! — Meryn levantou-se com as pernas bambas. — Venha se sentar e nos fazer companhia no meu escritório, as cadeiras são mais confortáveis lá do que na sala

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de estar. — Byron ajudou-a a mancar até seu escritório e sentou-a. — Esse dia é uma droga! O notebook do Aiden é uma droga! E os chuveiros são uma droga! E os corrimões são uma droga! — Meryn sabia que parecia infantil, mas fez beicinho de qualquer maneira. Alguns dias simplesmente precisavam de um botão de reinicialização. — Pobre querida. Aqui, tome um pouco de chá, você vai se sentir melhor rapidinho. — Adelaide passou-lhe uma xícara de chá fumegante. Meryn inspirou a leve fragrância. — Jasmim? — Sim, é um dos preferidos do Byron. — Adelaide lhe passou um pequeno prato cheio de cookies. À sua direita, uma grande lareira de pedra com um fogo crepitante dava à sala um brilho aconchegante. Meryn se remexeu na cadeira, ficando confortável, ignorando as pontadas de dor de seu cóccix e suspirou. O dia estava parecendo muito melhor. Em um silêncio confortável Adelaide escrevia, cartas realmente escritas à mão enquanto Byron digitava em seu computador. Meryn estava morrendo de vontade de ver se seu computador era melhor do que o notebook de Aiden. — Meryn, venha aqui antes que torça o pescoço. — Byron levantou-se e apontou para a cadeira dele. Meryn rapidamente deixou de lado sua xícara de chá e praticamente correu para a mesa dele. Byron sentou-se ao lado de sua companheira e começou a ajudá-la a colocar o endereço em alguns dos envelopes.

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Meryn estalou os nós dos dedos. Era um computador Mac. Ela logou como convidada e em segundos estava na internet. Ela puxou seu banco de dados e começou a puxar relatórios. — Oh, rasgue esse. Não vamos convidar os Bowers, não depois do que eu descobri esta manhã. — Adelaide fervilhava. Byron a olhou, surpreso. — O que o Ethan fez? — Não o Ethan, a Daphane! Marius quase ficou com vergonha

de

informar

que

quase

todos

os

potenciais

candidatos a escudeiros que selecionamos para as entrevistas depois do baile desistiram. Evidentemente, Daphane está entrevistando para a Elise exatamente no mesmo dia e está dizendo que é mais prestigioso trabalhar para alguém que é realmente paranormal em uma casa menor, do que para um humano na Casa McKenzie. — Adelaide bateu a caneta. Meryn deu de ombros. — Se isso foi o suficiente para eles mudarem de ideia, então podem ter nos feito um favor. Agora não teremos que eliminá-los. — Ela tamborilou os dedos na madeira polida da mesa de Byron. — Essa é uma maneira muito positiva de olhar para isso, Meryn. — Byron parecia orgulhoso. — Isso também significa menos entrevistas e conversas com as pessoas. — Meryn olhou para cima, sorrindo. Adelaide riu. — Claro, você veria dessa maneira.

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— Você está começando a me conhecer bem demais, mamãe. — Meryn voltou para as anotações que o Ancião Airgead lhe dera. Alguém limpou a garganta. — Ah, Meryn, eu na verdade queria falar contigo sobre algo. — Byron começou. Meryn tinha a sensação de que sabia o que ele ia dizer. — Sim, papai? — A expressão no rosto dele era inestimável. Ela estava certa. Ele queria ser chamado de “papai”. Ele engoliu em seco. — Hum... como está o computador para você? — Ele mudou de direção rapidamente. — Melhor do que o do Aiden, com certeza. Ei, posso te perguntar uma coisa? Os paranormais são permitidos no Facebook? Ou há alguma versão super duper paranormal? — Não, nós usamos a mesma versão do Facebook como o resto do mundo, só temos que ter cuidado com o que compartilhamos. Todos os dispositivos têm o Geo-tagging18 desativado. — Byron explicou. — Hmm. — Ela abriu o Facebook e voltou ao trabalho. — Bem, agora temos três entrevistas. Um jovem promissor de Londres, um da Alemanha e outro jovem do Japão. Eu nunca ouvi o nome da família dele antes, então ele pode ser novo em servir. Honestamente, toda essa falsidade e mesquinharia porque Daphane Bowers não acha que todo mundo está prestando atenção suficiente no seu futuro neto, Geotagging é o processo de adição de informações geográficas a uma foto, vídeo, site ou feed RSS. Esta informação revela a sua localização exata quando a foto foi tirada. 18

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é ridículo. Como se não fosse a época do ano para anúncios de gravidez de shifters. — Adelaide balançou a cabeça e Meryn congelou. — O que você disse? — Meryn se virou para Adelaide. — Sobre a Daphane? — Não, sobre os anúncios de gravidez dos shifters. — Aiden não te explicou sobre os nossos períodos férteis? — Ela perguntou. Meryn assentiu. — Mas por que você disse o que disse sobre anúncios de gravidez? — Meryn, shifters engravidam em torno do Solstício de Verão. É outubro, a maioria dos casais espera até depois do primeiro trimestre para anunciar qualquer coisa, ou dá má sorte. É por isso que há sempre anúncios de gravidez de shifters nessa época do ano. — Adelaide explicou. — Oh meu Deus. — Meryn sentiu o sangue se esvair de seu rosto. — Por favor, esteja errado, por favor, esteja errado, por favor, esteja errado. — Ela murmurou para si mesma vez após vez. — Meryn? — Adelaide e Byron se levantaram e se aproximaram dela. Meryn rapidamente escaneou o site em que estava e se rescostou, sentindo-se mal. — Eu sei como eles estavam conectados, os dois casais desaparecidos. Eles tinham, ambos, postado anúncios de gravidez no Facebook com um dia de diferença um do outro.

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— Ela sussurrou. Adelaide ofegou e agarrou o braço de Byron. — Byron! — Ele já estava se movendo. Ele pegou o casaco e estava indo para a porta. — Bom trabalho, Meryn, ligue para Aiden e informe-o. Estou convocando uma reunião de emergência do conselho. Precisamos enviar uma advertência pública para parar os anúncios de gravidez. — Ele correu pela porta. Meryn estava congelada na cadeira. — Meryn. Meryn. Ligue para o Aiden. — Adelaide empurrou o telefone da mesa para ela. Com uma mão trêmula, ela discou o celular de Aiden. — Pai? — A voz de Aiden soava confusa. — Não, sou eu. Meryn, quero dizer. — Por que você está no telefone de mesa do meu pai? — Ele me deixou usar o computador dele. Ouça, eu achei a ligação entre os dois casais, ambos estavam grávidos. Eles postaram um anúncio de gravidez no Facebook com um dia de diferença um do outro. — Ela explicou. Ele começou a xingar sem parar. — Seu pai está convocando uma reunião do conselho para impedir os anúncios de gravidez. — Eu tenho que ir, preciso atualizar os líderes de unidade. Meryn, fique com os meus pais hoje. Não saia por conta própria. — Eu não vou. Prometo. Aiden? — Meryn hesitou. — O que foi, querida?

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— Tenha cuidado, ok? Eu meio que me acostumei com você. — Eu vou. Prometo. Te amo. — Ele sussurrou. — Te amo também. — Ela desligou o telefone e o olhou fixamente. Quando se virou, viu Adelaide de pé perto da porta, olhando para fora, uma expressão assombrada no rosto. Ela foi até ela e passou os braços em volta de sua cintura. Adelaide choramingou baixinho e abraçou Meryn de volta com força. — É por isso que sempre quis uma filha. — Adelaide se afastou e enxugou os olhos nas costas da mão. Ela sorriu para Meryn. — Aiden teria prometido matar o que quer que estivesse me incomodando e então ele teria saído para treinar para garantir que poderia fazer isso. Às vezes você só precisa de um abraço. — Meryn pousou a cabeça no ombro de Adelaide. Ela inspirou o perfume da mulher mais velha e enterrou o rosto em seu vestido. — Isso é um abraço de mãe? Adelaide riu. — Sim, este é um abraço de mãe, menina querida. Que tal nós tomarmos a cozinha enquanto Marius não está aqui para nos castigar e fazermos uma enorme bagunça fazendo cookies? — Adelaide sugeriu. Meryn definitivamente poderia se acostumar a ter uma mãe. — Só se eu puder te apresentar as alegrias de comer massa de cookie crua. — Combinado!

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Elas caminharam até a cozinha e Adelaide começou a pegar os ingredientes. — Adelaide, posso te perguntar uma coisa? — Meryn mediu o açúcar mascavo, ela colocou um pouco na tigela e comeu uma colher de chá de açúcar. Uma xícara na tigela, uma colher de chá para ela. — É claro, querida. — Adelaide estava medindo a farinha e o chocolate. — Foi difícil viver longe de Byron todos aqueles anos? — Meryn chupou sua colher de chá. Adelaide parou por um momento e continuou colocando os ingredientes. — Sim. Sim, foi muito difícil. Algumas noites eu ficava acordada no andar de cima e me perguntava por que estávamos tão perto, mas separados. Eu não gostava disso, mas havia noites em que Byron tinha que sair com sua unidade, onde mal chegavam à cena a tempo de salvar uma vida. Até mesmo o tempo extra até o quartel teria custado vidas. Eu entendi por que tínhamos que viver assim, mas não, eu não gostava disso. — Por que você não se mudou para o quartel com ele? Pelo que me lembro, o lugar é como uma pequena mansão, tinha que ter espaço. — Meryn pegou outra colher de chá de açúcar. Adelaide piscou para ela. — Isso simplesmente não é feito. — Hmm. — Meryn derramou o açúcar mascavo na tigela.

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— Você vai se acostumar com isso depois de um tempo e terá seu escudeiro para lhe fazer companhia. — Meryn observou com fascinação enquanto Adelaide facilmente mexia com a colher de pau a mistura robusta. Esta era a parte em que ela sempre tinha problemas, seus braços magros mal podiam mover a colher. Ela continuava esquecendo que Adelaide também era uma shifter. — Ok, está misturado. Você simplesmente come? — Adelaide olhou para a tigela. — Não. Vamos colocá-la na geladeira por um tempo. Então devemos ser capazes de comê-la. Resfriar a massa também deixa os biscoitos melhores. — Meryn cobriu a tigela com uma toalha e colocou-a na geladeira. — Vamos tomar um chá enquanto esperamos. — Adelaide colocou a chaleira no fogão para ferver. Meryn sentou-se à mesa e empilhou os cubos de açúcar em um guardanapo. Sem seu notebook, ela se sentia exposta. Ela estava trabalhando na terceira fileira de sua parede de açúcar quando Adelaide veio com duas xícaras de chá. Ela se sentou em frente a Meryn e tomou um gole de chá. —

Como

era

Aiden

quando

criança?



Meryn

perguntou, aproveitando esta oportunidade para conhecer mais sobre seu companheiro. Adelaide sorriu, mas de uma forma um pouco triste. — Ele era um filho muito sério e consciencioso. Ele sempre defendeu Ben e tirava tempo para mostrar-lhe coisas. Ele sempre se certificava de que eu estava confortável antes

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de sair de um cômodo. E é claro, ele idolatrava o pai. Quando ele saiu de casa para se mudar para a academia, como aluno, senti saudades terrivelmente. Byron já havia se tornado um Ancião quando Aiden partiu para treinar e Adam e Adair já haviam se recusado a herdar depois de Byron. Eu acho que Aiden considerou seu dever ser um guerreiro e seguir os passos de Byron. Há alguns dias em que me pergunto se isso é o que Aiden realmente queria e se talvez, no fundo, ele se ressente de seus irmãos por escolherem outros caminhos e forçá-lo a se tornar um guerreiro. — Adelaide girou a xícara de chá no pires. Meryn pensou nisso por um momento e balançou a cabeça. — Ele é muito teimoso. Ele pode ter se sentido obrigado a princípio, mas ele não teria continuado a menos que fosse algo que ele quisesse fazer. Quando Adam e Adair se apresentaram eu pude ver um sinal de orgulho nos olhos de Aiden. Eu não acho que ele se ressente deles fazerem o que querem com suas vidas. — É bom poder falar sobre isso com alguém. — Adelaide admitiu. — Não se preocupe, Adelaide, eu vou te ajudar a mantêlos ocupados. — Meryn prometeu. A risada tilintante de Adelaide elevou o ânimo de Meryn. — Eu acho que você já está fazendo isso. Vamos para a sala de estar da frente e eu vou te ensinar a costurar. — Adelaide se levantou e Meryn gemeu.

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— Por quê? Eu pensei que você gostasse de mim? — Meryn terminou seu chá e se levantou. — Você não quer dar a Daphane Bowers a chance de lhe olhar por cima do nariz, quer? — Adelaide levantou uma sobrancelha elegante. — Não! Eu já lhe dou muita munição. — Meryn admitiu. — Bom. Vou começar com algo fácil. Primeira lição: colocar a linha na agulha. — Adelaide caminhou com ela até a frente da casa. Me mate agora. ***** Pelo resto da tarde, Meryn descobriu como Sísifo19 deve ter se sentido empurrando aquela rocha morro acima, quase alcançando o topo apenas para vê-la rolar para baixo novamente. Depois de quatro horas, ela ainda precisava enfiar a linha em uma agulha. Toda vez que ela exalava, errava. Toda vez que inspirava, errava. Então ela tentou prender a respiração e quase desmaiou. Quando Marius voltou

com

seus

pacotes,

Meryn

estava

secretamente

planejando juntar todas as agulhas da casa e derretê-las no quintal. — Eu pensaria que você está brincando comigo, mas posso ver o quão determinada está. — Adelaide balançou a cabeça. De acordo com a mitologia grega, Sísifo era o mortal mais ardiloso que existia e, por enganar a morte duas vezes, Zeus lhe castigou fazendo-o rolar uma enorme pedra morro acima, mas ao chegar ao topo a pedra rolaria de volta para baixo e ele teria de recomeçar. 19

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— Eu vou enfiar essa linha pela porra dessa agulha mesmo que isso me mate! — Meryn jurou agitando o punho. — Por que você não faz uma pausa? Eu acho que Marius tem algo para você. — Adelaide apontou para a porta. Meryn viu uma caixa grande com o logotipo universalmente reconhecido da Apple e soltou um grito alto. Ela pulou e dançou de pé em pé na frente de Marius. Marius, com grande floreio, abriu a caixa e apresentoulhe um notebook novinho em folha. — Olá, bebê, vou cuidar tão bem de você. Vem cá, filhinho da mamãe. — Meryn cantarolou para o pequeno notebook e correu de volta para sua cadeira. Em segundos, ele tinha iniciado e estava arrancando com ela através da configuração final. Ela instalou um sistema operacional Linux paralelo e começou a instalar seus próprios programas a partir de seu pen drive. Depois de alguns minutos, ela havia estabelecido a conexão sem fio e estava de volta à Internet. — Você trata essa coisa com mais gentileza do que a maioria das pessoas trata seus animais de estimação. — A voz de Aiden a tirou de sua alegre exploração de sua nova máquina. — Você voltou! — Eu vou ajudar o Marius a organizar o jantar. — Adelaide beijou-o na bochecha e dirigiu-se à cozinha. — Sim, eu tenho observado você acariciar seu novo notebook. Eu deveria estar com ciúmes? — Ele brincou.

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— Absolutamente. — Meryn assentiu e abraçou seu notebook apertado. Ela optara pelo Mac Book Pro de 13 polegadas. Era mais leve que seu antigo notebook e tinha mais poder. Ela já estivera on-line e localizou uma nova capa do Doctor Who. Ela fez uma anotação mental para perguntar a Marius qual endereço usar para despachar. — Que homem pode competir com um novo notebook, huh? Nós pedimos pizza para dar a Marius a noite de folga já que ele foi fazer compras para nós. Depois do banho, o resto dos caras estará aqui. Espero que goste de pimentão verde. — Ele esticou os braços sobre a cabeça e girou o pescoço. Ela admirava a forma como os músculos dele se moviam sob a camiseta de algodão apertada. Ela suspirou e ele levantou uma sobrancelha. — Talvez eu possa competir depois de tudo? — Ele fechou a porta atrás dele e foi até ela. Meryn sentiu seu coração começar a acelerar. Ele tirou o notebook de suas mãos e colocou-o na mesa ao lado dela. Com um movimento possibilitado por sua velocidade e força de shifter, ele a puxou da cadeira e a inclinou para trás, abrasando-a com um beijo apaixonado. Conforme o beijo se aprofundava, eles se endireitavam. Meryn colou-se ao corpo dele e sentiu a linha dura de sua ereção contra seu estômago. Ela estendeu a mão por entre seus corpos e apertou a protuberância dele, fazendo-o gemer profundamente na garganta. — Você não pode fazer isso comigo, Meryn. Você ainda está no seu ciclo e minha mãe me mataria se eu a tomasse na

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sala de estar dela. — Sua respiração ficou mais irregular enquanto ela continuava acariciando-o. Meryn deixou sua mão se afastar e a testa de Aiden se recostou em seu ombro. Ela sorriu maldosamente enquanto virava os lábios para o ouvido dele. — Meu ciclo terminou hoje. — A respiração dele parou. Ele recuou e seus olhos estavam completamente pretos. Assim que as mãos dele apertaram seus braços para puxá-la para mais perto, a mãe dele abriu a porta. — A pizza chegou. Venha pegar enquanto está quente. — Ela se afastou, deixando a porta aberta. — Oba! Pizza! — Meryn pegou seu notebook e se virou para Aiden com uma expressão inocente. — Não está com fome? — Seu rosnado a fez rir enquanto corria da sala. Sua resposta sorridente e seus beliscões perseguiram-na até a sala de jantar. Quando chegaram lá, ele a beijou rapidamente e então sua atenção foi para as pilhas de pizza dispostas na grande mesa da sala de jantar. Observando-o pegar uma caixa inteira, seu coração parecia leve. Ela tinha que admitir, mesmo que apenas para si mesma, que ela sentira muitas saudades dele hoje. Ao contrário de Adelaide, ela se recusava a ficar para trás enquanto ele morava no quartel. Com um novo item em sua lista de tarefas, Meryn pegou um prato e sentou-se ao lado de Aiden, enquanto o resto dos membros da unidade se juntavam a eles para o jantar.

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Capítulo 10 — O que o conselho decidiu? — Aiden perguntou enquanto todo mundo se acomodava. — Meryn, nunca, nunca, se sinta mal por chamar René de babaca. Aquele homem quase excedeu os limites da minha paciência hoje. Ele teve a ousadia de sugerir que esses casais mereciam o que quer que lhes acontecesse por terem decidido morar fora de Lycaonia. — Byron rosnou baixinho. — Vão parar com os anúncios de gravidez? — Adelaide perguntou. — Faremos um anúncio público geral amanhã. Temos que mantê-lo vago para evitar o pânico em massa, mas temo que a maioria o ignore. Faz parte da nossa cultura celebrar os nossos filhos e eu sei que os novos pais vão querer que o mundo saiba. — Byron mordeu uma fatia de pizza.

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— Oh, isso me lembra — Meryn virou-se para Aiden —, antes de perder a cabeça com seu notebook esta manhã, me deparei com um relatório arquivado pelo xerife do condado. Eles localizaram um corpo

feminino

a cerca de oito

quilômetros de Madison hoje. Mas não divulgarão essa informação tão cedo. — Meryn dobrou sua fatia ao meio e deu uma mordida. Todos a encararam. — E como você “se deparou com isso”? — Aiden perguntou. — Você possui um notebook ainda rodando o Windows 95, não vou desperdiçar uma explicação perfeitamente boa em você, mas saiba que foi completamente ilegal. — Meryn! — O quê? — Você não vai ser pega? — De jeito nenhum! Se o governo federal não pôde me rastrear, não há como esses pequenos xerifes conseguirem. — O rosto dele empalideceu. — Governo federal? — Sim, tenho a NSA na palma da mão. Eles pararam de tentar me pegar anos atrás. Eles sabem que eu não causo problemas, não vendo segredos ou roubo. No final, eles perceberam que era mais fácil apenas deixar-me fazer o que eu quero. — Então você só sentiu vontade de invadir o e-mail do xerife? — Darian perguntou.

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— Uh, sim. Eles não percebem que estão lidando com paranormais e não sabem relatar coisas para você, então eu montei um pequeno programinha que encaminha todos os emails do xerife para a minha caixa de entrada. Os olhos de Aiden se estreitaram. — Exatamente o que você pode fazer com aquele frisbee demasiado caro? — Dominar o mundo. — Ela deu outra mordida na pizza. — Não, fala sério. — Ele cutucou. Ela o olhou e piscou. — Não, eu falo sério. — Ok, eu não quero pensar sobre isso agora. Alguma outra notícia? Meryn pegou o notebook do chão e abriu-o no colo. Ela examinou seu e-mail antes de se voltar para Aiden. — Você quer uma versão resumida? É meio sangrento. — Ela apontou para Adelaide. — Se essas jovens mulheres passaram por isso, eu pelo menos devo a elas ouvir. Se eu puder ajudar de alguma forma, eu vou. — Adelaide insistiu. — Ok. Um segundo corpo foi encontrado fora de Waynesburg, mas porque esse é um condado diferente, eles não perceberam que era a pessoa desaparecida de Madison. Ambos os corpos foram completamente mutilados. Os médicos legistas ainda estão tentando determinar se têm todos os pedaços. — Meryn fez uma pausa para ler.

MY

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— O que é? — Eles estão tendo dificuldade em identificar os corpos porque, e cito: “Parece que algo comeu os seus rostos”. Eu me pergunto se eles têm fotos? — Meryn estava prestes a verificar quando Aiden fechou seu notebook. — Desculpe. — Adelaide colocou a mão trêmula à boca e saiu da sala, Byron e Marius atrás dela. — Desculpe. — Meryn sentiu que tinha pisado na bola. — Tudo bem. Eu acho que é o fato dela saber que as mulheres

estavam

grávidas

que

a

está

afetando.



discutimos coisas piores na mesa de jantar antes. — Aiden esfregou as costas de Meryn. Adelaide e Byron voltaram alguns minutos depois. — Eu sinto muitíssimo. — Meryn se desculpou. — Está tudo bem, querida. Eu espero que ninguém se importe se eu ignorar o resto do jantar e for direto para a sobremesa. Cookies parecem-me perfeitos agora. — Adelaide empurrou sua pizza para o lado. — Parece perfeito para mim também! — A primeira fornada está aqui. Comam enquanto estão quentes. Eu também tomei a liberdade de deixar de fora apenas a massa do cookie. — Marius colocou um prato no meio da mesa. De um lado, biscoitos frescos fumegando, no outro bolas de massa. Depois que Adelaide e Meryn pegaram as suas, todos os outros também pegaram. Meryn estava prestes a perguntar como fora o treinamento deles quando as luzes se apagaram.

MY

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No escuro Meryn ouviu uma meia dúzia de cadeiras raspando no chão enquanto os homens se levantavam. — Gavriel, leve Colton e Keelan e verifique a parte traseira. Pai, você, Darian e eu veremos a frente. Marius, você pode manter a equipe calma? — Aiden imediatamente assumiu o comando. — Claro, senhor. Uma mão apareceu em seu ombro e ela ofegou. — Sou apenas eu. — Aiden a beijou e se afastou rapidamente. — Meryn se agarre na borda da mesa e venha até mim. — A voz de Adelaide soou calma e segura. Meryn nunca teria imaginado que ela acabara de recusar o jantar. Ela fez o que Adelaide aconselhou e tateou seu caminho ao redor da mesa até que agarrou duas mãos quentes. — Agora me siga. Byron tem um quarto do pânico em seu escritório. Se apresse, querida. — Adelaide navegava com facilidade no corredor escuro. Tinham acabado de passar pela porta da frente quando Meryn ouviu o som de um gemido canino. Ela congelou. —Vamos, Meryn. — Adelaide gentilmente puxou a mão dela, mas quando um grito agudo foi interrompido, Meryn se virou para a porta. — Foi o Colton! — Ela tentou livrar a mão com um puxão. — Não, Meryn! Temos que ficar dentro de casa. — Adelaide começou a puxá-la de volta para o escritório.

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— Não, por favor! Nós temos que ver se ele está bem. — Meryn tentou libertar-se, mas não conseguia. Então, tão repentinamente quanto as luzes haviam se apagado, estavam de volta. Meryn aproveitou a distração momentânea de Adelaide e soltou-se. Correu e abriu a porta. Ela só dera dois passos para fora quando tudo começou a se mover em câmera lenta. Não conseguia recuperar o fôlego. Percebeu que estava tendo dificuldade em respirar porque estava gritando. Imagens passavam em sua mente em mil pedaços. A porta se abrindo e depois o sangue. Tanto sangue. Braços se enrolaram em volta dela por trás. Um perfume familiar envolveu-a quando ela foi puxada de volta para dentro da casa. O fluxo constante de gritos de sua própria garganta e a imagem que ficaria para sempre gravada em sua mente. Um lobo eviscerado, pendurado por seus intestinos na varanda da frente. E então, como se alguém apertasse um botão, o mundo não estava mais se movendo em câmera lenta. — Não! Deus, não! Colton! — Seus próprios gritos ecoaram no saguão. Gritos zangados dos homens e pés batendo. — Respire Meryn, apenas respire. — A voz de Adelaide se repetia em seu ouvido. Meryn podia sentir as lágrimas quentes da mãe de Aiden em seu pescoço. Meryn não mais gritava palavras, apenas lamentos longos e angustiados. Entre uma batida do coração e a outra o mundo dela ficou preto.

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***** Meryn lutou para acordar. Quando tentou abrir os olhos, percebeu que eles estavam praticamente colados de sono. Esfregando os olhos, ela se virou. Estava em seu quarto. — Aiden? — Ela sentiu um movimento atrás dela. — Estou aqui. — Ele a puxou para perto. Os eventos da noite anterior voltaram e ela começou a soluçar. — Querida, está tudo bem. — Como você pode dizer isso? Ele era seu melhor amigo! — Colton está bem. Minha mãe disse que você gritou o nome dele. Meryn, era apenas um cachorro, um pobre cachorro que esse psicopata usou para nos assustar. — Ele esfregou os braços dela. — Colton está bem? — Sim, ele está bem. Quando morremos, mesmo se estivermos transformados, voltamos à forma humana. Ele ficou muito emocionado com sua preocupação, no entanto. — Alívio a inundou. Sentia-se exausta de novo. — Aquele pobre cão. Eu o ouvi Aiden, ele estava vivo quando ele o trouxe aqui. Eu o ouvi chorando na varanda. — Isso foi tudo o que bastou para uma nova torrente de lágrimas a alcançar. — Juro que vou encontrar esse cara, ele vai pagar por tudo o que fez.

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— Por que ele iria machucar um cachorro inocente? — Meryn soluçava. Ela poderia facilmente discutir sobre corpos dilacerados no jantar e não se importava. Nunca gostou de pessoas, mas de animais? Os animais foram seus únicos amigos enquanto crescia. Ela não suportava o fato de ter ficado ali, escutado esse cachorro sendo assassinado. — Porque ele é um fodido de merda e está brincando com a gente. — Aiden puxou-a para o seu corpo e colocou uma perna pesada sobre a dela. — Durma um pouco, querida, as coisas não parecerão tão ruins de manhã. — Meryn apenas assentiu. Fechou os olhos e gostou de estar envolvida nos braços de Aiden. ***** Meryn estava em uma missão. Ela estava determinada a encontrar o idiota assassino de cães e levá-lo à justiça. Assim que acordou, deslizou para fora da cama e saltou para o chuveiro. Conseguiu se vestir antes de Aiden acordar. Ele sorriu para a sua escolha de camiseta para o dia. She-Ra20: A Princesa do Poder, brandido uma espada em seu peito, fazendo-a sentir vontade de tomar o mundo. — Vou descer. — Ela disse. — Volte aqui, mulher. — Aiden apontou para o lado vazio do leito. Ela pousou o notebook e caminhou de volta para a cama. Antes que ela pudesse piscar, o braço dele

20

She-Ra é Adora, irmã do He-Man.

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serpenteou para fora das cobertas e puxou-a de volta à cama. Rindo, ela se virou e olhou para ele. Seus beijos lentos acenderam um fogo em seu sangue. Ele tomou seu tempo e fez uma trilha de beijos até seu pescoço. — Podemos sempre ficar na cama hoje. — Ele sussurrou antes de sua mão começar a subir a camiseta dela. — Eu já te disse, ultimamente, que te acho um gênio? — Ela ofegava. Ele riu. Seus dedos tinham acabado de deslizar para dentro de seu sutiã quando uma batida forte o afastou bruscamente. Aiden rosnou para a porta. Meryn rolou de costas, tentando recuperar o fôlego. — O quê?! — Ele gritou. — Um terceiro casal acabou de ser dado como desaparecido, desta vez de dentro de Lycaonia. — Gavriel relatou com urgência. E sem mais nada, o seu ardor arrefeceu.

Aiden

levantou-se

e

começou

a

vestir

seu

uniforme. — Quem? — Eleanor Canter. — Meryn franziu a testa. Ela conhecia o nome. Como ela conhecia o nome? A conversa do círculo de costura surgiu em sua cabeça. — Oh, não. Sua mãe vai ficar preocupada de morte. Eu a conheci no círculo de costura, Aiden. Ela era realmente simpática. — Os olhos de Aiden encontraram os dela. Ela sabia que ele estava tentando não demonstrar, mas no final eles eram muito parecidos, ambos acreditavam que Eleanor já estava morta.

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— Estou deixando Colton aqui. Me ligue se precisar de alguma coisa. — Aiden se inclinou para frente e encostou sua cabeça na dela. — Eu gostaria de poder ficar. Eu quero lhe mostrar como me sinto. — Ele sussurrou baixo. — Eu sei. Mas temos tempo, Eleanor pode não ter. — Ela agarrou a frente de sua camisa. — Eu te amo tanto, Meryn. Eu preciso te reivindicar logo. — Ela se inclinou para trás. — Esta noite. — Ela prometeu. — Esta noite. — Ele a beijou suavemente, como se saboreando a sensação de seus lábios. — Vamos, Super-Homem, a sua unidade precisa de você. — Meryn agarrou seu notebook e pegou sua mão. Aiden abriu a porta. — Ele é mais o Zé Colmeia do que o Super-Homem. — Gavriel informou-a, sem abrir um sorriso. — E você é mais como... — Aiden começou. — Não. Não diga isso. Quaisquer comparações feitas com certos vampiros brilhantes serão respondidas com uma morte lenta. — Gavriel ameaçou. Aiden riu. Meryn revirou os olhos. Eles desceram as escadas e despediram-se no saguão. — Até hoje a noite. — Aiden prometeu. — Até hoje a noite. — Eles saíram e Meryn foi até a sala de jantar sozinha. Quando entrou, Adelaide e Byron estavam saindo. — Onde vocês dois vão? — Ela perguntou.

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— Byron tem uma outra reunião do conselho para discutir o novo desaparecimento. Estou indo até à casa dos Canter para ver se há alguma coisa que eu possa fazer. Depois, vou para a Mansão do Conselho ajudar a preparar o baile de amanhã, embora com tudo o que tem acontecido, eu não tenho certeza se as pessoas vão querer celebrar. — Ela enxugou os olhos. Byron beijou seu cabelo. — É por causa do que está acontecendo que precisamos celebrar. — Byron olhou para Meryn. — Você fica bem sozinha hoje? — E Aiden iria deixá-la sozinha? — Colton disse, atrás de Meryn. Ele andou até ela e lhe deu um abraço fraternal. — Vou deixá-la em suas mãos. — A voz de Byron era agradável, mas mesmo Meryn podia ouvir a ordem tácita: “Proteja-a ou me enfrente”. — Sim, senhor. — Talvez eu devesse ficar com Meryn? — Adelaide torceu as mãos. Meryn sacudiu a cabeça. — Não, Aileen precisará de você mais do que eu. Diga a ela que eu estou pensando nela e quando encontramos Eleanor vou ajudar com o berçário. — Meryn prometeu. — Você é um anjo. — Adelaide beijou a bochecha dela, Byron o topo de sua cabeça e saíram. Meryn olhou para Colton, que a olhou de volta. — Então? — Ela perguntou. — Então? — Ele respondeu. — O que quer fazer?

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— Você pode me mostrar o e-mail do xerife? Eu não sou tão bom quanto o Keelan com o material técnico, mas eu gostaria de ajudar a rever algumas das informações do caso, enquanto estou aqui. — Você quer dizer enquanto está preso sendo minha babá. — Ela interpretou. — Isso também. — Seu sorriso era completamente sem remorso. — Com uma condição. — O quê? — Você se transformar em lobo mais tarde e brincar comigo. — Ela virou o rosto para que ele não pudesse ver sua expressão envergonhada. Ele simplesmente a puxou para um abraço de urso e a girou no ar. Rindo, ela tentou descer. — Eu sabia que você gostava de mim! — Colton a colocou no chão e bagunçou seu cabelo. — Talvez um pouco. — Meryn admitiu. Ela pegou um muffin do cesto do café da manhã estilo buffet pousado no aparador. Colton pegou um guardanapo e o encheu. Ela pegou uma garrafa de refrigerante da marca Diet Mt. Dew e ele pegou duas garrafas de água. — Vamos, Colton, eu vou deixar você ser o meu minion. — Bacana! Eles acabaram no escritório de Byron já que tinha as cadeiras mais confortáveis e a grande lareira. Ela se virou para ele e abriu seu notebook. — Vamos começar.

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***** — Estou entediada! — Meryn fechou o notebook. Eles tinha verificado ambos os e-mails do xerife e não havia nada de novo. Ela mostrou-lhe como tinha descoberto suas senhas e como configurar o programa de encaminhamento. — Então o que você quer fazer? — Colton baixou seus pés do sofá e se sentou. — Você gostaria de um pouco de chá? — Marius perguntou da porta. — Sem ofensa, Marius, mas se eu beber mais chá vou flutuar. Ou seja, eu sinto que estou a ponto de perder minha cabeça. — Não havia muito no mundo que ela odiasse mais do que o sentimento de estar entediada. — Posso sugerir uma visita ao Mestre Aiden? Você tem aquele outro pacote que eu comprei. Deixei-o na despensa para mantê-lo seguro. — Meryn ficou de pé e se virou para Colton. — Podemos ir visitar o Aiden? — Claro. Keelan me mandou uma mensagem há pouco tempo para me informar que eles estavam de volta ao quartel. — Colton se levantou e esticou as pernas. — Aiden não mandou mensagem? — Meryn perguntou. Colton riu alto. — Aiden não manda mensagem. Eu nem mesmo acho que seu telefone pode enviar mensagens. Meryn parou no ato de colocar seu notebook na mochila e piscou para Colton.

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— Você está mentindo. Todo o mundo envia mensagens! — Não o Aiden, eu acho que é por causa daqueles dedos másculos dele. Ele leva uma eternidade para digitar qualquer coisa. Se for necessário enviar alguma mensagem de texto, Keelan ou eu tratamos disso. — Ele realmente é um Neanderthal. — Meryn ia ter que puxar Aiden para o século XXI, quer ele gostasse ou não. Ela foi até a porta, onde Marius estava esperando por eles. Ele havia ido até a despensa e voltou com uma grande caixa. — Senhorita, seu pacote. — Marius colocou uma caixa bastante grande no corredor. — Maravilhoso. Obrigada, Marius! — Ela levantou-se e beijou sua bochecha. — O prazer é meu. — Ok, Colton, isso vai no carro. — O que é isso? — Eu vou lhe mostrar quando chegarmos lá. — Ela prometeu. Meryn quase molhou as calcinhas observando Colton tentar colocar a caixa no porta-malas dele. — Da próxima vez, você vai levantar isso. O que diabos tem nessa caixa, Meryn? — Colton esfregou as costas. — Não era assim tão pesada, bebezão. — Meryn, a caixa era quase tão grande quanto você. — E eu sei o que está dentro, por isso não deve ter sido tão pesado para um grande e forte shifter como você.

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— Você tem sorte que a caixa está no porta-malas, baixinha. — Meryn lhe mostrou a língua e entrou no carro. Não demorou muito e eles estavam encostando junto ao quartel da unidade. Meryn olhou. Ela só o tinha visto brevemente, viajando em pânico nos braços de Aiden. Ela olhou a grande mansão à sua frente. Era menor do que a propriedade em que os pais de Aiden viviam, mas não por muito. — Este lugar é enorme! — Todos os quartéis da unidade são grandes. Cada guerreiro tem sua própria suite completa com uma pequena área de kitchenette. Em baixo ficam os espaços comuns como a sala de estar, cozinha, sala de jantar principal e escritórios. — Colton explicou. — É bonito. — Meryn foi pega de surpresa pela aparência caseira que tinha. — Adelaide nos ajudou a torná-la mais doméstica. — Ele apontou para o lindo jardim perto da porta. — Agora você vai me dizer o que tem na caixa? — Ele perguntou. — Você pode ver por si mesmo. Onde os homens treinam? — Lá atras. — Vamos levar a caixa para a varanda dos fundos. — Colton amaldiçoou em voz baixa enquanto tirava a caixa do porta-malas e a levava para a varanda dos fundos. Era um caminho longo dar a volta na casa. Ele colocou a caixa no

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chão e como uma criança no Natal, começou a rasgá-la. Quando ele abriu as abas e olhou para dentro, começou a rir. — De jeito nenhum! Meryn, isso é incrível. — Seu trabalho é enchê-las. Eu estou indo desafiar Aiden. — Meryn levantou uma pistola d'água da caixa e olhou ao redor à procura de uma torneira. Colton pegou duas e mostrou-lhe onde a mangueira se ligava à casa perto da porta de trás. Ela encheu a dela primeiro e deixou-o sorrindo como um idiota para ir encontrar Aiden. Ela caminhou de volta para a grande pista de obstáculos e parou. Apesar de ser quase Halloween a maioria dos homens estava sem camisa e fazendo exercícios. Cada homem estava tentando atacar o seu parceiro de treino que estava

com

os

olhos

vendados.

Silenciosamente

ela

esgueirou-se por trás de seu companheiro e saltou gritando como uma possuída. Aiden saltou quase um metro no ar e virou-se rosnando. Foi quando ela apoiou a arma no ombro, apontou... — Meryn, não! — Aiden advertiu. ... e disparou. Acertou-lhe no rosto, rindo enquanto ele cuspia água. Atrás de Aiden os homens gritavam e a incitavam a diante. Quando ela parou, os olhos de Aiden assumiram um brilho perigoso. — Ah merda! — Atenção, Comandante! — Colton gritou e jogou uma arma para Aiden. — Traidor!

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— Gama contra Alfa. Meryn, você está na equipe do Gama. — Colton gritou e começou a jogar armas para os homens. Ben correu e agarrou a mão dela. — Vamos! — Meryn correu com Ben com toda a sua força. Atrás deles a Gama ficou entre ela e Aiden, rindo e atirando uns aos outros. Ela e Ben tomaram posições na borda da pista de obstáculos. Ele escalou um dos muitos obstáculos de escalada e ficou à espreita sobre a barriga como um franco-atirador. Meryn sabia que se tentasse algo como aquilo iria cair de modo que ficou atrás da parede de escalada. Minutos mais tarde, os homens começaram a correr num esforço para chegar à floresta. Ela saltou e acertou Colton no ouvido. — Agghhh. Rindo histericamente, ela correu para a floresta. Mal podia correr de tanto rir. Correu até não poder mais. Olhou em volta e assumiu uma posição tática atrás de uma árvore. Ouviu risos e os homens a praguejar e congratulou-se. Eles precisavam de algo para distrair suas mentes do caso em que estavam trabalhando. À medida que os minutos se passaram notou como tudo estava silencioso. Talvez ela tivesse corrido para muito longe. Saiu de trás da árvore. — Meryn! — Ela ouviu Aiden gritar. — Aiden, venha me encontrar. — Ela brincou. — Pare de brincar e saia. — Ele gritou.

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— Mal-humorado! — Ela riu e ouviu o eco através das árvores. — Vamos, pare de brincar. — Ele gritou. Não havia nada além de silêncio. Meryn congelou. Ela conhecia esta cena. Era a cena que ela tinha sonhado nas últimas semanas. — Isso não é engraçado, apareça! — A voz de Aiden soou frenética. — Aiden! — O grito dela quebrou o silêncio. Do nada um corpo se chocou contra ela. Ela podia sentir alguém sobre si, mas não conseguia ver nada. — Está quase na hora de você morrer. — A voz rouca sussurrou em seu ouvido. Uma mão tateou entre as pernas dela e ela começou a lutar. — Me faça um favor e morra, babaca! — Ela virou a cabeça e mordeu cegamente. Um rugido zangado emergiu acima dela. Uma mão pesada desceu e cortou sua bochecha. Estrelas explodiram e por um segundo ela não podia ver, e depois, tão rapidamente quanto estava lá, o peso se foi. Ela estava deitada no chão da floresta, piscando para tentar focar os olhos. Ela podia ouvir pés correndo e homens gritando. — Aqui! — Ela gritou. Segundos depois, um rosto familiar apareceu sobre ela. — Encontrei! — Ele berrou. — Você está machucada? —

O

cuzão

me

deu

um

soco.

Estou

realmente

começando a odiar esse babaca invisível. — Ela lutou para se

MY

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sentar. Ele ofereceu-lhe a mão e ajudou-a a inclinar-se contra a árvore. Aiden correu através da linha das árvores e não parou até que estava ao seu lado. — Ela foi esfaqueada? — Suas mãos puxaram a roupa dela tentando inspecionar cada polegada dela. — Não, senhor, ela disse que foi um soco. — Obrigado, Sascha. Leve Gama e encontre esse filho da puta. — Aiden ordenou. — Ele está sangrando. Eu o mordi. — Meryn disse ao guerreiro de aspecto nórdico, alto com o cabelo muito loiro. Seus gelados olhos azuis mostravam admiração. Ele assentiu. — Bom trabalho, irá tornar a busca mais fácil. — Ele virou-se para os dois homens que tinham chegado depois de Aiden. — Christoff, é a sua vez. Ele está sangrando, você está no ponto para o rastreamento. — O homem de cabelos negros assentiu. Ele andou até Meryn e cheirou sua jaqueta que agora ostentava respingos de sangue. — Oron, você vai com ele. Reporte a cada dez minutos. — Sascha ordenou. — Sim, senhor! — Ambos os homens partiram. — Aiden, vamos levá-la de volta para a propriedade Alfa. — Sascha sugeriu. Aiden levantou-a suavemente. Eles correram de volta e Meryn queria gemer. Cada solavanco fazia sua cabeça doer. Eles correram pela pista de obstáculos, até onde os outros homens se haviam reunido junto da casa esperando ordens.

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— Ben, estou atribuindo você à Alfa por hoje. Ajude-os a manter Meryn segura. Quinn, você vem comigo. Vamos vasculhar os arquivos. Estamos procurando por um feitiço de invisibilidade. — Sascha e Quinn se viraram e foram para onde os carros estavam estacionados. — Senhor, eu gostaria de ajudar Quinn e Sascha. Eu cresci ajudando meu irmão nos arquivos em Storm Keep. Eu conheço alguns desses volumes de cor. — Keelan avançou. Aiden concordou. — Vá, faça o que for preciso. — Keelan assentiu e correu para apanhar Quinn e Sascha. — Aiden, vamos preparar uma patrulha em torno da propriedade Alfa. Leve Meryn ao andar de cima e certifique-se que ela está bem. — Ben empurrou seu irmão mais velho para a porta. — Obrigado, Ben. Gavriel, você está no comando. — disse Aiden. — Quando você leva uma pancada, pode ficar cego por um segundo? — Meryn olhou para os homens e fechou um olho depois o outro. Colton sorriu. — Às vezes. Você levou um soco, né? Eu sabia que você era uma baixinha durona. — Eu mordi ele também, que lhe sirva de lição por me apalpar. — Meryn estremeceu. O aperto de Aiden ficou mais forte.

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— Nós vamos estar lá em cima. — Ele se virou e entrou na casa. — Lembro-me dessas escadas. — Meryn deitou a cabeça no peito dele. — Devo dizer que esta viagem é até melhor do que a última. — Você tinha acabado de me morder também, se bem me lembro, bem sobre o meu rim. — Você me levava sobre o ombro, essa merda dói. Eu senti como se fosse vomitar. — Devidamente anotado. — Aiden virou por um longo corredor. — Não parecia tão grande da última vez. — Meryn observou enquanto Aiden virava para outro longo corredor. — Você estava com pressa da última vez. Tinha acabado de me espancar com a tampa do vaso sanitário. Esta é a ala do Comandante da Unidade. — Ele parou em uma porta e girou a maçaneta. — E este é o meu quarto. — Ele entrou e acendeu a luz, ela piscou. Ela sentiu-se em casa. Para onde quer que se virasse a personalidade de Aiden estava refletida nas pequenas lembranças que decoravam a sala. Quando ela viu o grande aquário começou a se contorcer. — Ponha-me no chão, quero ver o Tubarão. — Aiden pousou-a suavemente e tomou sua mão. Levou-a até ao aquário que ocupava a maior parte de uma parede. — Eu tive que reforçar o chão, mas ele merece. — Aiden bateu gentilmente no vidro. Do nada, um peixe laranja

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brilhante correu para a frente. — Meryn, Tubarão. Tubarão, minha companheira Meryn. — Ele é adorável. Ele precisa de uma namorada. — Meryn olhou o peixe nadar por mais alguns instantes e desviou os olhos. — A primeira coisa que fiz quando assumi o cargo de Comandante da Unidade foi desmanchar esta suite e redecorar. A maior parte do quartel é decorado em tons de verde e grão de madeira. Eu odeio isso. Então eu mudei para azul. — Aiden apontou para as paredes. Cada parede fora pintada em um tom diferente de azul para acentuar as águas calmantes do aquário. Os acentos decorativos e móveis eram pretos com toques de prata. — Eu amei. O seu quarto na casa do seu pai é tão sem graça. — Ela correu e saltou sobre a impossivelmente alta cama de dossel. — Meryn, eu não vivo lá, lembra? — Aiden lembrou suavemente. — Oh sim. — Estremecendo, ela esfregou o lado do rosto. Aiden subiu na cama e puxou-a para mais perto. — Ele tocou em você? — Sua voz soava tensa. Ela assentiu com a cabeça. — Está tudo bem. Eu estou com você agora, isso é tudo que importa. — Deixe-me ver seus olhos. — Aiden virou-a para encará-lo. Com a mão grande, ele bloqueou a luz, em seguida, deixou-a brilhar de volta em seu rosto. — Suas

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pupilas estão dilatando então eu não acho que você tenha uma concussão. — Ele passou a mão pelos cabelos dela. — Não, mas tenho certeza que vi estrelas. — Quando você gritou eu pensei... — Sua voz quebrou. Lembrou-se de que eles tiveram o mesmo sonho até se encontrarem. Em seu sonho, ela era esfaqueada. — Eu estou bem. Nesse sonho eu tinha cabelo comprido, as coisas mudam. — Ela aconchegou-se em seu peito e bocejou. — Eu não costumava tirar tantos cochilos antes de vir para cá. — Antes, você provavelmente não era agredida nem traumatizada diariamente também. — Aiden rosnou. — Não, mas eu estou me divertindo mais agora. — Deixe-me abraçá-la por um tempo. Você não tem de tirar um cochilo, eu só preciso senti-la em meus braços. — Eu posso fazer isso. — Ela fechou os olhos e adormeceu ouvindo-o respirar. ***** Quando ela acordou, estava de volta à casa dos pais de Aiden. Ela devia estar bem apagada para não ter acordado na viagem. Ela se sentou e olhou em volta. Aiden estava no notebook dele na cadeira do canto. — O que você está fazendo nessa coisa? — Ele fechou-o e levantou-se. — Jogando Paciência Spider. — Por que estamos aqui? Gostei mais do seu quarto. — Ela deitou-se.

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— Adam te analisou no quartel. Ele disse que estava tudo bem, sem sinais visíveis de inchaço. Era para eu acordála em trinta minutos se você não acordasse sozinha. Depois que ele te analisou nós te acordamos por volta das seis para ver se você queria jantar e você disse que não. Então, eu a trouxe de volta para cá para passar a noite. — Aiden levantou as cobertas e deitou do lado dela. — Que horas são? — Ela imediatamente rolou para o lado e ele aconchegou-se ao lado dela. — Uma da manhã. Volte a dormir. — Havia algo em sua voz que a fez virar para encará-lo. — O que aconteceu? Ele suspirou. — Posso dizer-lhe de manhã? Você já passou por tanta coisa até agora. — Não. Eu sou uma menina grande e posso lidar com isso. — Partes de um corpo foram entregues no quartel. Nós achamos que pertencem a Eleanor Canter. Nós trouxemos você de volta aqui porque esta casa é mais fácil de ser defendida. — Ele parecia tão derrotado. — Ok, vamos fingir que você não me disse isso. Vamos apenas dormir e fingir que não existe um psicopata lá fora matando e decepando. — Meryn enterrou o nariz no peito dele. — Tudo o que você quiser, querida. Descanse um pouco. Nós temos o baile amanhã.

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— Eu até estou meio ansiosa por isso. — Ela colocou o braço em volta da cintura dele e apertou forte. Ele descansou o queixo em sua cabeça e esfregou suas costas. Amanhã. Amanhã seria um dia melhor.

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Capítulo 11 — Meryn, você vai ficar comigo hoje. Eu preciso ir ao quartel Alfa para me reunir com as outras unidades e garantir que todos saibam onde devem ficar no baile de hoje à noite. — Aiden disse servindo-se de outra xícara de café. — Claro. Pelo que Lady Fairfax me contou sobre esse “super vestido” não vai demorar muito para eu ficar pronta. — Meryn tomou um gole de cappuccino. Ela olhou para o único muffin no prato dela e engoliu em seco. Ela não estava com fome absolutamente. Seu estômago estava dando cambalhotas. Toda vez que ela pensava em andar em uma sala enorme cheia de pessoas que não conhecia, sentia enjoo. — Você precisa comer. — Aiden colocou uma colherada de batatas gordurosas no prato dela ao lado do muffin. Ela observou o vapor subir do prato. No momento em que o cheiro atingiu seu nariz, ela se levantou. Cobrindo a boca, ela

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saiu correndo do quarto. Ela quase derrubou Marius antes de chegar ao banheiro do andar de baixo. Já que ela só tomara café no café da manhã ela estava arfando no momento em que Aiden a alcançou. — Oh, bebê, está tudo bem. — Ele pegou um pano e molhou-o com água morna. Quando o estômago dela parou de tentar se virar do avesso, ela sentou-se contra a parede. Aiden entregou-lhe um pequeno copo d’água. Ela bochechou a água fria e limpa na boca e a cuspiu na privada. Ela recostou-se novamente e o pano quente foi colocado sobre seus olhos. — Eu não sei dizer se esse seu enjoo é por causa dos seus nervos ou um pós-efeito de tomar um soco ontem. — Nervos. Confie em mim, é nervosismo. — Ela removeu o pano e ficou de pé. Aiden a ajudou a estabilizar-se e eles voltaram para a sala de jantar. Ela ficou aliviada porque seu prato havia sido substituído e as batatas gordurosas não estavam à vista. Marius colocou um pequeno prato de bolachas salgadas ao lado de seu chá. — Obrigada, Marius. Espero que meu escudeiro seja ao menos a metade de tão maravilhoso quanto você. — O homem mais velho corou um pouco. — Eu pensei que mais dos meus colegas apareceriam para suas entrevistas, mas temo que eles tenham sido influenciados por fofocas indolentes. — Isso não é culpa sua.

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— Eu estava esperando que meu sobrinho pudesse vir, mas ele aceitou uma posição na Bélgica. — Enquanto você estiver lá para ajudar na decisão, eu me sinto bastante confiante sobre as entrevistas de amanhã. — Meryn comeu uma bolacha. — Eu farei tudo o que puder para ajudar. — A que horas você vai trazê-la de volta, Aiden? O baile começa às oito horas. — Adelaide perguntou. — Bem antes das oito, mãe. Não se preocupe, você vai ter seu tempo de garotas. — Aiden brincou. — Meryn, você queria mais bolachas? — Aiden perguntou, se levantando. Ela balançou a cabeça. —

Pequena

senhorita,

eu

tomei

a

liberdade

de

empacotar algumas em uma bolsa para você. Só para prevenir. — Marius lhe entregou uma pequena sacola de bolachas com zíper. — Obrigada, Marius. Vejo vocês todos mais tarde. — Ela pegou sua mochila ao sair. Ela saiu e evitou olhar para a seção recém-repintada da varanda. Era um lembrete horrível que eles não conseguiram tirar todas as manchas de sangue de cachorro da madeira. Ela saiu da varanda e seguiu Aiden até o carro dele. Ela respirou fundo. Aiden segurou a porta aberta para ela. — Vou baixar as janelas para a viagem. Parece que o ar fresco está ajudando. — Ele fechou a porta e segundos depois estava entrando no carro. Ele ligou o carro e imediatamente baixou as janelas. Ela se recostou e fechou os olhos sem dizer

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uma palavra, e ficou confortável com o silêncio. Ela gostava do som da estrada passando, o ar fresco no rosto e a mão quente dele em torno da dela. Quando chegaram ao quartel, Colton os encontrou quando estavam saindo do carro. — Ei, baixinha, se sentindo melhor? — Eu não estou vendo dobrado mais se é isso que você quer dizer. — É bom ouvir isso. Aiden, os homens estão lá atrás esperando ordens. Vou ficar de olho na Meryn já que eu já sei que vou brincar de escolta hoje à noite. — Obrigado, Colton. Volto logo, bebê. — Aiden beijo-a nos lábios e caminhou até a parte de trás da casa. — Ele começou a treinar com os homens. Estamos praticando luta com os olhos vendados, para que possamos atacar e defender contra o que não podemos ver. — Colton explicou. — Ele é muito bom, não é? — Ela perguntou. — O melhor. Melhor que o nosso último comandante. — Eu pensei que Aiden assumiu depois do pai? — Meryn perguntou, confusa. — Caminhe comigo. Eu te mostrarei o entorno e lhe direi como Aiden se tornou o Comandante da Unidade. Colton pegou a mão dela e eles caminharam em direção aos anexos exteriores. — Byron foi escolhido para ser um Ancião logo após Adair nascer, então, cerca de seiscentos anos antes de Aiden

MY

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ou, para você, cerca de mil e trezentos anos atrás. Enfim. Até o nascimento de Aiden, Byron manteve ambas as posições, Comandante da Unidade e Ancião. Pouco antes do Aiden nascer houve controvérsias de que Byron ocupou o assento de Ancião por muito tempo e outros fizeram uma petição para colocar outra pessoa no comando. —

Sydney

me

contou

sobre

isso.

Adelaide

ter

engravidado pela terceira vez fez com que pensassem que Byron estava fazendo um bom trabalho. — Meryn interveio. Colton assentiu. — Ele foi capaz de manter seu assento de Ancião, mas com três filhos em casa, ele admitiu que eles precisavam nomear um novo Comandante da Unidade. Edward Carthage foi escolhido como o melhor guerreiro e se tornou o novo Comandante da Unidade. Por um tempo tudo continuou normal, mas depois de uns cinquenta anos os homens começaram a desiludir-se com o novo comandante. Ele desaparecia

durante

as

missões,

voltava

bêbado.

Não

organizava os treinos nem vigiava os homens. Depois de séculos da liderança justa e eficiente de Byron, a diferença entre os dois era gritante. Colton apontou para o banco do lado de fora de um dos edifícios e eles se sentaram. — Quando Aiden e eu tínhamos cem anos de idade, estávamos treinando duro na academia, onde Adair podia ficar de olho em nós. De vez em quando, éramos mandados para patrulhas para ir pegando o jeito. Uma noite, Aiden

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estava fazendo uma patrulha noturna normal, checando o perímetro quando uma missão chegou. Ao invés de mandar Aiden de volta para a academia, Edward decidiu usar a missão para humilhar Aiden no lugar do pai. Os outros membros da Unidade Alfa discutiram, mas Edward usou sua posição. Os homens fizeram o melhor que puderam para cobrir o Aiden, já que ele nunca tinha saído em uma missão antes. Mas logo perceberam que não precisavam. Ele aguentou como se tivesse nascido para isso, talvez tivesse. Colton fez uma pausa. Ele se inclinou para trás e fechou os olhos. — A missão era pior do que eles foram levados a acreditar. A unidade estava contra três ferals, eles se unindo era inédito na época. Jean-Marc, o segundo em comando de Edward bateu o pé no chão e insistiu que Aiden ficasse para trás e cuidasse dos cavalos. Ele não queria que ele se machucasse. Edward deveria manter a rota de fuga deles livre, mas não o fez. Ele foi embora. Mais tarde eles descobriram que ele fora ao bordel local. Aiden ouviu os homens gritando e, provavelmente pela primeira e última vez, ele ignorou ordens. Ele correu para a briga e cobriu os homens enquanto eles recuavam. A Unidade Alfa inteira foi morta nas ruas naquela noite, exceto Jean-Marc. Aiden foi capaz de levá-lo aos cavalos e amarrá-lo. Ele voltou para aquele beco mais três vezes, lutando contra todas as probabilidades para recuperar os corpos dos outros membros da Unidade Alfa. Ele conseguiu colocar os homens em seus

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cavalos e os conduziu até onde a Unidade Beta estava cobrindo o perímetro da cidade para garantir que nenhum feral escapasse. Ele estava tão machucado e sangrando tanto que não acharam que ele sobreviveria. Demorou alguns dias até ele acordar. Eu estava ao seu lado o tempo todo. Antes de Jean-Marc falecer, eu o ouvi relatar a Byron o que aconteceu. Até hoje nunca vi Byron tão bravo. Quando Edward entrou na enfermaria onde Aiden estava sendo tratado, Byron mudou para sua terceira forma e atacou. Foi necessário a Beta, Delta e Gama para tirar Byron de cima dele. — O que é a terceira forma? — Meryn interrompeu. Colton abriu os olhos e a olhou. — Como shifters, normalmente temos duas formas. Homem ou animal. Um ou outro. Mas em raras ocasiões, quando o homem e o animal estão completamente em sincronia, quando ambos querem algo com o mesmo nível de intensidade, somos capazes de mudar para uma terceira forma, meio homem, meio animal. Só aconteceu uma dúzia de outras vezes em nossa história escrita. — E Byron foi capaz de fazer isso? — Sim, o que praticamente o cimentou como Ancião até o dia em que morrer. Na audiência, Edward apelou para seus homens testemunharem a seu favor e cada membro da unidade virou as costas para ele. Edward foi julgado pelo conselho e considerado culpado. Ele foi executado e cremado para que seu corpo não fosse enterrado na cidade. Suas

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cinzas foram dadas a sua irmã, uma Daphane Bowers, anteriormente Carthage. — Puta merda! — Meryn ofegou. — Fica melhor. Daphane pressionou para ter seu filho designado como Comandante da Unidade, Donovan Bowers. Ele, na verdade, não é um cara ruim, mas ele nunca quis ser um guerreiro. Os homens se recusaram. Eles disseram que só receberiam ordens de Aiden. O conselho não sabia o que fazer. Aiden era tão jovem, mal saído da adolescência em anos de shifter, embora Donovan não fosse muito mais velho. — O que eles fizeram? — Meryn perguntou. — Não havia nada que pudessem fazer. Não foi que Aiden voltou e lutou ao lado da Unidade Alfa, não foi que ele abriu caminho para a fuga, apesar de todas as adversidades. Foi o fato de ele ter voltado pelos mortos, que ele arriscou a vida para leva-los para casa, que mostrou aos homens que se importava mais por eles do que pela própria vida. É por isso que suas ordens nunca são questionadas e porque cada membro ativo ou aposentado sempre irá se submeter a ele. O coração de Meryn doía pelo que Aiden tinha passado, mas mais do que isso, ela sentia uma sensação avassaladora de orgulho. — Não é que eu não queira aprender mais sobre Aiden, eu quero. É só... — Por que eu te disse? — Hmm.

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— Hoje à noite você verá um lado diferente do Aiden. Eu realmente não sei se posso colocar em palavras. Colton ficou em silêncio e pensou por um minuto. —

Aiden

comanda

o

respeito

dos

homens

mais

poderosos da cidade, mas mais do que isso, ele tem sua lealdade imortal, amor e confiança. Quase todos os membros da unidade de Lycaonia estarão lá, do passado, presente e futuros, já que os em treinamento estão autorizados a comparecer de uniforme. Mesmo que ele não fosse o herdeiro de Byron, o que já é bastante prestigioso, só o apoio deles faz com que ele seja ouvido. — Você quer dizer em Lycaonia, certo? Colton sacudiu a cabeça. — Querida, quando Aiden assumir o lugar de Byron, ele se tornará o Ancião shifter. — Certo, em Lycaonia, já que existem quatro cidades e quatro membros do conselho por cidade. — Meryn disse. Colton a encarou por um segundo. — Você não entende. Meryn, Lycaonia é a capital shifter do mundo. Byron é o Ancião shifter que representa todos os shifters. Os outros três Anciãos shifter se reportam a ele. Em Noctem Falls, a cidade vampira, Magnus Rioux é o Ancião vampiro, todos os Anciãos vampiro se reportam a ele. Na cidade bruxa, Storm Keep, Caiden Ironwood é o Ancião bruxo, todos os Anciãos bruxo se reportam a ele e na cidade fae de Éire Danu, Brennus Vi'Eirlea é o consorte da rainha fae e Ancião fae, todos os Anciãos fae se reportam a ele.

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— Oh meu Deus. — A enormidade do que Colton acabara de explicar foi compreendida. — Aiden comanda cada guerreiro de unidade em todas as quatro cidades. Neste momento, isso representa um pequeno papel em nossa política, mas quando ele substituir Byron, ele será literalmente o homem mais poderoso do nosso mundo. Você realmente acha que uma companheira de um membro da unidade comum receberia esse tanto de proteção? Ele bateu no ombro dela com o dele. Meryn colocou a mão sobre o estômago. Então hoje à noite seria um milhão de vezes pior do que ela imaginara. — Você está bem? — Colton ficou de pé de um pulo. — Eu preciso das minhas bolachas. — Meryn engasgou com as palavras. Colton enfiou a mão na mochila dela e praticamente lhe jogou o saco de bolachas. Respirando pelo nariz, ela mordiscou lentamente um biscoito. — Você não é realmente uma pessoa de pessoas, é? — Não. Vocês, garotos, não me incomodam, mas esta noite terão todas essas pessoas importantes e agora você me diz que Aiden é essa super celebridade e eu vou ter que ficar ao lado dele a noite toda e sorrir e acenar e essas merdas... — Ela respirou fundo novamente. — Ouça, você se concentre em passar pela primeira meia hora de apresentações. Deixe o resto comigo. Ela o prendeu com os olhos. — Promete?

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— Eu juro. Apenas mantenha a compostura por trinta minutos. — Meryn pegou uma última bolacha e guardou a bolsa. — Eu posso lidar com trinta minutos. — Bom, um pouco de cor está voltando para as suas bochechas. Por um segundo você ficou branca como leite. Meryn ficou de pé. — E agora? Colton olhou em volta e apontou para um prédio menor ao lado. — Quer ver o arsenal? Meryn se iluminou. — Armas? — Ela perguntou. Colton hesitou. — Sim. Por que você parece tão animada de repente? — Eu quero uma arma. Depois de ser atacada duas vezes. Eu quero uma arma. Colton esfregou o queixo. — Isso, na verdade, não é uma má ideia. Você sabe atirar? — Sim. Apenas nunca cheguei a comprar uma arma. O que vocês têm? — O que não temos? — Colton liderou o caminho para o pequeno prédio branco e pegou suas chaves. Ele abriu a porta e eles entraram. Acima deles, as luzes se acenderam automaticamente. Meryn olhou em volta. Armas de todos os

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tipos e de todos os séculos estavam empilhadas do chão ao teto. — Aquilo são nunchakus21? — Não toque. — Mas... — Não. — Tudo bem, então vocês têm a pistola Smith and Wesson’s Bodyguard? — Colton pareceu impressionado. — Você realmente sabe algo de armas. Deixe-me ver. Acho que temos as armas menores neste baú. — Meryn o seguiu de volta para um alto armário de aço. Ele destrancou as portas e começou a puxar gavetas. Ele entregou-lhe uma pequena caixa. Ela abriu e dentro estava a arma dos seus sonhos. Inclusive havia uma caixa de munição e um coldre de ombro. — Obrigada! Estive morrendo de vontade de comprar uma, mas elas são caras. — Eu não acho que Aiden se importe em gastar dinheiro para a sua autodefesa. Ela enfiou a caixa na mochila e fechou-a. — Dê-me um segundo para trancar o armário e então podemos encontrar Aiden. — Claro. — Meryn andou por aí espiando as caixas, sorrindo, ela pegou uma pequena granada de mão. Colton se aproximou.

21

Arma branca de artes marciais.

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— O que você pegou? Rindo, ela ergueu a granada e puxou o pino. O rosto dele mudou de expressão. Movendo-se mais rápido do que ela já vira alguém se mover na vida, ele arrancou a granada da mão dela, correu para a entrada e jogou a granada na floresta. — Granada! — Ele gritou a plenos pulmões antes de derrubá-la em um movimento de mergulho. Segundos depois, uma explosão ensurdecedora balançou o pequeno prédio em que estavam. Quando a fumaça começou a desaparecer, Colton levantou-se lentamente e a olhou com uma expressão ansiosa. Ele ajudou-a a ficar de pé e começou a examiná-la de cima a baixo. — Colton! Meryn! — Não havia como confundir o medo na voz de Aiden. Meryn saiu do prédio e olhou para a nova clareira que a pequena granada havia criado. Tossindo, ela moveu a mão na frente do rosto para tentar limpar a fumaça. — Foi mal! Foi mal! — Ela tossiu novamente tentando limpar suas vias aéreas. Aiden e os outros vinte e oito guerreiros da unidade formaram um círculo ao redor da porta. Meryn lutou contra o desejo de voltar para dentro e se esconder. Do nada mãos a agarraram por trás, elas a viraram. Ela olhou para cima. A expressão de Colton era furiosa. Seus olhos estavam com uma expressão selvagem e todo o seu corpo estava tremendo. Com as mãos nos braços dela, ele a sacudiu como uma boneca de pano.

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— O... Que... Diabos... Tem... De... Errado... Com... Você?! — Ele gritou no rosto dela. Ela abriu a boca, mas não conseguiu formar nenhuma palavra. Ela nunca teve alguém tão zangado consigo antes. — Eu sinto t... tanto! Eu pensei que era como nos desenhos animados e você podia colocar o pino de volta. — Ela desfez-se em lágrimas. Colton puxou-a para um abraço apertado. — Sua pequena idiota maluca! — Ela gemeu na camisa dele. — Dê ela para mim. — A voz de Aiden mal era humana. Colton a afastou do seu peito e beijou sua testa. — Pare de quase morrer. Eu finalmente estou me acostumando contigo. — Ele gentilmente empurrou-a para os braços de Aiden. — Não mais. Eu não aguento mais isso! — Aiden pegoua e correu. Antes que ela pudesse parar de enxugar os olhos, ele a tinha na casa, no andar de cima e no quarto dele. Ele fechou a porta com um chute e não parou de andar até suas pernas atingirem a cama. Ele a soltou antes de recuar. Sem palavras, ele começou a tirar as roupas. — Nada mais de esperar, Meryn. Eu preciso te tornar minha, de corpo e alma. — Ele puxou a camiseta preta por sobre a cabeça. Ela lambeu os lábios. Ele era tão bonito quanto ela se lembrava. Não havia como voltar atrás, ela queria esse homem mais do que queria sua próxima respiração. Ela ficou de joelhos na cama e levantou a bainha

MY

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da camisa sobre o corpo. Ela a deixou cair no chão ao lado da dele. Sorrindo maliciosamente ela soltou o sutiã e o deixou cair em cima da camiseta. Ela levantou as mãos e segurou os seios. Os olhos dele nunca deixaram seu corpo enquanto as mãos se moviam para o cinto. Ela ouviu o metal da fivela e depois o suave sussurro do zíper. Quando suas calças caíram, ela pôde ver sua ereção lutando contra o material de sua cueca boxer. Ela apertou as pernas, já podia sentir a umidade em sua calcinha. Ele estendeu a mão e puxou-a para perto pelo cós do seu jeans. Ele desabotoou-os lentamente e os deslizou pelos quadris dela. Quando ela foi se deitar para tirá-los completamente, ele a impediu. Ele passou um dedo pela frente de sua calcinha, lentamente o passou entre suas dobras, a única coisa que os separava era o material saturado de sua calcinha. Quando ele empurrou um pouco mais e raspou seu clitóris, ela ofegou. Sua mão no seio dela a empurrou para trás antes que ele tirasse a calça jeans de suas pernas. Ele tirou a cueca e a boca dela ficou seca. Ele espalmou seu pau pesado. — Antes de você entrar na minha vida, tudo que eu tinha era a unidade, exercícios de treinamento e missões. Mas agora eu acordo e penso em você, vou para a cama com seu suave corpo ao lado do meu. Fico ansioso pelas minhas refeições porque sei que você estará lá para compartilhá-las. Ele subiu na cama e se arrastou sobre ela. Ele puxou sua calcinha e jogou-a pelo quarto. Ela nunca se sentiu mais viva ou desejada na vida. A possessividade nos olhos dele

MY

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enviou uma corrente elétrica ao seu núcleo. Ela pertencia a ele, desde o primeiro dia, ela simplesmente fora muito teimosa para admitir. Ele se moveu entre as pernas dela e as abriu bem. — Eu tenho lutado minha vida toda, protegendo meu povo, mantendo a cidade segura. Todo santo dia. Eu simplesmente não sabia que estava fazendo isso por você. Ele enfiou gentilmente um dedo dentro dela e ela gemeu do mais fundo da garganta. — Eu não sabia que um dia tudo valeria a pena. Que a Destino me enviaria o presente mais complexo, complicado e precioso. — Ele acrescentou um segundo dedo ao primeiro e começou a acariciar aquele ponto indescritível dentro dela. — Aiden, eu não sou nenhum presente. — Você é o meu presente, meu tesouro. Eu viveria novamente aqueles séculos enfadonhos mil vezes sem reclamar se soubesse que teria você esperando por mim no final.



Ele

lentamente

adicionou

um

terceiro

dedo

esticando-a completamente. — Você é o presente, Aiden, eu não sei o que faria sem você. Você é meu escudo. Ela não conseguiu segurar as lágrimas enquanto ele lentamente a aproximava mais e mais da borda. Ele retirou os dedos e estendeu a mão entre eles para guiar seu pau grosso até a entrada dela. Lentamente ele deslizou para frente. Ela queria que ele fosse devagar para que pudesse saborear cada segundo sentindo-o esticá-la pela primeira vez,

MY

CommandeR Alanea Alder

mas

ela

também

estava

desesperada

para

tê-lo

completamente dentro de si. Ela arqueou as costas e envolveu as pernas ao redor da cintura dele. As mãos dele subiram por suas coxas para sustentar o peso dela. Logo ele estava estocando em rápida sucessão. Ele moveu as mãos de debaixo do corpo dela e as estendeu, cada mão capturou um dos seios dela e ele provocou seus mamilos intumescidos impiedosamente. — Aiden! — Ela mal conseguia dizer seu nome. Cada vez que ele raspava a unha sobre seus mamilos, ela sentia uma linha de prazer conectar-se ao seu clitóris que a fez cair e convulsionar ao redor dele. Quando ele os torceu, ela jogou a cabeça para trás. Ele agarrou seus quadris e começou a penetrá-la em um ritmo frenético. Ela se entregou à sensação única de seu corpo preenchendo o dela. Quando ele se levantou sobre ela, os olhos pretos como azeviche, ela sabia que ele estava perto. Ele se inclinou para frente e penetrou fundo, o corpo dele se imobilizou e ele mordeu selvagemente o local onde o pescoço dela encontrava o ombro. Uma onda de dor a pegou de surpresa. Não foi até que ele estocou novamente que a dor recuou e seu prazer voltou rugindo ampliado mil vezes. Ela se sentiu como se estivesse saindo de seu corpo e então, de uma vez, a mais perfeita e avassaladora sensação de paz e amor se expandiu e abraçoua. Ela voltou com tudo para dentro do seu corpo quando seu orgasmo explodiu através dela. Ela gritou e gritou. Acima dela Aiden rugiu e ela podia sentir jatos quentes de esperma

MY

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enchê-la. Ele saiu dela e caiu para o lado. Respirando com dificuldade, ele mal teve força para puxá-la para perto. — Finalmente, nossas almas são uma só. Eu posso te sentir agora. Sua alma parece um pequeno beija-flor dançando pelo meu coração. Eu juro que vou te amar pelo resto da minha vida. — Meryn percebeu que a sensação aconchegante e segura que tinha era a alma de Aiden protegendo a dela. Ela estendeu a mão e afastou o cabelo dos olhos dele. — E eu vou te amar para sempre. — Lentamente, a respiração deles voltou ao normal. Aiden se levantou e com as pernas bambas foi até o banheiro. Ele voltou com uma toalha quente. Gentilmente a limpou, beijando a parte interna das suas coxas e lhe mordendo os joelhos até que ela estava rindo e se contorcendo para fugir. Quando ele voltou para a cama, ele franziu a testa para ela, seus dedos traçando a lateral dela. — O que é isso? Parecem cicatrizes. — Meryn olhou para baixo e percebeu que ele estava falando sobre suas estrias. Ele nunca vira estrias antes? — São chamadas de estrias. — Estrias? Como você as conseguiu? —

As

fêmeas

humanas

ficam

com

elas

quando

crescemos. Se crescemos muito rápido, nossa pele se rompe e se cura. É um processo muito doloroso. — Meryn mentiu através dos dentes. Não havia como ela discutir sobre estrias

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depois do sexo mais sensacional de sua vida. Não. Não ia acontecer. A expressão de Aiden tornou-se reverente. — As fêmeas humanas são criaturas incríveis, vocês suportam tanta dor e ainda assim são tão frágeis. — Ele beijou cada linha lustrosa. Eu vou para o inferno. Meryn sorriu. Ela não se importava. Ele valia a pena. — Me promete uma coisa? — Ele perguntou. — O que? — Prometa-me que você nunca tocará em outra granada enquanto vivermos. — Que tal você me ensinar sobre granadas em vez disso? — Aiden enterrou o rosto no estômago dela. — Que os Deuses me ajudem. — É bom mesmo. — Ela gritou quando ele beliscou sua bunda. Ela retaliou cutucando-o na lateral. Algumas horas e dois orgasmos depois eles finalmente saíram da cama. Tomaram um banho, lavando um ao outro com amor antes de sair para voltar para a casa dos pais dele, para que ela pudesse se preparar para o baile. Eles

demoraram-se

dizendo

adeus,

não

querendo

desistir da sua intimidade recém-nascida. — Eu te encontrarei lá. Vou fazer uma varredura de segurança antes que todos cheguem. — Ele a beijou gentilmente. — Te vejo em algumas horas. — Ela o beijou uma última vez e depois entrou. Ela fechou a porta da frente e encostou-

MY

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se nela. Ela lutou contra o desejo de segui-lo. Colocou a mão sobre o coração. Ela ainda podia senti-lo, sua força protegendo sua alma. Ela já sentia falta dele.

MY

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Capítulo 12 — Meryn, é você? — Adelaide chamou do andar de cima. — Sim. — Depressa, querida, a carruagem estará aqui em menos de uma hora. Quero ter certeza de que você está perfeita. —

Sim,

mãe!

— Ela

gritou

enquanto

subia

as

escadas. Quanto mais cedo ela se vestisse, mais cedo ela poderia ver Aiden. Ela entrou no quarto dela para ver que Adelaide já estava vestida. Ela parecia uma rainha com seus longos cabelos loiros em uma espiral trançada na cabeça como uma coroa. O vestido fora feito em seda marrom com videiras e folhas bordadas em verde brilhante. Ela usava um enfeite de cabelo dourado e verde que combinava com o tema, dando ao vestido um simples, mas elegante design. Ficou claro até para

MY

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Meryn que ela representava a Mãe Terra. O longo traje de cetim branco que Lady Fairfax lhe dera estava do outro lado da cama. Quando Adelaide se virou, sua boca fez um pequeno “O”. Com um grito baixo ela correu para frente e puxou-a para um abraço. — Você se acasalou! — Ela exclamou. — Ok, isso é uma coisa esquisita de olfato de shifter? Porque se for, é estranho e nojento. — Adelaide balançou a cabeça e apontou para o pescoço dela. — Oh. Sim, acho que essa é uma grande pista. Meryn estava prestes a recostar sua mochila quando ouviu um tinido. Ela pegou seu notebook. O programa havia terminado a pesquisa nacional e os resultados estavam prontos. Ela examinou

os números

e lutou

para não

ofegar. Ela sabia que tinha que contar a Aiden, mas vendo a animação de Adelaide, decidiu esperar até depois do baile. — Está tudo bem? — Adelaide perguntou. Meryn assentiu. — Sim, estou apenas nervosa, acho. — Não se preocupe com nada. Com essa marca de acasalamento está claro que você é a companheira de Aiden. Meu filho sempre teve um timing impecável. Agora toda Lycaonia saberá que ele acasalou e foi reclamado. Estou tão feliz que poderia flutuar. Agora vamos ver qual será o seu vestido. Estou morrendo de vontade de vê-lo em ação. Esse vestido é lendário. — Meryn tirou a roupa e hesitou quanto as roupas de baixo.

MY

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— Você acha que aquela coisa fornece roupas de baixo? — Só há uma maneira de descobrir. — Adelaide estendeu o traje. Meryn se despiu completamente e Adelaide vestiu o traje pela cabeça dela. Meryn olhou para Adelaide, que estava começando a entrar em pânico. — Você acha que não está funcionando porque eu sou humana? — Tem que funcionar, não temos mais nada para você vestir! — Talvez... — Meryn sentiu algo deslizar por seu abdômen. — Adelaide, acho que algo está acontecendo. — Meryn observou com espanto quando o material mudou de textura e peso diante de seus olhos. Num segundo o traje era longo, branco, acetinado. No próximo, era um brocado pesado em um profundo azul royal. Meryn ofegou. — É azul TARDIS! — O que é Tardis, querida? — Adelaide perguntou. — Nada. — Meryn correu para o espelho e não pôde acreditar em seu reflexo. O vestido tinha uma alça sobre o ombro esquerdo. O corpete a abraçava apertado, empurrando tudo para cima e segurando no lugar. Onde o vestido se estreitava em sua cintura, a cor desbotava para um azul mais claro e continuava ficando mais claro até que acabava em um branco

espuma

aberta. Cobrindo

a

seus

quase

pés. Meryn

cada

ficou

centímetro

de

do

boca corpete

havia pequenas joias azuis e transparentes. Na cabeça, uma delicada tiara de metal prateado, entremeada de pérolas.

MY

CommandeR Alanea Alder

— Por favor, me diga que não são reais? — Como se os fae fossem usar joias falsas? Oh, Meryn, é simplesmente perfeito. Aiden ama a cor azul, se apenas tivesse um xale. Tão logo ela falou as palavras, um xale leve de prata e branco apareceu ao redor dos ombros de Meryn. — O vestido pensa em tudo, não é mesmo? Até a sua maquilhagem é requintada. Ele forneceu-lhe as roupas de baixo? — Adelaide perguntou. Meryn se mexeu um pouco. — Sim, é como leggings de seda, elas são quentes e confortáveis. Eu poderia me acostumar com isso. — Excelente. Vamos descer. Byron providenciou uma carruagem puxada por cavalos para que fossemos levadas com segurança para a entrada da Mansão do Conselho e não precisássemos andar. Eu amo os paralelepípedos da cidade, mas às vezes eles podem ser um pesadelo para se andar. — Adelaide pegou uma pequena bolsa carteira da cama. Elas desceram e encontraram Marius e Byron no saguão. Byron

parecia

majestoso

em

suas

vestes

de

Ancião. Ela estava morrendo de vontade de ver qual a aparência de Aiden de uniforme formal. — A terra amorosa e o mar suave, vocês duas me tiram o fôlego. — Byron beijou cada uma delas na bochecha. Eles estavam prestes a se dirigir para a porta quando Marius pigarreou. — A pequena dama está usando sapatos? — Meryn olhou para baixo.

MY

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— Não, eu... — Segundos depois, o mundo mudou quando ela foi elevada dez centímetros para cima. — Sim, acho que estou agora. — Tenha uma noite maravilhosa. — Você não vem? — Ela perguntou. Ele balançou a cabeça. — Minha companheira, Bronwyn, se sente terrível no meio das pessoas. Eu comemorarei com ela em nossos quartos. Foi ela que me deu as bolachas para você mais cedo. Ela realmente gostou de você. — Meryn sentiu uma sensação estranha de parentesco com a mulher que ainda não havia conhecido. Aqueles biscoitos tinham ajudado tremendamente esta manhã. — Agradeça a ela e quando ela estiver pronta, eu adoraria conhecê-la. — Eu farei exatamente isso. Meryn se afastou dele e deu apenas dois passos quando seu tornozelo torceu e todo seu corpo foi arremessado para a frente. Ela caiu no chão de mármore. — Filho da puta! — Ela gritou. Byron correu para a frente e estendeu a mão através de metros de tecido para ajudá-la a se levantar. — Eu vou me matar nesses sapatos! — Meryn balançou, instável. Ela experimentou um momento de vertigem e ficou descalça novamente, o vestido se encurtou para permitir sapatos mais planos. Quando ela levantou a bainha, ela pôde ver um Converse azul aparecendo. — Incrível!

MY

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— Oh céus. — Adelaide suspirou. — Eu gosto. Venham comigo, minhas queridas. — Byron ergueu cada braço e acompanhou-as até a carruagem. Ele ajudou-as a entrar e fechou a porta. — Eu me sinto como a Cinderela. — Espero que você se divirta esta noite. Se você começar a se sentir mal, venha me buscar. — Adelaide ofereceu. — Eu acho que vou ficar bem. — Por mais apreensiva que ela estivesse naquela manhã por estar entre estranhos, não parecia tão ruim agora. Ela estava ansiosa para voltar para Aiden. O som dos cascos do cavalo na estrada batia em um staccato que parecia estar em sincronia com seus nervos. Ela percebeu que não estava ansiosa, ela estava animada. A carruagem logo reduziu a velocidade e ela pôde ver lampejos de luz na estrada. Eles estavam na fila para descerem. — O que são os lampejos? — Câmeras, querida, até Lycaonia tem sua própria versão de paparazzi. Essas fotos aparecerão no jornal amanhã. — Byron explicou. E assim, sua ansiedade voltou. — Apenas sorria. Se alguém lhe perguntar alguma coisa e você não souber a resposta, encaminhe-a para mim. — Byron deu um tapinha na mão dela. Muito em breve foi a vez deles. Byron saiu primeiro e os lampejos

aumentaram. Ele

ajudou

Adelaide

a

sair

da

carruagem e estendeu a mão para ela. Ela respirou fundo e hesitou. Ele lhe piscou um olho e ela pegou a mão

MY

CommandeR Alanea Alder

dele. Quando

seus

pés

tocaram

no

tapete,

as

luzes

explodiram por toda parte. — Ancião Byron, esta é a sua nova filha? — Você pode comentar sobre os rumores de que ela começou uma briga com o Ancião Evreux? — Aquele é o Vestido de Éire Danu? As perguntas vinham de todas as direções. Agindo num momento de inspiração, ela enterrou o rosto na manga de Byron e mostrou-se tímida e assustada. Byron colaborou com o ato dela e a confortou em voz alta. — Está tudo bem, querida, eles não vão te machucar, eles

estão

apenas

fazendo

algumas

perguntas.

— Ele

arrulhou para ela enquanto Adelaide se posicionava do outro lado. Byron se virou para a multidão e, em voz alta, começou a responder às perguntas. — Sim, esta é minha linda filha, Meryn, a companheira de Aiden. Como você pode ver ela é uma criatura gentil, eu não posso imaginar onde o boato começou que ela provocou uma briga com Evreux. E sim, este é o Vestido de Éire Danu. Meryn impressionou bastante a Lady Fairfax e ela passou este vestido para Meryn. Vários suspiros e sussurros detonaram ao redor deles. — Agora, se nos der licença, meu filho está esperando impacientemente, sem dúvida, por sua companheira.

MY

CommandeR Alanea Alder

Byron

assentiu

e

conduziu-as

para

dentro

do

prédio. Uma vez por trás de portas fechadas, ela viu a boca dele começar a tremer. — Você? Dócil e meiga? — Ele gargalhou para si mesmo. — Deixe-a em paz, Byron, foi uma jogada brilhante. — Adelaide beijou a bochecha dela. — Meryn? — Aiden parecia impressionado. — Nós a deixamos em boas mãos. Divirta-se hoje à noite, querida. — Adelaide e Byron andaram de braço dados por um longo corredor antes de parar em um conjunto de portas duplas. Quando as portas se abriram, um arauto os anunciou e eles entraram. — Você... você. — Aiden não conseguia parar de encarála. Meryn se aproveitou de sua falta de palavras e embeveceuse da visão dele. Cada centímetro dele era o de um príncipe. Seu cabelo escuro realçava o azul de seus olhos. O uniforme que usava era branco brilhante acentuado em vermelho lycaoniano. O cinto preto e polido encaixava confortavelmente ao redor de sua cintura estreita, que enfatizava seus ombros largos. — Você gosta? — Ela perguntou antes de dar um giro. Quando ela parou, ele simplesmente a puxou para um longo beijo. Pela primeira vez em horas, ela se sentiu calma. Era como se ela precisasse dele, sua própria presença física era necessária para a sobrevivência dela. Ela recuou e tentou recuperar o fôlego. Os olhos dele brilhavam.

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— Quanto tempo vai passar antes que essa ânsia se estabilize? — Algumas centenas de anos. — Ele provocou e, em seguida, ofereceu-lhe o braço. Ela colocou a mão no cotovelo dele enquanto ele a escoltava para o salão de baile. — Cara, eu vou ficar continuamente grávida. — Aiden tropeçou, mas se estabilizou. Tinha algo selvagem em seu olhar enquanto dardejavam do meio do corpo dela para seu rosto. — Você está? Você poderia estar? — Ele gaguejou. Ela balançou a cabeça. — Não, bem, eu acho que não. — Ela deu de ombros. — Não faça isso. — A outra mão dele apertou o peito. — Desculpa. — Ela apertou a mão dele quando se aproximaram da porta. — Pronta? — O mais pronta que posso estar. — Aiden acenou para o arauto e as portas se abriram. — Tenho a distinta honra de apresentar, o Comandante Aiden McKenzie, herdeiro da Casa McKenzie, Comandante da Unidade das quatro cidades-pilares e futuro Ancião de todos os shifters e sua companheira, Meryn Evans, a nova Dama do Vestido de Éire Danu. — O cômodo ficou em silêncio enquanto Aiden os conduzia pelo longo tapete em um ritmo majestoso. Murmúrios

e

sussurros

estavam

por

toda

parte. Meryn lembrou das palavras de Colton e apenas sorriu para aqueles que fizeram contato visual e assentiu.

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No final do longo tapete, os quatro Anciões, dois com companheiras e dois sem, ficaram de pé para recebêlos. Quando Aiden parou e fez uma reverência, Meryn inclinou a cabeça. Ela sabia que se tentasse uma reverência, cairia. Mais sussurros se espalharam ao redor deles. Já tinha ela estragado tudo? Ela engoliu em seco e encontrou os olhos do fae Ancião Celyn Vi'Ailean. Ele deu um passo à frente e pegou a mão dela do cotovelo de Aiden. Ele beijou-a e puxoua para frente. — Querida, esta é a doce garota de quem eu te falei. Meryn, esta é minha companheira, Vivian Vi'Ailean. Ela esteve muito ansiosa para conhecê-la e já está planejando uma visita ao nosso jardim em sua homenagem. — A mulher loira alta deu um passo à frente e pegou sua mão nas duas dela e sorriu. Como Adelaide, ela não tinha que se enfeitar com joias, ela usava sua dignidade ao seu redor. — Ela foi convidada para os jardins dos fae? — Quem é ela? — Ela é apenas uma humana, por que é tão especial? Mesmo com sua audição humana, ela podia ouvir o desprezo nas vozes ao seu redor. Os olhos de Vivian relampejaram. — Lady Meryn, é um prazer imenso conhecê-la. Meu companheiro não teve nada além de coisas maravilhosas para me contar sobre você e sua ajuda contínua no assunto dos preocupantes desaparecimentos de recentemente. Eu sei que você tem entrevistas para escudeiros amanhã, mas talvez,

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depois que isso tenha terminado, você poderia vir para uma visita? Eu adoraria lhe mostrar meu jardim. — Seu convite começou um zumbido que se espalhou como fogo. — Eu adoraria visita-la amanhã. As entrevistas devem ser rápidas, tivemos tantos cancelamentos inesperados. Foi muito curioso como todos tiveram que cancelar no último minuto. Seria aceitável se eu trouxesse meu novo escudeiro comigo amanhã? — Ela manteve os olhos arregalados e sua voz doce. Vivian olhou para baixo, sua boca se contorcendo. — É claro. Mal posso esperar para falar com você amanhã. — Suas palavras combinavam com a admiração e sinceridade em seus olhos. Meryn apenas sorriu para ela descaradamente. — Eu lhe disse que ela era um amor. — Adelaide se gabou. — E ela é. — O Ancião Vi'Ailean confirmou, então se virou para Aiden. — Comandante, parabéns pelo seu acasalamento. Ela é uma mulher incrível. — Obrigado, senhor, ela me fez um homem feliz. — Quando ele a olhou, não havia dúvida de como se sentia. Seu amor estava lá para todos verem. — Não vamos mais segurar você. Aproveite seu primeiro baile de Véspera de Halloween, Meryn. — Tenho certeza de que será uma experiência diferente de tudo que já conheci. — Meryn disse e o Ancião Vi'Ailean tossiu para cobrir sua risada.

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— Com a sua permissão? — Aiden inclinou-se e guiou Meryn através da multidão que se abria diante deles, tornando mais fácil para chegar à mesa de refrescos. Ele se inclinou e mordiscou o lóbulo da orelha dela. — Como você está se sentindo? — Seus olhos estavam brilhando com risadas. — Surpreendentemente bem. O Ancião fae é realmente legal, eu gosto dele. — Ao longe, Vivian cobriu a boca para esconder o sorriso enquanto seu companheiro corava. Aiden mordiscou sua orelha novamente. Certo! Ele estava tentando lembrá-la de que qualquer coisa que ela dissesse poderia ser ouvida e, claro, usada contra ela. Ela se virou e olhou para a mesa. Tudo parecia incrível. — Com fome? — Faminta . — Ela manteria a boca cheia para que não pisasse em falso. — Atenção. — Aiden murmurou. — Queeeriiiidaa. É tão maravilhoso ver você de novo. Estou tão surpresa que você pôde vir. — Daphane Bowers parou diante dela com outras duas mulheres. Meryn não pôde evitar a imagem mental que surgiu em sua cabeça. Elas eram como a madrasta e irmãs malvadas da Cinderela, com a atmosfera majestosa seu cérebro estava preso na Disney. — Sabe, eu quase não fui capaz de vir hoje à noite. A maioria das lojas em Lycaonia estavam completamente sem tecido e não podiam fazer uma roupa para mim. Imagine isso, cada loja de roupas na cidade, ficar sem tecido exatamente ao

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mesmo tempo. Mas descobri mais tarde que as coisas acontecem por uma razão. Devido à minha terrível situação, Lady Fairfax foi levada a me dar este lindo vestido. Quase poderia se dizer que foi algo destinado. — Meryn disse docemente. Atrás delas, Adelaide começou a se engasgar com um h'orderve22, Vivian, rindo, bateu nas costas dela. — Entendo. Bem, espero que nada aconteça com o vestido, isso seria uma pena. — Ela fungou e se virou, suas gêmeas aduladoras correram atrás dela. Meryn abriu a boca e Aiden colocou pedaço de brownie nela. Ela mastigou e respirou fundo. — O homem da mercearia disse que o chocolate ajuda a deixar as mulheres mais amorosas. Acho que ele estava certo. — Aiden estendeu outro brownie. — Especialmente calda de chocolate. — Ela aceitou o segundo brownie. — Como você come calda? — Aiden perguntou franzindo a testa. Sentindo-se perversa, ela sorriu. — Lambendo-a de alguma coisa. —

Lambendo

de...

Oh!

— Aiden

olhou-a

com

malicia. Desta vez era Byron que estava engasgando e o Ancião Vi'Ailean batendo em suas costas rindo ruidosamente. — Parece que você está indo muito bem, baixinha. — Colton se aproximou, também de uniforme. Meryn suspirou, homens de uniforme eram sempre tão gostosos. Aiden mordiscou seu pescoço. 22

Petiscos servidos antes da refeição principal.

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— É o uniforme. — Meryn explicou. Colton envaideceuse. — Nesse caso, olhe até se fartar. — Colton se virou e apontou para trás dele. Na pista de dança, os homens das diferentes unidades dançavam com mulheres de todas as idades. Cada homem usava um uniforme branco passado e deslizavam pela pista de dança com suas parceiras. — Meryn, eu odeio fazer isso, mas já volto. A avó de Eleanor está me chamando. Colton vai ficar com você. — Aiden beijou a mão dela. Ela assentiu. — Volte logo. — Ela observou suas costas largas se afastarem. Ele cumprimentou uma senhora mais velha com uma reverência. Ela cobriu o rosto com um lenço e Aiden levou-a para um canto mais privado. Meryn virou-se para Colton. — É tão triste. — Nós fazemos o que fazemos para que outras famílias não conheçam essa dor. — Colton respirou fundo. Sorrindo, ele puxou Meryn para seus braços e inclinou-a para trás. Ela chiou e começou a rir. — Venha, Meryn, vamos dançar. — Ele puxou-a para a pista de dança e ela começou a cravar os calcanhares no chão. — Mas eu não posso dançar assim! — Que tipo de cavalheiro eu seria se não pudesse conduzir uma mulher pela pista de dança? — Colton arqueou uma sobrancelha. Meryn olhou em volta freneticamente. Ela

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pegou uma taça de champanhe de uma bandeja que passava e a virou de um gole. Ela colocou a taça vazia na mesa. — Ok, pronta para ir. Colton virou-a e guiou-a para a pista de dança. Meryn percebeu que se ela parasse de pensar sobre onde seus pés deveriam ir e apenas acompanhasse Colton, seria muito mais fácil. Logo ela estava pegando o jeito dos giros e reverências. — Posso ter a próxima dança? — Darian fez uma reverência profunda. Colton a entregou para o fae. — Você não precisava dançar comigo. — Meryn corou furiosamente. — O prazer é todo meu. De fato, a Unidade Alfa reivindicou todas danças com você hoje à noite. As outras unidades ficaram muito chateadas conosco. Todos nós queríamos dançar com a dama do nosso Comandante. — Ele piscou um olho para ela. A dança com Darian não foi menos graciosa ou divertida do que com Colton. Lá pelo terceiro giro, ela estava com sede. — Eu acredito que é a minha vez. — Uma voz prateada interrompeu. Darian curvou-se em favor de Gavriel. — Eu acredito que vou abrir mão da minha vez de dançar, vamos encontrar algo para você beber. Ele a levou até uma das mesas decoradas festivamente. — Aqui está, Meryn, água mineral. — Gavriel entregoulhe uma taça de vinho.

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— Obrigada. — Com pouca atenção ou importância em como isso seria interpretado, ela bebeu a taça toda. Ela sorriu para Gavriel. — Muito melhor. — Estou tão feliz por poder ajudar. — Meryn olhou ao redor da sala. Ela observou como pequenos grupos de pessoas se fundiram para se tornarem grupos maiores, ou como duas ou três pessoas deixavam um grupo para conversar entre si. Foi então que ela se lembrou que esta noite também era sobre círculos sociais e negócios. Ela ficou na ponta dos pés e não viu nada. — Gavriel, você vê Adam em algum lugar? — Gavriel olhou em volta. — Sim, creio eu, ele está conversando com o Comissário de Obras Públicas e um grupo de empresários da cidade. — Ele deve estar tentando angariar apoio para a clínica. — Mais do que provável. — Gavriel concordou. — Você pode me acompanhar até lá? Talvez eu possa ajudar. — Gavriel ofereceu o braço. — Você vai ser boa, certo? — Por que todo mundo fica me perguntando isso? A essa altura eles já estavam se aproximando do pequeno grupo. — Olá, Adam. — A franzir de cenho formidável de Adam desapareceu quando ele viu Meryn. — Olá, irmãzinha. O que você acha do seu primeiro baile?

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— Eu gosto da dança. — Ela disse honestamente. Seu olhar foi para os outros homens. — Meryn, me perdoe, deixe-me apresentar-lhe. — Ele se virou para o grupo. — Cavalheiros, esta é minha nova irmãzinha, Meryn Evans. Meryn, este é Cecil Adams, nosso Comissário de Obras Públicas, Peter Dawning e Jacob Lewiston. Peter e Jacob possuem dois dos negócios de importação de maior sucesso de Lycaonia. — Adam completou as apresentações. Hora do show. Meryn assumiu sua expressão mais vaga e bateu palmas com entusiasmo. — Vocês, cavalheiros, devem estar falando sobre o seu apoio para a clínica de Adam. — Até mesmo Meryn achava que sua voz soava jovem e inocente. — Não exatamente. — Cecil disse. — Você já esteve na clínica? Eu sei que você, como Comissário de Obras Públicas, deve estar ajudando Adam a levantar os fundos necessários para as atualizações. Você parece tão importante, não admira que Adam confie em você. — Ela sorriu para ele. Um rubor escarlate subiu pelo pescoço do homem e acabou incendiando as pontas de suas orelhas. — Eu revi a proposta de Adam. Muito bem escrita. — Ele admitiu. Meryn virou-se para os dois empresários. — E quanto vocês dois doaram? — Ela perguntou, praticamente

dando

pulinhos. Eles

se

olharam

com

nervosismo. Peter pegou um lenço e enxugou a testa.

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— Nós não realmente discutimos isso. — Jacob a informou. Meryn cobriu a boca com ambas as mãos e assumiu uma expressão trágica. — Eu não interrompi sua discussão sobre números, não é? Ela deixou lágrimas reais encherem seus olhos. Todos os três homens se apressaram para garantir que ela não tinha interrompido. — Graças a Deus. Adam teve que me tratar na clínica, e posso dizer em primeira mão que ela não representa o nível de sofisticação que vi em outros lugares da cidade. Ela precisa desesperadamente de modernização. —

Você

foi

tratada

lá?

— Jacob

perguntou,

aturdido. Meryn oscilou um pouco e sentiu a mão de Gavriel em suas costas. — Está tudo bem, Meryn, você está segura agora. — Ele disse. Meryn poderia tê-lo beijado, ele estava colaborando. — Eu fui brutalmente atacada por aquele monstro que está lá fora perseguindo as pessoas. Se não fosse por Adam, eu não sei o que teria acontecido comigo. — Ela virou o rosto para o peito de Gavriel. Ele passou a mão pelo cabelo dela. — Nós nunca consideramos que os companheiros humanos podem precisar ser tratados lá. — Cecil passou a mão pelo queixo. Meryn se virou para Jacob e Peter. — Vocês irão doar, não irão? — Ela deixou sua voz falhar.

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— Claro que sim. — Ambos os homens concordaram quase imediatamente. — Vou deixar Adam continuar esta conversa. Falar sobre a minha provação me deixou abalada. Talvez outra dança ou duas me ajudem a esquecer. — Ela olhou suplicante para Gavriel. — É claro, cavalheiros, se nos der licença? Gavriel levou-a para longe do grupo de homens e para um grupo de membros da unidade. Sem diminuir o passo, ele agarrou Keelan pelo braço e continuou até que estavam na varanda. — Keelan, um feitiço de silêncio. — Gavriel falou sufocadamente. Rapidamente Keelan lançou o feitiço. No segundo que ele terminou, Gavriel jogou a cabeça para trás e riu. — O que ela fez? — Keelan implorou. Gavriel contou toda a cena. No final, Keelan estava batendo em sua perna e uivava. — Eu poderia me acostumar com essas coisas. — Meryn sentiu orgulho de si mesma. — Vamos voltar para dentro. Eu ainda quero minha dança. — Keelan desfez o feitiço de silêncio e ofereceu-lhe o braço. — Você está usando roupas de baixo? — Ele sussurrou. — Sim, uma legging. Por quê? Que tipo de dança você quer dançar? — Meryn perguntou confusa. — O tipo que só um bruxo pode fazer. — Ele sussurrou um longo e baixo feitiço e segundos depois eles estavam

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flutuando. Keelan levantou-a acima da multidão e a girou ao redor. Meryn nunca se divertiu tanto na vida. Os outros cinco bruxos membros da unidade não queriam ser sobrepujados e logo também levantaram seus parceiros no ar. No final da música, todos flutuaram de volta para a pista de dança para uma rodada de aplausos. Keelan piscou para ela e quando ele a virou uma última vez, ela foi pega nos braços de Aiden. Ele a puxou para perto enquanto as luzes diminuíam. — Como ela está? — Meryn perguntou. — Eles estão sofrendo muito. As partes do corpo que foram entregues eram de Eleanor. Este é o primeiro feriado sem ela. — Ele descansou o queixo no topo da cabeça dela. — Existe alguma coisa que possamos fazer? — Podemos encontrar quem a tirou deles. — Então vamos fazer isso. — Meryn descansou sua bochecha contra o peito dele. — Nós iremos. — Ele se afastou. — Ouvi dizer que você está se divertindo. — Havia um leve sorriso nos lábios dele, embora seus olhos permanecessem tristes. — Eu pude conhecer o Comissário de Obras Públicas. — Ela disse simplesmente. — Meryn, você me surpreende. — Ele a girou ao redor e com mais força que Colton, mais graça que Darian, mais consideração que Gavriel e mais prodígio que Keelan, ele passou o resto da noite a tratando como uma princesa. *****

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Meryn tirou o vestido e correu para debaixo dos lençóis. Embora a casa tivesse aquecimento e resfriamento central, era quase uma da manhã e estava frio. Ela se aconchegou no corpo quente de Aiden. A sensação de seu corpo

nu

ao

lado

do

dela

fez

seu

baixo

ventre

contrair. Quando ele começou a passar a mão para cima e para baixo na lateral de seu corpo de um modo vagaroso, ela o empurrou de costas e o montou. A expressão de surpresa no rosto dele foi substituída por um olhar de puro êxtase quando ela se abaixou e o guiou para dentro dela. — Mesmo que vivêssemos para sempre, eu nunca me cansaria de você. — Ele fechou os olhos e envolveu as mãos firmes ao redor da cintura dela. Lentamente ela balançou o corpo. Ela amava a sensação dele profundamente dentro de si. Ela logo descobriu que, quando se inclinava para frente, a cabeça de seu membro batia com perfeição no seu ponto G. Ele levantou os braços e apoiou a parte superior do corpo dela. Ela acelerou seu ritmo enquanto perseguia algo que nunca havia experimentado antes. Ela nunca havia tido um orgasmo no ponto G antes. Ela sentiu todo o corpo começar a abrasar de desejo. — Tome o que você precisa, bebê. — Ele sussurrou. Ele deixou que ela fizesse o que queria, deixou que ela marcasse o ritmo. Quando ela pensou que não aguentaria mais, suas pernas começaram a tremer. Não foi uma enorme explosão, mas aglomerados de pequenas explosões dentro dela. — Aiden, por favor. Eu preciso de mais. — Ela implorou.

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Ele a virou e a penetrou com um profundo impulso. — Sim! — Ela gritou. Era disso que ela precisava. — Assim, Aiden, por favor! Ele a levou a sério e começou a bater dentro dela impiedosamente. Ela podia senti-lo batendo no colo do útero. Ela estava prestes a dizer a ele para parar, que a dor era demais, quando esta se transformou em outra coisa. Sua mão desceu e ele estava provocando seu clitóris a cada golpe. Não demorou muito para que um segundo orgasmo passasse por ela. Aiden gritou e desmoronou ao lado dela. — Você disse que esse calor acaba eventualmente, certo? — Meryn perguntou. Aiden estava respirando com muita dificuldade para responder, ele apenas balançou a cabeça. Quando ambos se recuperaram e se limparam, Meryn ficou deitada nos braços dele, olhando para o teto. — Eu encontrei algo hoje. — Ela sussurrou. Ele se virou de modo que estavam de frente um para o outro, cada um deitado de lado. — O que? — Eu ampliei os parâmetros de busca. Eu não sei se eles são paranormais, mas onze outros casais daqui até St. Louis foram dados como desaparecidos, pode haver mais se os paranormais não estiverem indo para a polícia. Aiden a puxou para perto. — Envie-me a lista, vou falar sobre isso amanhã com Colton e Gavriel para ver quantos são paranormais.

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— Aiden, eu acho que isso é maior do que pensávamos. — Temo que você esteja certa. Durma um pouco, você tem as entrevistas para escudeiros amanhã. Você precisará de suas forças. — Ele provocou. Ela inclinou a cabeça para ganhar um beijo. Ele não a desapontou. Quando eles se separaram, ela se aconchegou perto dele. Destino, se estiver ouvindo. Mantenha-o em segurança. Meryn fechou os olhos e adormeceu.

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Capítulo 13 — Obrigado aos cavalheiros por virem. A entrevista de hoje será na forma de uma prática. Gostaríamos que vocês fizessem quaisquer perguntas que precisem da Meryn e depois preparassem um almoço e chá da tarde. Revimos todas as suas três credenciais e estamos muito satisfeitos por serem bem treinados para o cargo. Agora tudo o que resta para se ver é como vocês reagem a sua futura empregadora. Adelaide continuou a dar instruções para os três homens enquanto Meryn os observava de perto. O candidato alemão, Jungen, era o mais baixinho, talvez com 1,78 metro, com entradas no cabelo. Ela podia ver uma fina camada em sua testa, ele estava suando terrivelmente. Ela sentiu como se estivesse olhando para o rosto de um assassino em série. Ele tinha os olhos vazios, ela supôs que aquela era a versão dele de uma cara de paisagem, mas ela não conseguia impedir a sensação desconfortável que ele lhe dava. Ela

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voltou sua atenção para o candidato britânico, Dennis. Ele tinha exatamente 1,82 metro. Ele a lembrava de Ben, com seu cabelo loiro ondulado e sorriso caloroso. Ele flertava horrivelmente com Adelaide, mas era agradável. Ela sabia que poderia se dar bem com ele. Em seguida, havia o candidato japonês: Ryuu. Ela teve que se relembrar que estava acasalada. Duas vezes. Ele era o mais alto dos três com 1,95 metro. Exalava serenidade e poder, um potente afrodisíaco. Ela tinha ouvido o termo “tipo descolado” antes, mas não entendeu completamente até que viu Ryuu. Ele sentava-se quieto, sua postura perfeita e ouvia respeitosamente. Ela podia dizer que ele era musculoso sob o seu vestuário tradicional japonês. O ar ao seu redor até mesmo parecia diferente, régio. Ela quase esperava que flores de Sakura começassem a cair pelo ar a qualquer momento. — Ok, vou lhes permitir que perguntem para Meryn quaisquer perguntas que precisem para melhor servi-la. — Adelaide sentou-se. Meryn se contorceu na cadeira quando três pares de olhos masculinos a olharam. — Quais os alimentos que você gosta de comer? — Ryuu perguntou, sua voz era surpreendentemente profunda. — Eu gosto de pizza, sanduíches e hot pockets. — Ele assentiu. — Qual é o seu chá favorito? — Dennis perguntou. — Eu gosto de chás fortes, adoçados, sem leite. Earl Grey bem forte, de preferência.

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— Eu aposto que você adoraria o meu chá Yorkshire com leite. — Dennis fez uma anotação em sua ficha. Meryn sorriu educadamente. — Por que você o bebe tão forte? — Ryuu perguntou. — Eu tomo um café forte logo cedo para me fazer acordar, pela tarde, estou começando a ficar cansada e preciso de algo para me dar ânimo. É por isso que normalmente gosto de um almoço leve e algo doce para o chá. Se eu comer muito, fico cansada. — Ela explicou. Ele assentiu solenemente. Eles ficaram quietos. — Vocês têm mais perguntas para a Meryn? — Adelaide perguntou, ficando de pé. — Apenas uma. O que você faz pelas tardes? — O rosto bonito de Ryuu se virou para ela. — Eu fico muito no meu notebook. — Obrigado. Eu não tenho mais perguntas, Lady McKenzie. — Muito bem então, Marius lhes levará à cozinha. Veremos os senhores na hora do almoço. — Eles se levantaram e saíram atrás de Marius. — Aproveite o seu tempo no notebook, o almoço estará pronto logo logo. — Adelaide pegou seu tricô. Duas horas mais tarde, Meryn tinha acabado de escrever um novo programa quando Marius apareceu na porta. Sua boca estava em uma linha reta. Uh oh. — O almoço está pronto.

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— Oh, querida, eu me pergunto o que aconteceu. — Adelaide murmurou. Elas se levantaram e seguiram Marius à sala de jantar. Ao passarem pela cozinha, ela viu que uma bancada estava cheia de vegetais cortados e respingos de alimentos. Meryn e Adelaide trocaram um olhar. Agora sabiam o que estava errado com Marius. Um dos homens que se candidatou era um pateta na cozinha. Ao longo de três das paredes, cada candidato havia disposto um extenso almoço. Meryn notou que apenas Ryuu curvou-se quando eles entraram. — Ande em torno, Meryn, e escolha o que quiser. Eu recomendaria experimentar algo de cada um para ver se você gosta de sua culinária. — Adelaide sugeriu e pegou um prato para si mesma. Marius entregou a Meryn um prato e ela começou a andar pela sala. Ela foi até a mesa de Dennis primeiro, já que era a que estava à esquerda. Ele tinha feito sopa francesa de cebola e um prato de macarrão. Ela ignorou a sopa e pôs uma pequena porção de macarrão no prato. Ela sorriu para Dennis e seguiu em frente. Jungen estava ao longo da parede do meio. Ele tinha feito um sanduíche bratwurst23 com chucrute. Como acompanhamento tinha preparado um prato de repolho e batata vermelha. Ela pegou uma porção das batatas e seguiu em frente. Finalmente, ela chegou em Ryuu.

Bratwurst é uma salsicha de origem alemã, composta por carnes de porco, vaca e, por vezes, vitela. 23

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Ele tinha preparado pasteizinhos de aparência simples no formato de peixes. — Taiyaki24? — Ela perguntou. Pela primeira vez, a expressão dele mudou para uma de agradável surpresa. — Sim. — O que você usou como recheio? — Pepperoni e queijo. — Sério? — Meryn perguntou, estendendo a mão para o pegador. Ela pegou dois e colocou-os no prato. Ela sorriu para ele com gratidão. Ele fez uma reverência. Ela caminhou até a mesa e comeu um pouco do macarrão. Estava realmente bom. Ela rapidamente terminou o que estava em seu prato. Em segundo lugar, ela comeu uma das batatas, mas não conseguiu comer mais. Ela tinha sido preparada na gordura junto com o repolho. Era muito pesada para ela comer. Ansiosamente ela pegou o pequeno peixe. Deu uma mordida e suspirou. O exterior crocante dava lugar ao queijo derretido e pepperoni ligeiramente picante. Após comer o segundo ela estava cheia. Elas os agradeceram e retiraram-se novamente para a sala de visitas. Algumas horas depois, os homens voltaram, cada um empurrando um carrinho de serviço. Meryn esfregou os olhos. Ela esteve olhando para o notebook por horas, sua visão estava ficando embaçada. Ela precisava muito de um chá forte. Taiyaki é um bolo japonês em formato de peixe. Os recheios mais comuns são os de pasta de feijão vermelho, creme, chocolate e queijo. 24

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— Para este exercício, Meryn irá avaliar o que cada um de vocês preparou e escolher aquele que lhe agrada. Enquanto tomamos nosso chá, Marius irá servi-los do lado de fora, na varanda, enquanto Meryn e eu discutimos os seus méritos. Cavalheiros, o palco é de vocês. Por favor, diga-nos o que preparam e porquê. Dennis avançou rapidamente e retirou a grande tampa redonda, revelando suas escolhas. — Eu preparei um bule de chá Yorkshire duplo com leite, já que a Senhorita Meryn gosta dele forte, e sanduíches de pepino, já que ela avisou que sanduíches são um dos seus favoritos. — Meryn suspirou. Ela realmente queria era Earl Grey. Jungen se adiantou e tirou a tampa de seu carrinho. — Eu também preparei sanduíches. — Ele olhou para Dennis. Agora Meryn percebia porque Dennis avançou tão rapidamente. Ele sabia que tinham preparado a mesma coisa. — Em vez de pepino, eu escolhi usar ingredientes de qualidade superior. À esquerda, temos ovo e agrião e a direita salmão defumado. Para o chá, eu preparei uma infusão de Darjeeling, sem leite. Eu escolhi sanduíches, como Meryn indicou que eram um de seus favoritos, e preparei o chá sem leite como ela declarou claramente que não prefere o leite. — Jungen parecia satisfeito consigo mesmo. Os olhos de Meryn foram para Ryuu. Ele fora tão bem na hora do almoço que ela mal podia esperar para ver o que ele preparara para o chá. Por favor, que o homem tenha feito um bule de Earl Grey.

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Graciosamente ele deu um passo à frente e fez uma reverência. Com movimentos lentos que a lembravam da antiga cerimônia de chá japonesa, ele levantou a tampa em forma de cúpula e apresentou suas escolhas. Os outros dois homens riram em silêncio. Sem pompa ou ostentação o prato continha pequenos bolos redondos de aparência comum, empilhados no centro do prato. — Eu preparei dango, ou bolinhos revestidos em açúcar em pó, e chá verde. Eu escolhi os bolinhos já que Lady Meryn aconselhou que gosta de algo doce com o chá. Eles são pequenos e fáceis de comer, permitindo-lhe ficar em seu notebook. Eu escolhi chá verde ao invés de seu preferido Earl Grey pois uma única dose contém a mesma quantidade de cafeína que um bule de chá preto extra forte, mas também contém L-teanina25, o que melhora o funcionamento do cérebro, ajudando-a a se concentrar no final da tarde. — Ele fez uma reverência novamente e recuou. — Obrigada, cavalheiros, tudo parece delicioso. Se apenas seguirem Marius, ele preparou sua própria versão especial de chá como um agradecimento por terem se candidatado. — Os homens seguiram Marius porta a fora. Adelaide levantou a mão quando Meryn foi falar. Alguns minutos depois, ela virou-se para Meryn. — Então, o que acha?

A L-teanina é o único aminoácido presente quase exclusivamente na planta Camellia sinensis (chá verde). No cérebro, Teanina aumenta a produção de serotonina e dopamina, relaxando a pessoa sem sedá-la, reduz o estresse e melhora a atenção. 25

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— Eu estava esperando que você me dissesse o que achou. — A sua opinião é mais importante do que a minha, eles servirão você, não eu. — Adelaide a relembrou. — Jungen é definitivamente um não. — Posso perguntar por quê? Só quero ouvir o seu raciocínio. — Ele me assusta. Eu nunca me sentiria confortável perto dele. — Eu concordo. Eu o teria dispensado de cara devido à sua aparência desleixada, mas queria ser justa. — Aposto que foi isso que deixou o Marius nervoso. — Meryn riu. — Eu aposto que você está certa. Aquele homem é exigente. E o menino de ouro, Dennis? — Ele me fez sorrir. Ele é muito aberto e divertido. Eu podia me ver relaxando perto dele. Mas... — Meryn hesitou. — O que, querida? — Ele flertou com você, o que eu não gostei. Ele não ouviu. Ele agiu conforme as próprias suposições de que sabia o que era melhor. Eu conseguiria ver Marius fazendo algo assim, mas ele estaria certo em fazê-lo e lhe diria o porquê. Tipo: “Meryn, vista seu casaco, está frio lá fora”. — Meryn imitou a voz de Marius. — A sopa francesa de cebola estava divina. — Aposto que estava, mas eu não gosto de refeições pesadas na hora do almoço ou leite no meu chá.

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— Vá em frente. E o arrojado principesco Ryuu, e não se preocupe em negar que olhou. Eu estou acasalada por séculos a mais que você, e eu olhei. — Ele me faz me sentir segura, como o Aiden faz. Simplesmente há algo nele. Eu sinto como se o conhecesse de algum lugar, como um melhor amigo de infância ou algo assim. É como se eu soubesse que posso contar com ele para qualquer coisa. Ele fez boas perguntas sobre porque eu gostava de alguma coisa e, embora não tenha preparado o que eu prefiro, ele levou em consideração porque eu gostava daquilo. Se ele fosse meu escudeiro, eu não teria que me preocupar com nada, eu sinto que ele até mesmo pensaria por mim se eu pedisse. — Eu acho que você tem sua resposta, minha querida. — Além disso, ele é um sonho. — Sim, querida. Mas nunca deixe o Aiden ouvir você dizer isso. Eu cometi o erro de mencionar o quão bonito eu achava que Marius era logo quando ele se juntou a nós, não tive paz até depois que o Ben nasceu. — Eu nunca, jamais trairia o Aiden. — E eu nunca trairia o Byron. — Elas olharam uma para o outra antes de Adelaide lançar-lhe um sorriso conhecedor. — Mas isso não significa que você não pode apreciar um belo rosto, especialmente um que vai tomar conta de você. Eu nunca pensei em Marius dessa forma, nem uma vez, mas havia dias em que eu precisava dele mais do que precisava do Byron. Isso cria uma ligação, não significa

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que você não ame o seu companheiro, apenas significa que há espaço em seu coração para mais. — Adelaide serviu uma xícara de Darjeeling. — Você ama o Marius? — Meryn perguntou. — Sim, muito. Mas é algo entre amor de irmão e de melhor amigo. — Eu acho que sei quem escolher. — Os homens estarão de volta em breve. Coma seus bolinhos. Meryn se empanturrou dos pequenos doces. Ela serviu uma xícara de chá verde e o adoçou com um pouco de açúcar. Quando ela tomou um gole com o bolinho, suspirou feliz. Eles se complementavam perfeitamente. — Hana Yori Dango. — Ela colocou outro na boca. — O que é isso, querida? — Adelaide perguntou. — Bolinhos são melhores que flores. Ou coisas práticas são melhores do que coisas bonitas. — Você não está recebendo ambos? — Adelaide brincou. — Oh, cale-se. — Meryn sorriu. Adelaide apenas tomou um gole de chá e deixou Meryn pensar. Uma hora depois, os homens voltaram. Meryn deixou Adelaide assumir o controle. Ela apenas gaguejaria e eles não entenderiam uma palavra. — Meryn e eu discutimos sobre as coisas com grande deliberação. Depois de levar tudo em consideração, ela gostaria de estender a oferta para Ryuu Sei.

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— O que?! Por que?! — Jungen exigiu. Ele tinha ficado de um tom doentio de vermelho e parecia que estava prestes a explodir. — Nós sentimos que ele se adequará melhor em nossa casa. — Adelaide disse simplesmente. — Eu me recuso a aceitar que este estrangeiro seria um escudeiro melhor do que alguém do meu calibre. — Jungen grunhiu as palavras entre dentes. — Cara, sério, você nunca teve chance. Um pequeno conselho. Tome banho antes das entrevistas. Ok? — Meryn não pôde impedir. Jungen não tinha o direito de menosprezar Ryuu. Ela já sentia um sentimento irracional de lealdade para com o homem. — Eu deveria ter escutado a Daphane Bowers, não tem como uma vira-lata humana como você apreciar um serviço de classe alta. — Jungen cuspiu. — Marius, por favor, escolte este homem da minha casa imediatamente. — Adelaide ordenou. Marius se moveu mais rápido do que Meryn pensava ser possível. — Solte-me! — Jungen deu um soco em Marius, que facilmente se esquivou antes de torcer o braço do homem para trás. — Eu abro a porta. — Dennis disse, se levantando rapidamente. — Eu não tenho nada contra os humanos, eu te acho linda, Meryn. Com sorte a verei novamente em outra casa. — Dennis piscou um olho para Meryn e correu à frente para abrir a porta para Marius.

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— Eu gostei do seu macarrão! — Meryn gritou atrás dele. — Obrigado! — Foi a resposta. Eles ouviram um estrondo alto, o som de gemido de um homem, Dennis rindo e depois silêncio. Ao longo de toda a cena Ryuu não havia dito uma palavra. — Eu nunca nem sequer perguntei. Você gostaria de ser meu escudeiro, Ryuu? — Meryn teve um lampejo de medo de ele dizer não. — Deixe-me perguntar. Te incomodará que eu seja japonês e não de ascendência europeia? — Não, eu nunca vi isso como sendo um problema. — Meryn respondeu com sinceridade. — Eu continuo esquecendo o quão jovem e humana você é. — Ryuu respondeu com um sorriso gentil. — Te incomodará que eu seja humana? — Meryn perguntou, sentindo-se irritadiça, especialmente depois do comentário sobre vira-lata de Jungen. — Não. Eu quis dizer isso no bom sentido. Você vê as coisas de forma diferente do que nós. Paranormais vivem por longos períodos de tempo e tendemos a ficar presos no passado. Mas você vê as coisas como diferentes e novas. Nada é impossível e tudo pode ser conquistado. — Você acha que será feliz aqui? Você estará muito longe de casa. — Em vez de responder Ryuu olhou para o corredor.

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— Você gostaria de ir dar um passeio lá fora? — Ryuu sugeriu. — Fique perto de casa. Eu não tenho certeza se Marius explicou, mas Meryn foi ameaçada. Sua segurança deve sempre vir em primeiro lugar. — Adelaide disse em sua voz de mãe. — É claro. — Ryuu levantou-se e esperou por Meryn na porta. Ela se juntou a ele e eles caminharam lado a lado pela casa e pela porta dos fundos. — Eu não quis ser desrespeitoso com Lady Adelaide, mas você será a quem servirei. Minha história é para você ouvir. — Ryuu olhou para as árvores e suspirou. — Você está certa, Lady Meryn, eu... — Só Meryn está bem. Ryuu sacudiu a cabeça. — Seu companheiro, quando herdar, será a coisa mais próxima de um soberano que nosso povo conhecerá, eu não posso falar com você de uma maneira tão familiar. — Eu não gosto da maneira como Lady Meryn soa, faz você parecer estar muito longe. Ryuu sorriu. — Eu sou um servo, nossas posições são muito distantes uma da outra. — Escute, você está certo. Eu sou jovem e sou humana, mas mais do isso, eu sou uma americana. Para mim todos são iguais. Eu não preciso de um servo. Preciso de um amigo. Preciso de alguém que me ajude a navegar neste mundo sem me envergonhar ou ao Aiden. Preciso de alguém em quem eu

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possa me apoiar quando este se mostrar muito estranho. Eu preciso de alguém em quem eu possa confiar. Você será meu amigo, Ryuu? — Meryn não conseguiu afastar a emoção da voz. Ela queria o nível de conforto e confiança que via entre Adelaide e Marius. Ryuu segurou seu rosto e, pela primeira vez, ela viu a intensidade de seus sentimentos em seus olhos. Ele respirou fundo e varanda sumiu, um enorme palácio apareceu atrás dele. O outono desapareceu para ser substituído por uma amena tarde de verão. À distância, ela podia ouvir um sino tocar enquanto uma brisa reconfortante passava por entre os bambuzais. Ela não sabia como ele fez isso, mas ela estava de pé em um palácio real no Japão, e cada fôlego e movimento parecia lento, como se não estivessem em sincronia com o tempo. — Quando eu perdi meu Mestre anterior, não me atrevi a ter esperança de encontrar um outro a quem eu poderia servir das profundezas da minha alma. Mas o seu desejo sincero por um amigo, não alguém para subjugar, assegurame que você é alguém a quem eu posso servir. Eu me senti conectado a você desde o momento em que entrei na sala de estar. Parece que a Destino ainda tem planos para mim, e em você eu tenho um novo começo e um novo propósito. Ele deu um passo para trás e ficou de joelhos, levando a mão dela aos lábios. — Eu lhe juro pela minha vida que vou dedicar minha existência a te servir. Que meus filhos vão servir os seus

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filhos, até o dia em que uma das nossas linhagens deixe de existir. Eu juro colocá-la acima de todos os outros, salvo minha companheira e os meus filhos. A sua saúde e felicidade será colocada acima da minha própria. Você me aceita, Meryn Evans? Como seu guia, sua espada e seu escudo? — As palavras, como foram ditas, soaram como se ele estivesse recitando um ritual ou um feitiço. Meryn hesitou apenas por um momento. A Destino tinha lhe trazido até aqui, ela tinha que confiar que Ryuu também foi levado a ela por uma razão. — Sim, eu lhe aceito. — Mal ela falou as palavras quando uma dor lancinante rodeou seu pulso. A visão clareou e eles estavam de volta na varanda de Adelaide, onde o sol de outubro fornecia só o calor suficiente para tornar a fria brisa de outono agradável. Ryuu piscou um olho para ela e se levantou. — Estamos unidos por toda a eternidade. É bom estar a serviço novamente. — Meryn notou que ele parecia mais jovem, mais feliz, como se os encargos sobre ele tivessem sidos aliviados. — Bem, alguém não tem problemas com compromisso. — Nós fomos destinados, Meryn. A Destino me trouxe aqui. — Eu pensei a mesma coisa antes de dizer sim. — Meryn puxou a manga para cima e olhou. Em volta do seu pulso, como uma pulseira de safira, havia uma tatuagem de

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dragão azul. — Maneiro! Eu ganho uma tatuagem! Ha. Tome essa, Aiden! — Ela me permitirá monitorar sua saúde, rastrear sua localização e interpretar os seus sentimentos. — Meryn não sabia como se sentia sobre isso. — Vamos ter que trabalhar em suas habilidades de comunicação. —

Oh,

eu

não

sei.

Eu

acho

que

cronometrei

perfeitamente. — Ryuu disse com uma cara séria. — É linda. Eu amei. — Meryn não conseguia parar de olhar. — Denka, está ficando mais frio, deveríamos entrar. — O que é “Denka”? — Meryn perguntou, indo em direção à porta. — Você não gosta quando lhe chamo de Lady Meryn, “Denka” é um modo formal de dirigir-se a alguém no meu idioma, o equivalente a Alteza Real. — Ryuu segurou a porta aberta para ela. — Eu gosto disso. — Vocês se entenderam? — Adelaide perguntou quando eles entraram na sala de estar. — Sim. Eu acho que ele e eu vamos nos entender perfeitamente. — Ryuu tinha tomado uma posição atrás dela, os pés afastados, as mãos cruzadas atrás das costas. — Fico feliz. Meryn, eu fiz Marius preparar um bolo para você levar para o Ancião V'Ailean em sua visita. É o favorito de Vivian, um Bolo de Limão Crocante. Por favor, o dê a ela

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com os meus agradecimentos. Ela tornou a noite passada tão agradável. — Adelaide tomou um gole de chá. — Claro, a que horas eu... — A pergunta de Meryn foi cortada por um rugido ensurdecedor. Aiden entrou correndo na sala e prendeu Ryuu contra a parede pela garganta. O queixo de Meryn caiu. — Que diabos, Aiden? Solta ele! — Meryn gritou. — Ele te marcou. Ele colocou a marca dele em você. Você! Minha companheira! — Aiden rugiu. Ryuu, por outro lado, parecia calmo. Ele aceitou o tratamento de Aiden. Ele simplesmente virou o rosto para Meryn. — O que quer que eu faça, Denka? Ele é o seu companheiro e eu não quero machucá-lo. — Sua voz estava calma, até mesmo agradável. — Aiden, por favor! — Não havia conversa com seu companheiro, Aiden tinha perdido a cabeça. Ela olhou para Ryuu. — Livre-se se puder, sem feri-lo permanentemente. — Ela estava tão brava com Aiden, ela estava tentada a ir buscar de volta o vaso do banheiro no térreo e acertá-lo na cabeça com ele. — Como quiser. — Os olhos escuros de Ryuu brilharam quando fogo azul cobriu seu corpo. Com um grito, Aiden o soltou e deu um passo para trás, segurando o braço. —

Você

me

eletrocutou?



Aiden

perguntou

estremecendo.

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— Pode parecer assim para alguns. Você deve ser muito forte, a maioria não é capaz de permanecer consciente depois de receber um choque desses. — Ryuu elogiou. — Por que você marcou a minha companheira? — Aiden exigiu. — Ela me aceitou como seu escudeiro. No meu país, isso significa a união de nossas casas, é um vínculo que irá durar até que a minha linhagem termine ou a sua. A marca é simplesmente uma manifestação física desse vínculo que vai permitir-me servir e proteger minha incumbência melhor. — Ryuu explicou. — Olha, Aiden, eu tenho a minha própria tatuagem! Não é uma marca sexy como a sua mordida. — Meryn estendeu o pulso e mostrou a marca a Aiden. Ele trouxe o pulso dela até o rosto dele e começou a cobri-la com seu cheiro. — O que quer dizer com te permitir que a sirva melhor? Eu quero que seja claro como a porra de um cristal sobre seus deveres de serviço. — Aiden rosnou. Meryn revirou os olhos. — Vou cuidá-la, guiá-la, ensiná-la. Vou ser seu mentor e amigo. Vou cuidar de sua saúde e felicidade e protegê-la com a minha vida. — Ryuu esclareceu. — Se você tocá-la, se você sequer olhar para ela como... — Aiden começou. Ryuu sacudiu a cabeça.

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— O vínculo que compartilho com Denka está além do físico. Você não entenderia já que nunca serviu a alguém. — Ryuu cruzou os braços sobre o peito. — Mestre Aiden, talvez eu possa ajudar a explicar. — Marius deu um passo adiante. Aiden deu um breve aceno de cabeça para ele continuar. — Houve uma época em que seu pai e eu estivemos de lados opostos, muito parecido como você e Mestre Ryuu estão agora. Seu pai temia que eu desejasse sua companheira, e embora eu a amasse, eu nunca a machucaria desonrando seu vínculo com Byron, pois fazêlo teria destruído um pedaço de mim. Quando você é um escudeiro, um bom escudeiro, seu mundo inteiro se estreita e tudo o que você vê é a sua incumbência. A ligação é profunda, mas é platônica, eu lhe garanto. Marius colocou uma mão no ombro de Aiden. — Ele será para os seus filhos como eu fui para você. Por favor, acredite em mim quando digo que você não poderia pedir por um homem melhor. — Marius acenou para Ryuu, que exalou alto. — Minha história chegou até mesmo até aqui? — Ele perguntou. Marius assentiu. —

Se

eu

soubesse

quem

você

era,

teríamos

simplesmente o convidado para o chá para ver se era compatível com a pequena senhorita. Você tem as minhas desculpas por ter sido submetido a tais testes rudimentares. — Marius fez uma profunda reverência. — Umm. O que eu perdi? — Meryn perguntou.

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— Eu devo ter perdido alguma coisa também, você pode explicar, Marius? — Adelaide exigiu. Marius se virou para ela se desculpando. — Já que tive que contatar aqueles que eu conhecia no Japão, a verificação de suas referências só chegou a quinze minutos atrás. Houve uma longa demora em responder, porque eles não conseguiam acreditar que Ryuu saíra do Japão. A razão pela qual nós não reconhecemos o seu nome e assumimos que ele fosse um novo escudeiro é porque ele só serviu uma família. Essa família perdeu seu último membro vivo no mês passado e, num estupor bêbado, um membro de fora da família imediata acusou Ryuu de assassinar seu Mestre e exilou-o do Japão. Todos sabiam que isso era uma mentira, mas o estrago já estava feito. Ryuu deixou o Japão para vir aqui. — Marius virou-se para Ryuu. — Sinto muito se estiver compartilhando demais, mas Adelaide é a minha incumbência e Meryn, sua filha, elas precisam entender. — Marius fez uma reverência novamente. Ryuu sacudiu a cabeça. — É melhor que isso seja discutido logo, assim podemos superar isso. Eu não o critico por suas lealdades. — Quando você diz que ele serviu apenas uma família, o que isso significa? — Adelaide perguntou. — Eu servi a família do meu Mestre por um tempo muito longo. Eu protegi sua linhagem, mas no final, eu não pude salvá-los da velhice. Eu vim aqui, para esta nova terra, para morrer, para descansar. Mas parece que a Destino tinha

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outra coisa planejada para mim, ela é uma capataz dura, mas eu acho que vou gostar de cuidar de você, Denka. Aiden limpou a garganta. — Eu acho que você servirá. — Ele disse a contragosto. — Eu sou grato por suas palavras. — Ryuu inclinou a cabeça. — Merda! Que horas são? — Meryn exclamou quando percebeu

que

era

quase

hora

da

sua

visita

com

a

companheira do Ancião Vi'Ailean. — Hora de você sair. Marius, o bolo. — Adelaide os lembrou. Aiden virou-se para Ryuu. — Ela tem alguém cuidando... — Ele começou. O sorriso que Ryuu deu como resposta foi de arrepiar. — Eu ouvi falar desse monstro. Espero ter a chance de erradicar essa imundice da vida dela. — Se você mantê-la segura, conviveremos muito bem. — Aiden estendeu a mão. Ryuu agarrou Aiden ao redor do antebraço e eles se cumprimentaram. Meryn revirou os olhos. — Homens! Não me importa quantos anos vocês tenham, vocês são todos uns bebês. — Marius entregou a Ryuu uma caixa grande, quadrada e branca. — Eu arranjei uma carruagem. O caminho mais fácil para a casa do Ancião Vi'Ailean é através da cidade. — Marius explicou. Meryn virou-se para Aiden. — Eu estarei de volta depois da minha visita. — Ele acariciou seu pescoço com o nariz repetidamente até que ela gritou, rindo.

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— Pare com isso! Eu tenho que ir. — Ela riu e pegou sua mochila. — Cuide dela, Ryuu. — Aiden ordenou. — É o que pretendo. — Ryuu respondeu, então seguiu Meryn para fora. — Colton, parece que as suas férias acabaram, amigo. Você tem exercícios pelos quais compensar, de quando você estava descansando por aí com a minha companheira. — Meryn ouviu Aiden dizer a Colton. — Descansando? Ela quase me explodiu! — Colton gritou. Ryuu levantou uma sobrancelha enquanto estendia a mão para ajudá-la a subir na carruagem. — É uma longa história, acidente total. — Ele assentiu sem dizer uma palavra e subiu atrás dela. Meryn acenou até que não podia mais ver Aiden na porta. Agora, ela tinha dois Neandertais para lhe dar ordens. Ótimo.

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Capítulo 14 Quando

eles

chegaram

à

propriedade

do

Ancião

Vi’Ailean, Meryn só conseguia olhar fixamente. A casa do conselho dos shifter, onde Byron e Adelaide viviam, era uma enorme mansão de tijolos. A propriedade dos fae parecia algo saído do Senhor dos Anéis. Os pesados portões se abriram para revelar uma casa elaborada e extensa que foi construída diretamente nas árvores. Videiras e esculturas esculpidas envolviam a base de cada árvore convidativamente. — Eu juro que se o Legolas sair de trás de uma árvore, Aiden vai estar em apuros. — Meryn murmurou quando Ryuu abriu a porta da carruagem e saiu. Ele estendeu a mão para ajudá-la a descer. O problema de ter 1,60 metro em uma cidade construída para paranormais era que tudo estava mais acima do nível do chão. Ela pulou para fora e se virou

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para o Ryuu. Ele esperava pacientemente que ela caminhasse até a casa. Ela encarou e ele encarou de volta. — Denka, não fui eu o convidado, eles estão esperando para te ver. — Ele a lembrou gentilmente. Ela assentiu. — Eu sei, mas caramba, olhe para esse lugar e olhe para mim. — Ela apontou para seus tênis gastos, jeans e camiseta

dos

Goonies26,

em

seguida,

para

a

mansão

imaculada na frente deles. Ryuu analisou a roupa dela. — Havia um código de vestimenta implicado no convite para esta visita? — Ele perguntou, as sobrancelhas franzidas. Ela balançou a cabeça. — Então eu não me preocuparia com isso. Se isso te incomoda tanto eu vou fazer arranjos para a visita de um alfaiate, então você terá roupas adequadas para a sua posição. No entanto, eu não acho que você ficará tão confortável. — Ryuu ofereceu. — Talvez um vestido ou dois, apenas para visitas. Eu odeio me destacar. — Meryn se virou e caminhou em direção à entrada da frente. Ryuu apenas assentiu e seguiu atrás dela. Meryn estava agonizando sobre o pensamento de roupas quando atravessou o que parecia ser um campo de força. Ela congelou. A tarde de outubro desapareceu, até o sol parecia mais brilhante.

26

Filme de Steven Spielberg.

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— Está tudo bem, Denka, é um feitiço de contenção. É assim que eles são capazes de viver em uma habitação tão aberta durante todo o ano sem se preocupar com o mau tempo. — Ryuu explicou. Meryn se virou e olhou para a carruagem. Parecia uma típica tarde cinzenta de outono. Mas agora que ela estava dentro da bolha a casa brilhava brilhantemente ao sol, dando-lhe uma aparência quase sobrenatural. Ela deu um passo para trás e estava cinzento e frio. Ela deu um passo à frente e estava brilhante e quente. Rindo, ela saltou para dentro e para fora da bolha, antes de colocar um pé em cada extremo. — Isso é tão legal! — Então é aqui que você estava. — O Ancião Vi'Ailean avançou com Vivian, ambos sorrindo. Meryn voltou para dentro da bolha. — Sua coisa de campo de força é legal. — Nós gostamos, especialmente durante o inverno. Assumo que este seja seu escudeiro? — Vivian perguntou. Ryuu fez uma meia reverência. Meryn assentiu. — Sim, este é Ryuu Sei. Ele é novo em Lycaonia também. — É um prazer conhecê-lo, Ryuu. — Vivian disse. Elder Vi'Ailean ficou olhando. — Eu não achei que a sua espécie saísse do Japão. — Normalmente não o fazemos. Minha situação é extremamente rara e complicada. No entanto, depois de

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conhecer Meryn, eu acredito que fui trazido para cá com o único propósito de ser seu escudeiro. — A expressão afetuosa no rosto de Ryuu era evidente. — O que você quer dizer com a espécie dele? — Meryn perguntou. O Ancião Vi'Ailean levantou uma sobrancelha para Ryuu que balançou a cabeça. O Ancião se virou para Meryn. — Esse vai ser um mistério que você terá que descobrir mais tarde. Agora, por que eu não escolto vocês, duas adoráveis damas, aos nossos jardins. Você vai adorar, Meryn, as passifloras floresceram esta manhã, e o lugar todo está com um cheiro divino. — O Ancião Vi'Ailean estendeu ambos os braços e as levou até o jardim. Quando eles passaram pela entrada, Meryn parou e olhou fixamente. Jardim? A palavra implicava um espaço reservado para flores bonitas e paisagismo. Isto não era um jardim. Isto era um pedaço do paraíso. Tropeçando, ela foi até a pequena mesa e cadeiras que haviam sido postas para sua visita. Ela sentou-se em frente a Vivian, mas continuou a se virar de um lado para outro tentando absorver tudo. Ela sentiu um de seus momentos chegando. Ela ficou quieta e esperou que seu cérebro ficasse em dia. Hibiscus rosa-sinesis, Lavandula, Jasminum, Passiflora. Ela piscou e se virou para seus anfitriões. Eles estavam observando-a cuidadosamente. — Desculpe por isso, eu estava absorvendo tudo.

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— O que você acha do nosso jardim? — Vivian perguntou parecendo aliviada. — É incrível. Eu não poderia imaginar um lugar mais perfeito. — Ela fez uma pausa. — Vocês tem Wi-Fi aqui fora? O Ancião Vi'Ailean riu e balançou a cabeça. Meryn suspirou. — Ok, quase perfeito. — Eu consideraria isso uma exceção, mas sei o quão útil você

e

seu

notebook

foram

para

a

investigação

em

andamento. — O Ancião Vi'Ailean disse, servindo-a uma xícara de chá. Meryn olhou para a xícara e se lembrou do bolo. — Oh! Ryuu, você pode colocar isso aqui? — Meryn apontou para uma parte vazia da mesa. Ryuu posicionou a caixa

e

recuou

para

trás

da

cadeira

dela.

Meryn

cuidadosamente abriu-a e tirou o bolo redondo com glacê de baunilha. — Esse é o Bolo de Limão Crocante do Marius? — Vivian perguntou, inclinando-se para frente. — Sim, Adelaide disse para lhe agradecer por ontem à noite, ela disse que você tornou a noite agradável. — Meryn colocou o bolo na mesa. Imediatamente Vivian pegou uma faca e o cortou em fatias. Ela colocou um pedaço em um pequeno prato e entregou a Meryn. Meryn levantou o garfo e deu uma mordida. Esta poderia facilmente se tornar uma de suas sobremesas favoritas. Ela se virou para Ryuu. — Você quer um pouco?

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Ele balançou a cabeça. — Denka, você tem que fingir como se eu não estivesse aqui. Um escudeiro não come com suas incumbências. — Ryuu explicou. — Isso é rude! — Meryn franziu o cenho. Talvez ela não tivesse pensado direito nessa coisa toda de ter um escudeiro. — Ela é tão jovem. Me faz me sentir muito velho e cansado. — O Ancião Vi’Ailean recostou-se com seu chá. — Eu concordo. Temos servos por tanto tempo, eu nunca nem pensei que isso poderia ser considerado rude. — Vivian mordeu um pedaço do seu bolo. Nessa hora, Meryn começou a ter sérias dúvidas sobre ser capaz de se encaixar no mundo de Aiden. Uma mão quente em seu ombro a fez olhar para cima. A expressão de Ryuu era gentil. — Isso não me incomoda, Denka. Fico muito feliz por você estar preocupada com o meu bem-estar, mas não precisa se preocupar comigo. Servir você e ver o mundo através dos seus olhos é recompensa suficiente para mim. — Se fosse eu, eu preferiria comer bolo. A boca de Ryuu se contorceu. — É claro, Denka. Meryn tomou um gole de chá e ficou agradavelmente surpresa. — Chá de mel! — Ela tomou outro gole. — Eu tenho uma paixão tão grande por doces, então Celyn sempre o mantém em estoque para mim. — Vivian pegou a mão de seu companheiro com um sorriso.

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— Eu tenho que tomar meu chá doce. Meryn olhou para o jardim e piscou. Ela esfregou os olhos. Bem nos cantos de sua visão ela estava vendo manchas pontiagudas de luz. Ela voltou-se para Vivian. — Obrigada por me apoiar na noite passada. Isso realmente me deu a confiança que eu precisava para encarar todo mundo. — Não me entenda mal, minha querida, eu já tinha planejado convidá-la a vir, baseada nas brilhantes descrições que Celyn fez de você. Mas foi infinitamente mais satisfatório entregar o convite pessoalmente no baile, ao invés de um cartão escrito, só para que eu pudesse ver as expressões nos rostos daquelas desagradáveis velhas harpias. — Vivian. — O Ancião Vi'Ailean repreendeu com um sorriso. — Não venha com “Vivian” para cima de mim, Celyn. Aquelas mulheres tem sido uma pedra no meu sapato desde que eu cheguei aqui, duzentos anos atrás. Eu não vou ficar parada e ver a mesma coisa acontecer com a Meryn. — Vivian disse, acenando com o garfo no ar. — Então eu não sou a única que quer espetá-las com um alfinete para ver o quão alto elas gritam? — Ela riu quando Vivian balançou a cabeça com entusiasmo. Meryn apertou os olhos, as luzes estavam ficando mais brilhantes. — Eu sabia que você e eu nos daríamos bem no segundo que você criticou Daphane Bowers, indiretamente, é claro, sobre as lojas de roupas na frente de todos.

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— Eu não me importei, mas a pobre Adelaide quase teve um ataque cardíaco fazendo compras naquele dia. — Meryn protegeu os olhos. — Ok, sério! Que diabos são aquelas pequenas luzes?! — Ela exclamou. Vivian olhou triunfantemente para seu companheiro. — Eu sabia que ela os veria! — Ver o que? Vagalumes? — Meryn perguntou. — Não, querida, o que você está vendo são elfos de jardim. Nem mesmo todos os fae podem vê-los. Logo quando eu me acasalei com Celyn, houve muitas insinuações desagradáveis que eu não era sua verdadeira companheira já que era humana. O fato de eu poder ver os elfos acalmou aqueles pessimistas quase que imediatamente. Não há nenhuma dúvida em minha mente, Meryn, você pertence a Lycaonia. Meryn virou-se para olhar o jardim de frente. Quanto mais se concentrava, mais claro eles se tornavam. Logo ela podia discernir contornos de corpo minúsculos. Depois de alguns minutos, ela pôde vê-los claramente. Eles riam e brincavam, dançando no ar e se escondendo atrás de flores. De todas as coisas maravilhosas que vira desde que chegara à Lycaonia, isso tinha de ser o melhor. Meryn observou como um pequeno elfo masculino foi até ela. Ao contrário dos outros, ele não dançava ou brincava, ele ficava nos cantos. Meryn pegou um tanto de glacê com o dedo e o estendeu para ele. Seus olhos se arregalaram e ele desceu

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para a mesa. Hesitante, ele estendeu a mão e pegou um punhado de glacê do dedo dela e começou a comer. — Eu sei o que é não se encaixar. Todo mundo acha que você é estranho porque gosta de ficar sozinho, quando na verdade você só não sabe como dizer “olá”. — Meryn sussurrou para a pequena criatura. Ele olhou para cima, surpreendido e assentiu. — Eu também. Às vezes fico tão nervosa que vomito. — Ela confessou. O pequeno elfo assentiu vigorosamente e apontou para o peito. — Você também, hein? Talvez nós, introvertidos, devêssemos ficar juntos. — Ela brincou. Um enorme sorriso apareceu no rosto dele. Ele assentiu uma única vez e correu para o arbusto espinhoso de azevinho. Meryn virou-se para Vivian. — Eu pensei que o seu jardim era incrível antes, mas os elfos o tornam mágico. — Eles foram meus únicos amigos por um longo tempo. — Vivian disse, observando como um elfo empurrava outro na fonte. — Bem, agora você me tem. — Meryn disse sem pensar e deu outra mordida no bolo. — Sem malícia, sem pensar em ganhar favor ou posição. Uma verdadeira oferta de amizade. Você não poderia pedir por um presente mais precioso. — O Ancião Vi'Ailean disse à sua companheira. Ela assentiu, um olhar de admiração e gratidão no rosto.

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— Eu adoraria ser sua amiga, Meryn McKenzie. Há tanta coisa que posso te ensinar sobre como navegar pelas águas sociais aqui, especialmente como evitar os tubarões. — Vivian disse, felicidade irradiando dela. Meryn deu de ombros. — Os tubarões não me incomodam. Vou apenas atirar neles. O Ancião Vi'Ailean riu. — Eu gostaria que os repórteres do jornal pudessem têla ouvido dizer isso. O artigo no jornal desta manhã relatou que você é uma menina tímida e doce, tímida demais para responder por si mesma. — Sim, eu meio que entrei em pânico quando aqueles repórteres começaram a gritar perguntas para mim, então deixei Byron responder. — Meryn rescostou-se, segurando a xícara de chá perto do peito. — Jogada inteligente. — Vivian concordou. — Adelaide também achou. — Meryn estava prestes a estender a mão para colocar a xícara na mesa quando o pequeno elfo de antes emergiu do arbusto de azevinho. Ele agora carregava um pequeno embrulho de tecido. Ele voou e pousou no ombro dela. — Hum, Vivian? — Meryn virou-se para sua anfitriã com confusão. Vivian estava olhando-os fixamente em estado de choque. — Ele quer ir com você. — Ela sussurrou.

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— O que?! — Meryn estendeu a mão e cuidadosamente levantou o pequeno elfo nelas. — Você não quer vir comigo! Eu não tenho uma casa ou um jardim chique, de fato, não tenho ideia de onde vou acabar vivendo. O elfo apenas assentiu. — Eu sou atrasada e passo muito tempo sozinha no meu notebook, eu seria terrivelmente entediante. O elfo assentiu entusiasticamente. — Você tem certeza? — Meryn perguntou. Ele deu um aceno determinado. Meryn olhou para Vivian. — Tem problema? — Eu acho que, talvez, vocês dois pertençam um ao outro. Ele não tem sido muito feliz aqui com os outros e ele parece adorar você. Apenas mantenha-o aquecido, visto que elfos são muito suscetíveis ao frio. — Vivian avisou. — Eu vou. — Meryn olhou para o elfo. — Você tem um nome? — Se você aquietar a sua mente, será capaz de ouvi-lo lhe dizer. — O Ancião Vi'Ailean disse a ela. Meryn olhou para ele, horrorizada. — Minha mente nunca fica quieta! — Ryuu bufou. Ela se virou. — Sim? Ele se endireitou. — Nada, Denka. — Apenas pense nele, olhe para o rosto dele, suas roupas. Isso vai ajudar. — Vivian sugeriu.

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Meryn levantou o carinha até que ele estava no nível dos olhos. Ele estava olhando para ela, esperançoso. Ela respirou fundo e tentou limpar a mente de tudo, menos dele. Nos olhos de sua mente, ela o viu parado ali, em sua calça marrom e colete verde-escuro. Ele tinha cabelos vermelhos desgrenhados e olhos verdes brilhantes que brilhavam com travessura. Felix. O nome sussurrado flutuou em sua mente. — Ele disse que seu nome é Felix! — Meryn sorriu para seu novo amigo, que assentiu. — Bem, vocês dois têm um convite permanente para visitarem quando quiserem. — Vivian ofereceu. —

Conselheiro!

Conselheiro!



Um

macho

fae

extremamente alto veio correndo da casa. — Você foi convocado, meu senhor. Houve um ataque nos subúrbios de Lycaonia, foram ferals. Eles estão reportando pelo menos uma dúzia! — A voz do homem tremia. — O quê? Isso é impossível! — O Ancião Vi'Ailean se levantou. — Senhor, eles estão convocando uma reunião do conselho com as outras cidades-pilares agora. As Unidades Alfa, Gama e Épsilon foram enviadas para a fronteira. — O criado explicou. Meryn ofegou. Aiden! Vivian se virou para ela. — Você está bem voltando sozinha? Ryuu se adiantou.

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— Ninguém vai machucar minha senhora. Meryn ficou de pé. Colocou Felix no ombro. — Segure-se. — Ela disse a ele e ele agarrou um punhado de cabelo acima da orelha dela. — Ryuu, vamos embora. — Eu gostaria que a nossa visita pudesse ter terminado em um tom mais feliz. — Vivian afligiu-se. — Não se preocupe, eu voltarei em breve. — Meryn prometeu. — Por aqui, Denka. — Ryuu acompanhou-a através do jardim e de volta para a carruagem. Atrás deles, Vivian já estava dando ordens aos criados para preparar bandagens e remédios para serem enviados para a clínica. Na viagem inteira de volta para a casa do conselho dos shifters Meryn imaginou o pior. Ela sabia que Aiden tinha um trabalho a fazer, mas era difícil saber que ele estava em perigo. — Denka, nós chegamos. — Ryuu a informou. Ele a ajudou a descer e ela praticamente correu para a porta da frente. Ela abriu-a com tudo. — Mamãe! — Ela gritou. — Oh, graças a todos os Deuses que você está segura! Eu estava prestes a mandar Marius ir buscá-la. — Adelaide saiu da sala de estar e correu para ela. Ela puxou-a para um abraço apertado.

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— Aiden e Ben foram mandados para fora e Byron foi chamado para uma reunião do conselho de emergência. — Adelaide enxugou as lágrimas. — Eles vão ficar bem, você vai ver. — Meryn se virou para Marius e Ryuu. — Talvez uma xícara daquele chá calmante? Marius assentiu e se virou para a cozinha. Meryn envolveu um braço em volta dos ombros de Adelaide. — Vamos, mamãe, vamos nos sentar. Eles vão nos contatar na hora que aquelas coisas, ferals, forem mortas. — Meryn conduziu a mulher mais velha de volta para a sala de estar e a sentou. Ela não podia suportar o olhar de preocupação gravado no rosto de Adelaide. — Já sei. Deixeme apresentá-la a um novo amigo. — Meryn puxou o cabelo para trás. Adelaide olhou para cima. — Meryn, por que seu ouvido está brilhando? — Meu ouvido não está brilhando, é o meu novo amigo, Felix. Ele é um elfo que conheci no jardim da Vivian. Ele decidiu que queria vir para casa comigo. — Meryn sorriu quando Felix voou e sentou-se na beira da mesa de café. — Um elfo aqui? Oh, Meryn, você não tem ideia da honra que lhe foi dada. Os elfos estão entre os seres mais elusivos e mágicos do mundo dos fae. Para você, não só ser capaz de vê-lo, mas também de fazer amizade com ele... — Adelaide olhou para a mesa de café.

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— Ele é um solitário como eu. Nós nos entendemos. — Meryn disse. — Nós, é claro, teremos que construir para ele sua própria casa, completa com móveis e roupas de cama. Oh! Podemos comprar roupas também! — Meryn estava feliz em ver que seu plano para distrair Adelaide de sua preocupação havia funcionado. Felix começou a dançar por aí sobre a mesa de uma maneira exuberante. — Eu acho que ele gosta dessa ideia. Você vai mimá-lo, não vai? — Absolutamente. — Adelaide estendeu a mão e pegou um biscoito da sua bandeja da hora do chá e colocou em um guardanapo sobre a mesa. — Ouvi dizer que eles adoram doces. — Ela observou fascinada quando Felix levantou o biscoito e começou a comer. Meryn supôs que, da perspectiva dela, o biscoito levantava-se por conta própria. — O chá está pronto. — Marius disse entrando pela porta com um caneco fumegante na mão. Ele serviu uma xícara para Adelaide e foi servir uma para Meryn, mas ela balançou a cabeça. — Eu estou bem. Ironicamente, eu me dou muito bem sob ameaça. É a conversa agradável que me irrita. — Marius assentiu e colocou a caneca na mesa. Uma hora depois, Meryn estava olhando para Adelaide maravilhada.

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— Por que quando eu bebo uma xícara dessa coisa ela praticamente me deixa em coma, mas você bebe tipo, quatro xícaras e simplesmente relaxa? — Meryn perguntou. — Eu sou uma shifter, querida, nosso metabolismo é diferente. — Escudeiro sorrateiro. — Meryn envesgou os olhos e mostrou a língua para Marius, que virou a cabeça para longe deles com um sorriso. Meryn estava prestes a comentar quando ouviram a porta da frente se abrir com tudo. Passos pesados soaram no corredor e um desgrenhado Ben apareceu na porta, seu rosto estava torcido de angústia. — Aiden foi ferido, muito. Eles o levaram para a clínica. — Meryn já estava se movendo. Felix voou até o ombro dela e Ryuu já estava na porta da frente. Ela ouviu Adelaide e Marius seguirem logo atrás. Ben correu na frente deles e voltou para o SUV que ele havia dirigido da clínica enquanto todos entravam. — Vá mais rápido! — Ela estalou com o Ben. — Eu estou indo o mais rápido que posso e ainda estar seguro. Apenas mais alguns minutos, Meryn. Ben segurou o volante com força. Contra sua bochecha, ela sentiu uma pequena mão acariciá-la reconfortantemente. Ela levantou a mão e passou o dedo pelos cachos desgrenhados de Felix. Para Meryn, o caminho até a clínica parecia durar para sempre. Quando o carro finalmente parou, ela saiu de um pulo e correu para dentro. Ben correu ao lado dela, guiando-a por um longo corredor. Meryn sabia em que quarto Aiden

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estava, pois tinha muitos guerreiros da unidade esperando do lado de fora em uma demonstração de solidariedade. Adam deu um passo à frente e puxou-a para um abraço. — Ele está bem. Ele vai ficar bem. Seu corpo reagiu lindamente aos pontos que eu coloquei. Eu estimo que em mais umas duas horas ele será capaz de mudar e ficar novinho em folha. Os joelhos de Meryn cederam e ele facilmente a levantou para uma das cadeiras no corredor. — Ben disse que ele foi ferido gravemente. — Ela disse enquanto

respirava

fundo.

Agora

era

Adelaide

que

a

reconfortava. A mulher mais velha sentou-se ao lado dela e passou um braço ao redor dela. — Ele estava. Pelo que eu ouvi da batalha, metade dos ferals escapou e mais foram relatados ao longo da fronteira leste. Ele teve sorte que os restantes dos ferals fugiram para se reagrupar. Eu nunca vi uma ferida tão profunda em um shifter curar bem, então, quando Ben saiu mais cedo, o prognóstico não era bom. Eu nunca tentei suturas internas em um shifter antes e eu não sabia como seu corpo reagiria. Foi tentativa e erro por um tempo, mas ele é forte, vai sobreviver. — Adam olhou por cima do ombro. — Com licença, Aiden não foi o único ferido. — Ele se virou e voltou para a grande sala de tratamento. — Lady McKenzie, talvez a sala de espera será um lugar mais confortável para descansar. — Uma voz profunda recomendou. Meryn olhou para cima. Era o lindo homem de

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cabelos brancos que ela conhecera antes; o líder da Unidade Gama. Ela respirou fundo e se levantou. Ela precisava saber o que aconteceu. — Sascha, relatório. — Ela usou o mesmo comando firme que tinha ouvido Aiden usar quando o notebook dela foi roubado. Sascha repentinamente ficou em atenção em uma reação automática antes de olhar para Meryn com uma careta. — Talvez você simplesmente devesse ir até a sala de espera com Lady Adelaide. — Seu tom não era bem condescendente,

mas

estava

próximo.

Sem

dizer

uma

palavra, ela abaixou a mochila no chão, abriu o zíper e tirou uma pequena caixa preta. — Aqui vamos nós. — Colton resmungou. Ela sorriu, ele sabia o que era a caixa, porque ele mesmo lhe tinha dado ela. Ela abriu a caixa e tirou a arma. Cuidadosamente a carregou e colocou o coldre de ombro, e depois de alguns ajustes ele coube perfeitamente. Ela virou a arma nas mãos e olhou para Sascha, que engoliu em seco. — Escute, todos vocês! — Ela levantou a voz para que ela continuasse pelo corredor. — As poucas vezes em que eu encontrei alguns de vocês eu, ou estava chorado devido a um ataque ou rindo no baile. Só para estarmos claros, aquela não é a verdadeira eu. A verdadeira eu é uma vadia irritada e psicopata que é extremamente possessiva com qualquer coisa que eu julgue como minha; Aiden é uma das coisas mais importantes que pertencem a mim. E como ele não é capaz de

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lhes dar ordens agora, vocês terão que se contentar comigo. Eu quero que os ferals responsáveis por ferir Aiden sejam encontrados e eliminados. Eles representam uma ameaça para a cidade e para as pessoas que eu realmente cheguei a gostar, e isso não é aceitável. — Ela olhou para os homens que estavam olhando em estado de choque. — Lady Meryn, nós temos profissionais treinados que podem lidar com essa situação... — Sascha começou. — Bem, onde caralhos eles estão? — Os homens se encolheram. Meryn não sabia se era porque eles não estavam acostumados a mulheres xingando ou se era pela pergunta. — Onde está o Comandante da Unidade? Eu exijo falar com ele imediatamente! — Uma voz ecoou pelo corredor. — O que agora?! — Meryn praticamente gritou. Ela se virou para ver o vampiro Ancião Evreux caindo sobre eles. — Eu exijo que guerreiros da unidade sejam designados à minha casa! É ridículo que os membros do conselho tenham sido deixados desprotegidos. — Meryn viu Byron vindo atrás dele, seu rosto como uma tempestade. — Ancião, receio que isso não seja possível, todos os guerreiros disponíveis serão necessários para estabelecer um perímetro ou patrulhar a cidade. — Meryn disse enquanto se adiantava. Com o canto do olho, ela viu Sascha dar um leve aceno de confirmação. — Por que você está mesmo lidando com essa questão? Você

não

deveria

estar

em

casa

esperando

que

seu

companheiro volte com o rabo entre as pernas? Ouvi dizer

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que ele foi ferido, que desgraça para o Comandante da Unidade! Meryn sentiu um sorriso maligno

se formar. Os

guerreiros da unidade em volta dela enrijeceram com o insulto do Ancião Evreux, e Adair e Ben seguraram Byron enquanto este rosnava. — Bem o que eu pensava, um humano inútil para um inútil... — O Ancião Evreux começou. — Cale a porra da boca, seu babaca viscoso. Deixe-me perguntar uma coisa, idiota, em todos os longos séculos em que você esteve por aqui, estou assumindo que você aprendeu a usar uma espada? — Sim. — O Ancião chiou. — Uma adaga? Um florete? Uma arma? Artes marciais? — Meryn continuou. — Sim, claro! O que isso tem a ver com alguma coisa? — Ele demandou. — Porque isso faz com que você seja mais capaz de lidar com um ataque de um feral do que a maior parte da cidade. Agora, cale a porra da boca e saia do meu caminho antes que eu te designe para uma unidade de patrulha. — As entranhas de Meryn estavam tremendo, ela estava tão brava. Como ele ousava insultar Aiden! A boca do vampiro Ancião se moveu, mas nenhuma palavra saiu. Bem quando ela pensou que a cabeça dele fosse explodir, ele se virou e saiu pelo corredor pisando forte.

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Quando a batida da porta ecoou pelo corredor, Meryn voltouse novamente para o Sascha. — Sascha, pegue a Gama e duas unidades de sua escolha e monte um perímetro externo. As outras duas unidades montem patrulhas na cidade. A Alfa fica aqui para proteger o Aiden. Façam o check-in com cada um pelos seus dispositivos moveis a cada dez minutos. — Quando ela terminou, ninguém se mexeu. — Hoje, cavalheiros, e alguém me encontre um filho da puta de um mapa! Sascha sorrindo, bateu os calcanhares e lhe deu uma saudação, os homens seguiram seu exemplo sorrindo de orelha a orelha. Eles se dispersaram. Meryn exalou. Byron puxou-a para um abraço. — Essa é a minha garota! — Eu acho que eles estavam com medo da minha arma. — Meryn levantou o pequeno revólver. Byron assentiu e, com a cara séria, concordou. — Tenho certeza que é por isso. Meryn colocou sua arma no coldre e olhou para Ryuu. Havia orgulho brilhando dos seus olhos que aqueceram Meryn. Ela esfregou os olhos e respirou fundo. — Eu definitivamente vou precisar de outra xícara de café.

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Capítulo 15 Já passava das cinco da tarde, antes que tivessem uma sala de tratamento vazia, do outro lado do corredor da sala de Aiden, preparada como comando central. Colton entregou-lhe um mapa e ela o estendeu numa maca. — Marque onde os ataques foram. — Ela entregou-lhe uma caneta. Ele circulou dois locais quase diretamente em frente um do outro. Ela pegou o dispositivo móvel. — Gamma Kitten One, Gamma Kitten One, volte. — Meryn liberou o botão. — Isso é realmente necessário? — Sascha respondeu. — Sim, e você não disse “câmbio”. Quando Aiden levantar, eu vou repassar quão ridiculamente frouxa é sua segurança quando se trata de tecnologia. De qualquer forma, atribua uma concentração mais pesada de homens ao norte e ao sul da cidade, eles já golpearam leste e oeste. Parece que

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eles estão tentando manter os guerreiros nos arredores da cidade. Diga às duas unidades da cidade para manterem os olhos abertos. — Entendido, câmbio e desligo. — Normalmente, seis unidades são mais do que suficientes para manter a cidade segura, agora estamos tão no limite. — Byron observou. Meryn olhou para cima e percebeu que, se alguém devia estar no comando, deveria ser ele. — Pai, eu sinto muito, você deveria estar fazendo isso. — Ela indicou o mapa. Ele balançou a cabeça. — Você está indo muito bem. Você fez tudo exatamente como eu teria feito. Você estudou estratégia de batalha? — Ele perguntou. — Não, mas eu jogo World of Warcraft. — Parece útil, você terá que me mostrar mais tarde. Meryn sorriu maliciosamente. — Claro, aposto que você adoraria. Meryn levantou o olhar e viu Adair sentado com a mãe, seus olhos então foram para Colton. Ela olhou de novo para Adair e depois novamente para Colton. Colton afastou-se da parede e deu um passo para frente. — O quê? — Adair, a academia de treinamento está localizada na cidade, certo? — Ela perguntou. Adair olhou para cima.

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— Sim, por quê? — Quantos aprendizes você tem? Ele pareceu confuso por um momento antes de responder. — Trinta, cinco para cada unidade. — Talvez ... — Meryn pegou seu notebook. Ela começou a acessar os feeds sem fio da cidade. Ela olhou em volta. — Onde estão Darian e Gavriel? — Ela sabia que Keelan estava ajudando Adam na enfermaria com feitiços de cura. Além de Aiden, dois membros da Gama também haviam sido feridos, um com uma lesão na cabeça e outro com uma perna quebrada. — Lá fora, eu acho. — Colton disse. Meryn colocou o notebook sobre o mapa. — Volto logo. — Ela saiu correndo pela porta. Para o seu plano dar certo, ela precisaria de Gavriel ou Darian. Estava prestes a abrir a porta quando ouviu a voz elevada de Darian. Não querendo perturbá-los, entrou no quarto ao lado da saída e ficou perto da fresta aberta da janela, onde suas vozes eram facilmente ouvidas. — O que quer que você esteja fazendo, não está funcionando, Gavriel. — Eu tenho isso sob controle. — Besteira! Aiden está lá machucado agora por causa de você. Você não conseguia manter o passo, e tivemos que voltar para trás por você e ficamos presos entre dois grupos. — A voz de Darian soava mais frustrada do que irritada.

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— Você acha que eu não sei disso ?! — Então faça algo sobre isso! A transição vampírica não é motivo de vergonha, e daí se você está mais fraco que o normal e precisa de mais sangue, não é como se tivesse falhado no treinamento. Quanto tempo ainda falta? — Meryn ouviu um suspiro pesado. — Pelo menos mais um mês. — Um mês? Gavriel, você está em transição há quase duas semanas já. — Eu sei. — Quanto mais longa a transição, mais velho o vampiro; eu nunca conheci um vampiro que precisasse de seis semanas para a transição, quantos anos você tem? — A voz de Darian tinha um traço de medo. — Anos o bastante. Eu vou pegar o sangue adicional que preciso, mas está demorando um pouco. Eu não posso pedir tudo de um único centro ou os Anciões ficam desconfiados. Tenho que fazer um monte de encomendas menores. — Merda. Ok. Ouça, faça o que precisa fazer, eu farei o que puder para ajudar você. — Darian prometeu. Meryn foi na ponta dos pés até a porta de saída e abriu-a. — Aqui estão vocês dois. Eu preciso da sua ajuda. Darian, você pode ir ver se o Adam precisa de alguma coisa? Ele está com Aiden desde que cheguei aqui. — Darian assentiu e entrou. Gavriel a olhou, divertido. Ela cruzou os braços sobre o peito. — Seis semanas, uma ova. — Meryn o

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observou, não sabia como sabia que ele estava mentindo, mas ele estava. — Meryn, é muito importante que os Anciões não descubram quantos anos eu tenho. — Eu não estou nem aí se você tem que fazer uma encomenda gigante e dizer aos Anciões para beijar sua bunda, o que aconteceu hoje à noite, Aiden se machucando, não deixe acontecer de novo. — Eu prometo. Meryn se sentiu uma merda, ele parecia tão triste. — Você está bem, certo? Seu rosto se iluminou. — Sim, estou bem. — Bom. Eu tenho um trabalho para você fazer que pode cobrir sua bunda até que essa coisa de transição acabe. — Diga. — Venha, eu vou te mostrar. — Eles voltaram para o comando central. Darian já tinha checado com o Adam e estava esperando por eles. Meryn foi ao seu notebook e começou seu programa. Sorrindo, ela pegou seu handset. — Gamma Kitten One, Gamma Kitten One, responda, câmbio. — Gamma Kitten One aqui. O que é, Ameaça? — Meryn ia matar o Aiden por lhe dar esse apelido. — Reatribua as duas unidades da cidade para o perímetro, câmbio. — Mas, Ameaça, isso deixará a cidade vazia, câmbio.

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— Ameaça é boa, Ameaça é sábia. Confie em Ameaça, câmbio. — Aiden está certo, você não fala inglês, câmbio. Meryn olhou para o rádio, em seguida, ao redor da sala. Tudo o que viu foram expressões vazias. — Vamos lá! Isso foi Twister27! — Ela bateu o pé. Mais caras de paisagem. Ela apertou o botão no rádio. — Apenas coloque os homens no perímetro, câmbio. — Entendido, câmbio e desligo. — O que diabos você pensa que está fazendo?! — Meryn teria ficado aliviada ao ouvir a voz de Aiden se ele não estivesse gritando com ela. — Estou ajudando, eu... — Eu sou o Comandante da Unidade, não você. Esses homens são minha responsabilidade e eu não vou permitir que eles morram porque você quer brincar! — Mas eu... — Meryn sentiu lágrimas picarem seus olhos. Por que ele não escutava? — Não! Eu tive o suficiente das suas palhaçadas, Meryn, apenas vá para casa e espere por mim, pelo menos então eu saberei que você está segura e não se intrometendo. — Aiden apoiou-se contra a porta. Ela entregou o notebook para Gavriel e apontou para o que ela queria mostrar a ele. Seus olhos se arregalaram. Ela pegou sua mochila e caminhou em direção à porta. Ela ficou Twister é um filme-catástrofe norte-americano de 1996, que acompanha cientistas que perseguem tornados para pesquisá-los. 27

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na frente de Aiden sentindo como se ele tivesse a esfaqueado no coração. — E eu estava preocupada com você! Babaca! — Ela puxou o pé para trás e o chutou o mais forte que pôde na canela. — Ai! Maldição, Meryn! — Ela foi embora; não queria mais ouvi-lo reclamar sobre ela. Chegou ao final do corredor antes que as lágrimas começassem a cair. Parou no meio do caminho e cobriu os olhos com o braço. Felix deu um tapinha no seu rosto tentando consolá-la. Ryuu envolveu um braço ao redor de seus ombros e a conduziu a uma sala de exames. Ele a pegou e a sentou na beira da mesa. — Ele não quis dizer isso. — Quis, sim! — Não, não quis, não de verdade. Ele acabou de acordar depois de ser gravemente ferido, não sabe se seus homens sobreviveram ou onde eles estão e ouve sua voz. Você não está em casa, segura atrás de portas trancadas, você está aqui com um mínimo de guardas. Foi o medo dele falando, não o coração. — Ryuu explicou. Meryn enterrou o rosto no peito dele. — Ele me odeia! Eu nunca me importei se as pessoas me odiavam, porque eu não gostava delas, mas o Aiden não pode me odiar, porque eu o amo. — Ryuu a segurou apertado e continuou secando suas bochechas. Um grunhido na porta fez

com

que

ambos

se

virassem.

Aiden

se

inclinou

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pesadamente contra a porta antes de entrar na sala com os pés instáveis. — Ele está certo, Meryn, eu fiquei morrendo de medo quando percebi que você estava aqui. Eu não estou cem por cento e não tinha certeza se poderia mantê-la segura. — Aiden estava segurando sua lateral com força. — Eu estarei do lado de fora. — Ryuu saiu, fechando a porta atrás dele. Aiden se apoiou contra a parte de trás da porta. — Você é um maldito babaca — Eu sei. — Eu tinha tudo sob controle, seu pai disse que eu estava fazendo as coisas do jeito que ele faria. — Eu sei. — Aiden estremeceu quando respirou fundo. — Você é um maldito babaca. — Você já disse isso. — Você foi tão babaca que eu tive que dizer duas vezes. — Ela não conseguia ficar brava com ele. Ele parecia tão malditamente patético. Ela andou até ficar na frente dele. — Dói? — Ela apontou para a lateral dele. — Não tanto quanto minha maldita canela. — Você mereceu. — Acho que sim. — Aiden segurou seu rosto com as duas mãos, orgulho brilhando em seus olhos. — Gavriel me chamou de todo tipo de nomes e me disse para implorar perdão de joelhos, se necessário. Ele disse que você tinha sozinha dobrado nossos recursos. Me mostrou o que você fez

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no seu notebook. Ao invadir as câmeras da cidade podemos monitorar as ruas da cidade e enviar reforços no segundo em que uma das unidades de treinamento tenha problemas. Isso nos permite colocar todos os guerreiros experientes no campo sem dividir nossos recursos entre a cidade e o perímetro. Ele a beijou gentilmente. — Por favor, me perdoe. Eu amo você e suas travessuras. O pensamento de uma vida sem você me assusta pra caramba. — Ele colocou pequenos beijos em todo o rosto dela. Consciente da sua lesão, ela envolveu seus braços ao redor dele, ele a abraçou apertado. — Perdoado, embora presentes de chocolate mais tarde não sejam desvalorizados. — Devidamente anotado. — Quando ele se inclinou para frente e capturou seus lábios, ela sentiu-o até ao centro de seu ser. Ele fez sua alma cantar. Ela apertou-o com força e ele grunhiu. — Oh meu Deus, desculpe! — Ela recuou e ele lutou para recuperar o fôlego. — Vamos voltar para os outros. — Aiden pegou a mão dela. Quando voltaram para o centro de comando, Adelaide parecia aliviada. — Estou perdoado. — Aiden anunciou para o quarto. — Bom, porque estávamos prestes a te expulsar da Alfa e colocá-la no comando. — Colton brincou.

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— Isso significa que você vai me mostrar como usar granadas? — Meryn perguntou. Colton empalideceu. — Talvez não. Aiden riu e gemeu. — Você deveria estar na cama. — Adam admoestou. — Eu estou bem. Meryn montou tudo para que eu possa acompanhar tudo daqui. — Aiden sentou-se com cuidado ao lado de Gavriel e observou as câmeras. — Seu irmão é um idiota. — Gavriel apontou para o notebook. Meryn olhou por cima do ombro de Aiden e viu que Adair estava na frente de uma das câmeras da cidade com uma unidade de treinamento. Ele estava rebolando contra um poste de luz. Aiden riu e gemeu, recuperou o fôlego e continuou rindo segurando sua lateral. Meryn estava rindo quando um enorme bocejo tomou conta dela. Aiden a empurrou na direção da porta. — Vá para o quartel, descanse e alimente o Tubarão. Eu estarei lá em breve. Meryn hesitou. — Tem certeza? Ele apenas a olhou. Meryn lhe deu um selinho na bochecha. — Ok, ok, eu acho que vou te deixar ficar no comando por um tempo. Ele a golpeou na bunda.

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— Ei, não na frente da sua família! Eles não precisam saber o quão pervertido sexualmente você realmente é. — Ela esfregou o próprio traseiro. O queixo de Aiden caiu e ele começou a corar. Darian e Colton começaram a gargalhar. — Espere até eu te apanhar sozinha. — Aiden murmurou. — Promessas, promessas. — Ela piscou um olho e se virou para a porta. Colton jogou um conjunto de chaves para o Ryuu. — Basta seguir a estrada, é a casa enorme à direita. Não há como não ver. Ryuu fez uma reverência. — Meus agradecimentos. Dentro do SUV, Meryn fechou os olhos. Foi um dia cansativo. Ela nunca mais queria receber notícias de que Aiden fora ferido novamente. Alguns minutos depois, estavam chegando ao quartel. Quando pulou para fora, Ryuu olhou feio para ela. Ele também não gostava que ela não o esperasse. Ela mostrou a língua para ele. Ele abriu a porta e entrou, com ela bem atrás dele. Tudo o que ela queria era alimentar o Tubarão e ir para a cama. Antes que ela tivesse entrado na casa o suficiente para sequer fechar a porta, Ryuu parou na frente dela. — O que foi? Ele ergueu a mão para silenciá-la. Ele virou-se para ela, procurando por algo. De repente, levou dois dedos até os lábios e produziu um assobio agudo. Meryn assistiu com

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horror quando um objeto em forma de homem apareceu atrás de Ryuu, ela abriu a boca para avisá-lo quando ele foi atingido por trás. Uma pequena luz voou do ombro dela e saiu pela porta. Ela sentiu um surto de esperança quando percebeu que Felix havia ido buscar ajuda. Ela se virou para a porta e foi agarrada pelos cabelos e jogada no chão. — Não! — Ela chutou as mãos ligeiramente amorfas e conseguiu ficar de pé enquanto puxava a arma e segurava-a com força. — O que adianta uma arma se você não consegue ver no que está tentando atirar? — Uma voz zombou. Meryn virou a cabeça

ligeiramente

para

que

não

estivesse

olhando

diretamente para ele. Ele não sabia que estava visível. Ela teria que esperar até que ele parasse de circundá-la para conseguir um bom tiro. — Por que você está fazendo isso? — Quanto mais tempo ela continuasse falando, melhor as chances de que Ryuu acordaria para ajudar. — Apenas seguindo ordens. — Ordens de quem? — Uh uh uh. Sem mais conversas. Estou ansioso para estar com você por quase uma semana, você tem um cheiro tão delicioso. — A voz rouca provocou. Ele parou de circular e ficou na frente dela. Sorrindo, ela levantou a arma e começou a atirar. Ela não parou até que ficou sem balas, mas ele ainda estava se movendo em direção a ela.

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— Paus e pedras podem quebrar meus ossos, mas balas nunca vão me matar. — Ele gargalhou. A empurrou para o chão, o ar foi arrancado dela, deixando-a ofegante. Segundos depois, ela sentiu o peso dele em cima dela, pressionando-a no chão. Engolindo em seco, ela lutou cegamente. — Ninguém pode te salvar. Todos os soldadinhos de brinquedo estão ao longo do perímetro e os soldadinhos bebês estão na cidade. Estamos muito longe para o seu companheiro ter ouvido sua pequena arma. Ele se inclinou para frente e passou a língua entre os seios dela, até o queixo, antes de forçá-la entre seus lábios. Ela engasgou com a intrusão. — Hora de você morrer. — Ele puxou o braço para trás, revelando que estava segurando uma faca. Ela chutou e gritou, levantando as mãos para desviar a lâmina. Mas a lâmina não desceu. Ela sentiu o chão vibrando antes que o som de um rugido ímpio a sacudisse. Segundos depois, o atacante dela foi levantado de cima dela e jogado na parede. Ele caiu no chão coberto de farpas, parede e gesso. Meryn olhou para cima e seus olhos não conseguiam entender o que via. Era uma criatura diferente de tudo que já vira antes. Orelhas arredondadas, pelo castanho, focinho curto, tudo em uma cabeça de forma humanóide. Tinha um torso e braços anormalmente longos que se estendiam quase até o chão. Estava usando o que costumava ser um par de calças, que nessa

criatura

parecia

um

short

desgastado.

Mesmo

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agachado, com os ombros curvados para a frente, tinha quase três metros de altura. Se eles não estivessem no saguão, a criatura estaria alcançando o teto. No final de seus vários dedos das mãos, garras se estendiam e golpeavam o atacante levemente brilhante. Cada ataque resultava em carne rasgada e ossos quebrados. Ela não sabia quando percebeu que o que ela estava olhando era Aiden, mas de repente ela soube. Essa criatura era o seu companheiro e ele estava puto! Somente quando o intruso parou de se contrair, Aiden parou. Todos da Unidade Alfa e a família de Aiden observavam da porta. Aiden cheirou o ar e caminhou até ela. Quando ele acariciou o cabelo dela com o focinho, ela gritou. Quando sua língua começou a refazer o caminho que o atacante havia tomado, ela perdeu a cabeça. — Não me lamba! Eca! — Ela empurrou sua forma enorme. Ele rosnou para ela e ela congelou. — Eu sei que você não está rosnando para mim! — Ela gritou estendendo a mão para abanar um dedo na cara dele. O rosnado parou quase imediatamente. Ele levantou-a e beliscou seu pescoço. Ela relaxou em seus braços. — Ela nem sequer estremeceu. — Colton parecia impressionado. Meryn se virou para ele e notou o quão alto ela estava. — Isso é ótimo! É isso que vocês, pessoas altas, veem todos os dias?

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Aiden agarrou-a quando seu corpo começou a se transformar e encolher. Depois de alguns momentos ele estava de volta ao seu eu humano normal. — Graças aos Deuses que você está bem! — Ele enterrou o rosto no cabelo dela. — Graças a você. Ele balançou a cabeça. — Graças a um elfo chamado Felix. Ele se fez visível para o Darian e nos contou o que aconteceu. Felix apareceu pairando perto da cabeça dela. Ela levantou o cabelo e ele mergulhou nele para se esconder. Darian olhou, maravilhado. — Quando você ia nos dizer que tinha um elfo? — Ele perguntou. Meryn deu de ombros. — Foi um longo dia. Gavriel e Colton foram até o que restava do corpo do atacante. Ainda era pouco visível, exceto pelo brilho fraco. — Keelan, é um feitiço? — Gavriel perguntou. Keelan sacudiu a cabeça. — Nenhum que eu já tenha visto. — É um shikigami, um servo meu. Ele tornou o agressor visível. — Ryuu se sentou e esfregou a parte de trás da cabeça. Ele rolou de joelhos antes de colocar as duas mãos no chão na frente de si e se curvar, tocando a testa nos dedos. — Denka, eu não consegui mantê-la segura. Embora

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isso me custe a vida, você é livre para cortar o vínculo que nos une e procurar um novo escudeiro. — Oh, Ryuu, levante-se, por favor. Seu, o que quer que fosse, fez esse cara visível para que eu pudesse atirar nele e Aiden pudesse lutar com ele. Não é sua culpa que ele te atacou por trás. — Meryn não suportava ver um homem tão orgulhoso de joelhos. Ryuu se levantou e fez uma reverência profunda, na altura da cintura. — Eu juro que isso não vai acontecer de novo. — Ele fez um juramento. — Eu vou te perdoar, mesmo que aconteça. O que é um shikigami? — Ela perguntou. — São espíritos treinados que convoquei. — Ele explicou. Meryn ficou impressionada. — Eles vieram a calhar esta noite. Você poderia nos preparar um pouco de chá? Eu sei que vou precisar de uma xícara para me acalmar. Ele fez uma reverência profunda novamente e saiu imediatamente para a cozinha. — É um bom homem. — Darian observou. — Ele é o melhor. — Meryn olhou para o que seria o seu atacante. — O que ele tem no pescoço? Os homens olharam para baixo. Aiden a colocou no chão e se aproximou. — O que você vê?

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Meryn apontou para a pequena esfera pendurada em um cordão em volta do pescoço do morto. — Meryn, eu não vejo nada. — Aiden se virou para ela em confusão. — Está bem ali! — Ela apontou novamente. Desta vez, Adelaide e Byron se aproximaram para olhar. — Meryn, eu não vejo nada também. — Byron lhe disse. Meryn foi até o corpo e estava prestes a se inclinar para frente quando Aiden agarrou seu braço. Ela soltou um grito e golpeou a mão dele. — Não faça isso! Está tentando me dar um ataque cardíaco? Você não pega o braço de alguém quando este está prestes a se curvar sobre um cadáver! — Meryn agarrou seu peito tentando desacelerar sua respiração. — Eu não quero você perto dele. — Aiden, o cérebro dele está no chão do saguão, eu tenho certeza que esse é um indicador universalmente aceito de que uma pessoa está morta. — Tudo bem, mas tenha cuidado. — Ele reclamou. Ela se ajoelhou e puxou o cordel até que ele quebrou. Uma vez que o colar não estava mais ao redor do pescoço do corpo, ele se tornou completamente visível e o fraco brilho verde desapareceu. Ela estendeu o cordel. — Um feitiço de invisibilidade? Keelan sacudiu a cabeça. — Não é parecido a nenhum outro que eu já tenha visto.

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Meryn ficou de pé quando o odor mais sujo que ela já sentira a atingiu no rosto. Engasgando, ela virou a cabeça. — O que diabos é esse cheiro? —

Normalmente

é

esse

o

cheiro

de

um

feral.

Normalmente é o que faz com que seja fácil localizá-los. É um subproduto da perda de sua alma. Você começa a apodrecer de dentro para fora, é um pouco desagradável. — Aiden explicou. — Desagradável? Meus olhos estão lacrimejando, cheira a Cheetos. Cheetos e bunda quente! — Meryn cobriu o nariz com a mão. — Agggh! É tão forte que eu consigo sentir o gosto! — Meryn limpou a língua na manga. Colton olhou para ela como se ela fosse um gênio. — Como é que nunca descrevemos assim? É perfeito! Cheetos e bunda quente, espere até que o Sascha ouça isso. — Oh, Colton. — Adelaide suspirou. A quem Meryn percebeu que agora estava de pé na varanda da frente. — Eu odeio quando o inimigo descobre algo novo. — Darian resmungou. — Deixe-me ver isso, bebê. — Aiden estendeu a mão. Quando ela foi entregá-lo para ele, acidentalmente o deixou cair e ele quebrou no chão do saguão. Meryn virou-se para Aiden: — Eu sinto muito... — Ela parou no meio da frase quando duas pequenas esferas de ouro flutuaram para cima através do teto.

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Meryn as observou se afastarem. Ela se virou para Aiden. — Acabou, certo? Aiden a puxou para perto. — Infelizmente, bebê, acho que está apenas começando. ***** — Você tem certeza que vai ficar bem morando com os caras? — Aiden perguntou pela milésima vez. — Sim. Precisamos estar juntos e você precisa estar aqui. Então isso significa que eu preciso estar aqui. — Eles estavam acabando de movê-la da casa principal. — Como você conseguiu que minha mãe concordasse com isso? — Aiden perguntou. — Eu disse a ela que suas chances de se tornar uma avó subiriam se estivéssemos dormindo juntos numa base regular. — Ela riu do olhar lascivo que Aiden lhe deu. — Além disso, conseguimos o Ryuu e sua incrível culinária.



Colton

estava

praticamente

pulando

de

excitação. Os homens das outras unidades gemeram e começaram a reclamar que não tinham um escudeiro morando com eles. Todas as seis unidades apareceram para ajudá-la a se mudar. Eles começaram a atirar caixas vazias e papel de embrulho nele, mas ele se esquivou facilmente. Meryn riu quando Sascha deu uma rasteira no Colton, fazendo-o cair no chão. Ela estava prestes a se juntar à diversão quando notou dois SUV's descendo a estrada. Os homens observaram elas pararem. O Ancião Evreux saiu de

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uma SUV e Byron saiu da outra. Os guerreiros da unidade formaram um semicírculo ao redor dela e de Aiden. — Lá está ela! Eu quero que ela seja presa! Ela invadiu ilegalmente a estrutura principal da cidade e assumiu o comando dos guerreiros da unidade, colocando vidas em risco! — Mas que porra. — Meryn revirou os olhos. — Ela salvou vidas, René, e você sabe. Pela situação, é claro que ela foi perdoada por usar a nossa estrutura principal. Mas sua queixa contra Meryn comandando os guerreiros da unidade foi anulada no conselho. Você não pode

processá-la

civilmente.



Byron

estava

quase

apoplético. — Ela não é o Comandante da Unidade, o Aiden é. — O Ancião Evreux gritou. Aiden esfregou o queixo e assentiu. — Isso é absolutamente verdadeiro, conselheiro. Eu sou o Comandante da Unidade. Eu comando todos os homens que estão aqui hoje e cada guerreiro da unidade nas quatro cidades pilares. — Veja! Veja! Ele concorda comigo. — O Ancião começou. Aiden levantou a mão. — É verdade que eu sou o Comandante da Unidade e comando os homens, mas... — Ele fez uma pausa e passou um braço ao redor de Meryn. — Mas a Meryn me comanda.

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Então, se você seguir a verdadeira cadeia de comando, ela pode legitimamente dar ordens aos homens. — Ele explicou. O Ancião Evreux olhou para os guerreiros. Sascha e um guerreiro loiro que Meryn não reconheceu deram um passo adiante. — Homens! Saudação! — Eles latiram. Movendo-se como uma entidade sólida, os homens prestaram continência e fizeram uma saudação. — Ótimo! Que a dignidade da unidade guerreira seja degradada por essa... essa... humana! — O Ancião Evreux virou-se e voltou para o carro. Suas rodas rangeram quando ele se afastou. — E boa viagem! Idiota! — Meryn mostrou o dedo do meio ao carro em retirada. Riso masculino encheu o ar. Meryn virou-se para Aiden. — Você realmente quis dizer isso? — Ela agarrou a frente de sua camisa e ele a puxou para perto. Ela sentiu ele inalar

o

aroma de

seu

cabelo

e beijar

seu pescoço

suavemente. Ela agradeceria à Destino todos os dias pelo presente que esse homem era. Ele se afastou e a beijou até deixa-la sem sentido. Quando eles se separaram, ele estava sorrindo, um sorriso raro do Aiden. — Claro que sim, você é a minha comandante. FIM

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Prólogo Ai, não, lá vai ela de novo. Por que você sempre vai pelas escadas?! Por favor, por favor! Cuidado por onde anda. Não! Não se vire, você vai... Gavriel observou com horror quando sua companheira caiu pelas escadas. Segundos depois, ela estava de pé de novo sorrindo e, claro, subindo as escadas novamente. Quando chegou ao escritório do executivo ao qual estava indo, ele a observou conversar com o homem bonito. Gavriel chiou. Ele não conseguia ouvir o que diziam. Mas ele não queria nenhum outro homem perto dela. O homem indicou aos ármarios perto da janela. Sorrindo e acenando com a cabeça, ela levou as pastas para os armários. Infelizmente ela não viu um cabo de extensão, tropeçou e voou pela janela de vidro do painel. O escritório em que ela estivera ficava no décimo andar. Ofegando, Gavriel acordou de seu sonho e lutou para respirar. Toda noite. Toda santa noite, ele tinha que ver sua

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companheira cambalear de catástrofe à catástrofe como um marinheiro bêbado no porto. Ele só podia rezar para que ela chegasse à Lycaonia, viva e inteira.

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Pumpkin Spice (Conto 1.5 da série)

— Um... senhor? — Keelan olhou para a caixa na prateleira. — O que é, Keelan? — Aiden perguntou, aproximandose do jovem bruxo. — O que você acha... — A voz de Keelan sumiu enquanto

os

dois

homens

olhavam

fixamente.

Aiden

estremeceu. — Eu não quero saber. Eu estou perfeitamente contente em nunca saber. Vamos lá, Keelan, Meryn está esperando esses bolinhos de chocolate e eu não quero que ela fique brava comigo... de novo. Keelan riu. — Você devia ter sido mais esperto do que...

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— Eu sei! — Aiden rosnou e caminhou em direção à frente da loja. Sorrindo, Keelan seguiu atrás dele, grato por não ter Meryn como companheira.

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My Commander (Bewitched and Bewildered #1) - Alanea Alder - SCB

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