Last Chance - Taty New Moon

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Last Chance

Autor(es): New Moon

Sinopse

Renée Swan fez um único pedido à sua filha antes de morrer, que ela nunca se apaixonasse, porém Isabella já havia entregado seu coração a quem não o merecia, ao mesquinho, rude e superficial Edward Cullen.

Incentivado por uma aposta e seu próprio ódio Edward usa e humilha Isabella sem piedade, deixando uma marca profunda na jovem e despertando um sentimento até então desconhecido nele.

Quatro anos se passam e Isabella segue sua vida rodeada de seus amigos e um novo amor sem nem imaginar que Edward esta de volta e se tornou um homem ainda mais fútil e prepotente.

Inesperado, um golpe do destino muda drasticamente a vida de Edward, fazendo com que ele tenha só uma pessoa a quem recorrer e a única que ele tem a certeza que nunca estenderia a mão em sua direção.

Uma história sobre amizade, superação e amor. Last Chance Se não for por amor que seja pela dor.

Notas da história - Personagens pertencem a Stephenie Meyer, mas a história é de minha autoria; - Capa original; - Fic Beward; - Plágio é crime.

Índice

(Cap. 1) Prólogo (Cap. 2) Capítulo 1 - Aposta (Cap. 3) Capítulo 2 - Noite Quente (Cap. 4) Capítulo 3 - Pesadelo (Cap. 5) Capítulo 4 - Vingança (Cap. 6) Capítulo 5 - Perdida (Cap. 7) Capítulo 6 - Lobo em pele de cordeiro (Cap. 8) Capítulo 7 - Universidade (Cap. 9) Capítulo 8 - James (Cap. 10) Capítulo 9 - Apaixonada (Cap. 11) Capítulo 10 - Retorno

(Cap. 12) Capítulo 11 - Cullen's (Cap. 13) Capítulo 12 - Amigos (Cap. 14) Capítulo 13 - Tragédia (Cap. 15) Capítulo 14 - Dia D (Cap. 16) Capítulo 15 - Anjo (Cap. 17) Capítulo 16 - Discussão (Cap. 18) Capítulo 17 - Victoria (Cap. 19) Capítulo 18 - Amizade (Cap. 20) Capítulo 19 - Chance (Cap. 21) Capítulo 20 - Egoísta (Cap. 22) Capítulo 21 - Última Chance (Cap. 23) Capítulo 22 - Trabalho (Cap. 24) Capítulo 23 - Passado (Cap. 25) Capítulo 24 - Balada (Cap. 26) Capítulo 25 - Decepção (Cap. 27) Capítulo 26 - Surpresa (Cap. 28) Capítulo 27 - Reféns (Cap. 29) Capítulo 28 - Desespero (Cap. 30) Capítulo 29 - Visita (Cap. 31) Capítulo 30 - Finalmente (Cap. 32) Capítulo 31 - Confiança (Cap. 33) Capítulo 32 - Romântico? (Cap. 34) Capítulo 33 - Bônus: Casais (Cap. 35) Capítulo 34 - Investigação (Cap. 36) Capítulo 35 - Ciúmes (Cap. 37) Capítulo 36 - Verdade (Cap. 38) Capítulo 37 - Banheira

(Cap. 39) Capítulo 38 - Plano (Cap. 40) Capítulo 39 - Humilhação (Cap. 41) Capítulo 40 - Herança (Cap. 42) Capítulo 41 - Viagem (Cap. 43) Capítulo 42 - Construção (Cap. 44) Capítulo 43 - Cinema (Cap. 45) Capítulo 44 - Escuridão (Cap. 46) Capítulo 45 - Carta (Cap. 47) Capítulo 46 - Lembrança (Cap. 48) Capítulo 47 - Aspen (Cap. 49) Capítulo 48 - Alexander (Cap. 50) Capítulo 49 - Pedido (Cap. 51) Capítulo 50 - It's Raining Men (Cap. 52) Capítulo 51 - Despedida de solteiro (Cap. 53) Capítulo 52 - Bêbada (Cap. 54) Capítulo 53 - Ressaca (Cap. 55) Capítulo 54 - Anne (Cap. 56) Capítulo 55 - Casamento (Cap. 57) Capítulo 56 - Consequências (Cap. 58) Capítulo 57 - Reflexo (Cap. 59) Capítulo 58 - Conversa (Cap. 60) Capítulo 59 - Detalhes (Cap. 61) Capítulo 60 - Consulta (Cap. 62) Capítulo 61 - Desejo (Cap. 63) Capítulo 62 - Insegurança (Cap. 64) Capítulo 63 - Casamento (Cap. 65) Capítulo 64 - Lua de Mel - Parte 1

(Cap. 66) Capítulo 65 - Lua de Mel - Parte final (Cap. 67) Capítulo 66 - Inauguração (Cap. 68) Epilogo

(Cap. 1) Prólogo

Eu me sentia grata por ter pessoas como Esme e Carlisle Cullen em minha vida, não podia imaginar o que seria de mim sem eles. Minha mãe trabalhava como empregada na casa deles quando eu nasci, meu pai era caminhoneiro e vivia viajando, por isso eles decidiram que o melhor era que continuássemos a morar na mansão Cullen, foi onde eu cresci e vivi os melhores e piores momentos da minha vida. Eu não me lembro muito bem do que houve, as únicas lembranças que tinha eram da minha mãe chorando desesperadamente segurando firmemente uma folha de papel, quando finalmente me viu a observando pediu que me aproximasse.

– Isabella nunca deixe um homem chegar perto de você. Esta me ouvindo? - Exigiu segurando firmemente meus braços. Ainda me lembro claramente de suas palavras ditas em meio as lágrimas que não paravam de cair de seus olhos, mesmo não entendendo o que ela quis dizer eu assenti concordando, ela continuou chorando e me abraçou. Depois daquele dia minha mãe nunca mais foi a mesma, a mulher alegre e divertida tinha morrido naquele dia, ela parecia apenas um corpo vagando pela casa e fazendo os serviços de forma automática, isso continuou até um dia em que ela saiu e não voltou. Foi a senhora Cullen que me deu a notícia, minha mãe havia morrido, foi só isso que me disseram na época, acho que a verdade seria demais para uma criança de apenas cinco anos. Minha mãe se matou, tinha se jogado de um viaduto, mas eu só fui saber a verdade quando completei treze anos, a senhora Cullen me contou e entregou uma carta que minha mãe havia me deixado.

“Isabella,

sinto muito por não ter sido a mãe que você merecia, espero que algum dia possa me perdoar. Eu não pude suportar a dor de viver sem seu pai, eu entreguei minha vida e todo o meu amor

àquele homem e tudo o que ele fez foi pisar e matar tudo o que eu sentia por ele. Por isso meu anjo, ouça sua mãe, nunca entregue seu coração a ninguém, não existe homem que vá dar o devido valor a você, não se apaixone meu bem, não deixe se levar por palavras bonitas e um jeito encantador, isso vai acabar quando ele enjoar de você e te abandonar.

Adeus meu anjo e ouça meu conselho.

Com amor, sua mãe,

Renée”

A única coisa que eu pude pensar depois de ler aquela carta era que seu conselho tinha chegado tarde demais. Eu já havia entregado meu coração à alguém e minha mãe tinha razão, tudo o que isso me traria seria sofrimento.

(Cap. 2) Capítulo 1 - Aposta

Notas do capítulo Esse é um Edward completamente diferente de tudo o que já escrevi, confesso que será difícil gostar dele e aposto que muitas irão o odiar. Espero que gostem ;) Pouco tempo depois da morte da minha mãe, meu pai procurou a família Cullen e propôs um negócio, como ele não queria cuidar de mim resolveu me “vender” para Esme e Carlisle, eles ficaram indignados com isso, mas pensando no meu bem aceitaram a oferta e pagaram a ele uma quantia considerável, eu nem cheguei a conhece-lo, só quando tinha dez anos tive

notícias suas e não foram boas, ele havia morrido em decorrência de um ataque cardíaco, eu sei que ele nunca agiu como um pai, mas doeu saber que agora eu estava sozinha no mundo. Apesar dos Cullen terem me adotado e me tratarem como uma filha, eu nunca me senti parte da família, acho que principalmente pelo modo que eu era tratada por Edward, filho único dos Cullens, ele fazia questão de me lembrar a todo o instante que eu era uma intrusa, alguém que não fazia parte daquele mundo e da sua família perfeita. Edward tinha dezessete e eu acabado de completar dezesseis, estudávamos na mesma escola, mas sequer conversávamos, eu era uma reclusa que não se encaixava em nenhum grupo, enquanto Edward era o cara mais popular e cobiçado do colégio.

Eu não me lembro quando me apaixonei por ele, apesar de seu modo rude e grosseiro eu me desmanchava em seus lindos olhos azuis e cabelos loiros acobreados completamente bagunçados, ele era absolutamente lindo e meu coração praticamente saltava do peito quando aparecia, entretanto suas palavras sempre vinham carregadas de ofensas e desdém, eu sabia que me odiava por usufruir dos mesmos benefícios que ele sem merecer.

Mais uma manhã e me levantei preguiçosamente, fui até meu banheiro para me preparar para o dia que viria pela frente, eu vivia como se fosse filha dos Cullen, tinha um quarto enorme e nunca me não deixavam faltar nada, eu me sentia em dívida com eles por tudo o que faziam por mim, principalmente por todo amor e carinho. Assim que me aprontei desci as escadas, na mesa já estavam Esme e Carlisle.

– Bom dia. - Cumprimentei os dois com um beijo.

– Bom dia meu bem. - Esme me cumprimentou alegre.

– Bom dia filha. - Carlisle sempre me chamava de filha, mesmo que eu me negasse a chama-los de pai e mãe, ainda que eles fossem isso para mim.

– Dormiu bem amor? - Esme perguntou. Assenti sorrindo.

– Sim, apesar do nervoso pela prova de álgebra. - Comentei tensa.

– Tenho certeza que vai detonar. - Carlisle disse fazendo com que eu e Esme déssemos risada. Ele era um empresário muito respeitado, seus negócios iam desde construtoras á empresas

petrolíferas, a família era muito rica, mesmo assim eram as pessoas mais humanas e especiais que havia conhecido em toda minha vida.

– Bom dia família e Bella. - Gelei ao ouvir a voz aveludada de Edward ecoar no cômodo me colocando no meu lugar.

– Edward! - Sua mãe lhe repreendeu. - Bella também faz parte da família.

– Não da minha. - Respondeu rudemente me olhando com desdém. Edward sequer me olhava ou dirigia uma palavra a minha pessoa, ele simplesmente fingia que eu não existia.

– Quero que peça desculpas a Bella. Agora! - Carlisle exigiu.

– Tudo bem Carlisle. - Pedi, não queria de modo algum que brigassem, afinal de contas eu já estava acostumada a esse tratamento por parte do Edward.

– Não esta bem não Bella, ele tem que lhe respeitar. - Edward fez uma careta.

– E por que eu deveria fazer isso? Ela não é nada para mim. - Não pude evitar surpresa ao ouvir ele falar aquilo com tanto nojo. Me segurei para não chorar.

– Edward! - Exclamou sua mãe. Não suportei mais ficar ali.

– Com licença. - Pedi me levantando

– Filha você não comeu nada. - Esme me falou.

– Estou sem fome. Tenham um bom dia. - Disse e sai da mesa, antes de subir as escadas ouvi Esme e Carlisle repreendendo Edward.

Edward POV

Eu não entendia o que meus pais viam nessa garota, para mim ela não era nada mais que uma intrusa, que se aproveitava da riqueza e bondade de meus pais, aposto que esse jeito de boa moça era só uma forma de fazer com que todos sentissem pena dela e se arrastassem aos seus pés, mas eu não estava disposto a fazer isso, queria que ela soubesse seu lugar, que era muito abaixo de mim.

Depois da bronca que minha mãe me deu, subi e fui me arrumar para o colégio, eu fazia parte do time de basquete e era o cara mais popular e invejado de toda a escola, mas também como não ser? Eu era rico, bonito, inteligente, não existia ninguém que não quisesse ser eu, ou estar ao meu lado, eu vivia rodeado de amigos e claro, mulheres, as mais lindas e gostosas do colégio, eu pegava quem eu queria, ninguém era imune ao meu charme. Estava no meu último ano e assim que terminasse o colegial iria para a Inglaterra fazer minha faculdade de administração, quando me formasse voltaria e assumiria a vice presidência das empresas do meu pai, meu futuro era certo e muito promissor, mas enquanto isso, eu ia aproveitar bem minha vida.

Peguei meu porshe preto e fui para a escola, assim que cheguei vi meus amigos nas escadas.

– E aí vagabundo? - Caius me cumprimentou.

– Fala aê seu malandro. - Falei rindo, cumprimentei todos os que estavam ali, era um bom lugar para secar as gatinhas. - O que estão conversando?

– Estava dizendo como você já pegou quase todas as garotas da escola. - Arqueei minha sobrancelha.

– Como assim quase todas? Eu já catei todas. - Fui enfático. Esse é o problema de pegar todas as gatinhas, agora estava na seca por falta de carne nova.

– Não pegou não. - Marcus retrucou.

– Tá, então me digam, quem falta? - Perguntei cruzando meus braços. - Caius apontou, quando olhei me assustei, era Isabella. - Vocês só podem estar brincando. - Disse rindo. - Quando disse que tinha pego todas as garotas da escola, eu me referia as que valiam a pena, nem me passou pela cabeça a escória da escola.

– Mas Isabella não é de se jogar fora, ela é até gostosinha. - Rebateu Demitri.

– Claro você tem um péssimo gosto para mulher. - Retruquei, os caras aproveitaram e tiraram sarro dele. - Além disso se eu fizesse qualquer coisa com ela meus pais me matariam.

– Eu aposto que não consegue levar ela para cama. - Desafiou Caius.

– Também acho. - Concordou Marcus, Demitri e Alec.

– Por favor Caius, a Isabella é apaixonada por mim desde que somos crianças. Isso seria a coisa mais fácil do mundo.

– Eu duvido, ela é super fechada, não fala com ninguém e nunca a vi com um cara.

– Por isso mesmo, a idiota fica sonhando comigo. - Respondi sorrindo.

– Você que se acha. - Marcus rebateu.

– Eu não me acho, eu sou. - Eles riram. Eu sabia muito bem o poder que tinha sobre o sexo feminino.

– Para mim você esta com medo de levar um fora. - Desafiou Caius. Analisei a situação.

– Hum. Quer saber? Acho que isso pode ser até divertido. Estou sem nada para fazer mesmo.

– Ah! Aí esta o Edward que conhecemos. - Me cumprimentaram.

– Mas eu preciso de um incentivo. O que vou ganhar com isso?

– Isso se conseguir. - Disseram. Que idiotas. Eu, Edward Cullen não conseguir alguma coisa? Isso não existia.

– Eu vou conseguir. Qual vai ser o valor?

– Fazemos assim, se conseguir vai receber 500, e se perder vai ter que pagar o valor total a cada um de nós.

– Justo. - Aceitei, pois era óbvio que eu não iria perder. Eu via no rosto deles que estavam duvidando que eu conseguiria, mas eu fazia questão de mostrar que ninguém resistia a mim, além disso ainda ia ganhar um troco com a brincadeira, resumindo eu só tinha a ganhar.

– Mas não pense que vai ser assim tão fácil. Queremos provas de que você de fato conseguiu.

– Que tipo de provas? Já aviso que se for para filmar estou fora. - Queria me divertir, mas isso tinha limite, se meus pais soubessem que eu mexi com a menininha deles não podia imaginar o que aconteceria comigo.

– Estava pensando em gravar somente as vozes, ou melhor gemidos. - Eles riram, revirei meus olhos. - Amanhã eu trarei um gravador que tenho assim não terá como nos enrolar e fingir alguma coisa.

– Eu não preciso fingir ou forjar nada, podem se preparar para perder. - Ameacei. O sinal tocou.

– Eu duvido que vai conseguir Edward. - Marcus disse.

– Eu também. - Demitri concordou.

– Aposto que vai levar um belo tapa na cara. - Caius me provocou rindo.

– Assim como você quando tentou agarrar ela? - Perguntei e todos riram, ele ficou sério. Ainda lembro quando Caius tentou beijar Isabella e levou um belo tapa na frente da escola inteira.

– Você vai ver o que é bom Edward. - Disse tentando me atingir.

– Pode ter certeza e será em uma noite quente com um monte de mulheres deliciosas enquanto eu gasto a grana de vocês. - Respondi rindo, eles fecharam a cara e seguimos até a próxima aula. A única barreira entre mim e a grana era a chata da Isabella, mas ia valer a pena, além disso ia me divertir com a cara de sonsa dela.

Notas finais do capítulo Só gostaria de avisar que como esta ainda é uma historia em desenvolvimento não tenho absolutamente nada pronto. Por isso peço desculpas por que não irei postar com tanta assiduidade. Agradeço a todas que estão acompanhando. Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 3) Capítulo 2 - Noite Quente

Notas do capítulo Vou tentar o máximo me programar para postar pelo menos um capítulo por semana.

Esse capitulo esta bem quente ^^ Vou confessar que essa é minha primeira tentativa em uma fic com cenas para maiores ... rsrsrsrs ... Acho que até o fim pego o jeito em fazer lemon :) Espero que gostem ;) Edward POV

Estava sentado no meu quarto segurando o gravador que Caius havia me emprestado, era o momento de agir, de fato não teria como ser melhor, meus pais tinham saído para um evento e provavelmente só voltariam no dia seguinte, desse modo teria a noite inteira para por meu plano em prática, na verdade não pensei em nada muito elaborado, como sabia o quanto Isabella era apaixonada por mim, era simplesmente chegar lá e fazer o meu serviço. Eu só estava me concentrando para não brochar, antes de ir até o quarto dela tentei imaginar as mulheres mais lindas e gostosas beijando todo o meu corpo. Isso parecia estar funcionando já que estava praticamente duro, eu sabia que não seria fácil transar com aquela garota sem graça, por isso voltei a focar na minha imaginação enquanto seguia para o quarto de Isabella.

Parei em frente da porta e respirei fundo, me toquei e percebei que estava pronto. Coloquei a mão na maçaneta e a girei lentamente, agradeci pela porta estar aberta, o quarto estava completamente escuro, a única luz vinha da lua cheia que invadia o lugar através das frestas da janela, deixei meus olhos se acostumarem com a escuridão e em pouco tempo já podia enxergar razoavelmente bem, fechei a porta e fui até a cama onde ela dormia, seu cabelo negro estava todo espalhado no travesseiro, montei o gravador e o coloquei no criado mudo, com muito cuidado levantei o lençol que a cobria. Puta merda! Pensei assim que vi seu corpo vestido somente com uma fina camisola azul claro e um short que deveria ser pecado por ser tão curto. Senti minha respiração descompassada, nunca iria imaginar que Isabella pudesse ter um corpo tão delicioso, meu membro latejava dentro da calça do pijama. Ao que parecia além da grana iria ganhar como bônus uma noite de sexo muito mais gostoso do que estava esperando. Passei meu dedo delicadamente em sua perna e a senti arrepiar. Para de brincar Edward! Esta na hora da ação. Hum. Será que ela beijava bem? Tinha certeza que era virgem, mas será que já tinha beijado alguém? Bom, estava na hora de descobrir, tirei a camisinha do bolso e a coloquei no criado ao lado do gravador, com extremo cuidado me sentei na cama e fui em direção do seu pescoço exposto beijando o local. Ela tinha um cheiro delicioso, me afastei e percebi que ainda dormia, ao que tudo indicava ela também tinha um sono pesado. Suspirei e beijei novamente seu pescoço, contudo dessa vez fui mais afoito seguindo até o lóbulo da sua orelha lambendo e depois mordendo levemente.

– Hmm. - Ouvi ela gemendo. Será que estava achando que era um sonho? Resolvi me fazer presente.

– Isabella. - Sussurrei no seu ouvido e em seguida beijei seu maxilar.

– Edward. - Ela murmurou sonolenta, me levantei e vi que ainda dormia. Então era comigo que estava sonhando? Sorri, eu sabia que era louca por mim. Estava começando a gostar desse jogo. Beijei o canto de sua boca, enquanto ela murmurava coisas sem sentido entre gemidos, segui os beijos até seu ouvido novamente.

– Acorda Isabella. - Disse e chupei o seu pescoço. Ela gemeu e riu, virando o rosto na minha direção, abrindo os olhos em seguida.

– Edward! - Disse espantada. - O que esta fazendo aqui? - Perguntou afoita, antes que se sentasse na cama, aproximei meu rosto do seu.

– Realizando seus sonhos minha linda. - Respondi delicadamente a beijando em seguida, no inicio ela tentou se desvencilhar dos meus lábios, mas depois se entregou completamente puxando meus cabelos afim de aprofundar o beijou, sem nos separar me deitei sobre ela, comecei a me esfregar nela e minhas mãos já não tinham controle, passei os beijos para o seu pescoço e colo, levantei sua camisola e toquei sua cintura. Minha outra mão subia e descia pela sua perna. Beijei seus seios sobre a camisola, fazendo com que ela soltasse um gemido alto, abaixei a alça até os deixar expostos, a olhei e ela me fitava com a boca vermelha entreaberta, uma visão extremamente sexy, lambi os lábios e tomei seu seio com minha boca, chupando, lambendo, mordendo, Isabella se contorcia sob meu corpo, subi uma de minhas mãos e acariciei seu outro seio, apertando e massageando os mamilos, ela ia a loucura, gemendo coisas desconexas, cada vez mais alto, sorri contra a sua pele quente e cheirosa, enquanto uma mão ainda apertava sua coxa, desci lentamente a que brincava com seus seios por todo o seu corpo, até chegar entre suas pernas, quando a toquei sobre o tecido do seu short, ela ofegou.

– Oh. Edward. - Subi e voltei a beija-la, a provocando com meu dedo. - Edw..ard. - Gemia. - Por favor.

– O que você quer Isabella? - Perguntei o mais sedutor que pude.

– Você. - Disse na hora.

– Então diz. - Pedi sussurrando baixo no seu ouvido. Meus dedos se movimentavam cada vez mais rápido.

– Eu que..ro você. - Respondeu ofegante. Afim de deixa-la ainda mais louca, parei os movimentos com os dedos. - Não. - Ela lamentou. Em seguida enfiei minha mão dentro do seu short e dessa vez eles tocavam diretamente sua carne, ela estava completamente molhada. Ahhhh... Edward.... ahhhh.... - Ela gemia alto e rebolava sem parar na minha mão.

– Sabia que você é uma delicia? - Sussurrei no seu ouvido enquanto minha mão se movia cada vez mais rápido. - Você quer ser minha Isabella? - Perguntei beijando sua boca.

– S..S..Sim. - Disse ofegante.

– Então me peça.

– E..E..Eu que...ro ss..ser... ss..sua. - Diminui os movimentos e retirei minha mão, levei meu dedo até a boca e o chupei.

– Não disse, deliciosa. - Ela me olhava hipnotizada. Eu tinha esse efeito sobre as mulheres. Peguei a camisinha e tirei a calça do pijama, a essa altura estava tão duro que doía, coloquei o preservativo e ela se apoiou nos braços e me observou.

– Esta vendo o que você faz comigo? - Disse segurando meu membro duro, ela deu um sorriso tímido e deitou na cama novamente. Tirei seu short e me deitei sobre ela me apoiando sobre os meus braços, passei meu membro entre suas pernas em um movimento de vai e vem. Ela fechou os olhos e respirou fundo

– Edward. Por favor. - Pediu.

– O que você quer? - A provoquei.

– Você. Agora! - Falou de uma forma exigente. Abri um meio sorriso, vendo o quão louca eu a deixava.

– Quero ouvir. - Pedi. Ela rebolou no meu membro me deixando louco. - Pede Isabella. Pede.

– Eu quero ser sua Edward. - Sussurrou no meu ouvido.

– Assim não. Quero que me peça para fode-la. - Ela ficou em silêncio, então aumentei os movimentos, fazendo com que gemesse alto e então finalmente disse.

– Me fode Edward. Me fode!!

– De novo. - Pedi lambendo e chupando seu pescoço.

– Me fode Edward!! Me fode forte e duro!!

– Eu sabia que esse seu jeitinho de boa moça era só aparência - Disse enquanto esfregava meu membro duro nela. - Você é uma vadia, é isso que você é. Pede Isabella. Pede para que eu te foda. - Exigi.

– Edward me fode!! Me fode gostoso!! Por favor. - Implorou, sem pensar a penetrei em um só movimento, ela era muito apertada o que aumentou ainda mais o meu prazer, me deixando louco, a ouvi soltando um gemido de dor, mas pouco me importei, estava bom demais para parar, estocava cada vez mais forte.

– Você é tão apertada. Gostosa demais. - Sussurrei no seu ouvido. Ela demorou um pouco a corresponder ao meu rompante, de repente senti ela passar as pernas pela minha cintura, aumentando ainda mais o prazer que estava sentindo, seu corpo apertava meu membro cada vez que eu estocava. Eu já suava, ela passava as mãos pelas minhas costas e cabelos.

– Ma...is Edward. Ma...issss. - Pediu rebolando em mim e arranhando minhas costas, toda vez que pedia eu ia mais rápido. - Ahhh Isso ... Isso .... Isso ... Não para. Não para. Não. - Suplicava.

– Nem se fosse louco. - Respondi ofegante enquanto metia forte e fundo nela, a senti me apertando mais, ela ia gozar. - Isso Isabella, me aperta. Isso.

– Ahhhhhh Edward. Euuu voouuu ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!! - Não demorou muito e eu a segui.

– Porrrraaaaaaa!!!! - Gritei com o rosto enterrado em seus cabelos, sai de cima dela e me deitei ao seu lado, ambos estávamos ofegantes, a olhei e ela tinha um lindo sorriso no rosto molhado pelo suor, se virou e deitou sobre o meu peito. Fiquei estático. O que ela esta pensando? Resolvi não dizer nada e esperei até que finalmente dormisse, com extremo cuidado me levantei colocando um travesseiro no meu lugar, ela logo o abraçou. Garota ridícula. Será que ela realmente achava que eu gostava dela? Patético. Tirei a camisinha e coloquei a calça do meu pijama, a olhei mais uma vez deitada sobre a cama. Uma coisa eu não podia negar, embora fosse tão bobinha, ela era muito gostosa. Aposto que acreditava em amor a primeira vista e em outras baboseiras românticas, o que era uma pena, caso contrário poderíamos nos divertir muito juntos. Peguei o gravador e a embalagem da camisinha e sai de fininho do quarto.

Notas finais do capítulo O que acharam? Deu para o gasto? Viram que esse Edward não é fácil hein. Coitada da Bella :( Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 4) Capítulo 3 - Pesadelo

Notas do capítulo Finalmente estou em casa com minha internet amada!!!!! Graças a isso deu para dar uma ajeitada melhor na fic, fiz a capa, mudei algumas coisas na sinopse e arrumei alguns erros ortográficos e de concordância nos capítulos :) Viram que lindo o Edward!!! Nessa fic ele terá os olhos azuis ^^

Agora sim vamos com tudo. Neste capítulo veremos como a Bella irá reagir ao descobrir o que ele fez :-/ Espero que gostem ;) Bella POV

Sorri antes mesmo de abrir meus olhos. Tudo aquilo aconteceu mesmo ou foi um sonho? Suspirei feliz e finalmente decidi acordar, olhei para a cama toda bagunçada e vi que Edward não estava mais lá. Claro que ele não estaria, com certeza deve ter ido para seu quarto antes de amanhecer para não levantar suspeitas, sentei na cama e me espreguicei o sorriso bobo não saia do meu rosto. Levantei o lençol e percebi que estava sem meu short, logo o achei caído ao lado da cama, me levantei e o coloquei, foi então que vi a mancha de sangue na minha cama, na hora peguei o lençol e o levei para o banheiro e comecei a lavar, o colocando logo em seguida no cesto, caso alguém perguntasse diria que meu período tinha chegado mais cedo. Aproveitei que estava no banheiro e entrei no chuveiro, tomei meu banho cantando e pensando na noite incrível de ontem. Os lábios de Edward passeando pelo meu corpo, suas mãos me apertando, seus dedos me descobrindo, só de me lembrar um arrepio percorria todo o meu corpo o deixando em brasa. Não foi o que eu tinha imaginado para a minha primeira vez e devo admitir que doeu bem mais do que esperei, mas nada disso importava, pois o mais importante era que tinha sido com ele, com Edward. Agora estava pensando no que aconteceria? Será que ele iria me pedir em namoro? Tinha certeza que não, o Edward era orgulhoso demais, além disso duvidava que ele tornasse isso público, eu era praticamente uma pária naquela escola e Edward não era do tipo que iria arriscar sua reputação para entrar abraçado comigo na frente de todos. Ou ele faria isso? Só de pensar nessa possibilidade meu sorriso aumentou ainda mais, sai do banho cantarolando e me aprontei para a escola, desci as escadas praticamente correndo só pensando em ver ele de novo. Assim que entrei no cômodo para o café da manhã a primeira coisa que percebi foi o lugar de Edward vago, aquilo derrubou um pouco meu ânimo. Talvez ele estivesse dormindo, afinal a noite tinha sido boa. Boa só não, maravilhosa, deliciosa, perfeita.

– Bom dia Bella. - Esme cumprimentou me fazendo esquecer meus delírios, sorri e fui até eles, os cumprimentando com um beijo.

– Bom dia mesmo! - Respondi sorrindo.

– Hum alguém aqui acordou de muito bom humor. - Carlisle disse tomando sua xícara de café.

– É que eu dormi muito bem. - Falei colocando suco de laranja no meu copo e pegando um pedaço de bolo. - E vocês. Como foi a noite? - Esme suspirou.

– Sabe como são esses eventos né? Tão cansativos. - Reclamou, assenti. - Mas o fim de noite foi bem agradável. - Completou olhando sugestivamente para Carlisle. Ele sorriu com carinho pegando sua mão e a beijando, achava linda a relação dos dois. Era inegável o quanto se amavam, isso era tudo o que eu queria em uma relação. Fiquei pensando se um dia Edward e eu estaríamos assim.

– Nada como uma boa noite para acordar bem não é? - Apontei sorrindo.

– Com certeza meu bem. - Concordou com um leve sorriso nos lábios. Realmente a noite deles deve ter sido boa, me lembrei novamente da minha, me deixando novamente em um mundo dos sonhos.

– Filha quer uma carona para a escola? - Carlisle ofereceu, por mais que Esme e ele insistissem que eu usasse o motorista eu geralmente pegava o ônibus escolar como os outros alunos, me negava a ter qualquer tipo de mordomia, pois quando eu saísse de casa não teria como manter nada disso e por esse motivo evitava me acostumar com essa vida cheia de luxo.

– Obrigada Carlisle, vou aceitar. - Eu gostava de pegar carona com ele, íamos conversando sobre a escola e o trabalho, ele sempre me dava ótimos conselhos. Terminei o café e segui para o meu quarto para escovar os dentes e pegar meu material. Edward não apareceu em nenhum momento, pensei em perguntar por ele, só que como eu nunca havia feito isso decidi não dizer nada. Com certeza eu o veria na escola, só que lá eu tinha certeza que ele não iria falar comigo, mas não ia me importava com isso agora, mesmo se ele pedisse que mantivéssemos nosso relacionamento em segredo eu aceitaria. Faria o que fosse para ficar com ele. Não via a hora de ficarmos sozinhos em casa novamente, antes que pudesse pensar em mais alguma coisa a buzina do carro de Carlisle me despertou do meu sonho, me aprontei e desci.

Cheguei na escola e inconscientemente me vi procurando por Edward, mas não o encontrei em lugar algum, nem mesmo nas escadarias onde ele sempre ficava com os inúteis dos seus amigos. Bando de garotos insuportáveis, o tal de Caius tinha até tentado me beijar a força, mas lhe dei um belo de um tapa. O que esses playboys achavam? Que era só ir chegando e tudo certo? Edward podia encontrar amigos muito melhores. Passei meu dia inteiro procurando por ele, mas nada, nem no refeitório nem durante as trocas de sala. Já estava começando a ficar

preocupada. Será que ele ainda estava em casa? Será que estava bem? Eu era uma idiota, devia ter perguntado para Esme sobre ele. Bom, agora isso não importava mais, a aula tinha acabado e eu o veria se ele estivesse em casa, meu coração já martelava no peito imaginando ele vindo na minha direção com um sorriso enorme e me girando pela sala e depois me beijando. Só de imaginar essa cena aquele mesmo sorriso bobo voltava a aparecer no meu rosto juntamente com um leve rubor.

Entretanto ao sai do prédio da escola percebi uma aglomeração em frente, olhei bem e pude ver que Edward estava ali entre os seus amigos. Respirei aliviada por ver que ele estava bem. Tomei coragem e fui até lá. Talvez pudesse pedir uma carona para ir para casa, ninguém ia suspeitar afinal morávamos no mesmo lugar. Ele iria recusar para não dar bandeira? Só esperava que não ficasse chateado ou bravo comigo. Conforme ia me aproximando percebi que estavam todos em silêncio, mas eu podia ouvir algumas vozes ao fundo. De repente fiquei estática, eu reconhecia aquela voz, era minha, e eu estava dizendo ao Edward o quanto eu o queria.

– Olha só quem esta aqui? - Um dos meninos se virou me encarando. Eu fiquei parada.

– Nossa Isabella não sabia que você tinha uma boca tão suja. - Caius me disse se aproximando.

– É, quem diria que a gatinha gostava de gemer alto. - Marcus disparou com um sorriso malicioso. Eu continuava na mesma posição em choque. O que estava acontecendo? Procurei os olhos de Edward, ele tinha um sorriso sacana no rosto.

– Sabem o que dizem sobre as mais quietinhas né Marcus? - Caius provocou. - São as mais selvagens. - Falou tocando meu ombro, me afastei dele e encarei Edward.

– O q-que significa isso? - Perguntei sem conseguir evitar de gaguejar.

– Ah Isabella, você, uma aluna brilhante não sabe mesmo o que significa isso? Oras, por favor. - Edward respondeu caçoando.

– Eu não entendo. - Falei completamente perdida.

– Ahhhh... Você ... hum não entendeee? - Demitri perguntou como se estivesse gemendo. Voltei a olhar para Edward.

– Edward? - O chamei na esperança dele desmentir tudo o que estava acontecendo e me dizer que não havia gravado nossa noite.

– Assim não Isabella. - Zombou Caius. - O certo é: ahhhhhhhh Edward. - Gemeu me imitando. Todos caíram na gargalhada, inclusive Edward. Eu me aproximei dele, meus olhos marejados. Não podia admitir que isso fosse verdade, que ele seria capaz disso.

– Me diz que é mentira. - Pedi quase chorando.

– Não Isabella não é, foi uma aposta e eu ganhei. Disseram que eu não seria capaz de transar com você, mas eu provei o contrário. - Olhava abismada para ele, sem querer acreditar em suas palavras. Ele fez um bico. - Own! O bebê vai chorar? - Eu não me segurei e pulei em cima dele socando seu peito.

– Seu canalha desgraçado. - Edward continuava a rir enquanto segurava meus braços. - Como pode fazer isso comigo?

– Para que tanto escândalo garota. Vai dizer que você não adorou quando eu a fiz gozar? Foi você que pediu. "Edward me fode!! Me fode gostoso!! Por favor". - Ouvi minha voz soar no gravador que Caius colocou bem no meu ouvido. Me desvencilhei dos braços de Edward.

– Você nunca mais vai encostar o dedo em mim. ESTA ME OUVINDO! NUNCA MAIS! - Gritei, atraindo a atenção de mais pessoas. Ele abriu um sorriso irônico.

– Obrigado, mas acho que uma vez para mim foi o suficiente. - Respondeu rindo com uma cara enojada fazendo com que todos dessem risada também. Virei de costas e fui embora.

– Hei Isabella não fica assim não. Se quiser vou adorar ouvir você gemer para mim. - Pude ouvir Caius gritar, sai de lá o mais rápido que pude, não queria encarar ninguém. Como ele foi capaz de fazer isso? O que eu fiz para ele? Tentava o máximo que podia segurar o choro, vi um

taxi e fiz sinal. Sem perceber comecei a chorar desesperadamente, o que fez com o que o taxista perguntasse se eu estava bem. Bem? Eu acho que nunca mais estaria bem na minha vida, eu estava devastada, completamente destruída. Eu era uma idiota, conhecia Edward. Como pude me deixar levar por ele sabendo do que ele era capaz? Me sentia um nada. O meu maior sonho tinha sido tirado de mim de forma grosseira e estúpida só por dinheiro. O que eu mais queria era poder acordar e perceber que tudo não tinha passado de um pesadelo. Um terrível pesadelo.

Notas finais do capítulo Pobre Bella :( O que será que ela vai fazer? Contar aos pais do Edward? No próximo veremos ela tomar uma atitude sobre isso. Essa fic é algo realmente novo para mim, acho que quem acompanhou minhas outras fics percebeu bem isso. O que estão achando? Podem puxar minha orelha se quiserem viu. Estou muito empenhada no desenvolvimento desta fic e quero fazer isso da melhor maneira possível e a opinião de vocês é extremamente importante para isso :) Obrigada pelos comentários, percebi que esse Edward não vai ganhar tão cedo o carinho de vocês, confesso que logo irão sentir um pouco de raiva até da Bella ... rsrsrsrs Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 5) Capítulo 4 - Vingança

Notas do capítulo Consegui terminar o capítulo mais cedo :) Recebi alguns convites por isso decidi criar uma conta no Face e estou pensando em criar um grupo também para postar coisas como trilhas sonoras, imagens e trechos dos próximos capítulos e também para discutirmos o desenvolvimento da estória. O que acham? Quem quiser me adicionar meu face é: https://www.facebook.com/taty.tgrey Espero que gostem do capítulo ;)

Bella POV

Suja. Imunda. Era assim que me sentia nesse momento, cheguei do colégio e fui direto para o meu quarto, inventando uma desculpa qualquer para Esme não se preocupar. Assim que me tranquei no banheiro, apoiei na porta e deixei meu corpo cair até o chão. Nada, absolutamente nada havia me feito chorar desse jeito, nem a morte de minha mãe, nem ser vendida pelo meu pai e muito menos ser ignorada e humilhada por todos naquela escola. Nada tinha doído tanto quanto o que ele havia feito e eu sabia a razão, era por que eu o amava como nunca amei ninguém, e ver e ouvir que ele fez tudo aquilo só para se divertir estava me matando. Edward pegou a noite mais perfeita da minha vida e a transformou em uma chacota, um motivo para se vangloriar e ganhar dinheiro. Por que Edward? Por que? Essas eram as perguntas que minha mente não parava de fazer enquanto as lagrimas molhavam todo o meu rosto. Apertei meus joelhos e gritei o mais alto que pude tentando aliviar a pressão crescente que sentia no meu peito, a dor era insuportável. Depois de horas chorando uma batida na porta chamou minha atenção.

– Bella, você esta bem? - Esme parecia preocupada.

– Estou. - Respondi com a voz trêmula e embargada.

– Não minta para mim. Por favor abra a porta. - Pediu. Respirei fundo, me levantei e a abri, assim que me viu Esme me olhou com carinho e abriu seus braços, sem pensar duas vezes a abracei, sem perceber tinha voltei a chorar. Ela acariciava com cuidado meus cabelos, sem dizer uma palavra me consolou. Na hora eu pensei em contar tudo e dizer o que Edward havia feito, mas eles não mereciam isso, Esme e Carlisle só iriam sofrer ainda mais ao saber e a última coisa que eu queria era trazer sofrimento a essas duas pessoas maravilhosas que eu tinha como um pai e uma mãe. Não sabia dizer quanto tempo ficamos ali abraçadas, mas assim que consegui me acalmar me afastei, ela segurou meu rosto.

– O que houve meu bem? - Perguntou preocupada. - Acho que esta me escondendo alguma coisa. - Disse desconfiada.

– Não Esme, é só um presente que minha mãe me deixou e eu perdi. Era a única lembrança que tinha dela. - Tentei melhorar a mentira que havia contado quando cheguei em casa, ela ainda me olhava com desconfiança.

– Vou acreditar em você. - Empenhei em sorrir, mas parecia impossível. - Por que não toma um banho? Vai ajudar a relaxar.

– Acho que é isso que vou fazer. - Respondi sem ânimo.

– Podemos te esperar para jantar? - Sua pergunta me tirou do transe. Jantar? Com Edward na mesa? Não, eu não estava pronta para encarar ele. Balancei a cabeça negativamente.

– Não estou com fome, depois do banho só vou querer minha cama.

– Posso pedir a Gianna que traga sua janta aqui. Que tal? - Neguei novamente.

– Estou mesmo sem fome. - Insisti. Ela acariciou meu rosto mais uma vez.

– Tudo bem. - Me deu um beijo na testa. - Descanse amor e se precisar de qualquer coisa não hesite em chamar. Ok? - Fechei os olhos e assenti. Assim que Esme saiu do quarto tranquei a porta e fui para o banheiro, me despi e entrei debaixo na ducha, deixei a água lavar toda a minha tristeza, peguei a esponja e conforme me lembrava da noite passada a esfregava violentamente pelo meu corpo com o intuito de tirar qualquer rastro dele que ainda poderia estar em mim. Fiquei quase uma hora no chuveiro antes de me enrolar em um roupão e cair em minha cama. Fui burra ao pensar que toda dor tinha ido embora, as lágrimas voltaram assim que depositei minha cabeça no travesseiro, e ao invés de diminuir elas só aumentavam, cada soluço parecia uma faca afiada rasgando meu corpo, dilacerando meu coração.

Quando ele apareceu no meu quarto na noite passada e começou a me beijar eu pensei em tantas coisas. Coisas sem sentido óbvio. Eu fui tão idiota em achar que ele realmente sentia algo por mim. Burra. Tapada. Imbecil. Quem sabe agora aprende quem é Edward Cullen. E agora? Como iria encarar a escola no dia seguinte? Aposto que meu orgasmo já tinha chegado na internet. Suspirei resignada. Precisava racionalizar a situação. Me levantei indo em direção do banheiro, lavei as lágrimas e encarei meu rosto abatido no espelho.

– Você não vai se rebaixar Isabella. Vai enfrentar essa situação com a cabeça erguida. À merda com o que eles digam. Que Edward Cullen vá para o inferno! - Bati com meu punho cerrado na pia. - Não vou deixar esse playboy desgraçado me destruir. Não vou. Acabou, a partir de hoje ele não existe mais para mim. - Falei resoluta. - Acabou! - Repeti mais uma vez. Respirei fundo,

sai do banheiro e me deitei na minha cama. Quando imagens da noite passada tentavam invadir minha mente, eu automaticamente pensava em outra coisa. Eu sabia que não seria fácil, mas iria tirar Edward da minha mente e principalmente do meu coração para sempre.

Devo admitir que foi difícil acordar no dia seguinte, mesmo assim me coloquei de pé. Segui até o banheiro e entrei direto no chuveiro, quando terminei meu banho me fitei no espelho, estava bem pálida e com uma olheira horrível. Decidi que era uma boa hora para usar o conjunto de maquiagem que Esme havia me dado, nunca gostei muito dessas coisas, mas agora era necessário. Assim que terminei de me maquiar vi que não havia feito um serviço tão ruim, na realidade estava muito bom, eu até parecia feliz e era exatamente isso que eu queria, terminei de me arrumar e desci para o café da manhã. Respirei fundo antes de entrar no cômodo e como havia previsto a primeira pessoa que vi foi ele, estava com um sorrisinho sacana no rosto. Não Isabella, não se deixe abalar. Como resposta coloquei o sorriso mais falso do mundo e me pus presente.

– Bom dia! - Cumprimentei alegremente. Menos Isabella. Meu inconsciente me alertou.

– Bom dia meu amor. Vejo que acordou bem melhor. - Esme disse notando meu bom humor.

– Nada como uma boa noite de sono para esquecer certas coisas. - Respondi olhando diretamente para Edward. Ele deu uma risadinha e balançou a cabeça. O restante do cafe foi silencioso. Levantei e subi para arrumar minhas coisas, quando sai no corredor Edward estava lá.

– Achei que a primeira coisa que faria seria falar com meus pais. - O encarei seriamente.

– Eles não merecem uma decepção dessas. - Respondi seca, ele riu.

– Você acha que eu sou uma decepção? - Perguntou cheio de graça.

– Se a carapuça serviu use-a. - Ele veio em minha direção e me prensou na parede.

– Você não foi rude assim enquanto eu te fodia. - Disse com a voz sensual, meu corpo traidor estremeceu, eu o empurrei, mas ele era muito forte. - Sabe Isabella. - Falou meu nome de um modo de deixou minhas pernas moles. Passou o dedos pelo meu pescoço eu me arrepiei, ele sorriu. - Se você fosse menos certinha e careta nós poderíamos nos divertir juntos. - Seus lábios encostaram no meu pescoço. Respirei fundo e o empurrei o mais forte que pude e dessa vez ele se afastou.

– Eu não quero me divertir com você. Tudo o que eu quero é distância. - Ele riu.

– Pena que seu corpo não pensa o mesmo. - Respondeu convencido.

– Pense o que quiser. - Lhe dei as costas e desci, me despedi de Esme e segui para o ponto de ônibus. Se eu odiava a escola antes do que Edward havia feito, agora eu a abominava, em todos os lugares em que eu ia, ouvia gemidos e as palavras que tinha dito a Edward em um momento íntimo agora faziam parte do vocabulário de todo o colégio, eu fui humilhada e pisoteada, nunca tinha me sentido tão pequena e insignificante. Quando tiravam sarro eu simplesmente ignorava, não estava disposta a revidar, não ia adiantar de nada, a dor que eu estava sentindo nada poderia apagar. Edward continuava se divertindo as minhas custas, rindo com seus amigos e com as garotas penduradas no seu pescoço. Tudo o que eu queria era odialo, mas eu não conseguia e com isso acabava sentindo raiva de mim mesma. Foi então que decidi tomar uma atitude, eu sabia que me vingar não traria nada, mas era só nisso que eu conseguia pensar, em humilhar Edward assim como ele fez comigo.

A semana que se seguiu foi a mesma coisa, ainda riam pelas minhas costas e me diziam coisas nojentas e grotescas, meu plano de vingança se intensificou, agora eu só precisava saber por onde começar. Tinha percebido que desde que transamos Edward me olhava de outro modo, estava claro que ele me desejava, podia negar isso para seus amigos, mas essa era a verdade, ainda me lembrava de suas palavras quando nos encontramos no corredor depois do incidente. "Se você fosse menos certinha e careta nós poderíamos nos divertir juntos." Era justamente isso que eu faria, deixaria ele louco por mim e depois iria envergonha-lo na frente de todos. Meu plano só tinha um grande problema: Eu não fazia idéia de como seduzir um homem e se eu me insinuasse e ele me humilhasse mais uma vez? Não, eu não podia ter medo. Ele tinha que pagar pelo o que me fez.

Notas finais do capítulo

Parece que a Bella vai se vingar. Será que isso vai dar certo? O Edward mexe demais com ela, acho que o feitiço pode virar contra o feiticeiro. Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 6) Capítulo 5 - Perdida

Notas do capítulo Hoje a Bella vai descobrir que a vingança não é o melhor remédio e que pode piorar e muito as coisas :( Ao invés de criar um grupo no face, fiz uma página. Lá tem alguns trechos dos próximos capítulos, imagens e trilhas. https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056 Só avisando que o capítulo esta quente ^^ Espero que gostem ;) Bella POV

Me fitei no espelho, tinha colocado minha camisola mais sensual. Ia ser hoje, arrumei meus cabelos e respirei fundo. Estava na hora de Edward Cullen descobrir do que Isabella Swan era capaz. Sai do banheiro e silenciosamente fui até o quarto dele, abri a porta lentamente, entrei e a tranquei em seguida, ele dormia tranquilamente com os braços embaixo da cabeça, parecia um anjo, mas esse não era o caso dele, Edward era o verdadeiro lobo em pele de cordeiro, me sentei na cama e passei minha mão pelo seu peito, ele sorriu, com certeza pensando em alguma vagabunda, decidi ser mais atrevida e desci minha mão até seu membro, sobre o tecido do pijama o apertei, Edward soltou um gemido e em um segundo sua mão estava segurando meu pulso, ele me olhava atento.

– O que esta fazendo aqui? - Perguntou ligando o abajur, fiquei muda. Fala Isabella!

– Eu estava pensando no que disse sobre nos divertimos. - Ele me olhou desconfiado soltando minha mão.

– Você acha que eu sou burro? - Questionou se sentando na cama. - Isabella me dê algum crédito. - Respondeu exasperado.

– Não estou entendendo. - Me fiz de boba. - Você mesmo disse que se eu não fosse tão careta podíamos nos divertir. Qual o problema? -Ele arqueou a sobrancelha.

– Você me odeia Isabella. Aposto que teve a ideia genial de se aproximar para se vingar. Comentou rindo, na hora me senti estúpida. Pensa. Pensa. Me inclinei na sua direção tocando seu peito novamente.

– Eu só quero você Edward. - Falei tentando soar sexy. - E daí que me humilhou? Isso já passou. - Em um gesto atrevido me sentei no seu colo, com as duas mãos sobre seu peito. Mas sabe o que não passa? - Ele me olhou e balançou a cabeça negativamente incapaz de falar, mordi meu lábio. Cheguei próxima a sua boca. - Meu desejo por você. - Ao mesmo tempo beijei sua boca e rebolei no seu colo. Ele automaticamente colocou as mãos na barra da minha camisola.

– Trancou a porta? - Perguntou ao pé do meu ouvido. Só assenti, no instante seguinte levantei os braços e ele retirou minha camisola, colando seus lábios nos meus seios enquanto minhas mãos iam para os seus cabelos. Não demorou e eu gemia seu nome, tirei sua camiseta e logo em seguida ele tirou sua calça, me deitou na cama e com uma lentidão exagerada tirou minha calcinha, beijando, lambendo e chupando todo meu corpo. Eu ia a loucura, ele penetrou um dedo e depois colocou outro entrando e saindo, sua outra mão apertava minha coxa e minhas próprias mãos acariciavam meus seios, enquanto me penetrava com os dedos pressionava o polegar diretamente no meu sexo, depois pegou a mão que apertava minha coxa e levou até seu membro o massageando, me proporcionando uma visão deliciosa, em seguida deslizou a camisinha, eu estava quase gozando quando ele parou os movimentos com os dedos e me penetrou com seu membro completamente duro, nós dois gemíamos, dizendo coisas desconexas, ele aumentou a velocidade e comecei a rebolar de forma enlouquecida, não demorou e gozamos. Ele deitou sobre mim, ambos estávamos ofegantes.

– Eu vou adorar me divertir com você. - Disse e me beijou, logo estávamos gemendo novamente. Assim que percebi que dormiu me levantei com extremo cuidado, havia percebido que Edward tinha o sono extremamente leve, me vesti e sai do seu quarto, entrei no meu e fui

para o banheiro para tomar um banho. Eu não queria me sentir assim, eu não podia me sentir assim. Eu queria me vingar dele. Não podia estar feliz e muito menos gostando dessa situação. Isso não ia dar certo, mas eu não queria parar. Eu só não sabia se era por causa do desejo de vingança ou por causa do desejo que eu sentia por ele. A única conclusão que pude chegar era que eu estava ferrada.

Edward POV

Eu me surpreendi quando Isabella apareceu no meu quarto na noite anterior me tocando, ela estava absolutamente deliciosa com aquela camisola creme justa no seu corpo, marcando sutilmente suas curvas. No inicio desconfiei, tinha certeza que ela estava se aproximando para se vingar, mas depois percebi que ela não seria capaz disso, era só louca por mim. Tinha como não ser? Eu deixava as mulheres completamente perdidas e apaixonadas, além disso Isabella era bobinha demais para pensar em alguma vingança e caso ela tentasse algo, tinha certeza que conseguiria sair por cima. Ninguém faria Edward Cullen de idiota. Por hora ia aproveitar, minha vida andava parada mesmo, então nada melhor que sexo à domicilio.

Despertei no meio da madrugada e acabei perdendo o sono, por isso decidi ir até a cozinha tomar um copo de leite, ao abrir a porta me deparei com uma cena que me deixou duro na mesma hora. Isabella estava curvada em frente a geladeira com seu belo traseiro empinado. Essa garota ia me fazer perder os sentidos, me aproximei silenciosamente.

– Essa visão esta me dando algumas ideias. - Falei encostado no armário que ficava em frente da geladeira cruzando meus braços, Isabella deu um pulo e me encarou com a mão no peito.

– Edward! - Exclamou surpresa. Sua respiração estava acelerada e seu rosto com um certo rubor por causa do susto.

– Você não deveria andar pela casa desse jeito. - A adverti indicando sua roupa provocante.

– Posso saber por que? - Me questionou colocando as mãos na cintura.

– Nunca se sabe quem você pode encontrar. - Ela sorriu e caminhou lentamente até mim, Isabella tinha algo único, era capaz de ser extremamente sexy sem perder seu jeito tímido e inocente.

– E quem eu posso encontrar Edward? - Questionou parada na minha frente posicionando seus braços no meu pescoço, minhas mãos foram no mesmo instante para sua cintura descendo até acariciar seu bumbum.

– Alguém muito safado. - Falei a puxando para o meu corpo, ela gemeu ao sentir o quão animado eu estava, meus lábios logo atacaram seu pescoço. - Esta vendo o que você faz comigo? - Murmurei entre seus gemidos enquanto apertava seu corpo no meu.

– Edward. - Gemeu, nos virei a prensando na armário tomando sua boca em seguida, nossas línguas travavam uma guerra deliciosa, minha mão desceu invadindo sua calcinha, gemi ao sentir como ela estava pronta para mim.

– Você não me decepciona nunca Isabella. Completamente molhada. - Sussurrei no seu ouvido ao mesmo tempo que meus dedos a invadiam.

– Ah Edward. Por favor. - Pediu.

– O que você quer Isabella? - Perguntei lambendo e chupando seu pescoço.

– Isso aqui. - Gemeu pegando no meu membro, que ficou ainda mais duro com o seu toque delicado.

– Porra Isabella assim você acaba comigo. - Ela sorriu mordendo seus lábios gostosos, aumentei os movimentos dos meus dedos, quando estava quase gozando eu os retirei.

– Não. - Lamentou.

– Isso é para aprender a não me tentar. Vira. - Ordenei, ela no mesmo instante se virou, eu a quis assim desde o momento que entrei nessa cozinha. Alisei seu corpo e abaixei sua calcinha, abri um pouco suas pernas e mordi seu bumbum, ela gemeu, lhe dei um tapa. - Quieta! - Ela se remexeu ofegando. - Gostou disso né safada? - Falei acariciando seu corpo. - Essa carinha de menina inocente é só fachada, você é uma verdadeira devassa. - Disse a tocando novamente com meu dedo.

– Edward. - Gemeu.

– Me pede Isabella. Me pede. - Exigi, eu mesmo já esta perdendo meu controle.

– Eu quero você Edward. Agora. - Sorri abaixando minha calça e a penetrando logo em seguida, gememos diante do contato, era tão apertada, eu me perdia dentro dela. Conforme pedia, eu ia mais rápido e cada vez mais forte, entrando e saindo até que atingimos o auge juntos. Eu desmontei em suas costas, ambos estávamos ofegantes. No momento eu só tinha certeza de uma coisa, Isabella seria a minha morte.

Bella POV

Meu plano estava fugindo do controle, eu e Edward transávamos em todos os lugares possíveis da casa, no lavabo, no meu quarto, no seu quarto, no banheiro e até na cozinha, nossa, eu nunca mais iria olhar aquela cozinha da mesma forma. Percebi que Edward até esqueceu a camisinha, felizmente eu tomava anticoncepcionais por causa do meu ciclo irregular. A verdade é que eu já não sabia o que fazer e sentia que todo o meu planejamento estava indo por água baixo, pois assim que eu o humilhasse ele nunca mais olharia para minha cara e no momento essa era a última coisa que eu queria. No começo nós só transávamos e pronto, mas agora pegamos a mania de conversar, principalmente quando ficávamos juntos nos nossos quartos e isso só piorava as coisas. Tentei voltar a me concentrar nas tarefas da escola que tinha para fazer quando ouvi alguém bater à porta.

– Sim? - A cabeça de Edward apareceu. Ótimo, lá se vai minha concentração.

– Posso entrar? - Assenti, ele entrou e fechou a porta. - Estudando? - Perguntou sorrindo.

– Não. Cavando buracos na lua. - Respondi sarcasticamente. Ele riu.

– Muito engraçadinha. - Abri um sorriso de lado. Sem cerimônia Edward se deitou na minha cama e colocou a cabeça no meu colo. Só a presença dele era capaz de me deixar igual a uma idiota apaixonada. E era justamente por isso que eu era uma idiota. Por que estava dando a chance de me magoar novamente, mesmo que fosse isso que eu estivesse tentando fazer com ele. Ficamos em silêncio. Percebi que Edward estava estranho, nem fez piada ou tentou alguma coisa comigo.

– O que houve? - Perguntei acariciando seus cabelos, ele sorriu com esse gesto.

– Briguei com meu pai. - Eu sabia por alto dos problemas que ele estava enfrentando com o pai. Carlisle queria que Edward começasse a trabalhar na empresa o mais cedo possível, mas Edward tinha outros planos, queria ir para a Inglaterra e ao invés de estudar administração como era o plano inicial, queria fazer agora engenharia civil e geológica e depois fazer um MBA com ênfase em administração. Eu desconfiava que ele só queria fazer isso para passar mais tempo curtindo a vida longe de responsabilidades, só ficava pensando quando ele iria amadurecer.

– O mesmo problema? - Ele assentiu.

– Meu pai tinha que ver que se eu fizer engenharia eu vou ser ainda mais útil para a empresa, mas ele só pensa nele. - Bufou exasperado.

– Que absurdo Edward. Seu pai faz tudo por você.

– É o que parece, mas você não sabe como é ser o primogênito, toda a responsabilidade esta nas minhas costas. - Ele suspirou e me olhou, parecia em uma guerra interna se me dizia algo ou não. - E se eu falhar? - Perguntou em um sussurro. Me espantei com o que ele disse, em toda a minha vida nunca tinha visto Edward se sentir ou se mostrar vulnerável. Ele sempre pareceu ser tão seguro e ter uma confiança invejável em si mesmo. Era estranho ver esse seu lado, mais ainda era o fato dele dizer isso para mim. Segurei seu rosto.

– Você não vai falhar Edward. É a pessoa mais capaz que eu conheço. - Confessei, ele me olhou ainda parecendo inseguro.

– Tenho medo de não conseguir atingir as expectativas que todos tem de mim. - Eu estava ficando cada vez mais encantada com esse lado dele. Ele não era mais aquele homem inatingível, parecia tão humano.

– Seus pais te amam e eu tenho certeza que eles só querem o seu bem. Por que não tenta explicar melhor ao seu pai as razões pelas quais você quer fazer esses dois cursos e o quanto isso é importante para você. - Ele sorriu, levantou sua mão e acariciou meu rosto.

– Acho que você tem razão. - Ele colocou sua mão na minha nuca e puxou minha cabeça para baixo até que nossos lábios se encontrassem. O beijo foi delicado e calmo, bem diferente dos beijos cheios de desejo que sempre trocávamos. Eu estava me afundando cada vez mais na minha própria armadilha e isso não parecia melhorar.

Estávamos juntos na minha cama depois que Edward invadiu meu quarto e transamos até cansar, nessas horas agradecia o fato de Esme respeitar minha privacidade e nunca entrar no meu quarto antes de bater. Deitamos de lado e ele me abraçou por trás, o sexo era incrível, mas nada se comparava a ficar presa nos seus braços.

– Onde você imagina que vai estar daqui dez anos? - Perguntei distraidamente enquanto acariciava sua mão.

– Sinceramente? - Me virei e assenti, ele sorriu levemente. - Não vai rir? - Perguntou, cruzei meus dedos sobre a boca.

– Juro que não. - Prometi.

– Eu gostaria de morar em um lugar bem sossegado, com uma bela casa no estilo meio rústico rodeada por árvores e um belo gramado. - Ele se deitou na cama, eu me apoiei no meu braço e o escutei atenta. - Chegar do trabalho e ver meu filho brincando com o cachorro enquanto minha esposa os observa, assim que me visse ela viria correndo na minha direção pulando no meu colo. - Eu não acreditava no que estava ouvindo. Ele só podia estar brincando.

– Ah Edward eu estava falando sério. - Reclamei, ele riu.

– Hei o que a faz pensar que isso não é sério? - Arquei minha sobrancelha e o encarei.

– Você, casado com um filho? Por favor né! - Ele acariciou meu rosto.

– As pessoas podem mudar Isabella. - O modo como ele me olhou e disse aquilo me congelou. Isso poderia ser verdade? Edward seria capaz de mudar?

– Eu não acredito nisso, acho que não podemos mudar quem somos. - Mas quem era o verdadeiro Edward? Esse que estava comigo ou o estúpido e mesquinho que eu sempre conheci? Ele respondeu isso quando começou a gargalhar.

– É, pelo jeito você me conhece mesmo. - Disse ainda rindo.

– Eu sabia, você não me engana.

– Respondendo seriamente sua pergunta, tudo o que eu quero é estar na minha cobertura, com uma ou duas gostosas. - Balancei a cabeça, esse sim era Edward Cullen, fútil e vazio.

– Agora sim faz sentido. - Falei me deitando no seu peito, ele acariciou minhas costas.

– E você? - Suspirei.

– Eu fico com sua primeira opção. - Casada com Edward e observando nosso filho era sem dúvida uma ótima visão. Eu adoraria que ele tivesse falado sério quando disse isso. - Com uma casa desenhada por mim. - Completei. Edward sabia da minha vontade de fazer faculdade de arquitetura.

– Você desenha e eu construo. O que acha? - Levantei minha cabeça e o encarei.

– Perfeito. - Disse o beijando. Naquela noite tudo foi diferente, o toque, os beijos, parecia que o que eu sentia por Edward tinha se multiplicado e depois quadruplicado. Eu estava completamente perdida, não fazia ideia do que estava acontecendo e o que fazer. Eu deveria me vingar e não me envolver com ele, mas Edward tinha um poder sobre mim que eu não conseguia lutar contra, ou melhor, eu não queria.

Notas finais do capítulo Pobre Bella esta caindo de novo nas garras do Edward. Qual será a dele? Bjs e até sábado ;)

(Cap. 7) Capítulo 6 - Lobo em pele de cordeiro

Notas do capítulo Neste capítulo veremos a verdadeira face de Edward e a Bella colocando um ponto final nisso definitivamente Espero que gostem ;) Bella POV

Hoje estava sendo um dia excepcionalmente bom. Edward tinha até me dado carona de ida e volta para a escola, suas atitudes me surpreendiam cada dia mais, estávamos nos dando tão bem, na escola não nos falávamos, mas eu percebia ele me olhando ou simplesmente me procurando, talvez fosse coisa da minha cabeça, quando estávamos em casa passávamos o dia juntos, até Esme tinha percebido e disse estar feliz por estarmos nos dando melhor. Mal ela

sabia o por que disso tudo. Nosso jantar transcorria normalmente, exceto por alguns olhares de Edward que já estavam me deixando sem graça.

– Vou subir para fazer minha lição depois ir dormir. - Anunciei indo beijar Esme e Carlisle. - Boa noite.

– Boa noite filha. - Me desejaram.

– Boa noite Isabella. - Edward falou sorrindo maliciosamente, me despedi deles e subi, quando estava chegando no segundo andar Edward me agarrou por trás quase me fazendo gritar.

– Seu louco. - Ralhei ainda em seus braços, ele me encostou na parede.

– Só queria lhe dar um boa noite apropriado. - Declarou sorrindo, balancei a cabeça sem conseguir esconder meu próprio sorriso. Então antes que me desse conta, Edward me beijou, me afastei assustada olhando para os lados.

– Maluco. - Declarei séria.

– Você vai para o meu quarto mais tarde não é?

– Não sei. - Resolvi me fazer de difícil.

– Não sabe? - Questionou.

– O que tem de tão interessante lá? - Provoquei.

– Bom, tem uma cama macia, um travesseiro cheiroso e o mais importante. - O olhei esperando o que ele diria. - Eu. - Acabei rindo.

– Convencido.

– Isso é um sim? - Perguntou ansioso.

– E tem como dizer não. - Ele se aproximou sorrindo e me beijou.

– Definitivamente não.

– Agora eu tenho que ir, preciso terminar meu dever.

– Quer ajuda? - Ofereceu.

– Edward se você for comigo a última coisa que iremos fazer são minhas tarefas.

– Eu gosto mais dessas outras coisas. - Murmurou nos meus lábios.

– Mais tarde. - Ele suspirou e se afastou.

– Tenho outra saída? - Perguntou fazendo um bico.

– Não. - Lhe dei um selinho e segui para o meu quarto, antes de fechar a porta o olhei mais uma vez.

– Se não vier vou atras de você. - Ameaçou.

– Não será preciso. Até daqui a pouco. - Sussurrei, ele sorriu e entrou no seu quarto, fiz o mesmo. Tentava a todo o custo ter alguma ideia para me vingar efetivamente de Edward, mas nada vinha a minha mente. Aparentemente eu tinha conseguido ganhar sua confiança, mas as coisas não estavam nada boas para mim. Eu me via cada vez mais envolvida por ele e por mais

que eu ainda pensasse em me vingar eu simplesmente não conseguia levar adiante nenhum dos meus planos. Eu sabia que não podia me deixar levar e que tinha que colocar alguma coisa em prática. Tentei me focar novamente em alguma coisa rabiscando idéias incoerentes em um bloco de papel, só que nada parecia bom o suficiente, a verdade era que o desejo de vingança tinha ido embora e tudo o que eu queria era correr para os seus braços. Eu fui tão estúpida em pensar que eu conseguiria levar isso adiante, eu não era assim e com essa coisa toda estava me transformando em alguém desprezível. Fui muito burra em achar que conseguiria me rebaixar a esse nível. Como eu podia fazer qualquer coisa contra ele se eu o amava? Apesar de tudo o que ele me fez ainda o amava e esse amor só aumentava conforme passamos a ficar mais tempo juntos. Não, eu não ia mais prosseguir com essa idéia estúpida, a vingança não iria me trazer nada de bom, só mais rancor e isso só faria mal a mim mesma. Sorri ao perceber que finalmente isso tinha acabado, não ia ficar remoendo mais nada e sim viver, aproveitar o máximo que podia. Com essa resolução corri para o banheiro e me arrumei, depois de pronta segui para o quarto de Edward. Fui toda feliz imaginando a noite que teria, eu sabia que talvez isso nunca evoluísse para algo mais sério, tinha certeza Edward nunca seria o tipo de homem de apenas uma mulher, só que lá no fundo eu ainda tinha esperança que um dia isso acontecesse e ele se apaixonasse por mim, pois absolutamente nada me importava a não ser ficar com ele. Entrei no seu quarto e o encontrei vestindo a mesma roupa só que agora usava uma jaqueta de couro, estava sentado na cama com o semblante sério. Achei estranho, ele estava tão feliz quando nos despedimos no corredor.

– Que bom que você veio. Nós precisamos conversar. - Não gostei nenhum pouco do seu tom de voz.

– Ok. - Foi só o que eu consegui responder vendo a expressão em seu rosto.

– Vou ser direto Isabella. Isso aqui. - Apontou nós dois. - Acabou. - Eu fiquei estática.

– O que? Por que? - Me senti tonta com a informação e sentei na cama. Eu sabia que não duraria para sempre, mas estávamos tão bem.

– Porque eu cansei, por isso. - Deu de ombros. Cansou? Como? Se há poucos minutos estávamos brincando e rindo? Esta vendo sua imbecil? É isso que você significa para ele. Algo descartável.

– Isso não faz sentido. - Argumentei. - Nós estávamos bem há um segundo. - O que poderia ter acontecido para ele mudar dessa forma?

– Há um segundo eu não tinha recebido uma ligação da nova aluna gata. - Ele estava me trocando?

– Mas eu achei ... - Antes que continuasse ele me interrompeu.

– Achou o que? Que eu ia me apaixonar por você? Que seriamos namorados? Não seja ridícula. Olha para você. Não tem nada que possa prender um homem como eu. Aproveitei bem o que tinha, mas agora enjoei. Quero carne nova. - Fiquei parada ali sem saber o que responder, completamente em choque. Eu estava certa em desconfiar, tudo o que ele queria era me usar para depois jogar fora como estava fazendo agora, na hora me lembrei das palavras da minha mãe "não deixe se levar por palavras bonitas e um jeito encantador, isso vai acabar quando ele enjoar de você e te abandonar".

– Você não presta Edward. - Foi só o que consegui responder. Eu sabia que estava me iludindo, mas mesmo assim preferi acreditar que ele podia sentir algo por mim. Ah Bella sua tapada. - E em pensar que eu achei que você fosse diferente. Como eu fui burra. - Me acusei.

– Sem drama por favor. - Desdenhou, levantei.

– Eu tenho pena de você. - Disparei, ele me olhou de cima até embaixo.

– Não Isabella, sou eu que tenho pena de você, alias é só isso que as pessoas sentem por você. Pena. Ninguém suporta ficar ao seu lado, não é a toa que seu pai te vendeu e sua mãe se matou. - Não pensei em mais nada quando ouvi ele falando aquilo e lhe dei o tapa mais forte que pude.

– É isso que você faz com as pessoas que gostam de você Edward? As machuca? As humilha? Perguntei gritando. Esta vendo Isabella. Esse é o verdadeiro Edward Cullen. - Seu destino é ficar sozinho, tem sorte dos seus pais te amarem, pois você é uma pessoa podre.

– Saia daqui! - Exclamou nervoso se levantando e me levando pelos braços.

– É duro ouvir a verdade não é Edward? - Eu lutava com ele, queria dizer tudo o que pensava. Tirando o dinheiro e a beleza o que você tem para oferecer para alguém? Nada! Quer saber? Você esta me fazendo um favor, pois eu só estava na sua cama para acabar com você, para te humilhar, mas você não merece nem isso. Vou fazer o que eu devia ter feito desde o inicio...

– E o que é? - Interrompeu me segurando firmemente pelo braço. - Ficar chorando no seu quarto? Você realmente achou que eu era tão imbecil a ponto de cair nessa sua armadilha ridícula? Eu sempre soube o que você queria, mas resolvi aproveitar e me divertir. Respondeu com um sorriso irônico.

– Eu nunca mais vou olhar para sua cara. - Falei puxando meu braço com força.

– Vai me fazer um grande favor se conseguir isso. - Respondeu rudemente.

– Pode esperar Edward, o que é seu vai chegar e você vai pagar por tudo o que me fez.

– Oh! Estou morrendo de medo. - Retrucou cruzando os braços no peito e fazendo uma cara de pouco caso. - Vai tentar mais alguma vingança idiota? - Desafiou.

– Eu não preciso me vingar, tenho certeza que você mesmo se encarregará de acabar com sua própria vida. - Ele me olhou sério, pegou meu braço novamente e me jogou para fora do seu quarto, trancando a porta em seguida. Eu fiquei lá parada tentando entender tudo o que tinha acontecido, fui para o meu quarto e me deitei, eu não conseguia chorar, não tinha mais lágrimas para Edward Cullen. Eu realmente fui muito ingênua em pensar que ele pudesse sentir algo por mim, depois de tudo o que ele me fez eu fui burra o bastante para cair nas garras dele de novo. O pior que dessa vez eu nem podia culpa-lo, pois eu que fui atras dele, mesmo assim suas palavras me machucaram, mais até do que a humilhação que sofri diante de toda a escola. Respirei fundo tentando administrar tudo o que tinha acabado de acontecer.

Eu devia ter ignorado ele desde o inicio, esse plano de vingança só piorou as coisas e me fez sentir pior que antes. Suspirei tristemente. Talvez tenha sido melhor assim, pelo menos colocou definitivamente um ponto final em tudo, eu sabia que não prestava, ele só comprovou isso de uma vez por todas. Ouvi o barulho de algumas portas batendo e fui até minha janela, vi Edward saindo com seu carro, com certeza já tinha marcado um encontro com a tal garota. O que realmente acabava comigo era que apesar de tudo o que me disse e fez, eu não conseguia sequer sentir raiva dele, eu odiava esse sentimento que eu nutria, parecia imune a qualquer

coisa que ele me fizesse. Eu odiava ama-lo tanto assim. Como eu podia amar alguém que me machucava tanto? Que laço era esse que me ligava de modo tão forte a ele? Eu tinha que esquece-lo de um jeito ou de outro, tinha que arrancar Edward do meu corpo, da minha mente e do meu coração.

Notas finais do capítulo O Edward conseguiu de novo hein. Acho que não é só a Bella que esta com vontade de dar um belo tapa na cara dele :-/ Será mesmo que ele é tão imune a Bella assim? Agora veremos o que a vida reserva para esses dois. Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 8) Capítulo 7 - Universidade

Notas do capítulo AMEI os reviews, estou muito feliz em saber que estão gostando *-* Me animei tanto que terminei o capítulo antes lol Bom, agora chegou a hora do Edward dizer adeus e da Bella dar uma virada na sua vida. Teremos uma surpresa com o POV de Edward neste capítulo, algo que muitas já suspeitavam, depois deste capítulo a história irá se focar na Bella, vai demorar alguns capítulos ainda para o Edward começar a sofrer, contudo um dos motivos do sofrimento dele já vai aparecer no próximo ^^ Espero que gostem ;) Bella POV

Depois que "terminamos" Edward e eu nunca mais trocamos uma só palavra, Esme estranhou e chegou a questionar o que tinha acontecido conosco e se Edward havia feito alguma coisa, eu neguei e disse que não tínhamos o que conversar e que éramos muito diferentes para

continuarmos amigos, ela não pareceu acreditar, mas aceitou o que eu disse. Edward estava todo empolgado com a noticia de que tinha passado em Oxford e em Cambridge, ele e Carlisle tinham se acertado e o pai aceitou que ele fizesse as faculdades que queria. Por mais que eu quisesse negar, as vezes eu me pegava observando ele na escola, andava tão feliz e animado. Pelo jeito o fim do nosso caso não o afetou nem um pouco, vivia rodeado de garotas e eu morria de ciúmes quando via ele se agarrando com alguma vadia na escola, ficava imaginando quem podia ser a tal garota pela qual ele me trocou. Mas o que eu achava? Que ele ia se apaixonar por mim e ficaríamos juntos? Edward tinha razão eu era ridícula, pois mesmo depois de tudo o que me fez eu ainda me via impossibilitada de odia-lo.

Enquanto eu ia para o terceiro ano Edward se preparava para mudar para a Inglaterra, tudo o que eu mais queria era dizer que estava feliz por finalmente me livrar dele, mas não, sentia como se parte de mim estivesse indo embora, eu só esperava que com essa distância pudesse finalmente esquecer ele para sempre, mesmo que no momento isso parecesse impossível.

Não demorou e chegou o dia dele se mudar, o vi se despedindo da mãe e do pai, Edward falou que preferia que se despedissem em casa, eu observava tudo da escada.

– Se cuida filho e por favor não vá fazer nenhuma besteira. - Esme o advertiu, Edward sorriu e a beijou.

– Pode deixar mãe, vou me cuidar e me comportar. - Ela o abraçou apertado, depois Edward se afastou e encarou o pai.

– Tenho muito orgulho de você garoto, vá e curta seu tempo na faculdade, só não vai exagerar viu? - Carlisle advertiu o abraçando em seguida.

– Obrigado por me dar essa chance pai, não vou te decepcionar.

– Eu sei que não. - Edward pegou sua bolsa e se dirigiu até a porta, antes se virou e me viu parada na escada.

– Adeus Isabella. - Se despediu seco.

– Filha vem dar um abraço no Edward. - Esme falou me chamando, antes que dissesse algo ele se pronunciou.

– Estou atrasado mãe. - Respondeu saindo em seguida, subi correndo as escadas correndo e cheguei no meu quarto à tempo de ver ele entrando no carro, talvez fosse coisa da minha cabeça, mas podia jurar que ele tinha olhado na minha janela antes de entrar no carro e ir embora. Coloquei minha mão na vidraça.

– Adeus Edward. - Murmurei com a voz embargada. Não aguentei mais o aperto na minha garganta e comecei a chorar, deitei na minha cama e despejei as lágrimas que estavam guardadas desde o dia que terminamos. Senti meu colchão afundar e uma mão delicada acariciar minha cabeça.

– Eu também vou sentir falta dele meu bem. - Ouvi a voz delicada de Esme dizer, me virei e a abracei sem parar de chorar, percebi que ela também chorava, ambas estávamos consolando a outra pela ausência que Edward faria.

Já ia fazer dois meses que ele tinha se mudado, era raro ligar, quem sempre ligava era Esme, apostava que estava se esbaldando em um monte de festas cheias de mulheres. Tentava não pensar nele, mas as vezes parecia impossível. Contudo não poderia ficar sofrendo por alguém que nem se importava comigo, tinha que me focar na minha vida, por isso entrei de cabeça nos meus planos para a faculdade. Me inscrevi em diversas universidades, estava muito animada com isso, passava quase todo o meu tempo livre estudando, na escola nem me importava mais com os comentários ao meu respeito, colocava meu fone e me focava nos estudos e como eu esperava, valeu a pena, quando estava terminando o colégio comecei a receber as cartas das faculdades, Esme estava comigo quando recebi a primeira e a que eu mais esperava, de Yale, era um envelope grande e grosso e eu sabia que isso era um bom sinal.

– Abra meu bem. - Esme pediu. Abri sorrindo e retirando a carta que estava dentro, a li em seguida.

– É com grande honra que oferecemos a Senhorita Isabella Marie Swan Cullen uma bolsa integral em nossa universidade. – Comecei a pular de alegria. - Consegui Esme!! - Gritei a abraçando, ela retribui me beijando.

– Eu sabia que iria conseguir meu bem. - Me parabenizou.

– Nem posso acreditar. - Falei tremendo enquanto segurava o papel na minha mão.

– Posso saber a razão dessa alegria toda? - Perguntou Carlisle entrando na sala.

– Bella passou em Yale amor. - Esme lhe contou sorrindo, ele me olhou admirado.

– Isso é incrível. Parabéns filha!! - Me cumprimentou, eu o abracei.

– Estou tão feliz. - Olhei para Esme e ela parecia triste. - Eu achei que tinha gostado da noticia? - A questionei.

– Claro que gostei meu bem, é só que irei sentir sua falta.

– Foi bom você tocar nesse assunto. - Eles me olharam confusos.

– Por que? - Carlisle me perguntou, estava sem jeito de pedir isso a eles.

– Eu sei que isso não é o normal e eu não quero atrapalhar, mas eu queria continuar aqui com vocês. - Esme me olhou espantada.

– Filha se você estiver fazendo isso por nossa causa. - Carlisle começou a dizer.

– Não. - O interrompi. - É por mim mesmo. Quero poder ficar mais um tempo com vocês. Confessei, eu não queria ir para um alojamento e ficar com um monte de gente estranha, sabia que depois de me formar teria a minha vida e raramente veria os dois, por isso queria aproveitar o máximo que podia. - Se não se importarem é claro. - Completei sem graça.

– É claro que queremos Bella, Ah meu amor, não sabe como me sinto feliz em saber que continuara aqui conosco por mais tempo. - Esme declarou me abraçando.

– Vou adorar, principalmente se puder me mostrar seus truques de decoração. - Esme era uma eximia decoradora e eu como uma futura arquiteta achava isso muito útil.

– Com certeza meu bem, quando se formar seremos uma dupla imbatível.

– Hei. E eu? - Carlisle perguntou se fazendo de ofendido. Eu e Esme o abraçamos ao mesmo tempo.

– Seremos um trio imbatível amor. Bella desenha, eu decoro e você constrói. - Foi então que me lembrei do que Edward me disse certa noite "Você desenha e eu construo" Meu peito se apertou diante da lembrança. - Tudo bem Bella? - Esme perguntou percebendo que eu estava aérea.

– Tudo ótimo. - Respondi sorrindo. - Eu amei a ideia do trio. - Falei mudando de assunto.

– Iremos arrasar! - Carlisle exclamou animado, fazendo com que caíssemos na gargalhada, me fazendo esquecer qualquer coisa que não fosse meu presente.

Eu fiquei exultante quando terminei o colégio, odiei cada momento que passei ali, só esperava que na faculdade fosse diferente. Esme e Carlisle me deram um carro como presente de formatura, antes que me negasse a aceitar eles me disseram que era um presente e que presente não se recusa, ainda mais de pai e mãe, eu não pude ir contra o raciocino deles. O que mais amei é que não era um carro chamativo e nem caro, era praticamente minha versão em quatro rodas. Esme disse que conhecia meu gosto e sabia como me agradar e ela tinha razão, eu me apaixonei pelo meu New Beattle azul escuro, e foi com ele que enfrentei minha primeira semana na faculdade, felizmente era o oposto do colégio, ainda não tinha feito nenhuma amizade, mas me dava muito melhor com as pessoas ali do que na escola. Ficava o dia na faculdade e a noite acompanhava Esme em seus projetos de decoração, eu aprendia muito com ela, decidi até a fazer uma extensão universitária na área de decoração e edificação para complementar meu currículo.

Caminhava pelo campus sem saber para onde ir. Perfeito! Tinha me perdido novamente, isso já tinha virado rotina, precisava decorar aquele raio de mapa, estava tentando me localizar quando tombei com alguém.

– Nossa me desculpa. - Pedi ajudando a garota a pegar os papéis que haviam caído de seu caderno, eram lindos modelos de roupas.

– Tudo bem, não se preocupe. - Respondeu sorrindo. A tal garota era uma graça, pequena e com o cabelo curto bem arrepiado. - Meu nome é Mary Alice e o seu? - Ajeitei as coisas no meu colo e estendi minha mão.

– Isabella, mas eu prefiro só Bella.

– Prazer Bella, pode me chamar de Alice. - Disse me cumprimentando. - Que curso você faz?

– Arquitetura e você?

– Moda. - Sorri lhe entregando algumas folhas de seu caderno que ainda estavam comigo.

– São lindos, você desenha muito bem.

– Obrigada. Mas o que esta fazendo no prédio de moda? - Perguntou confusa.

– Me perdi. - Respondi sem graça, ela riu.

– Ih relaxa isso é normal, vem eu te ajudo. - Ela passou o braço no meu e fomos juntas procurar meu prédio, enquanto isso conversávamos sobre tudo, Alice me contou que estava no segundo ano e que namorava um rapaz chamado Jasper, que estudava filosofia e história, eu contei que era adotada e falei o básico sobre minha vida sem entrar em muitos detalhes, ela disse que eu tinha que conhecer seus amigos, Rosalie que era irmã de Jasper e estudava economia e Emmett que era seu namorado e fazia engenharia mecânica, Alice disse que eu ia me adaptar super bem ao grupo e que tinha percebido assim que me conheceu que iríamos nos tornar grandes amigas. A cada momento que passava com ela eu também tinha essa sensação.

Edward POV

Festas, mulheres, diversão. Não era isso o que esperavam de mim? Que eu fosse fútil e egoísta? Então esta seria minha vida. Eu estava aproveitando e muito meu tempo longe dos meus pais, das cobranças e de tudo o que eu deixei. O curso estava bem tranquilo, fazia o número máximo de matérias e claro ia bem em todas, por isso ao invés de ficar me matando de estudar nas horas vagas igual as pessoas menos favorecidas intelectualmente eu curtia tudo o que podia. Tive uma noite bem divertida quando conheci três delicias em uma balada. Contudo não importava com quantas eu dormisse, eram sempre aqueles lindos olhos verdes que eu via. Maldita hora que eu fui me envolver com Isabella, eu sempre soube que ela não prestava, entretanto me deixei levar por seu jeito doce e corpo sexy. Só de pensar que eu disse coisas à ela que nunca falei para mais ninguém, ficava ainda mais possesso. Eu bem que imaginei que ela só tinha se aproximado de mim com o intuito de se vingar, mas só tive essa certeza quando vi seus planos para me humilhar rabiscados nas folhas que estavam espalhadas em sua cama, eu fui muito idiota a subestimando e pensando que ela me amava a ponto de esquecer o que eu fiz. Porém ela nunca me amou, só estava tentando achar uma forma de me humilhar assim como eu fiz com ela e talvez sem saber ela de alguma forma conseguiu. Eu havia me apaixonado perdidamente por Isabella e agora estava pagando por isso. Tudo o que eu queria era esquecer o que passamos juntos e principalmente ela. Falsa, dissimulada, manipuladora. Eu a odiava e odiava ainda mais o fato de sentir tanto a sua falta, mas isso passava, como qualquer mulher na minha vida Isabella seria só um borrão e nada mais do que isso.

Minha ideia de fazer faculdade em outro país foi a melhor que eu tive, com isso pude me afastar completamente, raramente ligava para casa, quem sempre me procurava era minha mãe sempre exigindo saber o que eu andava fazendo e perguntando por que não ligava, eu inventava qualquer coisa. Ela me contou que estavam todos bem e que Isabella estava morando com eles e fazendo faculdade em Yale, eu não pude deixar de achar graça, essa garota era muito dissimulada mesmo, imagina, o momento que todo o jovem espera para se ver livre dos pais e o que ela faz? Fica em casa, aposto que fazia isso para ganhar pontos com meus pais e manipula-los e os dois caiam igual patinhos, tinham até dado um carro para ela, bom, chamar um New Beattle de carro é até maldade com um automóvel de verdade, para mim pouco importava o que meus pais faziam ou deixavam de fazer por ela, só queria estar presente quando descobrissem a cobra que tinham criado e sua máscara finalmente caísse.

Notas finais do capítulo Pois é, o Edward realmente se apaixonou, mas como o belo cafajeste que é preferiu criar sua própria teoria e fazer a Bella se transformar na vilã :s No próximo como falei vão se passar alguns anos e aparecer alguém que irá fazer a Bella muito feliz e será páreo duro para o Edward.

Confesso que cansei do triângulo Bella, Edward e Jacob, por isso ao invés do Jacob irei usar o James, e nesta historia ele não será o vilão, na verdade ele será tudo o que a Bella queria que o Edward fosse, amoroso, carinhoso, divertido e a amasse de verdade. Mais um detalhe: ele não irá se parecer com o James descrito nos livros e filmes, decidi criar minha própria versão :) No próximo irei postar a foto dele e vocês poderão ver se ele esta a altura ou não do Edward. Provavelmente irei postar no face durante a semana, então fiquem atentas :p Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 9) Capítulo 8 - James

Notas do capítulo Prontas para conhecerem o James? Eu particularmente babei nesse cara, acho ele lindo demais =} Tentei fazer esse capítulo bem leve e divertido. Espero que gostem ;) Bella POV

Já estava indo para o terceiro ano na faculdade e adorava cada dia mais o meu curso, decidi me mudar da casa dos Cullen quando estava indo para o segundo e consegui um estagio em um escritório de arquitetura, achei que estava pronta para sair de casa e viver minha vida. Eu e as meninas decidimos dividir um apartamento, nas horas vagas saia com meus amigos ou nos reuníamos na casa dos Cullens, Esme e Carlisle gostavam e muito deles e adoravam quando íamos lá, então geralmente passávamos nosso fim de semana na piscina e depois íamos para alguma balada, Alice tinha razão, formávamos um ótimo grupo, o único problema era que as vezes eu me sentia um pouco deslocada por estar cercada por dois casais. Eu até cheguei a ficar com alguns garotos com quem sai, só que isso nunca evoluía para um encontro, principalmente por minha causa.

– Eu tenho alguém perfeito para você conhecer. - Alice disse toda animada enquanto caminhávamos pelo campus da faculdade.

– Alice eu não quero conhecer ninguém. - Choraminguei. Eu tentava, mas ninguém parecia interessante o suficiente para que eu quisesse algo a mais.

– Deixa de ser chata, tenho certeza que vai adorar esse cara. - Paramos debaixo de uma árvore e nos sentamos.

– E eu tenho certeza que não. - Fui incisiva.

– Sabe o que eu acho? - Perguntou me olhando seriamente. Suspirei sem paciência.

– Não. O que?

– Que tudo isso é culpa do Edward. - A olhei chocada, Alice sabia de toda minha história com Edward e mesmo sem o conhecer o odiava.

– O QUE? - Esbravejei. - Claro que não. - Me defendi.

– Você ainda o ama Bella e inconscientemente ou não ainda acha que quando ele voltar vocês vão ficar juntos. - No mesmo instante me levantei indignada. Que papo era esse?

– Isso é ridículo, eu nunca terei mais nada com Edward, nem que ele implorasse. - Falei irritada.

– Então prova. - Me desafiou se levantando também.

– Não tenho nada que provar. Será que uma pessoa não pode querer ficar sozinha? Questionei.

– Bella eu não acho que tenha problema em querer ficar sozinha, mas eu vejo o jeito que você olha para mim e o Jazz e para a Rose e o Emm. Você mesma me confessou que adoraria ter uma relação assim. - Nem pude revidar, ela tinha razão, apesar de tudo o que minha mãe me aconselhou eu queria ter aquela cumplicidade, amor e carinho com alguém e mesmo depois do que ocorreu com Edward eu ainda acreditava que podia ter isso.

– Eu não tenho culpa se não encontro ninguém que me agrade. - Tentei me defender.

– Porque fica pensando no Edward. - Respondeu diretamente. Suspirei derrotada.

– Alice para de dizer que é por causa do Edward. Não é. - Retruquei chateada, era nisso que eu queria acreditar também. - Para mim ele é passado só isso. - Ponderei desejando que isso encerrasse o assunto. Não gostava e nem queria pensar em Edward.

– Tá bom, desculpa. Não falo mais nisso. Juro. - Prometeu cruzando os dedos sobre a boca.

– Você é uma chata. - Expressei emburrada, ela riu e me abraçou.

– Quero te ver feliz amiga, só isso.

– É o que eu quero também, mas vamos deixar as coisas acontecerem. Ok? - Respirou fundo e assentiu.

– Ok, agora vamos sentar aqui e terminar o planejamento dessa festa. - Sentamos e voltamos a pensar como seria a festa surpresa que faríamos para o Jasper. Logo em seguida apareceram Emmett e Rosalie e dividimos as tarefas, enquanto Rose, Alice e eu arrumávamos o apartamento dos rapazes, Emm ia distrair o Jazz até a hora da festa, tudo combinado nos separamos para por o planejamento em pratica.

– O que você acha? - Rosalie perguntou quando terminou de arrumar os balões. Já estávamos aprontando tudo para festa.

– Ficou ótimo. - Elogiei. - Gostei das cores que Alice escolheu. - Comentei enquanto ajeitava a mesa, tínhamos comprado vários salgadinhos e bebidas.

– Verdade. - Concordou sorrindo. - Falando nela, onde aquela baixinha se meteu?

– Foi se arrumar para o amado. - Respondi sorrindo.

– Isso é muito injusto. - Rose reclamou colocando as mãos na cintura. - Ela pode ficar linda e eu tenho que ficar toda desarrumada? - Olhei para ela.

– Do que esta falando? Você esta linda Rosalie.

– Certeza? - Perguntou balançando os longos cabelos loiros, Rosalie usava uma calça de couro justa no corpo e uma blusinha de frente única vermelha, estava linda, me lembro que no começo achei ela um pouco metida, contudo com o tempo vi que era só uma primeira impressão, Rose era muito simpática e até carinhosa com os amigos e principalmente com o Emm.

– Absoluta. - Falei confirmando. - E eu? - Perguntei meio tímida, vestia um vestido azul sem mangas rendado no pescoço e na barra que ficava um pouco acima do joelho.

– Esta linda, estou achando que alguém vai deixar de ser solteira hoje. - Cantarolou com um sorriso no rosto.

– Quem sabe? Se tiver alguém interessante estou dentro. - Disse animada, o difícil era aparecer alguém assim.

– Isso aê menina! - Exclamou entusiasmada. Rimos.

– E o Emm, sabe onde ele esta com o Jazz?

– Rodando com ele por alguma joalheira, Emm disse que precisava da ajuda dele para me dar um presente.

– Aposto que isso não é mentira. - A olhei desconfiada.

– Não mesmo. - Confirmou. - Aproveitei e já pedi meu presente de aniversário, o Jazz é muito melhor nisso que o Emm. - Falou torcendo os lábios. Me lembrei de quando o Emmett deu um controle de vídeo game para Rose de presente, dizendo que assim eles podiam jogar juntos. Enquanto Rosalie contava até dez todos nós morríamos de rir, pior foi o Emmett que ficou completamente perdido perguntando por que estávamos rindo. Ele era muito sem noção. Esta se lembrando do meu último aniversário não é? - Assenti rindo. - Nem me lembre, pelo menos agora o Emmett não é nem louco de fazer o mesmo de novo.

– Também acho. - Ouvimos a porta abrir e Alice aparecer toda pomposa em um vestido cor ameixa, sorrindo com uma maquiagem bem leve.

– Como estou? - Perguntou girando em um salto da mesma cor do vestido.

– Linda amiga. - A elogiei. - Amei o vestido.

– Maravilhoso Alice. - Rose disse concordando.

– Mesmo? - Assentimos.

– Foi você que desenhou? - Perguntei curiosa.

– Foi. - Respondeu sem esconder o sorriso.

– Alice você pode desenhar um para mim. - Rosalie lhe pediu, ou melhor exigiu. Alice só sorriu.

– Pode deixar. - Ela parou de falar e olhou o apartamento. - Gente o apê tá lindo. - Elogiou.

– Caprichamos para o seu amor. - Respondi sorrindo.

– Ficou perfeito, agora só falta esperar o povo chegar.

– Enquanto eles não chegam, vamos comemorar só entre nós. - Rose disse colocando vinho em três copos, os pegamos e fizemos um brinde.

– À nós, as mulheres que os homens não vivem sem. - Alice falou rindo.

– E as melhores amigas que alguém poderia ter. - Completei e brindamos. Não demorou e logo o apartamento estava lotado, Rose avisou para o Emmett trazer o Jasper, assim que ele passou pela porta gritamos "surpresa!". Ele ficou pasmo, Alice pulou no seu pescoço e o encheu de beijos, Jasper finalmente despertou e a apertou em seus braços a beijando em seguida. Foi uma cena tão linda que todos fizeram festa e aplaudiram. Alice tinha toda a razão quando disse que era isso que eu queria. Respirei fundo e balancei a cabeça tentando afastar tais pensamentos. Durante a festa vieram diversos carinhas sem noção me perturbar, mas hoje estava sem paciência para paquerar ou ficar com qualquer idiota. Observava sem ânimo a festa em um canto quando Alice apareceu puxando um cara, eu bem sabia o que ela estava planejando, se pudesse me esconder em um buraco eu o faria.

James POV

Estava entediado em casa quando meu amigo disse que tinha uma festa legal para ir, na mesma hora aceitei o convite. Chegamos e o ambiente parecia bem animado, ele me contou que era aniversário de um tal de Jasper, logo encontramos o tal rapaz e o cumprimentamos. Estava distraído vendo o pessoal se divertindo quando eu a vi, era sem duvida a mulher mais linda daquele lugar.

– Hei. - Chamei meu amigo. - Você conhece? - Perguntei apontando a linda morena no canto.

– Só de vista, é amiga da namorada do Jasper se não me engano.

– Você tem que me apresentar ela. - Exigi na hora.

– Mas eu nem a conheço. - Se explicou. - Já sei. Alice! - Chamou uma garota que estava ao lado de Jasper, ela veio em nossa direção.

– Oi. - Nos cumprimentou. - Algum problema? - Perguntou.

– Esse é meu amigo James e ele se encantou pela sua amiga ali. - Disse indicando novamente a bela morena. Alice me analisou e sorriu.

– É Isabella. - Seu nome fazia jus a pessoa.

– Acha que poderia me apresentar? - Perguntei receoso.

– Claro que sim. Vem! - Falou e no mesmo instante me puxou pela mão, conforme me aproximava percebi que Isabella nos observava e parecia um pouco envergonhada, eu me sentia um adolescente, estava absolutamente encantado pela bela mulher de olhos verdes.

Bella POV

– Bella quero que te apresentar alguém. - Alice falou toda sorridente quando se aproximou de mim, eu lancei um olhar raivoso para ela e um sorriso tímido para o tal cara, ele era realmente lindo, tinha os cabelos negros, olhos acinzentados e um sorriso deslumbrante. - James esta é a Bella, Bella este é o James. - Ele estendeu a mão e nos cumprimentamos.

– Prazer James.

– Muito prazer Bella. - Respondeu com a voz levemente rouca.

– Bom se me dão licença, o Jazz esta me chamando. Divirtam-se. - Eu juro que quase pulei no pescoço da Alice quando ela me largou ali.

– Alice não tem jeito. - Reclamei o olhando. - Desculpa por isso. - Ele sorriu desconcertado.

– Na verdade sou eu que devo me desculpar. - O encarei confusa.

– Por que?

– Fui eu que pedi que me apresentasse. - Revelou um pouco envergonhado.

– Ah. - Foi só o que consegui dizer.

– Então Bella, o que você faz? - Perguntou enquanto bebia seu vinho.

– Estou fazendo arquitetura e estagiando em um escritório. E você?

– Sou chef em um restaurante italiano.

– Mesmo? - Ele assentiu sorrindo.

– Sim, eu amo cozinhar.

– E onde aprendeu? Fez algum curso?

– Fiz alguns, mas aprendi mesmo com minha nonna.

– Então é italiano?- Perguntei interessada.

– Infelizmente não completamente. - Respondeu sorrindo, acabei sorrindo também. - Meu pai era italiano e minha mãe americana, mas nasci e morei muito tempo lá. - Não pude deixar de perceber que ele usou o passado para falar dos pais.

– Hum e qual a sua especialidade? - Perguntei mudando o foco do assunto.

– Acho que vou ter que ser bem básico nessa e escolher uma bela macarronada com molho. Modéstia parte a minha fica uma delicia. - Sorri.

– Posso apostar que sim. - Ele parecia ser um homem bem interessante, talvez fosse isso que eu precisasse, alguém mais maduro, imaginei que devia ter mais ou menos uns 26 anos.

– E você, gosta de comida italiana? - Balancei a cabeça negando, ele me olhou um pouco decepcionado. Antes que dissesse algo eu completei.

– Eu amo comida italiana. - James abriu um sorriso enorme, parecia aliviado com minha resposta. - Alias eu amo comida, ponto. - Nós rimos.

– Muito bom saber isso, tem mulheres que nem dá vontade de levar para jantar, não comem quase nada. - Reclamou.

– Com certeza eu não tenho esse problema. - Será que ele vai pensar que estou me convidando para jantar? Melhor mudar de assunto. - É amigo do Jasper?

– Na verdade vim com um amigo do Jasper. - Disse sem graça. - Ele falou sobre a festa e como estava entediado resolvi vir.

– E o que esta achando?

– Estou gostando, mas devo admitir que melhorou e muito há uns cinco minutos. - O encarei incapaz de dizer qualquer coisa, resolvi disfarçar e bebi um gole da minha bebida que até então estava esquecida em minha mão. Mudei de assunto novamente e perguntei de que

região da Itália era sua família e se ele falava italiano, quando começou a dizer algumas palavras, juro que por muito pouco não me atirei em seus braços. Esse homem definitivamente estava mexendo comigo e não era pouco, nós conversamos sobre tudo, para falar a verdade não conseguia me lembrar da última vez que tinha me divertido tanto com um homem que não fosse o Edward, a diferença é que aquilo havia sido uma mentira e isso aqui era real.

– Oi gente. - Aquela tinha sido a primeira vez que éramos interrompidos e tinha que ser pela Alice. - Vocês vão dormir aqui? - Perguntou com um sorriso malicioso no rosto.

– Do que esta falando Alice? - Quando me virei para olhar ao nosso redor, estava tudo vazio, todos já tinham ido, Rosalie estava deitada sobre Emm no sofá e Jazz desmontado em uma poltrona. - Que horas são? - Questionei assustada.

– São 5 da manhã.

– Puta merda! - Assim que falei tapei a boca, James riu.

– A companhia estava tão boa que nem vi a hora. - Acabei corando pelo modo que ele me olhou. - Posso te dar uma carona? - Me ofereceu.

– Obrigada, mas eu moro no apartamento debaixo. - Falei um pouco decepcionada, adoraria passar mais tempo com ele.

– Mas não precisa se preocupar James, vou cuidar muito bem dela. - Ele sorriu. Eu ia matar a Alice. - Vou deixar vocês se despedirem. - Falou e saiu.

– Espero que ela cuide mesmo de você. - Meu coração disparou ao ouvir ele falar daquele modo com tanto carinho. - Vai achar ruim se eu pedir seu telefone? - Perguntou sem jeito, neguei sorrindo.

– De modo algum, afinal de contas eu quero experimentar aquela macarronada. - Respondi sem esconder minha vontade de ver ele de novo.

– Eu adoraria cozinhar especialmente para você. - Falou de modo sedutor. - Pode dizer o número. - Conforme dizia ele anotava em seu celular. - Eu vou ligar hein. - Avisou.

– E eu irei atender. - Sorrimos, ele se aproximou e me deu um beijo casto nos lábios.

– Ciao mia Bella*. - Senti um arrepio delicioso ao ouvir ele falar italiano novamente.

– Ciao James. - Arrisquei uma palavra. Ele acariciou meu rosto e me beijou de novo, se despediu de Alice e foi embora.

– Oh.My.God! - Alice disse pausadamente vindo na minha direção quicando igual uma criança. - O que foi isso?

– Eu não sei. Ele é incrível né? - Ela assentiu sorrindo, a olhei desconfiada. - Era esse cara que você queria me apresentar?

– Juro que não, o que eu queria te apresentar era um amigo do Jasper que posso te garantir não tem metade do charme desse. Estou tão animada!! - Exclamou dando pulinhos e batendo palmas.

– Alice menos. - A adverti.

– Menos nada Bella, mais muito mais. Você vai sair quando ele ligar não é?

– Vou, mas vamos devagar. Não quero me empolgar demais. - Ela me olhou e pareceu entender. - Além disso nem sei se ele vai me ligar.

– É claro que vai, não viu o modo deslumbrado como te olhava? - Falou sorrindo. - Eu sei que vai achar que estou imaginando coisas, só que eu tenho certeza que esse cara vai te fazer muito feliz.

– Acha mesmo? - Perguntei esperançosa, eu realmente tinha gostado e muito dele, só estava com muito medo de estar errada de novo e me magoar.

– Tenho certeza. - Me garantiu. - Agora vamos pegar nossas coisas e ir embora que estou morta. - Assenti e assim que nos despedimos dos meninos saímos. Aquele sorriso deslumbrante foi a última coisa que eu vi antes de adormecer.

* Tchau minha linda.

James Mateo Volturi

Notas finais do capítulo E ai o que acharam do James? É páreo para o Edward ou não? Ele vai ser extremamente encantador e deixar a Bella nas nuvens, mesmo assim ela ainda será cautelosa, principalmente depois de tudo o que sofreu com o Edward, mas vai ser difícil resistir muito tempo a um homem maravilhoso como esse e que ainda cozinha!!! Tudo de bom *--* Vamos só ver como essa relação vai caminhar =P Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 10) Capítulo 9 - Apaixonada

Notas do capítulo Fiquei tão inspirada pelos reviews que recebi que me animei para terminar o próximo capítulo...Muito obrigada pelo carinho, vocês são demais!!!!

Percebi pelos comentários que o James agradou *-* Caso queiram mais fotos criei um album especial só dele no face. Acho que irão se apaixonar ainda mais, principalmente quando certo alguém voltar e mostrar que continua o mesmo mesquinho e prepotente de sempre, isso se não piorou :-/ O capítulo hoje esta muito especial, como podem ver pelo título, teremos um pouco do primeiro encontro da Bella e do James, descobriremos um pouco mais sobre ele além de um pedido muito especial *--* e uma conversa super fofys da Bella com seus pais adotivos. Para finalizar mais uma foto do James ... rsrsrsrs Escolhi duas músicas para este capítulo: Ainda bem - http://letras.mus.br/marisa-monte/1964286/ Falling for you - http://letras.mus.br/colbie-caillat/1500251/traducao.html Se puderem ouçam, encaixa perfeitamente na história *--* Espero que gostem ;) Bella POV

Me sentei na cama sem fazer ideia de que roupa colocar, James ligou no dia seguinte da festa me convidando para jantar. Estava uma pilha de nervos, ainda mais por que Alice não estava aqui para me ajudar, decidi colocar um vestido laranja bem ajustado ao meu corpo e como acessório somente uma pulseira simples dourada, me olhei no espelho e fiquei satisfeita com o resultado.

– Bella o James chegou. - Ouvi Rose me avisar. Caminhei até a porta e a abri.

– O que acha? - Perguntei acanhada.

– Esta linda. - Respondeu com um sorriso. - A Alice vai querer se matar por não estar aqui. Infelizmente Alice teve que viajar, pois seu pai ficou doente, ela até tinha combinado de me ajudar a vestir, mas com tudo o que aconteceu não deu. - Deixa eu tirar uma foto. - Eu ri. Ela pegou o celular e tirou a foto a enviando logo em seguida para a baixinha. - Pronto agora ela vai ver.

– Obrigada amiga. - A abracei.

– Hei, eu não fiz nada.

– Só de estar aqui me apoiando já é mais que o suficiente. Estou tão nervosa. - Confessei.

– Relaxe e aproveite. - Respirei fundo e me dirigi até a sala, James sorriu assim que me viu. Seu sorriso sempre me deixava com as pernas bambas, era deslumbrante.

– Nossa, você esta incrível. - Corei diante do elogio.

– Você também não esta nada mal. - James usava uma camisa azul e calça social, estava perfeito.

– Exclusivamente para você. - Respondeu de modo sedutor, balancei a cabeça sorrindo. Vamos? - Segurei seu braço e saímos do apartamento. Assim que descemos pegamos o táxi que já estava esperando, durante todo o caminho até o restaurante conversamos e nos divertimos, não demorou e chegamos em um local muito aconchegante.

– Esse é o primeiro restaurante que trabalhei, mas não é italiano. - Comentou me levando até a entrada, franzi o cenho.

– Você fez tanta propaganda da comida italiana do restaurante que trabalha que achei que íamos comer lá. - Proferi confusa.

– Ainda não. Preciso te manter interessada para um segundo encontro. - Outro encontro? Mas nem começamos esse direito. Me animei em saber que as coisas estavam indo tão bem. Entramos e a recepcionista nos levou até nossa mesa, nos trazendo o cardápio em seguida.

– O que sugere chef? - Perguntei fazendo graça, ele sorriu docemente.

– Que tal um carneiro com molho de maça acompanhado com batatas e um vinho tinto? Perguntou me olhando.

– Hum. Isso parece delicioso. Vou aceitar a sugestão. - Ele assentiu sorrindo, chamou o garçom e fez nossos pedidos. Logo em seguida o sommelier trouxe o vinho.

– Um brinde? - Perguntou erguendo a taça.

– E a que vamos brindar?

– À nós e que esse seja o primeiro de muitos encontros. - Sorri enrubescendo levemente, ergui minha taça e brindamos, esperava sinceramente que esse fosse mesmo o primeiro de muitos. A noite foi muito agradável, fiquei surpresa ao descobri que James tinha acabado de completar 30 anos, apesar da diferença de idade nos demos muito bem, ele era divertido, engraçado, atencioso, carinhoso e lindo, me sentia cada vez mais a vontade em sua presença. Quando me levou para casa insistiu em me deixar na porta do apartamento, perguntei se ele queria entrar para um café, mas se negou, achei que talvez esse fosse um indício que o encontro não tivesse sido tão bom para ele quanto para mim, porém todas essas dúvidas foram tiradas quando ele me puxou pela cintura e me beijou e UAU que beijo! Nossas línguas dançavam em um sincronia perfeita, infelizmente ficamos sem ar e tivemos que parar, nos separamos e ele me olhou com carinho.

– Esta livre amanhã? - Perguntou ainda muito próximo de mim, me animei ao saber que ele já queria sair de novo comigo.

– Não, mas estarei na sexta. - Ele abriu um sorriso encantador.

– Perfeito. Te pego as oito? - Assenti.

– Finalmente vou conhecer o restaurante em que trabalha? - Perguntei sem esconder minha curiosidade.

– Ainda não. - O encarei confusa. Por que ele se negava a me levar até o tal lugar?

– Por que não? - Perguntei fazendo um bico.

– Que tal quando completarmos um mês? - O olhei maravilhada.

– Acha que vou aguentar você até lá? - Brinquei. Ele riu.

– Espero sinceramente que sim. - Se aproximou me prensando na parede e me beijou novamente. - É uma pena que eu tenha que ir. - Murmurou acariciando meu rosto com delicadeza. Por pouco eu não insisti para ele entrar, mas talvez fosse melhor ir devagar.

– Sexta nos veremos. - Disse o consolando.

– Sexta. - Repetiu me beijando novamente, então ele se despediu e foi embora, entrei no apartamento completamente mole e com um sorriso bobo nos lábios. Fui toda animada para o meu quarto, tomei um banho e quando estava indo para cama meu celular tocou, era Alice.

– Como foi? Pode me contar tudo. - Falou assim que atendi, ri da sua animação.

– Calma Alice, vamos por partes. Seu pai esta melhor? - Perguntei me ajeitando na cama.

– A pressão dele caiu e se sentiu mal, mas já se recuperou e esta bem melhor. Agora você, me conta. - Pediu.

– Ai Alice foi perfeito, ele é maravilhoso, não tenho palavras para descrever, essa noite foi incrível. - Contei entusiasmada.

– AH! Eu sabia, assim que vi vocês conversando tinha certeza que ia dar nisso. Bella estou tão feliz e quando vai ser o próximo?

– Sexta.

– Que über!

– Über Alice? - Perguntei confusa.

– Significa o top, máximo, demais. - Acabei rindo da sua animação. - Estou vendo que logo estarei desenhando um vestido de noiva para alguém. - Cantarolou.

– Hei vamos com calma ok? Não quero apressar nada, prefiro tentar não me empolgar demais, afinal de contas não conheço ele direito. - Depois do que aconteceu com Edward eu preferia levar as coisas o mais devagar possível, o medo de me magoar ainda existia.

– Bella confia em mim, eu meio que tenho um sexto sentido com essas coisas. Além disso você não pode achar que todos os homens são uns crápulas como aquele Edward. - Suspirei.

– Eu sei Alice. Agora deixa eu te contar os detalhes. - Falei afim de mudar o assunto. Alice na mesma hora empolgou e disse que viu a foto do que eu estava vestindo e adorou, depois contei tudo o que tinha acontecido e do que tínhamos conversado, ficamos a madrugada conversando e combinando o que eu deveria fazer no próximo encontro.

[...]

– Você mentiu para mim então?- Questionei James.

– Não menti, vamos dizer que omiti. - Se defendeu, o olhei desconfiada. - Você também não me contou tudo. - Acusou, suspirei derrotada.

– Cheque Mate rapaz. - Ele sorriu e suspirou.

– É que estava cansado de sair com interesseiras, se é que me entende senhorita Cullen. Disse arqueando a sobrancelha.

– Eu entendo. - James e eu estávamos juntos há um mês e finalmente me levou para comer no restaurante que trabalhava, mas o que não me disse era que ele era o dono de um dos restaurantes mais badalados de New Haven, além de ter uma cadeia espalhada pelo país e pela Europa. James me contou que não confiava fácil nas pessoas, pois muitas se aproximavam por puro interesse, ele me confessou que desde que me viu tinha certeza que eu não era assim, porém depois de tantos relacionamentos conturbados, achou melhor me conhecer antes de revelar qualquer coisa sobre sua vida, eu não podia e nem ia julga-lo, já que fiz o mesmo, aproveitei sua confissão e contei que era filha adotiva da família Cullen, ele me olhou espantando e disse que por essa ele não esperava. Acabamos rindo das nossas confissões, James me surpreendeu fechando o seu restaurante para comemorarmos nosso primeiro mês juntos, foi a coisa mais romântica e linda que tinham feito para mim. James era assim, perdi a contas de quantas vezes recebi ramalhetes de flores na faculdade e no apartamento, com lindos bilhetes com o intuito de alegrar meu dia.

– Espero que não tenha ficado chateada comigo. - Murmurou me olhando atento.

– Não James, de modo algum. Como te disse eu entendo, sei o que é ter um monte de gente ao seu redor só interessada no seu dinheiro. Eu me lembro na escola todo mundo querendo ser meu amigo só por causa do meu sobrenome, mas meu irmão adotivo fez questão de dizer a todos que eu era só uma adotada que não tinha direito a nada.

– Ele pegou pesado hein.

– Acho que até me fez um favor sabe? Percebi que ninguém estava ao meu lado por que gostava de mim, foi por isso que amei quando o colégio acabou e fui para a faculdade, foi como se tivesse me reinventado e finalmente agora tenho ao meu redor pessoas que realmente gostam de mim.

– Dinheiro é bom, mas as vezes nos traz mais dor de cabeça. - Comentou.

– Pior ainda quando o dinheiro nem é seu. - Ele segurou minha mão sobre a mesa e a acariciou.

– É tão bom conversar com você. Temos tanta coisa em comum, inclusive nossa história.

– Verdade. - Concordei. Era a mais pura verdade. James havia me contado que seus pais morreram em um acidente de avião quando estavam viajando de volta para a Itália, sua guarda ficou com seus avós, com quem ele já estava enquanto os pais viajavam. Contei sobre como os meus morreram e ele lamentou, mas não contei sobre meu "relacionamento" com Edward, era algo que eu não gostaria de ficar compartilhando e sim esquecer.

– E quando poderei conversar com seus pais novamente? - Perguntou me fazendo o encarar desconfiada. Meus pais o conheciam somente como meu amigo, mesmo assim eles sabiam que estávamos saindo.

– Posso saber por que gostaria de conversar com eles?

– Gostaria de me apresentar como seu namorado. - Fiquei estática.

– Namorado? - Questionei perplexa.

– Isso se você aceitar. - Falou me estendendo uma caixinha preta com uma linda aliança na cor prata com pequenos brilhantes ao redor. - Aceita ser minha namorada Isabella Marie Swan Cullen? - Meus olhos iam da caixinha para ele e só o que consegui fazer foi assentir, James se levantou sorrindo e me puxou para os seus braços me beijando, pegou minha mão trêmula e colocou o anel. - Cuore mio. - Disse "meu coração" e beijou meu dedo com a aliança. O olhava admirada.

– Isso é lindo James. - Consegui finalmente dizer.

– Tu sei bella. - Sorri, eu amava quando ele falava italiano, já tinha até aprendido algumas coisas e soube identificar muito bem sua resposta, “Você é linda”. O puxei para um beijo apaixonado, pois era assim que eu me sentia, completamente apaixonada por ele.

O domingo estava quente e ensolarado, algo raro para o clima de New Haven, coloquei uma roupa leve, peguei meu carro e fui para a casa dos Cullens. Já tinha virado um tradição ir almoçar com eles todo o domingo, depois que me mudei Esme me fez prometer que não iria me esquecer deles. Como eu poderia? Eles eram as pessoas mais importantes da minha vida. Estava animada para contar sobre meu namoro com James, já tinha dito que estava saindo com ele e até tínhamos almoçado um dia todos juntos, mas na época avisei que ainda não era

nada sério, felizmente as coisas tinham mudado e agora éramos namorados, James queria falar com eles para pedir permissão e essas coisas, achei até fofo da parte dele, mas preferi melhor conversar com eles sozinha e marcar um jantar para ele se apresentar formalmente. Cheguei na casa e fui recepcionada por Gianna.

– A senhora Cullen esta lhe esperando na sala. - Ela me avisou. Agradeci e segui até o local, assim que me viu, Esme veio na minha direção com um sorriso enorme no rosto.

– Meu bem, que bom que veio. - Exclamou alegre.

– Eu disse que não iam se ver livre de mim tão facilmente. - Brinquei, ela riu.

– Fico feliz por isso, sua visita sempre alegra meu dia. Vamos almoçar?

– E Carlisle?

– Esta no escritório já pedi que Gianna o avisasse. - Fomos abraçadas em direção da sala de jantar, antes que me sentasse Carlisle apareceu.

– Minha filha que saudades. - Disse me abraçando.

– Também.

– Você nos abandonou. - Me acusou.

– Eu sei, essa semana foi uma loucura, tinha tanta coisa para fazer na segunda que não deu para vir almoçar com vocês. - Comentei me sentando.

– Sentimos falta dos seus amigos também. - Esme falou sorrindo.

– Tá todo mundo se matando de estudar, estamos em semana de provas. Me desculpem mesmo. - Carlisle sorriu.

– O que importa é que esta aqui agora. - Declarou segurando minha mão sobre a mesa.

– E virei com mais frequência, senti muitas saudades também.

– Ótimo, sabe como adoramos ter você por perto. - Assenti sorrindo enquanto me servia. Como esta indo tudo? A faculdade, o trabalho? - Carlisle perguntou.

– Tudo perfeito, estou amando o curso e aprendendo muito no escritório. Lembra Esme aquele projeto que te mostrei? - Ela assentiu. - Foi aprovado pelo meu chefe. - Contei feliz.

– Isso é maravilhoso Bella. Meus parabéns meu bem.

– Muito bem filha. Estou orgulhoso de você. - Carlisle disse me deixando emocionada.

– Obrigada. Estava muito animada para contar a vocês, sempre me incentivaram tanto.

– Você merece amor. - Sorri e voltamos a comer, depois que terminamos disse que tinha algo para conversar com eles, pareceram um pouco preocupados com o que eu diria. Fomos até a sala, Carlisle e Esme se sentaram lado a lado.

– Aconteceu alguma coisa Bella? - Carlisle perguntou sério. Respirei fundo.

– Lembram que falei para vocês sobre um rapaz que estava saindo? E até chegamos a almoçar juntos?

– Claro que me lembro, o James não é? - Esme perguntou, eu assenti.

– Isso mesmo.

– O que tem ele?

– Ele me pediu em namoro e eu aceitei. - Esme abriu um sorriso enorme.

– Oh! Meu amor ficamos tão feliz por você. - Disse animada. - Não é Carlisle? - Ele se manteve sério.

– Acho que seria mais nobre da parte dele que viesse falar primeiro conosco. - Reclamou.

– Carlisle! - Esme ralhou com ele. - Não estamos no século XVII.

– A culpa foi minha Carlisle, eu queria falar com vocês antes dele vir. Saber o que achavam. Quando almoçamos juntos eles pareceram se dar muito bem, mas na época ainda éramos só “amigos”. Carlisle pareceu mais aliviado ao saber que tinha sido minha ideia falar antes com eles.

– Nossa opinião é tão importante assim? - Perguntou interessado.

– Claro que sim, vocês são meus pa... - Travei antes de dizer, Esme me olhou atenta, engoli em seco. - Meus pais. - Completei, eles me olharam emocionados, essa era a primeira vez que eu os chamava assim. Tinha tido uma conversa séria com James sobre a minha vida e os Cullens, e do meu receio em chama-los de pai e mãe, o que James me disse fez com que eu visse as coisas de um modo diferente, “Temos que valorizar e mostrar as pessoas o quanto as amamos enquanto elas estão aqui Bella. Tenho certeza que eles iam amar que os chamassem de pai e mãe.” Vendo a reação deles agora eu percebi que James tinha razão. Esme sentou do meu lado e me abraçou.

– Somos mesmo seus pais e ficamos muito felizes por você. - Carlisle se levantou e se sentou do meu outro lado.

– Se esse rapaz fizer um “A” contra você eu acabo com ele. - Falou sério.

– Vou avisar ele. - Proferi sorrindo. - Obrigada. - Os olhei. - Por tudo, mas principalmente por me amarem como uma filha.

– Por que é isso que você é Bella, nossa filha. - Esme disse emocionada beijando meu cabelo.

– Mesmo assim, eu não poderia pedir por um pai e uma mãe melhor.

– Não sabe como ficamos felizes em ouvir você nos chamando assim. - Carlisle confessou.

– Desculpem pela demora, eu só não tinha certeza se gostariam disso. - Respondi sem jeito.

– Nós nunca pedimos por não queríamos força-la a nada meu amor. - Sorri satisfeita por finalmente dizer a eles o quão importante eram para mim, ficamos conversando e contei que queria apresentar James oficialmente para eles, Esme já começou a planejar o jantar, eu e Carlisle demos risada da sua empolgação. Antes de ir embora subi para usar o banheiro e enxugar meu rosto, aproveitei e passei no meu antigo quarto, quando estava saindo, caminhei até a porta do quarto dele, abri a porta e entrei, estava do mesmo jeito, olhei para a cama e não pude segurar as lembranças que isso me trazia.

– Também sinto falta dele. - Ouvi Esme dizer, me virei e a olhei.

– Como ele esta? - Sem perceber me vi perguntando.

– Sabe como é o Edward não é? Raramente liga, eu que tenho que ficar caçando ele. Na faculdade parece estar indo muito bem, quanto ao resto nem faço ideia. Imagino que deva estar se divertindo e muito. - Assenti. Com certeza devia estar rodeado de mulheres e amigos fúteis iguais a ele. - Meu bem posso te dar um conselho? - Perguntou se aproximando e segurando minhas mãos.

– Claro.

– Não guarde rancor ou raiva de ninguém. - A olhei desconfiada. Por que estava me dizendo isso? - Só quem sofre com isso é você mesma. - Esme me olhou e eu entendi, de alguma forma ou de outra ela sabia o que tinha havido entre Edward e eu, talvez não soubesse todos os detalhes, mas sabia do básico, que ele havia me magoado.

– Eu sei. - Concordei com ela, eu tinha tentado odiar Edward, me vingar, mas tudo o que consegui foi me machucar ainda mais.

– Eu te amo muito filha. - Declarou emocionada, me abraçando.

– Eu também mãe. - Ela me apertou em seus braços e ficamos ali, como mãe e filha.

James no primeiro encontro e o anel de compromisso que deu para Bella

Notas finais do capítulo É parece que o James vai ter trabalho para tirar o cabeçudo do Edward do coração da Bella... No próximo mais algum tempo vai passar e adivinhem só quem vai estar de volta??? Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 11) Capítulo 10 - Retorno

Notas do capítulo Obrigada pelos comentários. AMEI todos!!

Neste capítulo a Bella vai receber um presente muito especial dos pais, ter um momento muito fofo "quente" com James e o finalmente o retorno de Edward , vocês vão desejar ainda mais que ele não tivesse voltado. A partir deste capítulo Edward vai fazer muita gente sofrer :( Espero que gostem ;) Bella POV

O tempo passava rápido, eu e James já íamos completar um ano de namoro e tudo estava indo as mil maravilhas, ele era o homem que eu sempre sonhei, o homem que um dia eu quis que Edward fosse. Meus pais eram apaixonados por ele, isso sem contar com meus amigos, James se dava super bem com todos, minha vida nunca tinha sido tão boa e nunca tinha estado tão feliz. Já estava formada e tinha terminado minha pós graduação há apenas uma semana, no mesmo dia fui efetivada no escritório que estagiava. Hoje meus pais me chamaram para almoçar, conversávamos animados no carro quando Carlisle parou e pediu que descêssemos, eles me levaram para um prédio que ficava nas proximidades do meu trabalho, subimos o elevador sem que conseguisse arrancar nada deles, talvez estivessem pensando em se mudar. Saímos do elevador e Carlisle nos levou até um dos apartamento o abrindo, era um lugar lindo, uma cozinha magnifica toda aberta, uma sala enorme e dois quartos espaçosos.

– O que achou? - Esme perguntou ansiosa.

– É lindo. Vocês vão se mudar para cá? - Era o mais lógico, a casa deles era grande demais só para os dois.

– Nós não. - Respondeu Carlisle, franzi meu cenho confusa.

– Então quem?

– Você meu bem. - Esme falou e eu fique estática.

– O que?

– Seu presente de formatura. - Abria e fechava a boca sem saber o que dizer.

– Eu não posso aceitar. - Falei finalmente.

– Se não aceitar vamos ficar muito chateados com você. - Suspirei.

– Isso é chantagem. - Esme sorriu vindo me abraçar.

– Não é não. - Me beijou. - Aceita amor, por favor? - Pediu.

– Tenho outra opção? - Declarei derrotada.

– Não faça essa cara. Nós só queremos o seu bem.

– Mas eu não quero que fiquem me dando coisas caras, me sinto mal. - Confessei.

– Você é nossa filha e vamos te mimar do jeito que quisermos. - Carlisle respondeu me desarmando.

– Ok, vocês venceram. - Falei finalmente. - Mas a senhora não vai escapar. Me ajuda a decorar mãe? - Esme me olhou emocionada.

– Pensei que não fosse perguntar. - Sorri.

– Só que sou que vou pagar.

– Bella. - Esme começou dizendo.

– Não! Nem pensar, por favor? - Pedi fazendo um bico, ela assentiu e nos abraçamos. Em seguida fomos almoçar, no mesmo dia Esme e eu começamos o planejamento do meu apartamento.

No fim da tarde fui para o apartamento de James, o ajudava a cortar alguns legumes para nosso jantar quando contei da surpresa dos meus pais.

– Sério mesmo? - James perguntou enquanto mexia na panela que exalava um aroma maravilhoso.

– Sim. - Confirmei. - É um apartamento lindo, a princípio não quis aceitar, mas dona Esme é boa em uma chantagem emocional, além disso eles fizeram isso com tanto amor que não tive como recusar. - James sorriu.

– Fez o certo amor.

– Também acho. Amanhã quero te levar para conhecer. - Falei empolgada. - Aposto que vai amar a cozinha. - Ele sorriu me olhando.

– É boa? - Perguntou interessado.

– Linda Jay, do jeito que você gosta, bem espaçosa e iluminada. Acho que vamos começar a passar mais tempo lá. - Comentei sorrindo, já que a maioria do tempo eu passava no seu apartamento.

– Eu não ligo muito com o lugar. - Declarou se aproximando e me beijando. - Desde que esteja comigo. Ti amo fragolina. - Sorri ao ouvi o apelido carinhoso que ele havia me dado em italiano, no inicio achei bem estranho, mas quando me disse que significava moranguinho, fiquei igual uma boba apaixonada.

– Também te amo Jay. - Falei em meu idioma mesmo. Ele sorriu e me beijou delicadamente. Ainda me lembrava da primeira vez que James tinha dito que me amava, ele se declarou aproximadamente dois meses depois que começamos a namorar, eu não me sentia segura em dizer aquilo ainda então demorei mais tempo, ele pareceu não se importar, mas era difícil não amar James, minha vida ao seu lado era calma e gostosa, então finalmente chegou o dia que

tive coragem e disse que o amava, ele ficou extasiado e aquela foi nossa primeira vez, exatamente dez meses depois que começamos a namorar. James tinha tido uma paciência incrível, não que eu não quisesse transar com ele, mas minhas lembranças com Edward me davam medo. E se ele me deixasse assim que ficássemos juntos? Felizmente com o tempo pude perceber que James não era o Edward e nunca faria algo assim comigo.

Nossa primeira noite foi serena e calma, imaginava que era assim que devia ter sido a minha primeira vez, talvez tivesse sido se fosse com James e não com Edward. Eles eram completamente diferentes, principalmente no quesito mais importante, enquanto James me amava e era carinhoso, Edward só desejava o meu corpo e me possuía com paixão. Eu era uma idiota por ter um homem incrível do meu lado e ainda assim pensar no inútil do Edward, contudo eu esperava que com o tempo isso mudasse e eu pudesse me entregar completamente a James.

– Eu acho que deveria te chamar de fragolino. O que acha? - Provoquei. Ele se afastou e voltou sua atenção para a panela.

– Nem pensar. É muito gay. - Reclamou torcendo os lábios, em claro sinal de descontentamento, eu ri.

– É fofo amor. - Argumentei, ele arqueou as sobrancelhas.

– Quer dizer que sou fofo? - Perguntou em um tom ameaçador, percebi que tinha desligado o fogão e muito lentamente vinha em minha direção, desci do banco que ficava ao lado do balcão da cozinha e conforme ele se aproximava, eu me afastava. - Vou te mostrar quem é fofo. - Assim que falou eu comecei a correr e ele foi atrás, eu usava o sofá de escudo e ficava atenta em que direção ele ia tomar, quando decidiu pular diretamente onde estava sai correndo novamente.

– Isso se me pegar. - Gritei rindo enquanto fugia dele. Felizmente o loft de James era bem espaçoso e todo aberto, subi correndo as escadas e antes que percebesse ele me agarrou e caímos em sua cama. Ele me prensou no colchão e abriu um sorriso fabuloso, fazendo todo o meu corpo desmanchar.

– Quem é fofo agora? - Perguntou, passei minha mão pelo seu rosto.

– Você é. - Antes que retrucasse o beijei, ele aumentou ainda mais a potência do beijo me deixando logo sem ar.

– Eu sou o que você quiser minha Bella. - Respondeu beijando meu pescoço e passeando suas mãos pelo meu corpo. Seu toque era delicado e cuidadoso, me tentando aos poucos, minha respiração já se encontrava entrecortada. Ele levantou retirou minha regata e beijou meus seios. Eu ofeguei quando sua mão tocou meu outro seio o apertando levemente, me deixando louca.

– Jay. Ah! - Ofeguei. Ele subiu e beijou meus lábios.

– Ho bisogno te. Toccarti, abbaracciarti, coccolarti(Eu preciso de você. Te tocar, abraçar, afagar). - Murmurou no meu ouvido, fazendo com que meu corpo inteiro arrepiasse. Ele se afastou e retirou minha calça juntamente com minha roupa intima, em seguida tirou a sua roupa foi até o armário e pegou uma camisinha já a colocando em seu membro e se deitou novamente sobre mim, eu sorri passando meus braços pelos seus ombros.

– Fala mais. - Pedi, ele me beijou com um sorriso nos lábios, abriu com cuidado minhas pernas e roçou seu membro em meu sexo. Gemi diante do contato.

– Sei l’amor della mia vita Isabella(É o amor da minha vida Isabella). - Sussurrou ao mesmo tempo que me penetrava lentamente como se quisesse prolongar cada segundo.

– Ah! Jay. Mais rápido por favor. - Implorei movendo meu quadril em sua direção, ele aumentou os movimentos e me invadiu cada vez mais rápido. - Oh! Isso. Isso.

– Eu te amo Bella. - Murmurou me beijando com paixão, eu gemia alto, incapaz de dizer qualquer coisa coerente.

– Eu também te amo. - Consegui responder ofegante entre os gemidos que saiam da minha boca colada com a sua, eu sentia o fogo em todo o meu corpo, estava perto. Em pouco tempo esquecemos tudo ao nosso redor e nos perdemos um no outro. Gritando alto quando atingimos o auge, desmontamos ofegantes e satisfeitos na cama, fui para seu peito e ele me

abraçou beijando com carinho meus lábios. Sorri diante o seu toque gentil. James era a melhor coisa que tinha acontecido na minha vida e eu faria o impossível para que ele nunca saísse de perto de mim.

Edward POV

Chegou infelizmente o dia de retornar, confesso que não tinha mais vontade de assumir minha posição na empresa da família, queria ficar na Inglaterra e nunca mais ter que voltar, o tempo que fiquei fora foi muito bom, aproveitei a companhia de muitas mulheres deliciosas, muitas baladas e algum estudo, alguém inteligente como eu não precisava ficar se matando para se formar com honras, durante esse tempo falava muito pouco com meus pais, só o necessário, assim que voltasse para casa tinha decidido me mudar para Nova Iorque, queria morar em um lugar mais agitado que New Haven, só esperava que meu pai não se importasse, já que mantinha um escritório e tinha muitos negócios lá.

Desembarquei e fui pegar um táxi, não avisei que iria chegar tinha decidido fazer uma surpresa. No caminho para casa fui pensando em tudo o que vivi naquela cidade e os sentimentos que eu esperava ter deixado na Inglaterra. Suspirei e preferi esquecer esse assunto, não queria e nem ia pensar nisso. Ela fazia parte do meu passado e era lá que ficaria. Assim que sai do táxi fitei a bela casa diante de mim, me identifiquei e entrei, antes que chegasse a porta principal minha mãe já vinha em minha direção.

– Filho! - Exclamou animada, me abraçando. Sorri e deixei minha mala cair no chão.

– Oi dona Esme. - Ela sorriu e me deu um tapa. - Hei para que isso?

– Por você não ligar para sua família seu filho desnaturado.

– Estou aqui agora mãe. - Por enquanto. Completei em pensamento.

– Vem, vamos entrar. Por que não avisou que viria?

– Queria fazer uma surpresa. - Disse quando já estávamos dentro de casa.

– Estou tão feliz em saber que esta aqui.

– Também mãe. Meu pai?

– Ainda no escritório. Que tal ir tomar um banho? - Assenti.

– Ótima ideia.

– Vou pedir para preparem seu prato preferido.

– Obrigado dona Esme. - Lhe dei um beijo no rosto e subi para meu quarto, coloquei minha mala em um canto e fui para o banheiro. Sai do chuveiro com a toalha ainda enrolada na cintura e observei meu quarto, eu tinha muitas lembranças ali. Fechei os olhos afim de esquecer as imagens que sem permissão invadiram minha mente e fui me arrumar. Desci e meu pai já havia chego, fomos comer e começamos a conversar sobre o meu tempo na Inglaterra, meu pai queria falar sobre negócios, mas minha mãe o proibiu.

– Filho você tem que ver Bella. - Revirei meus olhos. Essa era a última coisa que eu queria.

– Por que eu tenho que ver ela? - Perguntei com desgosto.

– Porque ela é da família Edward.

– Já disse que essa garota não é nada minha. - Respondi seco.

– Edward por favor. Isabella não fez nada para que a tratasse desse modo. - Meu pai me repreendeu.

– Acho que estou velho para estes sermões. - Reclamei.

– Isso por que esta tendo uma atitude infantil.

– Eu só não me interesso por nada do que essa garota faz ou deixa de fazer. Bom já terminei. Pai podemos conversar? - Perguntei me levantando.

– Claro. - Respondeu, o acompanhei até o escritório.

– Quero que saiba que nem eu nem sua mãe gostamos do modo que trata Bella. - Me avisou se sentando em sua cadeira.

– Olha pai, pouco me importa que você e minha mãe morram de amores por essa garota, mas gostaria que respeitassem minha aversão a ela. - Respondi seriamente.

– Eu não entendo Edward.

– Não tem o que não entender. Para mim ela é uma aproveitadora, só isso.

– Edward! Isabella não é nada disso.

– Pai se formos discutir isso não chegaremos a lugar nenhum. Façam o que quiserem por ela, não mexendo na minha herança esta tudo certo.

– Eu achei que com essa viagem você iria amadurecer, mas vejo que me enganei profundamente. O que você quer falar comigo?

– Eu quero morar em Nova Iorque. - Disparei no mesmo instante.

– De jeito nenhum. A sede da empresa é aqui, não vou mudar o escritório só por sua causa.

– Pai, será que não vê que investir ainda mais no escritório de Nova Iorque vai ser ótimo para a empresa?

– Edward, eu sei o que essa empresa precisa. Ainda sou o presidente dela e a resposta é não. Se quiser a vice presidência é aqui que vai ser. - Respondeu se levantando e saindo do escritório.

– Merda! - Esbravejei batendo meu punho na mesa. O jeito era ficar nessa cidade perto de tudo o que eu queria fugir. Subi as escadas e fui para o meu quarto arrumar minhas coisas. No dia seguinte levantei cedo e fui procurar um apartamento, combinei com uma corretora e saímos em busca de alguma coisa, depois de algumas horas achei um perfeito, como não gostava de perder tempo fechei logo o negócio, com meu sobrenome não ia demorar para sair os papéis de compra. Cheguei em casa a noite e tive que aturar um sermão da minha mãe. Eu já era um adulto para ter que ficar ouvindo bronca, tudo piorou quando disse que tinha comprado um apartamento, meus pais ficaram irritados por não falar com eles antes. Só queria saber por que eu teria que fazer isso? Já não era mais uma criança para ficar pedindo permissão para fazer o que tivesse vontade. Anunciei que no dia seguinte me mudaria e que não queria ninguém controlando minha vida, subi e me tranquei no meu quarto. Não via a hora de morar sozinho de novo, principalmente longe dessa casa e das suas lembranças.

Ele voltou!!!!!

Notas finais do capítulo O próximo será todinho no ponto de vista do Edward e irá mostrar que ele só não mudou como piorou :-/ Para trechos e fotos do próximo capítulo confiram minha página no face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056 Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 12) Capítulo 11 - Cullen's

Notas do capítulo E aí prontas para o Senhor Cullen? Edward veio nesse capítulo para abalar e seu jeito prepotente, mesquinho, egoísta e metido vão aparecer como nunca, quem mais vai sofrer são seus pais :( Também teremos as participações especiais dos antigos amigos de Edward, Marcus e Caius :-/ E finalmente ele verá alguém que adoraria poder esquecer ^^ Espero que gostem ;) Edward POV

Finalmente chegou o meu primeiro dia de trabalho, me arrumava no amplo banheiro da cobertura que tinha acabado de comprar, era perfeita, espaçosa e linda. Tinha a minha frente o estuário de Long Island e podia ter uma bela vista de onde desembocavam vários rios do estado de Nova Iorque. Minha mãe ainda estava chateada por não ter me ajudado a escolher o apartamento e decorar, mas eu não estava com cabeça para ficar ouvindo reclamações, essa foi uma das razões pela qual decidi me mudar o mais rápido possível, não queria ninguém no meu encalço. Olhei meu reflexo no espelho e vi que estava perfeito, o terno Armani caia muito bem, já imaginava como ia deixar as mulheres loucas, meu pai me advertiu para não me envolver com ninguém do trabalho, mas desde que ele não soubesse estava tudo certo. Sai do banheiro e fui para a sala colocando meu paletó no caminho, peguei minhas chaves e me dirigi para a Cullen's.

Assim que entrei pude perceber os olhares se voltando para mim, no caminho até a presidência só ouvia, "seja bem vindo senhor Cullen", eu simplesmente acenava com a cabeça, os empregados não mereciam nada mais do que isso. Cheguei no andar em que meu pai trabalhava e entrei na sala antes que a secretária pudesse dizer qualquer coisa.

– Senhor Cullen me desculpe ele entrou sem que eu percebesse. - Se desculpou com meu pai se interpondo na minha frente.

– Tudo bem Irina. - Ela assentiu se retirando da sala.

– Você devia treinar melhor seus empregados pai. - Disse me sentando na sua frente.

– E você deveria ser mais educado Edward. - Retrucou sério. Ótimo, mais sermão.

– Estou aqui para trabalhar, onde fica a minha sala?

– Antes temos que conversar.

– Sobre o que?

– Sobre as regras que deverá seguir. - Revirei meus olhos e me acomodei melhor na cadeira. Fiquei ali durante duas horas ouvindo sobre como deveria me portar e de novo ele reiterou que não podia de forma alguma ter qualquer envolvimento intimo com alguma funcionária. Eu "aceitei" todas regras e finalmente fomos conhecer minha sala, antes porém meu pai me apresentou à minha secretária. A olhei maliciosamente, a garota era uma delícia.

– Edward esta é Jéssica Stanley, será sua assistente e secretária. - Ela sorriu me estendendo a mão.

– Muito prazer senhorita. - A cumprimentei.

– Prazer senhor Cullen. Estou aqui para o que precisar. - Sua resposta soou sedutora, felizmente meu pai não percebeu. Na hora fiquei pensando no que aquela boca linda poderia fazer por mim.

– Vamos Edward tenho um monte de contratos para você analisar. - Disse me puxando para minha sala e me enchendo de trabalho. Desde que entrei em meu escritório não sai, chegou uma hora que eu só via letras voando na minha frente tamanho era o número de contratos que eu tinha que analisar e assinar. Isso era um saco, já estava sentindo falta da minha vida de estudante, mas eu tinha que cuidar do que era meu, e essa empresa e todos os bens do meu pai seriam meus um dia. Me levantei e olhei através da grande janela de vidro que ficava atrás da minha mesa, estava fazendo um dia muito bonito, quando saísse daqui iria me encontrar com meus amigos, ainda mantinha contato com Caius e Marcus e já tinha marcado uma balada para hoje, seria muito bom extravasar depois de trabalhar tanto.

– Senhor Cullen. - Ouvi uma voz calma me chamar, virei e fitei minha aprazível secretária.

– Sim senhoria Stanley? - Perguntei me sentando, ela se aproximou de minha mesa e ficou me encarando. Foi impossível não achar graça, eu tinha esse poder sobre as mulheres. Senhorita? - A chamei novamente, ela pareceu acordar de seu sonho diurno e ficou envergonhada.

– Desculpe senhor Cullen, aqui tem alguns contratos que seu pai gostaria que o senhor assinasse. - Disse me passando mais papéis.

– Você tem namorado senhorita? - Perguntei enquanto pegava os papéis, não estava afim de arrumar briga com ninguém.

– N-não. - Respondeu gaguejando.

– Sabe, eu acabei de me mudar e estou louco para conhecer algum lugar interessante aqui. Gostaria de me acompanhar? - Perguntei sedutoramente, porém antes que me respondesse fomos interrompidos.

– Atrapalho? - Ouvi a voz grave de meu pai perguntar. Era só o que faltava.

– Não senhor Cullen, com licença. - Jéssica saiu praticamente correndo do meu escritório. Meu pai me encarou sério.

– Edward o que eu disse sobre assediar as funcionárias? - Soltei um suspiro alto.

– Eu sei, eu sei.

– Não é o que parece. Não quero ver essa empresa sendo acusada de assédio. Esta me ouvindo?

– Pai se for consensual não é assédio. - Tentei argumentar.

– Não interessa. Eu te conheço, vai usar as mulheres e depois sou eu que terei que lidar com um demissão em massa. - Acabei rindo com sua suposição. - Estou falando sério.

– Ok, não vou dar em cima de nenhum mulher aqui. - Respondi levantando minhas mão em sinal de rendição.

– Quando você vai levar a vida à sério? - Revirei meus olhos bufando.

– Quando você e minha mãe vão entender que não sou mais criança para ficar ouvindo sermão? Desde que cheguei só tem sido isso. - Reclamei sem paciência.

– Isso só vai acontecer quando você amadurecer Edward e pelo o que estou vendo vai demorar e muito. - Disparou exasperado. - Agora se me dá licença preciso voltar aos meus afazeres. - Disse saindo da sala batendo a porta. Maldição! Até quando iria ter que aguentar isso? Voltei minha atenção ao trabalho para não ter que pensar em tudo o que eu podia e não podia fazer na minha própria empresa.

No instante que meu expediente acabou eu sai de minha sala apressadamente, me despedindo de modo sério e comportado da minha secretária que pareceu confusa pela minha mudança, conforme caminhava até o elevador um imbecil trombou comigo derrubando todos os papéis que carregava.

– Seu inútil! - Esbravejei. - Não me viu? - Perguntei rudemente. O rapaz olhou para cima.

– D-desculpe senhor Cullen. - Bufei saindo dali. Peguei o elevador e fui para a garagem, no momento que sai daquele lugar me senti aliviado, finalmente um tempo para poder me divertir. Dirigi até em casa, comi qualquer besteira, me arrumei, desci e peguei um táxi indo para o lugar que havia combinado com os rapazes, íamos beber até tarde e depois iríamos para uma boate.

– Edward! - Ouvi meu nome sendo chamado por uma voz conhecida, fui até a mesa que estavam.

– E ai seus malandros? - Falei cumprimentando os dois.

– Cara você não mudou nada. - Comentou Caius.

– Mudei sim, estou muito mais gato. - Respondi presunçosamente.

– Pelo visto continua o mesmo convencido de sempre. - Marcus disse rindo.

– Hei, eu só digo a verdade. E vocês como estão as coisas? - Começamos a conversar sobre a faculdade que cada um tinha feito e as garotas que pegamos.

– Sabe quem está a maior gata? - Caius perguntou tomando mais um gole de sua cerveja.

– Quem? - Fiquei curioso, talvez podia arranjar um jeito de sair com ela.

– Isabella. Putz, ela tá uma delícia. - Assim que ouvi seu nome me senti congelar.

– Esta mesmo, eu a vi uns dias atrás em uma boate e quase não acreditei. - Marcus disse concordando.

– Que bom para ela. - Falei de modo imparcial.

– Você ainda não a viu?

– Não, ainda não. - Respondi secamente. - Já me mudei da casa dos meus pais, aliás podíamos fazer uma festinha no meu apartamento o que acham? - Perguntei com o intuito de mudar de assunto. - Por que não fazemos isso agora?

– Agora para mim não vai dar, tenho que acordar cedo amanhã. Tenho que estar no tribunal as sete. - Comentou Marcus.

– Falou o super advogado.

– Cala a boca Caius. - Retrucou. - Na verdade já vou indo. Boa farra para vocês. - Desejou jogando uma nota de cinquenta na mesa.

– Bom só sobrou nós dois. Vamos pegar umas mulheres ou não? - Perguntei me levantando e deixando o dinheiro da conta, Caius fez o mesmo, ele não tinha problema com trabalho, fazia isso se quisesse, tinha herdado uma fortuna do avó e poderia passar o resto da vida sem se preocupar com dinheiro.

– Demorou. - Saímos e ele me indicou uma boate que ficava ali perto. Deixamos a festa no meu apartamento para outro dia, afinal de contas eu teria que trabalhar no dia seguinte. Curtimos a noite inteira, nem me lembro que horas fui para casa.

Acordei péssimo, talvez a ideia de uma balada no meio da semana não tenha sido tão boa, me arrumei e segui para empresa. Entrei na minha sala sem nem cumprimentar ninguém, estava sem paciência hoje, assim que abri a porta vi meu pai sentado na minha cadeira.

– Isso são horas Edward. - Perfeito! Tudo o que eu precisava era uma bronca.

– Só me atrasei um pouco, não exagera. - Reclamei me deitando no sofá.

– Um pouco? - Perguntou com a voz elevada.

– Pai por favor estou morrendo de dor de cabeça.

– Claro, deve ter ficado vadiando na rua até essa hora. - Respirou fundo. - O que eu vou fazer com você Edward?

– Acho que me deixar sozinho é um bom começo.

– Levanta! - Abri os olhos lentamente. Suspirei e me sentei no sofá. Meu pai pegou os óculos escuros que estava usando, fechei meus olhos fortemente. Com certa dificuldade tentei abrir meus olhos novamente, estava muito claro aqui. - Senhorita Stanley traga uma aspirina e uma água. - Ouvi meu pai pedindo. - Olha para mim Edward. - Ergui minha cabeça e o encarei. Acabou esta ouvindo? Se você chegar assim de novo aqui esta despedido. Não me interessa se é meu filho ou não. - Só pude assentir.

– Aqui esta senhor Cullen. - Meu pai agradeceu.

– Toma. - Me passou o comprimido e eu o engoli juntamente com a água. Ele se sentou ao meu lado. - Eu sei que é muita responsabilidade para você Edward, mas eu sei que é capaz, só precisa tomar juízo. - Passou a mão pelo meu cabelo. - Sua mãe adoraria que fosse almoçar conosco no domingo.

– Isabella estará lá?

– E se estiver?

– Eu não vou. - Respondi simplesmente.

– Queria entender essa cisma que você tem com ela, é uma moça amorosa, companheira, doce.

– É uma aproveitadora, isso sim.

– Claro que não. - A defendeu.

– Ela só fica direto com vocês para que paguem as coisas para ela ou para ter algum direito na herança quando morrerem.

– Você não a conhece Edward. - Conheço melhor do que vocês imaginam. Respondi mentalmente, não ia adiantar dizer nada mesmo, ele não ia acreditar. - Ela conseguiu tudo o que tem por esforço próprio. - Arquei minha sobrancelha.

– Isso não é verdade.

– O carro e o apartamento foram presentes sim, mas que ela mereceu. - Franzi o cenho.

– Apartamento? - Questionei. - E você me diz que ela não é interesseira. Tá bom.

– Não vejo problema nenhum. Não fui eu que paguei o seu carro, sua faculdade, seu apartamento? Por que não posso fazer o mesmo por ela?

– Por que ela não é sua filha. - Respondi exasperado.

– Eu e sua mãe a criamos Edward. Olha não vou discutir isso com você de novo. Melhor voltar para o trabalho. Entendeu meu recado não é? - Suspirei derrotado.

– Sim. Se chegar de ressaca estou demitido. - Respondi em um tom monótono.

– Ótimo. - Se levantou, antes que saísse o chamei.

– Pai?

– Sim?

– Onde fica esse apartamento que vocês compraram para ela? - Me olhou desconfiado.

– Por que quer saber?

– Só quero saber se não exageram no presente. - Ele suspirou.

– Você não tem jeito mesmo não é? Fica algumas quadras da nossa casa, condomínio Ceaser.

– Nossa capricharam hein. - Respondi com certo desdém sabendo exatamente do lugar que se tratava.

– Ela merece. Com licença. - Disse se retirando e me deixando com um gosto amargo na boca. Ela merece. É uma golpista isso sim, o resto da tarde passou lentamente enquanto eu tentava me focar no trabalho. Estava analisando uns documentos quando vi um erro grotesco com alguns relatórios, peguei o telefone e pedi que minha secretaria chamasse o responsável. Logo alguém batia na porta.

– Entra. - Pedi sem tirar meus olhos do computador.

– O senhor queria me ver? - Olhei e vi o mesmo rapaz que tinha esbarrado comigo no dia anterior.

– Então é você o responsável por essa porcaria de relatório. - Ele arregalou os olhos assustado. - Responde!

– E-eu não sei. Deixe me ver. - Pediu com a voz trêmula, entreguei os documentos e ele os analisou. - Não senhor, eu fiz só os cálculos, o relatório quem fez foi o diretor do meu setor.

– Oras por favor. Você quer que eu acredite que um diretor fez essa merda? - Perguntei incrédulo, esse garoto só podia achar que eu era burro.

– Mas é a verdade. Ele só me pediu para fazer os cálculos. - Tentou argumentar.

– Esta me enfrentando rapaz? É isso?

– Não senhor.

– Esta demitido. - Ele me olhou assustado.

– Por favor senhor eu não fiz nada.

– Como nada? Você esta jogando a culpa de algo em um diretor e ainda teve a audácia de me responder. Pode passar no RH e pegar suas contas.

– Mas... - Tentou dizer.

– Mas nada, vai sair com as próprias pernas ou quer que eu chame a segurança. - Ele abaixou a cabeça e saiu. Bando de funcionários inúteis, voltei minha atenção aos documentos quando em um rompante a porta se abriu, vejo meu pai furioso vindo em minha direção.

– Quem te deu ordens para demitir alguém Edward? - Aposto que o garoto foi chorar para o meu pai.

– O garoto me desrespeitou e ainda colocou a culpa de um serviço mal feito em um diretor.

– Não interessa, não se demite as pessoas como se estivesse descartando lixo, isso tem que ser averiguado. Nunca mais faça isso antes de me consultar, entendido?

– Parece que não posso fazer nada nessa empresa. - Contestei desgostoso.

– Enquanto eu estiver vivo você terá que me dar satisfações, assim como qualquer outro empregado.

– Tá bom. - Respondi emburrado.

– Ótimo, não posso ficar saindo de reuniões importantes para lhe ensinar o que fazer Edward, esta na hora de crescer. - Respondeu antes de sair. Essa situação já estava me dando nos nervos, não foi assim que imaginei que seria meu trabalho, pensei que poderia fazer o que quisesse, a hora que quisesse, mas pelo jeito teria que esperar meu pai aposentar para então poder dar um jeito nessa empresa.

Às sete finalmente sai da empresa, peguei meu porshe e antes que me desse conta estava parado naquele lugar. Eu só queria saber o que estava fazendo ali, devia ter ficado louco e perdido completamente meu juízo, só isso explicaria. Era melhor ir embora, entretanto antes que desse partida no carro eu a vi, meu coração bateu acelerado como há muito tempo não batia, Caius não mentiu, ela estava absolutamente linda, sorria para uma garota que andava ao seu lado. Só ficava imaginando se teria o mesmo sabor e aroma, na hora minha mente foi invadida pelos momentos que passamos juntos, seu corpo junto ao meu, nossas bocas e mãos entrelaçadas sobre os lençóis. Eu quis tanto odia-la e esquecer que um dia ela existiu, mas isso com o tempo pareceu cada vez mais difícil, ainda mais com a minha mãe e meu pai insistindo em falar dela todo o tempo, esse era um dos motivos por que eu evitava ligar para casa quando estava na Inglaterra e por que eu não queria ficar na casa de meus pais. Tudo o que eu sentia por ela parecia ter se intensificado com o tempo e aumentado ainda mais agora, mas eu sabia que ela nunca seria minha, principalmente por que eu tinha certeza que não prestava, tudo o que sempre quis foi vingança e não duvido que quisesse dinheiro também, por isso fingia amar meus pais, pelo carro e pelo apartamento, eu queria tanto que eles pudessem ver do que ela era capaz com sua doçura, charme e beleza, entretanto era inútil dizer qualquer coisa contra ela, Isabella os tinha enfeitiçado, assim como a mim, pelo menos eu sabia quem ela era de verdade.

Notas finais do capítulo O próximo será mais leve e nele Bella finalmente vai descobrir que Edward voltou, mas ainda não será o reencontro. Como será que ela vai reagir a essa novidade? Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 13) Capítulo 12 - Amigos

Notas do capítulo Bom dia ou melhor boa madrugada!

Obrigada pelos lindos reviews!! Fico sempre sem palavras para agradecer aos comentários. Vocês são demais!!!

Que tal começar este domingo com um capítulo super leve? Nele teremos uma reunião entre amigos, um almoço com os pais e uma festa na piscina :) Espero que gostem ;) Bella POV

Eu, meus amigos e James nos divertíamos no meu apartamento enquanto esperávamos nossas pizzas, Emmett perguntou por que tínhamos que pedir pizza se tínhamos um chef italiano entre nós, só lhe respondi que James não ia trabalhar em um fim de semana, Rose lhe deu um tapa na nuca fazendo com que Emmett calasse a boca e nós caíssemos na gargalhada. Nossos fins de semana eram sempre assim, na sexta saíamos para jantar ou ir em alguma balada e no sábado nos reuníamos na casa de um de nós e comíamos besteira vendo filmes, jogando vídeo game ou só conversando.

– E ai decidiram que filme vamos ver? - A voz grave de Emm se fez presente, fazendo com que todos nós prestássemos atenção nele.

– Eu quero um romance mozi. - Rose pediu manhosa para ele.

– Ah nem pensar, eu quero algo com lutas, muito efeitos especiais e sangue. - Emm retrucou.

– Eu concordo. - Todos me olharam espantados. - Não me olhem assim, esses romances são sempre iguais, o casal se conhece, se apaixona, se separa e então se reencontram ou em um aeroporto, ou na chuva. - Os meninos deram risada.

– Isso aê Bellinha. - Emmett disse todo animado.

– Nossa amor nessa você me surpreendeu. - James disse me abraçando.

– Eu sou surpreendente. - Respondi sorrindo e lhe beijei.

– Hei pode parando ai casal. - Emm se intrometeu. - Temos uma decisão importante a tomar aqui. - Tive que rir com seu tom sério.

– Esses filmes de ação são a mesma coisa também. - Alice argumentou. - É tiro para todo lado e ninguém entende nada, eu quero uma comédia. O que acha Jazz?

– Eu prefiro um documentário. - Na mesma hora que ele disse todos responderam com um muxoxo. Só Jasper mesmo para querer ver um documentário.

– Que documentário o que! Vamos pela maioria. Quem quer ação, sangue e tiros levanta a mão. - Somente eu e Emmett levantamos.

– Quem quer romance? - Rose perguntou já levantando sua mão e foi a única, ela fez um bico e cruzou o braço, Emm a abraçou.

– Comédia? - Alice perguntou e ela e James levantaram as mãos.

– Bom temos um empate, como vamos fazer? - Emm perguntou.

– Empate nada eu escolho o mesmo que a Alice. - Jasper logo respondeu.

– Mas você não levantou a mão seu lerdo. - Emmett acusou.

– Isso não interessa, eu estou dizendo que quero uma comédia. - Alice o beijou e Emmett bufou.

– Tá bom, se é o que a maioria quer.

– Não fica assim Emm ainda dá tempo de ver outro. - Falei e na mesma hora ele se animou. Já estávamos com tudo preparado quando as pizzas chegaram, passamos o resto de nosso sábado assim, conversando, rindo e nos divertindo.

No dia seguinte eu e James nos aprontamos para almoçarmos com Esme e Carlisle, eu amava poder passar algum tempo com eles, assim que chegamos Esme nos recebeu estranhamente calada, percebi que ela estava um pouco pálida e parecia bem chateada.

– Oi meu bem que bom que vieram. - Disse me cumprimentando. - E você meu filho como vai? - Perguntou olhando para James.

– Muito bem. Obrigado Dona Esme.

– Pode esquecer esse dona. - Ela o repreendeu, ele assentiu sorrindo.

– Ok, Esme. - Ela abriu um leve sorriso e nos levou até a sala.

– Esta tudo bem mãe? - Perguntei, desde que chamei eles de pai e mãe pela primeira vez não parei.

– Mais ou menos filha. - Antes que pudesse responder mais alguma coisa Carlisle apareceu.

– Filha! - Exclamou feliz, levantei e fui abraça-lo.

– Oi pai. - Ele sorriu, mas também parecia estranho.

– Oi James, como vai?

– Bem senh...- James nem terminou e Carlisle lhe lançou um olhar de advertência. - Bem Carlisle e você? - Se corrigiu e o cumprimentou.

– Tranquilo. - Respondeu calmamente, voltei a me sentar ao lado de James e meu pai ao lado de minha mãe, eles estavam tão esquisitos. Não aguentei o clima e questionei.

– O que houve? Vocês estão estranhos.

– Não é nada meu bem, só estamos um pouco chateados com o Edward. - Só de ouvir seu nome um arrepio passou por mim, eu daria tudo para não me sentir assim.

– O que aconteceu? - Esme suspirou.

– Ele voltou. - Eu fiquei estática. Edward estava de volta? - E parece que nem tem mãe. - Esme reclamou. - Ficou um dia aqui e já se mudou, eu sei que ele quer ter seu próprio espaço, mas nem apareceu para me ver durante a semana, isso sem contar os problemas que seu pai esta tendo com ele no trabalho. - Eu não sabia o que dizer, só ficava pensando que ele estava aqui de novo e poderia aparecer a qualquer momento.

– Ele vai vir aqui hoje? - Perguntei com certa preocupação, ela negou fazendo com que uma onda de alivio passasse pelo meu corpo. - Seu pai o convidou, contudo ele se negou.

– Não vamos ficar falando sobre isso amor. - Meu pai lhe disse. - Vamos aproveitar a presença de nossa filha.

– Hei e eu? - James perguntou em um tom brincalhão, suavizando o ambiente, Esme riu.

– Não liga não James, é só ciúmes de pai. - Falou se levantando. - Vamos meu genro? - O chamou, James a abraçou.

– Vamos minha sogra.

– É assim né? - Meu pai se levantou se fazendo de ofendido. - Pode ficar com seu genro, eu tenho a minha filha. - Disse e me abraçou, Esme e James viraram na nossa direção e demos risada, fomos juntos para o outro cômodo almoçar em um clima bem mais ameno que antes. Como sempre estava tudo uma delicia, o assunto sobre Edward esquecido no momento.

– Vocês precisam vir aqui com seus amigos. Sinto falta deles. - Esme comentou sorrindo.

– Claro. Que tal sábado que vem? - Perguntei. - Vou falar com eles e depois ligo para confirmar. O que acha?

– Perfeito meu bem. Eu vou adorar, eles são tão divertidos.

– Principalmente o Emmett. - James disse rindo.

– Com certeza, sempre morro de rir com aquele grandalhão. - Nós rimos enquanto contávamos sobre o dia anterior e da nossa briga para escolher um filme.

– Alias rapaz você esta nos devendo um jantar. - Meu pai cobrou.

– Amor nós já comemos no restaurante dele. - Esme falou sorrindo.

– Sim, mas eu quero tratamento exclusivo. - Brincou meu pai. Nós rimos.

– E não merecem nada menos do que isso. Podíamos marcar no apartamento de Bella o que acham? - Ofereceu James alegremente.

– Perfeito. - Meu pai declarou. Ficamos o restante do domingo com meus pais até finalmente irmos para casa. Durante todo o caminho fomos conversando, eu não queria ficar nenhum momento em silêncio e pensar na volta de Edward e no que isso acarretaria.

A semana passou voando e logo chegou o sábado, meus amigos, James e eu nos reunimos na casa dos meu pais, Esme estava conosco, riamos e nos divertíamos com as palhaçadas de Emmett e de James que entraram em uma disputa de quem dava o maior salto, nem pareciam dois adultos, essa era uma das coisas que eu mais amava nele, seu jeito carismático e divertido. Enquanto eles pulavam na piscina e Rose e Jasper conversavam animadamente com Esme, eu me confidenciava com Alice.

– Como esta se sentindo com essa volta do Edward? - Perguntou em um sussurro. Suspirei sem saber direito o que dizer. Já havia contado a Alice sobre o retorno de Edward, mas com tantos compromissos durante a semana não pudemos conversar direito sobre o assunto.

– Bem. - Tentei parecer segura em minha resposta.

– Bem uma ova, estou vendo que esta tensa desde o dia que descobriu que ele tinha voltado. Ela balançou a cabeça. - Não acredito que esse cretino ainda mexe com você. - Falou aborrecida.

– Claro que não Alice. - Exaltei tentando manter o tom de voz baixo. - O Edward é passado. Respondi seriamente.

– Sinceramente não é o que parece Bella. Só espero que não machuque o James e nem você mesma tentando descobrir que isso não é verdade.

– Eu amo o James Alice, é ele que eu quero e é com ele que vou ficar. - Falei confiante e segura da minha decisão.

– Isso até você se encontrar com o Edward, aposto que toda essa sua resolução vai por água baixo.

– Pode ter certeza que isso não vai acontecer. - Antes que Alice retrucasse, minha mãe nos chamou.

– Hei o que vocês duas tanto cochicham ai no canto? - Perguntou sorrindo.

– Nada demais mãe. - Respondi me aproximando, Alice me acompanhou e nos sentamos ao redor da mesa onde eles conversavam.

– Só estava enchendo o saco dela Esme. - Alice comentou sorrindo. Emmett se aproximou todo molhado abraçando Rose que pulou da cadeira.

– Seu maluco! - Exclamou nervosa. - Eu fiz meu cabelo ontem.

– Baby se sabia que viríamos em uma festa na piscina por que fez o cabelo? - Emm perguntou confuso.

– Porque eu queria ficar linda e que não ia entrar na água.

– Por que não vai até o quarto da Bella e se enxuga meu bem? - Esme ofereceu.

– Obrigada Esme. - Rose agradeceu e entrou em casa bufando com Emmett atrás pedindo desculpas.

– Esses dois não tem jeito mesmo. - Jasper disse já rindo.

– Quem não tem jeito? - Jay apareceu se enxugando.

– O Emm molhou a Rose e ela ficou possessa. - Respondi, ele riu, se abaixou e me beijou.

– Bem feito para o grandalhão. - Falou se sentando ao meu lado.

– Como esta a água?

– Uma delícia, não vai entrar?

– Ainda não. - Ele se aproximou.

– Olha que eu posso te obrigar. - Ameaçou.

– Você não faria isso. - Cerrei meus olhos e o desafiei.

– Não mesmo? - Questionou e me beijou. Ouvimos alguém pigarrando e nos afastamos.

– Só para lembrar que vocês não estão sozinhos. - Jasper murmurou, fiquei roxa de vergonha, Esme sorriu nos observando. Voltei a minha atenção a eles e ficamos conversando até Rose e Emm voltarem, em seguida Alice, Jasper, Emm e James entraram na piscina de novo, apesar das tentativas de James fiquei com minha mãe e Rose, nós conversávamos enquanto eles se divertiam na água, este estava se tornando um ótimo dia, a única coisa que faltava para ser perfeito era que eu parasse de pensar em Edward.

Notas finais do capítulo

Atenção!!!! No próximo teremos o tão aguardado reencontro entre Bella e Edward, confesso que será breve, mas determinante, vai ser a partir desse reencontro que as coisas vão mudar. Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas do próximo capítulo na página do face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056 Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 14) Capítulo 13 - Tragédia

Notas do capítulo Preparados???

No capítulo de hoje teremos a invasão de Edward na festa da piscina, o choque de Bella ao revê-lo e as consequências do seu modo rude e estúpido. Como brinde mais um pouquinho de James, que nunca é demais :) É a partir deste capítulo que tudo vai acontecer e mudar!

Espero que gostem ;) Edward POV

De tanto minha mãe insistir decidir fazer uma visita para ela no sábado, cheguei na casa de meus pais e ouvi muitas risadas vindo do jardim, quando ia em direção da porta que dava para a piscina alguém se chocou comigo, assim que percebi de quem se tratava eu congelei.

– Edward! - Isabella sussurrou alarmada arregalando os lindos olhos verdes, sua pele macia parecia pegar fogo sob os meus dedos, ela estava uma tentação usando somente um biquíni que na mesma hora me deixou duro, a afastei com receio que ela percebesse o quão animado eu estava ao vê-la.

– Isabella. - Respondi seco me distanciando, ela me olhou envergonhada, com certeza tinha percebido meu estado.

– Filho! - Ouvi minha mãe me chamando, mas eu não conseguia desviar meus olhos da linda mulher na minha frente, estávamos os dois vidrados um no outro. Por um momento pensei em pega-la nos meus braços e leva-la até meu quarto e matar toda a saudade que senti. - Edward! - Minha mãe chamou novamente com mais urgência, Isabella finalmente se moveu indo onde minha mãe estava, eu a segui tentando não prestar atenção em seu delicioso corpo.

– Oi mãe. - A cumprimentei com um beijo. - Desculpe interromper a festa, não sabia que estava acompanhada. - Falei seco olhando com desdém todos que estava ali sem deixar de observar Isabella.

– Imagina Edward, você é mais que bem vindo. Esses são amigos de Bella. - Minha mãe os apresentou para mim, os cumprimentei com um simples aceno de cabeça. Bando de aproveitadores folgados. Uma das meninas eu reconheci, ela estava com Isabella no dia que fui até seu apartamento, pelo modo que me encarava parecia não gostar muito de mim. Humpf grande coisa. Subitamente um cara saiu da piscina e agarrou Isabella, eu juro que por muito pouco não pulei no seu pescoço. Como ele ousava tocar nela daquela maneira?

– Jay! - Isabella exclamou surpresa quando ele a pegou no colo.

– Esta na hora do seu banho senhorita. - Ele respondeu sorrindo e tudo o que eu queria era quebrar todos os dentes da sua boca.

– Não amor! - Ela gritou antes que ele pulasse na piscina com ela no colo. Amor? Que porra era essa? Eu não conseguia desviar meus olhos da cena. Todos os amigos dela riram, inclusive minha mãe.

– Filha traga o James aqui. - Ouvi minha mãe dizer quando Isabella saiu da piscina rindo e batendo no tal James, foi então que tudo ficou suspenso no tempo para mim, ele a puxou pela cintura e a beijou calorosamente. Eu fiquei atônito, meu coração batia acelerado fazendo com que minha respiração ficasse irregular, minhas mãos se fecharam tentando controlar toda a minha raiva. Como ele ousava tocar os lábios que eram meus? - Edward este é o James

namorado da Bella. - Minha mãe apresentou quando se aproximaram de onde estávamos. Namorado? Não! Isabella não podia namorar. Ela era minha! Só minha! Sua nada Edward. Por acaso é você que esta ao lado dela? Meu inconsciente alertou. O tal James estendeu a mão na minha direção. Tudo o que eu queria era matar aquele desgraçado a base de porrada.

– Já estava curioso para conhecer meu cunhado. - Disse sorrindo.

– Isabella não é minha irmã para que você seja o meu cunhado. Agora se os desocupados me dão licença tenho mais o que fazer. - Respondi rudemente saindo enfurecido dali, ainda pude ouvir os pedidos de desculpas da minha mãe e seus passos me seguindo.

– Edward! - Ela me chamou, mas a ignorei, quando já estava na sala me alcançou, segurou meu braço e me fez encara-la. - Pode me explicar o que foi aquilo?

– Foi que eu venho na casa da minha mãe e a encontro cheia de aproveitadores.

– Eles são amigos de Bella Edward. - Me repreendeu.

– Por isso mesmo, são iguais a ela um bando de sanguessugas.

– Você não pode vir na minha casa e ofender os meus convidados e a minha filha.

– Então é assim, entre eles e eu, você fica com eles? - Perguntei indignado.

– No momento sim, pois esta agindo feito uma criança mal criada. Eu quero que volte lá agora mesmo e peça desculpas ao James e aos amigos de Bella. - Bufei.

– Eu não vou pedir desculpas aquele idiota e para aqueles inúteis.

– Edward!

– Dá licença que eu não quero mais ficar aqui. - Respondi seco saindo pela porta, assim que entrei no meu carro dei partida e voei dali, eu estava louco de raiva. As imagens de Isabella com aquele palhaço não saiam da minha cabeça, eu apertei tanto o volante que quando estacionei o carro na garagem do meu apartamento, meus dedos estavam brancos. Não suportei a pressão crescente no meu peito e soltei um grito desesperado, em seguida soquei o volante com violência. O que eu esperava? Eu sabia a vadia que Isabella era, com certeza tinha se juntado com algum vagabundo para dar o golpe nos meus pais, precisava ficar de olho naquele sem vergonha, descarado, com aquele sorrisinho pretensioso, aposto que nem tem onde cair morto. Eu tinha que agradecer por ter sido esperto e não ter caído na armadilha dela. Suspirei pesadamente apoiando minha cabeça no encosto do meu banco fechando meus olhos em seguida. Como eu poderia agradecer se tudo o que eu queria agora era ser ele e poder tocar e beija-la a hora que quisesse? Isabella era vil e calculista e mesmo assim eu continuava completamente apaixonado por ela.

Bella POV

Eu fiquei parada, sem reação alguma depois do rompante de Edward, ainda estava em choque com o nosso encontro, suas mãos no meu corpo, seu cheiro delicioso. Edward estava ainda mais bonito e tudo o que queria era não me sentir assim, mas isso parecia ser mais forte do eu.

– Foi algo que eu disse? - Ouvi James perguntar confuso.

– Claro que não James, esse tal de Edward que é um grosso. Não sei como a Esme pode ter um filho assim. - Alice declarou indignada.

– Amor tudo bem? - James questionou me olhando com atenção, eu assenti. Ouvimos o som do portão da frente se abrindo e o cantar de pneus. Só podia ser o Edward.

– Eu vou ver como minha mãe esta. - Declarei indo em direção da casa, caminhei até o hall e encontrei minha mãe parada na entrada. - Mãe? - Chamei me aproximando, ela se virou com os olhos lagrimejados.

– Onde eu errei? - Perguntou com a voz embargada, eu fui até ela e a abracei.

– Que absurdo mãe! Você não errou, o Edward que é complicado. - Tentei consolar.

– Eu e seu pai achamos que ele ia mudar, amadurecer, só que parece que ele piorou. Eu não entendo filha. - Disse chorando. - Estou morrendo de vergonha. Não posso acreditar em como ele foi grosso com o James, com você e seus amigos.

– Você não tem culpa.

– Tenho. Eu mimei demais esse garoto. - A abracei novamente e acariciei seus cabelos. Quando ele vai aprender? - Chorou no meu ombro.

– Não sei. - Foi só o que pude responder, assim que ela se acalmou se afastou, seu semblante ainda abatido e triste.

– Eu vou subir e deitar, antes você pode chamar o James para mim? - Assenti e lhe beijei.

– Você é uma mãe fantástica. Nunca duvide disso. Eu tenho muita sorte por ter vocês na minha vida. - Falei a olhando seriamente, ela sorriu e me beijou.

– Nós que temos sorte por ter você meu bem, se não fosse por sua causa eu não sei o que seria de mim. - Beijei sua testa com carinho.

– Vou chamar o James. - Disse e segui para o jardim, da porta da cozinha o chamei, ele veio correndo na minha direção.

– Aconteceu alguma coisa amor? - Perguntou preocupado, eu neguei.

– Minha mãe quer falar com você. - Ele assentiu, me deu um beijo e foi até a sala. Eu me dirigi até meus amigos.

– Como sua mãe esta? - Suspirei chateada.

– Péssima, acho que brigou com Edward. - Respondi me sentando em uma das cadeiras a beira da piscina.

– Estúpido! - Alice exclamou nervosa. - Eu sabia que seu irmão era figurinha difícil, mas ele conseguiu me surpreender.

– Vocês viram como ele chegou aqui todo superior. - Rose falou indignada. - Nem se deu o trabalho de cumprimentar ninguém.

– Só fez isso quando Esme nos apresentou. - Jasper completou. Estavam todos pasmos com a atitude hostil e rude de Edward.

– Pior foi dizer na frente de todo mundo que a Bella não é irmã dele. - Emm disse revoltado. Como você conseguiu crescer com um babaca desses Bella? - O que eu diria? Que sempre fui apaixonada por ele e não me importava de ser um capacho?

– Sinceramente eu não sei. - Respondi em um suspiro, logo James apareceu. - Como ela esta? Perguntei assim que se aproximou.

– Ela foi descansar.

– O que ela te disse? - Perguntei curiosa.

– Pediu que todos nós a desculpássemos pelo comportamento do filho.

– Ela não tem culpa do filho idiota que tem. - Rose a defendeu.

– Quem deveria fazer isso era ele. - Jasper disse exaltado, todos estavam chateados, principalmente por que gostavam muito dos meus pais e viram como minha mãe ficou mal com a atitude de Edward.

– Duvido que o senhor orgulhoso e poderoso Cullen fará algo assim. - Alice respondeu em seguida.

– Melhor irmos embora. - Emmett falou, eu só consegui assentir. O pessoal se aprontou e saíram em seguida, eu decidi passar a noite ali, não poderia deixar minha mãe assim, James entendeu e aceitou meu convite para ficar comigo. Enquanto ele ia buscar algumas roupas em casa fiquei na sala, a última vez que fui ver minha mãe ela dormia tranquilamente. Eu ainda não conseguia assimilar o fato de ter visto Edward, parecia meio surreal, eu me sentia péssima e também culpada, pois mesmo tendo alguém como James ao meu lado eu fiquei mexida ao revê-lo.

– Boa noite Gianna. - Ouvi meu pai cumprimentar a governanta. - Tudo bem?

– Mais ou menos. Sua filha esta esperando na sala.

– Bella? - Me virei assim que o ouvi me chamando, fui até ele e o abracei. - O que houve? - Me afastei e o puxei para se sentar no sofá.

– O Edward esteve aqui e acho que ele e minha mãe discutiram.

– Sobre o que? - Perguntou com o cenho franzido a expressão séria e austera.

– Acho que foi por minha culpa. - Murmurei sem conseguir segurar as lágrimas, ele me abraçou e perguntou o que houve, eu contei o que sabia.

– Como pode achar que foi sua culpa filha? - Perguntou chocado. - O Edward esta sem limites. Eu já não sei o que fazer com ele. - Pronunciou arrasado. - Você esta bem? - Me perguntou preocupado.

– Estou, decidi passar a noite aqui. Não ia conseguir ficar longe com minha mãe assim.

– Não esperava outra atitude sua. - Declarou me abraçando.

– Pedi que o James ficasse também. Tudo bem? - Senti ele ficar um pouco tenso. Achava fofo seu ciúmes de pai. Então deu um suspiro.

– Claro que sim. - Beijou minha testa. - Ele faz parte da família agora não é? - Perguntou sorrindo.

– É. - Levantei. - Pai quando ele chegar pode avisar que já fui para o quarto?

– Claro. Pode ir tranquila. - Lhe dei um beijo e subi as escadas, quando entrei no meu quarto fui direto para o banho, quando retornei James estava sentado na cama.

– Tudo bem? - Perguntou preocupado. Eu assenti indo sentar em seu colo. - Esta tão calada. Comentou acariciando minhas costas.

– Só fiquei chateada pelo modo que o Edward agiu com você e minha mãe. - Disse meia verdade. Como você pode sentir qualquer coisa por alguém que foi estúpido com sua mãe, seu namorado e seus amigos? Sem contar tudo o que fez à você. Minha mente me condenou, eu adoraria saber essa resposta.

– Esse seu irmão não parece ser fácil. - Afirmou beijando minha cabeça.

– Ele não é mesmo. - Falei cabisbaixa.

– Hei. - Disse segurando meu queixo. - Não fica assim. Eu sei que esta chateada pela sua mãe, mas ela vai ficar bem e eu não me importo com o modo que ele me tratou e tenho certeza que o pessoal também não, só ficaram revoltados por causa da sua mãe. - Respondeu carinhoso, eu senti um aperto no peito por de alguma forma estar mentindo para ele, ao invés de responder eu o abracei, o beijando em seguida. No momento pouco me importava que eu estivesse na casa dos meus pais, eu precisava dele.

– Me ama? - Pedi, praticamente implorei. Me faça esquecer James. Completei mentalmente.

– Sempre amore mio. - Seus lábios preencheram os meus com amor e carinho, e eu me entreguei a ele na esperança de que Edward voltasse a fazer parte do meu passado.

No dia seguinte saímos cedo da casa dos meus pais, felizmente minha mãe estava se sentindo melhor, pediu desculpas novamente ao James e a mim pelo modo como Edward agiu. Ela ainda parecia muito chateada com ele e meu pai nem se fale, estava possesso. Confesso que eu não queria ir embora, fiquei abraçada a minha mãe por um bom tempo antes de sair, eu sentia um aperto horrível no peito. Todo o caminho até em casa foi silencioso, assim que chegamos eu comecei a chorar descontroladamente, James se assustou com o meu rompante.

– Amor o que foi? - Perguntou preocupado.

– Me abraça, só me abraça. - Pedi soluçando, ele me apertou em seus braços, me pegando no colo e levando para a cama, eu não sei quanto tempo ficamos ali, eu agarrava em sua camisa e chorava desesperadamente, James ficou todo o tempo comigo, me consolando de algo que eu não fazia ideia do que era. Talvez fosse pela volta do Edward e o modo como eu me senti vulnerável ou pelo jeito que ele tratou o James e como deixou minha mãe chateada ou como eu não queria sair da casa dos meus pais, tudo isso parecia ilógico, só a dor que eu sentia era real.

Acordei com um pouco de dor de cabeça e cansada, assim que abri meus olhos vi James sentado na cama me fitando com carinho, ele sorriu quando viu que havia despertado.

– Esta melhor? - Perguntou apreensivo acariciando meu rosto.

– Muito melhor. - Afirmei. - Obrigada por ter aguentado meu ataque hoje cedo. - Agradeci segurando sua mão na minha face. Ele negou e abriu seu magnifico sorriso.

– Não tem o que agradecer. Eu te amo. - Se aproximou e me deu um beijo. - Aqui. - Me passou uma aspirina e um copo de leite. - Imagino que deva estar com dor de cabeça. - Comentou me passando o remédio. Peguei a pílula e tomei, quando ele se levantou para levar o copo até a cozinha eu segurei sua mão.

– Fica aqui comigo. - Pedi aflita. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo comigo, eu só sabia que não queria ficar sozinha. Ele deixou o copo no criado, se deitou e me puxou para os seus braços, deitei sobre seu peito e o abracei. - Eu te amo Jay. - Declarei, ele me apertou contra o seu corpo e ficou acariciando minhas costas. Eu não queria de forma alguma sair dali, estava tão bom, mas infelizmente o telefone soou alto na sala, James se levantou e foi até lá. Me sentei na cama com o intuito de saber quem estava ligando, entretanto não consegui ouvir nada, no momento seguinte James apareceu na porta, eu fui incapaz de distinguir seu semblante.

– Quem era? - Perguntei inquieta, ele nada disse. - James! Quem era? - Perguntei gritando, James então me falou em uma voz baixa e embargada o que tinha acontecido. As lágrimas já jorravam de meus olhos sem permissão. Eu balancei a cabeça me negando a acreditar no que tinha acabado de ouvir, James veio na minha direção e me abraçou apertado, eu chorava desesperada, sem conseguir assimilar o que ele havia me dito. De novo eu estava sozinha.

James olhando para Bella depois do telefonema

Notas finais do capítulo E no próximo a queda de Edward!!!! Já tenho tudo esquematizado, mas adoraria ouvir a teoria de vocês para o que deveria acontecer com o ele. E aí o que o Edward merece? Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas do próximo capítulo na página do face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056 Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 15) Capítulo 14 - Dia D

Notas do capítulo Gente AMEI todos os comentários!!!Nem acreditei quando vi que tinha recebido duas recomendações lindas *--*Muito obrigada biaventura e Nany Stewart me emocionei com as palavras de vocês :') É tão bom saber que estão gostando da história. Espero que continuem curtindo :)Dedico esse capítulo a vocês e as lindas leitoras que me acompanham. Prontas para a queda do Edward???Percebi que juntando os reviews vocês acertaram em cheio o que vai acontecer, mas acho que o final do capítulo e alguns detalhes podem surpreender 0.0Espero que gostem ;) Edward POV

Serenava, a fraca chuva caia fazendo com que o frio que eu já sentia piorasse, não era um frio físico, porém meu corpo inteiro parecia congelado conforme eu via o caixão de meus pais diante de mim, haviam várias pessoas ao redor, mas eu não percebia ninguém, nem as palavras que o pastor dizia. Receber a noticia que meus pais haviam sofrido um acidente só não foi pior do que descobrir que eles estavam a caminho do meu apartamento aquela noite, com certeza para me dar algum sermão. Senti um toque gentil em meu ombro, virei meu rosto e me deparei com um dos amigos de meu pai, simplesmente assenti. Eu só conseguia pensar em uma pessoa que eu gostaria que estivesse aqui comigo, Isabella era a única que seria capaz de me trazer algum conforto. Então como se atendesse meu pedido eu a vi se aproximando, porém antes que fosse na sua direção percebi que não estava sozinha, quando o vi ao seu lado senti minha raiva e razão voltar com tudo, ele era o culpado por tudo isso e ela também, foi por culpa deles que briguei com minha mãe e por causa deles que meus pais estavam chateados comigo. Fui como um foguete até onde estavam, minha raiva aumentando a cada segundo, quando finalmente me aproximei de onde estavam, ela levantou a cabeça e me encarou, não pude ver seus olhos através dos grossos óculos escuros que usava, ela se agarrava fortemente ao ser que a abraçava, fazendo com que eu finalmente explodisse.

– O que esta fazendo aqui? - Perguntei rudemente. Ela pareceu em choque com minha reação.

– Vim me despedir dos meus pais Edward. - Murmurou com a voz embargada.

– Eles são meus pais, não seus. - Respondi grosso. - Você é só uma vagabunda que eles pegaram para criar por pena. - Antes que me desse conta senti um golpe no meu rosto e cai no gramado sentindo o gosto de sangue na minha boca, olhei para cima e vi o namorado dela ofegante me olhando com ódio mortal. - Nunca mais diga isso seu projeto de gente! - Disparou irritadiço. - OUVIU? - Gritou e tentou se aproximar novamente entretanto Isabella o segurou.

– James! Pare! - Pediu segurando seu braço, o modo que ela me olhou machucou muito mais do que o soco que havia recebido. Percebi que todos olhavam a cena com curiosidade. - Ele não vale a pena. - Soltou com desprezo me encarando. - Você é insignificante, baixo e vazio Edward, Esme e Carlisle não mereciam um filho assim. - Isabella disse amarga, fazendo com a dor em meu peito aumentasse. - Faça muito bom proveito da sua vida frívola. Vamos Jay. Chamou o tal cara e o puxou para saírem dali, ele a abraçou e ela colocou a cabeça em seu tórax. A cena fez um pressão ainda maior se apossar do meu peito, eu via a única pessoa capaz de me curar indo embora com outro, por minha culpa.

– Edward. - Virei e vi o advogado que estava encarregado de tudo me chamar. - Esta na hora. Avisou, com certa dificuldade me levantei e voltei ao lugar que estava antes. Pensei no que Isabella havia dito e pela primeira vez eu tive que concordar com ela, meus pais não mereciam um filho como eu. Enquanto via os caixões sendo sepultados eu sentia que não eram só eles que tinham morrido e sim eu também, por que naquele momento percebi que tinha perdido tudo o que eu mais amava, meus pais e Isabella.

A chuva havia aumentado, era como se os céus também chorassem a perda dos meus pais, porém eu não conseguia solver sequer uma lágrima, olhava distraído as gotas baterem na janela da sala do escritório de meu pai. Como foi de seu desejo, o testamento seria lido após seu sepultamento, me virei assim que percebi o advogado se aproximar.

– Pronto? - Assenti e me sentei na cadeira em frente à mesa que meu pai costumava trabalhar, a lembrança trouxe um gosto amargo na minha boca. O advogado se sentou na cadeira e abriu uma pasta cheia de papéis. Confesso que fiquei confuso por Isabella não ter sido chamada, tinha certeza que meu pai ia deixar algo para ela, talvez tenha se recusado a vir depois do que eu disse. Eu queria pedir desculpas pelo modo estúpido que agi, mas ao mesmo tempo não achava que ela merecia, devia estar fingindo e só estar interessada na herança. O advogado começou a ler o testamento e eu pude finalmente deixar de pensar nela. - Eu, Carlisle Cullen deixo todos os meus bens aos cuidados de meu advogado Eleazar Denali para administrar e cuidar. - Me levantei em um átimo.

– Que merda é essa? - Disparei exasperado, o advogado suspirou calmamente.

– Era o desejo de seu pai Edward, ele não queria que você destruísse o patrimônio que ele construiu. - Destruir? Eu?

– Desejo dele uma ova, aposto que falsificou esse documento e esta tentando me dar um golpe.

– Claro que não, sempre fui muito honesto e nunca faria algo desse tipo, além disso o documento esta assinado por mais três testemunhas que afirmam o desejo do seu pai.

– Não me assusto com esse seu papo furado, vendo o meu carro e procuro um advogado para reverter isso. - Ele balançou a cabeça negativamente.

– Sinto muito Edward, mas o carro, seu apartamento e sua conta no banco estão todos no nome do seu pai e a partir de hoje você não tem direito de usufruir nenhum desses bens, e não vai adiantar nada procurar outro advogado para defender sua causa pois este documento é inviolável. Eu sinto muito, mas você não tem direito a mais nada. - Eu não sabia o que dizer ou como reagir.

– Mas onde vou morar? - Perguntei chocado.

– Me desculpe, mas isso não é meu problema. Se quiser posso te oferecer um trabalho como auxiliar administrativo na empresa.

– O que? Eu sou o dono daquilo. Como você ousa me oferecer um emprego desses? - Disparei enfurecido.

– Você era o dono, não posso te oferecer nada melhor haja visto que acabou de sair da faculdade e não tem experiência suficiente.

– Eu não quero esse empreguinho, fique sabendo que vou procurar sim outro advogado e provar que essa merda de testamento foi falsificado.

– Faço o que bem entender. Com licença. - Disse indo em direção da porta. - Espero que saia do apartamento até o fim do dia, quero deixar claro que tudo o que pode pegar lá são suas roupas e que se pegar qualquer outro objeto será considerado roubo. - Declarou antes sair. O que? Para onde eu iria? Com que dinheiro? Talvez pudesse procurar Isabella, afinal de contas o

apartamento que morava tinha sido presente dos meus pais, eu estava certo afinal, para ela eles deixaram alguma coisa. Eu podia procura-la, mas duvidava que iria me ajudar, principalmente depois de tudo o que lhe disse.

Fui praticamente expulso da casa que cresci, eu me senti deslocado e sem saber o que fazer. Eu devia estar tendo um pesadelo e nada disso era real, não tinha como ser verdade, sentei na calçada, colocando a mão na cabeça desesperado, pelo menos a chuva tinha dado uma trégua.

Depois de pensar um pouco, tomei uma decisão, ia procurar meus amigos, com certeza eles iam me ajudar.Peguei um táxi e fui até a casa de Marcus, ele me atendeu e disse que não podia fazer nada por mim, argumentei que precisava de um advogado e que ele podia me ajudar, sua resposta foi como um tapa na cara. “Você não pode pagar meus honorários”. Sai de lá cabisbaixo e me dirigi até a casa de Caius, com a certeza de que ele me ajudaria. Toquei a campainha de seu apartamento e ele me deixou subir, assim que viu meu estado se assustou.

– Edward o que houve? - Perguntou olhando meu terno todo desarrumado e meu rosto acabado.

– Meu pais morreram, lembra? - Respondi sarcasticamente.

– Nossa verdade. Sinto muito por não poder ter ido, mas sabe como é né? Tava com uma delícia aí e não deu para ir. - Se desculpou. Belos amigos eu tinha.

– Eu preciso de sua ajuda. - Disse e comecei a explicar tudo o que tinha acontecido.

– Cara não acredito que seus pais fizeram isso. - Falou abismado.

– Bem vindo ao clube. - Respondi sem emoção. - Vai me ajudar? Eu juro que te pago assim que puder.

– Olha Edward, não é que não queira te ajudar, mas nós sabemos que você não poderá me pagar e isso vai afetar nossa amizade, sinto muito mas prefiro não misturar as coisas. - O encarei incrédulo.

– Você sequer ouviu o que eu disse? - Perguntei alterado. - Eu perdi tudo porra! E você vem me dizer que se me ajudar vai perder minha amizade? Que tipo de amigo é você?

– Se você vai perder a cabeça vou ter que pedir que se retire antes que chame os seguranças. O olhei chocado.

– Não vai ser preciso. - Respondi seco e sai pela porta. Eram essas pessoas que eu considerava como meus amigos? Procurei mais algumas pessoas que conhecia só para bater com a porta na minha cara, parecia que a notícia sobre minha pobreza já tinha se espalhado. Agora que eu não tinha nada, ninguém queria estar perto de mim, senti pela primeira vez o gosto da rejeição, sentei em um banco e tentei pensar no que faria. Eu só conseguia pensar em uma pessoa, Isabella, aposto que ela devia estar rodeada por seus amigos e seu querido namorado, tinha certeza que se a procurasse iria me enxotar como um cachorro também, além de ficar feliz em ver como eu tinha chegado ao fundo do poço, mas eu não daria esse gostinho a ela, por hora tinha que pensar onde passar a noite, estava difícil acreditar na situação em que eu me encontrava, há menos de vinte e quatro horas eu dormia tranquilo na minha cama, coberto com lençóis de cetim e cobertas aveludadas, agora tudo o que eu tinha era meu terno já molhado pela chuva que tinha tomado. Meu cansaço me tomou de tal forma que acabei deitando no banco e antes que percebesse havia dormido.

Um mês. Já fazia um mês que eu vagava pelas ruas sem rumo, as vezes dava sorte de arrumar uma vaga no abrigo para dormir, mas esse não era o pior, ainda tinha que enfrentar o frio e a fome, peguei grande parte das roupas que estavam no meu apartamento e vendi, não deu para pegar nada de valor já que um segurança ficou todo o tempo do meu lado, o dinheiro que não era muito logo acabou, tentei inutilmente utilizar meu cartão só para descobrir que ele já não valia mais nada, era real, eu estava sem nada e sozinho. Eu me sentia cada dia pior, a tosse e a dor no corpo só pioravam meu estado. Vagava pelas ruas sem rumo somente com um cobertor, infelizmente eu perdi minha vaga no abrigo e ia ter que arrumar algum canto para dormir e tentar me aquecer, mexi nos lixos e achei um pedaço de pão, pelo menos não sentiria fome esta noite. Caminhava lentamente quando fui abordado por três rapazes.

– Hei olha o que temos aqui? - Um deles falou.

– O que vocês querem? - Ousei perguntar.

– Olha só, um mendigo valente. - Zoou um outro que vinha por trás e me empurrou. Eles riram quando me desequilibrei e cai no chão. - Isso vai ser divertido. - Disse com um sorriso maldoso. Subitamente senti um soco forte no meu estômago me deixando sem ar.

– Retruca agora seu nojento. - Provocaram, me chutando de novo. - Acho que esse valentão merece algo a mais. - Assim que falou senti algo duro bater em minhas pernas, olhei um pouco desnorteado e vi um pedaço de madeira. No segundo seguinte socaram meu rosto. - O que tá olhando? Hein? - Socaram de novo e de novo. Minha garganta queimava pelos chutes que recebia, sentia minhas forças se esvaindo aos poucos. Esse era o meu fim, sozinho, sujo e doente, conforme a escuridão me tomava, eu via minha vida passando pela minha mente como um filme, o modo grosso como tinha tratado minha mãe, o irresponsável que havia sido com meu pai e o canalha sem coração que fui com Isabella, foi então que ouvi sua voz suave ecoando e mostrando que tudo o que ela havia me dito estava certo e que eu tinha perdido as únicas pessoas que se importavam comigo.

“Tirando o dinheiro e a beleza o que você tem para oferecer para alguém? Nada!”

“Eu não preciso me vingar, tenho certeza que você mesmo se encarregará de acabar com sua própria vida.”

“Seu destino é ficar sozinho, tem sorte dos seus pais te amarem, pois você é uma pessoa podre.”

“Pode esperar Edward, o que é seu vai chegar e você vai pagar por tudo o que me fez.”

“Você é insignificante, baixo e vazio Edward, Esme e Carlisle não mereciam um filho assim.”

“Faça muito bom proveito da sua vida frívola.”

Isabella estava certa, quem poderia amar uma pessoa podre, fútil, miserável e vil como eu? Agora eu pagava por tudo de ruim que tinha feito, perdi meu dinheiro, meus pais, minha posição social e o que mais me doía, eu tinha perdido Isabella. Em meus minutos finais me permiti pensar no melhor momento da minha vida, quando eu a tinha em meus braços e estávamos felizes.

Tudo o que eu queria era uma chance de mostrar que eu podia ser diferente, que eu podia mudar, mas conforme a dor aumentava e eu sentia o sangue na minha boca percebi que era tarde demais para uma última chance, eu tive tudo o que queria, mas não soube dar valor.

Foi me lembrando do seu belo rosto e ouvindo sua doce voz que eu finalmente sucumbi a dor e deixei a escuridão me levar.

“Eu quero você Edward.”

Notas finais do capítulo Vivas ainda????Quem ai amou o soco que o James deu no Edward levanta a mão oI e o que a Bella disse hein, destruiu ele por completo! Eu ia deixar o assunto do testamento se desenrolar na historia, mas sei que a maioria vai achar estranho o Carlisle deixar o Edward sem nada, então decidi esclarecer alguns pontos agora: - Não sou advogada e tomei a liberdade de usar a ficção quando escrevi esta parte para dar mais dramaticidade; - A intenção do Carlisle não era deserdar definitivamente o Edward e sim dar um choque de realidade nele, mesmo por que ele não poderia fazer isso; - Edward e Bella são os herdeiros, afinal de contas nenhum dos dois matou ninguém para ser deserdado; - A fortuna não foi deixada para Eleazar e sim para ele administrar; - Eleazar não esta enganando o Edward só seguindo o que lhe foi instruido por Carlisle, ele sabe muito bem que o Edward pode recorrer e que vai ganhar, seu objetivo é dificultar isso o máximo que puder caso ele entre com a ação; - Por hora o Edward vai esquecer sobre o assunto devido a atual condição dele, mas essa herança não é assunto acabado. Bom é isso, não direi mais nada senão fica sem graça :) No próximo teremos o destino final do Edward. Algum palpite?Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas deste capítulo e do próximo na página do face:https://www.facebook.com/pages/New-MoonFanfics/454837641264056 Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 16) Capítulo 15 - Anjo

Notas do capítulo

Dando pulinhos igual a Alice. Muito feliz por terem gostado do capítulo anterior e por todos os comentários *--*Vamos ao capítulo de hoje...Desejo sinceramente que não me degolem :}Espero que gostem ;) Bella POV

O último mês tinha sido um dos mais difíceis da minha vida, eu fiquei sem chão ao saber da morte de meus pais, por mais que o Edward dissesse que eles não eram, era assim que eu me sentia e eu sabia que eles também me amavam como uma filha. O que Edward disse no enterro me machucou, eu queria saber o que eu tinha feito a ele para que me odiasse tanto, felizmente eu tinha ao meu lado, James e meus amigos, eles foram fundamentais para que eu não me entregasse a dor pelo morte de Esme e Carlisle, estava todo mundo triste com o que tinha acontecido e muito revoltados com Edward. Eu não podia dizer nada, pois tinham toda razão para estarem assim.

Eu me recuperava aos poucos e hoje o dia estava me ajudando e muito, tinha acabado de sair do trabalho e recebido a promoção que tanto queria, avisei James e ele me disse que faria um jantar especial para comemorar, fui contente caminhando até em casa quando ao passar por uma praça próxima ao meu apartamento eu ouvi um gemido, vi um homem deitado no chão se remexendo, me aproximei com cuidado. Oh! Não podia ser. Cheguei perto e afastei um pouco de seus cabelos. Eu não conseguia acreditar no que meus olhos viam, era Edward, todo machucado, seu rosto estava todo cortado, passei minha mão pela sua testa e percebi que estava queimando de febre, sem pensar peguei meu celular e chamei uma ambulância.

– O que houve com você? - Perguntei assombrada pelo modo que ele estava. Edward não dizia nada, sequer conseguia abrir os olhos, na hora eu temi pelo pior. Logo os médicos chegaram, disse que era sua irmã e fui junto com ele na ambulância, seu estado era deplorável, percebi que vestia a mesma roupa do dia do funeral. Será que ele tinha enlouquecido com a morte dos pais? Ou tinha ficado bêbado e brigado com alguém? As possibilidades para o seu estado não paravam de girar na minha cabeça, em pouco tempo chegamos no hospital, os médicos o levaram e disseram que logo trariam noticias. Eu fiquei na sala de espera só pensando no que faria. Edward não tinha outros parentes ou alguém que cuidasse dele. Não! Eu não faria isso. Não depois de tudo o que ele me fez. Aposto que se eu o ajudasse ele iria arrumar um modo de me humilhar. Faça pelos seus pais Isabella. Pensei em Esme e Carlisle e no quanto eles amavam o filho. Eu devia isso a eles, não poderia virar as costas a Edward, não por ele, mas pelos meus pais. Fiquei um tempo interminável lutando comigo mesma sobre o que era o certo a fazer e o que eu realmente gostaria de fazer e parecia cada vez mais difícil decidir um caminho.

– Senhorita? - Ouvi me chamarem. Olhei e vi o médico que atendeu Edward parado diante de mim.

– Como ele esta? - Perguntei me levantando.

– Os ferimentos foram sérios, tem vários cortes e escoriações no rosto e no corpo, três costelas quebradas, um corte profundo na garganta e parece estar com um forte resfriado, felizmente ele foi trazido a tempo, pois o sangue já estava fechando suas vias respiratórias e em pouco tempo ele poderia ter morrido. - Quando o médico mencionou a palavra morte eu gelei.

– Mas ele vai ficar bem não é? - A preocupação na minha voz era latente. Ele sorriu.

– Sim, já fizemos os curativos e limpamos o sangue de sua garganta, assim como já demos alguns pontos e ministramos alguns remédios.

– E quando ele poderá sair?

– Darei alta amanhã à tarde. Ele precisa de repouso absoluto e não pode de modo algum se exaltar ou falar demais, caso contrário os pontos podem abrir.

– Eu tomarei todos os cuidados. Posso vê-lo?

– Claro, é só seguir esse corredor e virar na terceira porta à esquerda. - Agradeci e segui até o quarto. Edward estava deitado e parecia dormir, evitei chegar mais perto dele, seu rosto estava muito machucado, ele tinha uma faixa cobrindo todo o seu peito. Não suportei ficar ali muito tempo e fui para casa.

Abri a porta do meu apartamento e senti os braços de James ao meu redor ao mesmo tempo que entrei.

– Amor eu fiquei louco de preocupação. Onde você estava? - Perguntou segurando meu rosto. - Bella? - Me chamou preocupado.

– Desculpa Jay. Acabei esquecendo de te avisar. - Respondi indo em direção da sala e me jogando no sofá.

– O que aconteceu? Você parece péssima. - Comentou se sentando ao meu lado.

– Encontrei com Edward. - James franziu o cenho.

– O que aquele imbecil fez agora? - Essa conversa seria mais difícil do que eu podia imaginar.

– Eu achei ele jogado no chão todo machucado.

– Sério? - Perguntou perplexo. Assenti.

– Chamei a ambulância e fui com ele para o hospital. Segundo o médico se eu não tivesse aparecido ele poderia ter morrido. - Minha voz falhou.

– Aposto que se embebedou e se meteu em uma briga.

– Não sei, ele não cheirava a bebida.

– Eu sei que esta chateada amor, mas não adianta ficar assim por causa dele, é um irresponsável. - Respirei fundo antes de jogar a bomba.

– Eu decidi trazer ele para cá quando tiver alta. - Disparei.

– O que? Por que?

– Ele não pode ficar sozinho Jay, precisa de alguém que o ajude.

– Que peça ajuda a uma das mulheres que ele leva para cama ou seus amigos milionários. Você não tem que fazer isso Bella.

– Eu tenho sim. - Retruquei.

– Claro que não, você não deve nada a ele.

– Ao Edward não, mas aos meus pais. - Respondi séria. - Vou fazer isso por eles James.

– Bella o Edward não merece qualquer consideração da sua parte, nem mesmo pela memória dos seus pais, que ele mesmo nunca respeitou.

– Eu vou fazer isso James, você querendo ou não ele é a única família que me restou.

– Ele nunca te considerou a família dele. - Respondeu ríspido.

– Isso não importa. Amanhã vou buscar ele no hospital e gostaria muito que ficasse do meu lado, se não quiser aceitar tudo bem, mas eu vou fazer isso. - Falei indo para o meu quarto, antes que chegasse até lá, James segurou meu braço.

– Eu entendo por que quer fazer isso, só não quero que se magoe. - Sorri fracamente.

– Não se preocupe, já estou vacinada contra Edward Cullen. - Ele passou os braços pela minha cintura.

– Não entendo como ele pode ter sido tão rude com alguém como você. - Murmurou no meu ouvido. Não queria nem imaginar o que James faria se soubesse de tudo o que Edward já me fez.

No dia seguinte James me acompanhou até o hospital para buscar Edward, passei praticamente toda a minha noite pensando se o que eu estava fazendo era o certo para mim ou não. Eu estava com muito medo de me magoar novamente e eu sabia que querendo ou não era isso que acabaria acontecendo, mesmo assim eu me via impossibilitada de não ajudar Edward, devia isso aos meus pais. O médico me explicou novamente todos os cuidados que Edward iria precisar, principalmente por causa do corte em sua garganta, quando terminou com as explicações nos levou até o quarto onde ele estava, James preferiu esperar do lado de fora, respirei fundo antes de entrar, estava tomando coragem. Abri a porta lentamente, Edward estava sentado em uma cadeira de rodas devido os ferimentos nas pernas, costas e costelas, ele fitava a grande janela do quarto sem poder me ver, me aproximei lentamente.

– Edward? - O chamei, senti ele ficar rígido. Caminhei até ficar diante dele, Edward me olhava com assombro, como se eu fosse um fantasma ou uma alucinação. Quando ele abriu a boca eu o impedi. - Não diz nada. Sua garganta esta bem machucada. - Expliquei e ele assentiu, com certeza o médico havia falado sobre isso. - Vim lhe buscar. - Disse seriamente. Edward ainda me fitava atônito. - Vamos? - Ele assentiu sem conseguir esconder a confusão em seus olhos, fui atras dele e empurrei sua cadeira. Encontrei James no corredor.

– Olá Edward. - O cumprimentou, Edward somente acenou com a cabeça. - Pronta amor? Perguntou me abraçando.

– Sim. - Continuei empurrando a cadeira de Edward até o carro, James abriu a porta do passageiro. Ergui minha mão em direção ao Edward para ajuda-lo a entrar, porém quando ele ia segurar em minha mão, James me afastou.

– Deixa que eu faço isso. - Edward abaixou os braços e olhou feio para James, ele não mudava mesmo. - Vai me deixar ajudar ou não? - James questionou Edward, ele bufou e esticou o braço deixando que James finalmente o ajudasse. A viagem até em casa foi silenciosa, quando chegamos James ajudou Edward até que ele estivesse deitado na cama.

– Como esta proibido de forçar sua garganta caso precise de qualquer é só tocar esse sino. Expliquei mostrando o objeto que ficava no criado. - E aqui também tem um bloco de notas para escrever o que precisar. Agora vou deixar você descansar, logo trarei seus remédios e um

caldo. - Antes que saísse Edward segurou minha mão, eu fiquei estática diante do seu toque, meu coração traidor batia acelerado, ele me puxou até que eu estivesse sentada na cama, soltou minha mão e pegou o bloco de notas escrevendo algo com muita dificuldade, depois me passou o papel.

"Obrigado Isabella"

– Não tem o que agradecer Edward. Eu faço isso pelos meus pais. - Respondi seca me levantando e deixando o quarto. Eu não podia deixar Edward me afetar desse modo. Segui até a cozinha um pouco transtornada com toda essa situação.

– E aí como ele esta? - James perguntou.

– Parece bem. - Respondi me sentando no banco em frente ao balcão.

– E você? - O fitei.

– Eu não sei. - Fui sincera.

– Amor se quiser eu posso ver uma enfermeira ou alguém para cuidar dele.

– Não James, eu preciso fazer isso. - Suspirei. - Talvez seja uma forma de deixar o passado para trás.

– Será? - Questionou. - Por que seu irmão não parece ter mudado nada.

– E nem acredito que vá mudar, mas eu quero fazer o que puder por ele. Eu não vou deixar de ser quem eu sou por causa dele, o repudiar em uma situação dessa não seria uma atitude minha. - James sorriu.

– Verdade. - Ele se aproximou e me beijou.

– Eu preciso preparar um caldo para ele jantar.

– Deixa que eu faço. - Se ofereceu, arqueie minha sobrancelha.

– Melhor não, você vai acabar pondo pimenta ou algo parecido. - James riu.

– Por mais que fosse minha vontade juro que não farei nada parecido, faço rapidinho e enquanto isso você toma um banho e dá uma relaxada, sei que dormiu muito mal essa noite. Suspirei derrotada.

– Obrigada. - Agradeci.

– Sem problemas. - Me beijou. Sai da cozinha e me dirigi até meu quarto, me despi e entrei no chuveiro. Estava tão confusa, ao mesmo tempo que queria ajudar o Edward, tudo o que tinha vontade de fazer era xinga-lo e expulsa-lo de minha casa. Pensei em todos os momentos que passamos juntos e tudo o que ele me fez, eu não seria capaz de seguir em frente com isso se não o perdoasse, caso contrário acabaria jogando o prato de sopa quente na cara dele, fiquei imóvel por vários minutos debaixo da forte ducha, tentando achar uma saída para a minha situação, foi então que me lembrei do conselho de minha mãe, não Renée, mas sim da mulher que cuidou de mim e me amou durante anos, Esme, parecia até que podia ouvir sua voz calma dizer, " Não guarde rancor ou raiva de ninguém. Só quem sofre com isso é você mesma." Ela tinha toda a razão, quem estava sofrendo com tudo isso era eu, se queria ajudar Edward de verdade, eu tinha que o perdoar de coração e tentar começar de novo, se ele agisse como sempre e fosse grosso e estúpido, pelo menos eu saberia que tinha feito a minha parte. Respirei fundo e pensei novamente em tudo o que passamos, todas as humilhações, magoa e dor que ele me infringiu, chorei deixando que a água levasse tudo embora. Quando sai do banho me senti leve, me vesti e fui para a cozinha. O cheiro do caldo de James invadia todo o ambiente. - Hum isso parece delicioso. - O elogiei abraçando seu corpo.

– Experimenta. - Ele pegou uma colher e levou até minha boca.

– Nossa esta ótimo e sem pimenta. - Apontei e nós rimos.

– Você parece bem melhor. - Comentou me observando.

– O banho me fez muito bem. - Respondi sorrindo, ele me beijou. Se afastou e suspirou.

– Infelizmente tenho que ir para o restaurante. Vai ficar bem? - Assenti, ele segurou meu rosto e me beijou novamente. - Você é fantástica. - Me deu mais um beijo e se despediu. Enquanto esperava o caldo esfriar, aprontei uma bandeja com o remédio e os curativos que faria depois que Edward se alimentasse, me dirigi até o quarto e quando entrei ele virou a cabeça me observando.

– Hora do jantar. - Anunciei, mas Edward não se moveu. Coloquei a bandeja sobre a cama. Vamos Edward, esta uma delicia. - Ele negou. - Por favor. - Pedi, ele balançou a cabeça novamente. Suspirei. - Se não quiser comer tudo bem, mas precisa tomar seu remédio. - Avisei lhe passando o copo com água já misturado com seu remédio para dor, com certo esforço ele levantou o tronco e o ajudei a tomar. Peguei o copo e o coloquei no criado, me sentando na cama em seguida. - Posso fazer seus curativos? - Perguntei pegando o algodão e o anti-séptico, Edward assentiu, comecei a fazer os curativos em seu rosto com muito cuidado, ele em momento nenhum tirava os olhos de mim, o que estava me deixando sem graça. - Pronto terminei. - Disse guardando tudo o que tinha utilizado. O olhei. - Come só um pouco. - Tentei pedir novamente. Edward se sentou na cama com dificuldade, coloquei a bandeja em seu colo, ele tentou segurar a colher, mas parecia não ter força suficiente para levanta-la, pois pouco depois que tentou levar o caldo até boca a colher escorregou de sua mão caindo no prato e espirrando para todo o lado, Edward encostou na cama e abaixou a cabeça envergonhado, peguei um pano que estava na bandeja e passei por onde tinha respingos do caldo. - Hei não fica assim. - Disse tentando levantar seu ânimo. - Logo você estará melhor. - Continuou imóvel. - Edward olha para mim. - Pedi, ele levantou a cabeça e me olhou, peguei a colher e levei até sua boca, ele me encarava chocado. - Você não quer que eu faça aviãozinho né? - Brinquei arqueando minha sobrancelha. Edward abriu a boca e o alimentei, ele comia com gosto. Mais? - Edward assentiu. - Não disse que estava bom. - Comentei enquanto dava outra colher em sua boca, antes que percebesse o prato estava limpo. - Muito bem. Comeu tudo. - O parabenizei, Edward continuava sério. - Qualquer coisa é só me chamar ok? - Ele assentiu e se deitou. Me retirei levando tudo para a cozinha, deixei tudo na pia, peguei a caixinha de curativos e coloquei sobre o balcão. Me sentia entorpecida pelo o que tinha acabado de acontecer, quando decidi deixar tudo para trás não pensei que conseguiria trata-lo dessa forma tão natural, mesmo assim me senti bem ao fazer isso, em paz. Quem sabe esse não poderia ser um novo começo para ele e também para mim? Talvez pudéssemos recuperar o tempo perdido, afinal de contas se minha paixonite boba e sua infantilidade não estivem estragado nossa relação, seriamos como irmãos, sei que Edward rejeitaria veementemente isso, como sempre fez, mas agora a vida tinha dado mais uma chance para consertamos esse nosso relacionamento maluco e sermos o que deveríamos ter sido desde o inicio, uma família.

Edward POV

Como ela podia me ajudar depois de tudo o que lhe disse? Depois de tudo o que eu a fiz sofrer? Eu sabia que fazia tudo isso pelos meus pais, mas mesmo assim não entendia como podia cuidar de mim com tanto carinho e doçura, até comida na boca ela me deu. Estava admirado com sua atitude. Eu tive que passar pelo pior para ver que o que meus pais diziam sobre ela era verdade, Isabella era simplesmente pura e boa, um anjo, enquanto eu não passava de um monstro, pensava em tudo o que lhe fiz sofrer e em como a humilhei e destruí. Por que eu só fui capaz de ver isso agora? Quando eu já tinha perdido todas as chances de ter ela de novo? Acho que foi mais fácil na época tentar odia-la do que ver a verdade, do que lutar pelo amor que sentia, só que agora Isabella era de outro e eu não tinha mais razão alguma para continuar vivo, eu devia ter morrido, esse sim era o melhor caminho, para mim e para todos. Eu não ia fazer falta para ninguém mesmo, do que me adiantava continuar vivo, olhei no criado mudo e encontrei o que precisava, me sentei com muita dificuldade na cama devido as fortes dores no meu corpo, ignorei o relaxamento que o remédio me dava e peguei o copo que ficava ao lado da jarra de água e o quebrei na quina do móvel cortando a palma da minha mão no percurso, ignorei o sangue e peguei um dos cacos de vidros o pressionando no meu pulso.

– Edward! O que esta fazendo? - Ouvia a voz assombrada de Isabella soar no cômodo, tentei não me importar com isso e pressionei o pedaço de vidro na minha pele, porém antes que fosse mais fundo, ela puxou minha mão. - Para com isso! - A olhei e decidi seguir por outro caminho e gritei, o intuito era abrir os pontos da minha garganta e morrer engasgado com meu sangue. Mas ela foi mais rápida tampando minha boca. - Para Edward! - Segurou firme suas mãos na minha boca me impedindo de continuar, seus olhos estavam úmidos, com algumas lágrimas já escorrendo pelo seu lindo rosto. - Por favor não faz isso. - Pediu chorando, me acalmei o suficiente para que ela parasse de tampar minha boca. - Você se machucou. Sussurrou consternada olhando para o sangue na minha mão, correu até o banheiro voltando com uma toalha úmida limpando o corte, sem parar de chorar. Viu seu boçal. De novo você a fez chorar. Isabella não deveria se importar se eu estava vivo ou não, ela devia me odiar, muito mais do que eu mesmo me odiava. Ela se levantou novamente. - Não faça nenhuma loucura esta me ouvindo? - Me repreendeu séria saindo do quarto, no mesmo instante voltou com a caixinha de curativos que tinha usado antes no meu rosto, se sentou na cama e cuidou do machucado em minha mão. Quando terminou me fitou severamente. - Por que você fez isso? Eu abaixei minha cabeça. Porque eu não tenho pelo o que viver. Pensei. Senti seu dedo no meu queixo erguendo minha cabeça. - Edward me escuta. - Pediu com a voz embargada, seus olhos vermelhos pelo choro. - Eu sei que é difícil, mesmo que você ache que eles não eram meus pais, eles foram os únicos que eu conheci e estou sofrendo também. - Como eu pude ser tão imbecil com ela? Fazendo com que pensasse que eles não eram seus pais, Isabella foi muito mais filha deles do que eu. - Você não esta sozinho. - Garantiu acariciando meu rosto, a olhei chocado. - Vamos começar de novo Edward? Esquecer tudo o que aconteceu. Você é a

única pessoa que me restou também. - Não podia acreditar que ela estava disposta a esquecer todos os absurdos que lhe falei, tudo o que a fiz sofrer. Coloquei minha mão sobre a sua e assenti concordando. Como eu poderia recusar se era o que eu mais precisava no momento? Ela sorriu ainda chorando, segurei sua mão e beijei a palma, tentando demostrar afeto e agradecimento por ter Isabella na minha vida. Se eu fui egoísta, prepotente e estúpido por não ter aproveitado isso antes agora eu iria dar o devido valor a mulher incrível que eu tinha diante de mim.

Notas finais do capítulo Confesso que quando escrevi esse capítulo senti pena do Edward :'(Gostaria de deixar claro que o fato da Bella ter decidido deixar o passado para trás e dar uma nova chance ao Edward não significa que ela vai cair nos seus braços toda apaixonada, vai demorar e muito para que ela possa confiar nele novamente e isso ele terá que conquistar aos poucos.Ela não vai deixar o James para ficar com o Edward.Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas deste capítulo e do próximo na página do face:https://www.facebook.com/pages/New-MoonFanfics/454837641264056Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 17) Capítulo 16 - Discussão

Notas do capítulo Obrigada pelos comentários!!!! Sem palavras para agradecer ao carinho e o incentivo... Vocês são MARA *--*

No capítulo de hoje teremos a visão da Bella sobre tudo o que aconteceu com Edward e como isso a esta afetando, James e ela terão um pequeno atrito por causa do excesso de zelo de Bella com Edward

Espero que gostem ;) Bella POV

Depois que Edward se acalmou e finalmente dormiu, limpei tudo o que estava sujo com sangue e sai do quarto, coloquei a toalha para lavar e joguei fora o que tinha usado para fazer o curativo em sua mão. Ainda tremia um pouco depois do que tinha acontecido, não podia acreditar que Edward tinha atentado contra a própria vida, retirei minhas roupas e entrei no chuveiro. Achava uma verdadeira covardia se suicidar, eu sabia que ele se sentia só depois que os pais morreram, mas ele tinha que arrumar forças para viver, eu não ia deixar que seguisse pelo mesmo caminho da minha mãe, que ao invés de pensar em mim e lutar, preferiu acabar com a própria vida por alguém que nem se importava com ela. Em um rompante eu desliguei a torneira. E se ele tentasse de novo? E se estivesse só fingindo que dormia e esperando que eu saísse para fazer alguma coisa? Sai correndo do box, vesti qualquer coisa e corri até o quarto de hóspedes assim que abri a porta suspirei aliviada, ele ainda dormia, me aproximei e o observei. Edward dormia tranquilamente, sua respiração regular e seu rosto parecia em paz, bem diferente de antes quando parecia tão inquieto, não conseguia tirar meus olhos dele, acabei não resistindo e passei meus dedos pelos seus cabelos, ele se mexeu e sorriu, sem perceber me vi sorrindo também. Eu nunca tinha visto ele tão machucado como agora, tanto fisicamente como emocionalmente. Eu só me perguntava por que ele era daquele jeito. Por que tinha que tratar as pessoas como se fossem inferiores? Será que depois de tudo o que ele passou iria mudar? Eu queria acreditar muito nisso, entretanto eu duvidava que uma pessoa fosse capaz de mudar, não importava a razão que tivesse e eu sabia que com Edward seria a mesma coisa. Ele se mexeu e abriu lentamente os olhos me fitando, acariciei seu rosto e tentei me levantar afim de deixa-lo descansar, contudo Edward me segurou colocando seu braço sobre o meu colo, quando mirei seus olhos, percebi que ele parecia angustiado e com medo, passei minha mão pelo seu rosto.

– Não precisa ter medo, você esta seguro aqui. - Garanti tentando passar segurança a ele, Edward pegou minha mão e levou até seus cabelos. - Cafuné? - Perguntei sorrindo, ele assentiu sem graça. Me sentei ao lado de sua cabeça e comecei a acariciar seus cabelos enquanto ele segurava uma de minhas mãos sobre seu peito. - Sabia que eu e sua mãe decoramos esse apartamento? - Comentei distraidamente, percebi que ele sorria como se dissesse “eu imaginava”. Contei a ele sobre minha faculdade e os meus amigos, mas quando comecei a falar de James, ele fechou a cara e ficou sério, talvez sentisse raiva de James por causa do soco que lhe deu no enterro. - Ele é uma ótima pessoa Edward, você vai ver. Tenho certeza que irão se dar bem. - Edward torceu os lábios em sinal de desgosto. Ri. - Acho que esta um pouco tarde para agir como irmão mais velho. - Brinquei, ele me olhou e levou sua mão até meu rosto o acariciando, em seguida moveu seus lábios em um “obrigado” silencioso, me agradecendo novamente, balancei a cabeça e sorri, ao invés de repetir o que tinha dito para ele na primeira vez, resolvi ser mais gentil. - Você é minha família Edward. - Ele sorriu e fechou os olhos, voltei a acariciar seus cabelos até que ele voltou a dormir, sai do quarto o mais silenciosamente que pude, naquele momento eu tive a certeza que Edward não tentaria se matar de novo e que podia ficar mais tranquila. Quando sai no corredor dei de cara com James.

– Oi amor. - Me cumprimentou com um beijo. - Tudo bem? - Perguntou percebendo que estava tensa.

– Mais ou menos. - Disse o puxando para o nosso quarto.

– O que houve? - Respirei fundo me sentando na cama.

– Edward tentou se matar. - James me olhou chocado.

– Como é que é? - Perguntou se sentando ao meu lado.

– É, ouvi uns barulhos no quarto e quando entrei ele estava tentando cortar os pulsos.

– O que você fez? Ele te machucou? - Perguntou preocupado.

– Ele parou assim que o segurei, depois tentou gritar e eu tapei sua boca, ele estava transtornado, mas não me machucou. - James suspirou aliviado.

– Acho melhor levar ele para uma clinica, onde poderão cuidar dele vinte e quatro horas por dia.

– Não, ele não sai daqui. - Respondi convicta.

– Bella você não pode ficar direto com ele. Quem garante que ele não vai tentar fazer isso de novo?

– Eu conversei com ele James, tenho certeza que isso não vai acontecer.

– Com a garantia de que? Ele esta instável Bella, pode até te machucar.

– Ele não vai, só esta assustado James. Ele perdeu os pais e sei lá mais o que aconteceu para ele estar desse modo, eu não vou deixa-lo sozinho.

– Ok. Vem cá. - Fui até ele e me sentei em seu colo. - É só que eu não confio nele.

– Eu sei disso, mas vamos esperar ele melhorar tá bom? Então vemos o que faremos.

– Tudo bem. - Me beijou. - Acho melhor descansar, parece esgotada.

– Estou mesmo. - Confessei bocejando.

– Pode deitar, se ele precisar de qualquer coisa eu o ajudo. - O encarei desconfiada. - Não vou fazer nada amor, prometi que vou dar uma chance e é o que farei.

– Vou confiar em você hein.

– Não se preocupe. - Bocejei novamente. - Agora deita. Vou tomar um banho e já venho lhe fazer companhia. - Fiz exatamente o que ele disse e assim que coloquei minha cabeça no travesseiro adormeci esperando que o dia seguinte fosse melhor do que este.

Acordei mais cedo que James e a primeira coisa que fiz foi ver como Edward estava, suspirei aliviada quando o vi dormindo profundamente. Sai do quarto e me dirigi até a sala, peguei o telefone e liguei para a empresa que trabalhava, felizmente eu tinha alguns dias de licença que ainda não havia tirado, assim que terminei a ligação me arrumei e comecei a fazer o café da manhã.

– Madrugou? - James perguntou com o rosto sonolento se aproximando e sentando no banco em frente ao balcão onde eu fazia um mingau.

– Só tinha que fazer algumas coisas mais cedo. - Expliquei. - Fiz aquelas panquecas e bacon que você gosta. - Comentei colocando o prato que havia feito para ele na sua frente.

– Hum isso parece delicioso. - Disse sorrindo comendo a panqueca com vontade, lhe servi um copo de suco. - Que coisas tinha que fazer? - Perguntou enquanto tomava um gole do suco de laranja.

– Decidi tirar aquela licença que tinha no trabalho. Lembra? - Ele franziu o cenho.

– Achei que ia tirar para viajarmos para a Itália. - Respondeu chateado. Droga! Tinha me esquecido completamente disso.

– Desculpa Jay é que eu não posso deixar o Edward sozinho. - Tentei explicar.

– Nós podíamos arrumar uma enfermeira. - Argumentou sério.

– Ele esta muito sensível, tenho certeza que não ia querer um estranho cuidando dele.

– Não é ele que tem que decidir isso Bella ou vai me dizer que também vai dar banho nele? Perguntou irritado.

– O médico me explicou que ele ainda não pode se levantar, por isso o banho dele se restringi a uma toalha molhada o que eu posso fazer sem problema nenhum.

– Quer saber? Faz o que você quiser. - Disse nervoso levantando e indo para o quarto. Suspirei chateada, a última coisa que eu queria era brigar com James, ele apareceu na cozinha vestido. - Vou para meu apartamento. - Anunciou pegando sua chave e documentos.

– Jay. - O chamei.

– Agora não Bella. - Respondeu ríspido e saiu pela porta. Ótimo Isabella. Olha só o que você fez por causa do Edward. Bom, talvez fosse melhor ele sair antes que brigássemos feio, terminei de preparar o mingau, arrumei a bandeja e levei até o quarto onde Edward estava, abri a porta e coloquei a bandeja sobre a cama, fui até a janela e a abri. Edward resmungou e abriu os olhos lentamente.

– Bom dia! - O cumprimentei, ele sorriu preguiçosamente. - Trouxe seu café da manhã. Peguei a bandeja e coloquei sobre seu colo. - Antes o seu remédio. - Falei o ajudando com o copo de água. Edward tomou em um gole e fez uma cara engraçada. Ele pegou a colher do mingau e de novo ela caiu de sua mão, ele tentou mais uma vez e o mesmo aconteceu. - Deixa. - Disse pegando a colher. - Vai vir uma fisioterapeuta para fazer alguns exercícios com você essa semana. - Comentei dando o mingau em sua boca. - Depois quando sua garganta melhorar virá uma fonoaudiologa. Logo estará bem. - Garanti o olhando, Edward não tirava seus olhos de mim, terminei de dar o mingau e fiz os curativos em seu rosto. - Vou resolver algumas coisas e já volto ok? - Perguntei o fitando atenta em um silencioso "Não faça nenhuma besteira" Edward pareceu entender e assentiu sorrindo. - Aqui tem o controle da TV, sinta-se a vontade. - Disse e sai, quando cheguei na sala o telefone tocou.

– Alô.

– Oi Bellinha, estou muito afim de comer naquele restaurante japonês que fica perto do seu trabalho. Vamos? - As vezes achava que Alice até esquecia de respirar, nunca vi alguém falar tanto sem parar.

– Hoje não vai dar.

– Por que? - Como diria isso para Alice?

– Tenho uma coisas para fazer. - Tentei enrolar.

– Isabella o que esta escondendo de mim? - Merda! Por que Alice tinha que ser tão perceptiva.

– Nada.

– Ótimo por que estou indo aí.

– Para que Alice? - Perguntei em vão, já que ela desligou o telefone. Era só o que faltava. Levei o prato que Edward havia comido até a pia e lavei a louça, aproveitei o silencio e pensei na minha discussão com James. Não era para tanto era? Será que ele era incapaz de entender que Edward precisava de mim? Suspirei chateada. Não fazia ideia do que fazer. Estava perdida em pensamentos quando ouvi a campainha, abri a porta e dei de cara com uma Alice desconfiada.

– Pode ir abrindo o bico. - Falou assim que entrou.

– Acho melhor se sentar. - Ela me olhou sem entender e fez o que eu pedi. Assim que sentamos contei tudo o que tinha acontecido.

– Não acredito que possa ser masoquista a esse ponto Isabella. - Exclamou. - Como pode receber esse verme na sua casa? - Perguntou com a voz alta.

– Alice, por favor. - Pedi falando baixo.

– O que? Não posso falar alto senão ele pode ouvir? QUE OUÇA. - Gritou, segurei seu braço.

– Será que é tão difícil assim me entender? - Questionei.

– Difícil não Bella, é impossível. E tudo o que esse desgraçado fez? Todas as coisas que ele te disse? O quanto te fez sofrer? Eu não acredito que seja capaz de esquecer.

– Eu não esqueci, mas do que me adianta ficar guardando tanto ressentimento? Isso só vai me fazer mal. Ele não tem ninguém Alice, além disso é a única família que eu tenho.

– Ah não! Nem me venha com esse desculpa, pode enganar o James com ela, mas não a mim que conheço toda essa história. Bella será que você não vê como ele te faz mal? Agora mesmo, você brigou com alguém que te ama por causa dele. Você tem que enxergar isso.

– Alice eu quero começar de novo com o Edward. - Ela me olhou espantada. - Não da maneira que esta pensando, mas do modo certo. Eu quero que ele seja como meu irmão, só isso. Garanti.

– Não sei se isso vai dar certo. - Respondeu cética. - Você o amou demais. - Sussurrou baixinho.

– Eu sei, mas quero deixar isso no passado. James é o meu presente e meu futuro. - Ela sorriu visivelmente aliviada.

– Espero que seja assim mesmo.

– Vai ser Alice e se o Edward fizer mais alguma cachorrada comigo vai ser o fim, esta é a última chance que estou dando a ele. - Certifiquei a ela e a mim mesma.

– Muito bem, sabe que só quero o seu bem não é?

– Eu sei amiga, por isso mesmo tenho que pedir um favor. - Ela cerrou os olhos e me olhou desconfiada.

Felizmente Alice não recusou ficar em casa enquanto eu ia conversar com James, disse a ela que só tinha que ir ver o Edward caso ouvisse algo estranho ou ele chamasse pelo sino, ela não gostou, mas aceitou ficar lá em troca de algum favor futuro, estava apostando que ia me fazer sua modelo de novo como já tinha feito antes. Preferi nem pensar nisso e me concentrar no que diria para James, estava muito nervosa para falar com ele, subi até seu andar e bati na porta, ele abriu e me olhou seriamente, por um momento achei que não ia me deixar entrar, mas logo se afastou e me deixou passar.

– Eu sei que esta chateado comigo e tem toda a razão. - Comecei dizendo assim que entrei no seu apartamento. - Mas essa situação também não é fácil para mim Jay e a última coisa que eu quero é brigar com você. - Tentei me explicar. Ele continuou sério com os braços cruzados sobre o peito me observando. - Desde que sou criança eu convivo com Edward e... - Minha voz

falho e me segurei para não chorar, respirei fundo tentando me controlar. - Eu perdi toda minha família James, ele é tudo o que me restou. - Ele relaxou sua postura e veio em minha direção me abraçando.

– Eu só não quero que ele te magoe amor. - Repetiu o que havia me dito no dia anterior em um tom gentil e doce.

– Eu prometo que se ele fizer isso eu deixo você bater nele de novo. - James sorriu.

– Mesmo? - Assenti. Ele beijou meus cabelos. - É exatamente isso que farei se ele fizer qualquer coisa contra você. - Voltei a enterrar minha cabeça em seu peito e o abracei.

– Volta comigo para casa? - Pedi manhosa.

– Claro que volto amor. - Respondeu me apertando em seus braços, eu queria poder ficar ali para sempre e não ter que enfrentar a realidade e muito menos Edward e o que eu sentia por ele.

James bravo com Bella (*suspiros*)

Notas finais do capítulo Ah meu Jay *--* Sacanagem a Bella esquecer a viagem com o James por causa do Edward hein. Mas eles ainda terão chance de viajar :x A Alice super fofys protegendo a amiga *-* No próximo já vamos ter um Edward recuperado e a Bella discretamente o empurrando para uma noitada com seus amigos. Ah! Também teremos uma nova personagem que fará a Bella ficar doidinha... rsrsrsr

Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas deste capítulo e do próximo na página do face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056

Bjs e até o próximo ;)

Obs.: Para me organizar postarei na fic todo sábado e quarta, se terminar algum capítulo antes teremos uma postagem *Surpresa* :)

(Cap. 18) Capítulo 17 - Victoria

Notas do capítulo O capítulo acabou saindo mais cedo *--* Acho que exagerei um pouco quando disse noitada... rsrsrs, na verdade vai ser mais uma noite de filmes, mas logo teremos o Edward em uma balada :)

Espero que gostem ;) Edward POV

Minha recuperação foi lenta, nas duas primeiras semanas Isabella ficou o tempo todo comigo, mas infelizmente teve que voltar ao trabalho, ainda não podia acreditar que ela era capaz de me ajudar com tanto carinho e atenção, para que não ficasse sozinho na sua ausência ela contratou uma enfermeira que ficava comigo enquanto trabalhava, além disso tinha uma fisioterapeuta e uma fonoaudióloga que vinham quatro vezes por semana. Eu comecei a andar ainda com certa dificuldade no começo da terceira semana, para falar foi mais complicado, minha garganta queimava quando tentava dizer qualquer coisa, a primeira palavra que eu tentei pronunciar foi Isabella, mas infelizmente não consegui, por isso desde então só a chamava de Bell, confesso que achei o apelido lindo, me lembrava o sino que havia deixado para que sempre que precisasse a chamasse, Isabella parece ter gostado do apelido, já que não reclamou, ao invés disso abriu um sorriso emocionado ao me ouvir falar depois de tanto

tempo, meu rosto ainda exibia os machucados, mas felizmente já estavam bem melhores. Ao final do segundo mês eu já estava praticamente recuperado, porém isso não significava muita coisa, pois tudo o que eu passei não doía tanto quanto ver Isabella e James juntos, eles sempre estavam rindo ou se divertindo e toda vez que ele a abraçava eu sentia como se estivesse levando um soco no estômago, muito mais forte do que aqueles moleques me deram, mas nada disso era pior do que ver como ela estava feliz ao seu lado, esse seria o meu castigo por tudo o que fiz. Levantei sem muita vontade, me arrumei e segui para a cozinha, no corredor já podia ouvir o som doce da sua risada, James abraçava Isabella e sussurrava no seu ouvido enquanto ela fazia algo no fogão, respirei fundo afim de me segurar e não desmoronar diante da cena.

– Bom dia. - Murmurei. Minha voz ainda soava fraca, mas já parecia bem melhor com o tratamento que fazia. Isabella deu um pulo e se afastou de James.

– Bom dia Edward! - Me cumprimentou alegre, ela era sempre doce e gentil, nunca falava de modo rude comigo, mesmo que fosse esse o tratamento que eu merecia.

– Olá Edward. - A voz de James soou grave, eu sabia que não tinha motivo para odia-lo, o cara parecia perfeito, mas isso só fazia com que eu sentisse ainda mais raiva dele, simplesmente por que ele a tinha e eu não.

– Oi James. - Respondi cortês, de modo algum ia destrata-lo, principalmente por que ele me tratava muito bem, o que era uma pena, eu adoraria achar um podre desse cozinheiro riquinho, mas ao mesmo tempo eu queria que ele fosse tudo isso, pois sabia o quanto ele a fazia feliz e nada me importava mais do que a felicidade de Isabella.

– Bom, tenho que ir. - Anunciou beijando Bell, eu virei o rosto, era incapaz de ver a cena. - Até a noite fragolina. - Disse e eu tive vontade de rir. Era assim que ele a chamava? Que ridículo!

– Até. - Respondeu docemente.

– Tchau Edward.

– Tchau James, bom trabalho. - Desejei sinceramente.

– Obrigado. - Respondeu e saiu, nos deixando a sós, eu amava esses momentos que tinha com Isabella, somente nós dois.

– O que quer comer Edward? - Perguntou gentil. - Fiz ovos e panqueca.

– Os dois. - Respondi sorrindo, ela montou um prato e o estendeu para mim, fazendo seu próprio prato e se sentando ao meu lado no balcão da cozinha. - Então, franguinha? Questionei com um sorriso travesso no rosto.

– Não é franguinha, é fragolina. - Explicou.

– E o que é isso? Italiano para franguinha? - Isabella riu.

– Não seu palhaço, significa moranguinho e eu acho lindo.

– É estranho isso sim. Você merecia um apelido melhor. - Comentei, finalmente tinha achado algo que o tal James era ruim e ia me aproveitar disso.

– Ah é? Qual? - Perguntou me olhando atenta.

– Bell. - Respondi simplesmente, ela sorriu.

– Esse é o apelido que você me deu.

– Eu sei e é muito melhor que frangolina. - Isabella não aguentou e caiu na gargalhada.

– Edward é fragolina. Deixa de ser chato, eu gosto. - Defendeu o nome que o namorado fofo tinha dado.

– Se você gosta fazer o que né? - Voltei minha atenção aos ovos mexidos que estavam uma delícia, particularmente eu gostava muito mais da comida de Isabella do que de James. - Os ovos estão excelentes. - Elogiei, ela abriu um sorriso lindo.

– Obrigada, fui eu que fiz.

– Eu sei. - Respondi a olhando, eu me perdia quando nossos olhos se conectavam dessa forma, Isabella quebrou o laço invisível que nos unia e mudou de assunto.

– O Emmett esta preparando um festival de filmes de terror hoje no apartamento dele e da Rose. - Comentou, os amigos de Isabella me odiavam, perdi a conta de quantas vezes os peguei falando mal de mim e perguntando a Isabella como ela podia ter me ajudado. Eu fazia a mesma pergunta a todo o momento.

– Que legal. - Respondi sem emoção. - Pode ficar tranquila que não farei nenhuma festa enquanto estiver fora. - Falei fazendo graça.

– Na verdade eu quero que você vá. - Disse me surpreendendo.

– Eu não acho que seja uma boa, seus amigos me odeiam Bell. - Argumentei.

– Eles querem lhe dar uma chance. - Olhei desconfiado para ela.

– Eles ou você os perturbou tanto que eles não tinham outra opção a não ser me dar uma chance? - Ela abriu um sorriso tímido me respondendo sem falar nada. - Sabe que você também deveria agir assim não é? - A questionei, Bell me olhou atenta. - Não devia nem querer me ver na sua frente. - Completei conforme um bolo se formava na minha garganta, essa era a primeira vez que conseguia trazer a tona o assunto que estava pendente entre nós.

– Achei que já tínhamos resolvido isso. - Me disse calmamente.

– Você pediu que nós esquecêssemos e começássemos de novo, mas eu não entendo como foi capaz disso, depois de tanto mal que lhe fiz. - Bell engoliu em seco, essa com certeza era uma lembrança que ela e eu adoraríamos esquecer.

– Depois de tudo o que aconteceu achei que merecia uma segunda chance. - Explicou finalmente.

– Uma vez você me disse que não acreditava que as pessoas podiam mudar. Então por que me ajudar? - Questionei confuso, Isabella suspirou.

– Eu ainda acredito nisso, mas espero sinceramente que você possa me mostrar que estou errada. - Fiquei surpreso com sua resposta, Isabella não parava de me surpreender.

– Confia tanto assim em mim? - Suspirou me encarando.

– Eu só espero que você use tudo o que aconteceu para construir algo melhor. - Segurei sua mão que pousava sobre o balcão, sua resposta me mostrou que ela não confiava em mim, ainda, pois eu faria o que estivesse ao meu alcance para recuperar sua confiança.

– Eu não vou te decepcionar. - Garanti, ela sorriu.

– Estou contando com isso. - Respondeu descendo do banco e me abraçando, eu a peguei em meus braços. - Eu quero que possamos nos dar bem Edward. - Falou se afastando. - Que tal tentarmos fazer isso dar certo? - Perguntou esperançosa. - Como devia ter sido desde o início, como irmãos. - Eu não queria ser irmão de Isabella, mas se com isso poderia ficar perto dela para mim era o bastante.

– Irmãos. - Respondi a puxando novamente para os meus braços, onde eu nunca mais queria que ela saísse.

Bella POV

Parecia que finalmente as coisas entre Edward e eu estavam se ajeitando, eu fiquei muito feliz em saber que ele tinha aceitado minha proposta de recomeçarmos como irmãos, do modo que tinha que ser desde o começo. E tudo o que ele te faz sentir Isabella, o que vai fazer com isso? Respirei fundo, isso era passado e ficaria lá, iria de um jeito ou de outro reprimir o que sentia toda a vez que ficava perto dele, ou quando ouvia sua voz suave ou sentia seu corpo tão próximo do meu. Não! Eu não podia pensar em Edward dessa forma. Eu tinha que pensar em mim e na minha felicidade, que agora estava em James.

Depois de muito tempo consegui convencer Edward a ir comigo e James para a sessão de cinema que Emmett e o pessoal tinha programado, Edward havia acertado quando disse que eu devia ter torturado meus amigos para aceitarem sua presença, a exceção era Alice que continuava sendo bem difícil sobre isso, esperava que com o tempo pudéssemos todos nos dar bem e que Edward não quebrasse a confiança que estava depositando nele. Nos aprontamos e seguimos para o apartamento que Emmett e Rose moravam, quem nos atendeu foi Rosalie.

– Que bom que vieram. - Nos saudou sorrindo. - Entrem.

– Ah! Bellinha e James. - Alice logo veio me abraçar, assim como fez com James, ignorando completamente Edward. Em seguida Jasper e Emmett vieram nos cumprimentar, pelo menos eles não se esqueceram de Edward.

– E ai quando a sessão começa? - Perguntei me sentando com James no puf que ficava no canto da sala.

– Só esperando as pizzas e mais uma pessoa. - Emmett respondeu. Mais uma pessoa? Quem poderia ser?

– Espero que dessa vez tenha escolhido uns filmes melhores Emmett. - James disse afim de zoar com Emm.

– Hei minha escolha de filmes sempre foi impecável. - Se defendeu.

– Gosta de filme de terror Edward? - Jasper perguntou afim de colocar Edward na conversa, Alice virou fez uma careta ao perceber que Jazz falava com Edward.

– Gosto sim, principalmente os Trash. - Respondeu sorrindo, era engraçado saber os gostos de Edward, ele sempre me surpreendia.

– Ahá! - Emmett exclamou assustando a todos. - Esse cara é dos meus. Toca aqui. - Edward levantou a mão e tocou a de Emm, um pouco perdido por sua reação exagerada.

– Liga não Edward. Emm é assim mesmo, meio sem noção. - Rosalie respondeu com um sorriso.

– Meio? - James perguntou perplexo.

– Hei, qual é a sua? Tá afim de perder na queda de braço de novo? - James riu.

– Do que esta falando Emmett, da última vez eu te humilhei.

– Humilhou nada, a culpa foi... foi da mesa que estava torta. - Caímos na gargalhada, até mesmo Edward, fiquei satisfeita em perceber que estava se sentindo mais a vontade. A campainha tocou e pensei que fosse a pizza, mas quem entrou foi uma linda mulher com os cabelos ruivos.

– Desculpem o atraso, mas acabei me perdendo. - Se desculpou com Alice que a recebeu.

– Sem problemas, as pizzas ainda nem chegaram. Vem vou te apresentar o pessoal. - Alice disse trazendo a moça para a atenção de todos. - Gente essa é a Victoria, ela trabalha comigo no ateliê.

– Oi Victoria. - Respondemos em uníssono.

– O meu namorado você conhece. - Ela cumprimentou Jasper e Alice continuou as apresentações. - Estes são meus amigos, Emmett, Rose, James e Bella. - A cumprimentamos. E esse é o irmão da Bella Edward. - Alice apresentou com certo desdém, confesso que não gostei nenhum pouco do modo que ela olhou para Edward, ainda mais quando se sentou ao seu lado.

– Sério que você trabalha com a Alice? - Emmett perguntou.

– Sim. - A moça respondeu meio sem jeito.

– Como você aguenta essa baixinha por tanto tempo? - Alice deu um tapa na nuca de Emm.

– Não falei, ela é insuportável. - Victoria riu e olhou para Edward, percebi que falou algo para ele, mas não consegui ouvir o que. A campainha tocou de novo e vi Edward rindo de algo que a vaca ruiva havia dito.

– Chegaram. - Emm anunciou segurando as pizzas, só que eu estava mais interessada no que Edward e a tal mulher conversavam.

– Finalmente hein Emmett. - Ouvi James dizer.

– Se a Bella não fosse tão chata e deixasse você cozinhar as pizzas já estariam prontas. Reclamou.

– Minha mulher só esta cuidando de mim. - Ouvi James responder e beijar meu rosto, fazendo com que desviasse meus olhos dos dois pombinhos e prestasse atenção nele.

– Sempre amor. - Respondi beijando seus lábios. Quando voltei a olhar para os dois, Edward não estava mais ao seu lado e voltava da cozinha segurando duas cervejas, uma para ele e outra para ela. Que bonitinho! Já esta até pegando bebidas para ela.

– Vamos começar isso então. - Emmett anunciou, resolvi virar o rosto e só fitar a televisão, durante o filme eu apertei os braços de James ao meu redor toda vez que sentia vontade de olhar para o lado. Quando a sessão de filme acabou nos preparamos para ir embora, percebia a tal garota jogando charme para cima do Edward. Será que ela não via que ele não estava interessado? Finalmente fomos embora, ao chegarmos em casa, dei boa noite para Edward e fui para meu quarto, estava possessa com a tal mulher, ao sair do banheiro James me esperava na cama, devia ter tomado banho no outro banheiro.

– Você esta tão quieta. - Comentou quando me deitei. - Aconteceu alguma coisa?

– Não. - Respondi simplesmente. - O que você achou da amiga que a Alice apresentou?

– Parece ser legal. Você não gostou dela?

– Não sei, nem deu para conversar direito.

– Acho que ela gostou do Edward.

– Acha que ele também gostou dela? - James ficou em silêncio.

– Esta com ciúmes do Edward? - Perguntou me olhando desconfiado.

– Não, é só que não fui muito com a cara dela. - Eu estava com ciúmes do Edward? Não! Eu não podia me sentir assim.

– Mas você disse que não deu para falar com ela. - Questionou.

– Não mesmo, acho que foi só uma primeira impressão. - Desconversei.

– Ela é bem bonita. - Comentou naturalmente.

– Você achou? - Perguntei irritada.

– Achei, mas eu prefiro uma certa morena linda. - Disse beijando meu pescoço. Será que o Edward também tinha achado ela bonita? Para de pensar no Edward Isabella! James continuava a beijar meu corpo enquanto meus pensamentos estavam na pessoa que se encontrava no quarto ao lado.

Notas finais do capítulo A Bella ficou se mordendo de ciúmes do Edward até o Jay ficou desconfiado... No próximo o Edward irá sair com os rapazes e descobrir o que é uma amizade de verdade :)

Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas deste capítulo e do próximo na página do face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 19) Capítulo 18 - Amizade

Notas do capítulo *CAPÍTULO SURPRESA* A-D-O-R-E-I todos os comentários!!!! Fico super mega hiper ultra animada em saber que estão gostando =D

Espero que gostem ;)

Edward POV

A noite passada havia sido extremamente agradável, parecia que os amigos de Isabella estavam mesmo dispostos a me aceitarem e eu devia tudo isso a ela, a coisa mais irritante entretanto foi ter que ficar vendo James e Bell se agarrando, eu quase não prestei atenção no filme ficava mais focado neles e cada vez que Isabella o apertava mais ao seu redor eu sentia o ar me faltar, sem contar quando eles se beijavam, nessa hora eu preferia nem estar por perto. Doía demais saber que a pessoa que eu mais amei na minha vida estava no quarto ao lado, mas nunca seria minha, infelizmente esse era um tormento que eu teria que aguentar. Levantei de novo sem muito ânimo e segui até a sala, Isabella e James já estavam na mesa tomando café, como sempre pareciam um casal de adolescentes apaixonados, respirei fundo e os cumprimentei.

– Bom dia.

– Bom dia Edward. - Ambos responderam calorosamente.

– Se divertiu ontem? - Bell perguntou interessada.

– Bastante, foi muito legal. Nem me lembro da última vez que fiz algo assim.

– Como assim? - Questionou James.

– Ver um filme com uma galera, meus programas com as pessoas que costumava sair se resumiam a balada e... - Parei antes de dizer mulheres. - Mas confesso que achei o de ontem bem melhor. - Completei logo em seguida, Bell abriu um lindo sorriso tímido. - Tenho que agradecer aos seus amigos por terem me recebido tão bem. - Antes que ela pudesse me responder a campainha tocou.

– Deve ser Alice. - Falou se levantando indo até a porta, e como tinha desconfiado era realmente ela, se abraçaram e vieram em nossa direção, assim que me viu virou a cara cumprimentando James com um abraço e um beijo. Pelo modo que me tratava eu tinha certeza que Alice sabia toda a verdade sobre meu passado com Bell.

– Oi Edward. - Me saudou secamente.

– Olá. - Respondi simplesmente.

– Senta Alice. - Bell ofereceu, ela se negou.

– Não Bella, eu vim rapidinho, eu e Rose temos um dia no SPA nos esperando. - Bell assentiu. Tem certeza que não quer ir?

– Não, Jay e eu vamos sair. - Só isso foi o bastante para sentir aquela fincada no meu peito. O que eu podia fazer? Proibir Isabella de sair com o namorado?

– O senhor tem que parar de roubar minha amiga. - Alice repreendeu James séria, ele passou a mão pela cintura de Bell a puxando para o seu colo, virei o rosto e fingi que pegava algo para comer na mesa, o desespero e a dor só aumentavam. Até quando eu aguentaria ver a mulher que amava com outro? Mas se não fosse assim como poderia ficar perto da minha Bell? Eu me via perdido sem saber o que fazer.

– Pode assegurar que ela não faz nada contra vontade. - A voz de James soou divertida e imagino que se beijaram, já que me neguei a olhar, estava quase correndo da mesa ou pior, pegando Isabella nos meus braços e fugindo dali.

– Você é um chato. - Alice reclamou rindo, era óbvio que dele ela gostava.

– Foi para me convidar que passou aqui? - Bell perguntou intrigada.

– Não, na verdade vim trazer um recado para o Edward. - Disse meu nome com desdém, a encarei confuso, assim como Bell.

– Para mim? - Ela suspirou e me entregou um papel.

– Victoria exigiu que lhe passasse o número dela. - Peguei o papel com o telefone da bela ruiva que havia conhecido na noite anterior. - Avisei que você era um canalha sem coração mas ela nem se importou.

– Alice! - Isabella a repreendeu.

– Tudo bem Bell. Isso é passado Alice. - Lhe respondi sinceramente.

– Eu não acredito nisso. - Rebateu seca. - Bom já fiz o que tinha que fazer e vou indo. - Bell a acompanhou até a porta e em seguida voltou para a mesa. Eu encarava o papel na minha frente, a tal Victoria parecia ser bem legal, mas eu não estava nenhum pouco afim de um encontro, a única mulher que me interessava estava bem na minha frente.

– Você vai? - Ouvi a delicada voz de Isabella soar e a encarei.

– Não sei. - Respondi francamente.

– Devia ir, o James achou ela bem bonita. - Falou com certo descaso.

– Amor eu estava te provocando. - James ponderou beijando sua mão. Perfeito! Tudo o que eu queria era ver uma cena de ciúmes de Isabella com outro cara. Resolvi me fazer presente antes que eles se beijassem de novo e eu perdesse meu pouco controle.

– Estou querendo procurar um emprego.

– Isso é ótimo Edward. - Bell disse animada.

– E já sabe onde vai procurar? - James perguntou.

– Na verdade estou pensando em aceitar a oferta do Eleazar. - Confessei. - Seria uma forma de estar perto da memória do meu pai e fazer algo pela empresa que ele criou. - Isabella me olhou emocionada. Eu queria também descobrir se o Eleazar tinha falsificado o testamento ou não, esse assunto ainda estava martelando na minha cabeça, mas por enquanto não ia dizer nada a Bell, só diria se conseguisse o emprego. Além de poder vigiar o tal Eleazar o salário ia me ajudar a pagar um advogado e entrar na justiça para reivindicar nossa herança.

– Tenho certeza que seu pai ia ficar muito feliz. - Eu me arrependia profundamente do modo como tratei meus pais, eles sempre quiseram o meu bem e tudo o que eu fiz foi decepcionalos. - Vou começar de baixo, mas acho que vai ser bom, assim poderei conhecer toda a empresa e quem sabe um dia ter algum cargo importante. - E recuperar tudo o que me roubaram. Completei em pensamento.

– Estou impressionado com você Edward. - James disse me deixando abismado. - Você realmente esta vendo as coisas como elas são e lutando para recuperar sua vida, confesso que não esperava isso.

– Nem eu James. - Falei sinceramente, ele sorriu. Eu queria muito poder odiar ele, mas o cara era legal demais e além disso fazia minha Bell feliz. Ela se levantou e começou a pegar os pratos da mesa.

– Pode deixar. - Disse pegando os pratos das mãos dela. - Melhor vocês irem, não vão querer perder um dia lindo desses. - Arrumei toda a coragem que tinha para dizer aquilo.

– Obrigada Edward. - Bell se aproximou e me deu um beijo no rosto que fez meu corpo inteiro desmanchar, por pouco eu não a segurei em meus braços e a beijei ali mesmo, entretanto ela se afastou antes que fizesse alguma loucura.

– Não vai quebrar nada hein. - James me advertiu, eu tive que ir.

– Vou tentar. - Eles foram para o quarto e logo em seguida se despediram e saíram, peguei as louças e levei até a pia. Um pouco de trabalho doméstico seria bom para não pensar no que eles iam fazer a tarde toda fora. Balancei a cabeça tentando afastar tais pensamentos e encarei a pia cheia de louça. Merda! Como se faz isso? Demorei certo tempo até achar o detergente e a esponja e começar a lavar os pratos e os utensílios que usamos no café da manha. Quem diria? Eu, Edward Cullen lavando louça? Acabei achando graça de como a vida era algo imprevisível. Depois de um tempo considerável terminei de arrumar tudo e me espantei ao olhar o relógio e ver que já passava da uma da tarde, como estava todo molhado resolvi me trocar e depois sair para comer alguma bobagem, quando estava a caminho do meu quarto o telefone tocou.

– Alô.

– Edward? - Uma voz forte perguntou.

– Sim, quem fala?

– É o Emmett, amigo da Bella.

– Oi Emmett, a Bell não está, acabou de sair com o James. - Expliquei.

– Eu sei, a espoleta da Alice me disse quando veio raptar minha Rose. - Falou aborrecido. - Na verdade queria falar com você mesmo. - O que ele poderia querer comigo?

– Sério? - Perguntei intrigado.

– É, já que eu e Jasper fomos abandonados por nossas mulheres estávamos pensando em sair para almoçar e depois jogar um boliche. O que acha? - O convite me surpreendeu. Será que estavam querendo me pregar alguma peça? Mesmo assim resolvi aceitar.

– Claro.

– Beleza, em quinze minutos estamos passando aí.

– Ok. - Respondi e fui para o quarto me trocar. Me aprontei rapidamente e pouco depois que desci eles apareceram, quem dirigia era Jasper, entrei no carro e nos cumprimentamos, o clima ainda era meio estranho e por isso fomos em silêncio o caminho inteiro o que aumentava minha ansiedade sobre o por que deles terem me convidado para sair. Era possível quererem me matar e esconder meu corpo? Ou talvez fingirem um assalto e me encherem de porrada? Edward deixa de ser estúpido. Pensei afim de afastar essas ideias absurdas da minha cabeça, logo chegamos em um restaurante todo aberto, fomos recepcionados pelo Maître que nos levou até uma mesa, olhávamos o cardápio quando eu não suportei mais o silêncio e explodi.

– Eu não aguento mais! - Exclamei estressado. Eles me olharam assustados. - Por que me chamaram para sair? Estão pensando em me bater ou coisa parecida? - Emmett riu.

– Não Edward, apesar de acharmos que você bem que merecia uma surra. - Ele disse ainda rindo, franzi meu cenho.

– Então por que estão fazendo isso? - Questionei.

– Bom, a Bella disse que você ficaria sozinho e como nós também estávamos pediu que o incluíssemos no programa. - Devia ter imaginado que tinha dedo da Bell nisso. - Mas nem pense em dizer para ela que eu te contei.

– Tudo bem. Deviam ter me dito, sei que a Bell só quer ajudar, mas não quero forçar minha presença a ninguém.

– Não foi forçado. - Jasper explicou, arqueei minha sobrancelha. - Tá um pouco. - Confessou sem graça.

– Valeu pela tentativa gente, juro que não vou contar para ela. - Disse me levantando.

– Onde você vai? - Jasper perguntou.

– Embora. - O que eles esperavam? Que eu ficasse?

– Fica ai cara. - Emmett tentou pedir.

– Emmett já disse e repito, não vou forçar minha presença a ninguém. Com licença. - Antes que me distanciasse da mesa, seguraram meu ombro, me virei e encarei Jasper.

– Acho que precisamos conversar. - Articulou me indicando a cadeira, suspirei e assenti voltando a me sentar.

– Olha Edward. - Emmett começou dizendo. - Vou confessar que a primeira impressão que tivemos de você não foi das melhores. - Admitiu, me lembrei do modo rude e estúpido que agi com todos naquele sábado, a lembrança era amarga, principalmente por que foi a última vez que vi minha mãe viva. - E só piorou depois que soubemos como agiu com Bella no funeral dos pais. Porra, ela amava eles tanto quanto você. - Abaixei minha cabeça envergonhado, Emmett tinha toda razão.

– Eu sei disso. - Falei os encarando em seguida. - Bell sempre foi um anjo na vida dos meus pais e também na minha, eu só era egocêntrico demais para ver isso na época e posso garantir a vocês que me arrependo profundamente de cada coisa que fiz contra meus pais e principalmente contra Isabella. - Respirei fundo. - Quero aproveitar que estamos aqui e pedir desculpas a vocês pelo modo que agi. Me perdoem. - Pedi honestamente. Jasper deu um tapa no meu ombro.

– Todos merecem um chance. - Sorri, Emmett deu um tapa mais forte em meu outro ombro que por pouco não o deslocou.

– Se você fizer qualquer coisa contra a Bella nós acabamos com você. Entendido? - Disse sério, engoli em seco.

– Seria incapaz de fazer algo contra Bell Emmett, eu juro. - Ele suavizou o aperto no meu ombro e me soltou.

– Ótimo, agora que tivemos nossa conversa e você vai fazer parte do nosso grupo. Vamos comemorar! - Exclamou animado chamando o garçom e fazendo nossos pedidos. Isabella tinha muita sorte em ter amigos tão fiéis, na hora me lembrei dos meus, mas eles nem poderiam ser considerados amigos, só estavam comigo por interesse e status, isso que eu via na minha frente sim era amizade, e mais uma vez teria que agradecer a Bell por me dar a chance de ter algo assim na minha vida.

Notas finais do capítulo Parece que os meninos estão se dando bem com o Edward e a Bell esta disfarçando bem melhor o ciúmes que sente do Edward, melhor para ela. No próximo teremos a continuação dessa saída dos meninos e a reação deles quando o Edward contar tudo o que fez a Bell, antes que se empolguem o Emmett não vai dar uma surra no Edward...rsrsrs É agora que o Edward vai descobrir o que é amizade de verdade :)

Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas deste capítulo e do próximo na página do face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 20) Capítulo 19 - Chance

Notas do capítulo Consegui acabar o capítulo mais cedo =D

Obrigada pela linda recomendação BrendaCocenza. AMEI *_* Vocês são as melhores!!!!

Espero que gostem ;) Edward POV

Nunca tinha me divertido tanto assim com meus antigos companheiros de farra, Emmett era uma piada e as caras que Jasper fazia para cada coisa que o grandalhão dizia eram mais cômicas ainda, conforme conversávamos percebíamos como tínhamos coisas em comum.

– Aposto que Alice vai te matar ao saber que me aceitaram no grupo. - Comentei sorrindo me lembrando do modo rude que ela sempre me tratava.

– Nem quero ver. - Jasper tremeu só de pensar. - Sei que não fomos fáceis no início, mas mesmo assim percebemos que você merecia uma chance, não entendo por que ela esta sendo tão difícil.

– Cara o que você fez contra a Alice? Nunca vi a baixinha odiar tanto alguém. - Emmett perguntou intrigado.

– Não foi bem contra ela Emmett, acho que Alice tomou as dores da Bell. - Respondi cabisbaixo.

– Mas a Bella já te perdoou, ela não tem razão alguma para agir assim. - Emmett argumentou, suspirei tomando coragem para contar o monstro que fui com Isabella no passado.

– Acho que esse é o motivo. - Eles me olharam confusos. - Vocês tem que prometer que isso não vai sair daqui. - Falei seriamente antes de continuar.

– Pode confiar Edward. - Jasper afirmou.

– É, aqui temos o código dos homens, o que é falado aqui, fica aqui. - Achei graça do modo sério que Emmett falou.

– Eu quero deixar claro que me arrependo de tudo o que fiz e tenho certeza que vão querer me matar depois que ouvirem o que eu tenho a dizer. - Eles se entreolharam e me encararam, respirei fundo e comecei a contar tudo que fiz contra Isabella, quando terminei os dois ficaram estáticos em silêncio.

– Nossa. - Emmett sussurrou colocando a mão sobre a boca. - A Bella é a pessoa mais doce, meiga e carinhosa que eu já conheci. Como você conseguiu tratar ela como uma qualquer? Perguntou chocado.

– Eu não pensava muito nos sentimento dos outros, só em mim. Fui um canalha com ela. Lamentei.

– Agora eu entendo a Alice. - Jasper disse me olhando.

– Confesso que não sei como a Bella foi capaz de te perdoar. - Emmett disparou.

– Porque ela é exatamente o que você disse Emmett, pura e boa, Isabella é a simplesmente a melhor pessoa que já conheci na minha vida. - Respondi com a voz carregada de admiração por aquele anjo que tinha me salvado, quando os olhei percebi que ambos estavam atarantados com o que contei, eles tinham Bell como uma irmã e eu tinha acabado de contar que havia pisado, humilhado e usado ela da pior maneira possível. - Eu vou entender se não quiserem mais a minha companhia.

– Edward espera. - Emmett disse antes que me levantasse e fosse embora. - Você fez uma burrada, imensa, mas se a Bella que sofreu tudo isso na sua mão o perdoou e esta te dando uma chance não tem porque não fazermos o mesmo. - Me surpreendi ao ouvir ele dizer aquilo.

– Jurava que você ia socar a minha cara. - Confessei visivelmente surpreso.

– Te garanto que vontade não falta. - Respondeu seco. - Mas se você fizer qualquer coisa... Levantei minha mão pedindo que parasse de falar.

– Você pode me matar se eu fizer a Bell sofrer de novo. - Garanti, ele assentiu concordando.

– Ótimo, por que é isso que vai acontecer.

– Estamos lhe dando uma chance e é bom que a aproveite. - Jasper completou, voltei a me sentar.

– Obrigado, de verdade. - Agradeci, nem podia acreditar que estava tendo mais essa chance. Dessa vez eu faria de tudo para não estragar minha vida.

– Faça por merecer. - Emmett respondeu seriamente.

– Pode deixar. - Suspirei aliviado por poder contar com eles, vi que pela primeira vez na minha vida tinha a oportunidade de ter amigos de verdade. - Quero reiterar que isso não pode sair daqui, nem para suas namoradas e muito menos para o James.

– Não vai, fica tranquilo. - Jasper confirmou.

– Se o James soubesse você era um cara morto.

– Tenho certeza disso Emmett. - Depois da minha confissão o clima ficou pesado, mas felizmente isso não durou, os rapazes estavam mesmo dispostos a me darem uma chance, tinha certeza que era por causa da Bell, mas mesmo assim já era um começo. Quando chegamos no boliche o clima já estava mais leve e aos poucos me sentia mais a vontade para zoar com eles.

– Aposto que vai errar. - Falei para Emmett que estava pronto para lançar a bola. Ele riu e jogou, para meu azar fez um strike.

– O que você disse mesmo? - Perguntou com um sorriso irônico, me levantei e fui jogar, quando a bola seguiu para o canto derrubando só um pino, Emmett soltou uma gargalhada alta fazendo com que todos olhassem na nossa direção, Jasper cuspiu o suco que tomava e riu

também, eu não estava acostumado a perder e ser zoado por isso, mas também acabei rindo da situação. - Cara você é péssimo! - Exclamou sem parar de rir.

– Eu tinha que ser ruim em alguma coisa né? - Falei brincando.

– Muito convencido você hein. Sua vez Jasper. - O jogo seguiu com um tirando sarro do outro, no final Emmett ganhou e eu perdi vergonhosamente, de fato boliche não era meu esporte. Vamos para o meu prêmio! - Disse animado. Combinamos que os perdedores iriam pagar uma rodada de chopp para o campeão, durante todo o caminho até o bar tivemos que aguentar as provocações de Emmett.

– E aí Edward, quais os seus planos? - Jasper perguntou enquanto esperávamos nossas bebidas.

– Agora que já estou recuperado, vou correr atrás de um emprego, não posso ficar dependendo para sempre da Bell.

– Se precisar nós temos alguns contatos. - Emmett falou solicito.

– Eu já tenho um em vista, mas se não der certo vou aceitar a ajuda.

– Você precisa sair mais, quem sabe arranjar umas mulheres. - Emmett disse maliciosamente. Aquela amiga da Alice por exemplo, não tirou os olhos de você ontem.

– É, acreditam que ela fez a Alice me passar seu telefone? - Perguntei incrédulo.

– Hum... agora estou entendendo por ela estava toda estressada hoje de manhã. - Jasper comentou. - Reclamando que a tal amiga não tinha juízo.

– Imagino, ela disse na minha cara que avisou a amiga que eu era um canalha sem coração.

– Essa é minha Alice. - Emmett e eu rimos do modo carinhoso que Jasper falou.

– E então? Vai ligar para ela ou não? - Emmett perguntou enquanto o garçom colocava as bebidas na mesa.

– Sei lá, não estou com cabeça para isso agora.

– Cara sai dessa, tenho certeza que vai ser bom. - Emmett me incentivou.

– É melhor do que ficar sofrendo. - Jasper me olhou de um modo estranho.

– Com certeza, ficar pensando no passado só é pior. Bom se me dão licença vou dar um pulo no banheiro ante de por essas bebidas para dentro. - Emmett disse se levantando, encarei Jasper.

– Você a ama não é? - Ele me perguntou e eu sabia muito bem de quem estava falando.

– Como você sabe?

– Sou muito observador Edward, você não tirou os olhos dela uma só vez ontem, tentava disfarçar, mas logo estava olhando para ela de novo. - Suspirei. - Tem sorte do James ser bem distraído.

– Jasper...

– Nem precisa pedir, não vou dizer nada, muito menos para Alice. - Me garantiu, sorri o agradecendo. - É melhor mesmo que siga sua vida Edward, é óbvio que a Bella gosta muito de você

– Acha mesmo? - Perguntei esperançoso.

– Sim, mas não creio que seja mais do que um carinho fraterno. - Sua resposta caiu como bomba em mim.

– Eu sei. - Disse desanimado. - Ela me vê como um irmão.

– Sinto muito. - Tentou me consolar.

– Tudo bem, que chances eu teria com o Sr. Perfeição? - Jasper riu, logo em seguida Emmett voltou e mudamos de assunto, conversamos sobre as profissões de cada um, foi bom saber um pouco mais sobre eles. Eu tentava parecer animado, mas o que Jasper havia me dito ficou cravado na minha cabeça, eu precisava seguir em frente e esquecer todo esse amor que sentia por Isabella, antes que eu colocasse minha relação com ela em risco.

Cheguei em casa e já passava das oito, estava tudo silencioso, pelo visto Bell e James ainda não tinham voltado, reprimi meus pensamentos sobre onde ainda poderiam estar e segui para o meu quarto. Tomei um bom banho, deitei na cama e liguei a TV, fiquei pensando sobre o que conversei com os rapazes e decidi ligar para Victoria, peguei o papel que havia deixado sobre o criado e telefonei, ela foi extremamente amável e ficou muito feliz com meu convite, principalmente por era meio incomum, a chamei para tomar um sorvete e passear em um parque, não podia gastar muito. Tive que vender a única coisa de valor que me restou, o relógio que meu pai havia me dado de presente de formatura, felizmente durante todo o tempo que fiquei na rua consegui evitar que me roubassem, depois que Bell havia me salvado ela custeou tudo, desde meu tratamento médico até um guarda roupa novo e eu não podia depender dela para sempre, por isso decidi vender o relógio, Bell quando soube ficou bem chateada, pois era a única lembrança que eu tinha do meu pai, mas depois pareceu entender, o relógio rendeu um bom dinheiro que daria para me manter até arrumar um emprego, já que eu insisti com Bell que ajudaria nas despesas, ela tentou negar, mas eu fui incisivo o que fez com que acabasse aceitando. Assim que desliguei o telefone zapeei procurando algo para assistir, ouvi alguém batendo na porta.

– Entra. - Isabella abriu a porta e sorriu, eu me desmanchei inteiro ao vê-la.

– Oi. - Me cumprimentou acanhada.

– Oi. - Tomei coragem e perguntei. - Como foi o passeio? - Ela se aproximou e se sentou na ponta da cama.

– Foi muito bom e seu dia? - Sorri.

– Muito bom também. Emmett e Jasper me chamaram para sair.

– Sério? Que ótimo! - Exclamou animada, a olhei de soslaio.

– Você realmente acha que me engana mocinha? - Ela abriu seu lindo sorriso tímido.

– Emmett te contou? - Me lembrei que ele havia me feito jurar que não diria a verdade para Bell.

– Não, mas depois que descartei as hipóteses de sequestro e espancamento essa era a mais óbvia.

– Sequestro e espancamento? - Perguntou confusa.

– Era o que eu achava que eles fariam comigo. - Confessei, ela riu.

– Então eles foram bonzinhos?

– Sim, nos demos muito bem. Obrigado.

– Não tem o que agradecer Edward. Fico feliz em saber que se divertiu.

– Muito, fomos almoçar e depois jogar boliche. Descobri que sou péssimo nesse esporte. Falei torcendo os lábios. Bell riu novamente, eu amava vê-la tão leve e relaxada. Respirei fundo

e decidi contar a ela que havia dito tudo sobre nosso passado para os rapazes, mas antes precisava saber se James estava por perto. - E o James? - Perguntei casualmente.

– Tinha uma reunião com os funcionários. - Franzi o cenho.

– Domingo? - Ela assentiu.

– É o melhor dia para ele arrumar tudo para a próxima semana, além disso tem que verificar como estão os outros restaurantes. Ele me chamou para ir com ele, mas queria ver se estava tudo bem com você. - Ela tinha deixado de ficar com o namorado para me ver? Preocupação de irmã Edward, não se empolgue. Minha mente me advertiu. - Queria ter certeza que não tinham feito nada com você. - Disse sorrindo.

– Foi por pouco. - Seu semblante ficou sério e ela me encarou confusa.

– Como assim?

– Eu contei para eles. - Bell ofegou, sabendo exatamente do que eu estava falando.

– Edward! - Me repreendeu.

– Eu só precisava desabafar e não queria começar uma amizade guardando esse segredo, eles prometeram não dizer nada. - Ela respirou um pouco mais aliviada.

– Tenho certeza disso, eu só...

– Tem medo do James descobrir. - Completei, ela assentiu.

– Eu não sei do que ele seria capaz.

– Ele não vai saber Bell, principalmente porque sei que se ele souber não vai me deixar chegar perto de você e isso eu não posso permitir. - Respondi convicto enquanto Isabella me olhava atentamente.

– Você é toda minha família agora Edward, eu não iria deixar que James o afastasse de mim. Família? Não era bem o que eu queria, mas eu aceitaria qualquer coisa só para estar ao lado dela. Logo em seguida Bell mudou de assunto e continuamos a falar sobre minha saída com os meninos, minha derrota homérica no boliche e finalmente contei a ela minha decisão de chamar Victoria para sair, infelizmente para minha tristeza ela parecia bem animada com a novidade, só pediu que não a trouxesse para casa, com certeza porque estava com ciúmes de James. Os rapazes tinham razão, eu tinha que seguir minha vida, não poderia viver do passado e muito menos sofrendo para sempre por não ter Isabella como minha mulher, pelo menos ela estaria na minha vida e era isso que importava.

Notas finais do capítulo Os meninos foram incríveis dando uma chance para o Edward, o Jasper é bem observador percebendo o interesse do Edward, entretanto nem viu que o que a Bella sente é bem mais que carinho de irmã... rsrsrs Será que o Edward vai conseguir seguir em frente e esquecer a Bell?

No próximo o James vai ter problemas no trabalho e a Bella vai consolar o namorado fofys *--* Edward terá uma recaída com seu antigo eu e irá discutir com a Bell por causa de dinheiro :(

Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas deste capítulo e do próximo na página do face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056

Bjs e até o próximo ;)

Obs.: Antes de finalizar tenho algo uma notícia, não sei se é boa ou ruim :( Bom, eu errei feio quando disse que a fic acabaria no capítulo 25 :-/

Odeio apressar uma história e quero mostrar bem o crescimento do Edward e o renascimento do sentimento entre ele e a Bella. Por tudo isso a fic vai ter mais capítulos do que esperava, ainda não sei quantos, mas conforme for chegando ao fim eu aviso.

(Cap. 21) Capítulo 20 - Egoísta

Notas do capítulo Hoje teremos um momento fofys de Bella e James *--* e terão uma noção de como a Bella esta confusa e perdida com seus sentimentos Finalmente chegou o dia do Edward ir atrás de um trabalho, mas isso não vai terminar muito bem :-/ Espero que gostem do capítulo ;) Bella POV

Após conversar com Edward fui para o meu quarto, tentava muito não pensar no que Edward havia dito sobre se encontrar com aquela ruiva sem graça, fingi estar animada por ele porque de modo algum queria que percebesse como isso tinha me afetado. Eu estava péssima por me sentir assim, ainda mais depois de um dia maravilhoso que passei com o Jay, não podia deixar de modo algum o que eu sentia transparecer, Edward estava certo em seguir a vida dele e eu teria que estar preparada para tudo o que pudesse acontecer, principalmente para quando ele saísse de casa e arrumasse alguém. O que nós vivemos juntos fazia parte do passado e era lá que deveria ficar, sabia que Edward nunca tinha me amado e eu havia sido só um capricho, uma aventura para ele. Talvez tudo o que tivesse sentido por ele na época fosse só paixão e desejo e eu acabei confundindo com amor e era justamente esse desejo que sempre senti por Edward que estava mexendo comigo agora, afinal de contas ele estava ainda mais bonito e charmoso que antes, eu só precisava dominar esse sentimento, pois não estava disposta a perder James só por um anseio carnal, tinha certeza que com o tempo isso passaria e finalmente poderia tratar Edward de fato como irmão sem me sentir atraída por ele.

Pouco tempo depois que me deitei senti a cama afundar e os braços de James me puxarem para seu corpo, era esse homem que merecia todo o meu amor e afeto.

– Você demorou. - Reclamei e pude ouvir ele rindo baixinho.

– Desculpa amor. As coisas não saíram como imaginava. - Me estiquei acendendo o abajur e me apoiei no seu peito o encarando.

– Como assim? - Ele suspirou visivelmente chateado.

– Descobri que o gerente do restaurante estava me roubando.

– Não acredito.- Falei passada.

– Pois é, já estava desconfiado, mas foi somente hoje quando verifiquei a contabilidade com calma que tive a certeza, quando fui confronta-lo ele se fez de vitima e fez um escândalo, tive que expulsar ele do restaurante. Depois acabei descobrindo que ele esta envolvido com drogas e devendo uma grana preta para os traficantes. Só fico pensando como não vi isso antes. - Se martirizou.

– Você não tem culpa amor, já tem tanto com o que se preocupar. - O consolei.

– O pior era que eu confiava nele. - Lamentou aborrecido.

– O que vai fazer agora?

– Felizmente já tenho um funcionário perfeito para colocar no lugar, mas esta situação toda me deixou muito chateado. - Se existia uma coisa que deixava James mal era saber que tinha sido enganado, me lembrei que Edward havia contado aos rapazes sobre o nosso passado, realmente eu não me importei muito, minha única preocupação era James saber disso por outra pessoa que não fosse eu, contudo tinha certeza que os meninos seriam discretos e não diriam nada. Com a chegada de Edward em minha vida sabia que era uma questão de tempo até que todos soubessem a verdade, confesso que fiquei feliz por ter sido Edward a falar com eles, tinha certeza que não conseguiria contar e nem queria pensar no que eles fariam se soubessem disso pelas meninas, Rose não odiava Edward como Alice, mas garantiu que se ele

me magoasse de novo ela iria atras dele e arrancaria suas bolas, eu e Alice morremos de rir com a cara assassina que ela fez. Eu me sentia mal por James ser o único a não saber a verdade e por de alguma forma esconder isso dele, decidi que teria que contar toda a verdade, contudo iria esperar um momento mais propício, por hora iria confortar o meu homem e tentar nos fazer esquecer de todas as preocupações, o beijei lentamente, James gemeu nos meus lábios e foi passando suas mãos pelo meu corpo, me tentando aos poucos.

– Ho bisogno tanto te mia Bella (Eu preciso tanto de você minha Bella). - James sussurrou roucamente no meu ouvido, sem que eu quisesse imagens das noites que passei com Edward vieram a minha mente. Não! Eu não vou pensar nele! Eu não posso pensar nele! Me recriminei mentalmente. Olhei para James e voltei a beija-lo sem fechar meus olhos, não queria pensar em Edward nem que fosse por um segundo enquanto estava com ele, Jay não merecia isso.

– Sei tutto cio 'di cui ho bisogno Jay (Você é tudo o que eu preciso Jay). - Respondi no meu italiano meio enrolado afastando qualquer lembrança de Edward da minha mente e me focando somente nele. Era James que eu precisava querer e amar, ele voltou a me beijar com ardor e sem pressa me deitou na cama, retirou com calma nossas roupas, pegou uma camisinha no criado mudo, colocou e sem pressa nos tornou um só, em seguida saiu de cima de mim e me levou para seu peito beijando o topo da minha cabeça.

– Buonanotte amore mio e che la tua notte sia piena di sogni felici (Boa noite meu amor e que sua noite seja repleta de sonhos felizes). - Ouvi Jay sussurrar com carinho antes do sono me tomar em seus braços.

Levantei cedo e já comecei a preparar o café, o primeiro a aparecer foi Edward. Seu irmão Isabella. Minha mente avisou antes que pudesse pensar em qualquer outra coisa, eu precisava me segurar se queria que Edward fizesse parte da minha vida.

– Bom dia.

– Bom dia Bell. - Achava uma graça quando me chamava assim.

– Vai na empresa hoje? - Edward havia comentado comigo no dia anterior que iria até a empresa que foi de sua família e tentar arrumar o trabalho que lhe tinham oferecido, estava muito feliz por ele estar querendo de alguma forma se reerguer e começar do zero.

– Vou sim. - Me olhou tímido. - Acha que pode dar certo? - Perguntou receoso.

– Tenho certeza Edward. - O incentivei, ele sorriu.

– Eu não tenho palavras para agradecer tudo o que fez por mim Bell, é a melhor pessoa que já conheci na minha vida. - Segurei sua mão sobre o balcão e o choque desse contato fez meu corpo inteiro se acender.

– É o que irmãos fazem Edward. - Eu precisava salientar toda vez que ele era isso para mim, quem sabe desse modo o que eu sentia por ele uma hora sumisse e se tornasse algo fraterno.

– Mesmo assim. - Apertou sua mão na minha e a soltou em seguida pegando uma maça na fruteira.

– Espero que não seja só isso que vai comer. - Lhe repreendi, ele riu.

– Estou nervoso demais para comer. - Confessou.

– Ok, mas me prometa que vai se alimentar no almoço. - Ele assentiu.

– Pode deixar mãe. - Respondeu rindo indo em direção ao seu quarto. O resto da manhã passou rapidamente assim como o dia, à tarde Jay me ligou para avisar que infelizmente ia demorar para chegar em casa, pois precisava resolver os assuntos do restaurante que ficaram pendentes por causa da demissão do tal funcionário, assim que abri a porta do apartamento me deparei com Edward no sofá assistindo televisão, ele se virou na minha direção e sorriu largamente.

– Oi! - O cumprimentei animada.

– Oi Bell. - Coloquei minhas coisas sobre a mesa da cozinha e me aproximei sentando no sofá, estava curiosa para saber como tinha sido seu dia.

– E aí como foi? - Ele deu de ombros.

– No começo foi bem estranho sabe, entrar naquela empresa depois de tudo. Pior foi o modo como todos me olhavam, me senti péssimo. - Suspirou chateado. - Sabia que não ia ser fácil, mas não pensei que ia ser tão difícil, entrar no escritório do meu pai e não vê-lo sentando na sua cadeira foi horrível. - Disse com a voz embargada, segurei sua mão e ele a apertou me olhando com carinho. - E depois veio a magoa, poxa, aquilo tudo era para ser meu. - Naquele momento eu vi o Edward de antes e percebi que se ele tivesse dinheiro voltaria a ser o mesmo mesquinho e prepotente de sempre.

– Desistiu do emprego? - Perguntei intrigada.

– Não, isso é algo que eu tenho que fazer Bell, por mim e pelo meu pai. Sei que é tarde, mas eu espero que de algum modo ou de outro ele possa saber que eu tentei, mas eu também tomei uma decisão.

– Que decisão?

– Eu vou procurar um advogado e reivindicar minha herança, ou melhor nossa.

– Do que esta falando?

– Bell isso do meu pai não ter deixado nada para nós é muito estranho, tenho certeza que esse tal de Eleazar armou tudo isso, meu pai não tinha motivos para nos deserdar, somos filhos e temos direito.

– Você é filho Edward.- Respondi seca.

– Não Bell, você também é, foi registrada e criada como filha deles, não podemos deixar nosso dinheiro com esse cara. - Suspirei. Tinha certeza que ele já estava pensando nisso antes de ir até lá.

– Foi por isso que decidiu ir atrás de emprego na empresa do seu pai?

– Foi uma ideia, além de ganhar dinheiro para pagar um advogado posso ficar de olho no tal Eleazar. - Não podia acreditar no que estava ouvindo.

– É só nisso que você pensa não é Edward? - Ele me olhou confuso.

– Como assim?

– Dinheiro.

– Bell é nosso direito.

– É seu direito. Eu não quero nada, abro mão de tudo. - Falei aborrecida.

– É isso que você quer? Que nosso dinheiro fique nas mãos erradas?

– Para de dizer que é nosso dinheiro Edward, é seu só seu. - Respondi sem esconder minha raiva.

– Qual o problema? Por que esta tão irritada?

– Porque eu sei para onde isso esta indo. Você vai recuperar seu dinheiro e voltar a ser o mesmo Edward. - Ele me olhou espantado. De novo eu ia perde-lo e o medo disso acontecer estava me deixando sem chão.

– Claro que não. - Negou.

– Vai sim, eu posso ver o brilho nos seus olhos e é o mesmo que você tinha antes, poder, dinheiro, você vai voltar a ser o fútil de sempre. - Disparei irada.

– Isso não é verdade.

– É sim. - Ele passou as mão pelos cabelos de modo exasperado.

– O que você quer? Que eu dependa de você para sempre?

– Não, eu quero que você cresça, mas pelo visto isso é impossível.

– É fácil para você falar, tem seu apartamento, seu carro, seu namorado rico. - Dei um passo para trás, suas palavras doeram mais do que um tapa, definitivamente quem estava na minha frente agora era o Edward que sempre conheci.

– Muito bom saber a imagem que tem de mim Edward. Quer saber? Faça o que você quiser, alias faça isso o mais rápido possível, assim não precisarei mais olhar para sua cara. - Disparei rude e fui para o meu quarto batendo a porta com força. Eu sabia que não demoraria para ele voltar a ser o mesmo, mas não imaginava que fosse ser tão rápido, me sentia péssima por achar que ele poderia mesmo mudar, eu sabia que ele tinha direito a herança e que seu pai não poderia ter deserdado ele, mas não foi seu desejo por ir atrás dela que me espantou e sim o modo que falava, era o mesmo Edward de antes, que só se preocupava com si mesmo e com seu dinheiro. Cheguei a conclusão que ele nunca mudaria e essa comprovação me machucou, apesar do que sentia por ele estávamos nos dando tão bem, entretanto sua atitude só mostrou o que eu já sabia, que qualquer tipo de relação com Edward seria impossível, pois ele sempre pensaria só no seu próprio bem.

Notas finais do capítulo Que fora do Edward, justo quando as coisas estavam indo tão bem :(

Como cheguei a falar nos comentários vai ser a partir de agora que a mudança do Edward vai acontecer pra valer, pois esta será a ultima chance que Bella dará a ele e sim a Bella irá perdoa-la uma última vez, essa será sua última chance.

Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas deste capítulo e do próximo na página do face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 22) Capítulo 21 - Última Chance

Notas do capítulo No capítulo de hoje o Edward vai tomar uma atitude surpreendente, a Bella se desculpará por ter exagerado e eles terão um momento bem gostoso juntos :)

Espero que gostem ;)

Edward POV

Não sabia o que pensar, eu agi feito um estúpido e imbecil. Será que Isabella tinha razão? Eu voltaria a ser o mesmo? Seria capaz de afasta-la da minha vida de novo? Olhei para a porta de seu quarto fechada e vi minha resposta. Eu a perderia e isso eu não podia admitir. Naquele momento eu percebi que se eu fosse atrás do testamento estaria mostrando a Bell que não tinha mudado e que só estava interessado no dinheiro e em ter prestígio e poder de novo, só que não era isso que eu queria, eu precisava mostrar a ela que eu era capaz de mais, de me reerguer sozinho sem a ajuda de ninguém. Foi então que eu decidi abrir mão da minha herança, podia ser meu direito, mas eu não estava disposto a perder Isabella e a chance que

ela havia me dado, tudo o que eu queria é que não fosse tarde demais e ela pudesse me perdoar mais uma vez. Fui até seu quarto e bati na porta. Nada.

– Bell. - Chamei e bati novamente, em seguida a porta se abriu, ela parecia bem chateada. Seu inútil. Olha só o que você fez novamente. Talvez fosse melhor que eu sumisse da vida dela para sempre, mas quem disse que eu conseguiria isso. Ela era a única razão pela qual eu ainda lutava para viver. - Me perdoa Bell, eu fui um grosso, babaca, idiota, bruto, pode chamar do que quiser. - Implorei a olhando com suplica.

– Acho que já estou acostumada. - Respondeu seca, os braços cruzados em frente ao peito, gelei ao ouvir sua voz soar tão fria.

– Eu não quero voltar a ser o mesmo Bell, me perdoa por favor. - Supliquei, percebi minha voz embargada, eu não sabia do que seria capaz se ela não me perdoasse. Ela suspirou e seu semblante se suavizou.

– Eu acho que fui um pouco chata também, afinal é seu direito.

– Não, você tem toda razão. Só de pensar em recuperar tudo eu já agi assim, fico imaginando o que aconteceria se eu ficasse rico de novo. - Disse cabisbaixo.

– É algo que você terá que lidar Edward. - A olhei seriamente.

– Eu não vou mais atrás da herança. - Ela me encarou assombrada.

– Por que?

– Porque eu quero que tenha orgulho de mim Bell. - Confessei, ela me olhou com carinho e me abraçou apertado. Suspirei aliviado ao ter ela nos meus braços, Isabella era boa demais comigo.

– Você não precisa desistir da sua herança para isso Edward, é só fazer as coisas certas. Tentou me dissuadir.

– Eu não estou pronto para isso ainda. - Respondi sinceramente, eu sabia que se colocasse as mãos naquele dinheiro eu voltaria a ser o mesmo e estava morrendo de medo disso. - Vou ficar de olho no Eleazar, mas por enquanto vou deixar as coisas assim. - Ela se afastou e me olhou com atenção.

– Tem certeza? - Assenti.

– Absoluta. - Confirmei. - Me perdoa por ser um energúmeno grosso de novo? - A encarei esperançosamente.

– Essa é a última chance que lhe darei Edward, se falar comigo daquela maneira de novo, acabou. - Disse segura, engoli em seco e a puxei para os meus braços.

– Obrigado Bell, você não vai se arrepender . - Garanti, ela se afastou e me olhou seriamente.

– É o que espero. - Eu era mesmo um idiota, estava indo tão bem e agora parecia que tudo o que tinha conseguido com a Bell tinha regredido e voltado ao inicio, mas dessa vez as coisas iam ser diferentes, iria mostrar a ela que eu podia ser melhor e que não ia decepciona-la novamente.

– Estava pensando em comemorarmos meu novo emprego. O que acha? - Perguntei acanhado mudando de assunto.

– É uma boa ideia. - Respondeu sem emoção. - Vou tomar um banho e preparo algo para comermos.

– De jeito nenhum, pensei em pedir naquele japonês que você tanto gosta. O que acha? Eu pago.

– Eu deveria pagar já que estamos comemorando seu emprego.

– Claro que não, que melhor maneira de comemorar um emprego do que gastando. - Ela acabou sorrindo.

– Ok então.

– Esperamos o James? - Perguntei sem jeito, desejando na verdade que ele nem aparecesse.

– Não, ele vai chegar tarde hoje. - Isso! Celebrei mentalmente. Peraí! Ele vai chegar tarde de novo? Será que esse cara era realmente confiável? Por um lado isso era bom, pelo menos eu poderia ficar sozinho com ela hoje, mas se estivesse enganando a Bell eu acabaria com a raça dele. - Pode ir pedindo se quiser. Sabe do que eu gosto?

– Sei sim. - Ela se desvencilhou dos meus braços e entrou novamente no quarto, fui para a sala e liguei para o restaurante, estava satisfeito com minha decisão, eu não merecia aquela herança, pelo menos não ainda, quando me sentisse pronto eu lutaria por ela.

A comida não demorou para chegar, eu aprontei a mesinha da sala para comermos no chão, exatamente como um restaurante japonês.

– Nossa! Caprichou hein. - Bell disse se aproximando seu semblante permanecia austero, mesmo assim percebi que o clima estava mais leve, de novo ela me daria uma chance. Minha última chance. Se sentou no chão e enquanto comíamos conversávamos sobre o nosso dia. Você não terminou de me contar, como ficou o emprego?

– Deu tudo certo, conversei com o Eleazar e começo na quarta.

– Então falou com Eleazar?

– Sim, ele me deu as instruções do que eu faria e os papéis para assinar. Eu tento pensar que ele poderia ter falsificado o testamento, mas o cara parece honesto demais para isso, é tão

estranho. - Foi então que pensei em algo que até o momento não tinha passado pela minha cabeça.

– Acho que deveria ir atrás disso Edward, seu pai não tinha motivos para lhe deserdar.

– Eu sei, mas pensando melhor agora, eu acredito que ele possa ter feito isso para me dar uma lição, principalmente pelo modo que eu estava agindo nos últimos tempos, o que é realmente anormal foi ele não ter deixado nada para você. - Apontei seriamente. Como não pensei nisso antes? Depois de tudo o que aconteceu eu conseguia ver claramente que meu pai poderia sim ter feito isso de propósito, mas o que não fazia sentido era ter tirado Bell da herança.

– Edward. - Isabella chamou minha atenção, ela odiava quando eu dizia que o dinheiro também era dela. Talvez tenha sido por isso que ele não deixou nada para ela também, Bell era boa demais e com certeza faria o que achava certo, que no seu caso seria passar todo o dinheiro para as minhas mãos.

– Bell, mesmo que você não aceite metade do que era dele é seu. - Se meu pai tinha feito isso de propósito qual seria sua intenção? Foi então que eu entendi, tudo o que meu pai queria era que eu pudesse dar valor ao que realmente importava e amadurecesse. Tinha certeza que se eu tivesse dinheiro, estaria em alguma festa sem sentido com mulheres e amigos fúteis e não teria tido a chance de estar com Isabella, mesmo que nunca ficássemos juntos, ter ela ao meu lado valia muito mais do que qualquer fortuna. Percebi que meu pai mesmo depois de morto ainda cuidava de mim, ele de fato me amava. Sorri por finalmente compreender isso. Tudo fazia sentido agora, queria muito poder agradecer meu pai pelo o que fez. Será que ele sabia que iria morrer? Balancei a cabeça afim de afugentar tais pensamentos, odiava pensar na morte deles. Talvez um dia poderia entender como tinha feito tudo isso tão rápido, por hora ia aproveitar o presente que ele havia me dado.

– Tem certeza que não quer ir atrás da sua herança? Eu acho...

– Tenho Bell. - Falei a cortando. - Eu te disse não estou pronto. - Ela assentiu e voltamos a comer. Já havia me informado sobre o assunto e sabia que tinha até cinco anos para reivindicar meus direitos, por enquanto ficaria atento a Eleazar para que ele não fizesse nenhuma besteira na empresa, depois quando me sentisse pronto, lutaria pela nossa herança.

– Esta animado para sexta? - Bell perguntou mudando de assunto, ela percebeu que parecia confuso e completou. - Seu encontro com a Victoria. - Esclareceu.

– Ah. Claro. - Respondi sem muito ânimo.

– Não parece. - Porque não vai ser com você. Pensei amargamente.

– Ela parece ser legal, eu só não sei se estou afim de ficar com alguém agora.

– Então por que a chamou para sair? - Questionou confusa.

– Achei que podia ser bacana. - Ficamos em silêncio. - Você e o James parecem bem firmes. Comentei distraidamente.

– É, estamos mesmo. Ele é ótimo.

– Não acha estranho ele chegar tão tarde e ter que trabalhar em um domingo? - Questionei me lembrando do dia anterior e do fato dele chegar tarde hoje de novo.

– Ele esta com alguns problemas no trabalho. - Ela me olhou seriamente. - James seria incapaz de me fazer sofrer Edward. - Garantiu, talvez não fosse sua intenção, mas ouvir aquilo me magoou.

– Percebi. - Respondi seco, claro que o sr. Perfeição não faria nada de errado.

– Você tem que largar essa cisma que tem com ele.

– Ele é perfeito demais. - Reclamei aborrecido.

– Claro que não Edward. - Respondeu tentando controlar uma risada, era a primeira vez desde que havíamos discutido que ela sorria verdadeiramente. Resolvi provocar e arqueei minha sobrancelha, dessa vez ela riu com vontade. - Tá bom vai, quase perfeito.

– Quase perfeito? - Perguntei atónito. - Então me diz que defeito ele tem? - A desafiei curioso para saber o que James teria que a desagradasse, Bell ficou mais séria e suspirou sem tirar os olhos de mim. Eu quase pude ouvir ela dizendo “Ele não é você”, mas isso era coisa da minha cabeça. - Já sei, é o apelido tosco que ele te deu né. - Falei em seguida para quebrar o silêncio e manter o clima leve.

– Edward! - Exclamou me repreendendo sem conseguir evitar de dar uma risada alta, esse era o som mais maravilhoso do mundo para mim e ficava feliz por poder voltar a ouvi-lo.

– Poxa Bell você tem que concordar comigo que frangolina é um péssimo nome. - Brinquei.

– É fragolina Edward e eu já te disse que gosto. - Respondeu fazendo um bico lindo, o que eu não daria para poder beija-la, voltei a atenção a comida assim não a atacaria. - Você que é um chato. - Disse jogando em mim um grão de arroz que ficou grudado no meu rosto, me virei na sua direção.

– É assim? - Perguntei ameaçador, peguei um sushi e ela me olhou assustada.

– Edward o que você vai fazer?

– Isso. - Respondi e em seguida atirei o sushi nela, ela desviou e pegou um no seu prato arremessando em minha direção, começamos uma guerra de comida, quando olhamos ao nosso redor estava tudo sujo, arroz e peixe para todo lado.

– Olha só o que você fez. - Disse me dando uma bronca.

– Foi você que começou. - Acusei.

– Eu nada, só joguei um grão de arroz em você. - Se defendeu. - Agora você limpa.

– Nem vem com essa, você vai me ajudar.

– Não vou nada seu idiota.

– Ah é? - Questionei me aproximando dela, em um pulo comecei a fazer cócegas nela.

– Edward para! - Ela pedia rindo, mas eu não parava, amava ouvir sua risada.

– Nunca. - Disse e continuei, ela tentou fazer o mesmo, mas segurei suas mão sobre sua cabeça, ambos estávamos ofegantes, Bell estava deslumbrante, meu coração batia acelerado e sem perceber fui me aproximando do seu rosto, eu queria sentir seu corpo junto ao meu, nosso aroma mesclado e o gosto da sua boca.

– Edward me solta! - Pediu me despertando dos meus anseios, em seguida me afastei, a soltando e voltei a me sentar no chão. Eu quase a beijei. - Toma. - Olhei para Bell e ela me estendia uma vassoura. - Pode começar. - Será que ela não sentiu o mesmo que eu? Claro que não Edward. Suspirei derrotado e peguei a vassoura.

– Isso é muito injusto. - Reclamei.

– Quem disse que o mundo é justo. - Respondeu brincando, enquanto ela recolhia a comida espalhada eu varria o chão. Eu me via cada vez mais apaixonado e encantado por ela, o que só piorava minha situação, haja visto que eu não tinha chance alguma com Bell, estava claro para mim o quanto ela gostava do namorado. Talvez a ideia de sair com Victoria não tenha sido tão ruim, quem sabe eu poderia encontrar alguém que gostasse de mim e com o tempo pudesse retribuir o sentimento. Bell me olhou séria. - Você não esta varrendo. - Advertiu.

– Você é muito mandona. - Resmunguei e ela riu alto.

– Sou mesmo, agora vamos logo que não quero que o Jay veja o desperdício de comida que você fez.

– Eu fiz? - Perguntei indignado.

– Nem vem, se formos discutir isso de novo não vamos terminar nunca. - Ela voltou ao seu serviço e eu ao meu. A verdade é que eu sabia que ninguém me faria feliz como ela, Bell era única para mim, eu entendia que apesar de ter me aceitado em sua vida ela ainda não confiava em mim, nossa discussão à tarde provou isso e acabou piorando ainda mais minha situação com ela, mas eu iria mostrar que tinha mudado e mesmo sem parecer que tinha chance eu ia lutar pelo seu amor.

Notas finais do capítulo O que acharam da decisão dele esperar estar pronto para ir atras da herança? Isso mostra que ele esta finalmente amadurecendo?

No próximo teremos o seu primeiro dia de trabalho e adivinhem só quem vai ser seu chefe??? A vida adora pregar uma peça >.

Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas deste capítulo e do próximo na página do face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 23) Capítulo 22 - Trabalho

Notas do capítulo

*Capítulo Surpresa* Obrigada pelos comentários!!! Finalmente chegou o dia do Edward pegar no pesado e também do seu encontro com a Victoria, James dará uma notícia que deixará Edward super esperançoso :)

Espero que gostem ;) Edward POV

Estava parado em frente a Cullen’s, quem diria que um dia eu voltaria aqui para trabalhar como um simples auxiliar administrativo? Mas essa era a minha realidade, eu sabia que podia tomar tudo isso de volta, só que ainda não era a hora certa para isso, por enquanto iria trabalhar e observar o tal Eleazar, apesar de agora acreditar que o testamento pudesse ser verdadeiro, ainda ficaria de olho nele e caso fizesse alguma besteira na empresa ou se eu estivesse enganado e descobrisse que ele tinha falsificado o testamento, quando retomasse minha fortuna minha primeira atitude seria demiti-lo. Conforme passava pelos corredores percebi olhares curiosos a minha volta e alguns cochichos, “ele voltou?”, “achei que tinha perdido tudo”, “quero só ver esse playboy trabalhando duro”, “adoraria ver alguém o humilhando como fazia conosco”. Abaixei a cabeça e segui até a presidência, Eleazar pediu que fosse falar com ele antes de começar, percebi que trabalhar aqui seria mais difícil do que pensava.

– Boa tarde. O senhor Denali esta? - A secretária que antes era do meu pai me olhou com descaso.

– Um momento vou verificar. - Respondeu seca pegando o telefone. - O senhor Cullen deseja vê-lo. Sim senhor. - Ela me olhou. - Pode entrar. - Assenti e entrei na sala que antes pertencia ao meu pai, foi impossível não me sentir mal ao estar aqui sem ele, não era a primeira vez que vinha aqui, já que tinha vindo antes para pedir o emprego, mas o sentimento era o mesmo, tristeza e arrependimento por não ter sido o filho que meu pai merecia.

– Edward. - A voz de Eleazar me puxou de volta, ele tinha um sorriso amigável no rosto, esse era um dos motivos pelos quais eu tinha que ficar de olho nele, era simpático demais comigo, precisava tomar cuidado. - Tudo bem? - Me perguntou quando percebeu que não me mexi.

– Sim, me desculpe. - Respondi me aproximando e estendendo a mão em um cumprimento.

– Imagino que esta sala lhe traga muitas lembranças. - Assenti silenciosamente.

– Mas não é por isso que vim. - Falei afim de por um ponto final ao assunto.

– Ah! Sim, hoje é seu primeiro dia. Então, esta animado? - Fiz uma careta e ele riu.

– Estou vendo que não muito. Tenho certeza que vai gostar, você tem um grande futuro.

– Então poderia me dar um cargo melhor.

– Infelizmente não, você precisa começar de baixo para aprender como essa empresa funciona e se der tudo certo logo será promovido, mas tenha a certeza que não será beneficiado por ser filho de Carlisle, só irá crescer aqui dentro se fizer sua parte.

– Ok. - Me limitei a responder. - Onde começo?

– O seu supervisor já esta chegando. É um rapaz muito esforçado e um dos nossos melhores contadores irá lhe auxiliar no que for preciso e lhe mostrar o que deve fazer, ele recentemente foi promovido ao cargo de gerência.

– Rapaz? Não me diga que vou ter que servir alguém mais novo do que eu? - Perguntei indignado.

– Na verdade ele tem a sua idade, mas já trabalha conosco há 6 anos e conhece a parte administrativa e contábil como ninguém, é o melhor para lhe ensinar. Algum problema com isso? - Perguntou arqueando a sobrancelha. Bufei exasperado.

– Não, eu só achei que ia trabalhar diretamente com o diretor.

– Você precisa de experiência antes de fazer qualquer coisa Edward. - O telefone tocou. - Pode deixar ele entrar. Obrigado. - Logo a porta se abriu quando me virei não pude acreditar, eu teria que trabalhar para ele? Só podia ser castigo. - Edward este é o Seth. - Eleazar o apresentou.

– Olá senhor Cullen. - Me cumprimentou sério.

– Acho que eu que deveria lhe chamar de senhor, não? - Apontei seco. Isso não ia dar certo, me lembrei claramente do dia em que o demiti e meu pai me deu a maior bronca, tinha certeza que pelo modo que me encarava ele me odiava. Era só o que me faltava.

– Seth por favor mostre a parte administrativa ao Edward e o que ele deve fazer. - Seth assentiu.

– Sim senhor. - Falou saindo da sala.

– Edward. - Eleazar me chamou antes que saísse. - Se precisar conversar minha porta estará sempre aberta. - Como é? O que ele estava planejando? Na verdade isso seria perfeito, desse modo poderia ficar de olho nele.

– Obrigado. - Respondi com um sorriso. Qual era a dele?

Saímos da sala e seguimos pelo corredor até o elevador em silêncio, quando chegamos ao setor administrativo os olhares se voltaram para mim, bufei ao ouvir alguns comentários, eu realmente não era bem quisto.

– Ninguém aqui gosta de você. - Ouvi a voz do rapaz ao meu lado.

– Percebi. - Respondi seco. - Então quais serão as minha funções? - Ele me levou para sua sala e me explicou o que eu deveria fazer. Incrível, o cara tinha minha idade e já era gerente, enquanto eu um mero auxiliar. A vida tinha um jeito muito engraçado de nos dar uma lição, estava morando com a pessoa que devia me odiar e agora iria trabalhar para o cara que demiti. Acho que isso só mostrava que eu tinha recebido o que pedi no dia que me bateram na

rua, uma chance de mudar e era isso que eu faria, mostraria a todos do que Edward Cullen era capaz.

Confesso que o dia tinha sido exaustivo, entretanto muito produtivo, pude ver como a empresa funcionava e me interessei e muito pela parte de engenharia, a qual mais me identifiquei quando estava na faculdade, talvez com mais experiência pudesse mudar de função e trabalhar nessa área. Eu não pensei que ia sair tão animado da empresa, haja visto o modo como todos ainda me tratavam, mas isso não mudava o fato de ter descoberto como era recompensador fazer algo que eu gostava e tinha certeza que aos pouco mostraria a todos que era um novo Edward. Cheguei em casa e senti um cheiro delicioso, Bell estava concentrada mexendo algo no fogão quando entrei.

– Boa noite! - Ela me olhou e sorriu.

– Oi Edward e aí como foi? - Perguntou animada.

– No começo foi estranho, mas depois foi bem legal.

– Que ótimo! - Disse animada.

– Vou tomar um banho e volto para te contar o resto.

– Perfeito, logo o jantar vai estar pronto. - Fui para meu quarto, tomei um banho e logo tinha voltado para a cozinha, enquanto conversávamos Bell terminava a janta e eu arrumava a mesa, estava perfeito, parecíamos uma casal de namorados.

– Edward esta faltando um prato. - Bell apontou a mesa, franzi o cenho confuso. - James. Explicou, estava me sentindo tão feliz que me esqueci completamente do senhor perfeição.

– Ah! Ok. - Fui até o armário e peguei outro prato. Estava bom demais para ser verdade, reclamei mentalmente, o telefone tocou e Bell pediu que atendesse.

– Residência de Isabella Cullen. - Ela riu pelo modo que atendi o telefone.

– Edward aqui é o James, a Bella esta? - Ele parecia bem sério.

– Esta sim, vou passar para ela. - Peguei o telefone e levei até a Bell. - É o James. - Ela cerrou as sobrancelhas, enxugou as mãos e atendeu.

– Oi. Sei. - Deu um suspiro. - Tá bom Jay. Amanhã? Por que? Mesmo? - Perguntou visivelmente chateada. - Ok. Eu sei. Eu também te amo. - Eu odiava ver Bell com ele, mas ouvir ela dizer que o amava era mil vezes pior. - Beijos, até amanhã. - Ela me entregou o telefone.

– Tudo bem?

– Mais ou menos, Jay vai precisar viajar. - Disse triste. O comportamento de James nos últimos dias estava cada vez mais estranho, chegando sempre tarde, a única vez que tentei falar com Bell sobre isso ela me afirmou que James seria incapaz de magoa-la, eu estava começando a ter minhas dúvidas.

– Vai demorar?

– Três semanas. - Me aproximei dela e sem pensar a abracei.

– Vai passar rápido Bell. - Não podia acreditar que esta consolando a mulher que eu amava por causa de outro.

– Eu sei. - Respondeu com uma voz chorosa, agora eu via claramente o quanto esse idiota significava para ela e isso me deixava péssimo.

– Hei vamos animar. Tô morrendo de fome aqui. - Reclamei, ela acabou rindo.

– Ok esfomeado, você ainda precisa me contar os detalhes sobre seu primeiro dia. - Falou tentando se animar. A ajudei a colocar a comida na mesa e nos sentamos, contei a ela sobre o Eleazar e meus planos. - Então vai ficar de olho nele?

– Sim, o cara parece ser legal, mas tem alguma coisa muito estranha ai e vou descobrir o que. Disse convicto.

– E a herança? Vai mesmo esperar para entrar na justiça?

– Vou, só irei atrás quando eu estiver pronto, além disso quero ter certeza no envolvimento desse advogado para depois tomar as devidas providências. É o melhor não acha?

– Eu concordo. - Sorri. - E como foi o resto do seu dia?

– A maior parte foi boa. - Contei a ela tudo o que tinha me acontecido desde o modo como os empregado me olhavam e cochichavam ao meu respeito até o fato do meu novo chefe ser alguém que tinha demitido.

– Não acredito! - Exclamou surpresa.

– Pois pode acreditar, aqui se faz aqui se paga. - Dei um suspiro. - Sabe que apesar de tudo o que aconteceu hoje, eu gostei e muito de estar lá. Foi tão estranho ter que trabalhar, correr atrás de um monte de coisa que eu não fazia ideia, dar satisfações para outra pessoa que não fosse meu pai. Confesso que não foi nada fácil, mas foi bom não estar fazendo as coisas para agradar alguém e sim por mim mesmo. - Isabella segurou minha mão sobre a mesa.

– Estou tão orgulhosa de você Edward. - Falou com os olhos lagrimejados, apertei sua mão na minha.

– Bell não sabe como isso é importante para mim. - Declarei feliz.

– Tenho certeza que seu pai estaria também.

– Você acha? - Perguntei inseguro.

– Com certeza.

– Eu quero mudar Bell, quero ser melhor... - Respirei fundo e completei. - Quero tanto ser feliz. - Ela me olhou com carinho e apertou ainda mais sua mão sobre a minha.

– Você vai ser Edward, é só querer. - Sorri acariciando sua mão.

– Eu quero. - Mas para isso eu preciso de você. Completei em pensamento, não sei por quanto tempo ficamos ali, mas infelizmente ela se afastou, a ajudei com a louça e depois sentamos na sala e ficamos conversando, iria me aproveitar dessa viagem de James para fazer com que Bell se apaixonasse perdidamente por mim.

O resto da semana passou rápido, no trabalho as coisas continuavam as mesmas, eu ignorava os burburinhos e me focava no meu serviço, hoje era sexta e tinha o meu encontro com Victoria, a verdade era que eu não estava com a mínima vontade de ir, adoraria ficar com Bell, só que ela ia sair com a Alice e a Rose, por pouco não dispensei a Victoria para sair com os rapazes, mas sabia que se fizesse isso eles iam cair matando em cima de mim, além disso não custava nada cumprir o que eu tinha combinado com ela. A encontrei no parque em que combinamos, Victoria usava um vestido leve e florido, estava muito bonita.

– Olá. - Me aproximei a cumprimentando, ela abriu um sorriso enorme ao me ver.

– Oi Edward. - Falou me beijando no rosto. - Já estava com medo que tivesse esquecido de mim. - Reclamou fazendo um charme.

– De jeito algum. Vamos dar uma volta? - A convidei.

– Sabe que adorei essa sua ideia.

– Mesmo?

– É algo novo, geralmente os encontros se resumem a jantares e balada. Amei quando me chamou para tomar um sorvete, isso mostra que é bem diferente dos caras que vejo por ai.

– Eu só queria inovar um pouco. - Ela não precisava saber que eu estava com a grana curta.

– Pois eu adorei. - Revelou se pendurando no meu braço, me afastei gentilmente. Ela torceu os lábios, claramente não gostou do modo que me distanciei dela.

– Conheço uma ótima sorveteria aqui perto. Vamos? - Falei tentando mudar o clima, Victoria voltou a sorrir e fomos até a soverteria. Não nego que a tarde foi bem agradável, ela era uma ótima companhia, tinha um papo inteligente, além de ser linda, mas também não passou disso, eu não sentia nada na sua presença, ficou até meio chato quando a acompanhei até seu apartamento e discretamente virei o rosto quanto tentou me beijar, nos despedimos e fui embora. Voltei para onde eu realmente queria estar, assim que abri a porta encontrei Bell sentada no sofá vendo um filme.

– Hei e ai como foi o encontro garanhão? - Perguntou sorrindo, isso ao invés de me deixar feliz, me fazia sentir péssimo, pois mostrava que ela nem se importava que eu saísse com outra mulher.

– Foi legal. - Respondi simplesmente. - O que esta vendo? - Questionei antes que ela pudesse fazer outra pergunta.

– Sabe que nem sei, acabei de ligar a TV e vi essa mulher correndo assustada. - Falou sorrindo.

– Posso fazer companhia?

– Claro. - Me sentei ao seu lado e começamos a assistir ao filme juntos. - Que tal uma pipoca? Sorri.

– Ia ser perfeito.

– Vou preparar.

– Eu te ajudo. - Falei me levantando e indo com ela para a cozinha. Enquanto preparávamos a pipoca conversávamos animadamente, eu evitava perguntar do James, queria que pelos menos enquanto estivéssemos juntos tentasse fazer com que ela não pensasse nele, sabia que isso era impossível, mas eu podia sonha não é? Terminamos de preparar os petiscos e voltamos para a sala, o filme que estava passando tinha acabado, então Isabella me passou o controle e eu mudei de canal até parar em um daqueles filmes bem absurdos de ação, eu e Bell riamos das situações cômicas que o personagem principal enfrentava para descobrir o vilão. A cada segundo que passava ao seu lado eu percebia como ela era fundamental para mim e a certeza de que eu não podia desistir voltava com força total.

Notas finais do capítulo Vai ser um aprendizado e tanto tentar recuperar a confiança de tanta gente que ele destratou, mas felizmente não vai demorar para ele conseguir :)

No próximo ele e a Bella terão um papo sincero sobre o passado, mas ainda sem falar sobre o que os machucou tanto, Edward vai ter uma surpresa super agradável no trabalho e uma saída bem divertida com os amigos para comemorar. Bella e Edward estarão cada vez mais próximos ;)

Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas deste capítulo e do próximo na página do face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 24) Capítulo 23 - Passado

Notas do capítulo Capítulo de sábado mais cedo pois não poderei postar no fim de semana :)

Obrigada pelos comentários!!!!!

No capítulo de hoje Edward tentará se aproximar de Isabella, eles terão um papo sobre o passado fazendo com que a relação deles evolua e a partir desse capítulo será cada vez mais difícil para Bella ignorar o sentimento que nutre por ele :)

Espero que gostem ;) Edward POV No dia seguinte depois de voltar do trabalho encontrei Isabella jogada no sofá, sua expressão abatida, fiz uma careta ao perceber que devia estar com saudades do namorado, mas eu não podia me deixar abalar, tinha três semanas para fazer com que ela se apaixonasse perdidamente por mim. – Hei. - A cumprimentei me aproximando, Bell me olhou de lado e abriu um sorriso. – Oi. - Respondeu fracamente. – Que carinha é essa? - Perguntei me sentando na mesa de centro à sua frente. Ela me olhou atentamente e suspirou. - Aposto que esta com saudades do James. - Bell não disse nada. Segurei sua mão. - Pois eu não vou deixar você ficar deprimida. Vem vamos sair. – Não tô afim. - Reclamou puxando de volta sua mão. – Não quero saber se esta afim ou não. Vamos vai.- Insisti. – Não tem mais ninguém para você encher o saco? - Provocou, sorri. – Pior que não. Vem Bell, por favor. - Pedi fazendo um bico, ela se sentou no sofá.. – Tá bom seu chato. - Respondeu seu chato. – Isso aí! - Comemorei. – Vou me trocar e saímos. – Você esta ótima Bell. – Tem certeza? - Perguntou acanhada.

– Absoluta. - A certifiquei e saímos, fomos em um parque que ficava perto da casa dela, estava até parecendo o encontro que tive com Victoria, a diferença é que agora eu estava com quem realmente queria. Compramos dois sorvetes de casquinha e fomos comendo enquanto conversávamos, confesso que estava tão interessado em ver o modo sexy que ela lambia o sorvete que as vezes esquecia de prestar atenção no que dizia. - Edward? - Me chamou, a olhei um pouco desconcertado. – Desculpe me distrai. - Ela franziu o cenho. – Com o que? - Perguntou olhando a nossa volta, como se pudesse existir algo mais interessante do que ela para me distrair. – Estava pensando que nunca fizéssemos nada assim antes. – Oh! Verdade. - Concordou então ficou calada. Será que falei alguma coisa de errado? – Bell tá tudo bem? – Tá sim. - A olhei mais atentamente. – Você não me engana. O que foi? – Posso te fazer uma pergunta? - Perguntou acanhada. – Claro. - Afirmei. Ela respirou fundo e parecia tentar arrumar coragem para falar. O que poderia ser? Demorou um pouco até que finalmente disparou. – Por que você me odiava tanto? - Eu fiquei parado a olhando sem ter ideia do que responder. – Vamos sentar? - A convidei quando vi um banco próximo, isso ia demorar. Assim que sentamos fiquei pensando por onde começar. – Eu sempre fui egoísta, desde criança. - Bell me observava atenta. - Queria tudo para mim, quando meus pais me disseram que tinham te adotado e que você seria minha irmã, eu fiquei louco de raiva por uma intrusa se beneficiar de tudo o que eu tinha, além de ter que dividir a atenção dos meus pais, mesmo sem motivo eu morria de ciúmes e conforme o tempo foi passando isso só piorou. - Confessei cabisbaixo, Bell ainda me olhava atenta. – Foi por isso que decidiu me humilhar? - Perguntou em um sussurro, eu sabia que não ia tardar o dia em que conversaríamos sobre tudo o que aconteceu, mas será que eu estava preparado para dizer agora que tinha me apaixonado por ela naquela época? – Isso foi coisa dos idiotas que eu considerava como amigos, eu era imbecil demais para fugir de uma aposta. Não queria fazer aquilo, principalmente por que se meus pais viessem a descobrir eu sabia que estaria ferrado. – Se sabia disso por que fez? - Questionou intrigada. – Ninguém dizia a Edward Cullen que ele não era capaz de fazer alguma coisa. - Respondi sinceramente.

– Eu imaginei. - Suspirou tristemente, segurei sua mão. – Eu me arrependo todos os dias do que fiz Bell, eu pensava que você era uma interesseira que só fingia amar meus pais para se dar bem. - Ela me olhou espantada, puxou sua mão e se levantou. – Eu nunca quis dinheiro Edward, os amava como se fossem meus pais, foram os únicos que sempre se importaram comigo. - Caminhei até ficar frente a frente com ela, Isabella olhava o chão, segurei seu queixo e a fiz me encarar, seus olhos brilhavam pelas lágrimas não derramadas. – Eu tenho certeza disso. - Acariciei seu rosto com delicadeza. Como eu pude fazer tanto mal a uma pessoa tão boa? - Nunca serei capaz de me perdoar por tudo o que a fiz sofrer Bell, ela sorriu levemente. – Pelo menos você admitiu seu erro e esta tentando se tornar alguém melhor. - Sorri. O que seria de mim se não fosse ela? – Sei que já falamos sobre isso, mas eu nunca pedi. - Ela me olhou confusa. Respirei fundo. Me perdoa Isabella? Por tudo o que eu a fiz sofrer. Me perdoa? - Pedi a encarando com fervor. Apesar de decidirmos deixar o passado para trás nunca tínhamos conversado honestamente sobre o que aconteceu. Bell passou os dedos pelos meus lábios e abriu um sorriso tímido, o meu sorriso. – Eu te perdôo Edward. - Respondeu com a voz embargada, a puxei para os meus braços no mesmo instante a apertando e por pouco não disse o quanto eu a amava, mas sabia que era cedo, Bell me queria na sua vida de um modo completamente diferente do que eu a queria. Ela se afastou e me olhou com carinho. - Obrigada por ser sincero comigo. – Acho que a única forma para nos darmos bem é sermos sinceros um com o outro. - Bell me encarou profundamente. – Tem razão. - Não sabia por que, mas tive a nítida impressão de que não era isso que ela ia me dizer, entretanto preferi não questionar, quando ela quisesse sabia que podia me dizer o que desejasse. - Vamos continuar com o passeio? - Falou mais animada enxugando seu rosto. – Claro. - Concordei, em seguida fomos em um restaurante e jantamos, ela perguntou sobre a Victoria e eu disse que não ia longe e que não queria pensar em me relacionar com alguém no momento, podia ser impressão minha, mas ela pareceu agradavelmente aliviada a ouvir aquilo. Devia ser coisa da minha cabeça, afinal por que ela ficaria assim? Será que Isabella estava com ciúmes de mim? Só a ideia de que isso pudesse ser verdade fez o meu dia. Depois conversamos sobre seu trabalho, era tão gostoso ver como ela amava o que fazia, esperava ter essa mesma relação com o meu serviço. Bell perguntou sobre o meu e assim ficamos o resto da noite, conversando e rindo juntos, quando chegamos em casa cada um foi para o seu quarto. Depois do dia que tivemos eu demorei a dormir tamanha era minha felicidade, naquele momento tive a certeza de que tudo ia se ajeitar.

Assim como eu havia pensado as coisas estavam mudando, principalmente minha relação com Isabella, estávamos cada vez mais próximos, saíamos ou ficávamos juntos no apartamento, as vezes eu percebia que ela não me olhava mais do mesmo jeito, apenas como um irmão, porém assim que a pegava me observando sua postura mudava e ela voltava a ser a mesma de sempre. Será que Isabella não era tão imune a mim como eu pensava? Tudo o que eu gostaria era poder ler sua mente e saber o que se passava naquela cabeça linda, mas enquanto isso não era possível eu me focava em reconquistar sua confiança, o restante viria com o tempo e talvez mais cedo do que eu imaginava. – Edward o senhor Denali quer vê-lo. - Seth me informou, estava tão vidrado nos projetos em que trabalhava que nem tinha percebido sua presença, felizmente estávamos nos dando bem melhor, tinha até chamado ele para sair comigo e os rapazes. Seth se tornou um grande amigo em pouco tempo, sempre discutíamos nossas ideias juntos, eu me focava mais na parte da engenharia e ele na parte administrativa. – Valeu Seth. - Agradeci e segui até a sala de Eleazar, minha investigação estava na mesma, verdade seja dita eu nem estava mais me preocupando com isso, ficava focado demais no trabalho e em Bell para pensar no testamento, mas sabia que cedo ou tarde eu teria que tomar uma decisão. Assim que a secretária anunciou minha chegada eu entrei no seu escritório, diferente do inicio, agora eu não sentia mais magoa ou raiva quando entrava ali. Queria me ver senhor Denali? - Perguntei assim que passei pela porta. – Olá Edward, por favor já pedi, só Eleazar. – Claro, desculpe. – Sente-se. - Falou indicando a cadeira. - Bom, a razão pela qual eu te chamei aqui é que mesmo com seu pouco tempo de serviço estou muito satisfeito com seu trabalho e por isso eu decidi mudar você de área. - Anunciou satisfeito. – Sério? – Sim, eu vi os projetos de engenharia que me passou e fiquei muito impressionado. Que tal passar três semanas trabalhando diretamente com os engenheiros? - Ofereceu me olhando atentamente. – Eu ia adorar. - Falei sem esconder meu entusiasmo. – Ainda não será efetivo, mas se for bem nessa experiência será. – Eu nem sei o que dizer. Isso é ótimo. – Resultado do seu esforço e dedicação. - Me levantei e estendi minha mão na sua direção. – Obrigado pela oportunidade Eleazar, farei o meu melhor. - Ele sorriu e me cumprimentou. – Tenho certeza que sim Edward. - Sai da sua sala eufórico, cheguei no setor da administração e contei para Seth que me deu os parabéns e disse que ficava muito feliz por mim, assim que o expediente acabou fui correndo para casa, não via a hora de contar a novidade para a Bell, sabia que ainda não era nada concreto, mas só saber que tinha conseguido tal chance com

meu esforço não tinha palavras para descrever minha alegria. Cheguei no apartamento e a chamei. – Bell! Bell! - Quando ela apareceu não me segurei e a peguei no colo girando pela sala. – Edward! - Exclamou espantada, eu ria e ela acabou rindo também. Quando parei de girar, ela em encarou com um sorriso lindo. - Posso saber a razão dessa felicidade toda? - Perguntou sorrindo largamente. Contei tudo o que tinha acontecido. - Isso é incrível! - Disse quando terminei de falar e me abraçou de novo. – Eu sei, estou tão empolgado. Bell eu fiz isso, não foi por ter pai rico ou um sobrenome, foi pelo meu esforço e trabalho. Nem tenho palavras para descrever como estou me sentindo. Falava sem parar. – Você merece Edward, tem trabalhado tanto. – Bom, não posso me empolgar demais, ainda é uma experiência. - Disse tentando segurar meu entusiasmo. – Mas tenho certeza absoluta que vai conseguir, sempre que me mostra seus projetos ou fala deles seus olhos brilham. Você encontrou o que gosta e isso já é motivo para comemorar. Que tal chamarmos o pessoal e saímos para jantar? - Apesar de desejar sair só com ela me animei com sua ideia. – Vai ser ótimo. – Beleza, então enquanto toma um banho eu ligo para eles. – Perfeito. - Me aproximei, beijei seu rosto com carinho e encostei minha testa na sua. Obrigado por tudo Bell, se não fosse por você nada disso estaria acontecendo. - Ela sorriu e colocou sua mão no meu rosto. – Você fez isso Edward, eu só dei um pequeno empurrão. – Nada que fez por mim pode ser denominado de pequeno. Você me salvou de mim mesmo Isabella. - Nossos olhos se conectaram daquele modo especial em que eu sentia que era capaz de enxergar tudo o que se passava pela sua mente, mas como sempre Bell cortou o encanto antes que pudesse ter a chance de desvenda-la. – Vai logo se arrumar, caso contrário não iremos a lugar nenhum. - Falou sorrindo, me afastei e segui para o quarto para me arrumar. Fomos todo o caminho até o restaurante conversando animadamente, combinamos para o pessoal nos encontrar lá, aproveitei e convidei o Seth também, quando chegamos, sentamos e ficamos esperando o povo aparecer, os primeiros foram Emmett e Rosalie e em seguida apareceram Alice e Jasper e logo depois Seth, o clima estava extremamente agradável e divertido, isso até Alice se meter. – Quando o James volta Bella? - Perguntou me olhando diretamente, ela ainda não me suportava e isso ficava cada vez mais óbvio.

– Daqui duas semanas. - Bell respondeu simplesmente. – Aposto que esta morrendo de saudades. - Continuou inquirindo Isabella, tudo o que eu queria ouvir era que ela nem pensava nele, mas infelizmente não podia ser assim, pelo menos não agora. – Estou sim, mas sempre nos falamos, isso mata um pouco a saudade. – Tenho certeza que ele esta fazendo falta, afinal o James é um cara incrível. - Disse olhando diretamente para mim, engoli em seco. Porque Alice tinha que ficar lembrando dele agora? – Como é que é? - Jasper perguntou atônito parando de conversar com Emmett e encarando Alice. – Ih. Fica de olho hein Jasper. - Emmett brincou. - James esta na área. – Nada a ver seus palhaços. Eu amo o meu Jazz. - Alice falou beijando delicadamente Jasper, que sorriu com o gesto. - Só estou lembrando a Bella o ótimo namorado que tem, as vezes com a distância ela pode esquecer. - Bell estreitou os olhos na direção de Alice. Não estava entendendo nada. – Eu sei o homem maravilhoso que tenho ao meu lado Alice, não precisa se preocupar com isso. - Respondeu diretamente. – Espero que saiba mesmo. - Quer porra estava acontecendo? – Então Seth você e o Edward trabalham juntos? - Jasper mudou de assunto percebendo que o clima tinha ficado meio tenso depois do estranho embate das duas na mesa. Será que Alice era apaixonada pelo James? Não, isso não fazia sentido, estava claro o quanto ela amava o Jasper, então porque essa discussão? Preferi esquecer o assunto por um momento e voltei a atenção a mesa, Seth contava como foi nosso primeiro encontro e que eu o havia demitido. – Sério que você fez isso Edward? - Rosalie perguntou abismada. – Não sei por que o espanto Rose, sabemos muito bem o imbecil que o Edward é. – Alice! - Isabella a repreendeu. – Tudo bem Bell, eu fui mesmo um imbecil, felizmente o Seth me desculpou. - Disse dando um tapa amigável em seu ombro. – Depois que se conhece bem até que o Edward não é tão ruim. - Falou brincando. – Verdade, até que dá para aturar, mas esse cara jogando boliche, é um desastre. - Emmett disparou rindo. – Pois pode marcar outro jogo que estou preparado para a revanche. - Rebati. – Podíamos jogar as mulheres contra os homens.

– De jeito nenhum Jasper, se for assim o Edward vai ficar com as mulheres, não estou afim de perder. – Melhor ainda, vou adorar vencer você Emmett. - Falei desafiador. – Isso é o que veremos. Topa Seth? – Opa, com certeza, vou adorar vencer o Edward. - Disse rindo. – Ótimo, mais um contra mim. - Respondi olhando diretamente para Alice que me lançou um sorriso irônico. O telefone de Seth tocou e ele saiu para atender. Ficamos conversando sobre meu desastre no boliche até que ele voltou com o semblante sério. – Tudo bem Seth? – Tudo, só o imbecil com que eu divido o apartamento que esta me dando o maior trabalho. Acreditam que eu cheguei um dia desses em casa e o cara estava transando na sala. - Explicou pasmo. – E aí? A mulher era gostosa? - Emmett questionou para em seguida levar um belo tapa de Rosalie na nuca. - Ai amor, só estava curioso. - Reclamou com um bico, fazendo com que todos nós déssemos risada. – Pois guarde essa curiosidade para si Emmett. - Ele sorriu e beijou sua mão com carinho, Rose acabou sorrindo toda boba. – Que situação constrangedora. O que você fez? - Bell perguntou. – Assim que vi a cena eu fechei os olhos e mandei que saíssem de lá. – Gostou do que viu? - Emmett provocou rindo. – De jeito nenhum, ainda tenho pesadelos com a bunda branca dele em cima do meu sofá. Ele se arrepiou e todos nos gargalhamos, Emmett aproveitou e contou da vez que ele quase pegou os pais juntos, enquanto morríamos de rir, Rose balançava cabeça, mesmo assim não conseguia esconder a vontade de rir também. Olhei a minha volta e me senti bem ao ver as pessoas maravilhosas que agora faziam parte da minha vida. – O que esta pensando? - Ouvi Bell me perguntar com um sorriso lindo nos lábios. – Que minha vida nunca foi tão boa como agora. - Confessei sem esconder minha alegria. - Só falta uma coisa para ficar perfeita. - A olhei intensamente, ela franziu o cenho. – O que? - Perguntou intrigada. Você. Pensei, mas infelizmente ainda não tinha coragem de dizer isso. – Conseguir esse trabalho definitivamente. - Ela sorriu abertamente, por um segundo achei que parecia aliviada com minha resposta.

– Tenho certeza que vai conseguir, você esta fazendo por merecer Edward. - Respondeu com doçura fazendo com que meu sorriso ficasse ainda maior. - Gente vamos fazer um brinde? Bell perguntou se virando para todo mundo. – Opa! - Emmett concordou pegando sua taça, assim como todo mundo. – Vamos brindar a que? - Jasper perguntou, Bell olhou para mim. – Ao Edward, que ele consiga definitivamente essa promoção. - Falou sorrindo. – Gostaria de propor um brinde também. - Disse antes que brindássemos, olhei a todos a minha volta e completei. - À amizade verdadeira. - O pessoal sorriu e Bell me encarou admirada. – Ao Edward e a amizade verdadeira! - Levantamos nossos copos e brindamos em meio aos risos, exceto claro Alice, que continuava com a mesma cara de desgosto, mas não ia deixar ela estragar esse momento para mim, não quando eu estava tão feliz. Nunca tinha me sentido tão realizado como agora, tinha feito amigos sinceros e iria trabalhar em algo que adorava, para minha felicidade ser completa só faltava ter Isabella em meus braços como minha mulher e eu sentia que isso não ia demorar a acontecer.

Notas finais do capítulo Esclarecimento: Sei que algumas pessoas podem ter a impresão que essa fic seja sobre o James e a Bella haja visto a quantidade de momentos fofos que temos dos dois e o fato da maioria das histórias que tem um triângulo amoroso, ou a terceira pessoa é o vilão ou um coitado que suplica pela atenção da mocinha sem nunca ter uma chance, entretanto eu quis fazer algo diferente aqui, algo que por mais que pareça ficticio é passível de acontecer na vida de qualquer um. Afinal de contas não nos apaixonamos só uma vez na vida. Eu sei e entendo que a presença do James ao mesmo tempo que agrada algumas desagrada a outras, mas ele é fundamental nesta história e sua importância é inegável na vida da Bella, pois conseguiu fazer com que ela esquecesse um pouco da dor que Edward lhe causou. Infelizmente não escolhemos quem amamos e no caso da Bella tenho certeza que ela iria preferir amar o James verdadeiramente ao inves de tentar a todo custo negar o que sente pelo Edward. As coisas não vão acontecer de uma hora para outra, a Bella não vai se jogar nos braços do Edward assim que seu relacionamento com James, antes ela terá que entender o que realmente quer. Já avisei que a fic não será curta, por isso esta cedo para alegar a força do amor de Bella por Edward. Desculpem o desabafo, mas achei importante esclarecer esses pontos :)

No próximo o Edward e a Bella ficarão ainda mais unidos, ela terá uma conversa franca com suas amigas e o pessoal finalmente vai para balada, muitas emoções nessa saída.

Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas deste capítulo e do próximo na página do face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 25) Capítulo 24 - Balada

Notas do capítulo Prontas para mais um capítulo???

Edward e Bella estão cada vez mais próximos o que só aumenta a desconfiança da Alice, Bella tentará garantir a amiga que não sente nada por Edward. Será mesmo?

Espero que gostem ;) Edward POV

Conforme os dias foram passando eu e Bell ficávamos cada vez mais próximos, decidimos até a começar a correr juntos, tomávamos café da manha e saiamos para um corrida, se um dia eu pensei que a amava agora eu percebia que estava completamente equivocado, o que sentia por Isabella ultrapassava a própria definição de amor, porém quanto mais eu comprovava a profundidade dos meus sentimentos mais medo sentia, porque sabia que não seria assim para sempre. Em menos de uma semana James voltaria e então eu ficaria sem ela novamente, queria tanto que Isabella sentisse o mesmo por mim, entretanto por mais que parecesse que não era totalmente indiferente a minha pessoa, isso não parecia ser o bastante. Ela sempre fazia questão de ressaltar que eu era seu irmão e confesso que isso já estava me irritando, eu não queria ser porra de irmão nenhum, queria ser seu homem, seu amante, seu melhor amigo, só que isso parecia cada vez mais distante e impossível, mas eu não podia desanimar, lutaria até o fim por ela.

– Aposto que chego naquele poste antes de você? - Bell desafiou me fazendo esquecer por um momento minhas divagações.

– Feito. - Aceitei. Paramos e nos encaramos. - Vamos no três, ok? - Ela assentiu e tomamos posição. - 1, 2... 3! - Contei e corri o mais rápido que pude.

– Ai! - Ouvi Bell gritar fazendo com que parasse na mesma hora, assim que me virei a vi caída no chão, fui correndo até onde estava.

– O que houve? - Perguntei apreensivo me agachando a sua frente.

– Tropecei. - Falou fazendo uma careta, se sentou no chão e viu que sua calça de ginástica estava rasgada no joelho e sangrava. - Droga! - Praguejou.

– Espera. - Segurei sua mão antes que tocasse a ferida. - Melhor cuidar disso em casa.

– Tem razão. - Quando ela ia se levantar a surpreendi a pegando no colo. - Edward! - Exclamou me olhando seriamente. - Não é para tanto. - Reclamou fazendo aquele bico lindo.

– É sim, na verdade acho que deveríamos ir para o hospital, pode ter contundido algo. Expliquei enquanto caminhava com ela no meu colo.

– Exagerado. Eu tô bem, foi só um arranhão, poderia muito bem ir andando.

– Não comigo por perto. - Ela balançou a cabeça e sorriu. - Você está muito leve. Acho que não esta se alimentando muito bem. - Apontei preocupado.

– Deixa de ser chato, eu estou com meu peso ideal.

– Ainda acho que deveria engordar um pouco. - Bell cerrou os lindos olhos verdes.

– Pois fique sabendo que meu namorado gosta. - Respondeu, só a menção dele fez com que meu bom humor sumisse. Depois disso não falei mais nada, com certa dificuldade abri a porta do seu apartamento e a levei até sua cama, voltei para trancar a porta e em seguida fui no banheiro pegar a caixinha com curativos. Me sentei na cama e com extremo cuidado levantei sua calça expondo a ferida em seu joelho, passei um algodão com água para limpar e depois o antisséptico. Bell me olhava atentamente. - Esta chateado comigo? - Perguntou em um sussurro, a encarei e neguei.

– Claro que não, eu que fui indiscreto, não deveria ter dito nada sobre seu peso, sei como vocês mulheres são com esse assunto. - Ela sorriu e segurou minha mão que estava sobre a cama, infelizmente o telefone tocou quebrando o clima. - Alô. Oi Jay! - Bell respondeu animada enquanto meu coração afundava, me levantei e fui até a porta. - Só um minuto. Edward? - Me chamou, virei e a fitei. - Obrigada por cuidar de mim.

– Nada mais justo depois de tudo o que já fez por mim, não acha? - Ela sorriu abertamente.

– Creio que agora estamos quites. - Falou sorridente, como se cuidar de um joelho ralado pudesse se comparar com tudo o que ela havia feito por mim. Só minha Isabella para pensar assim.

– Hum. Acho que preciso cuidar de muitos joelhos para estarmos quites. - Respondi brincando, ela sorriu lindamente para mim e em seguida sai, tinha que dar privacidade para que pudesse conversar com seu amado namorado que gostava que ela pesasse menos que uma pena. Fui para o meu quarto e desmontei na cama sem a mínima vontade de tomar banho e sair para o trabalho, não demorou e o celular que Bell me ajudou a escolher tocou, até isso me lembrava ela, suspirei e atendi sem muita vontade.

– Alô.

– Que desanimo é esse meu irmão. - Emmett disparou.

– Nada não. E ai? O que manda tão cedo?

– Estava combinando com o Jasper aquela revanche no boliche. O que acha? Chama aquele seu amigo do trabalho e fazemos dupla contra dupla. - Só o Emmett para me animar nesse momento.

– Gostei, vou falar com ele hoje e depois nos encontramos no boliche, beleza?

– Fechou! - Exclamou animado.

– Se prepare para sofrer Emmett. - Provoquei, ele gargalhou alto.

– Essa eu pago para ver. Nos vemos à noite cara.

– Beleza. - Disse e desliguei, vi que não ia adiantar nada ficar me lamentando então resolvi levantar e me arrumar para o trabalho. Seria bom sair com os rapazes, me distrair um pouco e parar de pensar em Isabella e seu namorado perfeito.

Bella POV

Aproveitamos que os rapazes tinham ido jogar boliche e fizemos uma noite de garotas no apartamento da Alice e Jasper, depois do nosso embate no jantar com o pessoal minha relação com Alice estava meio estremecida, eu achava infantilidade sua atitude com Edward, todo mundo estava dando uma chance a ele, porque era tão difícil ela fazer o mesmo?

– Vocês duas vão ficar a noite inteira com essas caras? - Rose perguntou impaciente.

– Eu não tenho culpa se a Isabella não vê o que esta fazendo.

– Como é? Eu vejo muito bem o que faço Alice. - Respondi estressada.

– Pois eu acho que não, você e ele pareciam um casal de namorados naquele jantar Bella. E o James? Sabe que você e o Edward não se desgrudam mais?

– Eu não escondo nada do James Alice.

– A não ser o seu passado com o Edward e o que sente por ele.

– Eu não sinto nada pelo Edward.

– Bella você não me engana, esta na cara que você ainda o ama. - Não! Eu não podia amar o Edward! Não podia!

– Isso é um absurdo Alice! - Rebati já sem paciência.

– Gente calma. - Rose tentou apaziguar.

– Calma nada Rose. - Alice respondeu a Rosalie que levantou as mãos em sinal de rendição e se sentou no sofá. - Absurdo? - Questionou virando na minha direção. - Ao invés de falarmos sobre coisas divertidas e interessantes o que estamos fazendo? Falando do babaca do Edward. Você tem que esquecer ele Isabella.

– Ele é a única família que eu tenho Alice. - Argumentei.

– De novo essa desculpa? Família é quem cuida, ama e tudo o que o Edward fez na sua vida foi fazer você sofrer. Ele é como uma droga e você esta completamente viciada. - Balancei a cabeça exasperada.

– Alice isso é ridículo. Acho que você não consegue entender mesmo não é? Claro, não sabe o que foi perder os pais e depois os pais adotivos. Ele é tudo o que me restou. - Falei com a voz

embargada, o choro preso na minha garganta. Alice sentou na minha frente e segurou minha mão com carinho.

– É exatamente por isso que eu prezo tanto a sua felicidade Bella, você já sofreu tanto, aliás a maior parte por culpa dele, não posso permitir que isso aconteça de novo. - Eu a abracei apertado e desabei. Eu já não sabia mais o que fazer e que caminho seguir.

– Eu estou tão confusa. - Acabei confessando enquanto Alice afagava minha costas.

– Se afaste dele. - Alice disse seriamente. O que?

– Eu não posso. - Sussurrei chateada. Por que eu não conseguia me ver longe de Edward? Eu não podia querer ele tanto assim. Me condenei.

– Bella todo mundo já sabe da história de vocês, se o James souber e o Edward estiver próximo não sei do que ele seria capaz.

– Eu sei disso. - Murmurei cabisbaixa.

– Pois não parece.

– Eu gosto da companhia dele. - Só da companhia dele Isabella? Minha mente questionou.

– Você precisa ver o que é o melhor para você Bella. - Alice tentou argumentar.

– Nisso eu tenho que concordar com a Alice. - Rose interveio se fazendo presente na nossa discussão maluca.

– Você falam como se eu fosse deixar o James para ficar com ele.

– Pois é para isso que você esta caminhando. - Alice respondeu séria.

– Eu não vou deixar o James, ele é tudo o que eu preciso. Já te disse isso.

– Mas não é o que parece.

– Alice olha para mim. - Pedi seriamente. - O que eu senti pelo Edward faz parte do passado, eu não vou ser estúpida a ponto de abrir mão de uma pessoa incrível como o James para tentar recuperar algo com o Edward que eu sei que nunca passaria de uma aventura. Fui clara? - Agora só faltava eu mesma acreditar nisso.

– Acho que você tem razão. Eu estou pegando pesado, só não quero que você sofra por causa daquele crápula de novo. - Se explicou, seu semblante mais relaxado. - Você é uma irmã para mim Bella.

– Eu sei amiga e agradeço por ter pessoas tão maravilhosas na minha vida, mas você precisa me dar um voto de confiança. - Ela sorriu e estendeu a mão na minha direção.

– Amigas de novo? - Perguntou acanhada, eu neguei e a abracei.

– Irmãs. Eu fui injusta quando disse que só tinha Edward como minha família. Vocês todos são minha família. - Falei e chamei Rose para um abraço coletivo. Finalmente as coisas pareciam se ajeitar, tudo o que me restava fazer era acreditar em tudo o que dizia e também sentir que Edward não significava nada para mim.

Edward POV

O resto da semana passou tranquilamente, toda a vez que eu ouvia Bell conversando com o James pelo telefone me afastava, fazia o possível para isso não me abalar, mas a verdade era que o dia do retorno dele estava perto e eu sentia que por mais que eu e Isabella estivéssemos

próximos, simplesmente não parecia que ela estava se apaixonando ou gostando de mim do modo que eu queria e isso estava me deixando desesperado, já não sabia mais o que fazer. Suspirei irritado. Será que eu deveria admitir que tinha perdido? Que nunca a teria? Só de pensar nessa hipótese a dor em meu peito que parecia ter cicatrizado nas últimas semanas aumentou fazendo com que sentisse o ar me faltar. O que eu faria sem a minha Isabella?

– Edward? - Ouvi Bell me chamar e me virei em direção a sua voz. Fiquei estático, ela estava absolutamente linda. - Tudo bem? - Perguntou se aproximando com o cenho franzido.

– Sim. Você esta deslumbrante. - Ela ruborizou.

– Obrigada, você também esta muito bem. - Fiquei feliz com seu elogio.

– Melhor irmos o pessoal já deve estar esperando. - Não poderia ficar perto de Isabella tão linda daquele jeito sem evitar a vontade que tinha de puxá-la para os meus braços e beija-la.

– Verdade, a Alice acabou de me ligar dizendo que estamos atrasados. - Sorri gentilmente, combinamos com o pessoal de sair para dançar, a princípio Bell não queria ir sem o James, mas acabamos convencendo ela. Pegamos o carro e logo chegamos no lugar combinado, ao entrarmos não demoramos a encontrar o pessoal.

– E aí povo? - Emmett perguntou animado.

– Demoraram. - Alice reclamou com um semblante desconfiado. O que raios ela achou que estávamos fazendo?

– Eu atrasei no trabalho. - Bell se desculpou.

– Quer beber o que? - Perguntei a ela.

– Quero um suco de laranja.

– Suco Bella? - Emmett questionou com uma careta.

– Estou dirigindo Emm. - Se explicou.

– Deixa o rapaz ai dirigir e chapa o coco. - Rimos.

– Pelo jeito você já fez isso né Emmett. - Caçoei vendo como ele estava alegre, mais do que o normal.

– E como viu Edward. - Rose disse cutucando o namorado que a puxou para seu colo dando um beijo de cinema. Só Emm mesmo.

– Vou buscar nossas bebidas. - Disse a Bell e fui até o bar, peguei o suco dela e um refrigerante para mim, não estava afim de beber. Levei a bebida até Bell e percebi que ela estava sozinha. Onde foi o pessoal?

– Me abandonaram e foram dançar. - Respondeu se fazendo de magoada, segurei sua mão e a puxei para a pista. - Edward o que esta fazendo?

– Vamos dançar também.

– Mas e nossas bebidas? Alguém pode por alguma coisa nelas. - Falou preocupada.

– Depois eu pego outras. Vamos curtir Bell! - Ela sorriu com minha animação e acabou dançando também, Bell ria, dizendo que era uma péssima dançarina, não resisti e passei meus braços pela sua cintura a puxando para mais perto, achei que ia se afastar, mas não, ela me abraçou pelo pescoço e começamos a nos mover no ritmo da música. - Eu te guio. - Sussurrei no seu ouvido e a senti arrepiar sob o meu corpo, todo mundo dançava como louco enquanto eu e ela ficamos presos em um mundo só nosso, subi uma mão pelas suas costas e encostei minha testa na sua, se pudesse nunca mais sairia dali, mas para minha infelicidade um idiota esbarrou em mim e quebrou o encantou, Bell ficou desconcertada e disse que iria sentar, a acompanhei.

– Não precisa ficar comigo Edward. - Ela explicou. - Vá se divertir.

– De jeito nenhum deixo você sozinha. - Respondi seguro.

– Estou com sede, pode pegar outras bebidas pra gente? - Pediu sorrindo.

– Claro, não saia daqui. - Intimei indo até o bar, logo em seguida voltei com nossas bebidas. Prontinho. - Disse me sentando ao seu lado. Não conseguia parar de pensar no que tinha acabado de acontecer. Será que a Bell não sentiu a mesma urgência que eu? Percebi que ela parecia ter ficado tão alterada quanto eu, mas o que isso significaria? A olhei e Bell estava concentrada tomando sua bebida e observando o pessoal na pista de dança. O que eu não daria para saber o que passava pela sua cabeça? Ela percebeu que a observava e me encarou sem graça.

– Que foi? - Perguntou bem próximo ao meu ouvido devido ao volume da música. Antes que pudesse responder senti alguém tampando meus olhos, se fosse o Emmett eu juro que cairia na porrada com ele, mas quando toquei a mão, parecia ser delicada demais para ser de homem, me virei e vi Victoria. Era só o que faltava.

– Oi Ed! - Me cumprimentou animada. Ed? Desde quando tinha dado tal liberdade a ela?

– Oi. - Respondi surpreso. - Lembra da Bell? - Ela me olhou confusa.

– Bell? Não é Bella?

– Bella para todo mundo e Bell para mim. - Respondi com um sorriso bobo nos lábios, Isabella me olhou sorrindo.

– Vamos dançar Ed? - Victoria se pôs novamente na conversa.

– Não valeu. - Neguei na hora, nunca que deixaria Isabella sozinha para ir dançar com outra mulher.

– Vai Edward. - Bell incentivou.

– Tá vendo. Vamos Ed. - Victoria disse me arrastando.

– Valeu, mas eu não quero. - Me neguei novamente, voltando a sentar.

– Não seja chato Edward, vai se divertir. Vou ficar bem. Vai. - Não pude lutar contra a insistência de Isabella e acabei indo com Victoria, ela enlaçou meu pescoço e começou a se esfregar em mim, percebi na hora que estava um pouco alta. Felizmente de onde estava ainda podia ver claramente Isabella, ela parecia distraída e até um pouco triste. Não devia ter deixado ela sozinha.

– Você é um delícia Ed. - Victoria sussurrou no meu ouvido e passou os lábios pelo meu maxilar, revirei meus olhos. - Aposto que é uma loucura na cama. - Falou descendo sua mão pela minha barriga e antes que fosse mais baixo a segurei pelo pulso. Ela mordeu os lábios tentando parecer sedutora. - Eu adoraria descobrir.

– Desculpe, mas eu não. Com licença. - Respondi seriamente e lhe dei as costas, quando foquei novamente onde Isabella estava vi um cara perto dela segurando seu braço, eu perdi completamente meu controle com aquela cena.

– Me solta! - Pude ouvir Bell gritando e tentando puxar seu braço, mas o cara a apertou mais.

– A gatinha é selvagem. - Com alguma dificuldade pude ouvir o imbecil rosnar bruscamente. Para minha surpresa Isabella deu um belo de um tapa na cara do sujeito com sua mão livre, ele virou o rosto tamanha foi a força que ela usou, em seguida o idiota levantou a mão para revidar, felizmente cheguei a tempo de segura-lo.

– Nem pense nisso! - Gritei com raiva.

– E que tal nisso? - Nem tive tempo de pensar, no instante seguinte senti o soco no meu rosto fazendo com que me desequilibrasse e caísse no chão.

– Edward! - Bell se desesperou, mas eu não consegui vê-la, o cara foi para cima de mim, enquanto ele me socava eu revidava, subitamente senti seu corpo sendo levantado e braços me puxando, olhei para trás e vi Emmett me segurando. O cara tentava se soltar enquanto seu amigo o arrastava para fora do lugar.

– Me deixa Emmett! Vou matar esse desgraçado. - Bradei revoltado. Bell apareceu na minha frente com a expressão assustada e segurou meu rosto com carinho.

– Calma Edward. - Pediu quase chorando, tentei me acalmar ao ver seu estado. - Você esta todo machucado. - Notou com a voz embargada. - Vamos para casa. Me ajuda Emm. - Fomos até o carro de Bell e seguimos para casa. - Você foi muito irresponsável Edward. - Ralhou comigo. - E se ele estivesse armado?

– Eu sei, mas perdi a cabeça quando ele tocou em você. - Ela me olhou de relance.

– Foi uma loucura, mas obrigada por me defender. - Agradeceu.

– Não fiz mais do que minha obrigação. - Ela sorriu. Quando chegamos no apartamento me mandou sentar no sofá e esperar, em seguida voltou com o curativos.

– Acho que você gosta de cuidar de mim hein. - Gracejei.

– Fazer o que se você dá mais trabalho que uma criança. - Respondeu brincando, sorri. Eu já devia tudo a ela mesmo, o que era mais esse detalhe? Bell pegou o algodão molhado e limpou com extremo cuidado as feridas no meu rosto, enquanto isso eu aproveitava para observar o seu, ela parecia tão concentrada e linda fazendo essa tarefa, me lembrei quando cuidou de mim com tanto cuidado da primeira vez, Isabella terminou os curativos passando um creme cicatrizante. - Pronto. Como esta se sentindo? - Perguntou preocupada.

– Bem melhor agora. - Peguei a mão que ela havia usado para bater naquele imbecil e beijei com carinho sua palma, Isabella analisava cada gesto meu admirada, antes que pudesse perceber nossos rostos estavam ainda mais próximos do que quando dançamos naquela noite. Enquanto sua mão pousava sobre meu ombro a minha ia para o seu rosto, seu hálito fresco batia contra o meu e a vontade de sentir seus lábios só aumentou, depois de tanto tempo finalmente beijaria minha Isabella.

Notas finais do capítulo o.O Se preparem! As coisas irão mudar e muito depois desse capítulo! Vai ser tenso :@

Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas deste capítulo e do próximo na página do face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 26) Capítulo 25 - Decepção

Notas do capítulo Muito obrigada pelos comentários!!! É tão empolgante saber que tantas pessoas estão lendo. Fico dando pulinhos igual a Alice *--*

No capítulo de hoje: Edward pensa em desistir de Isabella, ela fica completamente confusa com seus sentimentos e claro o retorno do italiano que quase todas amam *-* Aviso: o drama só esta começando e por favor não me matem, as coisas ficarão bem loucas :@

Espero que gostem ;)

Edward POV

Acordei com o meu corpo todo dolorido, parte por causa da briga na boate e parte por causa do sofá de Seth, a dura mobília fez com que minha noite que já tinha sido ruim ficasse ainda pior, mas não podia reclamar, pois felizmente meu amigo abriu as portas para mim e pude dormir em um lugar aquecido, caso contrário iria mais uma vez passar a noite na rua. Fechei os olhos e repassei as cenas da madrugada, o beijo que Isabella e eu por pouco não trocamos e a chegada surpresa de James, se ele não tivesse chegado talvez eu pudesse estar nos braços dela agora. Humpf. Quem eu queria enganar? Claro que Isabella não iria para cama comigo. Primeiro por que ela seria incapaz de trair alguém, e segundo, Bell amava o namorado, isso ficou claro quando assim que ouvimos o som da chave na porta Isabella no instante seguinte me empurrou e foi correndo para os braços de James, dando nele o beijo que deveria ter sido meu, ele sequer me viu na sala, a pegou no colo e levou diretamente para o quarto. Eu me negava a passar a noite ali sabendo que a mulher que eu amava estava transando com outro, especialmente depois da noite que tivemos. Eu tinha tanta esperança. Como pude ser tão estúpido? Me condenei.

Levantei do sofá e deixei um bilhete para Seth agradecendo a estada e dizendo que precisava ir, peguei a mochila que aprontei rapidamente na casa de Bell e sai, não fazia ideia do que fazer ou para onde ir, mas tinha certeza que no momento não queria voltar para o apartamento de Isabella, ver ela e James feito dois apaixonados me mataria e a dor que estava sentindo nesse momento já era grande o suficiente. Fui até um café e comi qualquer besteira enquanto tentava pensar em uma saída para minha situação, Seth me disse que seu colega havia saído do apartamento e ele precisava de alguém para dividir, mas eu conseguiria me mudar? Ficar longe de Bell? Por mais que doesse vê-la com James seria muito pior ver ela raramente. Olhei um ponto fixo esperando que pudesse ter alguma ideia genial e sair dessa merda que me meti. Por que ela não podia me amar? Suspirei pesadamente. Como podia amar o monstro que eu era? Apesar de não ser o mesmo, o que eu fiz a Isabella sempre estaria entre nós e com um erro tão grande eu sabia que jamais teria uma chance com ela. Eu precisava colocar na minha cabeça que tinha perdido e que Bell nunca mais seria minha.

Bella POV

Estava me sentindo uma merda, mexi na cama e senti os braços de James sobre o meu corpo. Eu era uma vadia, não podia acreditar que quase me deixei levar e beijei o Edward, só de me lembrar do seu corpo tão próximo do meu, seu rosto, seu calor... Quando percebi que James havia chegado minha primeira reação foi empurrar o Edward e ir correndo para seus braços, era como se eu tivesse que me redimir pelo erro que quase cometi. Argh! Eu tinha que esquecer isso, mas do que tudo tinha que tirar o Edward definitivamente da minha mente. Isso tudo era uma droga! Justo agora que as coisas estavam se acertando entre nós, confesso que seria bem melhor e mais fácil se pudesse odiá-lo, mas desde o dia que discutimos por causa do testamento ele não havia dado motivo algum para que desconfiasse de suas intenções, fiquei muito chateada e decepcionada com ele naquele dia, pensei até que iria embora, mas sua atitude de me pedir desculpas e confessar que não estava pronto para receber a herança de seu pai me impressionou. Será que ele estava mesmo mudando? Poderia confiar nele? Suspirei pesadamente. Apesar de tudo eu ainda me via incapaz de acreditar nele, sentia que não demoraria até ele voltar a ser o mesmo de antes.

Eu me via completamente perdida com tudo, mas nada me confundia mais do que meus sentimentos, estava certa que o que sempre existiu entre nós foi desejo, entretanto essa não era a verdade, pelo menos da minha parte, eu gostava da sua companhia, de quando me fazia rir ou só ficávamos conversando, ele me lembrava o Edward doce e carinhoso que conheci brevemente na minha adolescência, mas aquilo tudo era fingimento, ele mesmo tinha me confessado que só estava comigo por falta do que fazer, que eu era só uma diversão, um passatempo, com certeza era só isso que ele queria agora também, se divertir e depois que me fizesse de idiota mais uma vez me descartaria. Tinha certeza de que Edward não me via da mesma forma, nunca viu e eu não podia arriscar perder alguém incrível como James só para sofrer de novo nas mãos dele. Não podia!

Tomei coragem e decidi me levantar, nem sabia como iria encarar o Edward, fui para o banheiro e em seguida fui para a cozinha para preparar o café, ouvi um barulho no corredor e congelei, tentava me preparar mentalmente para esse encontro com Edward, mas quem surgiu na minha frente foi James.

– Bom dia amor. - Saudou se aproximando e me dando um beijo.

– Bom dia.

– Tudo bem? - Ele perguntou com o cenho franzido.

– Tudo. Por que?

– Você esta estranha, parece tensa.

– Impressão sua. - Respondi simplesmente. - Ontem nem pudemos conversar. Como foi tudo? - Questionei mudando de assunto.

– Felizmente consegui organizar tudo nos restaurantes, a saída daquele imbecil me deu mais trabalho do que podia imaginar. - Respondeu bufando.

– Pelo menos conseguiu ajeitar tudo.

– É. Agora posso aproveitar minha namorada e matar toda a saudade que senti nessas últimas semanas. - Falou me abraçando pela cintura, mas eu sequer consegui responder, minha cabeça estava no Edward e por que ele ainda não tinha aparecido. - Amor? - Ouvi James me chamando.

– Fala. - Disse o olhando.

– Não aconteceu nada mesmo? - Perguntou de novo.

– Acho que ainda estou meio mexida por causa de ontem. - Expliquei, ele me encarou confuso.

– Ontem?

– É. - Me virei ficando de frente para ele. - Lembra que te contei que íamos sair para dançar. James assentiu. - Bom, eu estava lá tomando minha bebida quando um idiota chegou e tentou

me forçar a dançar com ele, eu pedi que me soltasse, mas ele não o fez e me apertou ainda mais, fiquei com raiva e dei um tapa na cara dele, o cara ficou com raiva e quando levantou a mão para revidar o Edward o segurou, o imbecil deu um soco nele e os dois se pegaram.

– Ele chegou a te machucar? - Perguntou preocupado.

– Não, só marcou um pouco onde apertou meu braço. - Mostrei onde tinha uma leve vermelhidão.

– Desgraçado. - James bufou acariciando o local. - E o Edward? - Suspirei.

– Cortou a sobrancelha, o canto da boca e teve mais alguns ferimentos no rosto, eu estava cuidando dele quando você chegou.

– Nossa eu nem vi ele. Preciso agradecer por ter cuidado da minha garota. - Falou sorrindo e me abraçou, descansei minha cabeça em seu peito.

– Pode chamar ele para o café? - Pedi, James assentiu, me deu um selinho e foi em direção do quarto do Edward, voltou logo em seguida sozinho.

– Ele não esta lá. - Falou, eu franzi o cenho.

– Como não esta?

– A cama esta arrumada e não ouvi nenhum barulho no banheiro. - Onde o Edward poderia estar? Será que sentiu dor e foi para o hospital? Ou ficou chateado por eu quase ter beijado ele e foi embora? - Amor não fica assim, ele deve ter ido na casa de algum amigo. - James tentou me tranquilizar.

– Mas ele esta machucado Jay e se sentir mal na rua? - Perguntei visivelmente preocupada.

– Calma linda. - Jay me abraçou com carinho. - Ele esta bem.

– Vou tentar ligar no seu celular. - Falei e no instante seguinte estava com o telefone em mãos, esperei e caiu na caixa postal. - Merda! Caixa postal. - Praguejei.

– Bella o Edward é adulto e sabe se virar. - Respirei fundo.

– Tem razão. - Tentei relaxar, mas não saber onde Edward tinha se metido me deixou completamente perdida, só que eu também não podia permitir que minha preocupação com ele ficasse óbvia, caso contrário James iria perceber alguma coisa.

– Eu quero curtir minha namorada. Vem. - Jay disse me puxando para os seus braços e me levando para o quarto.

– E nosso café da manhã? - Perguntei tentando evitar o que ele pretendia.

– Estou com fome de Bella agora. - Respondeu me beijando apaixonadamente enquanto minha mente se perguntava onde Edward poderia estar. James e eu passamos quase todo o dia no quarto, mas não foi a mesma coisa, para mim pelo menos, aliás já não era desde o dia que Edward retornou a minha vida e depois de ontem isso havia piorado, eu me sentia imunda. Tinha um homem fantástico ao meu lado e mesmo assim nada me fazia parar de pensar em Edward, principalmente agora que eu não fazia ideia de onde ele poderia estar. Será que estava com alguma mulher? Victoria talvez? Eu não tinha o direito de ficar chateada se ele estivesse, mas só de pensar nessa hipótese em me senti péssima. Estava considerando ligar para os meninos para perguntar por Edward, mas não achei justo com James, eu tentava não transparecer para ele, porém por dentro eu estava desesperada, quando já tinha anoitecido e James dormia tranquilamente decidi ir até a sala e ligar para os rapazes, já passava das dez da noite, mas eu não me aguentava de preocupação. E se tivesse acontecido algo com Edward? Levantei com muito cuidado e quando sai no corredor dei de cara com ele, o alivio percorreu todo o meu corpo e não pensei em mais nada, fui correndo na sua direção e o abracei apertado.

– Onde você se meteu? Tem noção de como eu fiquei preocupada? Por que não ligou? Por que desligou o celular? - Disparei sem parar de falar. Ele tentou sorrir, mas pude perceber como seu rosto estava abatido e como ele parecia triste. O que será que aconteceu?

– Respira Bell. - Parei por um instante respirei e o encarei.

– Então? - Questionei mais calma.

– Eu fui para a casa do Seth, achei que você e o James iriam querer privacidade. - Explicou suavemente.

– Podia ter deixado um aviso né. - Reclamei dando um tapa no seu peito, ele segurou minha mão sorrindo.

– Desculpa. Eu não achei que ia ficar preocupada.

– Como você esta se sentindo?

– Eu tô bem. - Respondeu simplesmente. Ficamos em silêncio nos encarando. - Vou deitar. Anunciou indo para seu quarto.

– Claro, boa noite.

– Boa noite Bell e desculpa de novo.

– Tudo bem. Acho que exagerei um pouco. - Ele sorriu fracamente.

– Mesmo assim, não foi minha intenção te preocupar. - Se aproximou e me deu um beijo demorado na testa. - Até amanhã. - Falou acariciando meu rosto.

– Até. - Se afastou e seguiu para seu quarto, virei de costas e fui até a cozinha, eu não ia conseguir me deitar ao lado de James me sentindo desse modo pelo Edward. Que merda! Eu precisava esquecer ele. De um jeito ou de outro, Edward não era para mim, nunca foi. Eu tinha

que lutar contra esse sentimento antes que fosse tarde demais para mim. Antes que eu perdesse James. Sentei no sofá e fiquei ali na esperança de conseguir descobrir uma saída para tudo isso.

– Bella?

– Hum. - Respondi sonolenta e abri os olhos lentamente. - Oi Jay. - Ele abriu um sorriso.

– Posso saber o que esta fazendo dormindo no sofá? - Olhei desnorteada a minha volta e me sentei.

– Nem percebi que tinha dormido.

– Vamos para a cama? - Pediu me estendendo a mão.

– Vamos. - Respondi pegando em sua mão e indo com ele para o quarto.

– O que fazia no sala? - Jay questionou assim que deitamos.

– Não estava conseguindo dormir e decidi ir até a cozinha tomar um copo de água.

– Ainda preocupada com o Edward?

– Não, o encontrei quando estava indo até a cozinha.

– Que bom. Ele falou onde estava?

– Disse que queria nos dar privacidade para matarmos as saudades e foi para a casa de um amigo.

– Acho que tenho mais uma coisa a agradecer. - Sorri formalmente. - Amor você acha que conseguiria uma folga de cinco dias no trabalho? - O encarei intrigada.

– Não sei. Por que?

– Quero curtir minha namorada. - Explicou sorrindo. Por que eu não podia sentir tudo aquilo por James ao invés de Edward? Queria tanto poder fazer ele feliz, James merecia o melhor da vida, do amor e de mim.

– Eu tenho que ver com meu chefe, mas não posso garantir nada afinal de contas eu já usei a folga que tinha quando o Edward ficou aqui. - Suspirou chateado.

– Verdade, tinha esquecido. - Fiquei mal por ver ele daquele jeito.

– Mas eu vou falar com ele. Não custa tentar né? - Com isso ele pareceu mais animado.

– Se ele der uma de difícil diz que pode jantar por um ano por conta da casa no restaurante. Tive que rir com sua estratégia.

– Posso saber o que esta planejando rapaz? - Perguntei intrigada, ele sorriu de modo misterioso.

– Surpresa. - Disse e me beijou.

– Não vai me dizer? - Perguntei indignada.

– Não, consiga a folga e vai descobrir. - Sorri e me deitei sobre seu peito.

– Isso é muito injusto, vai se aproveitar da minha curiosidade para conseguir o que quer. Reclamei.

– Preciso usar as armas que tenho.

– Muito esperto você. - Bocejei cansada.

– Melhor dormir, afinal amanhã terá que estar inteira para convencer seu chefe. - Me acomodei em seu braços, mas eu simplesmente não consegui dormir, minha cabeça estava explodindo com tantas coisas, assim que ele adormeceu sai de seu peito e fui para o meu lado da cama, abracei meu travesseiro e finalmente adormeci.

Na manhã seguinte quando despertei James já não estava na cama, levantei, me arrumei e fui para a cozinha. Assim que me viu Jay abriu um sorriso enorme.

– Bom dia amor! - Falou alegremente terminando de arrumar a mesa.

– Bom dia, acordou animado hein. - Apontei me aproximando dele e o beijando.

– Também com um dia maravilhoso como o de ontem. - Respondeu com um sorriso enorme.

– Bom dia. - Me virei assim que ouvi a voz de Edward, ele parecia tão estranho. Me afastei de James e o cumprimentei sorrindo. Muito bem Isabella! Não se deixe afetar por ele.

– Bom dia Edward. - Ele abriu um leve sorriso que passou bem longe de chegar aos seus olhos. James o cumprimentou e nos sentamos na mesa para tomar nosso café da manhã.

– Edward preciso te agradecer. - James disse, Edward o encarou confuso. - Por cuidar de Bella na boate. - Esclareceu seriamente.

– Não tem o que agradecer James, nunca deixaria um idiota daquele tocar em Isabella. - Me olhou profundamente e sorri abertamente para ele. Menos Isabella. Bem menos.

– Mesmo assim eu agradeço. - Edward só assentiu.

– E como foi sua viagem? - Perguntou a James mudando de assunto enquanto levava a xícara de café a boca.

– Muito boa, deu para resolver tudo o que eu queria. Mas não via a hora de voltar para minha fragolina. - Jay beijou minha mão com carinho e sorri meio sem graça. Edward permaneceu sério.

– Que bom que deu tudo certo então. - Respondeu secamente.

– A Bella me contou sobre a sua promoção.

– Ainda estou em experiência. - Edward respondeu sem muita animação.

– Mesmo assim já é uma boa oportunidade.

– É, estou muito empolgado. - Edward olhou a hora e se levantou. - Bom vou indo. Obrigado pelo café. - Disse se retirando para seu quarto em seguida. James se virou na minha direção.

– Esse é o mesmo Edward? - Perguntou perplexo.

– É, ele esta mesmo diferente.

– E como, parece tão centrado e responsável. - Comentou surpreso.

– Esse trabalho esta fazendo muito bem para ele.

– Fico feliz. - Me olhou com carinho. - Quer uma carona para o serviço?

– Não Jay, vou a pé hoje.

– Ok, vou indo então. - Me beijou, seguiu até nosso quarto, depois se despediu novamente e saiu. Edward apareceu logo em seguida.

– Tchau Bell. - Se despediu.

– Edward espera. - Pedi, ele parou e se virou na minha direção. - Esta tudo bem?

– Sim. Por que?

– Não sei, você parece chateado. - Ele negou.

– Eu só não dormi bem, o sofá do Seth era duro pra caramba. - Respondeu tentando sorrir, o que não teve um grande efeito, estava claro para mim que estava mentindo, só não sabia porque. Podia ser por causa do beijo? Antes que percebesse me vi falando sobre o assunto.

– Edward sobre o que aconteceu ontem... - Comecei dizendo sem saber como terminar.

– Não aconteceu nada ontem Bell, você cuidou de mim. Só isso. - Respondeu me cortando. Bom deixa eu ir. Até a noite. - Se despediu rapidamente, evitando com que eu pudesse fazer qualquer outra pergunta. Não aconteceu nada ontem. Era isso mesmo, Edward estava completamente certo, não houve nada ontem, só um pequeno deslize que nem chegou a acontecer. Eu precisava me afastar dele, só assim poderia esquece-lo definitivamente, mas como isso seria possível se morávamos no mesmo lugar? Coloquei as mãos na cabeça e suspirei completamente devastada, minha vida estava em uma encruzilhada e eu não tinha ideia do que fazer ou que atitude tomar.

Notas finais do capítulo Particularmente eu compadeço com a situação da Bella, pois tudo o que ela gostaria era poder esquecer o Edward e ser feliz de verdade com o James. Mas quem disse que o amor é simples? Quem já amou alguém e teve que esquecer essa pessoa sabe como é difícil :( O James é um cara sem palavras, o que dificulta ainda mais para Bella, já que de modo algum ela deseja magoa-lo, infelizmente não é algo que se poderá evitar.

No próximo saberemos o que James esta tramando e uma decisão que o Edward irá tomar depois de uma conversa reveladora com o Jasper! Algum palpite?

Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas deste capítulo e do próximo na página do face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 27) Capítulo 26 - Surpresa

Notas do capítulo *Capítulo Surpresa*

O capítulo de hoje só terá os Povs dos rapazes e saberão o que se passa pela cabeça do James :) Edward vai decidir se mudar e terá uma conversa reveladora com Jasper, Bella sairá em uma viagem com James com a esperança de esquecer Edward sem imaginar a surpresa que Jay preparou, durante a viagem ela irá revelar a ele todo seu passado com Edward. Como será que o ragazzo irá reagir?

Espero que gostem e tentem não me odiar demais ;) Edward POV

Eu não podia mais ficar naquele apartamento, Isabella nunca me amaria e esta constatação trouxe um gosto amargo na minha boca. Quando ela questionou o que me chateava adoraria ter dito que era o fato de ama-la e ter que vê-la nos braços de outro, mas eu não queria estragar a amizade que construímos, apesar daquela noite já ter feito isso por nós. A despedida foi difícil, Bell parecia tentar se segurar para não chorar, eu sabia que significava algo para ela, infelizmente não era o que eu gostaria. Nos abraçamos e prometi que sempre estaria ao seu lado. Hoje estava completando uma semana que tinha saída do seu apartamento, a saudade e a dor de não poder estar ao seu lado me matava aos poucos, nunca pensei que sofreria tanto a ausência de alguém, mas era assim que eu me encontrava, nem mesmo a promoção que havia recebido foi capaz de levantar meu ânimo. Seth e os meninos tentavam me arrastar para sair, mas eu sempre me negava, quando não achava que podia piorar, descobri ontem através do Emmett que Isabella e James haviam viajado para a Itália, uma semana de férias, só os dois. Fechei os olhos fortemente e tentei me concentrar no meu trabalho.

– Oi Edward. - Olhei para cima e fitei Jéssica, minha ex secretaria tinha se tornado minha sombra nessa empresa, onde eu estava ela aparecia, se algum dia a achei atraente hoje eu era incapaz de ver qualquer atrativo nela.

– Olá Jéssica. Tudo bem?

– Tudo.

– Deseja algo? - Perguntei educadamente.

– Vim tentar te chamar para almoçar. Vamos? - Suspirei, todo dia era a mesma coisa.

– Não obrigado, vou ficar por aqui mesmo. - Tentei lhe dar um sorriso, ela fez um bico e se inclinou sobre minha mesa.

– Ah... tem certeza? - Perguntou com a voz manhosa.

– Tenho sim, preciso terminar esses projetos. Bom almoço. - Desejei com o intuito de que com isso ela pudesse se tocar e ir embora, mas não pareceu dar certo.

– Edward você precisa sair, sempre fica trancado aqui. Vamos vai? Só hoje.

– Já disse Jéssica. Não! - Fui mais incisivo, ela ficou ereta e me encarou com assombrou pelo meu tom, me senti mal, mas ela parecia não ter simancol. - Desculpe se fui grosso, mas você precisa aceitar um não.

– Ok, Edward. Faça o que quiser. - Falou séria e se retirou, esperava que isso significasse que ela não iria mais aparecer, assim que passou pela porta Seth entrou.

– Dispensou a Jéssica de novo? - Perguntou se sentando na cadeira em frente à minha mesa.

– Eu não entendo algumas mulheres, quanto mais você se nega, mais elas grudam. - Reclamei.

– Enquanto as que queremos fogem de nós. - Completou me olhando seriamente. - Você precisa seguir sua vida Edward, não adianta nada ficar rastejando por migalhas.

– Você acha que eu já não tentei? - Confessei cabisbaixo. - Eu não consigo.

– Cara você não pode ficar sua vida inteira sofrendo por ela, Isabella esta seguindo a vida dela e você devia fazer o mesmo.

– O que você sugere? Sair para balada e pegar um monte de mulher que não vão me acrescentar nada? - Questionei irritado.

– Isso por que não tem a mente aberta e só fica pensando nela enquanto ela curti a vida ao lado do namorado na Itália. É isso que você quer? Ver ela casando, tendo filhos e você aí sofrendo?

– Eu não sei Seth. - Sussurrei desanimado.

– Ou você esquece ela ou conta o que sente. Não pode ficar para sempre assim. - Tentou argumentar, antes que pudesse responder meu celular tocou. Era Jasper.

– Oi Jazz.

– Hei Edward. Estava querendo falar com você. - Seth fez um sinal de “depois conversamos” e saiu.

– Pode falar.

– Prefiro que seja pessoalmente. - Franzi meu cenho. O que poderia ser?

– É algo sério? - Perguntei preocupado.

– Mais ou menos. É algo que eu deveria ter dito antes mas me calei.

– Jasper não estou entendendo nada.

– Podemos nos encontrar naquele Café em frente a empresa?

– Pode ser. Eu saio as seis.

– Ótimo. Te vejo lá. Até.

– Até. - Respondi desligando. Jasper estava tão estranho, fiquei ainda mais confuso sobre o que poderia querer falar comigo. Apressei meu trabalho e assim que deu seis horas, sai, não sabia por que mas estava nervoso para esse encontro com Jasper. Quando cheguei no local ele já estava lá, me aproximei e nos cumprimentamos.

– E ai Edward? Como vão as coisas? - Tentei um sorriso e me sentei.

– Do mesmo jeito. - Disse desanimado. - Fiquei curioso sobre o que queria falar comigo. Declarei mudando de assunto, ele suspirou e me olhou seriamente.

– Cansei de ver você assim por causa da Isabella. - Jasper disparou incomodado.

– Não há muito o que fazer. - Respondi calmamente, com certeza tinha me chamado com o intuito de me tirar da fossa.

– Na verdade há sim. - O encarei confuso. - Eu menti para você Edward. - Completou, franzi meu cenho, ainda mais perdido com essa conversa sem sentido.

– Do que esta falando?

– Lembra quando lhe disse que havia percebido seu interesse em Isabella. - Assenti. - Bom, eu disse na época que ela o olhava apenas como um irmão, mas isso não era verdade.

– Como assim?

– Eu comentei com Alice o que havia percebido e ela me fez prometer que não diria isso nem para você nem para Bella, porque você não era confiável e que só faria Isabella sofrer. Quando você contou sobre tudo o que fez, eu tive que concordar com Alice e por isso não disse que Isabella também não tirava os olhos de você e que não havia nada fraternal naquele olhar. - O que isso significava? Que ela sentia o mesmo? Podia ser isso? Sem perceber um sorriso enorme tomou conta do meu rosto.

– Tem certeza disso Jasper?

– Bom, eu acertei no seu caso, tenho certeza que ela só esta com medo de sofrer de novo e deve pensar que você não sente o mesmo.

– Será isso?

– Não posso garantir, mas o modo que ela te olha Edward é o mesmo que você olha para ela.

– A Alice sabe que me contou isso? - Ele riu.

– Não e nem pense em dizer qualquer coisa.

– Pode deixar. - Concordei sorrindo, até parece que iria colocar ele em maus lençóis com a baixinha. - Jasper você não tem noção do que isso significa para mim. Obrigado.

– Eu devia ter dito na época, mas sabe né. Não confiava muito em você.

– O que mudou? - Questionei interessado.

– Eu estou vendo o quanto esta sofrendo Edward e o quanto amadureceu, não importa o que a Alice pense você ama Isabella e ela também. - Só a possibilidade disso ser verdade fazia toda minha dor e sofrimento desaparecer.

– Obrigado cara. - Me levantei e o abracei, Jasper riu.

– Ok. Acho que já esta bom. - Falou se afastando e voltamos a sentar. - O que vai fazer agora?

– Recuperar minha Isabella. - Respondi no mesmo instante. Ele sorriu, meu humor tinha melhorado 100%, conversamos mais um pouco e então fui para casa, assim que cheguei encontrei Seth jogando vídeo game.

– Nossa que cara é essa? - Com certeza tinha notado o sorriso enorme que não deixava o meu rosto.

– Estou feliz Seth.

– Isso estou vendo. O que aconteceu?

– Eu tomei um decisão.

– Que decisão? - Seth perguntou intrigado.

– Eu vou dizer a ela. - Ele me olhou confuso. - Vou dizer a Isabella que eu a amo. - Esclareci.

– Sério?

– Sim, vou finalmente me declarar.

– Aleluia! - Exclamou erguendo as mãos para o céu. Ri com seu gesto.

– É isso Seth, vou contar tudo. Estou cansado de guardar o que eu sinto, eu preciso dizer. Sei que temos muito o que acertar ainda e precisamos ir devagar, mas não vou mais esconder esse amor. - Falei convicto.

– E se ela disser que não sente o mesmo? - Doeu só de pensar nessa possibilidade.

– Eu vou seguir minha vida, mas algo me diz que eu posso ter esperança. - Sorri me lembrando da conversa com Jasper e da chance de Isabella me amar assim como eu a amava.

James POV

Não podia acreditar que estava com minha Isabella em meu país de origem, eu amava poder dividir tudo isso com ela, preparei essa viagem com todo cuidado durante o tempo que fiquei fora arrumando a bagunça que Eric havia feito, queria de alguma forma recompensá-la pelo tempo que fiquei fora e pensei que não poderia haver nada melhor do que esta viagem, mas agora estava começando a ter minhas dúvidas, Isabella parecia tão distante, tentei perguntar diversas vezes o que poderia ter acontecido, mas não obtive qualquer tipo de resposta concreta, ela sempre se esquivava. Resolvi não pressionar, com certeza devia estar na TPM ou com jet lag por causa da viagem, tinha certeza que conforme a semana passasse ela iria melhorar. Estava muito empolgado para sexta de manhã, tinha quase tudo pronto para o piquenique que estava preparando, já havia comprado o anel e só faltava Isabella dizer sim para ela ser definitivamente minha esposa, assim que casássemos iríamos mudar para a Europa, tinha certeza que ela ia adorar a ideia, afinal de contas sempre fizemos planos para isso e agora finalmente tudo iria se realizar.

Hoje o dia estava especialmente incrível, estávamos hospedados em um belo hotel na Toscana, saímos para um passeio delicioso por vinhedos e casas de queijo. Me sentia tão feliz e confiante, em apenas quatro dias ela seria minha noiva, felizmente Isabella parecia alheia aos meus planos, alias ela ainda parecia alheia a tudo o que acontecia a sua volta, mas hoje estava especialmente nervosa, depois de um dia andando e comendo fomos para o hotel, Bella pediu para tomar banho primeiro e quando me convidei a acompanha-la, ela se negou, estranhei, mas não a contestei, esperei e assim que ela saiu entrei. Tomei meu banho pensando nas razões por Bella estar tão estranha, achei que fosse por causa da longa viagem ou por estar com cólicas, mas ela logo negou qualquer uma das minhas suspeitas. Então o que seria? Sai do banheiro enxugando meus cabelos e a encontrei sentada na cama com o semblante sério, me aproximei e sentei ao seu lado.

– Tudo bem amor?

– James eu preciso conversar com você. - Estranhei seu tom formal. - Tem algo que eu omiti sobre meu passado e acho que você tem o dever de saber. - Explicou, franzi meu cenho confuso.

– O que você omitiu? - Perguntei calmamente, Isabella fechou os olhos e então voltou a me encarar.

– Edward não foi só um irmão para mim James.

– Como assim? - Questionei ainda mais confuso. Ela respirou fundo e começou a contar uma historia que fez meus punhos se fecharem e o ódio atravessar meu corpo, me levantei em um átimo. Agora eu entendia porque estava tão estranha nós últimos dias.

– James. - Ela chamou, virei e a encarei.

– Como você foi capaz de me esconder algo desse tipo? - Questionei realmente chateado, odiava mentira.

– Na época eu nem queria pensar nesse assunto, a única que sabia era Alice. - Explicou nervosamente.

– Não interessa, você tinha que ter me dito. - Respondi rudemente.

– Era algo muito doloroso para mim James. - Tentou se explicar.

– Doloroso? - Perguntei com desdém. - Se fosse tão doloroso assim não teria aceitado ele na sua casa e cuidado dele com tanto carinho e... - Parei de falar e a encarei seriamente. Foi então que cenas que antes ignorei vieram a minha mente, sua preocupação exagerada com Edward, o incomodo que ela sentiu quando outra mulher se interessou por ele, o modo como me afastava quando ele aparecia, como ficou quando ele se mudou e como estava estranha desde que eu voltei. Eu não podia acreditar nisso. Respirei fundo e tentei controlar minha respiração. - Você o ama. - Sussurrei com pesar. Ela arregalou os olhos e negou desesperada.

– NÃO! Claro que não.

– Eu não perguntei Isabella, estou afirmando.

– Isso não...

– Não diga que não é verdade. - Respondi ríspido. - Eu sabia, desde que o Edward entrou na nossa casa e você começou a cuidar dele, eu percebia que seu jeito com ele era diferente, mas acabei caindo nesse papo de irmão. Como eu pude ser tão burro? - Me condenei colocando as mãos no rosto.

– Mas é isso que ele é James. - Tentou argumentar. Deveria acreditar nela? Como? Se tudo levava a essa direção.

– Quem você quer convencer Isabella eu ou você? - Tentei controlar minha respiração e me sentei na cadeira que ficava no canto do quarto. Eu tinha deixado o caminho aberto para ele por três semanas. Estúpido! - Vocês dormiram juntos enquanto eu estive fora? - Perguntei com a voz entrecortada. Ela se ajoelhou na minha frente e segurou meu rosto.

– Eu nunca te trairia James. - Vi a sinceridade em seus olhos, entretanto existiam outras formas de traição.

– Mas foi o que fez quando não me disse a verdade. - Respondi chateado, levantei e fui em direção da porta, não poderia ficar mais nenhum instante ali. Precisava raciocinar.

– Onde você vai? - Bella perguntou antes que saísse.

– Eu preciso ficar sozinho. - Ela não disse mais nada, me retirei e segui sem rumo pela rua. Tudo o que tinha planejado simplesmente tinha desaparecido, noivado, casamento, tudo. Eu nem sabia se podia olhar para Isabella nesse momento tamanho era meu rancor por ela ter me escondido tudo isso. Eu sabia que ela não podia imaginar que seu caminho se cruzaria com o de Edward de novo e com certeza tinha receio que eu o matasse se descobrisse isso antes, mas o pior não foi a mentira e sim o motivo por trás dela, eu acreditava que não tinha acontecido

nada físico entre eles, mas os sentimentos, isso eu não podia garantir. Como podia sentir algo por um homem que fez tanto mal a ela? Pouco importava que ele tivesse mudado, tinha certeza que era questão de tempo para voltar a ser o mesmo de sempre.

Quando me dei conta já passava das três da manhã e eu continuava a vagar sem saber para onde ir, era exatamente assim que estava minha vida, sem direção. Me sentei em qualquer lugar e tentei colocar minha cabeça em ordem, Isabella amava Edward e isto estava claro para mim agora, mas e ele? Talvez até a desejasse, mas amor, eu duvidava, além disso se ela quisesse ficar com ele já teria terminado comigo, ou será que estava esperando que eu terminasse? Suspirei derrotado. Nunca tinha estado tão confuso como agora. Eu só via um modo de resolver toda essa situação e era conversando honestamente com Isabella. Voltei para o hotel e assim que entrei no quarto vi que ela não estava na cama, olhei para a varanda e Bella estava lá, percebi pelo modo que seus ombros se moviam que estava chorando. Me aproximei e a chamei.

– Isabella? - Se virou e fungou limpando o rosto molhado pelas lágrimas. - Podemos conversar? - Ela balançou a cabeça assentindo levemente, sentei na cadeira que havia na varanda, talvez o ar fresco fosse bom para essa conversa, ela se sentou na minha frente e esperou que eu começasse. Respirei fundo, tentando pensar por onde começar. A mulher que eu amava estava apaixonada por outro, mas eu sabia que ela também sentia algo por mim, tinha certeza disso e eu não iria desistir sem lutar. - Eu quero você na minha vida Isabella. - Fui sincero a olhando diretamente. - Estou disposto a passar por cima de tudo isso para ficarmos juntos se você quiser. - Bella se levantou e veio para o meu colo me abraçando.

– Eu preciso de você Jay. - Declarou chorando no meu pescoço, a segurei fortemente nos meus braços. Confesso que não era isso que eu queria ouvir, queria que ela dissesse que estava errado e que me amava, como fez tantas vezes, mas depois de um ano convivendo com ela, pude perceber como estava frágil e confusa. Eu sabia que talvez o melhor para nós fosse que nos separássemos, mas quem disse que eu estava disposto a abrir mão dela? Edward nunca amaria Isabella como eu a amava, tinha certeza absoluta disso, tudo o que queria era diversão e ela sabia disso também, por isso não tinha se deixado levar por ele. Eu ficaria ao seu lado e tiraria todas as dúvidas que via em seu olhar, Bella era minha e não deixaria ninguém a tomar de mim, principalmente Edward Cullen.

Depois de algum tempo a peguei no colo e a levei até a cama, deitei sem a soltar, ela se apertou em mim, era a primeira vez que ficava assim comigo desde que voltei de viagem. Eu teria que me segurar se visse Edward na minha frente, felizmente aquele imbecil tinha se mudado, caso contrário eu mesmo o expulsaria da casa dela, mas não podia e nem ia dar importância demais a ele, nem isso o traste merecia. Ia me concentrar em minha Isabella, porque era isso que ela era e se dependesse de mim sempre seria.

O dia seguinte começou um pouco tenso, parecíamos dois estranhos enquanto tomávamos café da manhã.

– O que vamos fazer hoje? - Isabella me perguntou tomando sua xícara de café.

– Pensei em darmos uma volta de bicicleta. O que acha? - Questionei serenamente.

– Seria ótimo. - Respondeu com um sorriso fraco. Segurei sua mão sobre a mesa.

– Eu não quero que fiquemos assim.

– Também não Jay, mas eu não sei o que fazer. - Confessou cabisbaixa.

– Vamos continuar de onde paramos, eu não vou a lugar nenhum amor. - Garanti, ela abriu um sorriso mais verdadeiro, mas ele logo se desfez.

– Eu não mereço você. - Disparou me olhando tristemente.

– Bella isso é um absurdo. - Declarei horrorizado.

– É a verdade. Eu tenho um homem maravilhoso como você e mesmo assim... - A puxei para meu colo antes que completasse, a última coisa que queria ouvir era ela dizendo que amava outro homem.

– É passado Bella. - Ela acariciou meu rosto com carinho. - E é lá que tem que ficar. Vamos passar por tudo isso juntos. - Isabella assentiu concordando, sorri colando nossos lábios em um beijo casto, ela ainda não retribuía como antes, mas eu sabia que seria questão de tempo, Bella se sentia culpada por tudo o que tinha acontecido na noite anterior e seus sentimentos estavam embaralhados, entretanto eu tinha certeza que minha proposta e esse nosso tempo

longe faria com que tudo voltasse a ser como antes. Só precisava ter paciência, por Isabella eu esperaria o tempo que fosse.

Conforme o dia foi passando Bella parecia ficar mais relaxada e até feliz, à noite jantamos e ficamos conversando sobre coisas banais, quando fomos dormir não transamos, Bella se ajeitou no meu peito e adormeceu logo em seguida, esperava sinceramente que minha surpresa pudesse dar um novo ar a nossa relação, a apertei em meus braços e tentei dormir. As coisas pareciam melhorar conforme os dias iam passando, Bella estava bem mais alegre e sorria largamente, sempre me abraçava ou me beijava, eu sentia que tudo iria se ajeitar e logo estaríamos como sempre, perceber isso fez com que me animasse para sexta feira e me empolgasse com os preparativos para o pedido. Queria que fosse especial para mia Bella. Naquela noite ia levá-la para um jantar romântico e contar metade da surpresa, se ficasse feliz já era meio caminho até o pedido de amanhã.

– James? - Ouvi Bella chamando, sai da varanda e a olhei.

– Você esta linda. - A elogie me aproximando e beijando seus lábios.

– Obrigada. - Sorri.

– Vamos? Reservei um lugar lindo para jantarmos. - Bella sorriu e seguimos até o restaurante, jantamos conversando animadamente. Nos dávamos tão bem, não podia de modo algum perder a esperança, enquanto esperávamos a sobremesa decidi contar o que estava planejando.

– Eu preciso falar sobre algo com você. - Comecei dizendo sério, ela me encarou intrigada.

– O que é?

– Estou planejando abrir mais dois restaurantes aqui na Itália.

– Isso é ótimo Jay! - Exclamou animada. - Mas não entendo por que parece chateado com isso. - Questionou confusa.

– Eu vou precisar me mudar para cá e quero que venha comigo. - Completei logo em seguida, Isabella me encarou surpresa.

– Esta falando sério?

– Eu já te disse, quero você em minha vida Isabella. - Bella me encarou profundamente. Então? Você aceita? - Meu coração martelava em meu peito, sua resposta definiria tudo.

– Eu aceito. - Respirei aliviado. Não podia acreditar no que tinha acabado de ouvir, sem cerimônia me levantei e a peguei em meus braços a abraçando fortemente contra o peito.

– Eu te amo. - Falei me afastando e a beijando apaixonadamente, quando nos separamos a olhei. - Tem certeza? - Quis me certificar.

– Eu gosto da ideia de morarmos aqui. - Declarou, a apertei em meus braços.

– Eu também gosto e muito dessa ideia. - Beijei o topo de sua cabeça e voltei a abraca-la. Sabia a razão principal por ela ter aceitado meu pedido, mas não me importava nenhum pouco com isso, era comigo que ela queria ficar e era isso que importava. Quando chegamos no hotel, tomamos nossos banhos e deitamos, na manhã seguinte precisava levantar cedo e me preparar para o dia mais importante da minha vida, isto é, se ela dissesse sim.

Antes que pudesse dar conta, o dia amanheceu, eu estava uma pilha de nervos. E se ela dissesse não? Eu sabia que estava confusa, mas ela afirmou diversas vezes o quanto queria ficar comigo e era nisso que precisava me focar. Levantei com muito cuidado para não acordala, me vesti rapidamente e escrevi um bilhete.

"Amore mio,

um motorista estará a sua espera em frente ao hotel as nove horas. Vista algo leve, vamos fazer um piquenique. Tenho alguns compromissos e por isso lhe encontrarei lá.

Ti Amo, mia fragolina."

Deixei o bilhete ao lado do telefone, já tinha avisado na recepção para ligarem no quarto as oito e meia, no caso de Isabella perder a hora. Peguei o anel que estava em minha mala e sai silenciosamente do quarto, passei na cozinha e peguei a cesta que havia pedido que preparassem, tinha de tudo lá, vinho, queijo, doces, esperava sinceramente que Isabella gostasse da surpresa, peguei o carro do hotel e segui para o local, havia escolhido um lindo jardim aberto que tinha uma frondosa árvore e um riacho que passava por detrás, era um local lindo.

Aprontei nossa mesa improvisada no chão com um pedaço de madeira e em seguida joguei a toalha quadriculada por cima, assim poderíamos ter onde apoiar os copos e as comidas, coloquei alguns travesseiros no chão e depois peguei as pétalas de rosas que havia comprado e joguei em todo o gramado, desde onde o carro iria parar para ela descer até onde estava montado nosso piquenique, peguei o ramalhete de rosas vermelhas que havia comprado e depositei com cuidado sobre a toalha, estava tudo perfeito. Olhei para o relógio e já eram nove horas, logo ela estaria aqui. Respirei fundo tentando me acalmar. Peguei a caixinha de jóia no meu bolso e encarei o belo anel que havia encomendado, parecia uma flor desabrochando, absolutamente lindo, assim como Isabella. Decidi coloca-lo dentro de uma rosa para fazer o pedido, seria algo diferente e tinha certeza que ela iria gostar. Quando ouvi o barulho das rodas no cascalho, me apoiei na árvore. Meu coração batendo como louco, não demorou e a vi se aproximando.

– James?

– Oi amor. - Ela sorriu olhando atentamente tudo.

– O que significa isso? - Perguntou desconfiada.

– Significa che ti amo. - Pronunciei em italiano conforme me aproximava, Bella já tinha uma boa noção do meu idioma e sabia que entenderia perfeitamente. - E non posso più vivere senza di te (e não posso mais viver sem você). - Finalizei assim que cheguei até ela, minha mão com a rosa nas minhas costas, a olhei e então me ajoelhei. Isabella colocou a mão sobre a boca

em choque quando percebeu minha intenção. Ergui a rosa na sua direção, o anel brilhava com os raios do sol. - Isabella Marie Swan Cullen, vuoi sposarmi (que casar comigo)? - Ela olhava do anel para mim e vice e versa, completamente desnorteada, o medo que dissesse não já estava se instalando dentro de mim, mais um pouco e entraria em pânico, então finalmente ela falou a palavra mágica.

– Sim. - Abri um sorriso enorme, levantei e a beijei. Assim que nos separamos, peguei a aliança de dentro da rosa e deslizei pelo seu dedo, Isabella fitou o anel com atenção.

– Exagerei? - Perguntei acanhado.

– Um pouco, mas é lindo. - Respondeu com um sorriso e me beijou, pensei que diria que me amava, mas ao invés disso me agradeceu. - Obrigada. - Tempo James. Tentei pensar positivamente.

– O único aqui que tem algo a agradecer sou eu. - Ela enterrou sua cabeça em meu peito.

– Você não existe. - Sussurrou, a abracei apertado beijando sua cabeça.

– Existo sim e sou seu. - Bella ergueu seu rosto, beijou meu queixo e se afastou olhando ao nosso redor.

– Então era isso que estava aprontando? - Questionou segurando minha mão e nos levando até a cesta de piquenique.

– Queria que fosse especial. - Sorriu e me beijou novamente antes de sentar no chão, fui para o seu lado e servi um copo de vinho, ela se encostou em meu peito e ficamos ali, naquele momento parecia tão perfeito que tudo o que eu queria era que não terminasse nunca.

Notas finais do capítulo

O próximo estará eletrizante e finalmente teremos a declaração de amor do Edward. Será que a Bella vai acreditar ?? Como ele vai reagir ao saber que ela aceitou casar com o James??

Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas deste capítulo e do próximo na página do face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 28) Capítulo 27 - Reféns

Notas do capítulo Espero que gostem ;)

Bella POV

O anel em meu dedo pesava mais do parecia, talvez não fosse seu peso em si, mas o significado dele. Tudo o que eu queria era poder retribuir o que James sentia por mim, mas conforme voltávamos para casa eu sentia o medo me atingir, eu me sentia péssima e muito mais perdida do que antes de viajar. Morar na Europa com ele parecia a ideia perfeita, então por que não me sentia feliz? Por que eu não conseguia tirar Edward da minha cabeça? Eu achava que essa semana seria capaz de recuperar meu relacionamento com James, mas a verdade era que agora tudo parecia ainda mais bagunçado do que antes. Ele havia me perdoado por omitir minha relação com Edward e sequer voltamos a falar sobre o assunto, James queria distancia de Edward e eu nem ia julga-lo, entendia muito bem suas razões.

Fazia dois dias que tínhamos voltado e devido aos compromissos profissionais do pessoal ainda não tivemos a chance de contar a novidade aos nossos amigos, estávamos planejando um jantar para anunciar o noivado, James não escondia sua animação, de dez coisas que conversávamos onze eram sobre o casamento. Ainda não conseguia acreditar que iria me

casar, estava deitada no sofá encarando o anel de noivado em meu dedo, confesso que achei meio exagerado, mas mesmo assim era lindo, James tinha um excelente gosto, mas requintado demais para mim, ele insistia em dar uma festa enorme enquanto eu queria algo o mais simples possível, éramos tão diferentes neste aspecto. Eu tentava ter alguma reação positiva a tudo isso, só que as vezes parecia impossível. Queria tanto que minha mãe Esme estivesse aqui, tinha certeza que ela saberia exatamente o que me dizer e quem sabe me tirar desse buraco que havia me enfiado, antes que ficasse pior com as lembranças a campainha tocou. Abri a porta sem muita vontade e encontrei Edward. Meu coração bateu descompassado, desde o dia que tinha se mudado não o tinha visto e isso para mim parecia uma eternidade, tudo o que eu queria era pular em seus braços e o abraçar. Se controle Bella.

– Oi Isabella. - Me cumprimentou com um sorriso cauteloso.

– Oi, entra. - Disse abrindo a porta completamente, assim que entrou não pude esconder minha animação ao vê-lo. Deveria contar sobre o casamento? Antes seria melhor avisar que James sabia sobre nós.

– Preciso falar com você. - Falamos ao mesmo tempo, acabamos rindo. O que será que Edward queria conversar comigo?

– As damas primeiro. - Disse cortês.

– Obrigada. - Concordei me sentando no sofá, ele fez o mesmo, parecia bem nervoso. - Não quer falar primeiro?

– Não, agora fiquei curioso sobre o que quer falar comigo. - Respirei fundo e disparei.

– Contei tudo para o James. - Edward arregalou os olhos.

– Mesmo?

– Sim, não queria mais mentir para ele.

– Ah! E como ele reagiu? - Torci o lábios.

– Não muito bem, ele não quer te ver de jeito nenhum.

– Não poderei mais vê-la? - Edward perguntou agoniado.

– James só precisa de um tempo. - Tentei apaziguar, ele abaixou a cabeça e encarou as mãos, parecia realmente chateado ao saber disso, achei melhor esperar para contar sobre o casamento. - E sobre o que você quer falar? - Perguntei tentando chamar sua atenção, Edward levantou a cabeça e antes que me encarasse seus olhos pararam na minha mão, ele estava vidrado no meu anel. Merda! - Edward? - O chamei, ele me olhou e o que vi em seus olhos me deixou sem chão, parecia que havia lhe tirado seu ar.

– Que anel é esse? - Perguntou sem cerimônia, engoli em seco.

– Vou me casar. - Disse tentando parecer feliz, mas pareceu mais um lamento.

– Casar? - Perguntou abismado segurando minha mão com o anel.

– É, não é incrível? James me pediu na viagem. - Edward me surpreendeu me abraçando apertado.

– Isso é ótimo Bell. - Falou finalmente entre meus cabelos. - Meus parabéns. - Ele estava feliz por mim? Por que não estaria Isabella? Talvez fosse melhor jogar a bomba de uma vez.

– Tem mais uma coisa. - Ele se afastou e me olhou atento, eu não sabia por que, mas ele parecia tão fora de si, seus olhos transmitiam algo que eu só vi quando o encontrei na rua.

– O que é?

– Eu vou embora para a Itália. - Edward ficou sem ação, se levantou e passou a mão pelos cabelos nervosamente. Dei um tempo para ele digerir a notícia. Finalmente se virou, ele parecia realmente torturado com o que havia dito.

– Você esta feliz? - Eu estava? Percebi que me via incapaz de responder essa pergunta sinceramente.

– Estou, James é o homem certo para mim. - Era disso que eu precisava me certificar. Edward engoliu em seco, seu desespero era quase palpável. Eu só não conseguia entender por que estaria assim, foi então que me lembrei que ele queria falar comigo, talvez fosse esse o problema. - Me desculpa, acabei esquecendo. O que você queria me contar? - Ele me olhou e parecia travar uma batalha interna se contava ou não.

– Sabe que eu acabei esquecendo. - Disse com um sorriso fraco, me levantei e fiquei na sua frente.

– Você parece chateado. Foi algo que eu disse? - Ele me puxou para os seus braços e me prendeu ali, enterrando sua cabeça no meu pescoço.

– Eu não quero que você vá. - Confessou com a voz embargada, acariciei seus cabelos. - Eu preciso de você. - Sua declaração me deixou desarmada. O que era tudo isso que existia entre nós?

– Eu sempre estarei aqui para você, sempre. - Prometi.

– Jura? - Perguntou segurando meu rosto, seus olhos atormentados com medo.

– Juro. - Garanti me apertando em seus braços. Não sei por quanto tempo ficamos ali abraçados, mas infelizmente ele teve que ir embora, eu me sentia deplorável. Naquele mesmo dia Alice foi me visitar e eu acabei contando a novidade do casamento.

– Você não parece feliz. - Acusou. Estávamos sentadas no sofá comendo uns docinhos que ela havia trazido.

– É claro que estou. - Me defendi. - Só estou preocupada.

– Não fique, temos tempo para fazer um casamento incrível.

– Não é com o casamento que estou preocupada. - Confessei. Ela franziu o cenho.

– Então com o que? - Perguntou confusa.

– Com o Edward. - Ela me olhou feio.

– O que aquele imbecil fez agora? - Acabei sorrindo, Edward e Alice viviam se estranhando.

– Ele estava tão estranho quando esteve aqui, disse que tinha algo para me dizer, mas quando perguntei falou que tinha esquecido. Ele parecia tão fora de si e quando contei do casamento então, seu semblante ficou ainda pior.

– E dai? Qual o problema?

– Como qual o problema Alice? Pode estar acontecendo algo com ele e talvez quando descobriu sobre meu casamento ficou sem coragem para me contar.

– Bella, o Edward não é nenhuma criança. Pode muito bem resolver os próprios problemas sem sua ajuda. - A encarei com raiva.

– Sabe de uma coisa Alice, estou cansada dessa sua atitude com o Edward. - Disparei.

– Peraí, ele te machuca, humilha, faz sofrer e é comigo que você briga?

– Porque essa sua resistência com ele já esta enchendo o saco. Caramba, ele esta tentando ser alguém melhor. Você não vê isso?

– Quem não vê as coisas aqui é você Bella, isso que ele esta fazendo é puro teatro. Aposto que tudo o que ele quer é te levar para a cama de novo. - A olhei horrorizada.

– Você pirou? Isso nunca vai acontecer.

– Não? Então por que estamos discutindo sobre ele ao invés de planejarmos seu casamento? Você tem que ficar com o James e esquecer o Edward.

– Para! Para! - Gritei. - Eu não aguento mais! Estou cansada disso. Cansada de me dizerem o que eu tenho ou não que fazer e como viver minha própria vida.

– Eu só quero te ajudar Bella. - Alice argumentou.

– Pois este tipo de ajuda estou dispensando. Tudo o que você faz é me criticar.

– É uma pena que pense assim. Sabia que não ia demorar para o Edward fazer com que brigasse comigo. Cuidado para não ficar sozinha, pois se for atrás dele é isso que vai acontecer. - Disse exaltada se levantando. - E depois não diga que eu não avisei. - Falou saindo do apartamento e batendo a porta em seguida. Me sentei no sofá e comecei a chorar. Como eu poderia me sentir tão infeliz quando na verdade deveria estar feliz? Sentei no sofá e comecei a chorar desesperadamente, estava tudo fugindo do meu controle, eu não sabia mais o que queria e que caminho seguir.

James estava tão concentrado em preparar as coisas para nossa mudança que nem percebeu como eu me encontrava inquieta e ainda mais distante nos últimos dias. Por mais que quisesse fazer ele feliz, eu percebia que isso seria impossível sem que eu estivesse inteira nessa relação e não era assim que eu me sentia. Talvez tarde demais percebi que não poderia ir adiante com aquilo, que não poderia estar ao seu lado do jeito que ele merecia, eu sabia que iria magoa-lo, mas poderia ser bem pior se nos casássemos. Eu era uma pessoa horrível por magoar alguém como James, justo ele que me deu tanta alegria, que me fez sentir amada quando eu achei que não era possível. Tudo isso era culpa do Edward, ele nunca deveria ter aparecido e estragado tudo. Chorei desesperada sem a mínima vontade de levantar da cama para ir trabalhar e gritei.

– Ah! Por que eu não consigo esquece-lo? Como eu ainda posso amar alguém que me feriu tanto? - Estanquei assim que coloquei meus questionamentos em voz alta. Amar? Não! Eu não podia ama-lo. Não depois de tudo. Me condenei. Voltei a chorar com mais força. Eu tinha lutado tanto contra isso e no entanto não adiantou nada, tentei me iludir, me fazer de forte. Para quem? Alice perceberá que nunca tinha deixado de ama-lo, até mesmo James percebeu, só eu que sempre me negava a aceitar, achando que se fosse para outro país o sentimento iria sumir como por encanto, mas eu só estava me enganando. Mesmo em meus momentos mais felizes com James eu ainda pensava nele, ainda o comparava com o homem que tinha ao meu lado, Edward era tão diferente se comparado a James, mesmo assim tão perfeito para mim. Seu jeito bobo, seu sorriso lindo, o modo como se preocupava comigo e como eu sentia meu corpo pegar fogo só de estar ao seu lado. Mas do que me adiantava admitir isso? Do que me adiantava ama-lo? Edward não sentia o mesmo, além disso tínhamos tantas coisas entre nós mal resolvidas, mesmo que ele me amasse, será que algum dia eu confiaria nele? Depois de tudo? Nem sabia por que estava pensando nessa hipótese, tudo o que Edward sentia por mim era desejo, carinho, afeto e gratidão, mas nunca seria amor, ele nunca me amaria como eu o amava. De qualquer forma eu não poderia continuar com James na esperança de algum dia o amar desse modo, não poderia dar a ele metade de uma mulher quando ele merecia tudo e agora eu tinha certeza que não conseguiria lhe dar isso. Só existia uma solução para minha situação, iria terminar meu noivado com James.

Edward POV

Desespero. Angustia. Aflição. Dor. Ela ia se casar com ele? Mudar para outro país? Isabella era minha luz, a única razão pela qual eu queria viver, mas agora ela seria definitivamente de outro. Eu que nunca havia derramado uma lágrima em toda a minha vida, agora me via chorando igual uma criança, estava ficando patético como dizia o Emmett, que agora sabia de toda história. Eles bem que tentavam me animar, mas eu estava muito pior do que quando me mudei, a dor era infinitamente maior. Há três dias minha vida se resumia ao trabalho e minha cama, eu parecia um zumbi. Bell havia me ligado diversas vezes preocupada querendo saber como eu estava e se tinha me lembrado sobre o que queria falar com ela. Eu simplesmente inventei algum assunto sem importância do trabalho, mesmo assim ela não parecia convencida. Do que ia adiantar ela saber que a amava? Sentei na cama e coloquei minha cabeça entre os joelhos e gritei o mais alto que pude, tentando expulsar de alguma forma toda a dor que sentia.

– Edward! - Pude ouvir Seth batendo na porta desesperado.

– Vai embora! Quero ficar sozinho! - Depois que gritei o silêncio voltou. Soltei um soluço alto, todas as manhãs eram assim. Levantei e me arrumei para o trabalho, sai sem nem ver Seth, na hora do almoço fiquei trancado em minha sala, eu tinha que tomar uma atitude, não podia ficar assim para sempre, queria que Isabella fosse feliz e se ela estava era isso que importava, tinha que me concentrar em não deixar James me afastar dela, sabia que nunca a teria como mulher, mas não poderia admitir ficar sem ela, nem que fosse só como uma amiga. Hoje mesmo iria até seu restaurante, quando o expediente acabou me apressei em me aprontar, fui até onde Seth trabalhava e lhe pedi desculpas pelo meu comportamento nos últimos dias, ele sorriu e deu um tapa no meu ombro, dizendo que estava tudo bem e que entendia o que eu estava passando. Eu tinha muita sorte em ter amigos tão bons, tive essa certeza quando sai da empresa e encontrei Jasper.

– O que esta fazendo aqui? - Perguntei calmamente.

– Só assim para falar como você. - Acabei sorrindo. - Edward você não pode continuar assim. Disse me passando um sermão.

– E o que você quer que eu faça? Ela vai se casar com ele Jasper, eu a perdi. - Respondi exasperado.

– Isabella esta confusa Edward, eu nem posso imaginar o que esta se passando na cabeça dela, mas eu aposto que ela não tem certeza sobre esse casamento.

– Eu não posso ir atrás dela e pedir uma chance, eu sei que ela não vai me dar. James é tudo o que eu nunca fui para ela Jasper, além disso apesar da evolução que nosso relacionamento teve, eu sei que ela não confia em mim e muito menos vai deixar ele para ficar comigo.

– O que você vai fazer?

– Tentar viver. Eu prometi a ela que nunca atentaria contra minha vida novamente e vou cumprir. Eu só quero que ela seja feliz e por isso decidi conversar com James.

– Eu não acho que seja uma boa ideia. - Jasper interveio. - Ele sabe de tudo Edward.

– Sei disso, mas eu preciso falar com ele. - Ele assentiu sem discutir e me deu uma carona até o restaurante de James.

– Tem certeza disso? - Perguntou antes que eu saísse do carro.

– Tenho, não quero perder Isabella Jasper, sei que precisamos de um tempo depois de tudo o que aconteceu, mas eu preciso dela na minha vida e não vou permitir que James me afaste dela.

– Boa sorte.

– Valeu. - Acenei e ele foi embora, segui até o restaurante de James, quando entrei estava tudo silencioso.

– James! - Chamei, não demorou muito e ele apareceu.

– O que esta fazendo aqui? - Perguntou rude.

– Preciso falar com você.

– Eu não tenho nada para conversar com você Edward, ao menos que você deseje mais um soco. - Revirei meus olhos.

– Será que podemos agir como dois adultos?

– Como você fez com Isabella?

– Isso é passado James.

– Pode dizer isso para quem quiser, depois do que eu ouvi não acredito em nada que você me diga.

– Eu sei dos meus erros e pode ter certeza que estou pagando muito caro por eles. - James me olhou atentamente.

– Bella me disse que foi visita-la. O que queria com minha noiva?

– Acho que agora não importa mais, ela vai casar com você. - Ele sorriu.

– Aposto que ia implorar perdão mais uma vez, dizer que a ama e pedir que me largasse para ficar com você. - Falou com desdém. - Acha mesmo que ela esqueceu tudo o que você fez? Não Edward, ela nunca vai esquecer e eu farei tudo o que estiver ao meu alcance para fazer Isabella feliz do modo que você não foi capaz.

– É tudo o que eu desejo James.

– Então foi para isso que veio aqui. Pedir que eu a faça feliz? Não precisa se preocupar com isso, eu te garanto que não sou como você.

– Eu prezo sim a felicidade de Isabella, mas não foi por isso que vim.

– Por que então? - Questionou sem paciência.

– Sei que vão se mudar para a Itália, mas queria lhe pedir que não me afastasse dela.

– Eu não preciso fazer isso Edward, você já se encarregou disso. - Antes que pudesse responder ouvi um estrondo vindo da porta e um rapaz passando uma corrente por ela.

– Eric. O que esta fazendo aqui? - James perguntou com autoridade, o rapaz continuou de costas sem responder, quando James se pôs a ir em sua direção, ele se virou, James parou no mesmo instante em que o rapaz lhe apontava uma arma.

– O que estou fazendo aqui chefinho? Vim pegar o que meu é de direito. - Falava enquanto ia se aproximando, aproveitei que não me olhava, me escondi em uma pilastra e disquei para a polícia, assim que passei o endereço o telefone foi tirado de mim. - Não adianta ligar para lugar nenhum. - Respondeu arremessando o celular no chão. - Pouco me importa ser preso. Vai para lá. - Pegou meu braço e empurrou fazendo com que ficasse lado a lado com James.

– É dinheiro que você quer? - James tentou negociar.

– Não James, dinheiro não vai trazer tudo o que você me tomou. - Respondeu apontando a arma. - Você acabou com a minha vida seu desgraçado. Acabou com meu esquema de venda de drogas. - Falou e deu um soco nele, James se levantou e o encarou.

– Não tenho culpa se você se envolveu com as pessoas erradas. Você é o único responsável por perder tudo.

– Não! Não! Não... Foi você. Você me demitiu e acabou com tudo. Você. Só você.

– Eric não precisa ser assim. - Tentei argumentar.

– Cala a boca que não estou falando com você. Meu assunto é com esse riquinho aqui. Eu vou matar você James e vou adorar ver isso. - Ele estava a uma certa distância quando ouvimos a sirene da polícia. - Imbecis! Nada vai me impedir de fazer isso. - Tudo a partir daquele instante aconteceu em câmera lenta, Eric levantou o braço e apontou para o peito de James, o disparo saiu ao mesmo tempo que a polícia invadiu o lugar e atirou em Eric, eu não sei o que passou pela minha cabeça, mas a última coisa que pensei foi que não podia permitir que James morresse, Isabella precisava dele, foi então que senti o baque no meu peito.

– Edward! - Ouvi James gritar, quando senti minhas forças esvaindo ele me segurou me deitando no chão. - Chamem uma ambulância! - Gritou. - Por que você fez isso? - Perguntou assombrado.

– Bell... cuida dela... - Pedi sem forças, a dor me invadia sem permissão.

– Eu vou cuidar Edward. - Sorri, era tudo o que eu precisa ouvir. Antes que sucumbisse a dor, eu ouvi a voz do meu anjo.

– Edward? Edward! O que houve? - Sua voz parecia atormentada, abri os olhos e a vi linda apesar das lágrimas que desciam sem permissão pelo seu rosto. - Alguém chame socorro! Gritou desesperada.

– Bell...

– Não diz nada, fica quietinho, o James vou chamar ajuda. Você vai ficar bem. - Com muito sacrifício levei minha mão até seu rosto e o acariciei, ela colocou sua mão sobre a minha.

– Promete que será... - Fechei os olhos com força devido a pontada que senti no peito.

– Não fale. - Implorou acariciando meu rosto, me forcei a abrir os olhos.

– Feliz. Promete. - Tentei novamente, ela soluçou.

– Só se você ficar bem. - Tentou negociar, sorri.

– Acho difícil. - Murmurei.

– Não fala isso. - Pediu chorando, passei meu polegar pelos seus lábios e então a dor veio mais forte.

– Eu te amo Bell... - Sussurrei ao mesmo tempo que senti minhas forças fraquejarem e meus olhos fecharem. Ainda a ouvi gritar meu nome desesperada, mas a dor estava forte demais

para responder, não ia adiantar lutar mais, minha hora tinha chegado, eu só ficava feliz por ter feito algo digno antes de morrer.


Notas finais do capítulo "É sempre mais escuro antes do amanhecer." Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 29) Capítulo 28 - Desespero

Notas do capítulo Espero que gostem ;) Bella POV

Tudo o que eu ouvia eram zumbidos e murmúrios ao meu redor, a única coisa que fiquei sabendo sobre o que tinha acontecido foi que um ex-funcionário de James tinha invadido o restaurante e Edward se atirado na frente da arma. Agora o por que daquele imbecil ter feito isso eu não fazia ideia? Como Edward pode ser tão irresponsável? Me perguntava ao mesmo tempo em que as lagrimas não paravam de cair.

– Calma Bella. - Ouvi a voz suave de James me consolando enquanto chorava desesperada. Fui todo o caminho até o hospital assim, me impediram de acompanhar Edward na ambulância pois seu caso era grave, eu tentava me manter otimista, mas a demora para ter alguma notícia estava me matando.

– São parentes do Senhor Cullen? - Me virei automaticamente para ver o médico com um semblante derrotado. Ah não!

– Eu sou. - Declarei com a voz trêmula e engasgada pelo choro. - Como ele está? Vai ficar bem não é? - Ele suspirou e moveu a cabeça em um gesto negativo, meu corpo inteiro parou.

– Nós conseguimos extrair a bala, mas as chances dele são mínimas. Fizemos tudo o que podíamos, sinto muito. - Lamentou.

– Não! - Sussurrei. - Não! Ah não! - Voltei a chorar desesperadamente. Se não fosse por James eu teria ido parar no chão tamanha era a dor que estava sentindo. Não podia ser verdade!

– Se quiser ver ele terá que ser agora. - O médico informou, tentei arrumar forças para me manter ereta e assenti, James me segurou.

– Tem certeza? - Perguntou cauteloso.

– Eu tenho que ver ele. - Falei com a voz embargada, me afastei e segui o médico até o local onde ele estava.

– Cinco minutos. - Me avisou, caminhei lentamente até ficar ao seu lado na cama. Edward estava cheio de aparelhos, segurei sua mão com carinho.

– Edward. Você não pode fazer isso comigo, não pode me deixar. Por favor. Por favor. Implorei soluçando. - Não me deixa. Eu preciso de você. Eu te amo Edward. Amo demais. Assim que declarei o monitor cardíaco parou de oscilar e seguiu um ritmo só, seu coração tinha parado. - NÃO! NÃO! - Gritei desesperada. - NÃO! Edward volta! Volta! - O quarto foi invadido pelos médicos. - NÃO!!

– Ele esta tendo uma parada cardíaca. - Ouvi alguém dizer. Não! Eu ia perde-lo. Não! - Tirem ela daqui! - Senti alguém me puxando, mas eu lutava para ficar.

– Não! Me deixe ficar. - Pedi chorando enquanto via eles tentando reanimar Edward.

– Sinto muito senhorita. - Disseram me colocando para fora e fechando a porta. Eu não aguentei sustentar meu corpo e sentei no chão chorando desesperada. Senti um toque suave no meu cabelo, levantei a cabeça e vi aliviada que era Alice, com certeza James a teria avisado.

– Esta doendo tanto. - Chorei a abraçando apertado.

– Eu sei.

– Ele esta... - Não consegui completar a frase chorando de forma descontrolada não contendo os soluços. Ela me consolou enquanto eu não parava de chorar. Subitamente a porta do quarto abriu, levantei em um rompante e analisei a expressão do médico sem coragem de fazer qualquer pergunta.

– Como ele esta? - Alice perguntou por mim, o médico abriu um leve sorriso que na hora me trouxe paz.

– Felizmente conseguimos reanima-lo, acho que esse rapaz é mais forte do que pensávamos. Sorri aliviada abraçando Alice. - Teremos que esperar para ver como ele reage ao tratamento, mas o fato dele ter sobrevivido a essa parada indica que ele vai lutar.

– Posso vê-lo?

– Agora não, ele terá que ficar na UTI para se recuperar e as visitas são restritas. O melhor é ir para casa e descansar, assim que tiver qualquer notícia eu ligo. - Até parece que ia ficar em casa enquanto Edward estava aqui, iria só para tomar um banho e trocar de roupa.

– Ele vai ficar bem, não é doutor? - Perguntei mais calma.

– Eu não posso garantir nada senhorita, entretanto só dele ainda estar vivo já é um milagre. Ele ia sobreviver, eu tinha certeza disso.

– Vem Bella, vamos para casa. - Alice disse e me levou até meu apartamento, fui em silêncio durante todo o caminho, hoje mesmo voltaria ao hospital, mesmo que não pudesse vê-lo. Assim que cheguei fui direto tomar um banho, Alice insistiu em fazer algo para que eu comesse, estava me sentindo muito melhor depois que sai do chuveiro, fui me trocar e estranhei o vazio no meu armário, todas as roupas de James não estavam mais lá, me troquei e fui até a cozinha.

– As roupas de James não estão no armário. - Comentei distraidamente com Alice. Ela pegou algo no bolso e colocou sobre o balcão, eram as chaves que tinha dado a James e uma carta.

– Ele pediu para lhe entregar. - Peguei a carta e a abri.

“Bella,

Sinto muito terminar dessa maneira, mas se fosse para fazer isso pessoalmente não tenho certeza que conseguiria.

Eu havia percebido que você amava o Edward, entretanto foi somente com sua reação ao ver ele quase morrendo que pude ver o tamanho desse amor. Eu te amo e sei que você gosta muito de mim, mas só será verdadeiramente feliz ao lado de Edward e agora eu sei que ele é merecedor desse amor.

“L’amore vero vuole il bene dell’amato”(O amor verdadeiro deseja o bem ao amado)

Seja Feliz Isabella,

Com amor,

James”

– James me deixou. - Falei entorpecida.

– Como esta se sentindo com isso?

– Péssima, tudo o que eu não queria era magoar o James e no fim foi só o que eu fiz. Lamentei.

– Hei não fique assim, James foi muito feliz enquanto estiveram juntos. - Tentou me consolar, eu ainda me sentia em alfa com tudo o que estava acontecendo.

– Exceto pelos últimos meses. - Murmurei chateada.

– Como assim?

– Ele percebeu. - Alice franziu o cenho e me olhou confusa. - Assim como você James viu que eu amava o Edward.

– Sério?

– É, ele afirmou isso na minha cara, eu neguei, mas vi que ele não acreditou em mim, eu mesma não acreditei. - Falei torcendo meus dedos.

– Mesmo percebendo isso ainda iria casar com ele?

– Não, assim que voltamos de viagem percebi que estava me precipitando, estava indo no restaurante hoje para terminar com ele. - Alice me encarou boquiaberta.

– Caramba!

– Pois é. Imagina minha surpresa ao chegar lá e ver cheio de policiais e o Edward ferido no chão. - Tremi só de me lembrar. Ainda me perguntava o que levou Edward a fazer tal loucura.

– Então você ama o Edward? - Alice questionou me fazendo esquecer minhas divagações. Arqueie minha sobrancelha.

– Você fala como se já não soubesse. - Ela sorriu.

– Você nunca me enganou, mesmo eu seus melhores dias com James você nunca estava lá 100%. - Alice tinha toda razão.

– Eu bem que tentei afugentar esses sentimentos, mas tudo o que consegui foi machucar a mim mesma e o James. Ele não merecia isso.- Disse chateada.

– Tenho certeza que ele vai se recuperar Bella. - Encarei Alice estranhamente, ela sempre defendeu James com unhas e dentes. Por que estava tão diferente em relação a ele?

– Não vai me xingar e dizer como sou burra? - Ela negou sorrindo.

– Não, na verdade te devo desculpas pela última vez que nos vimos, eu fui ridícula.

– Eu também exagerei Alice, afinal você estava certa, sempre esteve.

– Mesmo assim, você estava frágil e confusa, tudo o que eu fiz foi piorar as coisas mais ainda. Me desculpa? - Se aproximou e me olhou envergonhada.

– Só se me desculpar também. - Sorriu e me abraçou.

– Você não fez nada Bella. - Resolvi não discutir. - Agora me diz, o que vai fazer agora que finalmente admitiu que ama o Edward.

– Eu ainda não sei, principalmente depois do que ele me disse antes de desmaiar nos meus braços. - Na hora sua declaração veio clara na minha mente "Eu te amo Bell" e senti um aperto no peito. Eu deveria ter esperança?

– O que ele disse?

– Que me amava.

– Bella isso é fantástico. - Disse animada. Mas que porra estava acontecendo com Alice?

– Não estou te entendendo. Você sempre foi contra o Edward, o que esta acontecendo? Perguntei desconfiada.

– Nada, eu só percebi que ele é o melhor para você. - Arregalei meus olhos. Quem era essa pessoa na minha frente e o que fizeram com Alice?

– Como é que é? Posso saber como percebeu isso? - Perguntei abismada.

– Eu fui dura demais com ele ok?

– Mudou rápido de opinião hein? - Questionei ainda não acreditando muito na sua mudança.

– Jasper e o que aconteceu hoje me fizeram mudar. - A encarei confusa.

– Do que esta falando? - Ela suspirou se apoiando no balcão da cozinha e me olhou.

– Jasper me contou como Edward estava se sentindo péssimo desde que soube que ia se casar, além disso ele já havia me dito que o Edward te olhava de um modo apaixonado desde o inicio. - Não sabia o que pensar.

– Por que nunca me disse isso?

– Porque achava que o Edward estava só querendo brincar com você de novo.

– Eu não te condeno, ainda é difícil para mim acreditar que ele disse que me ama.

– E o que vai fazer agora que sabe disso?

– Sinceramente não sei, nós temos um passado Alice, sei que o perdoei, mas nunca pensei que pudéssemos ter algum envolvimento maior que uma amizade e confesso que não sei se confio no Edward o bastante para ficarmos juntos. - Respondi cabisbaixa. Tudo o que eu mais queria era ficar com ele, mas tinha tanta coisa entre nós.

– Talvez fosse bom vocês conversarem honestamente.

– É, acho que tem razão, mas antes ele tem que se recuperar.

– Vai voltar para o hospital?

– Sim, quero conversar com o médico mais calmamente e ficarei lá o máximo que puder.

– Isso que é amor. - Afirmou sorrindo.

– Nem sei te explicar o que foi ver ele quase morrendo na minha frente, eu achei que não ia aguentar tamanha era a dor que eu senti. - Fechei fortemente meus olhos por um segundo tentando esquecer a cena dele deitado no chão todo ensanguentado. Foi então que me dei conta que Alice havia dito que o que ocorreu mudou sua opinião sobre Edward. - O que aconteceu lá Alice? Você disse que isso influenciou sua mudança em relação ao Edward, não entendi. - Ela se mexeu desconfortavelmente na cadeira.

– Acho melhor que ele lhe diga.

– Por que?

– Porque ele saberá lhe explicar melhor.

– Alice. - A olhei incisivamente.

– Ok, James me contou que o tal ex-empregado invadiu o restaurante ameaçando ele com uma arma, parece que em um momento de distração Edward conseguiu chamar a polícia e assim que ela chegou o rapaz atirou, James me explicou que tudo aconteceu muito rápido e antes que percebesse Edward estava caindo no chão.

– Ele errou o tiro?

– Não, Edward se jogou na frente de James. - O QUE?

– Ele não podia ter feito isso, Edward me prometeu que nunca mais ia atentar contra a própria vida. Ele prometeu. - Como ele podia ter tentando se matar de novo?

– James tem certeza que não foi por isso que ele se jogou na frente dele. - Franzi meu cenho completamente confusa.

– Então por que?

– Edward pediu James que cuidasse de você. Entendeu agora? - Ofeguei. Não! Será?

– Isso não faz sentido Alice.

– Como não Bella? Edward não queria que você ficasse sozinha, como ele achava que você amava o James o salvou. James me disse que Edward foi muito rápido, ele mesmo ficou

estático quando ouviu o revolver disparar e a polícia entrar. - Eu não podia acreditar no que Edward havia feito. Por mim?

– Não parece ser algo que Edward faria. - Respondi ainda em choque.

– Eu também nunca pensei que ele fosse capaz de um ato tão altruísta, a única pessoa em que ele pensou foi em você.

– É difícil de acreditar. Talvez James tenha se enganado e o rapaz errou o tiro ou Edward tenha realmente tentado se matar. - Alice negou.

– James garantiu que não e ele estava mais espantado do que eu pela atitude do Edward e quanto a se matar, pensa comigo, se ele te ama e queria você de volta, porque salvar a vida do seu noivo? Ele podia muito bem ter ficado lá parado e depois te consolar caso James morresse, isso na verdade seria bem mais Edward. - Completou com um sorriso, realmente isso seria bem mais o Edward que conheci.

– Eu estou sem palavras Alice. - Murmurei sem conseguir assimilar essa atitude do Edward.

– Eu também. - Olhei mais uma vez o bilhete de James “Eu te amo e sei que você gosta muito de mim, mas só será verdadeiramente feliz ao lado de Edward e agora eu sei que ele é merecedor desse amor.” Podia entender um pouco melhor essa frase agora, mesmo assim era difícil acreditar que Edward havia feito algo dessa magnitude. Sorri, esse nem de longe era o mesmo egoísta que conheci um dia, esse Edward era aquele doce e bobo que passei a conhecer melhor e que me deixava ainda mais deslumbrada. Desde quando ele me amava? Não seria apenas gratidão por tudo o que eu fiz quando o encontrei? Será que ele não estava confundindo as coisas? Eu mesma havia confundido meus sentimentos, queria tanto esquecer Edward e acabei achando que amava James, mas tudo o que eu sentia por ele era carinho e admiração, ele me mostrou o que era amor quando tudo o que eu tinha eram lembranças amargas. Sempre estaria em divida com James e teria que dizer isso pessoalmente, mas eu sabia que no momento ele iria preferir ficar sozinho, quanto aos sentimentos de Edward, teríamos que ter uma conversa séria, sobre tudo.

Naquele mesmo dia depois de comermos um lanche que preparou Alice me levou de volta ao hospital e pude conversar mais calmamente com o médico, ele que me disse que tiveram que induzir Edward ao coma para que pudesse receber todos os medicamentos necessários para

sua recuperação sem forçar seu organismo, assim que ele estivesse melhor parariam de aplicar o sedativo para que pudesse acordar, o médico me garantiu que as chances dele era muito boas, realmente tinha sido um milagre ele voltar da parada cardíaca.

Todo dia depois do trabalho eu passava no hospital e ficava com ele, Edward parecia adormecido, seu rosto sereno e quieto, acariciava seus cabelos me lembrando de como ele gostava disso, nesses momentos com ele eu pensava em tudo o que passamos juntos e em como seria quando ele acordasse. Será que tínhamos um futuro juntos? Edward realmente me amava? Suspirei e passei a ponta de meus dedos pelo seu belo rosto. Sonhava toda a noite com ele dizendo que me amava, mas tinha medo de me iludir de novo. Talvez viajar a trabalho fosse a melhor alternativa, meu chefe precisava que eu fosse para Atlanta por uma semana, felizmente ele entendeu minha situação e disse que esperaria até que Edward acordasse, esse tempo seria bom para ambos. Quando estava saindo do seu quarto e retirando a roupa médica que precisava usar quando o visitava seu médico me chamou.

– Boa tarde senhorita Cullen?

– Olá doutor. Como o Edward está indo?

– Muito bem, na verdade era sobre isso que gostaria de falar com a senhorita. - Meu peito apertou.

– Algo sério? - Perguntei com medo.

– Não. - Respondeu com um sorriso, respirei aliviada. - Hoje tenho uma boa notícia, vamos parar de sedar o Edward.

– Oh! Isso quer dizer que ele vai acordar?

– Bom, vamos parar de aplicar os sedativos e esperar que ele acorde, assim como lhe expliquei há riscos de sequelas, mas não acredito que será o caso de Edward. - Sorri.

– E quando irão parar com os remédios?

– Hoje mesmo.

– Entendo, assim que ele despertar poderia me ligar?

– Claro.

– Obrigada por tudo doutor.

– É nosso trabalho. - Respondeu sorrindo.

– E um trabalho magnifico.

– Obrigado. Tenha uma boa noite.

– O senhor também. - Me despedi e sai do hospital. Edward a qualquer momento iria acordar, acho que o melhor seria que eu não estivesse aqui quando isso acontecesse, esse tempo separados definitivamente seria vital, pediria ao médico e ao pessoal para não dizerem ao Edward que eu tinha o visitado durante seu estado de coma, preferia que ele não soubesse. Aquele dia antes de seguir para minha casa decidi fazer algo que já estava na minha cabeça desde do incidente de Edward, dirigi até o restaurante de James sabendo que com certeza ele estaria lá, precisava conversar com ele pessoalmente, estacionei o carro e peguei a caixinha preta no porta luvas, dentro estavam minhas duas alianças, a de compromisso e a de noivado. Se tinha algo que me matava era ter magoado James, me dirigi até a porta principal e um funcionário que já me conhecia informou que ele estava no escritório, fui até lá e bati timidamente na porta, assim que pediu que entrasse, respirei fundo e abri a porta, ele ficou estático quando me viu.

– Desculpa aparecer assim sem avisar, mas fiquei com receio de ligar e não querer me ver. Confessei sem jeito.

– Isso nunca aconteceria Bella. Por favor sente-se. - Disse indicando a cadeira à frente de sua mesa. Me sentei e o encarei sem saber o que dizer, tudo o que tinha planejado simplesmente se esvaiu da minha cabeça. - Sinto muito pelo modo que eu terminei tudo. - Se explicou.

– James se alguém aqui deve desculpas, esta pessoa sou eu, tudo o que eu não queria era te magoar e infelizmente foi só o que eu fiz. - Ele negou.

– Você me fez muito feliz Bella, nunca duvide disso. Eu tenho culpa também, afinal quando percebi que amava o Edward eu tinha que ter terminado e não ido em diante com meus planos de casamento, eu fiz algo infantil, querendo lhe prender a mim como se isso pudesse mudar seus sentimentos.

– Nós dois erramos, você por pedir e eu por aceitar. - Ele assentiu. - Eu queria lhe devolver isso. - Coloquei a caixinha na mesa.

– Bella é seu, eu comprei para você. - Eu neguei.

– Não James, é seu. - Ele estendeu a mão e pegou. - Eu também fui muito feliz com você. - Não pude segurar a emoção e uma lágrima escorreu pelo meu rosto, James foi meu porto seguro, meu companheiro, não era tão simples dizer adeus.

– Eu sei Bella e quero que seja ainda mais feliz.

– Eu desejo o mesmo James, você merece, é o cara mais incrível que eu conheci. - Ele fez uma careta.

– Infelizmente eu não era o cara certo para você. - Lamentou.

– Eu queria que fosse. - Confessei o encarando seriamente.

– Eu também.

– Vai para a Europa? - Perguntei mudando de assunto.

– Vou, vai ser bom enfiar a cara no trabalho e me distanciar também.

– Sinto por isso.

– Eu teria que ir de qualquer forma Bella, só que agora irei sozinho.

– Espero que dê tudo certo. - Desejei sinceramente me levantando, James fez o mesmo.

– Obrigado, desejo o mesmo para você.

– Posso te dar um abraço? - Pedi sem jeito, ele deu a volta na mesa e abriu seus braços, eu fui e nos abraçamos. - Obrigada por tudo James. - Ele beijou minha cabeça.

– Obrigado por tudo Bella. - Repetiu minhas palavras e me apertou em seus braços em uma despedida, sai logo em seguida, assim que entrei em meu carro chorei. Eu quis tanto amar aquele homem fantástico, mas fracassei. Respirei fundo tentando me controlar, tudo o que eu queria agora era que ele pudesse seguir sua vida e ser feliz como merecia, quanto a mim, só o tempo seria capaz de responder.

Edward POV

Quando acordei há três dias nem pude acreditar que tinha sobrevivido, a última coisa que me lembrava era de dizer a Isabella que a amava e ouvir sua voz muito longe pedindo que eu não a deixasse, talvez fosse coisa da minha cabeça já que ela preferiu viajar a trabalho a me visitar. Pensei amargamente. Assim que acordei me mudaram para um quarto, mas as visitas só foram liberadas no segundo dia, algumas pessoas do trabalho vieram no período da manhã, até mesmo Eleazar me visitou desejando que melhorasse logo. Agora à tarde estavam no meu quarto Seth, Jasper e Emmett, este não parava de contar piadas.

– Emmett para! - Pedi tentando controlar o riso. - Eu não posso rir seu idiota, dói. - Só eles mesmo para me fazerem esquecer um pouco meus problemas.

– Ah! É um maricas mesmo. - Reclamou.

– Quando levar um tiro no peito nós conversamos. - Eles riram.

– Já sabe quando terá alta Edward? - Jasper perguntou.

– Parece que dentro de seis dias.

– Animado?

– Um pouco Seth. - Respondi sem muito ânimo.

– Não adianta ficar assim por causa da Bella. - Emmett respondeu. - Aposto que assim que ela voltar de viagem irá lhe visitar. - Isso não melhorou muito meu humor, mas também o que eu queria? Tinha certeza que James faria de tudo para que ela não viesse me ver ou talvez ela mesma não quisesse.

– Eu sei, é que ela sempre cuidou de mim, fiquei mal acostumado.

– Ai que menino mimado. - Emmett zoou.

– Bom agora não adianta muita coisa, ela deve estar cuidando de outra pessoa. - Reclamei insatisfeito. Emmett e Jasper se entreolharam. - Que olhares são esses?

– Que olhares? Isso é coisa da sua cabeça. - Emmett despistou.

– Nem adianta negar, eu vi vocês trocarem um olhar bem suspeito quando falei dela. O que esta acontecendo?

– Edward o médico disse que você não pode se alterar. - Jasper tentou me acalmar.

– Pois é isso que vai acontecer se não me disserem o que esta acontecendo.

– Melhor dizer Jasper. - Emmett falou.

– Eu também acho. - Seth concordou. Até ele sabia, mas que merda eles estavam me escondendo. Será que Isabella tinha se casado com o James? Ou essa não era um viagem de trabalho e sim sua ida definitiva para a Europa? Ela não podia ir sem se despedir. Eu estava entrando em pânico, meu peito doía devido a minha respiração acelerada.

– Falem logo! - Exigi já sem paciência.

– Calma Edward senão chamaremos o médico e você não saberá de nada. - Jasper disse sério.Tentei controlar minha respiração.

– Então? - Perguntei mais calmo.

– Bella e James se separaram. - Emmett disse de uma vez. Um sorriso enorme tomou conta do meu rosto. Separados? Eu não podia acreditar nisso.

– Como?

– Foi o James que terminou, fomos ver ele depois do que tinha acontecido e ele nos contou. Franzi o cenho, meu sorriso murchou um pouco. Ele terminou?

– Por que ele fez isso? - Perguntei perdido.

– Acho que isso só perguntando para ele. - Jasper me respondeu, estava completamente confuso com essa novidade. Será que foi por isso que Isabella viajou? Ela devia estar arrasada com isso e eu idiota achando que ela teria terminado por minha causa. Os rapazes ficaram mais um pouco e logo em seguida foram embora dizendo que voltariam no dia seguinte, quem poderia dizer que um dia eu teria amigos tão fiéis? Eu com certeza não.

Fiquei em minha cama remoendo tudo o que tinha acontecido e o fato de Bell e James não estarem mais juntos. Será que agora eu poderia ter uma chance? Eu queria acreditar que sim, mas ainda tinha minhas dúvidas. Ela ia se casar com ele, com certeza o amava. Como eu poderia lutar com isso? Ouvi alguém bater na porta, toda vez que isso acontecia eu tinha esperança de ser Isabella a aparecer, mas nunca era. Pedi que entrassem e não pude acreditar quando vi James na minha frente.

– Boa Tarde Edward. - Me cumprimentou cortês, ele parecia bem abatido. - Surpreso? Questionou parando ao lado da minha cama vendo minha cara de espanto.

– Com certeza.

– Eu tinha que vir aqui e agradecer, afinal você salvou minha vida.

– Na verdade meu plano era acabar com a minha. - Ele arqueou uma sobrancelha.

– Jura que é isso que vai alegar Edward? Que queria se matar? - Suspirei pesadamente, realmente não era o que eu queria, mas achei que fosse isso que pensariam. Não queria glória pelo o que havia feito, fiz pela mulher que amava e era só isso que importava. Naquele momento tudo o que eu pensei foi na felicidade de Isabella, nunca havia colocado outra pessoa a minha frente dessa forma. Era irrevogável o quanto eu a amava.

– A mulher que eu amo ia se casar com outro, não via muita saída para mim. - Dei de ombros, como se fosse um explicação plausível.

– Eu e você sabemos muito bem que isso não é verdade. - Insistiu no assunto.

– Isso não importa, você não cumpriu sua parte no trato. - Tentei desconversar.

– Do que esta falando? - Me inquiriu.

– Que você terminou com Isabella, eu lhe implorei que cuidasse dela e você termina o noivado? - Perguntei exasperado.

– Foi exatamente por isso que terminei, para que ela seja feliz com que quem realmente ama. - O encarei intrigado. Como é?

– Agora estou confuso.

– Se você visse como ela ficou quando te viu machucado não estaria confuso. - Franzi meu cenho, ele suspirou. - Bom, eu só vim aqui para agradecer. - Sorriu tristemente balançando a cabeça.

– O que foi? - Sem perceber me vi perguntando.

– É irônico que ao mesmo tempo que salvou minha vida você a tirou de mim. - Respondeu cabisbaixo. - Franzi meu cenho.

– James eu não estou entendendo nada.

– Logo entenderá. - Disse simplesmente. - Adeus Edward.

– Adeus. - Antes de sair ele parou e se virou.

– Faça por merecer o presente que tem. - Declarou e saiu, sem me dar a chance de questionar que porra era aquela que ele estava falando. Se possível estava mais confuso do que quando

ele entrou “É irônico que ao mesmo tempo que salvou minha vida você a tirou de mim.” O que isso significava? Poderia ser o que eu pensava? Então por que ela não estava aqui? Eu fiquei com aquilo na minha cabeça o tempo todo que estive no hospital, cheguei a questionar os rapazes, mas eles diziam que não sabiam de nada, eu tinha certeza que sabiam, só que não queriam me dizer, talvez em respeito ao James já que eles eram amigos dele também, decidi parar de pensar nisso e me concentrei em me recuperar, agora que sabia que James e Bell estavam separados precisava pensar no que faria para me aproximar novamente dela, precisava provar a Isabella que eu a amava e que não iria desistir, ao menos que ela ainda amasse o James. Suspirei derrotado. Desde quando eu tinha me tornado tão generoso? Seria tão mais fácil se eu só me importasse comigo, mas depois de tudo o que passei estava mais do que claro que eu faria o que estivesse ao meu alcance para que Isabella fosse feliz.

Finalmente o dia da minha alta chegou, estava terminando de me aprontar enquanto esperava Seth que tinha combinado de me buscar, me sentia bem, apesar de uma leve dor no corpo e no peito, mas o médico disse que era normal e que eu deveria ficar em repouso em casa mais cinco dias antes de voltar a minha rotina. Tudo o que eu queria era que minha enfermeira preferida cuidasse de mim, mas sabia que isso seria difícil, mesmo assim iria atras dela, eu precisava ver Isabella. Fechei minha bolsa ao mesmo tempo que bateram à porta.

– Entra. - Pedi calmamente, quando levantei minha cabeça fiquei parado em choque ao ver quem estava na minha frente.

Notas finais do capítulo Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 30) Capítulo 29 - Visita

Notas do capítulo Ah! Muito obrigada pelos comentários!!! Vocês são MARA *-*

Achei que ia demorar bem mais para postar, mas felizmente minha inspiração voltou mais cedo e consegui seguir meu cronograma. Hei!

O capítulo de hoje não tem grandes emoções, teremos o acerto de contas entre Edward e Bella sobre o passado e não, o beijo ainda não vai rolar :( Acho que vou fugir de novo para as montanhas... rsrsrsrs

Espero que gostem ;)

Bella POV

Nervosa era pouco para descrever o que sentia naquele momento, Edward estava na minha frente estático me fitando com surpresa, sem pensar em mais nada me aproximei dele e o abracei com extremo cuidado, ele ao contrário envolveu meu corpo com força me apertando contra o seu peito enterrando sua cabeça nos meus cabelos. Eu não podia acreditar que ele estava vivo e bem.

– Você esta aqui. - Sussurrei maravilhada o abraçando.

– Você pediu que eu não a deixasse, lembra? - Me afastei minimamente de seu corpo e o encarei com um sorriso, meus olhos úmidos pelas lágrimas ainda não derramadas.

– Lembro. - Murmurei emocionada com a voz embargada. Foi então me toquei que ele podia ter me ouvido dizer que o amava. Merda! Não era assim que eu queria que ele soubesse. Você ouviu mais alguma coisa? - Edward me olhou desconfiado.

– Não, só ouvi muito longe você chorando e pedindo que não te deixasse. Por que? Você disse mais alguma coisa? - Neguei, sem braços não saiam na minha cintura me prendendo a ele de forma possessiva.

– Não, mais nada. Só fiquei impressionada ao saber que me ouviu. - Tentei desconversar.

– Achei que fosse um sonho ou minha mente brincando comigo. - Sorri igual uma idiota, mas não ia deixar o que ele fez passar em branco.

– Como você esta? Esta sentindo dor? - Perguntei distraidamente.

– Só um pouco no peito.

– Seu braço esta doendo? - Ele me olhou confuso.

– Não. - Antes que pudesse questionar o porque, lhe dei um tapa. - Ai, Bell! - Reclamou. Quem mandou ele dar uma de herói?

– Nunca mais faça algo assim de novo seu idiota. - Ele relaxou e sorriu ouvindo minha bronca. Não estou brincando Edward, eu quase tive um colapso quando te vi ferido. - Segurei a gola da sua camisa e o fiz me encarar, seus lábios quase me fizeram perder os sentidos, mas me mantive firme. - Nunca mais esta ouvindo! - Ele retirou uma das mãos da minha cintura e passou pelo meu rosto com delicadeza, meu corpo inteiro parecia pegar fogo.

– Nunca mais Bell. - Garantiu. - Prometo.

– Acho bom mesmo. - Disse ainda séria, ele riu. - Vim te buscar, esta pronto? - Perguntei saindo dos seus braços, que já estavam me distraindo demais.

– Você e Seth armaram isso? - Questionou cruzando os braços sobre o peito. Sorri sem graça.

– Sim, ele ficou de me avisar quando você teria alta. Onde estão suas coisas? - Ele foi em direção a sua bolsa e antes de pega-la eu fui mais rápida a puxando de sua mão. - Nem pensar. O médico disse que não pode fazer esforço.

– Bell isso não é nada.

– Não importa. Aliás tem algo que queria perguntar antes de irmos.

– O que?

– Bom, eu sei muito bem como vocês homens são e tenho certeza que se ficar naquele apartamento não vai se cuidar. - Ele sorriu se aproximando e de novo passou seus braços pela minha cintura, coloquei a bolsa de volta em cima da cama e o abracei pelo pescoço, parecia mesmo impossível ficarmos longe um do outro.

– E o que tem em mente?

– Que tal ficar comigo? - Ruborizei assim que disse em voz alta. - Quer dizer, no meu apartamento. - Tentei me corrigir, mas ele já sorria abertamente.

– Eu vou adorar ficar com você. - Falou beijando minha testa, me afastei sem vontade, não podia ser assim, tínhamos que conversar e muito antes.

– Vamos então? - Falei saindo de seus braços e pegando a bolsa novamente.

– Vamos. - Antes que saíssemos o médico apareceu e reforçou suas recomendações sobre Edward ainda precisar de repouso e não poder fazer esforço. Em seguida fomos em direção ao meu apartamento, o pessoal queria fazer uma festa de boa vindas para o Edward, mas eu preferi que deixássemos isso para quando ele estivesse completamente recuperado. Assim que chegamos no apartamento ele se acomodou no seu antigo quarto.

– Confortável? - Perguntei o olhando atentamente.

– Estaria melhor se estivesse aqui comigo. - Sorriu maliciosamente, balancei a cabeça rindo.

– Você não presta Edward. - Reclamei.

– Vem cá. - Chamou novamente, meu coração batia sem parar e acabei aceitando seu convite, me sentei ao seu lado de frente para ele, Edward segurou minha mão entrelaçando nossos dedos. - Temos que conversar. - Disse seriamente.

– Acho melhor esperar você se recuperar completamente. - Desconversei.

– Não Bell, precisamos disso. - Realmente era o que precisávamos, mas eu me sentia preparada para isso? O olhei e decidi fazer a pergunta que estava me corroendo desde que ele havia levado o tiro.

– É verdade? - Edward franziu o cenho.

– O que?

– Que você me ama. - Disse finalmente, seus olhos se prenderam nos meus.

– É sim. - Era tão difícil acreditar nisso, então outra pergunta me veio a mente.

– Desde quando? - Edward encarou nossos dedos sobre o colchão e me olhou.

– Tudo começou na nossa primeira vez. - Arregalei meus olhos diante da informação.

– Como assim? Você me disse que me odiava naquela época. - Expressei espantada, ele suspirou.

– Eu odiava, mas depois que ficamos juntos e começamos a nos relacionar eu simplesmente me perdi em você Isabella, eu a queria a todo o momento e não era só o sexo que era incrível, era sua companhia, seu jeito doce, eu me apaixonei. - Aquilo era tão surreal, sempre achei que

Edward só me via como um objeto, algo para se divertir, essa declaração me pegou completamente desprevenida.

– Isso não faz sentido Edward, você me disse coisas horríveis quando terminamos. Por que fez aquilo se estava apaixonado por mim? - Como ele pôde ser tão estúpido se me amava? Que tipo de amor era esse afinal?

– O que eu sentia por você me assustava, mas não foi por isso que terminei tudo. - Se explicou.

– Então por que?

– Lembra que naquela noite você tinha combinado de ir até meu quarto. - Assenti. - Você estava demorando e decidi ir atras, quando entrei vi...

– Minhas anotações. - Completei espantada me lembrando do que estava fazendo naquela noite.

– É, não foi muito bom ler em letras garrafais o título "Como humilhar Edward Cullen" e idéias completamente diferentes de como se vingar de mim. No começo eu pensei mesmo que só tivesse se aproximado com o intuído de se vingar, mas conforme passávamos mais tempo juntos achei que pudesse gostar de verdade de mim. - Ele suspirou chateado. - Quando eu vi tudo aquilo perdi a cabeça, senti um ódio mortal por ter me apaixonado por você, pensei que seria impossível você conseguir me humilhar, mas me enganei. Fiquei naquela casa o máximo que pude e felizmente fui embora para a faculdade, mas o que eu sentia por você não me deixou, eu quis continuar na Inglaterra por que seria muito mais fácil ignorar o que sentia por você lá, só que ao mesmo tempo eu queria vê-la. Eu tentava arranjar razões para te odiar, dizendo para mim mesmo que tudo o que queria era o dinheiro dos meus pais.

– Edward... - Murmurei, mas antes que dissesse mais uma vez que nunca quis o dinheiro da sua família ele me cortou.

– Eu sei que isso não é verdade, mas eu não queria te amar. - Se explicou, ficava cada vez mais espantada com o que ouvia. - Só que era mais forte do que eu, até cheguei a pegar seu endereço e parar em frente ao seu apartamento, vi você e Alice. Estava tão linda Bell. - Edward sorriu, mas seu rosto logo ficou sério. - Aquele sábado que vi você e o James na casa dos meus

pais eu surtei, era a mulher que eu amava com outro, briguei com minha mãe e ainda fui grosso com você no enterro. Fui um canalha com você e paguei caro por isso, mas nada doeu mais do que ver que tinha reconstruído sua vida, ver você feliz com James realmente me mostrou o que eu tinha perdido. - Foi então que me toquei que todo esse tempo que Edward morou comigo ele já me amava. Não podia imaginar o que tinha sido para ele me ver a todo o momento com meu namorado. Mais um que havia feito sofrer. Me condenei.

– Quer dizer que todo esse tempo... Edward. - Sussurrei em um tom de lamento.

– Bell esta tudo bem. - Tentou me consolar.

– Não! Não esta. Eu magoei o James, você. Argh! Eu sou um monstro. - Puxei minha mão e coloquei as duas sobre o rosto.

– Você não é nada disso. - Falou retirando minha mão do rosto a segurando me fazendo encará-lo. - Como você ia saber? Depois de tudo o que eu fiz? Bell você não tem culpa de nada, eu só colhi o que plantei, só isso. Eu fico feliz por agora poder finalmente me abrir e contar o que eu sinto. - Já que estávamos sendo sinceros decidi falar tudo o que pensava.

– Eu achei que você pudesse ter confundido amor com gratidão.

– Eu sou grato sim a tudo o que você fez por mim, mas isso só fez com que eu a admirasse ainda mais. Você foi um anjo na minha vida, cuidando de mim com tanto carinho quando tudo o que eu merecia era desprezo. Eu te amo pela mulher formidável que você sempre foi, que me acomodava em seus braços enquanto acariciava meus cabelos e tirava todos os meus medos. - Não consegui evitar de sorrir me lembrando de todas as vezes que ficávamos no meu quarto só conversando.

– Você ficava tão diferente quando estávamos juntos que eu não sabia se estava sendo sincero ou não. - Comentei me lembrando das nossas conversas.

– Eu só conseguia isso com você. - Confessou me olhando intensamente.

– Então a ideia da casa rodeada de árvores com seu filho e sua esposa não era mentira? Inquiri receosa.

– Você se lembra disso? - Perguntou espantado. Sorri assentindo.

– Lembro. Eu te disse que tinha gostado dessa ideia. - Edward me olhou de um modo estranho e desviou seu olhar.

– Iria realizá-la com James? - Questionou incomodado. Não podia acreditar que estava com ciúmes. Resolvi tirar qualquer duvida que ele pudesse ter.

– Só existe uma pessoa com a qual eu realizaria esse desejo. - Edward sorriu de lado meio tímido e me olhou.

– Era você Bell. - Franzi meu cenho confusa.

– Eu o que?

– Quando eu falei que via minha esposa, era você. Eu nunca pensei em ninguém dessa forma. Se isso era um sonho eu não queria acordar. - Só não te pedi em namoro por que me importava com a opinião dos meus colegas imbecis e minha reputação. - Falou desgostoso, deveria ficar triste com isso, mas esse não era o mesmo Edward. - Eu podia ter sido tão feliz se fosse menos egocêntrico e prepotente. Devia ter colocado você contra a parede, dito que te amava e que queria te levar comigo para a Inglaterra, ao invés disso preferi te odiar. - Como é? Inglaterra?

– Você ia me levar para a Inglaterra? - Perguntei sem esconder minha surpresa, Edward não parava de me surpreender.

– Ia. - Respondeu sorrindo. - No começo teríamos que manter o namoro à distância já que você ainda tinha que terminar o colégio, mas depois ia pedir para você ir estudar em Cambridge para ficar comigo, só que eu estraguei tudo e a fiz me odiar ainda mais. - Lamentou, segurei sua mão.

– Esta na hora de você saber a minha versão da historia. - Edward me olhou atento, ele precisava saber que mesmo que um dia eu tivesse desejado, nunca o odiei.

Edward POV

Me sentia muito melhor depois de contar tudo o que tinha passado a Isabella, agora tentava me preparar para ouvir seu lado, o que não seria fácil.

– Acho que não é novidade que era apaixonada por você na adolescência. - Neguei, antes eu podia garantir o que Isabella sentia por mim, agora eu não fazia ideia. - Eu te achava o cara mais lindo do mundo, nem sei desde quando me sentia dessa forma, mas era impossível não me sentir assim, exceto claro pela forma que me tratava. - Fiz uma careta, me sentia péssimo só de lembrar como tratava ela mal. - Aquela noite em que invadiu meu quarto eu cheguei a pensar que você gostava de mim só que tinha vergonha de admitir, nem preciso dizer que estava redondamente enganada. O pior não foi ver a escola inteira rindo de mim e sim seu olhar de desprezo, eu nunca chorei tanto em minha vida, meu maior sonho tinha se tornado um pesadelo. - Segurei sua mão com mais força, vendo a dor em seus olhos. Como eu pude fazer isso com ela? Como?

– Eu sinto tanto Bell. - Uma lágrima escorreu pelo seu rosto e ela logo a enxugou, veio em minha direção colocando a cabeça no meu ombro, nossas mãos unidas sobre meu peito. Meu coração apertou ao ver seu sofrimento, eu preferia ser esmurrado, levar outro tiro do que ver ela assim, só de pensar que eu era o responsável por isso minha vontade era de acabar comigo mesmo.

– Eu pensei em te ignorar, mas eu não consegui, então decidi me vingar. - Tremi. - Mas eu fui uma imbecil, acabei me envolvendo mais ainda com você, aquela noite em que você terminou tudo eu tinha decidido esquecer a vingança. - Como é que é?

– O que? - Ela levantou a cabeça e me encarou apoiando seu corpo com o braço.

– Eu quis esquecer tudo e simplesmente deixar as coisas acontecerem, mesmo sabendo que ia acabar sofrendo, o que realmente aconteceu. - Murmurou se condenando.

– Mas você me odiava. Por isso quis se vingar. - Bell me olhou seriamente.

– Eu quis te odiar Edward, eu tentei, mas não consegui e talvez por isso sentia ainda mais raiva de mim mesma, pois depois de tudo o que tinha feito eu ainda te amava. - Soltei sua mão e tapei meu rosto passando as mãos pelos meus cabelos exasperadamente, Isabella estava sentada ao meu lado me observando. Depois de tudo que fiz ela continuou me amando? Não podia acreditar naquilo. Será que ainda amava? Seria possível?

– Tudo podia ser tão diferente Bell. Se eu não tivesse invadido seu quarto, nós poderíamos estar juntos, quem sabe até meus pais estariam vivos. Merda! - Praguejei. - Eu estraguei tudo, fui tão cego e imbecil. Eu devia ter morrido. - Esbravejei dizendo a mais pura verdade, Isabella arregalou os olhos e subiu no meu colo segurando meu rosto entre as mãos.

– Nunca mais diga isso Edward. Nunca! - Acariciei seu rosto.

– Eu só fiz mal a você, só te machuquei. - Ela negou. - É a verdade Isabella, nada do que eu passei apaga o que eu fiz.

– É passado, acabou.

– Como você pode ser tão boa comigo? - Bell abaixou a cabeça, suas mãos nos meus ombros então ela me encarou, seus olhos vermelhos, algumas lágrimas já escorrendo pelo seu belo rosto.

– Por que eu nunca deixei de te amar Edward. - Declarou. Eu ouvi direito? Bell me amava? Apesar de todo o mal que fiz a ela? - Edward? - Isabella me chamou, a olhei, ela me fitava com receio.

– Me ama? - Consegui perguntar depois de algum tempo. - Mesmo depois de tudo?

– Eu te Amo. - Declarou mais uma vez. Eu me sentia feliz e confuso ao mesmo tempo, claro que sempre quis ouvir que ela me amava, mas agora eu não conseguia entender como ela podia me amar. - Não vai dizer nada?

– Eu não entendo. - Bell me encarou confusa.

– O que você não entende?

– Porque você me ama. - Ela abriu um sorriso tímido.

– Eu me apaixonei perdidamente pelo rapaz lindo, convencido e gostoso. - O que? Era por isso que ela me amava? Isso não era amor, era sexo. Isabella não me amava, o que ela sentia por mim era só paixão. Perceber isso fez meu corpo inteiro parar. Então era James que ela amava? Como ela podia achar que eu tinha confundido os sentimentos quando ela fez isso. Isabella segurou meu queixo, com certa reticência a olhei. - Mas eu amo mesmo o rapaz meigo e bobo que invadia meu quarto sem permissão e deitava a cabeça no meu colo pedindo cafuné. - Meu coração batia acelerado. Abri um sorriso enorme vendo sinceridade em seu olhar.

– Eu agi tão mal e mesmo assim você ainda consegue me amar. Você é formidável Isabella e merecia alguém assim ao seu lado, alguém como James. - Por mais que doesse essa era a mais pura verdade, Isabella era boa demais para o canalha que eu fui. Ela me olhou com carinho.

– Acabou Edward, o que importa é quem você é agora e o que faremos daqui em diante. - Ela tinha razão, eu não era mais o mesmo e nem podia sequer cogitar a ideia de ver ela sofrendo de novo.

– O que faremos? - Perguntei interessado no que ela teria em mente.

– Eu não sei se estou pronta para uma relação agora. - Confessou. - Mas eu quero você. - Sorri igual um idiota, mesmo morrendo de vontade de tomar seus lábios nos meus me segurei, ela ainda precisava de tempo, apesar de esclarecermos todo o nosso passado e eu ter certeza do seu amor, sua confiança ainda precisava ser reconquistada.

– Eu também quero você. Não me importo de esperar desde que esteja ao meu lado. - Isabella encostou sua testa na minha.

– Não poderia estar em outro lugar. - Disse e deitou com cuidado sobre o meu corpo enquanto minhas mãos acariciavam suas costas. Tanto tempo perdido, se tivéssemos ao menos conversado naquela época, lamentei, a verdade é que aquele Edward não merecia a mulher que Isabella era, só agora podia ver isso, mas eu faria de tudo para merecer e tinha certeza que já estava no caminho certo para isso. Afinal o que seria algum tempo para quem esperou por anos?

Notas finais do capítulo Eles precisavam ter essa conversa sincera para poder começar um relacionamento de verdade e como sabem a Bella ainda não confia no Edward, o que ainda vai atrapalhar um pouco a vida desse casal, o Edward mesmo vai ficar chateado com ela por isso. No próximo teremos uma passagem de tempo e então rufem os tambores... o momento que todos esperam =D

A partir de agora teremos capítulos bem mais leves e completamente Beward ( amo escrever as cenas desses dois *-*). Só uma curiosidade, vocês preferem que a historia acabe assim que eles ficarem juntos ou preferem que tenhamos mais momentos dos dois até o fim?

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 31) Capítulo 30 - Finalmente

Notas do capítulo *CAPÍTULO SURPRESA* OMG! Nem acredito que recebi mais uma recomendação. Muito obrigada Felina. AMEI*-*

Dedico este capítulo a você e a todas essas leitoras lindas e maravilhosas que tenho!!! Nem tenho palavras para agradecer o carinho de vocês :')

Ahhh! Adorei saber que querem mais momentos do Edward e da Bella, confesso que essa era minha ideia, mas achei que ia ser legal perguntar para ver se vocês gostariam disso também, que bom que sim =D

O capítulo de hoje começa meio engraçadinho, inspirado pelos meus dias de resfriado (espero que consigam entender o que a Bella fala... rsrs) e pelo fato de não ter nenhum Edward ao meu lado decidi incorporar isso na historia... Não ficou tão ruim, eu acho... kkkkkkkkkkk... Uma das características que mais amo no Edward é o cuidado que ele tem pela Bella, tão fofo *--*, na segunda parte finalmente o tão aguardado beijo e suas consequências, ainda estou aprendendo a escrever lemons, mas acho que deu para ficar razoável... rsrsrs... aviso está quente ^^

Espero que gostem ;) Bella POV

Seis meses se passaram desde que Edward havia saído do hospital e que nós, ou melhor, eu, havia pedido um tempo, ele concordou que devíamos ir devagar, principalmente por que sabia que eu precisava disso para poder voltar a confiar nele e então ficarmos juntos. Edward assim que se recuperou voltou ao apartamento que dividia com Seth, ainda que não morássemos no mesmo lugar sempre estávamos próximos e nossa relação estava ainda melhor que naquelas três semanas que ficamos sozinhos enquanto James viajava, não era difícil entender o por que disso, afinal agora tínhamos esclarecido tudo, só faltava realmente eu tomar uma atitude, mas meu medo ainda existia. Eu sabia que era ridículo, já que Edward mostrava de todas as formas como havia amadurecido e que não era mais aquele jovem prepotente, mesquinho e egoísta, porém eu permanecia reticente a me entregar completamente a ele. Meu temor aumentava quando eu pensava que ele não esperaria para sempre e que uma hora se cansaria e iria atrás de alguém que não tivesse medo de se entregar a ele completamente. Bufei chateada, se isso não bastasse estava me sentindo péssima, pois havia tomado uma baita chuva no dia anterior quando voltava do escritório e agora nem conseguia levantar para ir trabalhar, como ainda eram seis horas iria esperar para ligar e avisar que não ia hoje, sentei na cama com certa dificuldade, coloquei a mão na testa e percebi que estava quente, sem contar que meu nariz estava congestionado e minha cabeça me matando. Também tinha que ligar para Edward e dizer que não poderia correr com ele hoje, porém antes que pegasse o telefone a campainha tocou, só podia ser ele, com muito sacrifício sai da cama me enrolando nas cobertas e indo em direção da porta a abrindo.

– Oi. - Falei fracamente, Edward me olhou assustado.

– O que houve?

– Dada. - Merda de nariz. Praguejei mentalmente, Edward sorriu.

– Dada?

– Nada. - Tentei falar de novo mais lentamente.

– Isso não me parece nada. - Ele ergueu a mão e tocou meu rosto. - Bell você esta queimando. - Disse sobressaltado.

– É, eu tobei uba chuba ontem. - Edward riu pelo modo que falei, mas seus olhos continuaram preocupados. - Ia digar paga dizer que dão ia hoje.

– Espero que não vá trabalhar também. - Assenti.

– Bou digar dá depois. - Expliquei, sem cerimônia ele entrou no apartamento. - Eguard é belhor bocê ir, dão quero que fique doente também. - Edward me olhava divertido.

– Eguard? - Questionou com um meio sorriso no rosto.

– Beu dariz tá ruim ok. - Falei cruzando os braços e me apertando mais no cobertor. - Bou deitar. Fecha a porta quando for. - Cheguei no quarto e desmontei na cama quando ouvi a porta bater, com certeza ele já tinha ido. Devia ligar na farmácia e pedir um antitérmico, mas não sentia vontade nenhuma de levantar. Senti a cama afundar e levantei meu rosto que estava enfiado no travesseiro. - O que tá fazendo aqui? - Perguntei assim que o vi na minha frente.

– Achou mesmo que ia deixar você sozinha? - Não podia negar que o fato dele ficar tinha me deixado feliz, mesmo assim não queria dar trabalho para ele.

– Eguard... - Antes que dissesse mais alguma coisa ele me cortou.

– Shii. Não fala nada, pois não vou sair daqui. - Garantiu tocando o meu rosto com carinho. Tem um termômetro?

– No bagueiro. - Edward se levantou e logo já estava de volta com o termômetro em mãos.

– Levanta o braço. - Pediu delicadamente, levantei e ele posicionou o termômetro na minha axila, abaixei o braço e ficamos ali em silêncio enquanto ele acariciava meu rosto e me fitava ansioso. Exagerado, não é pra tanto. Mas era óbvio que ele iria se preocupar, Edward se afligia com qualquer bobagem que acontecesse comigo, era tão cuidadoso. Maldito medo que me impedia de ficar com ele! Assim que o termômetro apitou Edward o pegou. - 39°. - Falou com o semblante preocupado.

– Até que dão esta alta. - Ele me lançou um olhar fulminante.

– Como que 39° não é alto. - Revirei meus olhos. Exagerado. – Vou chamar um médico. Anunciou, antes que se levantasse segurei sua mão.

– Dão precisa.

– Bell...

– Eguard é só ficar em repouso e tobar um antitérbico.

– Acho melhor chamar um médico. - Tentou argumentar.

– Confia em bim. - Pedi, ele suspirou.

– Ok, mas se a febre não abaixar vou ligar para o médico. - Alertou, assenti concordando. Acho melhor tomar um banho então, minha mãe fazia isso quando eu era criança e ajudava abaixar a temperatura. - Na hora me lembrei de Esme, ela realmente fazia isso quando tínhamos febre, mesmo assim neguei, estava frio demais para sair da minha cama

– Dão. - Respondi birrenta.

– Bell vai ser bom para você. - Disse incentivando e levantando a coberta.

– Tá fio. - Resmunguei batendo os dentes.

– Por isso mesmo não pode ficar tão coberta. Consegue tomar banho sozinha ou quer que te acompanhe? - Vi que ele falava sério e não estava brincando.

– Dem pensar. - Edward relaxou um pouco e riu.

– Você fica uma gracinha falando assim sabia? - Mostrei a língua para ele. - Vem Bell. - Pediu estendendo sua mão na minha direção, bufei, mas acabei segurando ela, Edward me ajudou a ficar de pé. - Esta bem mesmo? - Perguntou preocupado. - Tem certeza que não quer ajuda?

– Tô bem, dão precisa tobar banho cobigo. - Brinquei, Edward sorriu.

– Ok, deixo passar dessa vez. - Acabei sorrindo pelo modo que falou. Teríamos outra vez então? Fui até o banheiro com ele no meu encalço.

– Pode ir. - Avisei, seus olhos pareciam tão aflitos, me aproximei e toquei seu rosto. - Vou ficar bem. - Afirmei, ele colocou sua mão sobre a minha.

– Posso deixar a porta destrancada? - Talvez fosse melhor, vai que eu precisasse dele. Hum. Edward e eu no chuveiro, isso não era uma má ideia, Para de pensar nisso Isabella! Minha

mente alertou. - Isabella? - Edward me chamou e acabei corando por causa dos meus pensamentos nada inocentes, felizmente já estava vermelha por causa da febre e ele nem ia perceber meu rubor.

– Ok, pode deixar destrancada. - Concordei, ele se aproximou e beijou minha testa com carinho. Amava quando fazia isso.

– Qualquer coisa é só gritar. - Sorri e então ele saiu do banheiro, entrei no box e quase congelei quando liguei o chuveiro, fiquei ali um bom tempo e acabei acostumando com a temperatura da água, era exatamente isso que eu precisava. - Bell tudo bem? - Ouvi Edward perguntar do lado de fora.

– Tô sim, já bou sair. - Me enrolei em uma toalha me enxugando rapidamente, coloquei minha calcinha e sutiã e vesti meu roupão, assim que abri a porta vi Edward sentado na cama com o semblante apreensivo, quando me viu sorriu aliviado.

– Como esta se sentindo?

– Belhor.

– Aqui. - Me estendeu um xícara e um comprimido.

– O que é?

– Leite quente e um antitérmico, acabaram de entregar da farmácia. - Nossa! Demorei mais do que tinha pensado no banho. Peguei a pílula e tomei indo para cama, Edward me cobriu só com o lençol.

– Ainda tô com fio. - Reclamei com um bico, ele sorriu.

– Eu sei, mas não é bom ficar coberta. - Advertiu.

– Onde viu isso? - Perguntei intrigada.

– Na internet. - Disse mostrando seu telefone. Sorri balançando a cabeça. - Caso sua febre não abaixe faremos uma compressa, é bom tomar água também e se alimentar com algo leve. Caramba! Ele pesquisou mesmo. - Esta com fome? - Neguei. - Ah! Já liguei para seu trabalho e avisei que não ia.

– Como achou o telefone?

– Estava na sua agenda. Fiz mal?

– Claro que dão. - Ele se sentou na minha frente e passou a mão pelo meu rosto.

– Esta mais fresca. Não quer mesmo que chame o médico? - Ele não desistia.

– Dão precisa, já be sinto bem. - Edward pareceu mais calmo.

– Sabe como pode melhorar mais ainda? - Franzi meu cenho.

– Cobo?

– Li na internet que uma transferência de calor pode ajudar a abaixar a febre.

– Transfeguencia de calor? - Perguntei confusa. Nunca tinha ouvido falar nisso em caso de febre, só em caso de hipotermia.

– É, nos abraçamos sem roupa e... - Antes que ele terminasse joguei um travesseiro nele.

– Seu sapado. Dão respeita dem uba doente. - Acusei. Ele riu.

– Bell é o que a internet disse. - Tentou se explicar, sabia que ele estava inventando.

– Eu dão bou fazer tudo o que a interdet diz. - Edward continuou rindo e se deitou ao meu lado na cama.

– Pode ser de roupa então. - Abriu os braços me chamando, não resisti ao convite e me deitei sobre o seu peito. - Mas ainda acho que sem roupa seria melhor. - Dei um tapa no seu peito, ele gargalhou. - Você gosta mesmo de me bater hein. - Sorri me lembrando que sempre que Edward dizia alguma idiotice eu lhe dava um tapa.

– Bocê berece.

– Eu bereço? - Perguntou fazendo graça com o jeito que estava falando.

– Paga Eguard! - Droga de nariz inútil. Nem mandar o Edward parar eu podia.

– Pagar o que? - Questionou sem parar de rir, não aguentei e acabei rindo também me apertando mais em seu corpo, felizmente ele parecia mais tranquilo e menos tenso e preocupado.

– Obigada. - Agradeci o olhando, Edward beijou minha testa, fechei os olhos sorrindo, ele cuidava tão bem de mim.

– Não existe lugar que eu preferia estar a não ser aqui Bell. - Respondeu serenamente, foi então que meu medo se pronunciou. Quanto tempo ele aguentaria essa minha relutância em ficarmos juntos?– Eu sempre estarei com você. Sempre. - Disse como se tivesse respondendo minha pergunta não feita, o olhei com carinho.

– Eu te abo. - Ele sorriu largamente e beijou meu nariz. Era normal dizermos isso um para o outro mesmo que não estivéssemos necessariamente juntos, esse era o relacionamento mais

estranho que já vi, não éramos namorados, nem amigos com beneficio, éramos simplesmente Bella e Edward.

– Eu também te abo. - Declarou com aquele sorriso lindo no rosto. Coloquei minha cabeça no vão do seu pescoço e finalmente adormeci acomodada no calor do seu corpo. Sabendo com certeza que ele estaria ali quando eu acordasse.

Edward POV

Bell já estava se sentindo bem melhor, mesmo assim não a deixei em paz até que estivesse recuperada, insisti que ela deveria ao médico, mas Isabella era teimosa demais. Quatro dias depois estávamos em seu apartamento cozinhando, ou melhor, ela cozinhava enquanto eu cortava os legumes, sábado era nosso dia e sempre fazíamos algo diferente. Eu sentia que as coisas entre nós estavam evoluindo, mesmo assim eu nunca sabia o que se passava pela cabeça de Isabella e o que ela poderia estar pensando.

– Hum acho que podia cortar mais fino. - Bell chamou minha atenção apontando para os tomates.

– Hei estão cortados a perfeição. - Respondi sorrindo, ela riu.

– Acho que cozinha não é a sua Edward. - Falou brincando, mas me incomodei com aquilo. Eu nunca seria como James. Será que era por isso que ela não se entregava a mim? Seria possível que ela ainda sentisse algo por ele? – Que foi? - Me perguntou percebendo meu silêncio já que eu raramente ficava quieto. A olhei seriamente.

– Você sente falta dele? - Bell me encarou confusa. - James. - Esclareci.

– Eu tenho um carinho muito grande por ele, mas não, eu não sinto falta dele. - Explicou, pelos seus olhos percebi que falava a verdade, eu sabia como James havia sido importante para Isabella e mesmo que isso me incomodasse eu não podia reclamar. - Por que esta perguntando isso?

– Eu acho que nunca serei tão bom quanto ele. - Confessei meu medo. Bell se aproximou.

– Edward James não é perfeito, ninguém é, vocês são muito diferentes, só isso.

– É disso que eu tenho medo Bell, nada do que você gostava nele eu tenho, eu não sou romântico, não sei cozinhar, não sou... - Ela colocou a mão sobre meus lábios.

– Você é o Edward e eu amo quem você é. - Declarou sem tirar seus olhos dos meus. - Amo como você fica neurótico quando qualquer coisa acontece comigo, amo o modo doce como cuida de mim, amo quando sorri, amo até quando fica convencido, amo tudo o que eu sinto quando estou ao seu lado. Eu te amo Edward, só você. - Não pude ficar quieto ouvindo uma declaração de amor tão linda, tomei seus lábios nos meus de modo selvagem, quando nossas bocas se tocaram eu quase perdi minha razão, seu cheiro, seu gosto, era tão bom, muito melhor do que eu podia me lembrar, nossas línguas travavam um batalha deliciosa, mas infelizmente ficamos sem ar e nos separamos, a encarei e vi a burrada que havia feito. Eu tinha que ir com calma e não atacar ela. Merda!

– Bell desculpa. - Pedi ofegante. - Eu sinto muito. - Felizmente ela não parecia chateada, na verdade estava linda, seu rosto sereno, os lábios ainda mais convidativos.

– Se alguém aqui deve desculpas, sou eu, que demorei demais para tomar uma atitude. - Falou e me beijou novamente, não sabia o que pensar. - Eu quero você Edward. - Gemeu na minha boca, sai do transe, mas antes que a pegasse no colo, ela se afastou sorrindo indo desligar o fogão, então veio em minha direção e me beijou calmamente. - Acho que temos algumas contas a acertar senhor Cullen. - Disse maliciosamente colocando seus braços nos meus ombros, sorri a pegando no colo e colando nossos lábios com volúpia, fui praticamente correndo para meu antigo quarto a colocando sobre a cama ao mesmo tempo que tirava minha roupa com pressa, ela ria enquanto tirava sua própria roupa, a olhei e não pude acreditar que a estava vendo daquele modo de novo. - Vai ficar só olhando? - Isabella perguntou com um sorriso sacana, balancei a cabeça e avancei sobre ela.

– Com certeza não gostosa. - Passei minhas mãos pelo seu corpo pensando em como iria me controlar para poder dar a Bell a primeira vez que ela merecia. Tentei afrouxar um pouco meu aperto sobre ela e diminui a potência dos meus beijos.

– Edward. - Chamou puxando meu cabelo e me fazendo a encarar. - Faça amor comigo depois agora eu preciso que me foda. - Soltei um gemido rouco ouvindo ela pedir o que eu mais queria.

– Safada. - Murmurei no seu ouvido apertando sua coxa com vontade, ela gemeu em aprovação.

– Sua safada. Agora me fode gostoso Edward. - Pediu gemendo. Porra! Essa mulher ia ser meu fim. Beijei seus seios com desejo, sua pele me enlouquecendo.

– Tão deliciosa. - Sussurrei enquanto minha língua trabalhava em seu mamilo e a outra apertava e puxava seu outro seio, Isabella gemia e se contorcia na cama, dei um forte chupão que com certeza deixaria marca, ela soltou um grito alto, sorri contra sua pele, descendo meus beijos, lambendo todo o caminho, logo cheguei entre suas pernas. - Esta pronta para mim? Perguntei passando a língua pela parte interna de sua perna, Isabella gemeu, dei um tapa na sua bunda. - Fala Isabella! - Exigi, ela se remexeu.

– Estou muito pronta para você. Me come Edward. - Com um pedido assim como eu poderia recusar, coloquei meu nariz em sua intimidade e seu aroma me fez louco, puxei seu corpo e praticamente a engoli, Isabella rebolava ensandecida enquanto eu provava a mais deliciosa iguaria, ela agarrou fortemente meus cabelos enquanto minhas mãos seguravam firmemente suas pernas, logo senti que ela iria atingir o ápice, eu mesmo não estando dentro dela já não estava me aguentando, Isabella era gostosa demais, seu corpo tencionou e ela sobressaltou na cama gritando alto meu nome, a cena mais alucinante do mundo, lambi meus lábios e fui subindo, beijando todo o caminho até sua boca, ela passou a mão pela minha nuca e devorou minha boca. E eu achando que ela iria querer um descanso depois do orgasmo, ledo engano, aliás um ótimo engano. Esfreguei meu membro rígido entre suas pernas. - Vem Edward. Gemeu rebolando, não esperei mais nada e a penetrei em um só golpe, ambos gememos alto.

– Tão apertada Isabella. Delícia. - Dizia entrando e saindo dela, ela enlaçou suas pernas em volta da minha cintura enquanto eu atacava sua boca e seu pescoço, minhas mãos passeando por todo o seu corpo. - Isso! Me aperta safada. - Continuava a me movimentar cada vez mais rápido, entrando e saindo, sentindo seu corpo me recebendo e apertando com força meu membro.

– Edward eu vou... Ah! - E de novo ela tremeu sob mim, era um visão vê-la tão entregue, mas eu ainda precisava gozar e tive uma ideia extremamente apetitosa, assim que sai dela ela reclamou. - Não... - Resmungou me puxando.

– Eu quero fazer algo safada. Quero você de quatro. Agora! - Nem precisei esperar e ela se virou.

– Assim? - Perguntou rebolando e fazendo graça, lhe dei um tapa e ela gemeu.

– Adora me provocar não é? - Dei outro tapa e ela se remexeu, não demorei muito e a penetrei novamente.

– Ah! Isso Edward, forte. Ah! Isso! - Eu mesmo não conseguia dizer nada a não ser gemer loucamente, sua intimidade me apertando, me afundei mais duas vezes naquele corpo delicioso e gritei junto com ela quando atingimos o ápice, Isabella tinha uma facilidade incrível para gozar, não aguentei e desmontei sobre seu corpo me deitando em seguida ao seu lado, estávamos os dois suados e ofegantes, quando já estávamos mais calmos Isabella virou o rosto na minha direção com um sorriso lindo, foi se aproximando e beijou meu ombro, fechei os olhos sentindo seus lábios macios percorrendo minha clavícula, subindo pelo meu pescoço, chegando na minha boca e me beijando docemente. - Você é uma loucura Cullen. - Sorri com os olhos ainda fechados. Nem podia acreditar que estava aqui com ela. Com minha Bell.

– Eu sei. - Respondi com um sorriso enorme no rosto.

– Convencido. - Acusou, mas ao invés de me dar um tapa como era seu costume, Isabella chupou meu lábio me fazendo gemer alto. - Será que eu consigo ser uma loucura também? Perguntou sedutoramente descendo os beijos pelo meu corpo, abri os olhos e encarei os seus cheios de luxúria, ela continuou descendo sem parar de me olhar, passou a mão em meu membro que na hora ganhou vida e cresceu na sua mão, ela abriu um sorriso sacana e lambeu toda a extensão dele sem deixar meus olhos. Isso era quente demais. Fez mais uma vez antes de pegar ele em sua mão e coloca-lo todo em sua boca.

– Porra! - Gritei alto ao mesmo tempo que Isabella subia e descia sua boca me deixando louco, peguei minha mão e segurei seus cabelos aumentando ainda mais a velocidade em que ela o engolia e chupava, antes que eu pudesse gozar, ela parou, se ergueu sobre mim segurando meu membro rígido na mão e a penetrou, suas mãos foram para o meu peito e as minhas para

suas coxas a ajudando a cavalgar em mim. - Isso safada monta em mim. Hum! Você é uma visão Isabella. - Gemi vendo seu corpo sobre o meu, ela passava as unhas no meu corpo me deixando louco.

– Ah! Edward! Tão bom. Ah! - Dizia me arranhando e indo cada vez mais rápido.

– Vem comigo gostosa. - Já sentia meu membro pulsando dentro dela. - Vem! Goza Isabella! Exigi e ela veio com força me levando junto com ela em um orgasmo delicioso. Isabella simplesmente desmontou em meu peito. Nossas respirações rápidas, passei minhas mãos pelas suas costas, ela levantou a cabeça depois de um tempo e me encarou com um sorriso preguiçoso.

– E ai? Sou uma loucura também? - Gargalhei alto.

– Acho que você vai ser a razão por eu ficar louco isso sim. - Falei retirando uma mexa de cabelo que estava grudada em seu rosto por causa do suor. Ela estava linda.

– Só se for louco por mim. - Murmurou me beijando.

– Isso eu já sou. Completamente e absolutamente louco por você. - Ela se remexeu em cima de mim e foi o bastante para o meu membro dar sinal de vida. Bell arqueou a sobrancelha e me encarou.

– De novo? - Sorri maliciosamente, a segurei pela cintura e nos virei na cama em um só movimento, fazendo com que ela ficasse por baixo.

– Eu tenho que mostrar a minha mulher o quanto eu a amo. Esqueceu? - Ela sorriu lindamente e me beijou com doçura, eu me movia lentamente dentro dela, eu queria venerá-la, adorá-la, beijei seu rosto e seu pescoço com carinho enquanto ela me fitava com amor e passava suas mãos pelos meus cabelos, isso era tão bom, a beijei e me mexi mais um pouco, calmamente, aproveitando cada toque, cada beijo, eu a amei e ela me amou, nós podíamos pegar fogo em um momento e no outro podíamos simplesmente ir com calma, eu adorava isso com ela, aliás eu adorava tudo ao seu lado. Qualquer coisa com Isabella se tornava algo único, eu investi mais uma vez contra ela e pela terceira vez atingimos o ápice juntos, Bell acariciou meu rosto

com a ponta dos dedos e um sorriso lindo não saia de seus lábios que estavam ainda mais vermelhos. - Eu te amo Isabella. - Sussurrei entre nossos lábios.

– Eu te amo Edward. - A beijei mais uma vez e sai de cima dela me deitando ao seu lado a abraçando por trás como sempre fazia, ela passou seus braços sobre os meus. - Isso é tão bom. - Murmurou preguiçosamente, beijei seu pescoço.

– Eu e você. - Bell virou seu rosto e me beijou delicadamente.

– Nós. - Respondeu, sorri a beijando com mais ardor. Nós. Isso soava perfeitamente. A apertei em meus braços enquanto escurecia e caiamos em um sono profundo com um sorriso ridículo nos lábios. Como dois apaixonados que éramos e tinha certeza sempre seriamos.

Notas finais do capítulo E ai? O que acharam? Como havia dito a partir de agora os capítulos serão bem mais leves e como foi o desejo de todas e da autora também, veremos como essa relação vai evoluir, pois não é por que eles finalmente ficaram juntos que os problemas acabaram, a Bella ainda precisa enfrentar sua insegurança em relação ao Edward e isso ficara claro no próximo. Também teremos um casamento a vista. Calma não é do Edward e da Bell, ainda... rsrsrs

Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas deste capítulo e do próximo na página do face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 32) Capítulo 31 - Confiança

Notas do capítulo Nada como um dia frio para escrever *-* Esse capítulo tem um pouco de tudo, um chilique da Bella, um pedido do Edward que ela confie nele e um papo intimo que irá revelar mais do que a Bella podia imaginar.

Espero que gostem ;) Bella POV

Os raios de sol passavam pela fina cortina fazendo com que eu despertasse, não me lembrava de me sentir tão feliz como neste momento, com um sorriso enorme no rosto me espreguicei abrindo os olhos lentamente, quando me virei percebi que estava sozinha na cama, apoiei os braços e levantei meu tronco, o quarto e o banheiro estavam silenciosos fazendo com que meu sorriso morresse um pouco e meu coração batesse mais rápido.

– Edward? - Chamei, mas ninguém respondeu. Engoli em seco. Ele deve estar na cozinha. Pensei. Levantei colocando as minhas roupas que estavam jogadas pelo chão e sai do quarto, esperava ouvir algum barulho, mas não escutei nada. - Edward? - Chamei mais uma vez e nada. Cheguei na sala e estava vazia, assim como a cozinha. Aposto que ele estava escondido e queria me pregar uma peça. Só podia ser isso. Ele não tinha me deixado. Edward não faria isso. Expulsei essas idéias e me pus a procurar por ele. - Não adianta se esconder viu? Tenho certeza que vou te achar. - Dizia enquanto vasculhava cada canto do meu apartamento, o pânico aumentava cada vez que eu olhava em algum lugar e não o via. - Edward já deu! - Exclamei nervosa. - Aparece agora ou você vai se ver comigo. - Ameacei sem paciência, mas nada aconteceu. Eu só conseguia ver uma explicação para isso. Edward tinha ido embora. Será que tudo o que ele queria era me levar para a cama? Comecei a chorar desesperadamente. - Não! De novo não! - Dizia desnorteada, sentei no sofá e abracei meus joelhos, a dor invadindo o meu peito sem permissão, soluçava tentando entender porque ele faria isso de novo. Ele só queria brincar comigo? Mostrar que podia me fazer de boba mais uma vez? Isso não fazia sentido e tudo o que passamos? Um barulho de chave na porta me congelou.

– Hei você acordou! Queria tanto fazer uma surpresa. - Edward? O alivio tomou meu corpo, mas permaneci sentada, senti ele se aproximando pelas minhas costas. - Dormiu bem amor? Perguntou se agachando na minha frente o lindo sorriso no seu rosto morreu quando me viu. -

O que houve? - Perguntou alarmado, não consegui falar nada só pulei no seu pescoço e o abracei. Burra. Idiota. Me xingava mentalmente. Edward afagou minhas costas com carinho, se levantou e sentou no sofá comigo no colo e ficou ali, esperando que me acalmasse, enfiei minha cabeça em seu peito e outro choro veio ainda mais forte, alivio por ele estar ali, mas principalmente arrependimento por pensar que Edward seria capaz de me fazer sofrer de novo. Passou um tempo e finalmente me acalmei, levantei a cabeça e ele me fitava com agonia, passou sua mão pelo meu rosto enxugando minhas lágrimas. - Esta melhor? - Assenti. Aconteceu alguma coisa? - Fechei os olhos, eu podia inventar algo, mas não queria mentir para ele, que tipo de relação teríamos se já começasse mentindo.

– Eu achei que você... - Comecei dizendo, mas só de pensar na hipótese dele ir embora voltei a chorar, olhei para Edward e percebi que ele havia entendido, continuou a acariciar minhas costas com carinho e virou o rosto na direção da janela fitando o horizonte em um olhar vago.

– Acho que nunca vai confiar em mim não é? - Meu peito se apertou ao ouvir sua voz soar tão baixa.

– Desculpa. - Respondi com a voz embargada. Edward me encarou e seu olhar estava destruído, ele balançou a cabeça negativamente.

– Não tem porque pedir desculpa Isabella. - Respondeu com frieza. Droga! Não podia acreditar que estava estragando tudo. - Eu só estou colhendo o que plantei. - Murmurou chateado. Segurei seu rosto.

– Isso não é verdade Edward, você se tornou um homem incrível, não tem mais nada daquele irresponsável que foi um dia.

– Do que vale isso se a mulher que eu amo não consegue confiar em mim? - Disparou aborrecido. - Eu entendo que seja difícil para você e sei que fui um monstro, mas não tem como termos uma relação se você continuar achando que vou engana-la ou ir embora. Preciso de um voto de confiança Isabella. - Pediu me olhando seriamente, Edward tinha toda razão.

– Eu sei. É que o medo que você me deixe de novo é maior que o meu bom senso e razão. Confessei sem evitar de chorar. Só a ideia dele ir embora me deixava sem ar, Edward me abraçou apertado.

– Eu nunca vou deixar você. Nunca. - Garantiu beijando minha testa. - Eu te amo. Você é toda minha vida agora. - Sorri contra o seu corpo, me afastei e acariciei seu rosto com carinho.

– Você é minha vida também. - Declarei, Edward sorriu fracamente, não pensei em mais nada e o beijei, ele estava relutante no inicio, mas logo se deixou levar, me dando um daqueles beijos que me deixavam sem chão, ar e sentidos. Nos separamos ofegantes e encostei minha testa na sua.

– Eu quero sua confiança, mas preciso de uma ajuda também. - Falou calmamente, suspirei aliviada ao perceber que o clima parecia mais leve.

– Eu sei. - Murmurei. - Eu meio que perdi a cabeça quando não te achei. - Edward afastou meu cabelo e o colocou atrás da minha orelha.

– Queria fazer uma surpresa. - Explicou. - Como sou uma negação na cozinha desci para comprar nosso café da manhã. Devia ter deixado um bilhete ou esperado você acordar. Desculpa.

– Você não tem culpa nenhuma Edward, eu que fui precipitada. - O olhei sem graça. - Ainda esta chateado comigo? - Ele abriu um sorriso tímido e pude perceber que não, mas logo ficou sério.

– Não era com você que estava chateado Bell. Eu sou o responsável por isso, se eu não tivesse... - Tapei sua boca antes que continuasse.

– Já conversamos sobre tudo isso. Fui eu que errei agora, preciso confiar mais em você. Edward voltou a sorrir. - Não quero ficar sem você.

– Eu também não, quero você para sempre. - Respondeu me beijando, sorri, o abraçando apertado. Olhei para o balcão da cozinha e vi lotado de sacolas.

– O que você comprou? - Perguntei manhosa mudando de assunto, seu sorriso aumentou e ele beijou meu nariz.

– Esta com fome?

– Morrendo. Sabe eu me exercitei muito ontem a noite. - Comentei com um sorriso malicioso.

– Hum. Sei muito bem que tipo de exercícios você fez. - Provocou, levantei rindo, Edward me abraçou por trás e beijou meu pescoço, me virei e o encarei. - Eu tenho certeza que vamos dar certo. Sabe por que? - Perguntou segurando meu rosto.

– Por que nos amamos. - Respondi com um sorriso, ele sorriu também.

– E por que pertencemos um ao outro. - Completou me dando um beijo delicado. Essa era a mais pura verdade, Edward e eu éramos cada um a metade de um todo. Fomos até o balcão da cozinha de mãos dadas, sentei no banco enquanto Edward arrumava tudo, já que ele havia me proibido de fazer qualquer coisa. Observava Edward arrumando a mesa com as coisas que havia comprado, ele ficava tão lindo assim, aliás ele era lindo de qualquer maneira, se eu não tivesse tido um chilique poderia ter recebido um belo café da manhã na cama, mas não, preferi pensar no pior, eu precisava parar de achar que Edward ia me deixar ou aprontar alguma coisa comigo, mas era difícil, essa desconfiança estava enraizada em mim, só esperava que com o tempo melhorasse, pois não estava disposta a perder ele por causa dessa insegurança idiota. Viver sem Edward agora seria o mesmo que vegetar, podia estar sendo exagerada, mas era assim que me sentia, presa a ele de uma forma permanente e irrevogável, ele me fazia esquecer o mundo e também o bom senso, enrubesci lembrando que havíamos esquecido a camisinha na noite anterior. Edward me deixava mesmo a flor da pele.

– O que esta pensando? - Ele me olhava atento e curioso.

– Ahn! Nada. - Desconversei. - A mesa esta linda. - Elogiei descendo do banco e indo até ela, entretanto ele me segurou antes que chegasse até lá.

– Bell sabe que pode me dizer qualquer coisa. - Incentivou, olhei para as minhas mãos e voltei a corar, me desvencilhei de seus braços e fui até a mesa me sentando, Edward me acompanhou, podia sentir seus olhos presos em mim.

– Er... Estava pensando que não usamos camisinha. - Falei finalmente. Edward não parecia preocupado.

– Não esta tomando pílula? - Perguntou tranquilamente.

– Tomo sim, mas isso não previne doenças.

– Bom eu não tenho nenhuma, sempre me protegi.– Seria ridículo se sentisse feliz com isso?– Eu deveria me preocupar? - Edward questionou me olhando.

– Não. - Respondi diretamente.

– Então você e James... - Deixou a frase no ar, ele não parecia muito confortável, por isso foi sucinta.

– Sempre usamos camisinha. - Completei rapidamente, Edward pareceu surpreso ao saber disso.

– Não que eu não tenha gostado, mas por que já que tinham um relacionamento estável? Olhei confusa para ele. Da onde estava vindo esse interesse repentino na minha relação com James?

– Isso não tem nada a ver, mesmo em uma relação estável é indicado usar contraceptivos. Expliquei diretamente.

– Eu sei, mas nós não usamos.

– E não foi certo. - Acusei, acho que só transamos com camisinha nas três primeiras vezes, depois isso foi esquecido por mim, eu até me lembrava de usar, mas na hora eu simplesmente

deixava de lado, eu gostava da sensação de poder sentir Edward completamente dentro de mim.

– Realmente não foi, mas isso não muda o fato de usar camisinha com seu ex-namorado. Franzi meu cenho. Onde ele queria chegar com essa história?

– Edward não estou entendendo onde você quer chegar.

– Quero saber porque não se importa de não usar camisinha comigo e porque sempre usou com seu ex-namorado. Só isso.

– Eu não sei. - Dei de ombros. - Nunca parei para pensar nisso.

– Ele nunca pediu para pararem de usar? - Na hora me lembrei de uma conversa que tivemos em que James queria parar de usar o contraceptivo e até havia feito exames para mostrar que não tinha qualquer doença, mas eu não quis.

– Pediu. - Edward me encarou atento.

– E você não aceitou? - Neguei. - Por que? - Suspirei e decidi contar o porque para Edward.

– Eu não queria correr o risco.

– Risco de que? - Questionou confuso.

– Eu sei que a pílula é eficaz, mas pode falhar, eu não queria implantar um DIU e por isso exigia o uso da camisinha, era uma garantia a mais.

– Você não queria engravidar. - Concluiu.

– Não. - Admiti finalmente.

– Mas comigo?

– Eu não racionalizo direito quando estou com você Edward. - Ele sorriu.

– Eu também não, mas prefiro pensar que isso é uma forma de você dizer que confia em mim e que gostaria que eu fosse o pai dos seus filhos. - Como é? O olhei e Edward tinha um sorriso presunçoso no rosto.

– Você se acha mesmo hein?

– É a verdade Bell, mesmo que seja inconscientemente é isso que você quer. – Será que isso fazia sentido?– Não vamos pensar nisso ok? O que importa é que eu estou limpo e você também. Podemos continuar sem camisinha ou você prefere que usemos?

– Sem. - Declarei na mesma hora corando vergonhosamente, pelo jeito Edward tinha toda razão. Ele sorriu e me puxou para o seu colo.

– Acho que te conheço mais do que você mesma. - Cerrei meus olhos na sua direção.

– Melhor calar a boca e comer. - Edward riu, beijou meu ombro e me serviu com algumas guloseimas que havia comprado, não podia acreditar que havia conversado com ele sobre um assunto tão intimo. Pior que o que ele havia dito fazia sentido, eu não tinha problema nenhum em transar com ele sem camisinha, mas com James isso sempre pareceu impossível, ficou tão comum no nosso namoro que ele mesmo nunca esquecia. Isso era uma prova de confiança? Afinal eu não teria um filho com alguém em quem não confiasse. Melhor parar de pensar nessas coisas e deixar o tempo se encarregar disso, estaríamos juntos e era isso que importava.

– Vai sair com as meninas mais tarde? - Edward me perguntou.

– Sim, Rose estava histérica ontem no telefone, disse que precisava falar comigo e a Alice urgentemente.

– Emmett também esta estranho. Pediu que eu e Jasper almoçássemos com ele, pois precisava da nossa ajuda.

– O que será que esta acontecendo com eles?

– Sei lá, mas parece sério.

– Espero que o Emm não tenha aprontado algo muito terrível, caso contrário nem eu nem Alice seremos capazes de arrumar o estrago.

– Eu não ponho minha mão no fogo por aquele grandalhão. - Edward disse rindo.

– Garanto que nem a Rose. - Completei. Edward beijou meu pescoço, me fazendo esquecer qualquer outra coisa.

– Que horas vai sair?

– Hum. - Senti ele sorrindo contra a mim pele.

– Que horas vai sair com as garotas? - Perguntou novamente.

– Às 13:00.

– Isso nos dá quatro horas. - Olhei para ele sorrindo e acariciei seu rosto.

– E o que tem em mente para essas quatro horas? - Questionei maliciosamente.

– Quer que eu te diga ou te mostre? - Murmurou com sua boca próxima do meu ouvido.

– Quero que me mostre. - Edward se levantou da cadeira comigo no colo.

– Tudo o que desejar minha vida. - Disse carinhoso me beijando e nos levando para o quarto, talvez as coisas entre nós não fossem fáceis ou simples, mas nada disso importava, pois eu amava Edward e estava disposta a enfrentar tudo, inclusive meus medos para ficarmos juntos.

Notas finais do capítulo No próximo teremos um papo das garotas sobre seus homens e dos rapazes sobre sobre suas mulheres, além disso o Emmett vai precisar de ajuda para fazer um pedido muito especial para Rose o que vai fazer com que o Edward entre na onda e compre um presente muito especial para Bella *-*

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Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 33) Capítulo 32 - Romântico?

Notas do capítulo AH!!! Nem acredito que recebi mais uma recomendação! AMEI *-* Angel. Muito Obrigada pelo carinho e por suas palavras!

Dedico este capítulo a você e todas as minhas leitoras que tanto me apóiam. Vocês são demais!!!!

Que tal um capítulo caprichado para animar esse frio feriado?

Espero que gostem ;) Bella POV

Tinha acabado de chegar com as meninas no restaurante, Rose ao invés de contar logo qual era o problema engatou em uma conversa sobre sapatos e roupas com Alice, eu simplesmente ignorei e voltei minha mente para algo mais interessante, ou melhor, alguém. Era só pensar em Edward que sentia meu corpo flutuar, nossa manhã conturbada, mas mesmo assim gostosa colocou um sorriso bobo em meus lábios, pois eu sabia que por mais problemas que viéssemos a ter enfrentaríamos juntos e era isso que me importava. Me lembrei das loucuras que dizia e fazia com ele enquanto estávamos na cama, Edward era o único capaz de despertar esse meu lado que até então estava adormecido, eu me tornava uma tarada quando estava com ele, seu aroma, seu toque, seus beijos. Ahn! Tudo tão bom!

– Aposto que esta pensando em sacanagem. - Ouvi a voz de Alice soar me fazendo esquecer mesmo que fosse por pouco tempo meus desejos.

– Estou pensando no Edward, então sim, estou pensando em sacanagem. - Respondi sorridente.

– Vocês finalmente ficaram? - Assenti sorrindo. - Aleluia! - Alice exclamou.

– Ah! Conta tudo Bella. - Rose pediu.

– Foi incrível, maravilhoso, perfeito, foi tudo. - Disse animada.

– Já estava na hora de vocês se acertarem. - Alice falou sorrindo.

– O pior é que eu quase estraguei tudo. - Lamentei.

– Por que? O que aconteceu? - Rose perguntou seriamente. Suspirei e contei para elas sobre meu pequeno ataque pela manhã. Alice balançou a cabeça negativamente.

– Bella o que mais o Edward tem que fazer para você ver que ele não é mais o mesmo? - Ainda era difícil acostumar com Alice defendendo o Edward mesmo que eles tivessem se tornado grandes amigos nesses seis meses. Ela até havia pedido desculpas a ele pelo modo como o havia tratado, Edward simplesmente disse que tinha feito por merecer o que recebia dela. Agora Edward até defendia Alice das brincadeiras de Emmett, ele a tratava como uma irmã mais nova, até mesmo se implicavam como irmãos. Quem diria?

– Eu sei, mas eu simplesmente pirei quando vi que estava sozinha e acabei pensando no pior.

– É compreensível depois de tudo o que passou. - Rose me consolou.

– Só que acabou. - Disse convicta. - Eu quero ficar com o Edward e preciso confiar nele. - Sorri me lembrando do nosso papo sobre contraceptivos. - Talvez eu até confie, só precise demostrar isso. - Respondi segura.

– Vocês precisam de tempo, estão começando a ficar juntos agora, a confiança virá com o tempo. - Alice garantiu sorrindo.

– É o que eu acho também, nos amamos e não vamos desistir do que sentimos um pelo o outro, tenho certeza que com o tempo tudo vai se encaixar, afinal eu não tenho o que reclamar dele, Edward tem sido incrível, em todos os aspectos.

– Vocês tem que passar por um dia de cada vez, não adianta apressar as coisas. Esta claro que foram feitos um para o outro. - Rose disse com um sorriso.

– É verdade Bella, vocês se completam. - Alice concordou.

– Eu sei, é tudo tão certo quando estamos juntos, eu esqueço tudo ao meu redor, é tão bom. Falei sorrindo igual uma boba.

– Dá para ver. Você esta brilhando. - Alice disse bebendo seu drink.

– É o amor. - Respondi com um sorriso enorme, olhei para Rose e ela parecia triste, decidi tocar no assunto que havia nos trazido aqui em primeiro lugar. - Mas não foi para falar de mim que viemos aqui não é Rose? - Ela deu um suspiro.

– Eu queria ficar conversando e não pensar nisso, mas é inevitável. - Respondeu chateada.

– O que aconteceu? - Alice perguntou preocupada.

– Emmett, ele anda todo estranho, eu pergunto o que esta havendo e ele desconversa, diz que é o trabalho, mas acho que ele tem outra.

– Eu não acredito nisso Rose, Emmett é louco por você. - Disse certa, isso não fazia sentido.

– Eu também não acredito. - Alice concordou comigo.

– Você viu alguma coisa? - Perguntei, Emmett não seria nem louco de trair Rosalie, ele não poderia fazer uma besteira tão grande.

– Não, mas que outra explicação pode existir?

– Talvez ele esteja preparando alguma surpresa. - Rosalie me lançou um olhar séptico. Realmente surpresas não eram muito a cara de Emm, mesmo assim pelo o que ela havia dito não parecia que ele havia feito algo errado, Emmett era só distraído demais.

– O que esta pensando em fazer? - Alice perguntou.

– Não sei, mas se eu descobrir que ele esta me traindo, eu corto fora o brinquedo dele. - Rose disse com uma cara assassina, se eu fosse Emm teria muito medo.

– Edward disse que Emmett combinou um almoço com ele e o Jasper.

– Como é? Jazz não me disse nada. - Alice comentou aborrecida.

– Talvez Emmett tenha pedido segredo e o Edward não deu prestou atenção. - Expliquei, Alice não pareceu muito satisfeita. - Aposto que vão falar sobre o que esta acontecendo. - Disse mudando o assunto.

– Só pode ser. - Rose concordou. - Meninas vocês tem que me ajudar, tentar descobrir alguma coisa.

– Claro que sim Rose. - Alice garantiu. - Coloco o Jazz na parede, principalmente por me esconder esse almoço. - Pobre Jasper ia sofrer quando chegasse em casa.

– Falarei com Edward também.

– Obrigada. - Rose agradeceu segurando nossas mãos.

– E amigas servem para o que senão dar uma bela lição nesses homens. - Alice respondeu sorrindo.

– É isso mesmo. - Concordei, Rose riu um pouco mais animada. Meu celular tocou me distraindo, quando vi quem ligava meu sorriso cresceu.

– Hum é o amor ligando? - Alice provocou.

– Com licença que preciso de privacidade. - Respondi fazendo graça, levantei me afastando da mesa e atendendo a ligação. - Oi. - Atendi docemente.

– Oi anjo. - Foi só ouvir sua voz para meu corpo inteiro tremer. - Como esta o almoço?

– Tranquilo. E o seu? O Emm já abriu a boca? - Perguntei interessada, Edward riu.

– Ainda não. - Ele suspirou. - Eu seria muito frouxo se dissesse que já estou com saudades? Meu sorriso cresceu mais ainda se fosse possível, resolvi brincar com ele.

– Tem como não sentir? Você ganhou na loteria rapaz. - Edward gargalhou alto.

– Esta ficando muito convencida Bell.

– Aprendi com o melhor. - Ele continuou rindo. - E só para saber também estou com saudades.

– Mesmo?

– Sim.

– Então acho que vai gostar da minha proposta.

– Hum e qual seria?

– Estava pensando em passar em casa, pegar algumas roupas e ir para seu apartamento passar a noite. O que acha?

– Proposta aprovada senhor Cullen.

– Ótimo, não vejo a hora de matar toda a falta que esta me fazendo Isabella.

– Ah é? E o que esta planejando fazer comigo? - Perguntei sedutoramente.

– Acho que o horário e o local que estou não me permitem dizer. - Respondeu com a voz rouca. - Decidi provocar ele.

– Bom, eu quero beijar sua boca, seu pescoço, seu peito, sua barriga e seu...

– Isabella! - Gargalhei com seu tom. - Quer me deixar louco safada? Estou em um local público. - Advertiu em um sussurro, ri.

– A culpa é sua. - Acusei.

– Minha?

– É, você que desperta esse meu lado devasso. - Sussurrei manhosa.

– Eu te transformo em uma tarada e você me transforma em um bobo apaixonado. - Sorri mordendo meu lábios, Edward me deixava sem palavras e ainda mais louca por ele.

– Eu te amo. - Respondi sorrindo, tinha certeza que ele também sorria.

– Eu também te amo. Você não faz ideia de como me faz feliz Isabella. - Declarou, suspirei. Ouvi vozes no fundo. - Já vou Emmett. - Edward resmungou. - Para! Devolve meu telefone seu idiota.

– Bella o que fez com o Edward? Você esta afrouxando meu amigo mulher. - Emmett disse me dando uma bronca. Ri.

– Ah como se a Rose não fizesse o mesmo com você. - Provoquei.

– Aí é jogo baixo Bella. - Reclamou e continuei rindo, ouvi a voz do Edward no fundo. - Vou passar para o chato do seu amor. - Emmett disse brincando, Edward resmungou algo para Emm antes de pegar o telefone.

– Tenho que ir Bell. - Edward se despediu.

– Ok, te vejo mais tarde. - Então me lembrei que Jasper estava encrencado. - Edward avisa o Jasper que Alice sabe que ele foi almoçar com vocês e esta uma fera.

– Ela não sabia?

– Não.

– Pobre Jasper. Vai sofrer nas mãos da baixinha.

– Vou precisar pegar o telefone de novo? - Ouvi Emmett gritar.

– Você é um mala. - Edward respondeu para ele. - Até a noite Bell. Te amo. Te amo.

– Também. Muitos beijos.

– Para você também. - Disse e desligou, fiquei sorrindo para o telefone, voltei para a mesa e as meninas conversavam animadamente.

– Parecem mais animadas. - Comentei sorrindo.

– E não somos só nós hein. - Alice pontuou me olhando com um sorriso nos lábios.

– Edward é... ai sem palavras. - Respondi suspirando.

– Você não se importa com o fato dele ser tão diferente do James? - Rose perguntou, olhei confusa para ela.

– Não. Por que?

– É que o Edward não parece o tipo romântico e você sempre gostou disso.

– Ele não é do tipo que manda flores ou faz surpresas, mas ele é tão carinhoso e doce comigo, sei que o James também era assim, mas com o Edward sei lá, é diferente, melhor. Eu não sinto falta de mais nada quando estou com ele. - Rose sorriu.

– O amor te pegou de jeito mesmo. - Alice disse.

– É. - Falei bobamente, o que apenas um dia não era capaz de fazer? Achei melhor voltar ao assunto anterior antes que eu saísse correndo dali e fosse atrás de Edward. - Por que estavam tão animadas quando voltei?

– Alice teve uma ideia.

– Que ideia? - Encarei Alice.

– Rose vai seduzir o Emmett. - Franzi meu cenho.

– Você já não tentou isso? - Rose negou.

– Estava tão chateada com a distância dele que o máximo que tentei foi conversar com ele, estava com medo que ele me ignorasse se tentasse alguma coisa. - Respondeu sem graça.

– Duvido que o Emm resistiria a você. - Garanti.

– Acha mesmo? - Incrível como a insegurança aparece até em quem achamos impossível.

– Claro que sim. Então qual o plano? - Perguntei curiosa.

– Vamos em uma loja de lingerie e escolher algo para acabar com Emmett. - Alice explicou maliciosa. Hum, não era uma má ideia mesmo. Talvez pudesse ver algo para mim também.

– Aposto que esta pensando em pegar algo também? - Rose disse rindo, corei ao ser pega no flagra, mas acabei rindo.

– Já que estaremos lá, não custa ver alguma coisa para mim também. - Respondi.

– Edward transformou você em uma tarada. - Alice falou e rimos, com isso eu não poderia discutir, pagamos a conta e seguimos para a loja, esperava sinceramente que Emmett não estivesse traindo a Rose e que ela conseguisse esclarecer tudo isso essa noite.

Edward POV

Bell saiu antes de mim pegando uma carona com Alice. Logo em seguida Jasper e Emmett passaram para me pegar, todo o caminho até o restaurante fomos conversando banalidades, Emm disse que só contaria o que estava acontecendo quando chegássemos no restaurante. Haja paciência. Assim que sentamos em nossa mesa decidi ligar para Isabella, era incrível mas já sentia uma falta enorme dela, nosso papo foi rápido já que Emmett fez questão de nos interromper, o que não foi de todo mal, já que Isabella estava saidinha demais no telefone quase me fazendo ficar duro em pleno restaurante, não podia negar que gostava desse seu jeito, ainda mais sabendo que só eu despertava isso nela. Terminei a ligação e fui bufando para a mesa.

– Você é um inconveniente Emmett. - O afrontei.

– Namore com sua mulher depois. - Bufei, já havia contado a eles que finalmente estávamos juntos e tudo o que eles disseram é que já tinha passado da hora.

– Ah! Jasper a Bell disse para você se preparar. - Ele me olhou assustado.

– Por que?

– Alice sabe que você esta aqui conosco e não gostou nada.

– Merda! Tô ferrado. Como ela soube?

– Acho que Bell comentou que ia sair com vocês.

– Por que contou para ela seu imbecil? - Emmett me xingou. - Agora Rose vai pensar que estou aprontando alguma coisa. - Revirei meus olhos.

– Então pare de ficar enrolando e diga logo o que esta acontecendo ou também vou achar que esta aprontando. - Disse sem paciência.

– É verdade Emmett, já encheu esse mistério todo. - Jasper exaltou.

– Vocês tem que prometer que não vão dizer nada a suas mulheres. - Emmett nos olhou sério, principalmente para mim.

– Alice nem sabia que ia almoçar com vocês, então sem problemas.

– Edward? - Eu não podia trair meus amigos, mas também não queria mentir para Bell, resolvi enrolar.

– Você esta traindo a Rose? - Perguntei na lata, ele arregalou os olhos.

– Claro que não, que ideia absurda, de onde tirou isso?

– Sei lá, Bell disse que a Rose queria falar com ela e Alice e parecia chateada. O que você fez? Emmett me olhou alarmado.

– Não fiz nada, juro. Rose esta chateada comigo? - Perguntou realmente surpreso, Emmett era absorto demais para não perceber algo assim.

– Você não percebeu? - Jasper questionou.

– Não. Ela me perguntou se estava tudo bem comigo e eu disse que sim só enrolei dizendo que estava com alguns problemas no trabalho. O que estão sabendo?

– Já disse o que sei.

– Eu sei o mesmo que o Edward, que elas saíram para almoçar por que a Rose estava mal e eu quero uma boa explicação do por que minha irmã esta assim. - Exigiu Jasper.

– Merda! - Emmett praguejou. - Achei que estava disfarçando bem.

– Disfarçando o que? - Ele nos olhou.

– Vou pedir Rosalie em casamento.

– Cara, isso é ótimo. - O congratulei.

– Estava mais do que na hora de se acertar com minha irmã. - Jasper disse rindo. - Mas por que todo o drama e segredo?

– Eu não faço ideia de como fazer o pedido. - Confessou. - Liguei para o James para pedir algumas ideias, mas sei lá, não sei se Rose ia gostar. - Franzi meu cenho.

– James? - Perguntei sério. - O ex da Bell?

– Ele é bom nessas coisas românticas. A Rose sempre fica falando de como ele pediu a Bella em casamento. - Como é? Que merda de papo é essa?

– Emmett! - Jasper chamou a atenção dele olhando para mim e parece que a ficha dele caiu.

– Putz cara foi mal. - Se desculpou.

– Tudo bem Emm, ele é seu amigo. - Por mais que eu quisesse que James jamais tivesse existido, ele era real e tinha laços com os amigos de Isabella e agora meus também.

– Eu sei, mas não devia ter falado nele, sei que apesar de terem conversado não é como se tivessem se tornado grandes amigos.

– Acho que isso seria impossível. - Respondi simplesmente, pelo pouco que conhecia de James ele era um cara gente boa, mas daí a ter uma amizade com o homem que namorou a minha mulher já era demais. Entretanto algo que Emm disse me deixou curioso. - Como ele pediu Isabella em casamento?

– Você não sabe?

– Não Emmett, por incrível que pareça eu não fico conversando com Isabella sobre as coisas maravilhosas que ex-namorado dela fazia. - Jasper deu uma risada pelo modo sarcástico que respondi. Ontem havíamos falado sobre seu namoro com James, mas aquilo tinha sido uma exceção, além disso foi ótimo saber que mesmo inconscientemente Bell confiava em mim.

– Pois devia, é conhecendo o ex que se sabe o que não se deve fazer. - Revirei meus olhos pela sua bronca.

– Emmett quer dizer logo como foi o tal pedido. - Disse já sem me aguentar de curiosidade.

– Ok, ele fez um piquenique debaixo de uma árvore em um jardim na Toscana, jogou pétalas de rosas por toda parte e colocou o anel dentro de uma rosa, quando ela chegou ao local, se ajoelhou e lhe presenteou com a flor, segundo Rose a aliança tinha o formato de uma rosa também. - Eu me lembrava bem do anel, era rico em detalhes e realmente muito bonito, mas não tinha nada a ver com minha Bell. - James é bom nessas surpresas românticas. - Torci meus lábios.

– Eu acho um monte de baboseira.

– Mas a Isabella sempre gostou Edward. - Jasper disse e eu sabia que ele tinha razão. - Tem que pensar nisso. - Eu sempre soube que Bell era romântica, mas eu era uma negação nisso e ela sabia e mesmo isso não a impediu de querer ficar comigo.

– Eu sei, mas ela me ama do jeito que eu sou Jasper e sabe que eu não faço esse tipo. - Quem sabe com o tempo eu não podia aprender?

– Não vai nessa não Edward, logo ela vai ficar comparando as coisas que os namorados das amigas fazem e desejar que você faça o mesmo.

– Acho que não corro esse risco. - Jasper me olhou.

– Por que não?

– Oras por que vocês são os namorados das amigas dela e são menos românticos do que eu. Eles se olharam e riram da minha lógica que por sinal fazia todo sentido. - Mas e o que aconteceu afinal? Que ideia o grande Dom Juan deu para você? - Perguntei finalmente.

– Várias, pedir em um balão, escrever o nome dela no céu, fazer uma serenata, esse tipo de coisa.

– E gostou de alguma? - Jasper perguntou.

– Gostei, mas como disse não sei se Rose vai gostar. - Explicou.

– Faz o piquenique, ela não tinha gostado? - Opinei, Emmett me olhou seriamente.

– Edward, eu não sou nem louco de fazer um pedido igual. Ela vai achar que não é importante e única, essas coisas de mulher. - Ele tinha razão.

– Sabe o que realmente impressiona uma mulher Emmett? - Ele me olhou atento.

– O que?

– Quando através de pequenas ações você mostra o quanto a conhece. Do que Rose gosta? Ele pensou por um momento.

– Números. - Respondeu sorrindo. - Ela é apaixonada por isso, sei que pode parecer loucura, mas é disso que ela mais gosta. Rose coloca seus óculos de leitura, os pés sobre a minha perna e enquanto eu faço massagem neles e vejo uma corrida na TV, ela esta lá, fazendo aqueles desafios com números. - Emmett parou e me encarou. - Cara você me deu uma ideia perfeita. Disse empolgado.

– Qual? - Perguntei confuso.

– Vou criar um enigma com números e letras e dizer que não estou conseguindo resolver e passar para ela fazer, a frase formada no final será o pedido: QUER CASAR COMIGO? O que acham? - Perguntou entusiasmado.

– Eu achei bem original. - Jasper elogiou.

– Eu também, acha que ela vai gostar?

– Tenho certeza, ela fica eufórica cada vez que termina um desses desafios, imagina quando ela ler o pedido.

– Então fechou. - Disse animado contagiado pela alegria de Emmett.

– Ainda não, precisamos comprar a aliança. - Desmontei na cadeira, queria ir logo para casa, pegar minhas coisas e encontrar Bell.

– Sabe o que seria interessante? - Jasper questionou.

– O que? - Eu e Emmett perguntamos.

– Se achasse um anel com o símbolo do infinito, quer dizer, mais matemático que isso impossível, sei que é clichê, mas...

– É perfeito Jazz. Cara, com amigos como vocês não preciso de mais nada. Vamos terminar logo esse almoço que me empolguei para comprar esse anel e fazer esse pedido. - Demos risada da animação de Emmett, durante todo o almoço fomos pensando no desafio que ele faria para Rose, ele juntou todas as ideias em um guardanapo e quando chegasse em casa passaria tudo para o computador, o pedido seria feito ainda esta noite. Terminamos o almoço e seguimos para uma joalheria, assim que fomos atendidos Emmett e Jasper começaram uma discussão sobre se o símbolo do infinito devia estar na cara ou ser discreto no anel, os dois pareciam loucos, preferi nem participar da discussão e comecei a passear pela loja, olhando nas vitrines logo algo capturou meu interesse.

– Posso ajuda-lo senhor? - Uma atendente perguntou.

– Sim, eu gostaria de ver aquele anel. - Apontei para a delicada joia, a moça o pegou e me entregou.

– É um design retro, muito fino. - Era absolutamente lindo, sorri imaginando o anel no dedo da minha Isabella, ficaria perfeito. - Todas essas pedras são diamantes legítimos. - Assenti.

– Quanto custa? - Perguntei interessado sabendo que não devia ser barato.

– São três mil dólares. - Respirei fundo e o encarei, não tinha a aparência de ser uma joia cara, o que era bom já que tinha certeza que Isabella odiaria saber que custou tudo isso. Eu estava ganhando bem melhor agora que tinha sido promovido a supervisor de projetos e já tinha até uma poupança com uma boa quantia, mas três mil em um anel? Suspirei e o olhei mais uma vez, não tinha como não comprar, ele gritava o nome da minha Bell.

– Vou levar. Eu gostaria de ver uma aliança para mim também, por favor.

– Vou buscar nossas opções. - Assenti e esperei.

– O que esta fazendo? - Olhei para o lado e vi Jasper.

– Comprando um anel para Bell.

– Vai entrar na onda do Emmett? - Perguntou sorrindo, neguei.

– Ainda é cedo para casarmos, mas não para deixar claro que pertencemos um ao outro. O que melhor para isso que uma aliança? - Respondi com um sorriso enorme.

– Verdade. - Jasper concordou.

– E o Emm, já escolheu?

– Sim, esta acertando o pagamento. Pegou o maior anel que tinha, Rose gosta de brilho. Explicou, a moça que estava me atendendo logo voltou com as opções de alianças masculinas, escolhi uma em ouro branco um pouco mais grossa que o anel que havia comprado para Bell, agora só faltava fazer o pedido e claro, ela aceitar.

Bella POV

Cheguei no meu apartamento morta de cansaço, coloquei as sacolas no sofá e me sentei na poltrona, tudo o que eu queria agora era um bom banho de preferência com Edward, mas como ele ainda não tinha chego iria tomar sozinha, quem sabe vestir uma das lingeries que comprei e fazer uma surpresa para ele. Levantei empolgada com meus planos, mas quando estava indo em direção do quarto, ouvi alguém tocando a campainha, sorri, com certeza era Edward, fui até a porta correndo e a abri. Ele estava lindo, usando uma camisa da cor dos seus olhos e segurando uma mochila nas costas, sem cerimônia o abracei e o beijei. Tinha morrido de saudades durante todo o dia.

– Amei a recepção. - Edward disse entrando em meu apartamento me segurando pela cintura e fechando a porta com o pé. - Senti sua falta anjo.

– Eu também. - Falei o beijando novamente, ele em um rompante me pegou no colo.

– Edward! - Dei um grito. - Pra que isso?

– Que tal um banho senhorita Cullen? - Perguntou malicioso, era tudo o que eu queria, passei meus braços pelo seu pescoço e o beijei.

– Acho perfeito. - Murmurei entre nossos lábios. - Melhor trancar a porta antes. - Falei antes de seguirmos para o quarto, me estiquei e a tranquei, em seguida Edward voltou a me beijar e foi até o banheiro sem separar nossas bocas, quando me colocou sobre a bancada da pia que ficava no banheiro de seu quarto começou a me despir, nem sabia o que ele havia feito com sua mochila.

– É tão linda Isabella. - Dizia enquanto tirava minha regata e minha calça, sem deixar de beijar meu rosto e corpo.

– Sou? - Perguntei com os olhos fechados, só aproveitando suas palavras e lábios.

– É, minha linda Isabella. - Sussurrou e beijou minha boca com calma, sua língua a provando e invadindo com carinho, delicadeza. Minhas mãos foram diretamente para a barra da sua camisa a tirando, ele se afastou um pouco e tirou sua calça, sorri ao ver que ele já estava pronto, Edward voltou ao mesmo lugar que estava e me pegou no colo, seu membro já roçando em mim e me deixando louca, entramos no box, ligou o chuveiro e quando me prensou na parede toda aquela calma foi embora. Isso era muito melhor do que eu tinha imaginado. Minhas mãos foram para seus cabelos os puxando, Edward gemeu e mordeu meu pescoço ao mesmo tempo que me penetrava. Soltei um grito alto ao sentir ele dentro de mim, me tomando por completo.

– Ah! Edward! Isso... Gostoso... - Edward estocava cada vez mais rápido.

– Esta gostoso? - Perguntou gemendo.

– Muito. - Edward abriu um sorriso sacana e diminuiu a velocidade.

– E assim é bom também? - Murmurou no meu ouvido, rápido ou lento, eu me perdia de qualquer forma com ele.

– É... Tudo com você é delicioso... - Ouvi ele rindo e voltando a me penetrar com velocidade e força.

– Safada. - Nem pude responder pois senti o calor subindo por todo o meu corpo.

– Eu vou Edward... Ah! - Gemi passando minhas unhas pelas suas costas.

– Vem Isabella! Goza para mim. - Ele mandava e meu corpo obedecia.

– Edward! - Gritei alto seu nome atingindo o ápice enquanto apertava seu corpo no meu, Edward não aguentou e gozou sem parar de se movimentar dentro de mim fazendo com que ambos sentíssemos um prazer indescritível. Demorou alguns segundos até que eu saísse do meu estado pôs felicidade plena, Edward ainda me segurava em seus braços quando abri meu olhos.

– Olá. - Cumprimentou com um sorriso, sorri abertamente para ele.

– Acho que agora precisamos ainda mais daquele banho. - Edward riu e me colocou de pé no chão.

– Vou cuidar de você. - Falou carinhoso pegando a esponja e passando pelo meu corpo, observava seus gestos com um sorriso no rosto, passamos todo nosso banho assim, um cuidando do outro, matando toda a saudade que apenas algumas horas tinham feito, ele me pegou no colo novamente e me levou para a cama onde nos amamos mais uma, duas vezes, eu não cansava, o queria toda hora, era tão bom ficar com ele, fazendo sexo, amor ou só assim como estávamos agora, ele com o queixo apoiado em meu peito enquanto eu acariciava seus cabelos, conversávamos apenas com o olhar, então me lembrei de Rose. Será que Emmett havia dito algo para os rapazes?

– O Emm falou o que queria com vocês?

– Falou sim. - Respondeu simplesmente.

– E?

– Promete que não vai dizer nada a Rose?

– Depende do que for.

– É uma surpresa. - Sorri, sabia que Emm não seria capaz de trair ela.

– Se for boa pode ter certeza que não digo nada. - Garanti.

– Ele vai pedir ela em casamento. - Arregalei meus olhos.

– Sério? Isso é incrível! Estou tão feliz por ela. - Disse animada. - E a Rose achando que ele estava traindo ela.

– O Emm é um idiota, nem percebeu que a namorada viu que algo estava estranho.

– E como ele vai pedir? - Perguntei curiosa, com certeza ele sabia.

– Se eu contar qual vai ser a graça quando ela te falar. - Argumentou. Até que ele tinha razão, mas não ia desistir.

– Por favor? - Pedi fazendo um bico, ele me beijou.

– Não.

– Você é muito mau. - Reclamei.

– Anjo, eu já te contei o principal.

– Mas você sabe o resto e não quer me dizer. - Respondi cruzando os braços.

– Deixa a Rose te contar.

– Mas até lá eu vou morrer de curiosidade. - Edward riu pela minha birra.

– Vou te dar duas opções, ou eu te conto sobre o pedido do Emmett ou te mostro uma surpresa. - Sem pensar muito respondi.

– A surpresa. - Pedi entusiasmada.

– Sabia. - Edward disse rindo, se levantou e foi até sua mochila que estava sobre uma cadeira que ficava no canto do quarto, pegou algo e voltou a deitar sobre mim, ele me olhou e sorriu. O que seria?– Sei que nosso terreno ainda esta frágil e que antes precisaremos de tempo e cuidado para construímos nele um forte alicerce, mas tudo o que eu mais desejo é construir uma vida ao seu lado e eu quero que esse seja o símbolo desse começo. - Finalizou colocando uma caixinha de veludo azul sobre o meu peito que estava coberto pelo lençol, olhei para Edward com os olhos marejados devido a linda declaração e então fitei o anel, era a joia mais linda que já havia visto na minha vida. - Você aceita ser oficialmente minha namorada Isabella? - Sorri largamente, assentindo.

– Sim. Sim.Sim. - Respondi o beijando, Edward se sentou a minha frente enquanto eu fazia o mesmo.

– Sua mão. - Pediu e a estendi, ele tirou o anel da caixa e deslizou no meu dedo, coube perfeitamente. - Gostou? - Perguntou me olhando ansiosamente.

– Muito, é linda, tão delicada. - Disse tocando o anel.

– Assim como você. - Esse homem ia me enlouquecer. Sorri e puxei seu rosto para mais beijo.

– Eu te amo tanto. - Declarei sem conseguir evitar de chorar, Edward limpou minhas lágrimas.

– Eu também te amo Bell. Demais. - Disse me beijando novamente, quando nos separamos o observei.

– Cadê a sua? Afinal não quero nenhuma lambisgóia achando que o senhor anda solto por aí. Edward riu levantando uma aliança de ouro branco simples.

– Coloca para mim? - Assenti sorrindo, a peguei e deslizei pelo seu dedo, assim que coloquei o encarei.

– Você é meu agora. - Disse possessivamente. Eu ainda me sentia estranha com as coisas que Edward despertava em mim, nunca fui uma pessoa ciumenta ou possessiva, mas com ele a história era bem diferente.

– Completamente seu, meu anjo, minha vida. - Sorri ouvindo ele me chamar de anjo e vida, amava quando me chamava assim, Edward voltou a beijar meu rosto e meus lábios me deitando novamente na cama, com certeza nossa noite só estava começando e desde que eu ficasse com Edward, pouco me importava que horas iria acabar, tudo o que eu queria era aproveitar o meu lindo, maravilhoso e gostoso namorado.

Anel de compromisso da Bell

Notas finais do capítulo O que acharam do pedido do Edward? Ele não se acha muito romântico, mas o que pode ser mais romântico do que o modo como ele trata a Bell? Sinceramente para mim esse é o melhor tipo de romantismo :)

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 34) Capítulo 33 - Bônus: Casais

Notas do capítulo Eu nem tinha imaginado em fazer esse bônus, mas depois do fim do capítulo anterior achei que ia ser interessante ver como seria o pedido de casamento do Emm e como o Jasper ia dobrar a baixinha :)

Espero que gostem ;) Alice POV

Irritada era pouco para o que estava sentindo agora. Jasper ia me explicar direitinho que história era essa dele me esconder que ia sair com Emmett e Edward, ele sabia que eu estava possessa com Emmett já que havia reclamado com ele sobre como Rose estava chateada e para baixo por culpa do seu amigo idiota, o imbecil nem para se importar e isso por que era sua irmã. Ah! Mas ele ia ver só comigo. Entrei no nosso apartamento e estava tudo silencioso, fui até nosso quarto e encontrei o ser esparramado na cama lendo um livro.

– Oi amor. - Me cumprimentou tranquilamente.

– Amor a pu... - Respirei fundo. - Só não te xingo como merece por que gosto e muito da sua mãe.

– Alice não é para tanto. - Se defendeu.

– Ah é sim. Como você sai para almoçar com os rapazes e nem me avisa? Quando a Bella disse que vocês iam sair com o Emmett eu fiquei passada. Por que não me contou? - Jasper segurou minhas mãos e me fez sentar na cama.

– Por que o Emmett pediu que não disséssemos nada. - Explicou.

– Então por que o Edward contou para Bella? - Perguntei séria, Jasper sorriu.

– Porque ele sabe que a Bella não ia querer ir junto só para colocar o Emmett na parede. - Ele tinha razão, eu era bem capaz de fazer isso, Bella era bem mais racional do que eu.

– Mesmo assim não gostei e nada de não me dizer. - Reclamei um pouco mais calma.

– Desculpa amor, mas é que o Emmett estava bem nervoso e não ia ajudar nada vocês discutirem, por isso achei melhor resolver isso com ele sem que você soubesse. Entendeu? Suspirei.

– E o que ele queria afinal? Ele não esta traindo a Rose, está? - Inquiri impaciente.

– Você acha que se ele estivesse traindo a minha irmã eu ia deixar barato?

– Você ia brigar com Emmett? - Perguntei assombrada, Jazz nunca matou nem uma barata.

– Bom, brigar não, conversar. - Ri, esse era o meu Jazz, sempre fazendo as coisas do modo mais calmo possível. Suspirei e fui para os seus braços, ele me abraçou e beijou minha cabeça.

– Então qual era o problema afinal? - Jasper pareceu pensar, ele era muito fiel em suas convicções. - Você disse a ele que não me diria?

– Ele pediu que não disséssemos nada. - Disse me olhando como se pedisse desculpas por não poder dizer.

– Tudo bem Jazz, mas não é nada ruim é? - Ele negou, com certeza se fosse ele me diria.

– Não, tenho certeza que vai amar. - Falou me apertando mais, sorri levantando a cabeça para olha-lo, Jasper era capaz de me tirar do sério e ao mesmo tempo o único capaz de me acalmar, por isso éramos tão perfeitos um para o outro, fogo e água de algum modo convivendo juntos.

– Eu te amo seu chato. - Ele sorriu.

– Eu também te amo minha nervosinha. - Ri e o beijei apaixonadamente me deitando sobre ele na cama.

– Vou te mostrar quem é nervosinha. - Respondi descendo meus beijos pelo seu pescoço enquanto ele gemia meu nome, afinal eu ainda tinha muitas questões para acertar com meu querido namorado.

Rosalie POV

Eu podia dizer que estava segura em minha decisão de seduzir meu próprio namorado, mas a verdade é que eu estava morrendo de medo de ser rejeitada, medo de comprovar que Emm não me desejava mais. Nunca tinha me sentido tão insegura em toda a minha vida, sempre tive quem eu quisesse aos meus pés, mas com o Emm tudo era diferente. Eu nem podia imaginar mais a minha vida sem ele e só de pensar na hipótese dele não me querer mais, meu estômago embrulhava. Caminhei até nosso apartamento lentamente e passei a chave pela fechadura, esperava que Emm ainda estivesse com os rapazes, talvez assim eu pudesse criar coragem e me preparar para encontra-lo, entretanto toda a minha esperança foi embora quando entrei e encontrei ele sentado no sofá concentrado em algo, assim que percebeu minha presença abriu um daqueles seus lindos sorrisos, fazendo com que toda a minha mente virasse um vazio e eu só pudesse retribuir.

– Baby! - Exclamou animado, já fazia alguns dias que ele não me chamava assim. - Se divertiu com as garotas? - Perguntou me olhando interessado.

– Sim, foi muito legal e você? A Bella disse que saiu com Jasper e Edward. - Comentei sem me aproximar demais, coloquei minhas sacolas sobre o sofá e me sentei tirando os sapatos em seguida. Não vai ser tão fácil assim Emmett. Pensei amargamente.

– É, precisava falar com eles.

– Hum. Sobre o que?

– Nada demais. - Respondeu simplesmente, era só isso que me dizia quando eu perguntava o que estava acontecendo com ele. Bufei exasperada. - Que foi amor?

– Nada Emmett. Vou tomar um banho. - Falei me levantando, mas antes de sair da sala ele me segurou pelo braço.

– Baby me desculpa se eu estive meio distante esses dias. Sinto muito mesmo. - Pediu e percebi que ele falava sério, algo que não era muito comum para Emm.

– Eu achei que fossemos um casal. - Sussurrei cabisbaixa.

– Nós somos, é que eu fiquei tenso com uma situação no trabalho e não queria descontar em você. - Sorri mais aliviada por ele estar conversando sobre isso, mesmo assim essa história estava muito estranha. que situação era essa? O abracei pela cintura lhe dando um selinho. Resolvi não questionar nada ainda.

– Da próxima vez conversa comigo, já estava achando que não me amava mais. - Murmurei baixo.

– Claro que não Rosalie! - Esbravejou. - Onde eu encontraria outra mulher linda, divertida, sexy e que ainda risse das minhas palhaçadas? - Questionou sorrindo segurando meu rosto entre suas mãos, acabei rindo. - Eu que sou um lerdo que nem percebeu que tinha te magoado com minhas atitudes. Desculpa esse grandalhão bobo? - Pediu com aqueles olhos de cachorro pidão.

– Desculpo sim, mas não faz mais isso. - O repreendi.

– Sim senhora. - Fez uma continência, continuei rindo. Emmett era um bobo, mas era meu.

– Toma banho comigo? - Perguntei sedutoramente brincando com sua camisa, Emmett tremeu sob meu corpo, mas se afastou. A insegurança que há pouco tinha ido embora voltou com mais força.

– Por mais tentadora que essa ideia pareça vou ter que passar. - Ele estava me rejeitando?

– Por que?

– Quero terminar isso antes. - Disse levantando um folha de papel com algumas letras e números. Emmett estava me trocando por uma folha de papel? Era isso mesmo?

– O que é isso?

– Um desafio de matemática, você gosta tanto que acabei ficando interessado, procurei na internet e achei esse aqui, só que é tão difícil. - Reclamou, o encarava abismada.

– Emmett você bebeu? Desde quando se interessa por essas coisas?

– Você parece tão entretida fazendo que achei que ia ser legal, só que estou mudando de ideia, isso não é para mim. - Disse torcendo os lábios. - O pior é que agora estou curioso para saber qual é a resposta. - Falou parecendo realmente chateado, olhei desconfiada para ele, isso era tão estranho.

– Bom e o que você acha de tomarmos um banho e depois eu ajudar você com isso? - Emmett sorriu maliciosamente e percebi que havia ganhado a discussão.

– Eu já disse que te amo hoje? - Murmurou nos meus lábios.

– Nem hoje e nem essa semana. - Respondi fazendo manha. Emmett me pegou pela cintura e enlacei minhas pernas na sua agarrando seu pescoço.

– Eu te amo baby. Amo muito. - Garantiu me olhando profundamente.

– Eu também te amo mozi. - Respondi o beijando enquanto ele nos levava para o banheiro, ainda não estava muito convencida sobre essa história de trabalho, mas assim que matasse as saudades que eu sentia dele, eu o colocaria contra a parede.

Depois de um banho delicioso, vesti uma roupa qualquer e me sentei no sofá colocando meus pés no colo de Emmett, logo ele começou a massagea-los, eu absolutamente amava ficar assim com ele, era um momento só nosso e como não queria estragar, decidi interrogar sobre o que andava acontecendo no seu trabalho depois.

– Cadê aquele desafio que você queria resolver? - Emmett pegou o papel em cima da mesinha da sala.

– Já vou avisando que é bem difícil. - Advertiu.

– Assim é mais gostoso. - Provoquei.

– É mais gostoso é? - Perguntou fazendo cócegas nos meus pés.

– Para Emm! - Pedia rindo, ele parou e plantou um beijo na minha perna. - Se continuar não vou conseguir resolver nada. - Avisei e na mesma hora ele parou.

– Ah não! Eu tenho que saber o que esse desafio diz. - Aquilo era tão esquisito, Emmett nunca se importou com essas coisas.

– Tá bom vai. - Me encostei no braço do sofá, apoiei a folha em um livro e comecei a resolver, nem estava tão difícil, Emm que não tinha paciência para essas coisas, fui resolvendo as questões e já colocando as letras em suas posições, nem parei para pensar o que a tal mensagem dizia, talvez Emm quisesse ler antes, não demorei e acabei. - Prontinho. - Anunciei sorridente.

– Já? - Perguntou arqueando as sobrancelhas.

– Já. Aqui. - Disse estendendo o papel para ele.

– Você não leu?

– Não, achei que ia querer ler antes. - Ele negou.

– Lê para mim. - Pediu, dei de ombros e olhei o papel. - Você quer casar co... - Franzi meu cenho. Eu não acreditava no que meus olhos viam. Isso era um pedido? Meu coração batia descontrolado, abaixei a folha e encarei Emmett, ele tinha um sorriso lindo no rosto, se levantou e em seguida ajoelhou na minha frente pegando em minha mão. Oh! Não podia acreditar no que estava acontecendo, minha mente parecia ter travado.

– Rosalie, você é o melhor presente que já recebi, você sempre me surpreende aguentando minhas loucuras e meu jeito bobo de ser, é a mulher mais linda, divertida, alegre, meiga e carinhosa que tive a alegria de conhecer. Eu te amo Baby e não posso imaginar mais minha vida sem você, aceita se casar comigo Rosalie Hale? - Perguntou estendendo uma caixinha de jóia com um anel deslumbrante dentro. Eu nem sabia o que pensar, ele queria casar comigo?

– Oh! Emmett é claro que eu aceito. - Respondi com a voz embargada estendendo minha mão na sua direção, ele pegou o anel da caixinha e deslizou pelo meu dedo. - Emmett é maravilhoso. - Falei com os olhos marejados olhando meu dedo. - Ah! Mozi te amo tanto. - O abracei pelo pescoço e dei um beijo delicioso nele. - Então era isso que estava aprontando? Perguntei entendendo tudo agora, ele sorriu sem graça se sentando no sofá e me puxando para seu colo.

– Estava meio perdido e não sabia o que fazer. Acabei deixando você chateada comigo. Lamentou.

– Isso nem importa mais. Eu amei, o pedido, o anel, tudo. - Ele respirou aliviado.

– Jura? - Perguntou ansioso. Sempre achei que quando me pedisse ele pegaria a ideia de algum filme, mas não, seu pedido foi único, Emmett realmente me surpreendeu.

– Claro, foi tão doce e atencioso. Você que bolou o desafio? - Questionei interessada, não podia acreditar que ele teve todo esse trabalho só para me fazer o pedido.

– Os rapazes me ajudaram. - Confessou sorrindo.

– Sabia que eles tinham que estar envolvidos. - Respondi com um sorriso enorme no rosto. Nunca tinha me sentido tão contente na vida. - Não vejo a hora de contar para as meninas. Vamos nos divertir tanto planejando o casamento. - Disse empolgada. - O que acha de turquesa para a cor da recepção? E o bolo? Acho que o melhor seria que fizéssemos cada metade de um sabor. Seria bom também decidirmos se queremos ao ar livre ou se vamos alugar algum local. Ah! Meus pais vão enlouquecer. - Eu falava sem parar sobre tudo o que eu queria para o casamento, Emmett somente me olhava com um sorriso bobo nos lábios enquanto brincava com uma mecha do meu cabelo. Não via a hora de começar a planejar tudo, tinha certeza que ia ser incrível, pois quem estaria me esperando no altar seria ele, meu mozi, meu Emmett.

Anel de noivado da Rose

Notas finais do capítulo A Rose se empolgou com o casamento hein. Essa vai ser uma festa de arromba!!!

No próximo teremos o Edward resolvendo uma situação no trabalho e sendo ainda mais fofo com a Bell :)

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 35) Capítulo 34 - Investigação

Notas do capítulo OMG!!!! Recebi mais duas recomendações lindas *-* Obrigada Jéssica Coelho e Simone Salvatore! Me emocionei muito com as palavras de vocês :') Muito Obrigada mesmo!

Dedico este capítulo a vocês e as minhas amadas leitoras que me mantêm motivada para continuar essa história! Muito obrigada a todas!

chuva + domingo + frio = capítulo mais cedo

Espero que gostem ;) Bella POV

Um calor intenso me consumia, mas não era algo desagradável, na verdade era bem gostoso, me apertei mais naquele calor e o senti macio e cheiroso sobre mim, abri meus olhos e encontrei Edward agarrado ao meu corpo, suas pernas entrelaçadas com as minhas e sua cabeça enterrada em meu pescoço, movi minha mão que estava nas suas costas e passei pelos seus cabelos fazendo um carinho, ele gemeu se agarrando mais em mim e enfiando sua cabeça ainda mais na curvatura do meu colo, continuei o carinho conforme sentia a mão de Edward se mover em minha cintura e ele depositar um beijo abaixo da minha orelha provocando arrepios em todo o meu corpo.

– Bom dia anjo. - Cumprimentou preguiçoso levantando a cabeça e me encarando com aqueles lindos olhos azuis ainda mais brilhantes, passei minha mão pelo seu rosto, ele fechou os olhos e sorriu, apreciando meu toque.

– Bom dia vida. - Respondi igualmente sorridente, se eu era seu anjo ele era a minha vida, Edward não podia usar todos os apelidos, ele abriu os olhos e me fitou com amor. - Dormiu bem?

– Muitíssimo bem e a senhorita?

– Melhor seria impossível.

– Isso seria um convite para mais uma noite? - Perguntou sorrindo.

– Talvez mais do que uma. - Provoquei, Edward alargou seu sorriso e foi se aproximando, mas o afastei tapando minha boca. - Acabei de acordar. - Expliquei, ele balançou a cabeça, retirou minha mão e me beijou logo em seguida. Nossas línguas se tocando e guerreando, eu nunca imaginei que beijar alguém ao acordar pudesse ser tão bom, Edward se afastou e me deu um simples selinho.

– Se prepare pois será assim que irei acorda-la todas as manhãs.

– Hum... acho que ainda não despertei direito. - Reclamei manhosa, Edward gargalhou.

– Mas é muito safada mesmo. - Disse se aproximando da minha boca e me beijando de novo. Ficamos namorando na cama até finalmente levantarmos para começarmos nosso dia, enquanto Edward terminava de tomar seu banho eu fazia nosso café. Não demorou e ele apareceu na cozinha com um sorriso enorme, estava finalizando os ovos quando Edward se aproximou e enlaçou minha cintura beijando meu pescoço, parecíamos cada vez mais um casal de namorados e eu estava amando isso.

– Esse cheiro esta magnifico. - Elogiou. - Além de linda, gostosa, inteligente, ainda cozinha. Você tem razão, eu ganhei na loteria. - Ri me lembrando da provocação que fiz com ele no dia anterior.

– Eu te disse. - Continuei provocando, Edward apertou minha cintura.

– Eu te amo minha convencida. - Sussurrou no meu ouvido, sorri me virando para olha-lo.

– Eu também te amo meu mala. - Ele riu e me beijou, como sempre me empolguei passando meus braços pelo seu pescoço e intensificando o beijo, Edward se afastou de repente, o encarei confusa.

– Os ovos amor. - Avisou.

– Merda! - Praguejei me virando a tempo de salvar nosso café da manhã, ouvi Edward rindo. Esta vendo o que você faz. - Reclamei, ele me abraçou novamente e beijou minha cabeça.

– Eu adoro quando você me ataca. - Sussurrou no meu ouvido, sorri. - Coloca a mesa para mim? - Pedi mudando de assunto, caso contrário o atacaria de novo.

– Claro. - Edward se afastou pegando a toalha, as xícaras e os pratos. Enquanto ele pegava o pão no armário e os frios na geladeira, terminei o ovo e levei para a mesa. Edward se sentou e me puxou para seu colo. Tomamos café da manhã em meio a risadas e brincadeiras, nossa relação nem parecia que tinha começado há apenas dois dias, apesar da amizade que construímos nunca imaginei que teríamos tanta afinidade assim em tão pouco tempo, tinha a impressão que namorávamos há anos tamanha era nossa intimidade, era tão gostoso e bom que estava até cogitando a ideia de chamar Edward para ficar comigo permanentemente, mas sabia que ainda era cedo, talvez seria bom esperar mais um mês ou dois para isso.

Assim que terminamos nosso café da manhã Edward insistiu em lavar a louca alegando que isso era algo que ele sabia fazer, eu achava um máximo ver ele sendo tão caseiro, enquanto terminava de arrumar as coisas na cozinha fui me trocar para o trabalho, estava me vestindo quando meu celular tocou, sorri ao ver que era Rose, ela me contou toda animada que Emmett havia pedido ela em casamento, eu fingi surpresa e fui muito bem, ela nem percebeu que eu já sabia, achei tão delicado o modo como ele a pediu, Emm conseguiu fazer seu pedido de modo sutil e romântico, o que confesso me surpreendeu, nunca pensei que ele seria capaz de algo tão delicado, Rosalie estava super empolgada e marcou um almoço comigo e Alice para falar sobre o casamento e claro, mostrar a aliança que ela disse ser a coisa mais deslumbrante que já havia visto na vida, eu sorri pela sua animação e acabei contando que Edward havia me pedido em namoro, ela me felicitou e nos despedimos, combinando de nos encontrarmos no almoço.

– Rose esta que não se aguenta de felicidade. - Comentei com Edward que estava sentado na minha cama enquanto eu terminava de me arrumar.

– O Emmett estava uma pilha para fazer esse pedido. - Ele disse sorrindo.

– Ele foi tão doce e romântico, não esperava isso dele. - Edward me olhou sem graça.

– Você gosta disso né? - O encarei confusa.

– Do que? - Me virei perguntando.

– Essas coisas românticas. - Explicou, me aproximei e sentei em seu colo.

– Acho que a maioria das mulheres gostam. Por que?

– Eu não acho que eu tenha esse perfil. - Respondeu chateado.

– Pois fique sabendo que eu discordo. - Ele me olhou atônito.

– Discorda? - Assenti.

– O modo como me trata, as coisas lindas que me diz, Edward eu não consigo pensar em nada mais romântico do que isso. - Ele sorriu abertamente.

– Eu só digo o que eu sinto.

– É isso que me importa. - Falei e o beijei, Edward segurou minha cintura e acabei gemendo em sua boca, antes que nos empolgássemos me afastei. - Melhor irmos. - Disse ofegante me levantando, ele assentiu com um sorriso em seus lábios vermelhos e deliciosos. Para Isabella.

Minha mente condenou. Saímos juntos para o trabalho, peguei o carro e deixei Edward no seu e segui para o meu, chegando no escritório fui diretamente para minha sala e comecei a trabalhar no projeto de um prédio que estávamos trabalhando.

– Isabella? - Ouvi alguém me chamando, olhei para a porta e vi Kate, a recepcionista do escritório.

– Oi Kate. Algum problema? - Ela negou com um sorriso e entrou segurando um lindo ramalhete de lírios, minhas flores preferidas.

– Alguém mandou para você. - Disse me estendendo as flores. - Namorado novo? - Perguntou enxerida.

– Obrigada. - Agradeci a encarando sem responder sua pergunta indiscreta e esperando que saísse, ela fez uma careta e saiu. Nem tínhamos tanta intimidade assim. Garota folgada. Voltei minha atenção ao lindo ramalhete. Quem poderia ter mandado? Peguei o cartão e o abri.

" Anjo,

Um pouco de cor e vida para alegrar o seu dia.

Com amor e paixão,

Do seu convencido, mala e chato namorado,

Edward Cullen."

Sorri olhando o bilhete, Edward era definitivamente uma caixinha de surpresas, em pensar que ele não se considerava romântico. Se isso não era romântico, o que seria? Ele em nada lembrava aquele ser mesquinho, presunçoso e egoísta de outrora, Edward realmente não era o mesmo e isso ficava cada dia mais claro, eu ainda lutava com as memórias amargas de nosso passado, mas a verdade é que cansei de ter medo. Observei o lindo ramalhete e suspirei lendo mais uma vez o cartão. É, estava mais do que na hora de deixar tudo isso para trás e começar uma nova história ao seu lado.

Edward POV

Isabella. Fechava meus olhos e seu lindo rosto era a primeira coisa que vinha em minha mente, sua risada, seu toque, seu aroma. Eu sentia uma vontade louca de ficar o tempo todo ao seu lado, beijando e amando a, Bell havia despertado um lado meu que até então eu nunca imaginei que existisse. Quem diria que eu, Edward Cullen, iria mandar um ramalhete de flores para uma mulher? Justo eu que sempre repudiei qualquer tipo de romantismo, achava piegas, brega e ridículo. Sorri, mas tudo isso foi antes de me apaixonar perdidamente pela minha Isabella, agora eu era outro homem, alguém muito mais feliz e completo. É, talvez eu estivesse mesmo me transformando em um bobo romântico, só que isso pouco me importava, tudo o que eu queria era mostrar da forma que fosse o quanto eu a amava e a queria na minha vida, hoje e sempre. Meu celular tocou me despertando dos meus sonhos diurnos, sorri ainda mais ao ver quem ligava.

– Oi anjo. - Atendi sorridente.

– Olá senhor Cullen. - Respondeu docemente. - Estou ligando para agradecer o lindo ramalhete de flores que me mandou.

– Gostou?

– Amei, mas como sabia que lírios são minhas flores preferidas? - Sorri e na hora me lembrei de uma conversa que ouvi dela com minha mãe sobre o assunto, isso ficou gravado na minha memória.

– Eu sei tudo sobre você Bell. - Disse simplesmente, podia jurar que ela estava sorrindo, antes que ela respondesse o telefone do meu escritório tocou. - Amor só um momento. - Pedi e atendi o telefone. - Sim senhorita Weber? - Perguntei a minha secretária.

– O senhor Clearwater esta aqui para vê-lo.

– Obrigado, pode pedir que entre. - Disse desligando e voltando minha atenção a Bell. Desculpa linda era minha secretária. - Expliquei, Seth abriu a porta e fiz sinal para ele se sentar.

– Tudo bem vida, só liguei para agradecer as flores. Te espero à noite? - Era impossível não sorrir com ela me chamando de vida.

– Com certeza, vou passar naquele restaurante japonês e comprar nosso jantar. O que acha?

– Perfeito. Até a noite. Te amo. - Sorri bobamente.

– Também anjo. Até mais tarde. - Disse desligando, suspirei e só então me dei conta que não estava sozinho.

– O amor esta no ar hein? - Questionou com um sorriso no rosto.

– É, finalmente nos acertamos Seth. - Contei a novidade.

– Isso é ótimo Edward! Confesso que já estava na hora. - Ri.

– Eu sei, os rapazes disseram o mesmo. Eu ia te contar ontem, mas você não estava no apartamento, aposto que estava com a Emily. - Seth sorriu sem graça.

– Estamos nos acertando.

– Que bom. - Observei Seth e percebi que ele parecia tenso. - Mas não foi para falar sobre a Emily que você veio me ver não é? - Ele negou e colocou uma pasta que estava no seu colo sobre a mesa.

– Acho que finalmente conseguimos o que queríamos. - Franzi meu cenho, Seth e eu estávamos investigando o diretor administrativo da Cullen's. Ainda me lembrava da época em que era vice presidente e vi que havia algo errado com os papéis do setor, mas ao invés de ir atrás do verdadeiro responsável, demiti Seth, me arrependia amargamente disso, mas há poucos meses percebemos algumas ações suspeitas de Michael e por isso decidimos averiguar. - O que aconteceu? - Perguntei abrindo a pasta.

– Aqueles números que você estava desconfiado, lembra? - Assenti sem tirar os olhos dos relatórios que via na minha frente. - Então, você estava certo, ele esta desviando dinheiro para uma conta suspeita como se fosse de uma empresa que esta prestando serviço a empresa, mas é tudo laranja, e não é tudo, ele ainda esta superfaturando diversas obras com valores baixos para que desse modo ninguém desconfie.

– Desgraçado! - Esbravejei jogando os documentos sobre a mesa, estava tudo ali, os números não mentiam.

– O que vamos fazer agora Edward? - Perguntou apreensivo.

– Mostrar tudo isso ao Eleazar e esperar que ele tome uma atitude. Não vou deixar esse vagabundo destruir o patrimônio do meu pai. - Disse incisivo.

– E se ele não fizer nada?

– Ele vai fazer Seth. - Afirmei convicto.

– Teremos que esperar que ele volte de viagem.

– Eu sei, na sexta quando ele retornar falarei com ele. Acha que Michael desconfia de nós?

– Não precisa se preocupar com isso, ele nem faz ideia. - Eu não podia negar que tinha muito medo dele descobrir algo e querer algum tipo de retaliação contra mim e Seth, minha maior preocupação era ele chegar até Isabella, mas eu tinha certeza que assim que Eleazar soubesse da verdade esse calhorda iria parar atrás das grades, ele e seu pequeno esquema de corrupção. Guardei os papéis que Seth havia me dado na minha pasta, na sexta iria resolver esse assunto de uma vez por todas.

O restante do dia passou rapidamente, Emmett me ligou à tarde para dizer que tinha dado tudo certo no pedido e me convocando para ser seu padrinho juntamente com Jasper, fiquei contente com o convite e claro, aceitei, Emm fez questão de dizer que éramos os responsáveis pela sua festa de despedida de solteiro e que estava esperando uma festa de arromba. Precisaria combinar com Jasper o que faríamos para o grandalhão. O expediente logo terminou e fui para casa, no caminho passei no restaurante e comprei o jantar, cheguei no apartamento e encontrei Bell deitada no sofá, assim que me viu se levantou e veio na minha direção me dando beijo delicioso, a segurei pela cintura com meu braço livre.

– Saudades amor. - Disse sorrindo.

– Também vida. - Respondeu me dando mais um beijo, em seguida pegou as sacolas e colocou sobre a pia. - Como foi no trabalho? - Perguntou interessada.

– Bem. - Falei um pouco tenso, Bell pareceu perceber e me olhou séria.

– O que houve?

– Podemos falar depois? - Pedi, precisa relaxar antes de contar as novidades para ela.

– Claro, por que não toma um banho enquanto eu arrumo tudo aqui? - Lhe dei um beijo e segui para o meu antigo quarto que a partir de agora seria nosso, tomei um banho rápido e voltei para a cozinha, olhei para a mesa e já estava pronta, observei que as flores que estavam no vaso eram as mesmas que havia mandado para ela, sorri diante o gesto.

– Vejo que gostou mesmo das flores. - Comentei sorridente, Bell pegou o shoyu na geladeira e colocou sobre a mesa, então veio na minha direção com um sorriso enorme estampado no rosto.

– Eu adorei. - Falou me abraçando. - Esta me saindo um ótimo namorado senhor Cullen. - Com essa tive que rir.

– Fico feliz com isso senhorita Cullen. - Ela riu também e me puxou pela mão.

– Vem, vamos jantar. - Disse me puxando para a mesa, me sentei e a coloquei no meu colo, já havia virado costume comermos assim e não estava nenhum pouco afim de mudar isso. Passamos o jantar falando sobre o seu almoço com as meninas e como Rose estava animada com tudo e já estava planejando todos os detalhes, contei para ela sobre o convite do Emmett para ser seu padrinho e Bell achou um máximo já que ela e Alice seriam as madrinhas de Rose. Terminamos o jantar e arrumamos a cozinha juntos, depois fui para o sofá, Bell ligou o som e se sentou entre minhas pernas, ficamos ali abraçados, só curtindo uma ao outro.

– Vai me dizer o que esta te preocupando agora? - Perguntou acariciando meu braço. Suspirei pesadamente, Bell se virou e se sentou de frente para mim.

– Lembra das investigações que eu e Seth estávamos fazendo? - Isabella sabia tudo sobre o assunto, ela também morria de medo que Michael descobrisse e viesse a se vingar de mim enquanto eu temia que ele fosse atrás dela.

– Claro, o que houve?

– Hoje Seth me levou um documento que comprova de todas as formas que Michael esta mesmo desviando dinheiro da empresa.

– Ele não descobriu não é? - Perguntou tensa.

– Não, Seth garantiu que ele nem faz ideia, mas hoje eu me arrependi de ir atrás desse assunto.

– Você fez o certo, sei que é perigoso, mas ele estava roubando.

– Eu sei, mas eu pensei em você e ... - Minha garganta fechou só de pensar em algo de ruim acontecendo com Isabella.

– Nada vai acontecer comigo Edward, meu medo é de algo acontecer com você. - Confessou se deitando sobre meu peito.

– Vai dar tudo certo. - Garanti. - Vou contar ao Eleazar e ele vai tomar todas as providencias necessárias.

– Acha que ele vai denunciar esse imbecil?

– Tenho certeza, nesses meses pude ver como ele é honesto, confio nele.

– Promete que vai ficar longe disso depois que falar com ele? - Pediu me olhando.

– Eu vou Bell, prometo, não quero arriscar mais nada por causa desse ladrão. - Afirmei acariciando suas costas, ela suspirou mais tranquila. - Que tal falarmos de algo mais leve? - Bell levantou a cabeça e me encarou.

– Sobre o que? - Perguntou interessada.

– Estava pensando em comprarmos um terreno, o que acha?

– Terreno? - Ela franziu o cenho me olhando com curiosidade.

– É, temos uma casa para construir. - Percebi quando ela entendeu do que eu falava.

– Nossa casa com as árvores em volta? - Perguntou empolgada.

– Isso. Juntando nossos salários aposto que podemos financiar um bom terreno. - Falei acariciando seu braço.

– Esta falando sério?

– Claro anjo. Você desenha e eu construo, lembra? - Repeti as mesmas palavras ditas no passado, mas que agora tinham um significado ainda maior e verdadeiro. Isabella abriu um sorriso enorme e me deu um beijo de tirar o fôlego.

– Diz para mim que não estou sonhando? - Pediu me olhando com os olhos marejados, segurei seu rosto com carinho.

– Você não esta sonhando meu amor. - Bell me beijou novamente e em um rompante saiu do meu colo correndo pelo corredor. - Onde você vai? - Gritei.

– Pegar uma coisa. - Ouvi sua resposta longe, suspirei feliz e encarei o teto, não demorou e ela estava de volta com algumas folhas de papel e um estojo, tirou as coisas da mesinha de centro e colocou o papel sobre ela se sentando no chão, desci no sofá e me coloquei atrás dela, suas costas apoiadas no meu peito.

– O que é isso tudo?

– O inicio do projeto da nossa casa. - Respondeu com um sorriso enorme, a apertei em meus braços e beijei seu pescoço. - Hum quantos quartos? - Perguntou pegando um bloco de papel.

– Estava pensando em uns sete. - Bell virou o rosto e me encarou assombrada.

– Para que tantos quartos?

– Um nosso, um para ser nosso escritório e cinco para nossos filhos.

– Cinco filhos? - Questionou com os olhos arregalados. - Edward! - Ralhou comigo.

– O que? Achei que quisesse filhos. - Falei confuso.

– Eu quero, mas cinco é demais. - Sorri.

– Acho perfeito. - Bell acabou rindo.

– Podemos fechar essa conta em três? - Perguntou arqueando as sobrancelhas.

– Ok, três. - Acabei concordando.

– Então a casa pode ter seis quartos, um pode ser de hospedes. - Opinou.

– Ótimo. Estava pensando em um estilo bem rústico.

– Que tal de madeira? Tem excelentes empresas que vendem uma madeira reaproveitada, gostaria que a casa fosse o mais ecológica possível. - Disse seriamente, com certeza nisso concordávamos.

– Acho isso fundamental, na Cullen’s sempre procuramos materiais que agridam menos o meio ambiente.

– Perfeito! - Falou sorrindo. - Ah! Quero um jardim enorme também. - Bell deitou no meu corpo e apoiou a cabeça no meu ombro, colocou o bloco de papel sobre a mesa e posicionou

seus braços sobre os meus. - Imagina que delícia, eu, você e as crianças brincando no gramado - Falou sorrindo.

– E nosso cachorro também. - Adicionei.

– Teremos um cachorro? - Questionou surpresa.

– Sim, eu sempre quis um, mas nossa mãe era alérgica. - Lembrei que meus pais tinham até tentado me dar um cachorro, só que infelizmente nossa mãe teve uma séria reação alérgica ao animal e não pudemos ficar com ele.

– Verdade, eu me lembro. - Comentou distante. - Nossa seria mesmo incrível ter um cachorro. - Bell suspirou. - Uma família. - Completou com um sorriso enorme.

– Nossa família. - Pontuei beijando sua têmpora, ela virou o rosto e me beijou com doçura. Eu tinha certeza que esse era só o começo da nossa vida juntos e tudo o que eu mais desejava era um futuro com minha Isabella.

Ramalhete que o Edward deu para a Bell *-*

Notas finais do capítulo Não se preocupem por que nada vai acontecer com Edward e a Bella, diferente da realidade, a justiça aqui vai funcionar e esse ladrão e sua gangue irão para o lugar que merecem. Essa situação será boa para aproximar ainda mais o Edward do Eleazar e adiantar algumas coisas referentes a herança :)

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 36) Capítulo 35 - Ciúmes

Notas do capítulo Se estiver sonhando não me acordem *-* Nem acredito que recebi mais três lindas recomendações: Muito Obrigada Viviane Koehler, Leidi e Gabi!!! Amei tudo o que escreveram *-* O que mais gosto nas recomendações é poder ver o que estão achando da história como um todo. Sempre me emociono :') Por tudo isso esse capítulo é dedicado a vocês e minhas fantásticas leitoras!!!!! Amo vocês!!!

Desculpem pelo atraso desse capítulo, estou lutando com uma falta de inspiração terrível :-/

Hoje teremos a Bella com um ciúmes básico do seu lindo namorado e a aparição de alguém do passado.

Espero que gostem ;) Bella POV

Ainda era difícil acreditar em tudo o que estava acontecendo em minha vida, as vezes achava que estava sonhando e que cedo ou tarde eu acordaria. A noite passada havia sido um exemplo claro disso, quando eu imaginaria Edward me dizendo todas aquelas coisas? Planejando nosso futuro juntos, filhos e até um cachorro? Era impossível não estar abismada com tudo isso, ele havia me dito inclusive que esperaria para comprar o carro que queria pois iria utilizar o dinheiro que estava guardado para dar de entrada no terreno. Edward trocando um carro por algo nosso era a maior prova do quanto ele queria isso, o que me deixava ainda mais nas nuvens. Balancei a cabeça e voltei a realidade, fitei minha mesa de trabalho e observei mais uma vez o esboço que havia feito da nossa casa antes de guarda-lo, fiquei grande parte da noite e da madrugada trabalhando nisso, Edward foi até meu quarto diversas vezes me chamar para dormir, mas eu me negava, tinha que colocar no papel tudo o que tinha

em mente, ele acabou dormindo no meu quarto dizendo que não iria passar a noite longe de mim, eu havia dormido apenas três horas, mas me sentia disposta como nunca.

Sai da minha sala animada indo até a garagem, esperava sinceramente que Edward gostasse do projeto já que eu não havia deixado ele ver nada enquanto mexia em casa, decidi fazer uma surpresa e aproveitar para chama-lo para almoçar comigo. Peguei meu carro e segui até a Cullen's, estava ansiosa pela reação de Edward. Será que ele iria gostar? Apertei o volante em um claro sinal de nervosismo, liguei o som e tentei me acalmar me focando na estrada a minha frente, logo cheguei na empresa, estacionei e fui até a entrada da Cullen's, era a primeira vez que ia lá desde a morte de nossos pais e mesmo quando Carlisle era vivo eu raramente aparecia. Assim que entrei senti um arrepio transpassar pela minha espinha me lembrando do que Edward havia me dito na noite anterior sobre o tal caso de corrupção dentro da empresa, não podia nem sequer suportar a hipótese de algo acontecer com ele, Edward era fundamental para minha vida. Respirei fundo afim de afastar essa ideia da minha mente. Tudo daria certo. Tentei pensar positivo enquanto seguia até a recepção do prédio com meu projeto em mãos.

– Bom tarde. - Cumprimentei a recepcionista.

– Bom tarde senhorita. O que deseja? - Perguntou educadamente.

– Eu gostaria de ver Edward Cullen do setor da engenharia, tem como? - Ela me olhou de modo estranho e sua amabilidade pareceu ir embora.

– Tem hora marcada?

– Não, na verdade queria fazer uma surpresa. - Falei sorrindo.

– Sinto muito, mas não posso fazer nada. - Respondeu grossa.

– Eu posso deixar minha identidade aqui se for preciso. - Tentei argumentar vendo que muitas pessoas estavam fazendo o mesmo, também podia ligar para Edward, mas não queria estragar a surpresa. Ela torceu os lábios em claro sinal de desprezo.

– Não é preciso, pois a senhorita não vai entrar. - Falou rudemente, franzi meu cenho. Como alguém poderia parecer tão simpática uma hora e de repente mudar completamente? Mas estava clara a razão da sua mudança, nessas horas eu odiava namorar alguém tão atraente como Edward, ele parecia que tinha mel.

– Eu poderia muito bem ligar para Edward e pedir que liberasse minha entrada sem ter que lidar com você. - Respondi igualmente rude, ela abriu um sorriso irônico e cruzou os braços.

– Liga. - Desafiou. Ai que ódio dessa garota. Peguei meu celular na hora, mas antes que discasse alguém chamou meu nome.

– Isabella? - Me virei e encarei Seth vindo em minha direção.

– Oi Seth. Tudo bem?

– Tudo sim. Algum problema? - Perguntou olhando da recepcionista para mim.

– Eu queria ver o Edward, mas parece que não posso entrar. - A moça da recepção estava branca, ele riu.

– Vem comigo, te levo até lá. - Falou cortês, sorri para a recepcionista e ela ficou lá com cara de quem comeu e não gostou.

– Garota chata, aposto que tem uma queda pelo Edward. - Reclamei com Seth, ele riu enquanto entravámos no elevador.

– Ih liga não, o Edward nem dá bola. - Disse apertando o número do andar.

– Acho bom mesmo. - Respondi bufando.

– Pode ter certeza, mesmo quando nem estavam juntos ele já despachava todas as que davam em cima dele. - Como é que é?

– Todas? - Questionei o encarando, Seth ficou sem graça e não disse mais nada, nem eu estava com vontade de saber, decidi perguntar isso diretamente na fonte, já estava explodindo com a ideia desse monte de mulher em cima do meu namorado.

– Bom é aqui. - Anunciou quando chegamos no andar em que Edward trabalhava. - Aquela é a secretária de Edward. - Falou apontando uma morena, só esperava que não fosse outra afim dele. - Desculpa se fui indelicado. - Comentou sem jeito vendo que eu estava séria. - Edward é louco por você. - Sorri mais relaxada.

– Não se preocupe Seth, acho que exagerei um pouco. Esse seu amigo também me deixa louca. - Rimos. - Obrigada por me acompanhar.

– Sem problemas. - Sorriu. - Nos vemos por ai.

– Com certeza. - Nos despedimos e segui até a entrada do escritório de Edward.

– Boa tarde. - Cumprimentei, ela abriu um sorriso delicado.

– Boa tarde senhorita, posso ajuda-la?

– Eu gostaria de falar com Edward, ele esta ocupado?

– Não, qual o seu nome? - Ela perguntou pegando o telefone.

– Na verdade eu queria fazer uma surpresa, sou namorada dele. - Expliquei.

– Oh! Me desculpa senhorita, eu não a reconheci - Pediu sem graça. Me reconhecer de onde?

– Não tem problema, afinal é a primeira vez que venho aqui.

– Ah, mas o senhor Cullen tem várias fotos da senhorita na mesa, eu que sou muito distraída e não me toquei. - Fotos minhas?– Pode entrar se quiser. - Ofereceu simpática, pelo menos com a secretária dele não teria que me preocupar.

– Obrigada, desculpe mas qual o seu nome? - Perguntei interessada.

– Angela Weber. - Estendi minha mão.

– Muito prazer Angela, sou Isabella Cullen. - Ela me olhou um pouco espantada, com certeza por causa do meu sobrenome.

– Muito prazer senhorita Cullen. - Disse simpática.

– Por favor sem o senhorita. - Pedi sorrindo, ela sorriu também.

– Ok Isabella. - Olhei para a porta.

– Como esta o humor dele hoje? - Eu sabia que ele estava ótimo de manhã, mas vai que tenha acontecido alguma coisa no trabalho.

– Perfeito como sempre, especialmente desde o fim de semana. - Sorri satisfeita.

– Bom deixa eu ver isso pessoalmente. - Disse sorrindo e indo em direção da porta, bati e ouvi Edward pedindo para que entrasse quando ingressei na sua sala ele estava olhando atentamente alguma coisa no monitor.

– Algum problema Ang... - Parou de falar assim que me viu e um sorriso enorme apareceu em seu rosto. - Anjo! - Expressou maravilhado se levantando e vindo em minha direção.

– Hei. - Disse me aproximando e lhe dando um beijo. - Gostou da surpresa?

– Eu amei. - Me beijou de novo. - O que é isso? - Perguntou indicando o cano preto que eu carregava.

– Nossa casa. - Respondi sorrindo.

– Você terminou? - Perguntou admirado. Assenti. - Vamos ver então! - Falou empolgado indo até sua mesa e afastando os objetos enquanto eu tirava a folha do canudo, em seguida a estendemos sobre a mesa colocando algumas coisas para segurar as pontas, Edward se sentou na sua cadeira e me puxou para sentar em seu colo, seus olhos não saiam do papel e os meus dos dois porta retratos que haviam ali. Eu me lembrava bem das fotos, uma tiramos quando fomos com o pessoal passar o dia em um parque e a outra era de um jantar que havíamos feito na casa de Alice e Jasper, era incrível pois mesmo que ainda não estivéssemos namorando parecíamos um casal.

– Bell? - Ouvi Edward me chamando, o encarei. - Esta no mundo da lua anjo? - Perguntou carinhoso.

– Estava vendo as fotos, parecemos um casal. - Apontei sorrindo.

– Nós somos um casal. - Afirmou me apertando em seus braços.

– Agora, mas na época ainda não.

– Nós sempre fomos um casal amor. - Respondeu simplesmente, segurei seu rosto e o beijei com amor, Edward com apenas algumas palavras era capaz de me deixar sem chão, me afastei e o encarei.

– Então o que achou? - Perguntei olhando para o projeto.

– Amei, esta magnifica. - Elogiou.

– Não é demais? - Perguntei receosa. - Eu não ligo muito para tamanho, mas achei que gostaria de algo bem espaçoso.

– Acertou em cheio, acho que conseguiu captar bem o que eu gosto e o que você gosta. - Sorri satisfeita.

– Vai demorar até conseguirmos construir. - Falei olhando o desenho de nossa casa.

– É, mas somos jovens e temos muito tempo para fazermos isso juntos. - Encostei minha testa na sua feliz com sua resposta.

– Tem razão. Tem algo que queira mudar? - Voltei a observar o papel a nossa frente.

– Não, esta tudo perfeito. - Falou com um sorriso glorioso no rosto.

– Ótimo. - Disse me levantando. - Almoça comigo?

– Hum, só se eu ganhar um beijo. - Sorri me abaixando e o beijando, Edward me puxou para o seu colo e intensificou o beijo. - Sabia que eu sempre fantasiei em te tomar nessa mesa? Falou malicioso, mordi os lábios em expectativa.

– E por que não toma? - Perguntei beijando seu pescoço lascivamente, ele riu.

– Onde foi parar a minha doce e inocente Isabella? - Sussurrou no meu ouvido, foi minha fez de rir.

– Eu nunca fui inocente com você senhor Cullen. - Ele me olhou.

– Não mesmo. - Sorri me levantando e enrolando o projeto da nossa casa, Edward beijou meu pescoço e levantou minha saia. - Você é tão cheirosa Isabella. - Disse sedutor, me virei e me sentei em sua mesa o puxando pela gravata e o beijando profundamente, Edward se afastou minimamente e pegou o telefone. - Senhorita Weber pode sair para o almoço. Isso. Não se preocupe já vou sair também. - Desligou o telefone, me deu um beijo e correu até a porta a trancando, voltou e me beijou novamente. - Não quero nada estragando esse momento. - Sorri o puxando para mais um beijo enquanto suas mãos tiravam minha calcinha e sua boca ia para o meu pescoço.

– Quero você Edward. - Implorei.

– Eu sou seu anjo. - Sorri e desci minha mão até o feixe da sua calça abrindo seu cinto, a dele respiração estava entrecortada assim como a minha. Edward voltou a me beijar ao mesmo tempo que se viu livre de suas roupas íntimas. - Esta pronta para mim amor? - Perguntou terno.

– Sempre. - Ele desceu sua mão até minha intimidade.

– Assim que eu gosto, completamente molhada. - Gemeu no meu ouvido me fazendo estremecer puxando meu corpo de encontro ao seu e me penetrando no mesmo instante, ofeguei assim que o senti dentro de mim, passei minhas pernas pela sua cintura, o trazendo para mais perto, Edward me penetrava enquanto sua boca não saia da minha.

– Ah! Isso! Isso! - Dizia enquanto nossos corpos se chocavam com velocidade, eu perdia a capacidade de raciocínio quando tinha Edward desse modo. Ele tomava meus lábios em um beijo saboroso e eu sentia uma calor delicioso tomando meu corpo por inteiro. - Edward! Ahn! Eu vou...

– Vem amor! Goza comigo! - Exigiu e logo em seguida senti meu corpo atingir o ápice.

– Ah! - Gritei segurando com força seus cabelos e passando minhas unhas pelas suas costas só então senti os dentes de Edward do meu ombro segurando um grito. Ficamos os dois ofegantes nos recuperando do recente e maravilhoso orgasmo, em seguida o encarei com um

sorriso leve nos meus lábios. - Você me mordeu? - Perguntei olhando o meu ombro e vendo a marca de seus dentes.

– Não tenho culpa que seja tão gostosa. - Explicou com aquela cara de safado, balancei a cabeça sorrindo.

– Você não presta senhor Cullen. - Disse próxima a sua boca deliciosa, ele me beijou com vontade.

– Com você não mesmo. - Afirmou me beijando novamente e cedo demais se afastou. - Vamos almoçar ou prefere mais uma rodada? - Gargalhei.

– Por mais tentadora que essa ideia seja eu estou morrendo de fome. - Falei descendo de sua mesa e colocando minha calcinha enquanto Edward também se ajeitava, passei no banheiro e dei mais uma ajeitada. Assim que guardei o projeto no tubo saímos de sua sala, Edward enlaçou minha cintura e seguimos juntos pelo corredor da empresa descendo pelo elevador até a portaria, quando passamos pela recepção me apertei mais nele e olhei diretamente para a tal recepcionista que havia me proibido de subir, ela arregalou os olhos e lhe dei um tchau, me sentindo muito bem com aquilo.

– Posso saber a razão desse sorriso lindo? - Edward perguntou no meu ouvido.

– Só esfregando na cara de certas pessoas que o senhor tem dona.

– Tenho é? - Perguntou parando de andar e me encarando.

– Tem e ela se chama Isabella Cullen. - Disse o segurando pelo paletó.

– Hum não sabia que tinha uma namorada tão possessiva. - Falou segurando minha cintura e me olhando com um sorriso maroto.

– Esta se sentindo hein. - Falei arqueando a sobrancelha.

– Com uma namorada linda como a minha eu tenho mesmo que me sentir. - Acabei sorrindo com sua resposta. - Mas fiquei curioso. Quem você quer que saiba que tenho dona? Perguntou me olhando atentamente.

– Aquela garota ali, ela não queria me deixar subir para te ver. - Respondi com um bico apontando a moça na recepção que não tirava os olhos de onde estávamos. - Com certeza tem uma queda por você. - Falei com desdém.

– Ah é? - Assenti. - Quer ver como eu faço ela nunca mais proibir sua entrada? - Imaginei que Edward iria tirar satisfações com ela, mas ao invés disso tomou meus lábios nos seus em um beijo voraz, não me fiz de rogada e correspondi a altura, com certeza quem passava iria pensar que éramos dois tarados, nós separamos ofegantes e o encarei. - Agora ninguém mais vai duvidar o que você significa para mim. - Respondeu com um sorriso triunfante, acabei rindo, parecíamos adolescentes. Virei a tempo de ver a tal garota bufando, podia ser infantil, mas eu me senti muito bem com aquilo. Peguei a mão de Edward e saímos do prédio indo direto para o meu carro, o caminho até o restaurante foi preenchido com planos para o fim de semana e claro, nosso novo assunto preferido, nossa casa. Assim que chegamos ao restaurante o garçom nos levou até uma mesa e nos passou o cardápio, logo em seguida fizemos o pedido, aproveitei e resolvi esclarecer um assunto que não havia saído da minha cabeça.

– Seth comentou comigo que é muito popular entre as funcionárias senhor Cullen. - Edward me olhou intrigado. - É verdade? - Perguntei distraidamente, ele sorriu.

– Esta com ciúmes anjo?

– Claro que não. - Respondi no ato, ele alcançou minha mão sobre a mesa.

– Pois eu acho que esta morrendo de ciúmes, ou vai negar que foi por isso que se irritou com a recepcionista?

– Ela é uma folgada, estava toda simpática até eu dizer que queria te ver, não gostei nada daquilo. - Reclamei irritada.

– E ainda nega que esteja com ciúmes?

– Não é ciúmes, é só ... - Merda! Eu estava sim morrendo de ciúmes.

– Só? - Incentivou que eu continuasse.

– Tá, estou com ciúmes. Satisfeito? - Admiti finalmente, Edward sorriu.

– Você não tem o que se preocupar, eu sou somente seu. - Garantiu me olhando com carinho.

– Quer dizer que esse tempo todo não rolou nada com ninguém? - Perguntei sem jeito, Edward sempre me contou tudo o que acontecia na vida dele e mesmo que não estivéssemos "namorando" não desgrudávamos um do outro, mas a bendita insegurança estava lá para atrapalhar.

– Você sabe que não. - Garantiu, respirei aliviada. - Por que? O que o Seth lhe disse?

– Que tinha um monte de mulheres dando em cima, mas que você sempre as despachava.

– Então por que esta preocupada? - Dei de ombros.

– Sei lá, insegurança, não estávamos juntos todo esse tempo e eu sei muito bem como o senhor é insaciável. - Sussurrei por fim, Edward riu.

– Só com você Bell e imagino que seja reciproco. - Apontou ficando mais sério, sorri, eu também só sentia esse desejo louco por ele.

– Com certeza é. - Ele abriu um sorriso enorme e nossos olhos se conectaram daquele modo que se estivéssemos a sós já teríamos pulado em cima do outro, felizmente o garçom apareceu quebrando o encanto antes que fizemos qualquer loucura. Edward passou a mão pelos cabelos e voltou a me olhar.

– E como esta o trabalho? - Perguntou mudando de assunto.

– Muito bem, hoje meu chefe vai me apresentar um novo cliente, ele disse que o cara é muito influente e que pediu especificamente por mim. - Sorri orgulhosa, Edward no entanto não pareceu gostar.

– Pediu é? - Questionou aborrecido.

– Ciúmes senhor Cullen? - Provoquei arqueando minha sobrancelha, ele bufou.

– É bom que ele não tente nenhuma gracinha. - Disse se esquivando da pergunta.

– Assim vou pensar que só tenho clientes por ser bonita. - Reclamei fazendo charme, ele acabou sorrindo e segurando minha mão.

– Esse é o problema, você é linda, competente e uma excelente arquiteta, devem chover cantadas.

– Não precisa se preocupar com isso, sei muito bem me proteger de cantada barata. - Ele pareceu não gostar da minha resposta.

– Então isso acontece?

– Uê você mesmo disse, sou linda, competente. Seriam loucos se não tentassem nada. - Incitei, mas assim que vi o maxilar de Edward enrijecer e sua respiração se alterar resolvi parar. Estou brincando vida. - Ele respirou fundo e pareceu se acalmar.

– Não gosto nenhum pouco de saber que tem alguém dando em cima de você. - Explicou irritado.

– Estamos quites. - Edward relaxou e sorriu.

– Parece que teremos que lidar com esse ciúmes senhorita Cullen.

– Sabe o que pode ajudar?

– O que?

– Você dizer que me ama. - Ele sorriu abertamente.

– Eu te amo anjo. - Falou acariciando minha mão.

– Eu também te amo vida. - Respondi igualmente sorridente. O restante de nosso almoço foi tranquilo, depois dessa discussão sem nenhum sentido relaxamos, estava claro que ambos teríamos que aprender a lidar com o forte sentimento que tínhamos um pelo outro, tudo isso era tão novo para mim quanto para ele, essa necessidade, esse ciúmes, esse desejo, esse amor as vezes fugia do meu controle, me deixando completamente sem saber como agir. Após o almoço levei Edward na empresa e depois segui para o trabalho, chegando no estacionamento deixei o projeto no carro e fui até o escritório, assim que cheguei meu chefe me chamou na sala de reuniões, com certeza iria me apresentar o novo cliente, bati na porta e o ouvi pedir que entrasse.

– Olá Benjamim. - O cumprimentei entrando na sala que estava vazia.

– Oi Isabella, como foi de almoço?

– Tranquilo. O cliente ainda não chegou?

– Não, ele vai se atrasar alguns minutos. Gostaria de conversar com você enquanto ele não chega.

– Claro. - Respondi me sentando a sua frente.

– Bom como já lhe expliquei esse cliente é muito importante para o escritório, é a chance que temos de impulsionar os negócios e sei que posso confiar em você para isso, com certeza seria a única que eu indicaria para esse trabalho, é a minha melhor arquiteta e estou contando com você. - Sorri satisfeita com o elogio e a confiança.

– Eu farei o meu melhor, tenha certeza disso.

– Ótimo. - O telefone tocou e Benjamim o atendeu logo em seguida. - Pode mandar entrar Kate. - Respondeu. - Pronta? - Perguntou me olhando ansioso.

– Pronta. - Me levantei quando a porta se abriu, mas a vontade de sentar voltou assim que eu vi quem apareceu diante de mim, meu corpo inteiro paralisou e eu senti o sangue fugir do meu rosto.

– Caius? - Sussurrei pasma conforme o pânico tomava conta de mim, ele me olhou e abriu um sorriso malicioso. Isso só podia ser um pesadelo.

Notas finais do capítulo No próximo teremos o desfecho desse encontro que confesso vai abalar a Bella, pois por mais que ela saiba que o Edward não é mais o mesmo e ela esteja tentando esquecer o que aconteceu e focar em um futuro com ele, os fantasmas do passado vão assombra-la.

Não sei quando irei postar o próximo, já que estou demorando mais tempo para escrever :( Farei o impossível para não demorar, pois também não gosto de deixa-las esperando.

Ps.: Eu gosto de deixa-las a par sobre como anda a evolução da fic e quando ela irá acabar e imagino que devam estar se perguntando isso também, bom, sinceramente não posso dar um número exato de capítulos, pois ainda existem muitas coisas que quero abordar e não vou passar por elas de qualquer jeito só para acabar logo, não gosto de correr com uma história e por isso gostaria de avisa-las que ainda irá demorar um pouco para chegarmos ao fim. Espero que não se importem :)

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 37) Capítulo 36 - Verdade

Notas do capítulo O capítulo de hoje esta especial, ele vai relembrar praticamente toda a história vivida por Edward e Bella... Eu não gosto muito de flashback, mas nesse caso achei interessante, tanto para se recordarem do Caius (amigo chato do Edward) como para terem uma noção de tudo o que vai passar pela mente da Bella quando ela parar para pensar em tudo o que viveu com Edward, é a partir de agora que ela finalmente vai ser capaz de deixar o passado para trás e começar de fato um futuro com o ele. Afinal é só enfrentando os pesadelos que podemos voltar a sonhar.

Espero que gostem ;) Bella POV

Meu coração batia descontrolado e mesmo sem querer minha mente trouxe as memórias de um passado que eu queria esquecer.

“- Olha só quem esta aqui? - Um dos meninos se virou me encarando. Eu fiquei parada.

– Nossa Isabella não sabia que você tinha uma boca tão suja. - Caius disse se aproximando.

– É, quem diria que a gatinha gostava de gemer alto. - Marcus disparou com um sorriso malicioso. Eu continuava na mesma posição em choque. O que estava acontecendo? Procurei os olhos de Edward e ele tinha um sorriso sacana no rosto.

– Sabem o que dizem sobre as mais quietinhas né Marcus? - Caius provocou. - São as mais selvagens. - Falou tocando meu ombro, me afastei dele e encarei Edward.

– O q-que significa isso? - Perguntei sem conseguir evitar de gaguejar.

– Ah! Isabella, você, uma aluna brilhante não sabe mesmo o que significa isso? Oras, por favor. - Edward respondeu caçoando.

– Eu não entendo. - Falei completamente perdida.

– Ahhhh... Você ... hum não entendeee? - Demitri perguntou como se estivesse gemendo. Voltei a olhar para Edward.

– Edward? - O chamei na esperança dele desmentir tudo o que estava acontecendo e me dizer que não havia gravado nossa noite.

– Assim não Isabella. - Zombou Caius. - O certo é: ahhhhhhhh Edward. - Gemeu me imitando. Todos caíram na gargalhada, inclusive Edward. Eu me aproximei dele, meus olhos marejados. Não podia admitir que isso fosse verdade, que ele seria capaz disso.

– Me diz que é mentira. - Pedi quase chorando.

– Não Isabella não é, foi uma aposta e eu ganhei. Disseram que eu não seria capaz de transar com você, mas eu provei o contrário. - Olhava abismada para ele, sem querer acreditar em suas palavras. Ele fez um bico. - Own! O bebê vai chorar? - Eu não me segurei e pulei em cima dele socando seu peito.

– Seu canalha desgraçado. - Edward continuava a rir enquanto segurava meus braços. - Como pode fazer isso comigo?

– Para que tanto escândalo garota. Vai dizer que você não adorou quando eu a fiz gozar? Foi você que pediu. "Edward me fode!! Me fode gostoso!! Por favor". - Ouvi minha voz soar no gravador que Caius colocou bem no meu ouvido. Me desvencilhei dos braços de Edward.

– Você nunca mais vai encostar o dedo em mim. ESTA ME OUVINDO! NUNCA MAIS! - Gritei, atraindo a atenção de mais pessoas. Ele abriu um sorriso irônico.

– Obrigado, mas acho que uma vez para mim foi o suficiente. - Respondeu rindo com uma cara enojada fazendo com que todos dessem risada também. Virei de costas e fui embora.

– Hei Isabella não fica assim não. Se quiser vou adorar ouvir você gemer para mim. - Pude ouvir Caius gritar, sai de lá o mais rápido que pude, não queria encarar ninguém.”

Agora o desgraçado estava bem na minha frente me fazendo relembrar de tudo, queria poder sair correndo, mas não conseguia me mover.

– Isabella? - Ouvi Benjamim me chamando, olhei para ele. - Tudo bem? - Engoli em seco e assenti rapidamente. - Quer dizer que vocês se conhecem? - Continuei calada, tentando absorver o que estava acontecendo.

– Fomos amigos no colégio não é Bella? - Caius respondeu e tudo o que eu queria era pular em seu pescoço.

– Que bom então. - Meu chefe disse vendo que eu não respondia. - Vou deixa-los a sós para discutir o projeto. Fique a vontade senhor Manchester. - Completou se retirando da sala, em um rompante me mexi e fui atrás dele deixando Caius para trás.

– Benjamim eu não posso aceitar esse trabalho. - Disparei, ele me olhou sério.

– Por que não?

– Eu e Caius nunca nos demos bem. - Respondi sucintamente.

– Você quer que eu perca um cliente milionário por que você não se dava bem com ele na escola? Por favor Isabella. - Falou exasperado.

– Eu não posso fazer esse projeto.

– Ou você volta para aquela sala e faz o seu trabalho ou esta na rua. - Contestou ríspido. Respirei fundo, ele tinha razão, não podia deixar Caius me arruinar dessa maneira, era meu trabalho e precisava ser profissional.

– Ok Benjamim. - Concordei.

– Ótimo. - Disse se virando e indo para seu escritório, passei a mão pelo rosto tomando coragem para voltar para aquela sala, caminhei até lá lentamente, entrei e encontrei Caius sentado na ponta da mesa.

– Algum problema Bella? - Perguntou preocupado.

– Me chame de Isabella. - O cortei rudemente.

– Hum pelo visto continua aquela gatinha selvagem de antes. - Respondeu sorrindo. Eu posso fazer isso. Eu posso. Repeti mentalmente.

– Vamos nós focar no projeto senhor Manchester. - Falei me sentando infelizmente ao seu lado. - O que o senhor gostaria de fazer? - Perguntei procurando ser o mais profissional possível sem deixar meu emocional afetar meu trabalho.

– Quero reformar minha casa. - Explicou.

– A casa inteira? - Questionei fazendo as anotações.

– Sim. - Respondeu se aproximando. - Sabe, esta ainda mais bonita que antes. - Sussurrou perto do meu ouvido, me afastei. - Não sei por que esta tão arisca Isabella, o Edward que foi o responsável por te humilhar você já perdoou. - Como ele sabe disso?

– O que sabe do Edward?

– Eu vi vocês em um boate uns dias atrás, pareciam bem íntimos. - Disse se aproximando ainda mais enquanto eu me afastava. - Pensei, bom se ele que armou tudo e a fez sofrer tanto esta tendo uma chance, por que eu também não posso?

– Eu sei muito bem que foram vocês que instigaram o Edward a aceitar a aposta. - Respondi duramente.

– E você acreditou? - Caius me olhou parecendo surpreso, ele colocou sua mão sobre a minha e eu a puxei no mesmo instante. - Tão inocente Isabella, Edward só quer se divertir com você sua boba. Ele me confessou logo após a morte dos pais que ia se vingar de você. - Franzi meu cenho. Que maluquice era essa?

– Isso é mentira! - Aleguei.

– Infelizmente não. O Edward culpa você pelos pais o terem deixado sem nada, então decidiu que a melhor maneira de se vingar seria te humilhando novamente, vejo que esta dando certo haja visto que você acreditou nele. Tenho que dar o braço a torcer para ele, é realmente um ótimo ator, mas acho que isso você já sabe não é mesmo? - Não podia ser verdade, Edward não seria capaz. - Não posso acreditar que pensou que ele estava mesmo arrependido? Ah Isabella! - Disse em um tom de lamento. - Você precisa de alguém que te proteja meu bem. Pronunciou e acariciou meu rosto, eu fiquei ali parada, ainda me sentia entorpecida pela simples hipótese de tudo o que estava vivendo com Edward ser uma mentira. - Eu sempre

gostei de você, diferente do Edward que só quis brincar com seus sentimentos. - O encarei seriamente.

– Por que esta fazendo isso agora então? Por que nunca tentou antes? - O desafiei enquanto lutava contra o bolo que estava se formando na minha garganta e a dor que estava sentindo.

– Porque achava que você de alguma forma me culpava por tudo o que aconteceu, mesmo eu sendo inocente e toda a ideia ter partido dele, mas quando vi você com Edward e percebi que ia cair nas garras dele novamente, decidi me aproximar e avisá-la, não podia admitir isso. Você não merece sofrer daquela forma de novo Bella. - Disse atencioso.

– Tudo isso é mentira. - Repeti me controlando para não chorar, ele negou.

– Não é Bella, você sabe o que passou por causa dele, sabe que no fundo essa é a verdade. Ele desceu a mão pelo meu pescoço. - Posso te fazer tão feliz. - Murmurou se aproximando do meu rosto, em um rompante o empurrei com minhas duas mãos.

– Eu não quero ser feliz com você. - Gritei me levantando.

– Quer com quem então? Com o Edward? Ele vai te humilhar de novo, é isso que você quer? Perguntou nervoso.

– Você não sabe nada dele Caius, nunca o conheceu de verdade.

– Eu o conheço melhor do que você e te garanto que ele vai acabar com sua vida de novo.

– Mesmo que seja verdade, você não é melhor que ele.

– Eu sou sim, tentei impedi-lo dizendo que você não merecia isso, mas ele nem se importou, disse que a odiava e queria ver você sofrer. Acha que um ódio tão grande vai embora? Ele só aumenta Isabella. - Estava desnorteada com tudo aquilo. - Vou te mostrar o que é um homem de verdade. - Disse me empurrando contra a parede e tomando minha boca de forma voraz,

não sei de onde veio minha força, mas eu consegui afasta-lo lhe dando um sonoro tapa na cara.

– Nunca mais encoste em mim! - Gritei ao mesmo tempo que a porta se abriu e Benjamim apareceu com o semblante sério.

– O que esta acontecendo aqui? O que significa isso Isabella?

– Significa que seu querido cliente me beijou a força. - Disse séria, com certeza Benjamim tomaria uma atitude contra isso.

– Isabella que é uma vadia, você devia selecionar melhor os seus funcionários Benjamim. Caius se defendeu, sabia que essa pose de bom moço era uma farsa.

– Não se pode esconder por muito tempo quem se é na verdade não é Caius? - Falei o olhando seriamente.

– Na minha sala agora Isabella! - Benjamim exigiu saindo da sala em seguida, antes que o seguisse Caius segurou meu braço.

– Eu falei sério sobre Edward, ele não presta. - Tentou dizer novamente.

– Não é o único não é mesmo? - Respondi arqueando minha sobrancelha.

– Me desculpa pelo que falei, eu perdi a cabeça quando você me acusou e me bateu. - Puxei meu braço com força.

– Você é um imbecil se pensou que eu iria lhe dar uma chance, minha opinião sobre você nunca vai mudar. - Retorqui ríspida.

– Se você prefere ser enganada pelo Cullen ótimo. Vou adorar ver ele te humilhando mais uma vez. - Disparou e saiu da sala, eu fiquei lá sem saber o que dizer ou fazer.

– Isabella? - Me virei em direção da porta e vi Kate me observando. - Benjamim esta lhe esperando. - Assenti e fui até a sala de meu chefe, abri a porta sem nem bater. Ele estava andando de um lado para o outro, parecia bem zangado, mas eu nem me importei com aquilo, ainda me sentia em choque pelo o que havia acabado de acontecer e pelas coisas que havia ouvido, Benjamim finalmente me viu na sala.

– Pode me explicar o que acabou de acontecer? - Perguntou nervoso.

– Eu sinto muito por tudo aquilo Benjamim. - Pedi sinceramente.

– Sentir muito não vai adiantar porra nenhuma Isabella. Merda! Você me fez perder um ótimo cliente, tem noção disso?

– Tenho, mas ele foi indecoroso comigo e não o contrário. - Tentei me defender.

– Estou pouco me lixando para isso. - O encarei abismada.

– Quer dizer que não há problema algum um cliente me assediar? Você esta ouvindo o que esta dizendo?

– Ele era importante demais para nosso escritório, acho que não teria problema em ser simpática com ele. - Esse não podia ser o mesmo homem que um dia eu tive como exemplo.

– Simpática? Ele me forçou a beija-lo Benjamim, isso é assédio! - Exclamei enervada.

– Estou cansado Isabella, eu sempre abro exceções para você, lhe dando folga quando você precisa ou até mesmo adiando viagens devido aos seus problemas pessoais e você não pode fazer nada por mim. - Reclamou.

– Queria o que? Que ele me assediasse e eu levasse tudo na boa só por causa de dinheiro?

– Você podia se fazer de desentendida ou enrolar ele, nem seria um sacrifico tão grande já que tinham um passado juntos. - Tentou argumentar, eu o encarava incrédula.

– Eu não acredito que esta me dizendo isso.

– Pois estou sim, fiquei animado com o fato de se conhecerem, era um cliente importante e que traria mais prestigio a nossa empresa, mas você só pensa em você. - Exclamou. - Para mim já chega Isabella, pode arrumar suas coisas. Esta demitida! - Desde que vi Caius naquela sala eu imaginei que esse seria o meu destino.

– Ótimo, depois de tudo o que ouvi aqui não continuaria mesmo trabalhando com você. Disparei irritada.

– Somos dois então, arrume suas coisas enquanto peço para Kate preparar os papéis da demissão.

– Me enganei tanto com você Benjamim. - Lamentei chateada.

– Digo o mesmo. Agora saia!

– Com muito prazer. - Falei e fui para minha sala pegar as minhas coisas, Kate me arrumou uma caixa e eu coloquei todos os meus pertences, terminei tudo, assinei minha demissão saindo logo em seguida daquele escritório, entrei em meu carro e dei a partida. Já estava na rua quando me dei conta de tudo o que havia acontecido e comecei a chorar desesperadamente, decidi parar o carro em uma rua qualquer antes que sofresse um acidente.

Debrucei sobre o volante e o choro veio ainda mais forte, não por causa da demissão ou pelas coisas que havia ouvido de uma pessoa que um dia tanto admirei, mas sim pelo o que Caius disse de Edward, Eu sabia que não devia acreditar nele, só que eu não estava preparada para enfrentar meu passado desse jeito. E se ele estivesse certo? Droga! O que eu estou pensando?

Solucei fortemente, todo o meu medo que parecia ter sumido desde domingo quando me vi sozinha em casa parecia ter voltado com força total, meu passado com Edward foi esfregado na minha cara da pior maneira possível, o dia que eu tanto queria esquecer agora estava ainda mais fresco na minha memória, o modo hostil e grosso que Edward me tratou, o desprezo e o nojo estampado em seu rosto. Soltei um grito alto, o choro me consumia de uma forma que eu não conseguia controlar, eu me negava a acreditar que ele seria capaz disso, não depois do que passamos no último ano. Ouvi meu celular tocar e o peguei na bolsa, quando vi quem ligava congelei. O nome de Edward piscava na tela, olhei para fora do carro e só então percebi que havia anoitecido, encarei o aparelho na minha mão, eu não queria ver ele nem ouvir sua voz nesse momento. Joguei o celular no banco do passageiro enquanto ele não parava de tocar. Edward não faria nada disso Isabella. Ele te ama. Pensa em tudo o que passaram. Em tudo o que ele fez por amor a você. Minha mente tentava me alertar, mas aquele Edward, o que tanto me magoou não saia da minha cabeça, nem ele, nem o modo como me tratou. Respirei fundo tentando controlar meu choro e pensar claramente em tudo, voltei a apoiar minha cabeça no volante e repassei tudo o que Edward e eu vivemos desde o começo.

“- Quero que peça desculpas a Bella. Agora!

– Tudo bem Carlisle.

– Não esta bem não Bella, ele tem que lhe respeitar.

– E por que eu deveria fazer isso? Ela não é nada para mim.

[...]

– Edward! O que esta fazendo aqui?

– Realizando seus sonhos minha linda.

[...]

– Me diz que é mentira.

– Não Isabella não é, foi uma aposta e eu ganhei. Disseram que eu não seria capaz de transar com você, mas eu provei o contrário.

– Seu canalha desgraçado. Como pode fazer isso comigo?

– Para que tanto escândalo garota. Vai dizer que você não adorou quando eu a fiz gozar? Foi você que pediu.

– Você nunca mais vai encostar o dedo em mim. ESTA ME OUVINDO! NUNCA MAIS!

– Obrigado, mas acho que uma vez para mim foi o suficiente.

[...]

– Se você fosse menos certinha e careta nós poderíamos nos divertir juntos.

– Eu não quero me divertir com você. Tudo o que eu quero é distância.

– Pena que seu corpo não pensa o mesmo.

[...]

– E se eu falhar?

– Você não vai falhar Edward. É a pessoa mais capaz que eu conheço.

[...]

– Onde você imagina que vai estar daqui dez anos Edward?

– Sinceramente? Não vai rir?

– Juro que não.

– Eu gostaria de morar em um lugar bem sossegado, com uma bela casa no estilo meio rústico rodeada por árvores e um belo gramado. Chegar do trabalho e ver meu filho brincando com o cachorro enquanto minha esposa os observa, assim que me visse ela viria correndo na minha direção pulando no meu colo.

– Ah Edward eu estava falando sério.

– Hei o que a faz pensar que isso não é sério?

– Você, casado com um filho? Por favor né!

– As pessoas podem mudar Isabella.

[...]

– Vou ser direto Isabella. Acabou.

– O que? Por que?

– Porque eu cansei, por isso.

– Isso não faz sentido. Nós estávamos bem há um segundo.

– Há um segundo eu não tinha recebido uma ligação da nova aluna gata.

– Mas eu achei ...

– Achou o que? Que eu ia me apaixonar por você? Que seriamos namorados? Não seja ridícula. Olha para você. Não tem nada que possa prender um homem como eu. Aproveitei bem o que tinha, mas agora enjoei. Quero carne nova.

– Você não presta Edward. E em pensar que eu achei que você fosse diferente. Como eu fui burra.

– Sem drama por favor.

– Eu tenho pena de você.

– Não Isabella, sou eu que tenho pena de você, aliás é só isso que as pessoas sentem por você. Pena. Ninguém suporta ficar ao seu lado, não é a toa que seu pai te vendeu e sua mãe se matou.

[...]

– O que esta fazendo aqui?

– Vim me despedir dos meus pais Edward.

– Eles são meus pais, não seus. Você é só uma vagabunda que eles pegaram para criar por pena.

[...]

Ele se mexeu e abriu lentamente os olhos me fitando, acariciei seu rosto e tentei me levantar afim de deixa-lo descansar, contudo Edward me segurou colocando seu braço sobre o meu colo, quando mirei seus olhos, percebi que ele parecia angustiado e com medo, passei minha mão pelo seu rosto.

– Não precisa ter medo, você esta seguro aqui.

[...]

– Sabe que você também deveria agir assim não é? Não devia nem querer me ver na sua frente.

– Achei que já tínhamos resolvido isso.

– Você pediu que nós esquecêssemos e começássemos de novo, mas eu não entendo como foi capaz disso, depois de tanto mal que lhe fiz.

– Depois de tudo o que aconteceu achei que merecia uma segunda chance.

– Uma vez você me disse que não acreditava que as pessoas podiam mudar. Então por que me ajudar?

– Eu ainda acredito nisso, mas espero sinceramente que você possa me mostrar que estou errada.

– Confia tanto assim em mim?

– Eu só espero que você use tudo o que aconteceu para construir algo melhor.

– Eu não vou te decepcionar.

[...]

– Por que você me odiava tanto?

– Eu sempre fui egoísta, desde criança. Queria tudo para mim, quando meus pais me disseram que tinham te adotado e que você seria minha irmã, eu fiquei louco de raiva por uma intrusa se beneficiar de tudo o que eu tinha, além de ter que dividir a atenção dos meus pais, mesmo sem motivo eu morria de ciúmes e conforme o tempo foi passando isso só piorou

– Foi por isso que decidiu me humilhar?

– Isso foi coisa dos idiotas que eu considerava como amigos, eu era imbecil demais para fugir de uma aposta. Não queria fazer aquilo, principalmente por que se meus pais viessem a descobrir eu sabia que estaria ferrado.

[...]

– Sei que já falamos sobre isso, mas eu nunca pedi. Me perdoa Isabella? Por tudo o que eu a fiz sofrer. Me perdoa?

[...]

– Eu vou embora para a Itália.

– Você esta feliz?

– Estou, James é o homem certo para mim. Me desculpa, acabei esquecendo. O que você queria me contar?

– Sabe que eu acabei esquecendo.

– Você parece chateado. Foi algo que eu disse?

– Eu não quero que você vá. Eu preciso de você.

– Eu sempre estarei aqui para você, sempre.

[...]

– Edward? Edward! O que houve? Alguém chame socorro!

– Bell...

– Não diz nada, fica quietinho, o James vou chamar ajuda. Você vai ficar bem.

– Promete que será...

– Não fale.

– Feliz. Promete.

– Só se você ficar bem.

– Acho difícil.

– Não fala isso.

– Eu te amo Bell...

[...]

– Tudo começou na nossa primeira vez.

– Como assim? Você me disse que me odiava naquela época.

– Eu odiava, mas depois que ficamos juntos e começamos a nos relacionar eu simplesmente me perdi em você Isabella, eu a queria a todo o momento e não era só o sexo que era incrível, era sua companhia, seu jeito doce, eu me apaixonei.

[...]

– Eu sou grato sim a tudo o que você fez por mim, mas isso só fez com que eu a admirasse ainda mais. Você foi um anjo na minha vida, cuidando de mim com tanto carinho quando tudo o que eu merecia era desprezo. Eu te amo pela mulher formidável que você sempre foi, que me acomodava em seus braços enquanto acariciava meus cabelos e tirava todos os meus medos.

[...]

– Eu não sei se estou pronta para uma relação agora. Mas eu quero você.

– Eu também quero você. Não me importo de esperar desde que esteja ao meu lado.

[...]

– Você sente falta do James?

– Eu tenho um carinho muito grande por ele, mas não, eu não sinto falta dele. Por que esta perguntando isso?

– Eu acho que nunca serei tão bom quanto ele.

– Edward James não é perfeito, ninguém é, vocês são muito diferentes, só isso.

– É disso que eu tenho medo Bell, nada do que você gostava nele eu tenho, eu não sou romântico, não sei cozinhar, não sou...

– Você é o Edward e eu amo quem você é. Amo como você fica neurótico quando qualquer coisa acontece comigo, amo o modo doce como cuida de mim, amo quando sorri, amo até quando fica convencido, amo tudo o que eu sinto quando estou ao seu lado. Eu te amo Edward, só você.

[...]

– Isso é tão bom Edward.

– Eu e você.

– Nós.

[...]

– Acho que nunca vai confiar em mim não é?

– Desculpa.

– Não tem porque pedir desculpa Isabella. Eu só estou colhendo o que plantei.

– Isso não é verdade Edward, você se tornou um homem incrível, não tem mais nada daquele irresponsável que foi um dia.

– Do que vale isso se a mulher que eu amo não consegue confiar em mim? Eu entendo que seja difícil para você e sei que fui um monstro, mas não tem como termos uma relação se você continuar achando que vou engana-la ou ir embora. Preciso de um voto de confiança Isabella.

– Eu sei. É que o medo que você me deixe de novo é maior que o meu bom senso e razão.

– Eu nunca vou deixar você. Nunca. Eu te amo. Você é toda minha vida agora.

[...]

– Eu te transformo em uma tarada e você me transforma em um bobo apaixonado.

– Eu te amo.

– Eu também te amo. Você não faz ideia de como me faz feliz Isabella.

[...]

– Sei que nosso terreno ainda esta frágil e que antes precisaremos de tempo e cuidado para construímos nele um forte alicerce, mas tudo o que eu mais desejo é construir uma vida ao seu lado e eu quero que esse seja o símbolo desse começo. Você aceita ser oficialmente minha namorada Isabella?

– Sim.Sim.Sim.

– Gostou da aliança?

– Muito, é linda, tão delicada.

– Assim como você.

– Eu te amo tanto.

– Eu também te amo Bell. Demais.

– Cadê a sua aliança? Afinal não quero nenhuma lambisgóia achando que o senhor anda solto por aí.

– Coloca para mim?

– Você é meu agora.

– Completamente seu, meu anjo, minha vida.

[...]

– Estava pensando em comprarmos um terreno. O que acha?

– Terreno?

– É, temos uma casa para construir, lembra?

– Nossa casa com as árvores em volta?

– Isso. Juntando nossos salários aposto que podemos financiar um bom terreno.

– Esta falando sério?

– Claro anjo. Você desenha e eu construo.

*…+

– Esta no mundo da lua anjo?

– Estava vendo as fotos, parecemos um casal.

– Nós somos um casal.

– Agora, mas na época ainda não.

– Nós sempre fomos um casal amor.”

Levantei a cabeça em um rompante. Que merda eu estava pensando? Até quando eu iria desconfiar de Edward? Ele me amava e provava isso a cada instante. Como eu podia levar em conta a palavra de um imbecil que conheci na adolescência e relevar tudo o que havia vivido com Edward? Tudo o que ele havia me dito? Ele tinha sim me magoado, mas não era o mesmo, Edward havia amadurecido e tinha toda razão, eu precisava dar um voto de confiança para ele e não seria acreditando em Caius que eu faria isso, Edward estava fazendo a parte dele e eu precisava fazer a minha. Passei a mão pelo meu rosto o enxugando e assim que

percebi que estava recuperada liguei o carro indo para o único lugar que gostaria de estar nesse momento, os braços do homem que eu amava.

Notas finais do capítulo No próximo teremos uma conversa franca entre Edward e Bella e uma cena deles na banheira trocando juras de amor *-* O Edward vai querer quebrar a cara do Caius, mas a Bella não vai deixar, pois sabe que ele pode armar algo já que é muito influente e rico, o que o Edward não é AINDA... rsrsrsrs... Mas não se preocupem não vai demorar para o Caius aprender que não se mexe com a mulher de Edward Cullen... kkkkkkkkkkkkkkkkk

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 38) Capítulo 37 - Banheira

Notas do capítulo Obrigada Lari Hudson pela recomendação!!!! AMEI *-* As palavras, o carinho, enfim tudo. Muito Obrigada!!

Dedico esse capítulo a você e as minhas maravilhosas leitoras!!! Vocês ainda me matam com essas recomendações e esses comentários lindos *-*

Desejo que esse capítulo faça jus a toda atenção, afeto e consideração que vocês tem pela história !!!

Espero que gostem ;) Edward POV

Andava de um lado para o outro sem parar. Olhei mais uma vez no relógio e já passava das oito horas da noite. Onde Isabella havia se metido? Parei e me sentei no sofá, Bell tinha me dito que poderia demorar para chegar hoje devido ao novo cliente que teria, por isso até me deu a chave de seu apartamento, mas atrasar quatro horas era demais, batia o pé no chão ansiosamente com o celular na mão, liguei diversas vezes e nada, sempre caia na caixa postal, estava a um passo de ligar para Alice e Rosalie quando ouvi a porta se abrindo e um alivio percorrer todo meu corpo, me levantei em um átimo e caminhei até ela, só que parei assim que a vi na minha frente, Isabella tinha os olhos inchados e a ponta de seu nariz estava vermelha, com certeza tinha chorado, mas por que? Não me movi enquanto ela depositava uma caixa em cima do balcão da cozinha assim como o projeto da nossa casa, se virou para mim e me deu um sorriso tímido.

– Oi. - Sua voz me tirou do transe e finalmente em sua direção, Bell abriu os braços e eu a apertei contra o meu corpo.

– O que houve anjo? - Perguntei agoniado com a cabeça enfiada em seus cabelos.

– Me abraça Edward? Diz que me ama? - Pediu voltando a chorar sem dizer mais nada, franzi meu cenho tentando imaginar o que poderia ter acontecido e a apertando ainda mais nos meus braços.

– Te amo, te amo, te amo, te amo, te amo. - Declarei sussurrando próximo ao seu ouvido, Bell pareceu se acalmar.

– Eu te amo tanto. - Disse com a voz embargada beijando meu pescoço, sorri levemente ouvindo sua declaração, mesmo assim eu não conseguia parar de pensar por que ela estava desse modo, mas deixaria Bell me dizer quando se sentisse bem para isso, não ia força-la a nada, no momento eu só queria confortar a minha mulher.

– O que acha de um bom banho? - Perguntei acariciando seus braços, Bell levantou a cabeça e me olhou, passei minha mão pelo seu rosto enxugando suas lágrimas delicadamente, ela abriu um sorriso lindo e beijou meu lábio com delicadeza, eu me sentia tão mal por vê-la daquela maneira.

– Vou adorar tomar um banho com você. - Respondeu enterrando a cabeça no meu peito, me curvei e a peguei no colo, dessa vez ela nem reclamou, o que era bem estranho, estava me corroendo para saber o que a tinha deixado assim, olhando para a caixa em cima do balcão eu já podia ter uma ideia, mas o que havia sucedido para uma demissão ainda martelava na minha cabeça. Ela havia se demitido ou foi demitida? E por que? Será que tinha a ver com o novo cliente? Fui pensando nisso todo o caminho enquanto carregava Bell até seu quarto, chegando no aposento a deitei na cama e me dirigi para o seu banheiro, no meio tempo que enchia a banheira o infeliz pensamento que ela tinha tomado banho com James ali me deprimiu, mas eu não podia ficar pensando nessas coisas, ele era passado, eu o seu futuro. Peguei alguns sais de banho e joguei na água tentando não pensar sobre isso, deixei enchendo e fui até o quarto, Bell estava sentada com os braços apoiados nos joelhos olhando em um ponto fixo, o rosto ainda abatido.

– Anjo? - Chamei e ela se virou sorrindo para mim, levantou vindo na minha direção me dando um beijo nos lábios e seguiu até o banheiro se despindo no caminho, fiz o mesmo, desliguei a torneira e entrei na banheira, Bell veio logo em seguida deitando sobre o meu peito e dando um suspiro de prazer.

– Isso é bom. - Murmurou passando suas mãos nas minhas sobre a sua cintura, suas palavras fizeram a curiosidade queimar em mim fazendo com que esquecesse o quanto eu desejava a linda figura sentada entre minhas pernas.

– Nunca fez isso? - Perguntei de forma distraída, esperando que ela não percebesse minha real intenção, entretanto Isabella era perspicaz demais, ela se virou e sorriu.

– Não, nunca estive em uma banheira com outro homem. - Esclareceu, tentei segurar o sorriso que se formou no meu rosto, mas foi impossível. - Ah Cullen! O que farei com o senhor? - Ri e beijei sua testa.

– Tenho muitas ideias senhorita. - Respondi em tom de provocação, ela se virou olhando para frente rindo deitando sobre o meu peito.

– Você é o único capaz de me fazer esquecer o mundo sabia? - Encostei minha boca na sua cabeça beijando seus cabelos e franzi meu cenho. O que será que havia acontecido com ela hoje? Antes que perguntasse ela continuou. - Sabe o cliente que disse que iria no escritório?

– Sei. - Bell respirou fundo e se sentou a minha frente encarando meus olhos com cautela.

– Era o Caius. - Revelou finalmente.

– O que? - Perguntei tenso cerrando meus olhos. O que aquele calhorda aprontou?

– É, ele apareceu lá supostamente querendo reformar sua casa. - Eu estava sem palavras, o pânico me consumindo. Isabella esta bem na sua frente. Relaxe Edward. Respirei mais aliviado com isso em mente, mesmo assim eu sabia que ele havia dito ou feito algo que a tinha magoado e isso estava me deixando louco.

– O que ele fez? - Perguntei de uma só vez.

– Ele foi lá por que me viu com você e alegou que precisava me avisar para não cair nas suas garras de novo. Caius disse que tudo o que você queria comigo era se vingar porque seus pais o deixaram sem nada. - Arregalei meus olhos para os absurdos que ela estava me contando.

– Você acreditou? - Perguntei abismado, Isabella me olhou com receio e senti medo da sua resposta. Quando ela confiaria em mim? E se tinha acreditado, porque estaria aqui comigo?

– Não foi o que ele disse que me machucou Edward. - Explicou, franzi o cenho confuso, ela continuou. - Ver Caius trouxe muitas lembranças e ... - Parou parecendo arrumar forças para prosseguir.

– E? - Incentivei, Bell acariciou meu braço que estava apoiado na beirada da banheira.

– Eu lembrei claramente de tudo e foi doloroso demais pensar no que tinha acontecido e ver em seus olhos tanto nojo e desprezo. - Ofeguei com suas palavras. O que eu deveria dizer? Era a mais pura verdade, eu fui um monstro sem coração com ela. - Mas sabe o que eu finalmente entendi? - Perguntou me olhando com expectativa.

– Não. - Murmurei balançando a cabeça negativamente, ela se aproximou ainda mais, deixando minhas pernas presas entre as suas debaixo da agua, se sentou sobre mim enquanto passava os dedos delicadamente no meu peito e então me olhou, aqueles lindos olhos verdes estavam brilhantes e vivos.

– Você não mudou. - Assegurou, a olhei confuso.

– Como você pode dizer isso? - Questionei magoado. Como ela podia dizer que eu era o mesmo? Será que não havia visto o quanto amadureci? Ou ela achava que eu era capaz de fazer aquilo de novo? Era isso que ela havia percebido? Que Caius estava certo? Meu coração batia descontroladamente, estava morrendo de medo do que ouviria a seguir.

– Você não mudou porque esse sempre foi você, só que na época era muito novo e se deixou levar pelo dinheiro e as más companhias, mas isso aqui. - Explicou espalmando sua mão sobre o meu coração. - Sempre foi o mesmo, eu entendo isso agora. - Olhava desnorteado de sua mão para seu rosto.

– Bell... - Iria contradize-la, mas ela tapou meus lábios com um beijo em seguida encostou sua testa na minha me impedindo de dizer qualquer coisa ela continuou.

– Eu olho para você e sou capaz de enxergar o mesmo rapaz que corria para o meu quarto e me confidenciava seus medos, o mesmo que me disse que queria uma casa com sua esposa e filho. Esse sempre foi você. - Afirmou novamente. - Só estava escondido usando a popularidade, soberba e riqueza como escudo para que ninguém notasse o verdadeiro Edward Cullen, mas eu vejo ele e o amo demais. - Declarou emocionada, segurei seu rosto e o puxei para um beijo cheio de paixão e amor. Isabella me amava, mais do que isso, me provou que tinha mais confiança em mim do que eu mesmo, nesse momento só havia algo que eu podia dizer em troca.

– Eu te amo tanto. - Murmurei entre nossos lábios, intensifiquei a potência do beijo ao mesmo tempo que eu já me sentia mais do que excitado e Isabella me provocava esfregando sua intimidade em meu membro duro, então ela se levantou minimamente e o segurando a penetrou, eu me movia com certa calma, queria prolongar esse momento o quanto eu pudesse, suas mãos se enrolaram nos meus cabelos enquanto eu abraçava suas costas e invadia sua boca, quando ficávamos sem ar, ela simplesmente pendia sua cabeça para trás e eu beijava seu pescoço e seios, a água da banheira transbordava pelo chão, mas não estávamos nem ai para tal fato, somente queríamos sanar nem que fosse um décimo do que

sentíamos um pelo o outro e que agora com tudo o que ela havia me dito parecia ter crescido ainda mais. Eu aumentei o ritmo exponencialmente e finalmente atingimos o auge juntos, Bell deitou a cabeça em meu ombro com um sorriso lindo no rosto, minhas mãos continuaram a passear pelas suas costas em um carinho delicado, beijei sua testa e me inclinei um pouco para frente ligando a torneira e enchendo a banheira com mais água, quando percebi que tinha o suficiente desliguei, ficamos ali naquela posição perfeita, comigo ainda dentro dela.

– Eu adoraria acreditar no que me disse. - Admiti, sinceramente não sabia dizer se ela estava certa ou não.

– É a verdade. - Assegurou novamente, suspirei chateado, por mais que ela dissesse isso eu não conseguia acreditar.

– Eu magoei tantas pessoas, você, meus pais. Vocês queriam o meu bem e tudo o que eu fiz foi magoar, esnobar e desrespeitar tudo o que faziam por mim, eu só pensava em mim. - Bufei exasperado pelo imbecil que eu tinha sido.

– Eu acho que você tinha medo. - Bell argumentou.

– Medo do que? - Questionei afagando seus cabelos.

– De não ser o filho que achava que eles queriam, de decepcionar eles, por isso achou mais fácil pensar só em si. - Sorri e balancei a cabeça, Bell tinha uma resposta para tudo.

– Acho que me conhece melhor que eu mesmo. - Consenti a olhando.

– Digo o mesmo senhor Cullen. - Falou levantando a cabeça e beijando meus lábios mais uma vez. - Quero ir para cama. - Pediu manhosa.

– Seu pedido é uma ordem senhorita. - Ela sorriu e se levantou saindo da banheira, a acompanhei, peguei a toalha de suas mãos e comecei a enxuga-la, ela passou a mão pelo meu peito e se aproximou beijando minha boca, deixei a toalha cair e a segurei pela cintura a levando até meu quarto e a amando mais uma vez.

Ficamos na cama enrolados um no outro, Bell acariciava meu rosto com a ponta dos dedos, esse momento era perfeito, eu sentia que enfim poderíamos deixar nosso passado para trás e então construir um futuro juntos. Isabella suspirou e me encarou.

– Eu fui demitida. - Confessou afinal.

– Foi o que imaginei quando vi a caixa que estava carregando. Aposto que foi culpa do Caius. Acusei e senti seu corpo tencionar, ela se afastou e sentou na cama. Já estava ficando nervoso com seu silêncio. - O que ele fez? - Perguntei passando minha mão pelas suas costas e me sentando ao seu lado.

– Promete que não vai fazer nada? - Franzi meu cenho e controlei minha respiração.

– O que ele fez Isabella? - Perguntei novamente mais sério.

– Caius disse que eu merecia coisa melhor que você e me beijou a força. - Soltou de uma só vez, eu vi tudo escuro na minha frente. Só de imaginar as mãos daquele ser na minha Isabella eu ficava louco.

– Canalha desgraçado! Eu vou matar ele! - Esbravejei me levantando, ia dar uma surra que ele nunca mais ia se esquecer, porém antes que saísse da cama Bell me segurou.

– Não Edward! - A olhei possesso.

– Você não pode me impedir de fazer isso, é o que ele merece. - Argumentei irritado.

– Caius é influente não vai deixar barato qualquer coisa que você fizer contra ele. Por favor. Por mim. - Pediu com os olhos suplicantes, respirei fundo e me sentei passando as mãos pelo rosto.

– Isso não pode ficar assim. Esse canalha tem que pagar Bell. - Aleguei sem paciência.

– Eu acredito que a vida vai se encarregar disso. - Levantei a cabeça e a encarei, ela já havia dito algo parecido para mim.

– Foi o que você me disse. - Sorri tímido, ela veio em minha direção e se sentou no meu colo.

– E deu certo. - Respondeu altiva.

– Você é uma coisinha sabida hein. - Bell riu fazendo com que eu relaxe um pouco também, percebi que era essa sua intenção. - Quer dizer que o desgraçado te beija... - Resmunguei irrequieto. - E você é demitida? - Questionei sem entender. Isso não fazia o menor sentido. Isabella voltou a ficar séria.

– Meu chefe disse que eu deveria ter deixado acredita? - Falou indignada.

– Como é que é? Quem esse sujeito pensa que é para permitir que um cliente te assedie? Que tipo de chefe pede isso de um funcionário? Mais um que acabou de entrar na minha lista negra, pois eu pretendia dar uma forcinha para a vida e dar uma lição nesses dois calhordas sem que soubessem que fui eu, já estava tendo uma ideia brilhante para isso, só precisa saber se Emm e Jazz topariam. Ninguém mexia com Isabella e sairia assim impune, não enquanto eu estivesse ao seu lado. Caius e Benjamim iriam pagar muito caro por tudo isso. Ah! Se iam.

– Foi o que eu disse a ele. - Bell suspirou deitando com a cabeça no meu ombro. - Pensar que um dia eu admirei esse homem. - Disse chateada, lembrei de todas as vezes que ela falava do chefe com tanta admiração, com certeza ouvir tudo aquilo de uma pessoa que se tem tanta consideração não deve ser nada fácil, confesso que as vezes sentia até um pouco de ciúmes da relação deles, mas sempre soube que não tinha com o que me preocupar. - O dinheiro muda as pessoas. - Completou em um tom baixo e amargo, a apertei em meus braços e beijei sua testa a confortando, sabia que esse não era o melhor momento, mas já que estávamos sendo honestos achei que o melhor seria resolver logo tudo de uma só vez e com isso tocar no assunto que ainda era sinônimo de discussão entre nós. Dinheiro.

– É por isso que não quer lutar pela herança? - Bell levantou o rosto e me encarou seriamente sem dizer nada, nós já havíamos discutido sobre isso diversas vezes, mas ela estava relutante

em correr atrás do que era nosso por direito e eu preferi esperar até que se sentisse pronta, pois eu já me sentia assim. A olhei atentamente e como um clique eu finalmente entendi seu medo, na mesma hora me lembrei de nossa primeira discussão meses atrás e sua voz ecoou na minha cabeça como se ela estivesse me dizendo isso agora. “Porque eu sei para onde isso esta indo. Você vai recuperar seu dinheiro e voltar a ser o mesmo Edward. Eu posso ver o brilho nos seus olhos e é o mesmo que você tinha antes, poder, dinheiro, você vai voltar a ser o fútil de sempre.” Claro! Era isso que Isabella temia, que eu mudasse caso ficasse rico de novo. Como pude ser tão idiota e me esquecer disso? Segurei seu rosto em minhas mãos. - Bell eu não vou voltar a ser o mesmo. - Garanti, ela tentou desviar o rosto, mas o segurei e a fiz me encarar. Isabella suspirou e encostou sua testa na minha.

– Se você me deixar... - Murmurou com uma voz sofrida.

– Nunca! - Disparei acariciando sua face, ela sorriu timidamente visivelmente mais relaxada. Eu jamais seria capaz de qualquer coisa que te afastasse de mim. Não posso viver sem você Isabella. - Revelei meu maior medo. Uma vida sem meu anjo seria o mesmo que vegetar, eu já havia passado por isso e não estava disposto a experimentar essa sensação novamente ainda mais agora que sabia o quanto ela me amava.

– Eu também não. - Confessou com um sorriso maior no rosto.

– Se recuperarmos tudo podemos construir nossa casa do jeito que quisermos e você pode até abrir um escritório de arquitetura se quiser. - Expliquei lhe mostrando as possibilidades. - Ou trabalhar comigo na Cullen’s. - Completei sorrindo de modo malicioso, Bell riu.

– Nunca daria certo nós dois trabalhando juntos. - Caçoou.

– Eu prometo me comportar. - Falei tentando fazer minha melhor cara de inocente, Bell empurrou meu peito com ambas as mãos me deitando na cama e ficando sobre mim.

– O problema senhor Cullen é que eu não vou me segurar. - Acabei rindo com sua cara sapeca.

– Iria me assediar senhorita? - Perguntei falsamente surpreso, Isabella se aproximou e beijou meu lábios.

– Pode ter certeza que sim. - Respondeu roçando sua boca na minha e em seguida aumentou a potência do beijo, essa mulher me deixava totalmente, completamente e absolutamente louco e eu não me importava nenhum pouco com isso, pois com ou sem herança tudo o que eu queria era Isabella ao meu lado, para sempre.

Notas finais do capítulo Finalmente tudo esclarecido!!! Estou me apaixonando perdidamente pelo Edward e quero tomar banho de banheira com ele *-*

Quem esta sentindo falta do pessoal??? No próximo teremos um dia das garotas, afinal temos um casamento para planejar e no lado dos rapazes uma bela vingança O.o mas antes teremos a decisão final desses dois sobre essa herança :)

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 39) Capítulo 38 - Plano

Notas do capítulo Muito obrigada pelos comentários!!!!

O capítulo de hoje tem um pouco de tudo, momento fofo Beward, conversa de amigas, um planejamentos do liga dos cuecas (né Caahzinha Stewart ;) ) e um papo sério do Edward com Benjamim...

Espero que gostem ;) Bella POV

Abri os olhos e a primeira coisa que vi foi o rosto sereno do homem que eu amava, Edward se mostrava cada dia mais fantástico e com uma paciência incrível, ele cuidava tão bem de mim, meu lindo e delicioso namorado. Sorri o observando enquanto ainda ressonava tranquilamente, tirei seus braços que circulavam minha cintura lentamente e caminhei até o banheiro, fiz minha higiene e segui para a cozinha o mais silenciosamente que podia, iria preparar um ótimo café da manhã para meu Edward.

Peguei os ovos, bacon e as laranjas e comecei a preparar tudo, minha mente ainda parecia entorpecida depois de tudo o que havia acontecido no dia anterior. Eu não tinha mais trabalho. Suspirei chateada ao me lembrar desse fato, depois de tanto tempo naquela empresa ainda era difícil acreditar que havia sido demitida de uma forma tão injusta. Eu sabia por alto que a empresa estava passando por certas dificuldades financeiras, mas me jogar para cima de um cliente não era nada profissional, Benjamim tinha perdido a cabeça e me decepcionado completamente. Agora precisava procurar alguma coisa o mais rápido possível, além disso tinha o assunto da herança, talvez meus medos fossem mesmo infundados, principalmente depois de tudo o que aconteceu ontem, Edward não ia me deixar e isso estava finalmente claro para mim. Quanto a Caius eu só esperava que algum dia ele soubesse o que era ser humilhado publicamente e sentisse nem que fosse metade tudo o que eu passei na mão dele e daqueles garotos odiáveis na escola, mas isso eu deixaria a encardo da vida, tinha certeza que ele não ficaria impune e de nada ia adiantar ficar sofrendo ou pensando nesse idiota. Voltei a minha atenção aos ovos e o bacon e me permiti esquecer desse assunto desagradável.

– Que cheiro gostoso. - Ouvi a voz rouca de Edward soar preguiçosamente, levantei a cabeça e o vi escorado na parede.

– Bom dia! - O cumprimentei com um sorriso, ele se aproximou e passou os braços pela minha cintura beijando meu pescoço. Eu amava quando ele fazia isso.

– Bom dia. - Murmurou com os lábios ainda na minha pele. - Não gostei nada de acordar sem você. - Reclamou manhoso, eu ri.

– Queria preparar um café da manhã especial para você. - Respondi me virando e passando meus braços pelo seus ombros, Edward me encarou com um sorriso e me beijou delicadamente.

– Hum que mulher prendada eu tenho. - Sorri completamente boba.

– Vai se sentar que já esta quase pronto. - Avisei me virando novamente para o fogão e mexendo os ovos.

– Não precisa de ajuda? - Ofereceu solicito.

– Não, pode ir sentando. - Edward deu uma leve mordida no meu pescoço fazendo todo o meu corpo arrepiar.

– Mandona. - Murmurou ao pé do meu ouvido, em seguida deu um tapa no meu bumbum. Vamos logo! Seu homem esta com fome. - Me segurei para não rir, desliguei o fogão e me virei cruzando os braços sobre o peito arqueando minha sobrancelha.

– Não sabia que fazia o estilo neandertal? Vou repensar minha decisão sobre esse namoro. Disse tentando parecer séria o que estava sendo bem difícil, Edward riu e me abraçou pela cintura.

– Desculpa amor mas essa é uma decisão que não tem volta. Você é minha e sempre será. Descruzei meu braços e circulei seu pescoço.

– O que farei com você senhor Cullen? - Perguntei balançando a cabeça, ele encostou sua testa na minha.

– Vai me amar senhorita Cullen. - Respondeu sorrindo, não pude evitar de sorrir também. - E me alimentar também. - Ri e o empurrei.

– Então vai logo sentar que sua mulher vai te servir. - Edward puxou meu braço e me deu um beijo luxuriante, sua língua explorando de forma ávida e calma minha boca fazendo com que eu soltasse um gemido de prazer e deixasse minhas pernas bambas. Então se afastou e finalmente foi para a mesa me deixando seca por algo a mais. Respirei e tentei me controlar. O que esse homem fazia comigo? Praguejei mentalmente. Peguei tudo o que tinha preparado e levei até a mesa, assim que terminei ele me puxou para o seu colo. - Não se cansa de comer comigo no seu colo? - Perguntei bem humorada.

– Tudo o que eu mais amo é ter você perto de mim, a todo o momento. - Falou dando um beijo molhado no meu pescoço. Sorri com sua resposta e ainda mais com seus lábios na minha pele.

– Eu também. - Confessei dando um simples selinho nos seus lábios. Talvez agora fosse um bom momento para tocar no assunto da herança e dizer o que eu decidi. - Edward?

– O que amor? - Perguntou me olhando enquanto levava um garfada de ovos com bacon à boca.

– Eu pensei sobre o que conversamos sobre a sua herança. - Ele cerrou os olhos.

– Nossa herança. - Disse incisivo limpando a boca com o guardanapo. - Esqueça dos nossos pais Bell, o que é meu é seu. Simples assim. - Acabei sorrindo. - O que você decidiu?

– Acho que tem que ir atras disso. É seu... - Edward fechou a cara, antes que dissesse algo, completei. - Nosso direito. - Sua expressão suavizou e ele abriu um sorriso lindo.

– Ótimo. Irei conversar com Eleazar sobre isso na sexta quando falar com ele sobre os problemas de desvio de dinheiro da empresa.

– Não acha que ele pode tentar impedir?

– Não, ele sabe que eu tenho direito e que cedo ou tarde eu iria atrás disso, acho justo que ele saiba que vou entrar na justiça pela nossa herança.

– Você confia nele?

– Confio, trabalho com ele há um bom tempo e vejo que ele é realmente honesto com o que faz.

– Foi o que eu pensava do Benjamim também. - Murmurei chateada.

– Ele é diferente Bell, tenho certeza que tudo isso foi coisa do nosso pai.

– Edward! Carlisle nunca o deixaria na miséria.

– Eu precisava aprender Bell, ele me deixou um cargo na empresa, mas eu me neguei a aceitar, dizendo que era muito abaixo do que eu merecia. Tudo o que nosso pai queria era que eu lutasse por algo na minha vida. - Disse pensativo. Será mesmo que tudo isso foi planejado por Carlisle? A verdade é que fazia todo sentido e Edward tinha tanta certeza sobre isso que eu mesmo estava acreditando nessa hipótese.

– Se você confia nele eu também confio. - Ele sorriu abertamente.

– Tenho certeza que dará tudo certo nos trâmites legais, não vai ser algo rápido, mas teremos o que é nosso por direito e poderemos construir nossa casa do jeito que quisermos.

– Acho que vai ser bom colocar a cabeça nisso enquanto não arrumo um trabalho. Já posso inclusive ir planejando cada cômodo, afinal seis quartos não é pouca coisa não é senhor Cullen? - Edward riu e beijou meu pescoço tomando em seguida um copo de suco.

– Já tenho muitas idéias para nosso quarto. - Edward disse animado enquanto comia uma fatia de bacon, eu me limitava a tomar com copo de Iorgute.

– Ah é? Posso saber quais? - Ele balançou a cabeça.

– Ainda não. Vamos fazer isso juntos. - Sorri. Era tudo o que eu queria também. - O que vai fazer hoje? - Perguntou mudando de assunto.

– Vou passar no ateliê da Alice, combinamos de ver algumas coisas para o casamento da Rose.

– Já?

– Pois é. Rose esta uma pilha com os preparativos, nem parece que o casamento vai ser daqui um ano. - Para mim era muito tempo, mas de acordo com Alice era pouco para preparar tudo. - Rose quer algo bem grande, por isso já esta correndo com tudo. - Expliquei, Edward terminava de mastigar os ovos quando me encarou.

– E você? - O encarei confusa.

– Eu o que?

– Como gostaria do nosso casamento? - Senti um frio percorrer meu estômago, apesar de ser cedo eu sabia que uma hora seria a nossa vez e só de ver Edward interessado nisso me deixava nas nuvens.

– Adoraria que fosse bem informal, à tarde com muitas flores silvestres e ao invés de uma festa um jantar com as pessoas mais próximas. - Edward me olhava atentamente. - O que acha? - Perguntei receosa pela sua reação, mas assim que vi seu sorriso relaxei.

– Eu amei amor. - Exclamou animado.

– Mesmo?

– Sim, vai ser lindo, mais ainda ver você vindo na minha direção. - Disse me apertando nos seus braços.

– Isso é um pedido senhor Cullen? - Provoquei.

– Não, ainda não. - Sorri. - Vai dizer sim quando eu pedir? - Fiz uma cara pensativa.

– Hum não sei. - Edward fez cócegas no meu abdômen. - Para Edward. - Pedi rindo, ele parou e me encarou.

– Pois fique sabendo que quando pedir vai ser impossível a senhorita recusar.

– Já esta planejando? - Ele sorriu.

– Eu planejo isso desde que tinha dezessete anos Isabella.- Pela primeira vez não pensei em nosso passado com amargura ou dor, sua declaração fez um calor agradável surgir no meu peito.

– Agora vou ficar curiosa. - Falei manhosa fazendo um bico, Edward me beijou.

– Não fique. Sei que ainda esta cedo para tal passo mas quando for pedir você saberá. Suspirei passando minha mão pelos seus cabelos e encostei minha testa na sua.

– Eu te amo senhor Cullen. - Declarei apaixonada.

– Eu te amo futura senhora Cullen. - Sorri abertamente pelo modo como meu sobrenome já tão conhecido pode soar tão diferente somente com o senhora na frente. Estava contando os segundos para me tornar sua esposa.

Aproveitei que ia no ateliê de Alice e dei uma carona para Edward até o trabalho, passamos todo caminho conversando bobagens, eu juro, se pudesse ficaria grudada nele vinte e quatro horas por dia, era incrível a sintonia que tínhamos, atingimos um ponto em que nem

precisávamos falar para saber o que o outro queria, depois do nosso papo sobre casamento fiquei mais animada com os preparativos do de Rose. Quem sabe logo não seria o nosso?

Estacionei meu carro em frente ao ateliê e desci indo em direção da entrada, agradecia pelo fato de Victoria não trabalhar mais com Alice, sempre que nos víamos ela me perguntava sobre Edward e isso me irritava profundamente, ainda mais porque ele nunca deu bola para ela, achava essa insistência uma chatice.

– Bom dia Tanya. - Cumprimentei a recepcionista. - Alice esta?

– Ela já esta esperando Isabella. Pode entrar. - Agradeci e segui pelo corredor até chegar ao seu escritório. Assim que abri a porta já pude ouvir sua voz.

– Que bom que veio mais cedo. - Disse sorrindo, fui em sua direção e a cumprimentei.

– Pois é, agora estarei livre as manhãs e tardes. - Falei com desgosto. Ela franziu o cenho confusa.

– Por que? - Me sentei no amplo sofá areia que tinha no canto do escritório, ela veio na minha direção e se sentou ao meu lado, então contei tudo o que tinha acontecido no dia anterior, Alice me encarava abismada com as coisas que lhe dizia. - Mais que bando de sem-vergonhas. Me diz que você vai denunciar seu chefe Bella.

– Não vou.

– Bella! - Me repreendeu.

– Eu não tenho provas Alice, vai ser a palavra de um conhecido arquiteto contra a minha. Que chances eu teria?

– Isso é verdade. - Lamentou. - Mas aposto que o Edward vai fazer algo. - Comentou com os olhos brilhando, balancei a cabeça sorrindo.

– Edward queria esganar os dois, mas eu pedi que ele não fizesse nada.

– Ah não Bella! Pelo menos um tinha que levar uma boa surra. - Argumentou, eu era veementemente contra violência.

– Alice os dois são pessoas importantes, isso só iria prejudicar o Edward. Eu não quero.

– Você é boa demais. - Reclamou, eu ri. - E as merdas que esse Caius falou, espero que não tenha acreditado.

– Eu confesso que fiquei mexida. - Ela me olhou espantada. - Mas vi como estava sendo estúpida, o que doeu mesmo foi que quando o vi tudo o que eu passei veio na minha mente claramente.

– Você conversou com Edward sobre isso?

– Sim, ontem nós falamos sobre tudo, ele foi tão gentil e doce comigo. Eu me apaixono cada dia mais Alice. - Ela sorriu.

– Você merece ser feliz e o Edward também. - Era a mais pura verdade, já havíamos passado por muita coisa, estava na hora de sermos felizes.

– Bom vamos mudar de assunto caso contrário eu vou correndo atrás dele. - Demos risada. Como andam os preparativos?

– Já estou desenhando o vestido de Rose e hoje quero começar a desenhar os das madrinhas. Falou sorrindo apontando para nós duas. - Como não quero nada igual queria que me dissesse como quer o seu.

– Ok. - Concordei, Alice pegou um bloco de papel e começou a rabiscar enquanto eu dizia o que queria ela ia me dizendo o que ficaria bom ou não. Passamos boa parte da manhã falando sobre os vestidos, logo depois chegou Rose cheia de revistas de noivas. Ela estava super animada com o casamento tanto que tirou folga só para discutir o assunto e já começar a ir atrás de tudo, passando o restante da tarde discutindo sobre cores, talheres, copos, pratos e comidas. Agora eu via que Alice estava certa em dizer que um ano era pouco para preparar um casamento, realmente um ano não nada.

Edward POV

Cheguei ao restaurante que havíamos combinado e logo avistei Emm e Jazz sentados na mesa, infelizmente Seth já tinha compromisso e não pode vir comigo.

– E ai gente? - Falei cumprimentando eles e me sentando.

– Beleza cara. - Emm disse. - Fiquei curioso com a urgência desse encontro. - Indagou interessado.

– Eu também. - Jasper completou igualmente interessado.

– Precisava falar sobre um assunto sério com vocês. - Emm franziu o cenho e me encarou.

– O que aconteceu? - Perguntou preocupado, respirei fundo e comecei a contar tudo o que havia acontecido no dia anterior com Bell.

– Como esse desgraçado foi capaz disso? - Ralhou Jasper indignado com a atitude do chefe de Bell.

– E esse tal de Caius, que canalha! - Exclamou Emmett revoltado.

– Eu sei, nem posso acreditar que um dia fui amigo desse desgraçado. - Lamentei chateado. Mas isso acabou, prometi a Bell que não bateria nele, mas ela não disse nada sobre humilhar esse verme. - Emm abriu um sorriso.

– Pode contar comigo Edward, esse imbecil merece sofrer.

– Comigo também. - Jasper disse concordando.

– Eu sabia que vocês me ajudariam. Eu acho que sei o que fazer, mas não faço ideia de como realizar isso.

– Fala e vemos como podemos ajudar. - Incentivou Jasper então contei o que tinha em mente no final Emmett gargalhou alto atraindo diversos olhares na nossa direção.

– Menos Emmett. - Adverti me controlando para não rir, assim como Jasper.

– Cara essa ideia é fenomenal! Vai arrasar e humilhar o talzinho com tudo! - Exclamou animado.

– Eu concordo. Esse plano é perfeito! - Alegou Jasper.

– Também achei, mas não sei por onde começar ou como conseguir o que preciso.

– Não se preocupe Edward, deixe isso na minha mão, arranjo tudo o que você precisa. Arqueei minha sobrancelha, Jasper o encarou também.

– Posso saber como vai fazer isso? - Perguntei intrigado.

– Tenho meus contatos. - Respondeu enigmamente.

– Hum ou você mesmo já experimentou? - Jasper caçoou, Emm fechou a cara e eu gargalhei.

– Nada a ver. Vai querer minha ajuda ou não?

– Claro, caso contrário nem saberia o que fazer. - Falei parando de rir. - Mas depois vamos querer saber dessa historia. - Emmett sorriu.

– Eu conto e vai ver que não é nada disso que essas cabeças sujas estão pensando.

– O que faremos primeiro? - Perguntou Jasper.

– Caius sempre foi bem metódico em sua rotina, só espero que não tenha mudado isso. Ele sempre vai ao mesmo bar no mesmo horário todo dia, é um vagal com certeza não vai estar fazendo nada, vai ser um bom lugar para por nosso plano em prática. Acha que consegue tudo para amanhã Emm?

– Com certeza, depois de contar como esse cara é um imbecil não vai ser difícil.

– Perfeito. Obrigado pela ajuda gente. - Agradeci sinceramente.

– Amigos são para isso Edward, além disso vai ser divertido para caralho. - Emmett disse animado. Acabamos rindo.

– E o chefe dela Edward? - Jasper perguntou, bufei.

– Eu pensei em fazer algo, mas percebi que ele mesmo cavou sua cova demitindo Isabella. Benjamim veria o grande erro que foi quando mandou Bell embora. - Mas faço questão de dizer isso na cara dele e vai ser hoje mesmo.

– Se quiser uma ajuda nisso também. - Emmett ofereceu.

– Valeu, mas esse eu faço questão que veja a minha cara. - Declarei. Após o almoço voltei para a empresa não via a hora de chegar amanhã e ver Caius sendo humilhado com certeza não o veríamos tão cedo depois disso. Voltei minha atenção ao trabalho, afinal tinha um compromisso inadiável após o expediente e tinha ainda muitos projetos para analisar.

Conforme havia planejado sai um pouco mais cedo do serviço para poder passar no escritório de arquitetura de Benjamim e ter uma conversa séria com ele. Não demorei a chegar já que o local não ficava longe da Cullen’s.

– Bom tarde! - A recepcionista me cumprimentou com um sorriso enorme no rosto. Eu odiava quando as mulheres me olhavam como se fosse algo de comer, bom exceto uma. Sorri mentalmente ao pensar em meu anjo.

– Oi. Sabe onde fica a sala do Benjamim? - Perguntei seriamente.

– Na segunda porta à direita. Tem hora ... - Nem terminei de ouvir o que ela dizia e segui até o escritório dele. - Senhor não pode entrar assim. - Ouvi a moça dizer ao mesmo tempo que abria a porta em um rompante.

– O que significa isso? - Benjamim se levantou sério. - Kate? - A moça apareceu ao meu lado.

– Sinto muito ele foi entrando. - Se desculpou.

– Chame os seguranças. - Ordenou rudemente.

– Não precisa. - Aleguei. - O que eu vim fazer aqui é rápido.

– Quem é você? - Indagou sério.

– Edward Cullen namorado de Isabella.

– O que quer aqui rapaz? Veio tirar satisfações por que demiti Isabella, não tenho culpa se sua namorada é uma incompetente. - Bati com o punho na sua mesa fazendo com que ele e a moça que ainda estava parada na porta se assuntassem.

– Incompetente é o senhor! - Exclamei nervoso apontando o dedo na cara dele. - Que é capaz de forçar uma profissional a aceitar sem reclamar o assédio dos seus clientes. - O rosto de Benjamim ficou branco.

– Kate saia. - Exigiu, a moça saiu fechando a porta em seguida.

– Ela não sabe o canalha que o chefe é? - Questionei com um sorriso debochado.

– Olha aqui rapaz eu não devo satisfação alguma a você e se quer saber acho que Isabella estava gostando e muito da atenção do senhor Manchester. - Eu voei sobre a mesa dele e o agarrei pelo colarinho da camisa.

– Escuta aqui seu verme, não ouse sequer pronunciar o nome de Isabella de forma tão baixa. O único que não presta aqui é você! - Ele me olhava assustado, estava morrendo de vontade de socar esse imbecil, mas havia prometido a Bell que não faria nada e só de estar aqui já estava quebrando a promessa. - É bom que você saiba que eu podia com alguns telefonemas acabar com essa empresa de merda! - Benjamim tirou minha mão da sua camisa com brusquidão.

– Quem você pensa que é? Que eu saiba seu pai te deixou sem uma agulha. - Desdenhou, não era segredo na alta sociedade o que havia acontecido com o primogênito dos Cullens.

– E daí? Eu trabalho diretamente com diversas construções e posso garantir que tenho muito prestigio na minha área apesar do pouco tempo e posso muito bem fazer com que todos eles cortem negócios com você. - Ele me encarou alarmado.

– Você não seria capaz.

– Eu seria, mas não vou fazer isso. Sabe por que? - Abri um sorriso enorme. - Porque essa porra que você chama de escritório vai a falência sem Isabella, ou pensa que eu não sei que a maioria dos projetos e ideias vem dela.

– É isso que sua namoradinha te disse? Pois saiba que é mentira. - Tentou se defendeu.

– Veremos Benjamim. - Disse e sai daquele lugar apressadamente. Que ódio desse desgraçado! Canalha! Respirei fundo tentando me acalmar, chamei um taxi e fui para casa de Bell. Eu deveria contar a ela o que eu fiz? Eu não podia esconder isso de modo algum, não seria honesto.

Bati na porta de seu apartamento e ela apareceu linda e com um sorriso glorioso no rosto, no instante seguinte ela estava nos meus braços.

– Saudades anjo. - Disse a beijando.

– Também. Como foi seu dia? - Fiz uma cara de cansado.

– Exaustivo. - Bell acariciou meus braços.

– Que tal um banho e depois um massagem. - Sorri.

– Parece perfeito. - Ela fechou a porta, pegou minha mão e me puxou para o quarto entretanto eu precisava conversar sobre o que tinha acontecido antes. - Bell Espera.

– Que foi?

– Vem cá. - Falei a puxando para se sentar no sofá.

– Esta me assuntando Edward. Aconteceu algo no trabalho? É sobre o Michael e o caso de corrupção? - Neguei.

– Não, é que... - A olhei e tomei coragem. - Eu fui ver o Benjamim hoje. - Confessei finalmente.

– COMO? - Esbravejou se levantando. - Eu pedi para você não fazer nada Edward.

– Eu não fiz nada. Juro. - Me defendi.

– O que aconteceu? O que foi fazer lá?

– Dizer para aquele imbecil que não é certo tratar as pessoas do modo como ele te tratou e que se eu quisesse podia afundar a droga do escritório dele. - Bell se aproximou e me abraçou pelo pescoço.

– O senhor nunca faz nada do que eu peço não é mesmo. - Abri um sorri malicioso.

– As vezes eu faço. - Falei acariciando suas costas, Bell riu.

– Não vou dizer que o que fez foi certo. - Ela passou os dedos delicadamente pela minha bochecha. - Mas obrigada por cuidar de mim.

– Tudo por você meu anjo. - Declarei e lhe dei um beijo delicado nos lábios, Bell se afastou e voltou a me puxar para nosso quarto com um sorriso safado no rosto. Esperava sinceramente que essa também fosse sua reação quando descobrisse o que faria com Caius.

Notas finais do capítulo Alguma ideia do que os rapazes irão fazer com o Caius???

O próximo deverá ser em terceira pessoa e mostrará exatamente o que eles aprontaram com o Caius... Tentarei postar o mais rápido possível :)

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 40) Capítulo 39 - Humilhação

Notas do capítulo Muito Obrigada pela recomendação Hemilly. AMEI!!! *-* Dedico este capítulo a você e a todas as minhas leitoras que sempre me incentivam :)

Esse capítulo foi completamente diferente de tudo o que já fiz... qualquer coisa me desculpem... rsrsrsrs

Espero sinceramente que gostem ;) Narrador POV

Caius sentou no canto do bar que costumava a frequentar há anos, isso já fazia parte de sua rotina diária, o garçom que o conhecia muito bem trouxe imediatamente seu Brandy, enquanto sorvia a bebida pensava em algum plano para se aproximar de Isabella novamente, desde o colégio aquela mulher povoava seus sonhos mais eróticos ou era isso que Caius queria acreditar. Ele balançou a cabeça afim de afastar tais pensamentos desagradáveis e voltou sua

atenção a pensar em Isabella e em como ele sempre a viu como um desafio afinal a doce morena nunca havia lhe dado uma chance, em sua mente veio o tapa que deu nele na frente de todos no colégio, naquela época sua vingança surgiu no plano que convenceu Edward a participar, achou que com isso se sentiria vingado e esqueceria seu suposto desejo por ela, mas não foi o que aconteceu.

Mesmo depois de saírem da escola toda vez que via Isabella em alguma boate seu desejo de vingança só aumentava, ela sempre estava cercada por um bando de homens e Caius como o covarde que sempre foi não seria louco de se aproximar, entretanto quando a viu com Edward o homem que ela deveria odiar, seu sangue subiu, Caius sempre sentiu inveja de seu antigo amigo, de sua beleza, de seu corpo, de seu carisma, da sua facilidade em conquistar a mulher que desejasse e claro, de sua fortuna, apesar de ser rico não era tanto quanto Edward. Bom, pelo menos dinheiro ele não tinha mais, Caius ainda se lembrava claramente do dia em que Edward foi até sua casa implorar ajuda e em como sentiu um prazer imensurável em negar qualquer coisa para aquele que sempre odiou, Edward iria pagar por tudo.

Agora tudo o que Caius conseguia pensar era que se Edward podia ter Isabella em seus braços, ele também podia. Para isso descobriu onde Isabella trabalhava e foi atrás dela, não imaginava que fosse tão arisca, afinal não tinha sido ele que a havia humilhado na frente de todos, foi Edward, por quem ela pelo visto ainda sentia algo muito forte. Será que não se lembrava de tudo o que Edward havia feito? Passou a mão pelo rosto e se lembrou do tapa que havia levado, de novo ela tinha batido nele. Vadia desgraçada. Pensou rancoroso. Ela estava completamente enganada se pensava que se veria livre dele, agora sua vingança seria ainda pior.

Caius ficou um instante parado pensando em alguma coisa para fazer contra Isabella e então teve uma ideia brilhante, com certeza o que ele havia dito sobre Edward a tinha afetado, tudo o que precisava fazer era armar para Isabella flagrar Edward com outra mulher, desse modo ela veria que ele tinha razão e finalmente a teria para si, em sua cama, mataria toda vontade que tinha e então a humilharia como ela merecia, a doce Isabella sentiria novamente na pele que ninguém mexe com Caius Manchester.

Feliz com seu plano Caius sorriu satisfeito, conhecia belas prostitutas que iriam adorar conquistar Edward. Então um pensamento o paralisou. E se ele descobrisse e quisesse se vingar? Não, Edward com certeza iria até gostar. Refletiu tranquilamente. Caius sabia muito bem como o velho amigo gostava de mulheres e que esse caso com Isabella não devia significar nada para ele. Porém ainda era preciso tomar cuidado, conhecia Edward muito bem para saber que ele não deixaria isso barato caso descobrisse. Caius podia negar com toda força que tinha, mas morria de medo de Edward, pois sabia bem tudo o que o antigo amigo era capaz, afinal em sua juventude jamais havia perdido uma briga na escola, nem mesmo um

arranhão havia levado. O loiro engoliu em seco só de pensar em ter que enfrentar Edward e subitamente seu plano não parecia tão bom, mesmo assim iria em frente. Talvez Edward até o agradecesse, afinal não era ele que sempre dizia o quanto odiava a irmã adotada?

– Com licença. - Ouviu uma voz suave fazendo com que seus planejamentos sumissem por um instante. Levantou a cabeça e encarou a bela loira à sua frente com uma bebida na mão, Caius então abriu um sorriso sedutor.

– Pois não? - A moça tentou se controlar ao ver a figura desprezível que estava na sua frente, depois de tudo o que ouvirá sobre Caius não pode recusar o convite para entrar nessa vingança.

– Eu gostaria de saber se posso me sentar com você? Não queria ficar sozinha. - Falou manhosa, ele a olhou de cima a baixo, era um tentação de mulher.

– Por favor. - Respondeu indicando a cadeira à sua frente, ela sorriu e se sentou. - Qual seu nome beleza?

– Não acho que seja uma informação importante. - Caius ficou satisfeito com sua resposta, realmente isso era dispensável. - Não posso acreditar que um homem como você possa estar aqui sozinho. - Comentou mordendo de leve os lábios.

– Um homem como eu? - Perguntou interessado.

– É, lindo, interessante... - Parou e se aproximou do rosto de Caius e sussurrou em seu ouvido. - Gostoso. - Ele sorriu com arrogância.

– Sabe que eu achei tudo isso de você também. - Respondeu malicioso acariciando o braço da jovem a sua frente, ela tentava a todo custo aguentar o toque daquele homem asqueroso. - O que poderíamos fazer sobre isso? - Perguntou roçando sua perna na dela.

– Eu tenho algumas ideias. - Ela respondeu mordendo novamente os lábios de modo atraente, Caius se contorceu sobre a cadeira. - Topa sair daqui?

– Claro. - Ele concordou e se levantou puxando a cadeira da mulher como se fosse um cavalheiro, fez um movimento com a cabeça para o garçom indicando para colocar tudo na sua conta. Eles saíram e ela o puxou em direção ao seu carro. - Eu tenho motorista delícia. - Falou beijando seu pescoço. - A jovem tremeu ao sentir os lábios dele na sua pele, Caius pensou ser de desejo, mas na verdade era nojo.

– Mas eu quero dirigir. - Ponderou com um bico se afastando dele, Caius não teve como resistir e assentiu, entraram no carro e ela lhe entregou uma máscara.

– O que é isso? - Indagou confuso.

– Uma surpresa que tenho certeza você vai amar. - Ela subia a mão pela perna dele e sentiu seu membro crescendo. - Acho que ele esta bem animado com isso. - Caius não pensou duas vezes e colocou a tal máscara, ficou ansioso pelo o que estava por vir. O carro andou por um tempo então parou, quando ele fez menção de tirar a venda sentiu os delicados dedos da garota.

– Ainda não tesão. - Sussurrou no ouvido dele mordendo o lóbulo de sua orelha, deixando Caius ainda mais excitado. A bela loira saiu do carro e abriu a porta do passageiro, eles estavam em um colégio, assim como havia sido instruída ela o levou para uma porta secreta e conseguiu adentrar no local sem problemas assim como Jasper havia dito, o corredor estava vazio e logo eles entraram em uma espécie de depósito.

– Posso tirar agora? - Caius questionou.

– Ainda não. - Ela começou a tirar a camisa de Caius e a beijar seu peito. Faço isso por todas as mulheres que sofreram nas mãos desse cachorro! A jovem pensou positivamente ao mesmo tempo que desabotoava a calça e tirava seus sapatos, Caius gemia com os lábios dela no seu corpo, enquanto ela só conseguia sentir asco pelo homem que tinha a sua frente, a moça parou e finalmente tomou coragem e tirou sua cueca, quando viu o "equipamento" de Caius segurou a vontade de rir. - Nossa como você é grande. - O rapaz não percebeu a ironia em sua voz e abriu um sorriso presunçoso achando que fosse um elogio.

– Viu, é uma mulher de sorte. - Ela fez uma careta e balançou a cabeça, não via a hora desse ser inútil pagar por tudo o que já havia feito. Subiu até chegar ao seu ouvido.

– Eu tenho uma fantasia, você realiza? - O corpo de Caius tremeu pelo som sedutor que ouviu.

– Faço tudo o que quiser se depois me retornar o favor. - Negociou, a moça colocou a mão na boca para evitar que uma risada escapasse.

– Claro, você vai receber tudo o que merece. - Revelou pensando no que iria acontecer em instantes.

– Ótimo. - Respondeu satisfeito já imaginando o que faria com aquela maravilha de mulher. Ela se afastou um pouco e pegou algo que estava na sua bolsa.

– Levanta a perna. - Pediu a Caius, que franziu o cenho. - É algo que quero que use. Você prometeu. - Ele suspirou e levantou a perna depois a outra, ela subiu com o que parecia uma calcinha? Caius se perguntou mentalmente.

– Tem certeza que é isso que quer? - Ele tentou argumentar.

– Absoluta, sempre tive vontade de ver um homem gostoso como você assim. - Falou segurando a vontade que estava de rir. - Agora vou te levar as nuvens. Espera só um minuto que esqueci uma coisa. - Sussurrou em seu ouvido e saiu do local que estavam, não demorou e Caius ouviu a porta se abrindo novamente.

– Posso tirar a venda? - Perguntou e sentiu uma mão passando pelo seu estômago, mas era bem diferente da mão que o havia tocado anteriormente, parecia ser maior.

– Se quiser gostoso. - Uma voz sussurrou em seu ouvido, mas não era a que ele esperava ouvir, Caius se afastou e tirou a venda, encarando sem entender o homem vestido de mulher na sua frente. Que merda era aquela? Eu estava com uma linda loira. Se perguntava confuso. - Pronto para se divertir docinho?

– Sai fora! - Caius praguejou se afastando.

– Não se faz de difícil sei que quer isso.

– Me deixa! - Caius exigiu tentando fugir dos fortes braços que o circulavam, com muita dificuldade conseguiu achar a maçaneta da porta, mas seu pesadelo só cresceu quando ao sair se deparou com um corredor cheio de armários, percebeu em seguida que estava dentro de um colégio qualquer, assim que o viram os estudantes começaram a rir e a tirar fotos, tudo piorou quando o travesti saiu de onde eles estavam lambendo os lábios.

– Mas você é uma gostosura mesmo hein loirinho? - Caius arregalou os olhos enquanto as risadas e os comentários ao seu redor só aumentavam, ele conseguiu reunir forças e correu pelo corredor.

– A saída é por ali. - Ouviu um moleque indicar, Caius foi na direção, mas se arrependeu amargamente quando entrou no local, ele estava em cima do palco da escola e todos os alunos que estava ali começaram a rir, registrando o momento com seus celulares, Caius simplesmente não conseguia se mexer, o palestrante era outro que não sabia o que fazer, até que se rendeu a figura do homem pálido com uma calcinha rosa e caiu na gargalhada.

– Caca? - Caius se virou e viu o travesti loiro vindo em sua direção. - Amor onde você vai? Vem cá, vem? - O tal travesti andou na direção de Caius com os braços abertos e antes que o abraçasse, Caius se moveu e saiu correndo pelo auditório, fazendo com que as risadas aumentassem, já que o pompom peludo que ficava no alto da sua calcinha ficou visível para todos. Caius disparou pela rua sem saber o que fazer ou pensar. Precisava sair daquele lugar imediatamente, correu pela rua atraindo olhares e risadas em sua direção, finalmente conseguiu parar um táxi, quando entrou o motorista o olhou confuso e segurou a vontade de rir.

– Para onde senhor? - Caius passou o endereço da sua casa, olhou para seu colo e praguejou quando viu a calcinha que usava, um papel que estava preso ali chamou sua atenção, o pegou abrindo.

"Talvez agora saiba que com uma mulher não se brinca."

Não sabia o que pensar ao ler a mensagem, com certeza foi de quem armou tudo. Chegou a pensar em Isabella, mas logo essa ideia se desfez, ela nunca seria capaz de armar algo desse tipo, se com Edward não havia feito nada, não teria porque fazer contra ele, além disso ela era o tipo de mulher que agia na hora, como o tapa que havia lhe dado. Com certeza isso era obra de alguma das milhares de mulheres que havia transado e humilhado no dia seguinte, o pior é que nem tinha como revidar, já que nem se lembrava do rosto delas ou seus nomes. Suspirou derrotado e percebeu que o taxista ainda o encarava pelo retrovisor com um sorriso brincando em seus lábios, Caius sabia muito bem que aquele seria só o inicio do seu pesadelo, mas ele não pretendia ficar ali para passar por isso. Ligou para sua assistente e pediu que comprasse uma passagem para a Bulgária naquele mesmo dia, ele sabia que sua imagem com uma calcinha rosa com pompom estaria em todo o mundo em poucos minutos e precisava sumir imediatamente.

Mal sabia Caius que essa distância de nada adiantaria e que esse era só o inicio da sua humilhação.

Edward estava impaciente, já havia saído do trabalho e ia para casa de Isabella, até o momento não tinha recebido noticias se o plano tinha funcionado, assim que desceu do táxi seu telefone tocou, olhou o visor e viu que era Emmett.

– E ai cara? Deu certo? - Perguntou apreensivo enquanto entrava no elevador.

– Mais do que isso, foi perfeito. - Edward suspirou aliviado.

– E Carmen e Laurent? Tem certeza que não podem ser reconhecidos? - Edward temia que Caius tomasse alguma atitude contra as pessoas que o haviam humilhado.

– Não se preocupe, eles fizeram bem o trabalho, mas e você? Não esta preocupado caso ele desconfie que foi o responsável por armar tudo ou até mesmo culpe Isabella?

– O Caius é burro demais e muito covarde para me enfrentar, além disso tem muitas pessoas loucas para se vingar dele. Aposto que nem vai saber quem seria capaz de fazer isso. - Edward comentou rindo, Emmett também riu do outro lado.

– Carmen me mandou as fotos, eu estou morrendo de rir aqui. - Edward saiu rindo do elevador e seguiu para o apartamento. - Vai contar para Bella? - Perguntou Emmett controlando sua vontade de dar risada. Antes que Edward pudesse responder a porta do apartamento se abriu e Isabella apareceu com o semblante fechado segurando seu tablet com uma foto de Caius vestido somente com uma calcinha rosa. O sorriso de Edward na mesma hora sumiu.

– Acho que ela já sabe. - Edward se limitou a responder sem tirar os olhos da mulher enfurecida que via na sua frente.

– Putz! Boa sorte mano! - Emmett desejou rindo, Edward desligou o celular sem saber o que dizer.

– Esta na hora de termos uma conversa séria senhor Cullen. - Isabella disse em um tom ameaçador se virando para entrar no apartamento, Edward engoliu em seco e a seguiu cabisbaixo, sabia muito bem que estava encrencado, mas mesmo assim havia valido a pena, pois tinha certeza que agora Caius pensaria duas vezes antes de tratar qualquer pessoa como lixo, especialmente as mulheres.

Notas finais do capítulo E aí o que acharam?? Aprovaram a vingança ou ficou meia boca?? rsrsrs

O Edward fez isso não só pela Bella, mas por todos que o Caius já humilhou :)

No próximo vamos ter a conversa do Edward com a Bella, uma reunião dos amigos sobre o planejamento dessa vingança e alguns detalhes do que vai acontecer com o Caius, afinal o cara é tipo um playboy da alta sociedade e a imagem dele de calcinha rosa estará espalhada por toda parte :p Ele com certeza não terá paz nem na Bulgária... kkkkkkkkkkkkkkkk

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 41) Capítulo 40 - Herança

Notas do capítulo Desculpem a demora... essa semana foi um caos :-/

Esse capítulo será revelador, finalmente saberemos sobre a herança e a razão pela qual Carlisle fez tudo o que fez.

Espero que gostem ;) Edward POV

Fechei a porta e segui Isabella silenciosamente pelo apartamento, ela se sentou no sofá e depositou o tablet sobre a mesinha de centro. Suspirei e me aproximei um pouco mais dela.

– Que parte do "eu não quero que faça nada" você não entendeu? - Perguntou seriamente me encarando.

– Bell eu não fiz nada. - Aleguei ainda em pé.

– NADA? Porra Edward! Eu te pedi que não se metesse com Caius. E se ele fizer algo contra você? - Questionou com a voz embargada se levantando, agora entendia a razão pela qual ela estava tão brava.

– Ele não vai amor. - Argumentei e fui até ela lentamente.

– Como pode saber? - Desafiou com os braços cruzados sobre o peito.

– Nosso plano não teve falhas. - Bell franziu o cenho.

– Nosso? - Questionou arqueando a sobrancelha.

– Eu, Emm e Jazz. - Expliquei, ela balançou a cabeça e me encarou um pouco mais calma.

– Tinha que ter o dedo do Emmett ai.

– Hei, não precisa se preocupar. Mesmo. - Garanti chegando mais perto.

– Eu fiquei com tanto medo quando vi a notícia na internet. Só conseguia pensar que Caius ia se vingar e ... - Ficou em silêncio e a abracei.

– Nada vai acontecer. - Certifiquei novamente, Bell me abraçou apertado.

– Eu sabia que você faria alguma coisa, principalmente depois que foi falar com Benjamim. Acariciei suas costas com delicadeza. - Deveria ter me dito.

– Você me deixaria ir em frente? - Bell me olhou e finalmente um sorriso tímido despontou em seus lábios.

– Acho que não. - Segurei seu rosto e lhe dei um leve selinho. - Eu não acredito no que vocês fizeram.

– Sério que saiu na internet? - Perguntei interessado, ela assentiu, pegou o tablet e me estendeu, o abri e logo vi a noticia "Herdeiro Manchester tem um caso com um travesti?" Abaixo tinha a foto de Caius saindo do armário da escola com Laurent logo atrás. Nem tinha como descrever a cena, era hilária.

– O Caius ficou ridículo de calcinha rosa. - Bell apontou rindo mais relaxada, me sentei no sofá e a puxei para o meu colo.

– Verdade. - Concordei rindo também. - Juro que quando bolei isso nem pensei na hipótese de ir parar na internet. - Comentei realmente surpreso.

– Edward você nem tem noção. Isso virou um dos assuntos mais falados no Twitter, meme no facebook e até clipe no YouTube. - A encarei boquiaberto. - Deixa te mostrar. - Bell abriu a página de vídeos e lá tinha uma montagem de Caius com a música "It's Raining Men" tocando ao fundo, não aguentei e ri ainda mais.

– Estava com tanta raiva de você que nem tinha visto graça, mas agora... - Bell riu comigo, chegamos a gargalhar quando apareceu no vídeo o momento em que Caius surgiu em cima do palco da escola e o palestrante ficou em choque para logo em seguida rir histericamente. Após um bom tempo conseguimos controlar o riso, ambos estávamos chorando e com dor no estômago.

– Ainda esta brava comigo? - Perguntei me acalmando, Bell suspirou e negou.

– Não. Caius merecia algo desse tipo, as vezes acho que eu sou boba demais. - Declarou cabisbaixa, segurei seu queixo e levantei sua cabeça.

– Claro que não linda, se bem me lembro você deu um belo tapa da cara do Caius. Argumentei.

– É, mas não foi o bastante. - Falou chateada. - Eu só não consigo mais pensar em vingança, uma vez já foi o suficiente. - Sabia muito bem a que Isabella se referia, quando decidiu se vingar de mim e no fim isso acabou machucando ela e mesmo sem saber a mim também. Você não vai fazer mais nada né? - Sorri e acariciei seu rosto.

– Pode ficar tranquila, não farei mais nada. Prometo. - Ela encostou sua testa na minha.

– Você é perfeito para mim. - Declarou me olhando com amor, não esperava tal declaração dela.

– Sou? - Perguntei sem jeito.

– É sim, temos muito em comum, mas ao mesmo tempo somos tão diferentes em outras coisas. Acho que é isso que faz com sejamos feitos um para o outro. - Sorri satisfeito com sua resposta. Era a mais pura verdade, talvez por esse motivo eu era melhor para ela do que James, já que eles eram bem mais parecidos, ambos agiam na hora, me lembrei claramente do soco que levei de James no enterro de nossos pais, mas depois daquilo ele nunca havia sido rude ou estúpido comigo, a exceção foi o dia em que o encontrei em seu restaurante. Confesso que James tinha sangue de barata, pois se fosse eu no lugar dele, nunca mais deixaria o alguém que a magoou tanto se aproximar novamente.

– Você é minha luz e eu sua escuridão. - Declarei, Bell riu.

– Mais ou menos isso, apesar de achar que você seja minha luz também. - Sorri emocionado com sua réplica. Me aproximei dela e a beijei lentamente, saboreando seus lábios, assim que ficamos sem ar beijei com delicadeza sua testa e inspirei seu aroma.

– Eu te amo anjo.

– Eu também te amo vida. - Proferiu e me beijou novamente.

– Estava pensando em comemoramos, chamar o pessoal e celebrar o sucesso de Caius na internet. - Propus animado.

– Acho que seria ótimo. - Concordou sorrindo.

– Vou falar para o Emm convidar o Laurent e a Carmen também. - Comentei pegando o telefone.

– Carmen?

– É, foi ela que levou o Caius até a escola.

– Hum. Deve ser bem bonita. - Resmungou aborrecida, Bell ficava uma graça com ciúmes.

– Sinceramente nem faço ideia, Emm que ficou responsável por essa parte, eles são amigos desde o colégio, o que sei é que ela é atriz, por isso aproveitamos e pedimos que mudasse completamente o seu visual para se encontrar com Caius.

– Por que?

– Fizemos isso para que evitasse ser reconhecida, além disso o tipo preferido de Caius são as loiras. - Expliquei, esse era um dos motivos pelos quais eu não entendia essa cisma que Caius tinha por Isabella, ele nunca gostou muito de morenas.

– E qual o seu tipo? - Bell perguntou tímida. Não podia acreditar que ela tivesse alguma dúvida sobre isso, balancei a cabeça e sorri.

– Você. - Fui enfático. - Loira, ruiva, morena, cabelo longo ou curto. Meu tipo é só você anjo. Ela abriu um sorriso enorme e me deu um beijo delicado, claramente satisfeita com minha resposta.

– Enquanto liga para o Emm vou preparar nosso banho. - Sorriu maliciosamente me dando mais um beijo, se levantou e seguiu para o nosso quarto. Com o telefone em mãos liguei rapidamente para o Emmett que adorou a ideia, ficamos de nos encontrar as oito em uma pizzaria perto de casa, terminei a ligação e fui correndo para o nosso banheiro.

Depois de um banho delicioso seguimos para o local marcado, o pessoal já estava esperando, Emm apresentou Carmen e Laurent e aproveitei para agradece-los novamente por participar do nosso plano, Bell fechou a cara quando viu Carmen, mas conforme a noite avançava seu humor melhorou, claro que o fato de descobrimos que Carmen e Laurent eram casados ajudou e muito. Ele era transformista e bissexual, Carmen não se importava nenhum pouco com isso, era nítido como os dois se amavam. Essa era a beleza do amor, não ser algo capaz de se explicar, somente sentir.

– Nem consigo acreditar que Caius fez esse sucesso todo na internet. - Laurent comentou extasiado.

– Pois é, a hashtag pompomrosa esta bombando em todas as redes sociais. - Completou Alice olhando seu celular. - Vocês arrasaram nesse plano. Amei! - Exclamou empolgada.

– Falando nisso ficaram sabendo o que aconteceu com Caius? - Jasper questionou com um sorriso. Todos nós negamos.

– Ele foi cercado no aeroporto por repórteres, imprensa e até uma comunidade gay. Parece que estava tentando viajar para fora do pais. - Respondeu para nosso espanto.

– Ele não conseguiu? - Perguntei interessado.

– Pior que não, foi impossível conter as pessoas, ele acabou perdendo o voo e tendo que sair do aeroporto, com certeza vai fretar um jatinho. - Explicou Jasper.

– Mas que imbecil, por que já não fez isso antes? - Emmett perguntou rindo.

– Com certeza não esperava que as coisas ficassem tão feias. - Rosalie respondeu.

– Fiquei muito feliz em participar disso, se pudéssemos fazer algo assim com todos essas pessoas escrotas que vivem por humilhar os outros seria ótimo. - Carmen expressou defendendo nosso plano, mesmo sem querer o que ela falou me afetou, afinal de contas eu já fui como Caius e de alguma forma podia dizer que era ainda pior que ele, senti um leve aperto

em minha mão e encarei Bell que estava ao meu lado, ela passou a mão pelo meu rosto e não foi preciso que dissesse nada, pois compreendi exatamente o que ela queria me falar, “Você não é como ele”. Sorri e a beijei com carinho.

– Graças a você. - Sussurrei entre nossos lábios.

– Edward! - Ouvi meu nome ao mesmo tempo que fui atingido por um pedaço de pão, olhei e vi Emmett rindo. - Cara estou te chamando há horas. - Reclamou, peguei o pão que caiu sobre meu prato e o comi.

– Para isso não precisa desperdiçar comida. - Sorri quando me lembrei da guerra de comida japonesa que fiz com Bell há alguns meses. - Onde é o incêndio? - Questionei sarcasticamente.

– Quero saber se você e o Jasper já planejaram minha despedida de solteiro. - Como é?

– Emmett seu casamento é daqui um ano!

– E daí? Eu quero uma senhora despedida.

– Não quero saber de stripers ouviu Emm. - Rose alertou.

– Baby é meu último dia de solteiro, tenho que fazer uma festa fenomenal, bom eu não, eles. Falou apontando para mim e Jasper. - E já sabem sem stripers. - Falou piscando o olho.

– Eu vi você piscando Emmett. - Rosalie ralhou com ele, fazendo com que déssemos risada.

– Não se preocupe Rose, se tiver stripers na despedida deles pode deixar que irei contratar lindos go go boys para a nossa. - Respondeu Alice com um sorriso malicioso.

– Nem pensar! - Exclamei injuriado. - A festa do Emm não terá stripers não é Jasper? Respondi incisivamente.

– Claro que não. - Concordou comigo, Bell riu. Nunca que deixaria minha namorada perto de um monte de marmanjo só de cueca.

– Eu posso indicar uma boate ótima para vocês meninos. - Laurent opinou maliciosamente.

– Acho que o Emmett ia gostar muito. - Jasper apontou rindo.

– Nem vem Laurent, sei bem o tipo de boate que quer me arrastar. - Emmett retrucou.

– Putz Emm ia ser perfeito! Imagina só você vestido de drag queen e cantando “YMCA”. Carmen disse e caímos na gargalhada.

– Não estou vendo graça nenhuma nisso. - Emm reclamou com os braços cruzados.

– Eu gostei. - Falei rindo. - Acho que já sabemos o que vamos fazer Jasper.

– Hei! Os dois nem pensem nisso! - Emmett esbravejou fazendo com que ríssemos ainda mais.

O resto da noite enquanto as mulheres e Laurent discutiam sobre o casamento, eu, Emm e Jasper comemorávamos nosso feito e falávamos sobre a tão esperada despedida de solteiro sem stripers. Por volta da meia noite Bell e eu fomos para casa, não podia exagerar já que hoje teria uma reunião muito importante com Eleazar que iria definir o futuro da empresa e o nosso.

A manhã de sexta foi tranquila e gostosa assim como todos os dias que passava com Isabella, as vezes nem parecia que estávamos namorando oficialmente há apenas uma semana. Lembrei que precisava pegar mais algumas roupas no apartamento de Seth, do jeito que estávamos indo não ia demorar até que estivéssemos morando juntos definitivamente, entretanto preferia esperar que Bell decidisse isso.

Aproveitei que Bell precisava se encontrar com Rose para resolver alguns detalhes da decoração do casamento e peguei uma carona com ela até a empresa, ao chegar fui diretamente até a presidência, precisava resolver esse assunto com Eleazar o mais rápido possível.

– Bom dia Irina.

– Bom dia Edward. - A secretária agora me tratava com muito mais educação, aliás a maioria dos funcionários eram assim, claro que ainda tinha uma minoria que fazia questão de falar mal de mim pelos corredores, dizendo que eu só parecia ter mudado porque não era mais o chefe, preferia nem revidar, nesse ponto Bell tinha toda razão, de nada ia me adiantar me importar com essas coisas.

– O Eleazar esta? - Perguntei, já havia marcado essa reunião há dois dias, precisava falar com ele com urgência.

– Sim, na verdade já esta lhe esperando. Pode entrar. - Agradeci e fui até o escritório dele, dei uma batida na porta e a abri.

– Olá Edward! Entre por favor. - Adentrei a sala fechando a porta e me dirigi até sua mesa o cumprimentando, ele indicou a cadeira e me sentei. - Irina me disse que precisava falar comigo. O que houve?

– O assunto é delicado Eleazar. - Peguei os papéis em minha pasta e coloquei sobre a mesa, ele pegou e começou a folhear. - Bom, já tem um tempo que Seth desconfia do diretor administrativo Michael, na época em que eu era vice presidente me deparei com algumas contas suspeitas, só que ao invés de investigar culpei Seth e até o demiti. - Lamentei. Acontece que desde que voltei a trabalhar comecei a prestar mais atenção as contas e finalmente percebi que Seth tinha razão, mas como não tínhamos provas suficientes não podíamos fazer nada. - Eleazar analisou os documentos e me encarou seriamente.

– Como conseguiu tudo isso?

– Como falei, eu e Seth estávamos investigando.

– Vocês precisam parar com isso imediatamente. - Exigiu sério.

– Por que? - Eleazar parou e pareceu pensar.

– Eu já sabia disso. - Declarou me deixando tonto.

– Como assim?

– Eu faço parte desse esquema. - Confessou me deixando ainda mais bobo.

– O QUE? - Esbravejei me levantando.

– Edward se acalme me deixe explicar. - Pediu calmamente.

– Espero mesmo que haja explicação. - Declarei voltando a me sentar, estava aturdido com essa informação. Era possível que estivesse engando com Eleazar todo esse tempo?

– Agora que você sabe sobre o que o Michael esta aprontando acho que esta preparado para saber toda a verdade. - Franzi meu cenho confuso.

– Que verdade?

– Nós ainda não temos provas, mas ao que tudo indica a morte de seus pais não foi um acidente. - Fiquei em choque. Então na hora minha mente deu um clique.

– Você acha que esse tal de Michael encomendou a morte de meus pais? - Perguntei em um sussurro meu coração batendo a mil com essa possibilidade grotesca.

– Estávamos trabalhando com essa hipótese na época, mas o acidente foi muito bem realizado, não cortaram freios ou o cano de óleo, essas coisas mais óbvias, eles fizeram algo realmente elaborado. - Explicou, eu permaneci estático, estava errado o tempo todo, não foi só para proteger o seu patrimônio ou para que eu amadurecesse que meu pai nos deixou sem a herança, foi para proteger a minha vida e a de Bell. - Edward seu pai me deixou instruções específicas para me infiltrar nessa quadrilha com o intuído de proteger a mim mesmo e a vocês, além claro de descobrir os podres e colocá-los na cadeia.

– Agora eu entendo por que ele não deixou nada para mim ou para Isabella. - Eleazar levantou a cabeça e me encarou.

– Ele nunca quis deixar você na pobreza Edward, na verdade a intenção do seu pai era proteger você e sua irmã. O que não entendi foi porque ele te deixou sem casa para morar. Podia muito bem te deixar uma boa quantia e um apartamento, isso nunca fez sentido para mim.

– Mas faz para mim, meu pai queria que eu fosse atrás de Isabella Eleazar, que eu aceitasse o emprego que eu tinha recusado e amadurecesse. Você sabia disso tudo antes dele morrer?

– Não, mas percebi como seu pai estava estranho alguns dias antes do acidente, ele pediu que mudássemos o testamento com urgência e seu pedido que tirasse os dois filhos e me colocasse como administrador de tudo me confundiu ainda mais. Eu sabia que era injurídico deserdar vocês dois sem um motivo grave, mas tudo o que ouvi do seu pai foi “Você não pode deixar o Edward recuperar essa herança”, só depois que li a carta que ele me deixou que entendi tudo. Para me proteger ele me disse para me aproximar de Michael e tentar fazer parte do esquema. Seu pai precisava de mim vivo para cuidar de você e de sua irmã. - Carlisle Cullen não dava mesmo um ponto sem nó.

– Ela não é minha irmã. - Respondi, odiava quando diziam que éramos irmãos.

– Achei que essa implicância já tinha passado. - Meu pai com certeza devia ter dito que minha relação com Bell não era das melhores.

– Passou sim, só que agora ela é minha namorada. - Expliquei, Eleazar abriu um sorriso.

– Sabia que seu pai sempre dizia que Esme achava que vocês ficariam juntos. - O olhei espantado.

– Sério?

– É, ele não acreditava, dizia que sua mãe estava vendo coisas já que você parecia odiar Isabella. Tudo o que seu pai mais queria era que vocês se dessem bem.

– Ele conseguiu. - Conclui com um pequeno sorriso, em seguida suspirei pesadamente. - Estou tão tonto com essas informações Eleazar, eu vim aqui hoje para falar com você sobre isso e também sobre nossa herança, comunicar que entraria na justiça por ela e agora eu descubro tudo isso. - Manifestei atordoado.

– Eu nem posso imaginar o que esta sentindo Edward, só que no momento não acho seguro você reclamar sua herança.

– Eu sei, antes precisamos prender essa facção desgraçada. De modo algum colocarei a vida de Isabella em risco. - Disse decidido.

– É o melhor, mas eu quero fazer algo por você.

– O que?

– Infelizmente não posso mexer na herança, pois levantaria suspeitas e além disso eu não posso mexer nesse dinheiro, só administrar.

– Não estou entendendo. - Falei confuso.

– Vou adiantar parte do dinheiro que tem direito Edward.

– Como? Se você disse que não pode mexer na herança.

– Vai ser meu dinheiro, eu tenho muitas posses, mas sou um homem sozinho, sem filhos ou família e quero fazer isso por você e Isabella.

– Eleazar eu não posso aceitar.

– Por favor Edward, é uma forma de me redimir do modo como o tratei quando seus pais morreram, eu não queria agir daquele modo, mas foi um exigência do seu pai.

– Eu entendo isso agora Eleazar, meu pai só queria me proteger e de alguma forma me mostrar que eu precisava amadurecer. Se ele tivesse me deixado um apartamento ou dinheiro, eu não teria Isabella ao meu lado e eu não posso nem pensar nessa hipótese. - Um frio percorreu minha espinha. Será que se meus pais não tivessem morrido Bell estaria comigo? Ou ela teria se casado com James? Eu nunca a teria? Antes que o desespero me tomasse a voz de Eleazar me tirou do transe.

– Você se transformou em um homem Edward. Seu pai teria muito orgulho, eu tenho. - O olhei com carinho, Eleazar virou minha figura paterna na ausência de meu pai e agora eu tinha certeza que podia confiar nele.

– Obrigado Eleazar, eu aceito seu dinheiro, mas assim que tudo se resolver irei devolver cada centavo. - Garanti, Eleazar sorriu.

– Eu tenho certeza disso, quero que você e Isabella possam começar a vida de vocês tranquilamente, sem precisar ficar presos na resolução desse caso. - Isso seria ótimo, podíamos começar a construir nossa casa sem ter que esperar por mais nada.

– Acha que vai demorar muito?

– Sinceramente não sei, o FBI esta trabalhando nesse caso e também no acidente de seus pais. - Ainda parecia irreal a possibilidade de meus pais terem sido assassinados. Preferi nem pensar nisso e mudar de assunto.

– Tem mais pessoas dentro da empresa envolvidas nesse esquema?

– Sim, por isso precisamos de provas, queremos acabar com toda a facçao e não apenas com o Michael. - Assenti concordando. - Esses papéis que me entregou são de extrema importância para o caso, você e Seth trabalharam muito bem, o Michael não desconfia não é? - Eleazar declarou com os documentos em mão que comprovavam o superfaturamento de obras, desvio de dinheiro e até criação de empresas fantasmas.

– Não, nos certificamos disso.

– Ótimo, precisamos ter muita cautela. Mais alguém sabe?

– Só Isabella.

– Isso não pode sair daqui Edward. - Exigiu seriamente. - Com esse tipo de gente temos que ter todo o cuidado, mas farei o impossível para protegê-los, ele não vai saber de modo algum que isso veio de vocês. Vamos colocar esses impostores atrás das grades o quanto antes. Eu prometo! - Garantiu convicto.

– Pode me manter informado? - Pedi.

– Claro, mas temos que ter discrição. A segurança de vocês tem que vir em primeiro lugar. Prometi isso ao seu pai.

– Eu faço questão, principalmente em relação a Isabella. - Depois de toda essa conversa fiquei curioso com algo. - Então existe outro testamento? - Questionei, Eleazar assentiu.

– Sim, nele você e Isabella são os herdeiros de toda a fortuna Cullen, eu nem devia te dizer isso, mas acho que já estava na hora de saber.

– Obrigado por isso Eleazar. - Agradeci sinceramente.

– A partir do momento que seu pai colocou sua vida nas minhas mãos, eu te considero como um filho Edward. Sabia que quando você estava nas ruas eu coloquei um segurança atrás?

– Sério?

– É, quando você não aceitou o emprego na empresa e saiu do seu apartamento eu precisava garantir que estivesse em segurança, achei que algum amigo iria lhe oferecer abrigo ou até mesmo que você fosse atrás de Isabella, mas quando isso não aconteceu, pela primeira vez eu pensei em ir contra o que seu pai me instruiu e deixaria ficar em minha casa, mas você sumiu das vistas do segurança que tinha contratado, depois de algum tempo descobri que sua irmã... - Levantei minha sobrancelha e ele se corrigiu com um sorriso. - Isabella tinha levado você para casa depois da surra que tomou na rua, daquele dia em diante fiquei mais tranquilo, afinal você estava onde seu pai gostaria. - Fiquei pasmo ao ouvir o lado da história pelo ponto de vista de Eleazar, nunca isso me passaria pela minha cabeça.

– Nossa! Estou bobo com tudo. Nem sei o que pensar.

– O que importa agora Edward é que você e Isabella sejam felizes. - Sorri com suas palavras, não podia estar mais certo.

Quando sai do escritório de Eleazar já passava um pouco do horário do almoço, ficamos por horas conversando sobre a dimensão do problema que Michael estava aprontando na empresa. Eu estava em choque com tudo o que tinha ouvido, por esse motivo Eleazar me deu o restante do dia de folga, afinal não era nada fácil descobrir que talvez seus pais tenham sido assassinados por causa de dinheiro e que você poderia ter sido o próximo.

Peguei um táxi até a casa de Bell e esperava sinceramente que ela já estivesse lá. Precisava mais do que nunca do meu anjo ao meu lado, quando entrei no apartamento e o encontrei silencioso minha esperança foi ao chão, entretanto conforme me aproximava do nosso quarto pude ouvir o barulho do chuveiro e um alívio percorreu meu corpo, entrei no banheiro todo esfumaçado e escutei Bell cantando baixinho, tirei minha roupa rapidamente e entrei com cuidado abraçando por trás a sua cintura, ela deu um pequeno pulo.

– Que susto vida! - Exclamou colocando a mão sobre o peito. - Hum. Que bom que chegou mais cedo. - Comentou e pela sua voz percebi que sorria, a apertei em meus braços e coloquei minha cabeça no seu pescoço.

– Precisava tanto de você anjo. - Murmurei e sem aviso comecei a chorar descontroladamente, Bell nada respondeu, somente se virou para mim e me abraçou. Enterrei meu rosto nos seus cabelos enquanto ela tinha a boca encostada no meu ombro e afagava minhas costas, a água quente escorria entre nossos corpos.

Eu me sentia um lixo, me lembrei claramente que na época da morte de meus pais não havia derramado sequer uma lágrima, mas agora eu não conseguia me segurar, eu sentia como se toda a dor viesse com força total, a mão de Bell subiu e acariciou meus cabelos, eu apertei suas costas contra o meu corpo.

Eu necessitava sentir minha Isabella. A encostei contra a parede com brusquidão e tomei seus lábios nos meus em um beijo selvagem, não foi com carinho, era puro desejo, meu e dela, depois de tanta merda que havíamos passado durante a semana era disso que precisávamos, sexo, bruto, forte e rude. Bell enlaçou suas pernas na minha cintura e seus braços se apoiaram nos meus ombros, sua mão puxava meu cabelo com força ao mesmo tempo que nossos lábios travavam uma guerra deliciosa, sem aviso a penetrei, praticamente enterrando seu corpo contra parede, Isabella não reclamou somente soltou um gemido alto e pediu que eu fosse mais rápido e mais forte, não estava em condições de negar algo que eu queria e precisava, estocava com força e a beijava com a mesma intensidade, era perfeito isso, os dois loucos de desejo só querendo aplacar um pouco de tudo o que tinha acontecido, estoquei mais duas vezes e gritamos juntos ao atingirmos o ápice, nossa respiração estava descontrolada, olhei para Bell e ela ofegava, beijei com carinho seus lábios, aproveitei que ela ainda estava no meu colo, desliguei o chuveiro e a levei até nossa cama para terminarmos o que havíamos começado, agora com mais calma e amor.

Notas finais do capítulo E aí? Foi o que esperavam sobre a herança??? Esse pessoal é um barato né?? Imaginem só como vai ser essa despedida de solteiro... kkkkkkkkkkkkkkk

Os próximos serão focados na construção da casa e no casamento de Rose e Emm. Logo esse Michael irá pagar pelos seus erros, essa quadrilha será presa e Edward e Bell receberam o que é de direito deles :)

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 42) Capítulo 41 - Viagem

Notas do capítulo Como ficarei fora o fim de semana achei melhor postar o capítulo hoje ao invés de segunda :) Tenho um recado importante no final, não deixem de ler!

O capítulo esta bem recheado, me empolguei durante a semana... rsrsrs... vou me conter nos próximos ;) Neste teremos um momento fofo Beward, uma viagem, uma cena bem quente desse casal e uma conversa entre Emm e Edward sobre James que o deixará bem mexido.

Espero que gostem ;) Bella POV

Edward ressonava tranquilamente sobre o meu peito enquanto meus dedos brincavam com seus cabelos e eu tentava entender tudo o que ele havia acabado de me contar. Não podia admitir a ideia de que nossos pais foram assassinados por causa de dinheiro, Edward tinha quase certeza que Carlisle havia descoberto as falcatruas na empresa e confrontado Michael, mas antes que pudesse agir foi morto. Os Cullens não mereciam isso, doía demais saber que não teríamos mais a bondade e o carinho de Esme e Carlisle por causa de um estúpido esquema de corrupção, tudo o que queria era acabar com a raça desses desgraçados, porém minha maior preocupação agora era Edward e o que eles poderiam fazer contra ele, mesmo

que me dissesse que Eleazar tinha tudo sobre controle eu não conseguia esquecer esse assunto, para mim essas pessoas eram perigosas demais para que relevássemos suas atitudes. Entretanto Edward não parecia se importar com sua segurança, o que fazia com que eu ficasse ainda mais tensa com toda a situação.

Senti ele se remexendo sob meus braços, ergueu a cabeça e me fitou sonolento, seus olhos ainda vermelhos de tanto chorar. Nessas horas ele não parecia o homem forte e seguro que eu conhecia, me lembrava mais o adolescente meio perdido de outrora. Passei minha mão pelo seu rosto, ele a pegou e beijou minha palma, sorri com seu gesto de carinho, só esperava poder aplacar um pouco da dor que ele sentia.

– Acho que peguei no sono. - Resmungou ainda entorpecido.

– Você estava precisando vida. - Edward abriu um sorriso tímido que logo se desfez e enfiou sua cabeça no meu pescoço me apertando em seus braços, minha mão continuou nos seus cabelos enquanto a outra passava pelos seus braços.

– Estou me sentindo péssimo. - Confessou em um sussurro.

– Eu sei. - Tentei consolar. Edward se ergueu e me encarou novamente, ele parecia tão triste e devastado, meu coração doeu ao ver quem eu tanto amava desse modo.

– Não foi só por tudo o que ouvi hoje. - Explicou e franzi meu cenho confusa. - Enquanto Eleazar me contava o que tinha ocorrido eu fiquei pensando em uma coisa... - Começou dizendo.

– No que? - Edward suspirou.

– Se nossos pais não tivessem morrido, quem estaria aqui com você seria o James.

– Edward... - Tentei dizer, mas ele me impediu de continuar.

– É a verdade, você estaria com James e eu vivendo a minha vida medíocre e vazia. Eu não teria você Bell e por mais que eu sinta falta dos nossos pais, eu não consigo imaginar minha vida sem você e seria assim se eles ainda estivessem vivos. - Pronunciou quase com desespero. - Eu sou um monstro. - Proferiu sem conseguir segurar as lágrimas. Ele tinha razão? Nós não estaríamos juntos se eles não tivessem morrido? Não! Eu não podia pensar assim e nem deixar que Edward se sentisse mal por isso.

– Não adianta ficar preso no passado Edward, eu já libertei meus fantasmas, esta na hora de você fazer o mesmo. - Disse calmamente enxugando seu rosto, ele continuou em silêncio atento as minhas palavras. - Eu sei o quanto amava seus pais, você não é um monstro, mesmo que não tenha sido da melhor maneira, a hora deles chegou, não foram eles que decidiram isso. - O confortei me lembrando de minha mãe biológica e de seu suicídio. - Não temos como saber como seria se eles ainda tivessem vivos, mas uma coisa eu te garanto, cedo ou tarde nós ficaríamos juntos. - Edward acabou sorrindo.

– Você acha? - Perguntou incerto.

– Tenho certeza. Você não me disse que sua mãe nos queria juntos. - Mencionei o que ele havia me contado sobre Esme desejar que ficássemos juntos, bem que eu desconfiava que ela sabia sobre nós.

– Ela gostava do James. - Retrucou com descaso.

– Mas amava você e eu tenho certeza que assim que percebesse que ainda nos amávamos ela não iria desistir até que nos unisse, por bem ou por mal. - Ele pareceu relaxar e me beijou. Além disso você é meu lembra? - Edward abriu um sorriso lindo e foi como se nada de ruim tivesse acontecido hoje.

– Não sei o que seria de mim sem você anjo e nem quero descobrir. - Sorri também o puxando para mais um beijo.

– Nem eu. - Declarei e ele suspirou.

– Sabe, hoje especialmente me arrependi de ter vendido aquele relógio que nosso pai me deu. Era a única lembrança que eu tinha. - Lamentou, o afastei e me levantei. - Onde vai? Perguntou confuso.

– Espera só um pouco. - Pedi e segui para o meu antigo quarto, abri o armário e peguei o objeto que havia guardado por tanto tempo, corri de volta ao nosso quarto indo direto para a cama e sentando sobre meus joelhos. Edward me olhava com curiosidade. - Eu ia esperar seu aniversário, mas acho que o momento é mais oportuno. - Ele franziu o cenho confuso. Respirei fundo e estendi o relógio que seu pai havia lhe dado, Edward parecia não acreditar no via.

– Como você conseguiu? - Perguntou perplexo pegando o relógio da minha mão.

– Eu descobri onde você tinha ido, fui lá e comprei.

– Bell... - Sussurrou admirado e me puxou para os seus braços. - Obrigado anjo. Obrigado. Repetiu me abraçando forte, nos afastou e segurou meu rosto. - Eu te amo. Muito. - Declarou e me beijou com paixão, nos separamos e encarei o relógio.

– É mesmo lindo. - Elogiei o belo relógio negro com detalhes em dourado.

– É sim, meu pai comprou para combinar com meu carro. - Lembrei do Porsche preto que Edward adorava dirigir.

– Sente falta dele?

– Às vezes, sempre fui um aficionado por carros e aquele Porsche era fantástico. - Explicou sem tirar os olhos do relógio.

– Vai comprar um com o dinheiro que o Eleazar vai adiantar da herança? - Achei muito nobre da parte de Eleazar fazer isso por Edward.

– Não, tudo o que receber será para nossa casa. - Sorri abertamente, podia negar, mas saber que Edward preferia nossa casa a um carro me deixava muito feliz. - Além disso estou começando a gostar daquele seu carro. - Com essa eu tive que rir.

– Você gostando do meu simples New Beetle? - Perguntei com espanto, Edward sempre criticava meu carro, dizendo que era lento e feio. - As coisas mudam hein senhor Cullen? Trocando um Porsche por um New Beetle? - Questionei arqueando minha sobrancelha.

– Pois é, pensar que eu achava esse seu carro sem graça. - Não pude deixar de pensar em como os carros representavam de alguma forma a sua antiga vida mais luxuosa e agora sua nova vida ao meu lado, mais simples. - Mas descobri que o New Beetle pode ter suas vantagens.

– Ah é! Quais? - Perguntei genuinamente curiosa.

– Ele é bem espaçoso. - Gargalhei com seu olhar malicioso. - Podemos aproveitar bem isso. Dei um tapa em seu braço.

– Edward! - Exclamei, ele riu e me beijou.

– Só pensando nas possibilidades anjo. - Explicou sorrindo, fiquei feliz por tirar um pouco daquela tristeza que ele estava sentindo. - Coloca para mim? - Pediu me estendendo o relógio.

– Claro. - O peguei de sua mão e passei pelo seu pulso, Edward me olhava de modo admirado, assim que terminei ele segurou meu queixo e beijou meus lábios com carinho mais uma vez.

– Tudo o que mais quero depois dessa semana é ficar o tempo todo com você. - Declarou me olhando intensamente, era tudo o que eu precisava também.

– E posso saber quais são os seus planos? - Perguntei interessada.

– Queria viajar, já tem um tempo que quero levar você em um hotel que fui quando participei de uma conferência há alguns meses. Não é longe, fica em Milford*. - Essa era uma excelente ideia, seria perfeito sair um pouco de casa e esquecer todas as tribulações que passamos essa semana.

– Adorei a ideia! Quando vamos?

– Que tal amanha às oito? - Perguntou olhando seu novo relógio com um sorriso.

– Fechado. - Respondi entusiasmada, seria nossa primeira viagem juntos.

– Podemos voltar domingo à tarde, assim ainda dá tempo de ir jantar com o pessoal.

– Seria ótimo, eu e as meninas precisamos fechar algumas coisas sobre o casamento. Completei, antes que Edward respondesse seu estômago roncou. - Acho que tem alguém aqui com fome. - Falei sorrindo. - O que quer comer?

– Não quer pedir alguma coisa?

– Achei que gostava da minha comida. - Reclamei com um bico, Edward riu e me deu um beijo rápido.

– Eu adoro sua comida, só não quero que tenha trabalho.

– Não vai ser trabalho nenhum, assim como gosta da minha comida eu gosto de cozinhar para você. O que vai querer? - Perguntei novamente.

– Se é assim eu quero aquele macarrão que você faz com legumes e frango.

– É pra já. - Falei me levantando, Edward me acompanhou.

– Vou junto. Quem sabe com a prática não consigo finalmente aprender. - Fomos para a cozinha e em meio a risadas e conversas fizemos nosso jantar, não importava o quão ruim tivesse sido nosso dia, quando estávamos juntos nada disso importava, somente nós.

No dia seguinte saímos cedo de casa e pegamos a estrada, Edward dirigia enquanto eu curtia a paisagem e conversávamos, Connecticut ficava linda no outono, as árvores variavam nas cores laranja, vermelho e amarelo e coloriam todo o caminho. Edward me contava sobre o evento da empresa que tinha ido e como gostou da cidade e do hotel, disse que tudo o que podia pensar na época era em nós dois passeando juntos pelos belos parques. Lembrava bem dessa viagem, foi só um fim de semana, mas ainda assim tinha morrido de saudades, mesmo que não estivéssemos namorando ainda.

A viagem foi rápida e logo chegamos ao hotel, fizemos nosso registro e seguimos para o aconchegante quarto, a cama era enorme, logo pulei nela comprovando sua maciez.

– Gostou da cama? - Edward perguntou divertido pulando em cima de mim.

– Gosto ainda mais do que faremos nela. - Falei tentando soar sedutora.

– Depois sou eu que não presto. - Respondeu me beijando, ri entre nossos lábios.

– É a mais pura verdade. Você não presta. - O beijei e levantei em seguida.

– Hei! Achei que íamos ficar na cama. - Reclamou.

– Faremos isso mais tarde agora quero conhecer a cidade e depois ir na piscina. Vamos? Estendi minha mão e Edward a pegou, saímos do quarto e fomos até a recepção do hotel e pegamos duas bicicletas para conhecer a cidade, o lugar era mesmo lindo, chegamos em um parque e sentamos em um banco só aproveitando a paisagem e a presença um do outro. Em seguida pegamos as bikes e seguimos para um restaurante, comemos a deliciosa comida local e depois demos mais algumas voltas e voltamos para o hotel. Peguei meu biquíni na mala e fui para o banheiro me trocar, me olhei no espelho e fiquei satisfeita com o resultado, quando

voltei ao quarto Edward se virou na minha direção e estancou, seu olhar ficou preso no meu corpo.

– Gostou? - Perguntei dando uma volta.

– Merda! Você esta uma delícia. - Falou se aproximando e circulando minha cintura com as mãos.

– Não vejo a hora de tomar um banho de piscina. - Sua expressão na hora ficou dura.

– Nem pensar que você vai sair assim! - Esbravejou.

– Ah não Edward! Não quero saber de ciúmes bobos. Você vem comigo ou vou sozinha. Declarei colocando um shorts curto e uma regata por cima. - Vamos ou vai ficar? - Ele bufou e me seguiu para fora do quarto. Fomos em silêncio até a piscina aquecida que ficava nos fundos do hotel, ao chegarmos fui em direção a uma mesa, tirei minha roupa e a coloquei sobre a espreguiçadeira, depois caminhei em direção da piscina e entrei na água pela escada que ficava no canto.

– Perdeu alguma coisa? - Ouvi a voz séria de Edward perguntar a um rapaz que estava próximo de nossa mesa e pela sua cara devia estar me olhando. Logo em seguida Edward tirou a camisa e pulou na água, fui em sua direção e passei meus braços pelo seu pescoço. Meu lindo e ciumento namorado.

– Vai ficar com essa tromba? - Ele suspirou ainda sério.

– Não posso evitar. - Respondeu seco. - Além disso esse biquíni no seu corpo não ajuda em nada a situação. - Acabei rindo.

– Deixa de ser rabugento. - Pedi beijando o canto de sua boca, sua postura relaxou um pouco e senti suas mãos circularem minha cintura. O beijei novamente e finalmente um sorriso tímido apareceu.

– Acho que vou precisar mais do que isso. - Ri e o beijei com mais fervor.

– E agora? - Inquiri sorrindo.

– Bem melhor. - Respondeu satisfeito.

– Você é um bobo exagerado.

– Só estou cuidando do que é meu. - Ri alto.

– O que farei com você hein? - Perguntei bem humorada.

– Estava pensando seriamente em voltarmos para o quarto e mostrar o que eu gostaria que fizesse comigo Isabella. - Sussurrou sedutoramente no meu ouvido, meu corpo inteiro pareceu derreter. - Temos uma bela cama para estrear. - Sua mão desceu sutilmente pela minha cintura indo para meu bumbum.

– Edward! - Ralhei dando um tapa em seu peito. - Você só quer subir para que eu não fique andando por aí de biquíni. - Disse o repreendendo.

– Que mal juízo minha doce Isabella faz de mim. - Murmurou beijando meu pescoço. Ele sabia muito bem como mexer comigo, aquela cama ficava cada vez mais tentadora, mas mesmo assim ia me fazer de difícil.

– Pois fique sabendo que eu quero nadar. - Falei e me desvencilhei de seus braços lhe dando as costas e nadando até a ponta da piscina, olhei para trás e vi Edward praguejando e saindo da piscina, foi até a espreguiçadeira e se deitou, seus olhos presos em mim, um garçom se aproximou e eles falaram alguma coisa, com certeza pediu alguma bebida. Preferi ficar na água relaxando e nadei até a outra ponta, permaneci mais um pouco e decidi sair, a piscina não tinha a mesma graça sem Edward. Segui até a escada e sai indo deitar na espreguiçadeira ao seu lado.

– Cansou? - Perguntou me observando.

– Sem você perdeu a graça. - Ele riu. - O que você pediu ao garçom?

– Duas batidas de mirtilo**.

– Hum que delícia! - Seus olhos estavam fixos no meu corpo, me levantei e peguei o roupão de banho que estava pendurado na cadeira. - Pronto agora não vai se distrair. - Falei fechando o roupão, Edward sorriu, segurou minha mão e me puxou para sentar entre suas pernas, fui de bom grado. - Por que saiu da água?

– Se continuasse lá as chances de te atacar contra a parede eram bem altas e imagino que não seja adepta de sexo em local público. - Respondeu com um sorriso malicioso, eu ruborizei completamente.

– Seu tarado! - Exclamei rubra, fiquei feliz por não ter muitas pessoas ali, Edward riu.

– Quem mandou me provocar. - Desafiou beijando meu pescoço, meu corpo parecia pedir o de Edward a todo momento, era indiscritível essa necessidade que eu tinha dele. Felizmente nossas bebidas chegaram antes que eu perdesse minha cabeça, ficamos conversando mais um pouco para então decidirmos subir, assim que entramos no quarto Edward me prensou contra a porta beijando meus lábios com luxúria, sua língua invadia a minha boca vorazmente, com destreza usou uma mão para desfazer o laço do roupão felpudo que eu usava enquanto a outra já mergulhava pelo meu corpo, quando estava só com meu biquíni Edward arrancou a parte de cima com um só puxão. Caramba! Isso era quente. Ele me pegou no colo e enlacei minhas pernas ao redor de sua cintura, sua boca se apossava dos meus seios fazendo com que gemidos desconexos saíssem de mim. Eu adorava quando Edward simplesmente me atacava. Era bom demais. Ele me deitou na cama e subiu os beijos para meu pescoço.

– A senhorita foi uma garota muito arteira Isabella. - Murmurou no meu ouvido.

– Fui? - Perguntei em arquejo.

– Foi sim, usando esse biquíni tentador na frente de todo mundo e me provocando na piscina.

– Eu não provoquei. - Tentei me defender. Os beijos de Edward foram para minha mandíbula.

– Provocou sim. Me deixou duro e morrendo de ciúmes. - Gemi.

– O que vai fazer senhor Cullen? - Edward rugiu roucamente.

– Você me deixa ainda mais louco quando me chama assim safada. - Sua mão desceu pela lateral do meu corpo e seus dedos brincaram com o laço do meu biquíni. - Esta na hora de desembrulhar o meu presente. - Falou me olhando maliciosamente e se sentando aos meus pés sobre seus joelhos, eu estava quase gozando só de ver o seu olhar quente. Edward parecia ver o efeito que tinha sobre mim e se aproveitava disso, sua mão acariciava minha perna ao mesmo tempo que a outra brincava com a parte de baixo da minha roupa de banho.

– Edward... - Gemi seu nome me contorcendo sobre seu olhar faminto.

– O que delícia? - Enrolou seu dedo no laço do meu biquíni.

– Por favor... - Implorei, um sorriso safado despontou em seu lábios, eu sabia que ele ia me fazer implorar.

– O que você quer Isabella?

– Você. Eu quero você. Agora! - Ele levou suas mãos para cada lado do meu quadril e em uma velocidade torturante desfez o laço do meu biquíni e sorriu triunfante. Minha respiração estava em frangalhos, eu estava me contorcendo sem que ele sequer tocasse em mim.

– Vire de costas e segure na cabeceira da cama. - Sua voz soou urgente e fiz o que ele mandou. - Não solte! - Exigiu em um tom grave, apertei a madeira com força, a expectativa estava me matando e me deixando ainda mais alucinada. Senti sua mão subindo pelo interior da minha coxa e gemi alto pela perspectiva do que viria.

– Ahn! Por favor... - Implorei, foi então que ao invés de seus dedos eu senti sua língua na minha intimidade, gozei na mesma hora gemendo alto seu nome, contorcia descontroladamente enquanto Edward continuava me lambendo e sugando com força, quando senti que teria outro orgasmo, ele parou.

– Segura firme! - Mandou e no instante seguinte me penetrou, suas mãos seguravam meus quadris a medida que ele arremetia com força, então uma de suas mãos foi para o meio do meu peito e o senti me puxando para si, soltei a madeira e deixei me levar, Edward colou minhas costas contra o seu tórax, virei minha cabeça e nos beijamos com ardor, suas mãos se dividiam entre minha intimidade e meus seios, eu rebolava e ele continuava me penetrando, sua língua invadia minha boca ao mesmo tempo que seu membro me consumia. A sensação era perfeita, nossos lábios se separaram quando nos faltou ar, mas assim que o calor no meu corpo voltou e eu senti que iria gozar, Edward me beijou novamente e gozamos juntos, gemendo alto e desabando na cama logo em seguida, ele saiu de cima de mim e rolou para o lado, ambos tentando acalmar nossas respirações.

– Uau! - Exclamei com um sorriso, ele virou o rosto na minha direção e sorriu.

– Olha só o que faz comigo anjo. - Reclamou bem humorado, ri me aproximando e deitando sobre seu peito, ele enlaçou minha cintura e beijou minha testa molhada com suor.

– Eu gosto do que faço com você. - Respondi o olhando, Edward retirou os cabelos que estavam grudados no meu rosto e seu sorriso cresceu gloriosamente.

– Eu também, mais ainda o que eu faço com você. - Levantei meu tronco e beijei seus lábios com carinho. - O que acha de um segundo round na banheira? - Ergui minha sobrancelha.

– O que nos temos com banheiros? - Perguntei divertida, Edward riu.

– Acho que partilhamos de um fetiche por eles. - Retrucou e demos risada.

– Vou adorar tomar um banho com você senhor Cullen.

– Assim eu nem saio daqui. - Murmurou me beijando.

– Nem vem. Quero o meu banho. - Reclamei o empurrando.

– Ok. Você manda, já volto. - Disse se levantando e seguindo para o banheiro, ouvi a torneira sendo ligada e logo depois ele apareceu no quarto, antes que me levantasse Edward me pegou no colo, nem reclamei, comecei a apreciar e muito quando ele fazia isso, ao entramos no amplo banheiro da suíte, me colocou no chão e entrou na banheira se sentando, fui em seguida me acomodando em seu colo.

– Esse esta se tornando um dos melhores fins de semana da minha vida. - Refleti ao mesmo tempo que sentia ele passar a esponja pelo meu abdômen.

– Posso saber qual é o primeiro? - Perguntou beijando meu pescoço.

– Foi há exatamente uma semana. - Edward sorriu largamente.

– Nossa tão aguardada reconciliação. - Respondeu contente.

– É, depois de tantos anos finalmente ficamos juntos.

– E agora vai ser para sempre. - Virei o rosto e encarei seus lindos olhos azuis.

– Para sempre. - Afirmei e o beijei com doçura, deitei minha cabeça em seu ombro, apertei seus braços ao redor da minha cintura e fiquei brincando com os pelos dos seus braços. Estava pensando em um coisa e queria sua opinião.

– Pode dizer.

– Estou querendo abrir meu próprio escritório de arquitetura, sei que no começo não dá para ser algo grande, mas estava pensando em pegar alguns projetos pequenos e ir trabalhando neles. O que acha?

– Acho que vai dar muito certo amor.

– Jura?

– Claro, assim que recebermos o dinheiro da herança, você pode abrir um escritório no centro para receber seus clientes.

– Edward eu não quero esse dinheiro. - Fui incisiva, para mim essa herança só pertencia a Edward.

– É nosso dinheiro Bell, você querendo ou não. - Suspirei derrotada.

– Não quero discutir por causa disso.

– Não vamos discutir. Acho ótima sua ideia de abrir seu próprio negócio e tenho certeza que vai dar muito certo, mas não dá para ficar indo na casa dos clientes, com o tempo vai precisar de um lugar para trabalhar com mais liberdade, por isso a melhor solução é algo no centro, de preferência perto da Cullen's. - Com essa eu tive que rir.

– Muito conveniente para o senhor hein. - Apontei.

– Pode me culpar por querer minha mulher o mais perto de mim? - Questionou me apertando contra o seu corpo.

– Não, não posso. Veremos essa ideia do escritório depois, por hora irei até a casa dos clientes.

– Ok, já pensou em nomes para dar a sua empresa.

– Estava pensando em N'Arch, uma abreviação de nova arquitetura.

– Bem legal, gostei muito.

– Vou na segunda mesmo pegar os documentos na prefeitura e avisar alguns clientes antigos.

– Acho que posso indicar alguns também. - Falou animado. - O Benjamim vai se borrar quando souber que você esta na área.

– Ele era tão diferente quando começamos a trabalhar juntos, até cheguei a pensar que com o tempo poderíamos ser sócios. Ledo engano. - Lamentei chateada.

– Infelizmente é o que você disse amor, tem muita gente que se deixa levar pelo dinheiro e foi esse o caso do Benjamim.

– Pois é, mas não quero mais falar sobre ele. Quero te contar as ideias que estou tendo para nossa casa. - Disse empolgada mudando de assunto, então começamos a falar sobre o que ambos queríamos, apesar do projeto externo estar pronto, por dentro ainda não havíamos discutido muito, e pelo o que estávamos conversando, nossas ideias para o interior eram bem diferentes.

Depois do banho fomos para o quarto, me troquei enquanto Edward ligava para o serviço de quarto e pedia nosso jantar, queríamos algo bem intimo, assim que nossa comida chegou nos sentamos na antessala e comemos, Edward me contava das suas loucuras quando estudava na Inglaterra e eu o que aprontava com as meninas e os rapazes quando estava na faculdade, evitei falar de James, sabia que esse ainda era um assunto delicado para Edward, o que entendia perfeitamente, pois se fosse ao contrário também morreria de ciúmes, por esse motivo achava melhor evitar falar sobre isso.

Assim que jantamos, fomos dar uma volta pela cidade, aproveitamos e paramos em uma doceira para fazer nossa sobremesa, tudo estava maravilhoso e a companhia era ainda melhor. Quando voltamos para nosso quarto tomamos um banho separadamente e nos deitamos, ainda conversando sobre nosso dia e os planos para a semana que incluía começar a procurar

um terreno para nossa casa, estava cada vez mais empolgada com a perspectiva do nosso futuro.

Edward POV

Eu tinha certeza que não tinha como minha vida ficar melhor do que já era, isso seria impossível. Depois de um semana cheia de contratempos e problemas, pude finalmente relaxar e curtir minha linda namorada em paz, nosso passeio foi perfeito e delicioso, a cada momento que passávamos juntos eu a queria mais, Bell fazia com que meus medos e dúvidas simplesmente desaparecessem me trazendo tranquilidade e harmonia que era tudo o que eu estava precisando.

Quando chegamos em casa no domingo à tarde já me sentia bem melhor em relação a tudo o que tinha ocorrido na sexta feira. Isabella tinha toda razão, de nada adiantava ficar sofrendo por algo que eu não tinha como saber, o que realmente importava era que estávamos juntos agora, o resto era passado e era lá que deveria ficar.

Nos arrumamos e fomos encontrar o pessoal na casa de Alice e Jasper, tínhamos mudado nosso encontro semanal que sempre ocorria no sábado, pois Emm e Rose também tinham ido viajar, afinal a família deles precisava saber pessoalmente que iriam se casar. Rose não escondia a animação e logo puxou Bell e Alice para conversarem sobre os planos do casamento, Jasper não estava, pois precisou ir ajudar seu irmão que estava precisando de algumas aulas particulares de história, então ficamos somente eu e Emmett na sala em completo silêncio, o que era bem estranho, já que Emm raramente calava a boca.

– E como foi com os sogros? - Perguntei tentando quebrar o gelo.

– Bem, eles aceitaram numa boa.

– Que bom.

– É, o pai de Rose decidiu pagar todo o casamento o que a deixou ainda mais nas nuvens. Completou ainda pensativo.

– Posso imaginar. - Essa situação estava esquisita demais, até parecia que éramos dois estranhos. - Emmett qual o problema? - Indaguei diretamente.

– Eu preciso falar com você, mas não sei por onde começar. - Franzi meu cenho confuso.

– Sobre o que? - Emm se levantou, ele estava claramente nervoso, respirou fundo e pareceu finalmente tomar coragem.

– James. - Tentei disfarçar o incômodo que senti ao ouvir esse nome.

– O que tem ele?

– Você sabe que enquanto ele e Isabella namoraram nos tornamos amigos não é?

– Sei sim Emmett. -Respondi simplesmente. - Você quer que ele seja seu padrinho no meu lugar? É isso? - Meu problema principal com essa hipótese não era nem deixar de ser padrinho de Emm, afinal isso seria até normal já que eles se conheciam há mais tempo que nós, mas a ideia dele entrar com Isabella na cerimônia estava me corroendo.

– Não! - Emmett negou na hora, o que me trouxe um alivio instantâneo, talvez o assunto fosse outro. - James é um grande amigo, mas eu não trocaria o padrinho que tenho agora. - Sua declaração meio que me pegou de surpresa, apesar de nossa relação ter evoluído e muito não podia imaginar que Emmett me considerava tanto.

– Poxa, obrigado cara. Só que agora eu fiquei confuso, o que tem para me dizer sobre o James?

– Eu queria falar com você antes para não ficar um clima estranho, mas eu gostaria de convidar ele para o casamento. - O que eu deveria dizer? Que não queria por que tinha medo que Bell o visse e se arrependesse de ter ficado comigo? Merda! Como pode só a menção da presença dele me fazer duvidar de tudo o que já passei com Isabella?

– Ele é seu amigo Emmett, pode ficar tranquilo que estou de boa com isso. - Falei tentando parecer firme em minha resposta, Emm abriu um sorriso.

– Valeu Edward! Estava achando que iria surtar e eu teria que te dar um soco. - Disse rindo mais relaxado.

– Não é para tanto. - Tentei brincar, só que a notícia de que James iria estar no casamento me desestabilizou completamente, durante todo o jantar procurei me focar na conversa e brincadeiras que faziam uns com os outros, mas sempre me via perdido em pensamentos. A noite terminou e eu praticamente nem vi, sabia que era bobeira minha, entretanto a minha mente ainda martelava, imaginando como seria quando eles se reencontrassem. Isso acenderia alguma fagulha? Bell ainda sentia algo por ele? James tentaria se reaproximar?

– Edward! - Ouvi Bell me chamando e só então percebi que já estávamos deitados na cama em nossa cama, ela me olhava preocupada. - O que houve? Você esta estranho desde o jantar.

– Besteira minha anjo. - Desconversei.

– Não é não. Me fala. - Não vi outra alternativa a não ser a sinceridade, mesmo sabendo que Bell ficaria chateada comigo.

– Emmett queria dizer algo importante.

– É sobre o Emm convidar o James? - Perguntou normalmente.

– Você sabia?

– Rose comentou algo sobre isso. - Explicou como se não fosse algo importante. - É por isso que esta preocupado? Tem medo que eu sinta algo quando nos reencontrarmos? - Perguntou no mesmo instante, Bell me conhecia como ninguém.

– Você ia casar com ele, eu sei lá, me sinto vulnerável sabendo que estará tão perto.

– Aquele pedido foi um erro Edward, você sabe disso. Eu aceitei na esperança de te esquecer, mas não adiantou. - Ela suspirou e me encarou.

– Eu ouvi tantas vezes você dizendo que o amava. - Murmurei cabisbaixo.

– Eu pensei que amava. - Confessou em um sussurro. - Não vou negar que fui feliz com James enquanto ficamos juntos, nós nos dávamos bem por que éramos muito parecidos, em tudo, acho que até nossos defeitos eram os mesmos. - Disse sorrindo. Isso era algo que eu já havia percebido. - Mas a verdade é que nem mesmo com ele eu consegui esquecer você, eu quis amar o James e com o tempo eu achei que o que sentia por ele fosse amor, só que me enganei completamente, pois quando você voltou tudo o que eu queria era correr para os seus braços, apesar de negar isso para mim mesma.

– Se eu não tivesse voltado vocês ainda estariam juntos. - Afirmei desgostoso, essa era uma péssima perspectiva e de novo eu estava preso ao passado.

– Eu não sei. - Respondeu sinceramente.

– Tenho certeza que sim, estariam casados e viveriam felizes. - Falei amargamente.

– Esta me culpando por me envolver com James? É isso? Até parece que você ficou sozinho todo esse tempo. - Retorquiu séria.

– Eu tive sim muitas mulheres, mas sempre foi só sexo, nunca me envolvi emocionalmente com ninguém. - A acusei.

– E o que você queria? Que eu esperasse uma pessoa que só me desprezou e que eu achava que não me amava? Que eu fosse infeliz? - Esbravejou se levantando da cama.

– Você deveria ter ficado com ele se era tão feliz assim! - Retruquei nervoso sem ao menos pensar, mas quando vi o olhar triste de Bell percebi a burrada que havia dito.

– Não acredito que esta me dizendo isso depois de tudo o que passamos e principalmente com o fim de semana maravilhoso que tivemos. - Expressou chateada me olhando com magoa, encarei o relógio em meu pulso que ela tinha recuperado. Como eu podia duvidar do que Isabella sentia por mim? Ela sempre mostrava o quanto me amava e me queria ao seu lado.

– Droga! Me desculpa Bell. Eu sou mesmo um imbecil! - Praguejei pesaroso, peguei a mão dela e a puxei para o meu colo, ela veio um pouco reticente. - A última coisa que eu quero é brigar com você, só que eu perco a cabeça quando o assunto é o James. - Confessei aborrecido, a postura de Bell suavizou e ela me abraçou.

– Sei que essa situação não é fácil, mas eu não quero mais ninguém. Você precisa entender isso, James foi importante, só que você é vital para mim. Nada se compara ao que eu sinto por você Edward, é como se eu estivesse tomando sorvete de creme e subitamente colocassem calda quente de chocolate com pedaços de marshmallow por cima. - Acabei sorrindo com sua comparação. - Minha vida ficou muito mais gostosa e completa com você nela. - Declarou encostando sua testa na minha.

– Eu sei bem o que é isso. - Falei acariciando seu rosto com delicadeza, Bell não merecia ter ouvido tudo o que disse. - Eu não te culpo por tentar ser feliz com o James, eu só me arrependo das escolhas que eu fiz, se eu não tivesse sido um covarde nós estaríamos juntos desde o inicio e nada disso teria acontecido. Se alguém tem culpa de algo sou eu.

– Já te disse que não adianta ficarmos pensando nisso, é passado. Meu presente e futuro são com você senhor Cullen. - Era impossível não sorrir quando ela me chamava assim. - Tudo o que eu quero de James é que ele possa ser feliz assim como eu sou com você, ele merece. - Me acomodei melhor na cama e trouxe Bell para deitar sobre o meu peito.

– Eu sei, tentei muito sentir raiva dele, mas confesso que era bem difícil. - Comentei torcendo os lábios, Bell riu.

– Não vai fazer cena no casamento do Emm viu. - Me alertou.

– Vou me comportar como um cavalheiro, prometo. - Disse beijando sua testa, agora que tinha conversado honestamente com Bell me sentia bem melhor sobre James, por isso decidi mudar

de assunto e falar sobre algo mais agradável. - Já pensou em como vai querer o terreno da nossa casa? - Perguntei interessado, durante a semana iríamos marcar com um corretor e ver alguns lugares.

– Árvores e gramado. - Respondeu sorrindo.

– Estava pensando em um lago também. O que acha?

– Não é perigoso para as crianças. - Sorri largamente ao ouvir Bell falando sobre filhos.

– Podemos cercar quando ele ou ela nascer. - Opinei. - Além disso não vou perder de vista nosso filhote. - Bell riu.

– Crianças são bem ativas Edward, acho que não imagina o trabalho que vai ter.

– Hei, eu sou quase um atleta, aposto que darei uma canseira neles. - Isabella riu ainda mais.

– Quero só ver papai. - Falou e me beijou com delicadeza.

– Não vejo a hora da nossa casa estar pronta e começarmos nossa família. Tudo o que mais quero é uma vida inteira com você Isabella.

– Eu também. - Respondeu e se aconchegou mais no meu corpo. Ri com um pensamento que me ocorreu.

– Do que esta rindo?

– Já imaginou o Emm e a Alice com filhos? - Bell riu também.

– Os filhos da Alice vão parecer modelos de catálogo e os do Emmett só vão aprontar. Pobre Rose e Jasper. - Lamentou ainda rindo. - Mesmo assim tenho certeza que serão ótimos pais e tios.

– É verdade. Essas crianças vão ser afortunadas. - Disse concordando. - Especialmente nossos filhos com essa mãe maravilhosa que terão.

– Acha mesmo que serei uma boa mãe? - Perguntou sem jeito.

– Absoluta. Por que? - Será que Bell estava mudando de ideia?

– Eu sempre quis ter uma família, mas agora estou com medo de não ser boa o suficiente, é muita responsabilidade. - A apertei nos meus braços.

– Você não vai estar sozinha, além disso é a pessoa mais amorosa, amiga, companheira, esperta, divertida, linda e sensata que eu conheço, vai se sair muito bem. - Falei ao pé de seu ouvido.

– São muitos adjetivos. - Apontou sorrindo.

– Eu só falei alguns, sou um homem de muita sorte por ter alguém como você ao meu lado anjo. - Confessei passando meu dedo pelo seu rosto carinhosamente.

– Verdade, você tem mesmo muita sorte. - Respondeu faceira.

– Tenho é? - Questionei e comecei a fazer cócegas nela. - Esta minha namorada esta muito convencida. - Bell ria alto.

– Aprendi com você. - Respondeu rindo, a deitei sobre a cama e a observei com calma, Isabella esticou o braço e acariciou meu rosto, ambos aficionados um pelo o outro, fechei os olhos afim de aproveitar seu toque delicado, ela contornou meus lábios com o dedo indicador, sorri e abri meus olhos em seguida, me aproximei lentamente e a beijei com delicadeza saboreando

seus lábios nos meus, depois de tudo o que passamos para ficarmos juntos, a única certeza que eu tinha era que minha vida só seria completa com Isabella ao meu lado.

* Cidade próxima a New Haven, Connecticut.

** Pequena fruta originária na América do Norte

Notas finais do capítulo Muito boa essa viagem hein. Adoraria fazer uma assim com o Edward ao meu lado *-* Mas como ele é da Bella, não me importo que a viagem seja com o James...kkkkkkkkk... Acho uma fofura quando eles falam sobre o futuro, o Edward vai ser um pai babão... rsrsrs

No próximo teremos uma passagem de tempo e a construção dessa casa vai ganhar vida, os dois vão ter algumas discussões bobas sobre isso, pois como dizem os sábios, não existe nada que coloque mais um amor a prova do que fazer uma reforma juntos, imaginem eles que vão construir tudo do zero... kkkkkkk

Tenho um recado importante a dar, quem viu no face já sabe do que se trata: Bom infelizmente por causa de alguns compromissos que surgiram meu tempo foi reduzido drasticamente. Eu tinha cogitado terminar a fic em dois capítulos, mas pensei melhor e vi que fazer um final corrido não seria justo nem com vocês e nem com a história, por esse motivo vou continuar do modo como tinha planejado, abordando tudo o que eu queria com calma, podem ficar traquilas que eu NÃO vou abandonar a fic, só vou demorar um pouco mais para finalizar, já que só conseguirei postar uma vez por semana, tinha dito que seria todo sabado, mas esse dia pode variar para sexta também. Sempre que for possível postarei os trechos na página do face para aplacar um pouco da curiosidade durante a semana :)

Também preciso pedir desculpas gente! Acabei me empolgando nos capítulos e a fic ficou bem maior do que eu imaginava, cheguei a comentar que não passaria do capítulo 40 e não foi o que aconteceu. Bom, eu gostaria de deixá-las a par do que ainda falta abordar na fic (não é necessariamente nessa ordem que as coisas vão acontecer): - Casamento do Emm e da Rose; - Construção da casa de Edward e Bella; - Despedida de solteiro de Rose e Emm; - Prisão de Michael e da sua quadrilha; - Pedido de casamento do Edward *-*; - Casamento e lua de mel da Bella e Edward; - Nascimento de certo alguém... rsrsrs; - Mais alguns detalhes que deixarei em off por hora ;)

Não posso garantir um número exato, pois já fiz isso e fiquei bem longe de acertar... rsrsrsrs... No momento estou pensando em fechar a fic com mais ou menos 10 capítulos até o epilogo... Veremos se dessa vez eu consigo seguir isso :)

Obrigada por acompanharem a história e espero que continuem apesar desse contratempo.

Bjs e até o próximo ;)

Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas deste capítulo e do próximo na página do face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056

(Cap. 43) Capítulo 42 - Construção

Notas do capítulo Obrigada pela recomendação jin trinidad. Agradeço de coração as palavras, o incentivo e o carinho. É muito bom saber que gostam da história, isso dá ânimo para escrever. Este capítulo é dedicado a você e a todas que acompanham e comentam, sem vocês isso não seria nada.

Hoje teremos uma pequena discussão entre o Edward e a Bell com uma reconciliação destruidora, literalmente... rsrsrsrs

Espero que gostem ;) Bella POV

Com tantas coisas para resolver praticamente não vimos o tempo passar, após dois meses namorando convidei Edward para se mudar definitivamente para nosso apartamento, ele ficou extasiado e no mesmo dia fomos buscar o restante de suas coisas na casa de Seth, a namorada dele ia se mudar para lá assim que Edward saísse então foi uma situação em que todos saíram ganhando. O caso de corrupção na empresa continuava na mesma, sem grandes novidades, Eleazar contou a Edward que infelizmente ainda iria demorar para que finalmente pudessem prender a todos os envolvidos, por isso não tínhamos outra alternativa a não ser esperar.

Nossa rotina era um delícia, acordar todos os dias ao lado de Edward parecia um sonho, ele me incentivou a voltar ao trabalho e logo eu estava cheia de clientes e compromissos, se isso não bastasse ainda tinha a construção da nossa casa, havíamos comprado um lindo terreno, era enorme, cheio de árvores e um lago no fundo, perfeito para nossos planos, não demorou e logo iniciamos o processo de construção que confesso estava me deixando muito irritada, os maiores problemas começaram há uma semana quando começamos a mexer na parte interna da casa e em alguns detalhes externos, parecia que Edward e eu não concordávamos em nada e nos últimas dias sempre que falamos sobre a casa acabamos discutindo, nesse mesmo momento estávamos na mesa da cozinha analisando alguns detalhes, era sempre assim, começávamos conversando e sempre terminava em discussão.

– Eu acho que ficaria legal se tivéssemos um balaústre* com uma tendência grega na varanda. - Edward opinou, respirei fundo. Não podia acreditar que ele ia insistir nessa ideia idiota.

– Claro que não! Vai ficar muito melhor se for algo simples, pilastras de madeira com a grade em ferro escuro.

– Bell, pensa bem, acho que misturar os materiais vai dar um toque eclético a nossa casa.

– Vai ficar ridículo isso sim. Edward você não entende nada de arquitetura deixa que dessa parte eu me responsabilizo, pois se continuar assim teremos uma casa dos horrores. - Falei indiferente.

– Se é assim não digo mais nada sobre a arquitetura da casa. - Respondeu seco. Melhor assim. - Mas se tem algo que posso opinar é em relação as escadas, não quero que seja reta.

– De novo esse assunto? - Reclamei exasperada me levantando na cadeira. - Já falei um milhão de vezes que uma escada reta vai combinar muito mais com o estilo da sala.

– Isabella uma escada em L é muito melhor para a circulação do ambiente do que uma reta. Argumentou.

– Não há necessidade disso, o espaço é enorme, tenho certeza que comporta uma escada reta e vai ficar bem melhor, olha só o desenho. - Apontei para a sala que havia desenhado, Edward olhou e suspirou.

– Eu entendo o que quer dizer, mas não é por que temos espaço que não podemos utilizar ele de modo mais inteligente. - Cerrei meus olhos.

– Esta dizendo que minha ideia não é inteligente? - Perguntei cruzando os braços, ele arregalou os olhos.

– Não foi nada disso que quis dizer. - Se defendeu.

– Pois foi exatamente o que eu entendi. Quer saber? Estou cansada de discutir sobre isso. Se quiser um balaústre da china coloque, afinal o dinheiro é seu.

– Isabella... - Antes que ele continuasse o cortei.

– Tenho que sair, combinei de encontrar com Alice para falar algumas coisas do casamento de Rose. Depois continuamos. - Respondi rude pegando minha bolsa e saindo, sem ao menos lhe dar um beijo. Eu andava tão estressada ultimamente, além dos meus clientes e nossa casa, ainda tinha que aguentar o Edward me perturbando para aceitar o dinheiro que Eleazar estava adiantando da herança para que eu comprasse algum lugar para ser meu escritório, eu não queria nada, nunca quis. Por que o Edward não podia aceitar isso? Peguei o carro e fui para o ateliê de Alice, hoje iria experimentar o vestido de madrinha que ela estava desenhando para mim, cheguei e logo fui para seu escritório.

– Boa tarde. - A cumprimentei um pouco seca, meu humor estava péssimo hoje, já não bastava todo esse estresse, ainda tinha que lidar com minha TPM, era só o que faltava mesmo.

– Oi amiga. - Disse se aproximando e me dando um beijo. - Nossa que cara é essa? - Suspirei chateada.

– Discuti com o Edward por causa da casa.

– De novo? - Questionou arqueando a sobrancelha.

– Ele tem umas ideias muito idiotas. - Respondi sem paciência.

– Ok. - Alice limitou a dizer. - Vamos experimentar o vestido? - Assenti sem muito ânimo. Enquanto Alice colocava os alfinetes ajustando o vestido no meu corpo eu me encarava no espelho. Estava cansada de tudo, tantas coisas para resolver e para piorar ainda briguei com Edward por uma bobeira de novo. Para piorar eu andava tão sem paciência que acabava descontando nele, era um milagre que ainda não tivesse explodido comigo. - Que foi? - Ouvi Alice perguntar e me encarar pelo espelho.

– Estou me sentindo mal por ter discutido com Edward por algo tão banal, nunca imaginei que construir uma casa com ele pudesse ser tão difícil. - Confessei cansada.

– Isso é normal Bella, são muitas decisões que vocês tem que tomar juntos e nem sempre vão concordar. Lembro quando eu e Jazz reformamos o nosso quarto, juro que achei que íamos nos matar antes do quarto estar pronto. - Comentou e riu, acabei sorrindo com sua história.

– É talvez tenha razão. Preciso pedir desculpas para ele, Edward tem tido muita paciência comigo.

– Por que esta tão nervosa?

– Ah! São tantas coisas Allie, mas acho que o principal é o meu trabalho.

– Achei que estava dando certo.

– Esta, só que estou com mais trabalho do que aguento, além disso Edward fica insistindo que eu abra um escritório com o dinheiro que na verdade é dele.

– Ainda o assunto do dinheiro Bella? - Por segurança não contamos a verdade para nossos amigos sobre a origem do dinheiro que Edward estava recebendo, quando tudo fosse solucionado diríamos o que tinha acontecido, por hora dissemos que Edward tinha pedido dinheiro emprestado para a compra do terreno e a construção da casa enquanto esperávamos os trâmites da justiça em relação a nossa herança.

– Alice como quer que eu aceite algo que não é meu? - Questionei aborrecida.

– Ele emprestou o dinheiro para a casa de vocês, não é só ele que vai morar lá.

– A casa tudo bem, mas pegar o dinheiro para montar um escritório para mim é demais. Prefiro fazer isso com meu esforço.

– Então diga isso a ele.

– Acha que não tentei. - Suspirei derrotada. - A discussão de hoje só piorou ainda mais as coisas. - Falei chateada.

– Hei! Não fica assim, tenho certeza que logo vão se acertar.

– Isso se ele não perceber a chata que eu sou e me largar.

– Ai Bella deixa de drama, essas coisas acontecem, a verdade é que você esta precisando relaxar. - Alice tinha toda razão. Precisava de um tempo com Edward sem essa merda toda, como hoje era sábado assim que saísse daqui iria atrás dele para pedir desculpas pelo meu

rompante e o convidar para jantar. Sorri com essa ideia, só esperava que Edward não estivesse aborrecido demais comigo e aceitasse minha oferta de paz, além disso eu precisava e muito dele, principalmente com meus hormônios enlouquecidos por causa do meu período que se aproximava, estava praticamente subindo nas paredes já que por causa dos nossos compromissos e discussões essa semana não tinha rolado absolutamente nada.

– Obrigada pelo apoio amiga. - Disse a abraçando.

– Não precisa agradecer, amigos são para isso e vamos dizer que esse conselho não vai sair de graça. - Franzi meu cenho. - É que preciso verificar um vestido de noiva que acabei de terminar, só que a modelo teve um compromisso e não pode vir, como você tem o mesmo corpo que ela ia ser perfeito. - Olhou para mim com os olhos pidões.

– Ok. Eu experimento o tal vestido. - Alice sorriu largamente batendo palmas.

– Ótimo, vou pegar ele. - Disse animada saindo do amplo provador rodeado por espelhos, logo estava de volta carregando o longo vestido branco, tirei com cuidado o meu de madrinha e coloquei o de noiva, era um tomara que caia absolutamente lindo, bem moldado ao corpo com um faixa de cristais um pouco acima da cintura no estilo sereia. Assim que terminei de me vestir a secretária de Alice apareceu dizendo que Jazz estava no telefone, ela pediu licença e foi atender o namorado. Eu fiquei girando no pedestal e observando cada detalhe do vestido. Será que algum dia usaria algo assim? Alisava o tecido quando ouvi um barulho vindo da porta, levantei a cabeça e pelo reflexo do espelho vi Edward me olhando de modo deslumbrado, seus olhos encontraram os meus e eu congelei, ele abriu mais a porta e entrou no provador se colocando ao meu lado, nossos olhos ainda presos um no outro pelo espelho.

– Você esta linda. - Disse finalmente, sorri tímida e me virei, estávamos exatamente com a mesma altura. - Parece um anjo. - Completou acariciando meu rosto com delicadeza, meu coração se apertou com sua declaração, ele me segurou pela minha cintura com sua mão livre, parecia tentar achar o que dizer, porém eu fui mais rápida.

– Desculpa. - Edward me olhou atento. - Eu fui tão chata com você hoje mais cedo.

– Eu também devo desculpas.

– Você não fez nada Edward. Sou eu que ando sem a mínima paciência. - Expliquei colocando minhas mãos sobre seu peito.

– Você só esta estressada demais anjo. - Disse em um tom leve, ele tinha toda razão. - Que tal sairmos para jantar e depois aproveitarmos o resto da noite juntos? Sem falar sobre construção, problemas ou trabalho. Só nós dois. - Sorri com sua ideia.

– Anda lendo pensamentos senhor Cullen? Pois este era justamente o plano que tinha para esta noite. - Edward abriu um sorriso enorme, se aproximou e me deu um beijo calmo nos lábios, segurei seu rosto e aprofundei o beijo. Merda! Como senti falta disso. Brigar com Edward era horrível, mas não podia negar o quão bom era fazer as pazes com meu lindo namorado. Nos separamos ofegantes, ele encostou sua testa na minha.

– Você ficou deslumbrante vestida de noiva. - Elogiou. - Não vejo a hora de ver você no nosso casamento. - Também não vejo a hora de me casar com você. Completei em pensamento.

– Ah é? E quando vai ser? - Provoquei. Juro que se ele pedisse ali eu aceitava na hora, mas antes que Edward abrisse a boca, Alice apareceu. Droga!

– Bella já pode tirar... - Parou de falar assim que nos viu. - Hum desculpe atrapalhar o romance. - Disse sorrindo.

– Oi baixinha. - Edward a cumprimentou e ela fechou a cara, Alice odiava esse apelido e por isso mesmo os meninos sempre o diziam.

– Afe! Até você Edward? - Reclamou cruzando os braços, demos risada. Segurei o rosto dele e o beijei de novo.

– Espera lá fora que vou me trocar.

– Ok. - Segurou minhas mãos e as beijou. - Tchau bai... Alice. - Se corrigiu quando ela o olhou feio.

– Tchau babaca. - Ela se despediu sorrindo, Edward riu e saiu do provador. Alice se virou na minha direção. - Se acertaram? - Perguntou em expectativa.

– Sim, ele é um fofo. - Elogiei. - Vamos jantar e passar a noite juntos. - Falei animada.

– Nada como um tempo para acalmar os nervos.

– Verdade. - Concordei. Desci do pedestal e me troquei, despedi de Alice e fui encontrar Edward na recepção. Estanquei assim que vi a secretária de Alice praticamente se atirando em cima dele.

– Tem certeza que não deseja nada? - Perguntou oferecida.

– Não, obrigado. - Edward respondeu cortês, resolvi que estava na hora de me fazer presente.

– Estou pronta vida. - Falei me aproximando e o abraçando, olhei feio para Tanya, ela deu um sorriso sem graça e se afastou. - Vaca! - Xinguei, Edward riu beijando minha testa.

– Vamos minha ciumenta. - Falou e me puxou para saída.

– Aposto que estava gostando da atenção. - Reclamei aborrecida.

– Deixa de ser boba amor, estou pouco me importando com ela.

– Acho bom mesmo. - Retorqui ainda séria.

– Você não tem jeito anjo. - Expressou rindo.

– Queria ver se fosse com você. - Ele moveu os ombros despretensiosamente.

– Eu acabava com a raça do sujeito. - Respondeu como se não fosse nada, balancei a cabeça e ri. Era exatamente isso que estava faltando ultimamente, um momento leve e descontraído entre nós. Edward segurou meu corpo no seu e nos arrastou para o carro, fomos direto para nosso apartamento, nos trocamos e seguimos para um restaurante perto de casa.

– Eu gosto disso. - Comentei enquanto caminhamos de mãos dadas pela calçada, Edward apertou minha mão e sorriu.

– Eu também. - Chegamos no local e sentamos em uma mesa perto da ampla janela, a noite estava agradável, já era possível ver o sinal da primavera chegando. Assim que o garçom saiu com nossos pedidos, Edward passou seu braço pelo meu ombro, beijou minha testa e em seguida meus lábios, esticou o braço direito e acariciou delicadamente meu rosto com seus dedos. - Dança comigo? - Perguntou indicando a pequena área reservada a frente dos músicos que tocavam música ao vivo, sorri e assenti. Ao chegarmos na pista me aproximei e deitei a cabeça no seu peito, Edward colocou uma mão na minha cintura e a outra segurou uma das minhas que pousavam ao lado da minha cabeça, nós seguíamos lentamente o som calmo e relaxante da música que era tocada. Esse momento era perfeito, exatamente o que eu precisava, só eu e ele. Edward me apertou em seus braços e beijou meus cabelos.

– Eu te amo. - Declarei levantando minha cabeça e o encarando, ele abriu aquele sorriso tímido e torto que eu tanto amava, meu sorriso. Parou de dançar e me olhou atento.

– Eu te amo anjo. - Disse e me beijou com doçura, segurou com as duas mãos minha cintura e voltamos a bailar sem separar nossos lábios. Nossa comida chegou e retornamos à mesa, o restante do jantar foi ótimo, conversamos coisas sem sentido, rimos e nos divertimos. Saímos do restaurante tarde e seguimos abraçados até em casa, assim que colocamos os pés dentro do apartamento Edward me agarrou, pulei no seu colo e correspondi a sua voracidade. Sentia uma falta absurda do seu corpo, do seu cheiro, do seu gosto. Naquela noite destruímos a sala, nenhum lugar ficou a salvo do nosso arrombo, resultado de apenas uma semana sem sexo.

– Do que esta rindo? - Edward perguntou beijando meu ombro, já havíamos tomado banho e agora relaxávamos na cama.

– Da bagunça que fizemos na sala. - Ele começou a rir também.

– Uma bagunça deliciosa. - Murmurou mordendo o lóbulo da minha orelha, me aconcheguei melhor no seu corpo me esfregando nele e segurando seu braço que rodeava minha cintura. Mais uma? - Sorri tentando parecer inocente e assenti. Edward gargalhou.

– Você não presta Isabella. - Repetiu o que eu sempre dizia dele, me virei ficando de frente para ele brincando com os poucos pêlos que tinha em seu peito, me aproximei mais e beijei seu queixo.

– Não tenho culpa que seja tão gostoso. - Sussurrei descendo os beijos pelo seu maxilar e pescoço, Edward gemeu e apertou minha cintura, abaixou a cabeça e tomou meus lábios em um beijo cheio de desejo, me deitou na cama e voltamos a nos amar, dessa vez a bagunça seria no quarto e eu estava pouco me importando com isso, tudo o que eu queria era matar a minha fome de Edward.

Edward POV

Eu odiava discutir com Isabella, minha linda e teimosa mulher, mas eu entendia pelo o estresse que ela estava passando, principalmente na última semana, pelo menos ontem pudemos relaxar e aproveitar um momento somente nosso sem ficar falando de problemas ou da construção da casa, sabia que tínhamos muitas idéias diferentes, mas não imaginei que seriam tantas, entretanto isso não era algo que me importava muito, era bom que não fossemos tão parecidos, afinal qual seria a graça se concordássemos com tudo?

Observei Bell dormindo, ela tinha um leve sorriso nos lábios que aqueceu meu corpo, eu adorava vê-la feliz, isso era exatamente o que não estava acontecendo ultimamente, ela estava trabalhando muito e andava estressada demais. Queria que aceitasse o dinheiro do Eleazar, que na verdade era nosso para abrir seu escritório e até contratar alguém para ajudála, entretanto não adiantava quantas vezes eu pedisse, ela sempre se negava e acabamos brigando, mas eu ainda não havia desistido, esse dinheiro também era dela, por mais que negasse a aceitar. A admirei mais uma vez e então resolvi fazer uma surpresa para o meu anjo, sai da cama o mais silenciosamente que consegui, coloquei uma boxer preta e segui para a cozinha. Como era uma negação em fazer qualquer coisa no fogão, preparei alguns lanches frios, um pote com morangos e pedaços de mamão, iogurte e um suco de laranja. Arrumei tudo na bandeja e levei até o quarto, Bell ainda dormia tranquilamente, coloquei nossa comida sobre a cama e me aproximei dela beijando suas costas. Isabella gemeu e disse meu nome, um sorriso ridículo apareceu nos meus lábios, continuei distribuindo os beijos até sua orelha.

– Acorda anjo. - Sussurrei acariciando suas costas agora com meus dedos, Isabella abriu um sorriso preguiçoso, apertou o travesseiro e finalmente abriu os olhos.

– Bom dia. - Desejou com a voz sonolentamente, me aproximei e a beijei.

– Bom dia amor. Trouxe nosso café. - Falei me afastando e mostrando o que havia preparado, sabia que nem chegava perto do que o James fazia, mas já era um começo. Bell sentou na cama segurando o lençol contra o corpo e sorriu.

– Esse meu namorado esta ficando muito prendado. - Elogiou acariciando meu rosto.

– O que vai querer primeiro?

– Morango. - Respondeu maliciosa e abriu a boca. Resolvi entrar no seu jogo, peguei o morango e coloquei na sua boca, ela mordeu e gemeu. Merda de mulher gostosa! - Hum. Que delícia. - Disse passando a língua pelos lábios, me deixando louco.

– É muito safada. - Falei a olhando com desejo, Isabella riu, se arrastou na cama e sentou meu colo deixando o lençol cair.

– O café esta perfeito, mas estou com vontade de comer outra coisa. - Murmurou beijando o meu pescoço. Porra! Ela não precisava de muito para me fazer perder a cabeça.

– Eu criei um monstro. - Sussurrei ofegante enquanto seus beijos desciam pelo meu corpo, ela sorriu contra a minha pele, me causando arrepios, desceu mais um pouco até que sua mão tocou o meu membro sob a boxer que já pulsava de tão duro.

– Aposto que ele ama esse monstro. - Respondeu sagaz, gemi quando senti seus dedos o apertando e tirando da boxer. - Hora do meu café da manhã. - Anunciou e logo depois senti sua boca deliciosa e quente em mim, subindo, descendo, apertando, sugando, eu gemia descontroladamente, segurei os cabelos de Isabella ajudando nos movimentos, sua boca e sua mão me consumindo com loucura até que eu não aguentei mais e explodi, encostei na cama

ofegante e com a respiração em frangalhos, abri os olhos e a encarei, Bell tinha um sorriso sacana no rosto.

– O que vou fazer com você? - Perguntei a puxando para meus braços, gememos aos sentirmos nossas intimidades próximas.

– Eu posso te mostrar exatamente o que fazer senhor Cullen, mas só depois de comer. - A puxei para um beijo, mas ela me afastou, a encarei confuso. - Comer comida. - Explicou rindo, bufei. Essa mulher ia ser o meu fim, ela saiu da cama, pegou a bandeja e colocou sobre mim, depois seguiu para o banheiro e voltou vestida com um roupão de banho, pediu licença e sentou entre minha pernas, então finalmente começamos a tomar nosso café da manhã.

– Estive pensando em algo. - Bell virou o rosto e me encarou com curiosidade.

– No que? - Achei que o clima era um bom indicio de que podíamos voltar a falar da construção da nossa casa, não poderíamos evitar esse assunto para sempre.

– Que tal se eu abrir mão dos balaustres e você da escada reta? - Bell respirou fundo e deitou sobre meu corpo, antes que achasse que iria implicar ou dizer que não entendia nada de arquitetura, ela sorriu.

– Por mim tudo bem. - Aceitou numa boa.

– Ótimo. - Falei a beijando. - Nós podemos fazer isso dar certo amor, só temos que aprender a fazer concessões. - Ela assentiu.

– Tem toda razão. Desculpa ter dito que não entendia nada de arquitetura, chamado sua ideia de ridícula e ter dito que ia parecer uma casa dos horrores. - Com essa eu tive que rir. - Não sei o que estava pensando. - Completou colocando a cabeça no vão do meu pescoço.

– Acho que já ouvi criticas piores ao meu trabalho. - Respondi para descontrair, ela sorriu. Para deixar claro eu não disse que sua ideia não inteligente.

– Eu sei, só estava irritada demais para pensar claramente. Acho que o período do mês também esta ajudando. - Esclareceu, agora esse desejo todo estava explicado, Isabella sempre ficava mais fogosa nessa época, porém saber que seu período estava chegando me deixava um pouco decepcionado, pois indicava que ainda não seriamos pais, sabia que Bell ainda tomava anticoncepcionais, mas confesso que adoraria que eles falhassem, entretanto já havíamos conversado sobre isso e sabíamos que ainda não era a hora certa para termos um filho, precisávamos da nossa casa pronta, além disso ainda precisava fazer um pedido muito especial.

– Hum bem que percebi. - Comentei a apertando nos meus braços. Bell me lançou um olhar desconfiado.

– Anda se preparando para as minhas crises? - Perguntou intrigada.

– Não, só conheço esse corpo muito bem. - Expliquei beijando seu pescoço. Foi o suficiente para deixá-la acesa de novo.

– Que tal conhecer ainda mais? - Questionou sedutora.

– Vou adorar. - Respondi e no instante seguinte já estávamos rolando na cama. A bandeja do café da manhã? Caiu da cama e sujou todo o chão, mas nem eu nem Isabella estávamos nos importando com isso, tínhamos um assunto muito mais importante a tratar.

Depois de destruirmos nosso apartamento chegou a hora de arrumarmos toda nossa zona, enquanto eu limpava o quarto Bell organizava a sala e a cozinha, ligamos o som e isso fez a faxina ser mais produtiva e divertida. Assim que terminei fui para sala, peguei uma vassoura e fingi que cantava e tocava com uma guitarra imaginária, Isabella ria e me acompanhava, parecíamos dois loucos no meio da sala destruindo a musica do pobre cantor. Nossa festa acabou quando o interfone tocou, abaixei o volume do rádio e Bell foi atender a chamada, logo em seguida franziu o cenho. O que será que aconteceu?

– Quem? - Perguntou um pouco perdida. - Ok. Só um minuto. - Ela me olhou e me aproximei preocupado.

– O que foi?

– Caius. Ele esta lá embaixo e quer falar comigo. - Repeti seu gesto e franzi meu cenho confuso. O que esse imbecil pode querer com Isabella? Será que ele havia descoberto o que eu havia feito e veio se vingar nela? Bom, só tinha uma forma de descobrir.

– Ele esta sozinho? - Bell assentiu. - Deixe ele subir.

– Tem certeza? - Perguntou apreensiva.

– Caius é um covarde Bell, não fará nada sozinho. Pode confiar em mim. - O idiota sempre teve medo de mim e tinha certeza que iria amarelar quando me visse. - Eu estou aqui. - A certifiquei.

– Mas e se ele estiver armando algo?

– É só ficarmos na nossa, se não o recebermos pode ser pior. - Argumentei.

– Verdade. - Ela voltou a atenção ao telefone. - Pode deixar ele subir. - Assim que desligou veio em minha direção e me abraçou.

– Não precisa ficar com medo, vai dar tudo certo.

– E se ele descobriu? Se quiser se vingar? - A apertei em meus braços e beijei sua cabeça, procurando acalmá-la.

– Não vamos pensar no pior, ok? - A olhei e ela assentiu concordando.

– Ok. - Beijei seus lábios, aproveitamos o pouco tempo e tirarmos nossa tralha de limpeza do caminho, quando terminamos a campainha tocou, Bell ficou sentada no sofá e eu fui atender a porta. Achei que Caius iria se assustar quando me visse, mas foi o contrário. Nada tinha me preparado para o que eu vi.

* são elementos de ornamentação muito usados na arquitetura que têm como base uma tendência estética, seja ela por exemplo romana, francesa, grega ou outra.

Notas finais do capítulo Putz o que será que o Edward viu? Desculpem, mas não resisti em terminar o capítulo ai... rsrsrsrs O próximo estará recheado, vamos ter um momento de namorados no cinema com Edward implicando com o ator principal ( eles vão assistir Homem de Aço com Henry Cavill, ou seja, nosso James, então já viu né), depois vão relaxar com os amigos no boliche e o final do capítulo guarda muitas emoções :)

Sempre que faço algum questionamento no face eu passo para cá também: Como a fic esta meio que entrando na sua reta final a opinião de vocês é muito importante para que eu não faça besteira ou viaje demais, por isso gostaria de saber o que estão achando do andamento da fic como um todo e se tem alguma critica ou algo que precise ser melhorado ou abordado? A opinião de vocês é extremamente importante para que possa terminar bem essa história. Obrigada pela atenção e fico grata a quem puder responder.

Bjs e até o próximo ;)

Quem quiser pode conferir os trechos, fotos e trilhas deste capítulo e do próximo na página do face: https://www.facebook.com/pages/New-Moon-Fanfics/454837641264056

(Cap. 44) Capítulo 43 - Cinema

Notas do capítulo Capítulo SURPRESA!!! Feriado seu lindo *-*Só quero explicar que o que vai acontecer nesse capítulo é algo que eu já imaginava desde que escrevi a humilhação que o Caius sofreu e gostaria de lembrar que aquele capítulo esta escrito com o POV do narrador e eu só coloquei superficialmente o que os personagens pensavam e queriam, por isso era impossível saber exatamente o que o Caius pensava. Já aviso que o capítulo esta cheio de emoções =D Se segurem!!!!!Espero que gostem e não desejem me matar ;) Edward POV

Permaneci estático, sem acreditar que a pessoa que estava na minha frente era meu antigo amigo de escola.

– Caius? - Perguntei completamente confuso e perdido, ele sorriu e assentiu.

– Olá Edward. - Cumprimentou tranquilamente. - Fico feliz em saber que você e Isabella ainda estão juntos e que eu não estraguei nada.

– Mas que porra é essa? - Questionei o olhando com assombro. Caius riu.

– Esse é meu novo estilo de vida. - Respondeu simplesmente, com certeza percebendo minha demora Bell decidiu se aproximar, assim que viu Caius o encarou perplexa.

– Caius? - Fez a mesma pergunta que eu quando o vi.

– Ai gente! Já deu isso. Vão me deixar entrar ou não? - Questionou colocando as mãos na cintura, olhei para Bell e ela assentiu, demos espaço e Caius adentrou nosso apartamento. Que graça esse lugar, espaçoso e aconchegante. - Elogiou, eu ainda estava em choque.

– Por que não se senta? - Bell ofereceu, ele assentiu e fomos até a sala nos sentando, o silêncio pairou no ambiente, até que ele finalmente falou.

– Imagino que devam estar se perguntando o que estou fazendo aqui?

– Entre outras coisas. - Falei sem pensar, Bell me cutucou com o cotovelo. Caius riu.

– Bom, a conversa tem um pouco a ver com a minha mudança de visual sim. - Explicou cruzando as pernas. - Acredito que devem ter visto minha fama repentina na internet e que foi parar até na mídia. - Continuou dizendo.

– Sim, foi um alvoroço, mas você desapareceu depois disso. - Isabella falou.

– É, eu precisava fugir de toda essa confusão. - Disse tirando com os dedos um fiapo da sua calça justa. - Resumindo eu fui para a Amsterdã e acabei conhecendo alguém, foi então que decidi parar de me esconder.

– Se esconder? - Bell questionou.

– Se não ficou claro, eu sou gay. - Mesmo olhando para Caius com os longos cabelos loiros amarrados em um rabo de cavalo e uma blusinha justa assim como sua calça, eu ainda não conseguia processar o que ele havia dito.

– Como assim Caius? Isso não faz sentido. Você sempre foi um dos caras mais pegadores da turma, até mais do que eu.

– Esse é o ponto Edward, eu estava fugindo de quem eu deveria ser, mas depois que armaram aquela pegadinha comigo eu me descobri.

– Como? Achei que ficaria morrendo de raiva. - Bell disse sem entender.

– Na hora eu fiquei, mas depois eu recebi tanto apoio da comunidade gay que finalmente percebi que não adiantava mais negar quem eu era. Sem contar que aquela calcinha rosa com

pompom era uma loucura! - Bell sorriu, eu não sabia o que dizer, não tinha nada contra os gays, mas essa revelação me pegou de surpresa.

– Foi para isso que veio até aqui? - Isabella perguntou, permaneci em silêncio.

– Não, meu namorado me incentivou a pedir desculpas as pessoas que de alguma forma eu fiz mal, ele me fez entender que na verdade eu estava com raiva do mundo e com isso achava que podia fazer o que queria. Sabe Bellinha eu nasci em uma família conservadora e quando percebi meu desejo por um homem, decidi me fechar e reprimir o que eu sentia, com isso acabei usando as mulheres como objeto achando que um dia sentiria desejo por alguma delas, foi um erro lastimável. - Lamentou.

– Mas você ia para cama com elas. Como conseguia? - Perguntei sem entender.

– A imaginação é algo muito forte Edward, na minha cabeça não era bem nelas que eu pensava, essa era uma das razões pelas quais eu as expulsava e humilhava no dia seguinte, dava ódio não sentir desejo por elas.

– Então veio me pedir desculpas? - Bell perguntou aturdida.

– Sim, quero aproveitar que os dois estão juntos aqui e dizer que nada do que disse para você naquele dia era verdade, Edward só foi me ver uma vez logo após a morte dos pais. - Se explicou.

– Quando me negou qualquer ajuda. - Lembrei amargo.

– Eu sinto por aquilo Edward, mas eu sempre te odiei e ver você daquele jeito me fez feliz. Confessou um pouco desconcertado.

– Por que me odiava tanto Caius? Eu pensei que fossemos amigos.

– Você era tudo o que eu deveria ser, vivia feliz rodeado de mulheres e não tinha que fingir nada, podia fazer o que quisesse, eu tentava me convencer que o odiava por ter quantas mulheres queria, mas essa não era verdade.

– Você invejava o Edward. - Bell afirmou, Caius assentiu. - Eu só não entendo o que isso tem a ver comigo. Por que me beijou na frente de toda escola e por que inventou aquele plano? Bell perguntou confusa. Caius suspirou.

– Naquela época eu só queria provar que podia pegar quem eu quisesse e você representava um desafio, se eu pegasse você todo mundo ia me idolatrar como o garanhão do colégio, mas quando tentei te beijar você me bateu na frente da escola inteira, eu fiquei morrendo de raiva e quis me vingar, assim como todo mundo, eu sabia que era apaixonada pelo Edward, então inventei a aposta e o incentivei a participar. Eu sei que fui bem cruel. - Achei que Bell fosse pular em cima de Caius revoltada por tudo o que ele fez, mas não, ela somente franziu o cenho e voltou a questionar calmamente.

– Ok, eu te humilhei e você me humilhou, mas por que veio atrás de mim novamente e mentiu tentando me fazer acreditar que o Edward estava brincando comigo? Nada disso faz sentido. Caius suspirou.

– Eu te vi um monte de vezes nas baladas e tudo o que eu queria era sentir desejo por você, mas a verdade era que eu só conseguia sentia inveja.

– Por que? - Bell indagou intrigada.

– Sempre que a via você estava rodeada por homens lindos e deliciosos, eu queria estar no seu lugar. - Olhou de um modo estranho para mim, desviei do seu olhar que me deixou desconcertado. - Eu dizia para mim mesmo que a desejava e a queria, mas a verdade é nem de morenas eu gostava. Enquanto Edward representava o que eu deveria ser era você que me mostrava tudo o que eu queria. - Me movi desconfortavelmente na cadeira, não estava gostando do rumo dessa conversa.

– Eu entendo. - Bell disse pensativa.

– Me perdoem mesmo por todo o problema que causei, fiquei sabendo que foi demitida por minha causa, sei que é tarde, mas se tiver algo que possa fazer para me remediar desse mal que causei, eu com certeza farei.

– Não há nada que possa ser feito Caius e de alguma forma eu tenho que te agradecer, foi sua aparição que me mostrou quem era meu chefe de verdade e também me fez enfrentar meu passado de frente. - Isabella respondeu confiante apertando minha mão, beijei sua testa em sinal de carinho.

– Obrigado Bella, você sempre foi tão na sua, não merecia o que fizemos.

– Tudo tem uma razão de ser Caius, apesar de tudo eu não mudaria nada na minha vida. Respondeu confiante, sorri satisfeito com sua resposta, Bell não se arrependia de nada do que passamos juntos, mesmo os maus momentos.

– Esta certíssima. - Concordou sorrindo, era tão estranho ver ele assim, se virou na minha direção e me olhou. - E você Edward me perdoa por tudo? - Isabella e eu trocamos um olhar afetuoso, passei minha mão pela sua cabeça e me virei para Caius.

– Assim como Bell disse eu também não mudaria nada do que aconteceu. - Respondi convicto, a aposta me fez enxergar e me apaixonar por Bell, o fato de não me socorrer doeu na época, mas se Caius tivesse me ajudado Bell não teria cuidado de mim e só de pensar que qualquer mudança na nossa história a deixaria um dia a mais nos braços de James, me deixava mortificado, pensando bem até mesmo a ida de Caius no escritório em que Bell trabalhava trouxe algo positivo, pois foi a partir daquele dia que eu percebi que ela realmente confiava em mim e tinha me perdoado por todo nosso passado. Resumindo suas atitudes só me uniram ainda mais a Isabella, ele de alguma forma torta foi nosso cupido. - Essa sua atitude de pedir perdão é muito nobre Caius, nem todos que fazem burradas tem essa capacidade.

– Sei que fiz muita coisa errada e vai ser difícil me redimir, mas pedir perdão por tudo já um começo, demorei muito como podem perceber para tomar essa atitude, foi difícil admitir para mim mesmo tudo isso, mas felizmente consegui e agora eu posso viver minha vida do modo como sempre quis, sem medo. - Explicou visivelmente feliz. - Desejo toda a felicidade do mundo aos dois. - Desejou e pareceu realmente sincero. - Ah! Antes que esqueça. - Pegou um cartão na bolsa. - Eu estou fazendo um show em uma boate gay em Nova Iorque, é muito divertido. - Isabella pegou o cartão rosa com um peludo no canto também rosa, no centro

estava escrito POMPOM ROSA SHOWS. Não podia acreditar que nossa brincadeira tinha chegado a essa altura. - Se puderem vão assistir é ótimo! - Exclamou animado.

– Se formos a Nova Iorque podemos dar uma passada, não é Edward?

– Claro. - Concordei, Caius sorriu.

– Quando forem me liguem que reservo um lugar especial. - Pegou sua bolsa. - Agora tenho que ir mesmo. Posso te dar um abraço Isabella? - Bell assentiu e eles se abraçaram, então Caius se virou para mim com os braços abertos, Isabella me olhou e indicou com a cabeça para eu aceitar o pedido, lhe dei um abraço rápido, mas percebi que ele queria prolongar o contato e me apertou um pouco mais forte. Só podia ser coisa da minha cabeça.

– Obrigado por me receberem, muitas das pessoas que fui ver bateram a porta na minha cara. Acreditam? - Questionou indignado, acabamos rindo. Seguimos até a porta, antes que fosse embora precisava fazer uma pergunta.

– Caius você descobriu quem armou aquela pegadinha ridícula. - Ele negou.

– Infelizmente não, imagino que deva ser alguma mulher que eu humilhei, mas daria tudo para encontrar essa pessoa e agradecer, nem quero pensar na droga de vida que teria se continuasse a negar quem eu sou de verdade. Ui sai fora. Aquele Caius era um ô. - Rimos. Obrigado mesmo por me receberem. - Agradeceu novamente e nos despedimos, quando eu e Bell entramos no apartamento ficamos nos encarando tentando entender o que tinha acontecido há pouco.

– Uau! Por essa eu não esperava. - Bell declarou pasma.

– Nem eu. - Disse indo até a sala e desabando no sofá, ela se aproximou e sentou no braço da poltrona.

– Agora eu entendo tudo. - A olhei confuso.

– Tudo o que?

– A raiva que o Caius tem de mim e o ódio que sentia por você.

– Pois é, eu pensava que ele me invejava por causa das mulheres e até mesmo do dinheiro e popularidade, nunca podia pensar nesse motivo. - Bell balançou a cabeça.

– Edward não é nada disso e você sabe.

– Sei do que?

– Caius era apaixonado por você. - Levantei em um rompante.

– Isso é ridículo! - Respondi exasperado. - Se fosse verdade por que ele me negou ajuda?

– Ele fez isso por você trazia a tona todos esses sentimentos que ele queria esquecer, por essa mesma razão vocês tiveram pouco contado quando foi para a faculdade. - Será que fazia sentido? Lembrei que na época da inscrição para irmos para a faculdade eu tentei convencer ele a ir para Cambridge, mas o mesmo se negou veementemente, dizendo que não gostava das mulheres européias.

– Bell isso não faz o mínimo sentido. - Tentei desconversar caminhando até a janela, ela se aproximou e me abraçou por trás.

– Faz sim e você sabe disso, ele esperou que um dia você se sentisse da mesma forma e como não aconteceu te repudiou na primeira oportunidade, como se pudesse expulsar esse sentimento, quando ele nos viu juntos percebeu que tinha te perdido para sempre e ficou morrendo de raiva por que sabia que de alguma forma foi ele que nos juntou com aquela aposta.

– Ele nunca deu nenhum sinal de que pudesse ser gay. - Disse já começando a aceitar a hipótese de Isabella.

– Tem gente que consegue disfarçar melhor que outras.

– Eu ainda não sei o que pensar disso tudo. - Confessei me virando e a abraçando.

– Não há muito o que pensar. - Respondeu simplesmente, suspirei e balancei a cabeça.

– Pompom rosa? - Bell riu. - Caramba nossa brincadeira mudou mesmo a vida do Caius. Nunca poderia imaginar que isso pudesse acontecer.

– Você viu o que ele disse né? Foi para o melhor.

– O mesmo da nossa aposta sem sentido.

– Tem gente que precisa de um empurrão para ver o que esta na sua frente. - Encarei Bell que tinha um sorriso lindo nos lábios.

– Um bando de tapado isso sim. - Respondi rindo, ela me acompanhou, puxei seu queixo e a beijei. - Agora que acabamos a limpeza e que o Caius não é mais uma preocupação que tal um piquenique na nossa casa? - Propus.

– Excelente ideia senhor Cullen. - Concordou me dando mais um beijo, seguimos para a cozinha para preparamos o que comer e depois fomos para nossa casa, armamos a toalha e comemos enquanto conversamos sobre as coisas que ainda faltava arrumar, assim como havíamos combinado no café da manhã fazíamos concessões do que ela queria e do que eu queria. Caminhamos pelo gramado imaginando como seria criar uma família ali, infelizmente logo anoiteceu e precisamos retornar para nosso apartamento, afinal ainda tínhamos o restante da noite para curtimos juntos.

Bella POV

A semana que se seguiu foi bem mais tranquila que a anterior, meus rompantes estavam controlados, liguei para alguns clientes em potencial avisando que por hora não poderia aceitar mais nenhum trabalho, precisa me focar no que tinha para depois pensar em outros, isso me ajudou a reduzir meu volume de serviço e focar mais na construção da nossa casa, Edward e eu estávamos aprendendo a negociar o que queríamos, ainda tivemos algumas discussões bobas durante a semana, mas logo víamos que brigar por algo tão torpe era ridículo e voltávamos a falar pacificamente sobre o assunto.

Felizmente hoje era sábado e junto com nossos amigos decidimos relaxar um pouco, estava todo mundo com a cabeça tão focada em trabalho, casamento e construção que mal tínhamos tempo para nos reunirmos e descansarmos a mente, por isso durante a semana combinamos uma saída para jogar boliche, além disso precisava contar para o pessoal a novidade sobre Caius, eu me sentia meio perdida com tudo o que tinha acontecido, mas Edward estava ainda mais, ele acabou admitindo que talvez eu estivesse certa e que Caius foi apaixonado por ele, depois de saber de tudo não conseguia sentir raiva dele, entendia que o que havia feito era errado, entretanto nem podia imaginar o que foi para ele reprimir tudo o que sentia e ter que ser outra pessoa por medo, era uma situação triste e angustiante, pelo menos agora ele havia encontrado sua felicidade. Apesar de tudo o que aprontou Caius de alguma forma me juntou com Edward, pois foi através da aposta que meu lindo namorado me viu de verdade pela primeira vez e se apaixonou por mim, mesmo que não tenhamos ficado juntos na época, foi o começo de tudo e como havia dito a Caius eu não mudaria nada na minha vida, nem mesmo tudo o que sofri.

– Não acredito que estou fazendo isso. - Ouvi a voz indignada de Edward soar enquanto eu comprava os ingressos no terminal eletrônico, ele estava revoltado porque eu o havia convencido a assistirmos um filme antes de nos encontrarmos com o pessoal.

– Edward deixa de ser chato! É um programa normal de namorados. - Expliquei tranquilamente pegando nosso ingresso.

– Um programa idiota. - Resmungou aborrecido, segurei sua mão e seguimos para a fila da pipoca. - Não faz sentido pagar por um filme que logo vai passar na TV, sem contar que em casa pode rolar muito mais do que aqui. - Revirei meus olhos diante sua reclamação.

– Eu só queria fazer algo diferente e curtir um tempo juntos. Tenho certeza que vai gostar, Rose e Alice disseram que o filme é ótimo. - Edward parou abruptamente.

– Rose e Alice? - Questionou confuso. - Você não tinha dito que era um filme de super herói? Desde quando elas curtem isso? - De fato esse não era o tipo de filme das duas, mas tinha uma explicação para isso.

– Elas curtem desde que o protagonista é o Henry Cavill. - Edward fechou a cara e me olhou sério.

– Peraí eu estou entendendo bem? Minha namorada me trouxe no cinema para ficar babando em outro cara? É isso mesmo? - Perguntou indignado.

– Claro que não seu chato! Eu gosto de filmes de ação, o protagonista é só um bônus. Respondi sorrindo, porém Edward não pareceu achar graça já que me deu as costas e saiu de perto bufando. Não podia acreditar que ele estava com ciúmes de um personagem fictício. Fui até ele segurando na sua mão e o fazendo me encarar. - Amor deixa disso, só estava implicando com você. Sabe que para mim não existe homem mais lindo e perfeito que você. Ele tentou manter a postura séria, mas percebi um leve sorriso escapando dos seus lábios. Você vai gostar. - O incentivei.

– Duvido. - Murmurou descontente. - Não quero ver a senhorita sorrindo e nem babando por ninguém, senão saio do cinema e te arrasto junto. Estávamos entendidos?

– Você não existe garotão. - Falei passando meus braços pelo seu pescoço e beijando seus lábios. Um garoto, era isso que Edward parecia as vezes, mesmo assim eu amava esses rompantes meio infantis dele.

– Você não respondeu. - Disse me cobrando uma resposta, levantei minha mão direita como se estivesse em um tribunal.

– Não irei suspirar, gritar, pular ou emitir qualquer som para outro homem que não seja o senhor. - Respondi tentando me manter séria, Edward revirou os olhos.

– Muito engraçado. - Resmungou com o semblante fechado.

– Para de besteira amor, é só um filme e quero curtir com meu namorado gostoso. - Com essa Edward acabou sorrindo.

– Ok, você venceu anjo. - Abaixou a cabeça e me beijou levemente, fomos para a fila de guloseimas novamente, compramos refrigerante, balas e um saco enorme de pipoca. Confesso que estava bem animada com essa saída com Edward, na hora me lembrei de quando era adolescente e desejava fazer esses programas com ele. Balancei a cabeça afim de afastar tais pensamentos, isso era passado e o que importava era o que estávamos vivendo agora, depois que compramos tudo o que queríamos fomos até a sala que o filme seria exibido e nos sentamos, comíamos as besteiras que compramos e conversávamos animadamente sobre o encontro com o pessoal logo depois, Edward dizia que iria acabar com a raça de Emm no boliche, iríamos jogar casais contra casais, ia ser bem divertido, começaram os trailers e Edward me provocou ao dizer que a atriz de um dos filmes que passava era uma delícia, com isso ele ganhou um belo beliscão que o fez pular da cadeira, depois riu baixinho e passou o braço pelo meu ombro, felizmente a poltrona em que estávamos sentados permitia que levantássemos o braço da cadeira fazendo com que nada nos separasse, me encostei nele colocando a pipoca no nosso colo, a sala escureceu e o filme finalmente começou.

Não sou grande fã do Super Man, prefiro personagens mais sombrios como o Homem de Ferro ou o Batman, mas o filme me surpreendeu, tinha boas cenas de ação e uma história diferente de todas as que tinha assistido e claro o protagonista era bem bonito, mas nada que se comparasse com o belo homem sentado ao meu lado, olhei algumas vezes para Edward durante o filme e pude ver um certo incomodo no seu rosto. Não entendi aquilo muito bem, afinal eu não tinha feito nenhuma cena. Ele devia estar atento ao filme. Pensei e voltei a minha atenção a história na tela, depois de quase duas horas os créditos finais começaram a subir, levantamos e começamos a pegar nossa sujeira, caminhamos para fora da sala, joguei tudo no lixo e retornei ao lado de Edward segurando sua mão na minha, como ainda era cedo ficaríamos rodando pelo shopping até encontrar o pessoal no boliche que ficava no último andar, olhei Edward e ele parecia perdido em pensamentos.

– E ai gostou? - Perguntei com a intenção de quebrar o silêncio.

– É, foi legal. - Respondeu simplesmente, estranhei sua resposta curta e sem emoção.

– Só isso? - Provoquei sorrindo.

– O que quer que eu diga Isabella? - Questionou com a voz fria e séria. Não estava entendendo sua reação.

– Por que esta assim? - Perguntei realmente confusa, ele parou de andar e me encarou.

– Você não sabe? - Sua voz continuava distante e cortante, na hora me encolhi.

– Não. - Sussurrei, ele passou a mão livre pelos cabelos, claro sinal que estava nervoso. O por que? Eu não fazia ideia. - O que aconteceu Edward? Antes do filme começar estávamos tão bem. - Não conseguia pensar em nada para explicar essa reação dele.

– O protagonista não te lembra ninguém? - O olhei confusa. - Aposto que foi por isso que queriam que assistisse a esse filme.

– Edward pode ser mais claro. - Já estava ficando sem paciência com esse piti sem noção.

– James. O tal protagonista do filme é a cara do James. - Explicou nervoso.

– Como é que é?

– Vai dizer que não percebeu Isabella. - Me olhou desconfiado.

– Não, eu nem pensei nisso. Sério que ele é parecido? - Perguntei realmente curiosa. Não vi semelhança nenhuma, Edward me observou atento.

– Você não percebeu mesmo? - Sua voz estava mais calma. Até quando eu teria que aturar esses ciúmes do Edward em relação ao James?

– Não. - Respondi sinceramente. - O que você esta achando Edward? Que eu vi que o cara era parecido com meu ex e te arrastei no cinema para você ver? - Indaguei aturdida, ele me olhou sem graça.

– Desculpa. Eu sou um idiota. - Acabei rindo com toda a situação.

– Muito idiota. Só você para ficar com ciúmes de um ator porque acha que ele lembra o meu ex. - Continuei rindo.

– Olha só quem fala. Aposto que aquele beliscão que levei vai ficar roxo. - Reclamou mais relaxado.

– Você mereceu. - Acusei. - Afinal eu não disse nenhuma vez como o tal Cavill era uma delícia. Provoquei, Edward cerrou os olhos e naquela hora eu senti medo, antes que pudesse me mover ele me agarrou. - Edward esta tudo mundo olhando. - Tentei dizer para dissuadi-lo de qualquer que fosse sua ideia, me soltou, mas tinha um sorriso sapeca nos lábios, alguma coisa ele estava planejando, se aproximou e me beijou com delicadeza, me perdi com nossas bocas e línguas se saboreando que demorei a perceber quando ele desceu os beijos pelo meu maxilar parando no meu pescoço e me dando um chupão? Merda!

– Pronto estamos quites. - Explicou se afastando com um sorriso maroto.

– Eu não acredito que você me marcou! - Exclamei indignada colocando a mão sobre a parte que queimava no meu pescoço.

– Aposto que agora vai pensar duas vezes antes de dizer que outro homem é uma delicia. Desafiou, eu devia socar o imbecil que estava na minha frente, mas tudo o que eu consegui fazer foi rir, Edward acabou caindo na risada também, parecíamos dois malucos rindo no meio do shopping, ele me segurou pela cintura. - Acho que não somos normais anjo. - Sussurrou no meu ouvido, balancei a cabeça.

– Definitivamente não somos normais.- Respondi e o beijei. - Vem! - Disse o arrastando. Temos que passar em uma loja de roupas antes de encontrar o pessoal.

– Por que? - Perguntou confuso, apontei meu pescoço e ele voltou a rir. Fomos em uma loja qualquer e Edward me comprou uma echarpe, eu que não ia pagar, foi ele que teve a ideia genial de me marcar. Podia não admitir, mas eu adorava esse lado possessivo dele, aliás nessa

parte éramos bem parecidos, o importante era que sabíamos o nosso limite e de algum modo sempre acabávamos rindo da situação, o que me incomodava e muito era o fato do Edward ficar preso ao James, precisava ter uma conversa séria com ele sobre isso.

Quando chegamos no boliche Alice e Jasper já esperavam, ficamos conversando e logo Rose e Emm chegaram, fomos para a pista para começarmos o jogo, já que essa noite ninguém ia dirigir decidimos aproveitar e pedimos algumas bebidas, estranhei o fato de Alice não beber, ia perguntar o motivo, mas acabei me distraindo com o jogo.

– Há! - Exclamei quando fiz o strike, Edward me abraçou.

– Ferrou hein Emm. - Caçou do grandalhão que nos olhava com raiva.

– Vocês só estão ganhando por que a Bella joga bem, não tenho culpa se a Rose é uma negação nesse jogo.

– Emmett! - A loira ralhou com ele.

– Baby é a verdade. - Falou lhe dando um selinho.

– Só não quero estragar minhas unhas. - Se defendeu Emm revirou os olhos e foi jogar, a animação do jogo estava me deixando com calor, sem pensar tirei a echarpe recém comprada, mas só foi ver os olhos arregalados de Alice que me lembrei porque estava usando ela.

– Caramba Bella! O que é isso no seu pescoço? - Na hora tapei o local com a mão.

– Nada, eu... eu queimei. - Inventei sem conseguir evitar de gaguejar. Droga!

– Esse é um novo nome para chupões. - Jasper provocou sorrindo, Edward me lançou um olhar malicioso antes de tomar sua cerveja.

– Quem foi chupado? - Emm perguntou fazendo com que Edward cuspisse o liquido que tomava e engasgasse, fui até ele o ajudando. - Acho que já obtive minha resposta. - Falou me olhando com um sorriso safado. - Não sabia que era tão selvagem Bellinha. - Incitou rindo.

– Cala a boca Emmett! - Esbravejei, Alice e Jasper riram, Rose que tinha acabado de jogar veio com uma cara perdida. Edward já parecia melhor.

– Do que estão falando? - Perguntou abraçando Emm.

– A Bella chupou o Edward. - Isso não poderia ser mais embaraçoso, na hora fiquei rubra e nem consegui negar o que Emmett tinha dito.

– Claro que não! - Alice negou para minha felicidade - Foi ele que chupou ela. - Completou me fazendo querer sumir daquele lugar. Belos amigos eu tinha. Pensei amarga.

– Dá para parar com o papo de quem chupou quem. - Falei já sem paciência, Edward muito sem vergonha sorriu.

– Putz! Belo chupão hein Edward. - Na hora percebi que tinha destampado o meu pescoço.

– Isso por que não viram o beliscão que ela me deu. - Arregalei meus olhos na direção de Edward. Ele ia me pagar por isso.

– Nossa! Quem diria que a Bella seria adepta do sadismo e do masoquismo. - Zoou Jasper.

– Esta nos surpreendendo Bella. - Rose continuou. Eu queria me esconder no mais profundo buraco.

– Vocês falam isso por que não viram o piti que o Edward deu no cinema. - Acusei afim de me defender, a essa altura o jogo de boliche tinha sido completamente esquecido.

– Não dei piti nenhum. - Resmungou aborrecido.

– Deu sim, ficou dizendo que o James era a cara do ator do Homem de Aço.

– Mas é mesmo. Aposto que as meninas também viram a semelhança. - Falou apontando para Rose e Alice, as olhei.

– E aí? Acharam o Cavill parecido com James? - Perguntei para elas, Rose fez uma careta.

– O Edward esta surtando, o tal do Cavill não chega nem aos pés do James. - Rose disse e Emmett a olhou desconfiado.

– Quer dizer que o James é mais bonito que ele? - Perguntou com os braços cruzados Rose engoliu em seco.

– A Alice deve saber melhor, ela que disse que o tal ator era um pedaço de mal caminho. - Foi a vez de Jasper olhar para Alice.

– Anda paquerando atores agora Alice? - Indagou indignado.

– Nada a ver... Além disso o assunto aqui é outro e quem esta na fogueira é o Edward. Eu não vi semelhança nenhuma, isso é coisa da sua cabeça Edward. - Alice mudou o foco da conversa e trouxe de novo a batata quente para o colo do Edward.

– Ih! Cuidado hein Bella acho que o Edward esta mudando de time. - Emm provocou rindo sem parar.

– Deixa de ser idiota Emmett! Para isso já basta o Caius. - Edward deixou escapar.

– Como é que é? - Jasper questionou aturdido.

– Essa era umas das coisas que íamos conversar com vocês hoje. - Edward explicou. - Por que não vamos comer alguma coisa e conversamos? - Edward propôs, eles assentiram e fomos para a área do restaurante.

– Que papo foi esse do Caius? - Alice perguntou assim que sentamos.

– Ele apareceu no apartamento para pedir desculpas por tudo. - Expliquei com calma.

– Vocês o desculparam? - Rose questionou um pouco aborrecida.

– Uma das coisas que aprendi com Isabella é que guardar rancor de alguém só faz mal a nós mesmo, além disso nos vingamos muito bem dele naquele dia. - Edward respondeu, era tão bom saber que ele pensava assim agora.

– Foi uma vingança e tanto. - Emmett concordou.

– Agora fiquei perdido, o que isso tem a ver com ele mudar de time? - Jasper perguntou intrigado.

– Através da nossa brincadeira o Caius decidiu sair do armário, por assim dizer. - Vimos quatro pares de olhos arregalados na nossa direção.

– Caius é gay? Ou virou gay? - Emm disparou.

– Ele sempre foi gay, mas reprimiu isso, eu mesmo nunca percebi nada. Caius explicou que foi muito difícil para ele admitir o que sentia, já que ele mesmo se negava a aceitar. - Edward voltou a explicar.

– Estou passada. - Rose disse com a boca aberta.

– Eu e Edward ficamos felizes por ele finalmente perceber o mal que fez a tantas pessoas e estar disposto a reparar isso, mesmo que de alguma forma fosse tarde demais.

– Acho que nunca é tarde demais para fazer a coisa certa. - Alice me corrigiu, ela tinha toda razão.

– Verdade Allie. - Concordei.

– Tem uma coisa que não entendo. - Emm começou dizendo.

– O que? - Questionou Edward.

– Carmen disse que ele se excitou com ela, como isso é possível? E tem o fato dele perseguir a Bella. Não acham que pode ser um golpe dele? - Emmett argumentou, até que isso fazia sentido, eu mesma pensei nessa hipótese, mas quem visse o Caius frente a frente não ia duvidar que ele realmente tinha mudado.

– Não acho que alguém consiga fingir tão bem Emm. - Edward explicou. - Sobre a excitação eu fiquei em duvida também tanto que perguntei, ele nos disse que era só usar a imaginação, para ser sincero nem quero pensar no que ele imaginava e quanto a Isabella... - Edward me olhou sem jeito, não sabia se ele diria ou não nossas desconfianças. - Parece que não era ela que ele queria. - O pessoal na hora entendeu e Emmett não podia deixar isso passar.

– Tá podendo mesmo hein Edward! Arrasando os corações de todos os gêneros. - Provocou rindo alto.

– Cala a boca Emmett! - Edward exclamou colocando a mão sobre o rosto.

– Deixa de ser idiota Emm. - Rose disparou dando um tapa na nuca de Emmett.

– Ai Baby. - O grandão choramingou.

– Ainda não consigo acreditar! - Alice exclamou pasma.

– Pois é, ele até nos convidou para assistir seu show em Nova Iorque. - Comentei.

– Sério? - Questionou Jasper.

– É, adivinha o nome do show? - Edward perguntou com um sorriso.

– Não faço ideia. - Respondeu Jasper.

– Pompom Rosa Shows. - Assim que Edward disse todos começaram a rir.

– Carai quem podia imaginar que aquela brincadeira ia dar nisso? - Expressou Emm sem parar de rir. - Eu tenho que contar essa para o Laurent e a Carmen.

– Com certeza, afinal os dois foram os principais responsáveis. - Edward concordou.

– E precisamos marcar para assistir esse show também. - Alice exclamou animada. Esses meus amigos eram terríveis.

– Verdade. Temos que ir. - Concordou Rose.

– Caius nos deu um cartão e falou que é só avisar que teremos lugares especiais. - Falei e o pessoal se animou ainda mais.

– Fechou! Temos que ver esse astro que fizemos surgir. - Emm disse entusiasmado. Nossa conversa continuou animada e enquanto os rapazes decidiram voltar a jogar, eu e as meninas ficamos falando sobre alguns detalhes do casamento e da construção até que Alice pediu nossa atenção.

– Aconteceu alguma coisa Allie? - Perguntei, ela assentiu sorrindo.

– Eu queria aproveitar esse momento em que resolvemos nos reunir para contar uma novidade para vocês.

– Fala logo Alice! - Exigiu Rose sem paciência.

– Estou grávida! - Exclamou feliz, eu e Rose nos olhamos e sorrimos indo abraçar nossa amiga.

– Isso é incrível Alice! - Não podia acreditar que teríamos uma criança na nossa turma.

– É mesmo! - Rose concordou. - Quando descobriu? - Perguntou curiosa.

– Foi hoje mesmo antes vir para cá, segundo os exames estou grávida de dois meses então provavelmente terei o bebê antes do seu casamento Rose. - Elas sorriram.

– Por que não disse assim que chegaram? - Indaguei sem entender.

– Eu queria que fosse um momento só nosso. - Eu e Rose sorrimos e ouvimos uma gritaria vindo da pista de boliche. - Aposto que os meninos acabaram de descobrir. - Nem deu tempo de falar mais nada, os três vieram na nossa direção e Emm pegou Alice em um abraço de urso.

– Felicidades baixinha! - Alice o olhou feio e ele nem ligou. - Garçom uma garrafa de champanhe. - Pediu na mesma hora.

– E um suco de laranja. - Adicionou Jasper. Agora entendia o fato de Alice não beber nada alcoólico.

– Parabéns Alice. - Edward lhe disse a abraçando.

– Obrigada Edward. - Agradeceu sinceramente, ele se afastou e veio perto de mim me abraçando.

– Pode ter certeza que esse moleque vai curtir e muito esse tio aqui. - Falou sorrindo.

– Hei pode parando ai! - Emm alertou. - Eu que serei o tio favorito. - Nós rimos da disputa sem sentido dos dois.

– Além disso pode ser uma menina Edward. - Jasper retrucou ao que ele havia dito.

– Minha intuição diz que vai ser um garoto. - Edward insistiu.

– Desde quando você tem intuição? Virou bola de cristal agora? - Emm zoou.

– Não interessa, eu tenho certeza que vai ser menino. - Alegou Edward, Emmett cerrou os olhos.

– Então vamos tornar isso divertido, eu aposto...

– Hei! - Alice exclamou. - Ninguém vai apostar nada com meu bebe.

– É isso mesmo! - Jasper concordou. - Mas agora fiquei curioso, o que vocês iriam apostar?

– Jasper!

– Só curiosidade Lice.

– O que eu ia dizer é que se eu perder terei que dar um enxoval azul e se o Edward perder vai ter que dar um cor de rosa . - Tinha certeza que não era nada disso que ele ia apostar, só disse isso para convencer Alice.

– Ah! Jura? - Alice disse animada.

– Mudou de ideia amor? - Jasper perguntou sorrindo.

– Pela cara dela com certeza. - Respondi pela Alice, ela sorriu.

– Acho que uma aposta assim não é tão errada. - Se defendeu.

– Claro né Alice, desse jeito você vai sair ganhando de qualquer jeito. - Rose apontou sorridente, Alice tinha os olhos brilhante, estava claro que ia aceitar.

– Eu aprovo a ideia, mas se for menina eu não quero rosa e sim na cor vinho e se for menino quero verde.

– Por mim beleza. - Emmett concordou então encarou Edward. - E aí temos um acordo? Edward me olhou, com certeza precisando de um consentimento, ele sabia como eu me sentia com essa coisa de apostas, mas nesse caso era bem diferente, uma brincadeira que não ia machucar ninguém, assenti e ele sorriu segurando a mão de Emm.

– Se prepare para perder Emmett. - Anunciou confiante.

– É o que veremos. - Desafiou Emmett igualmente confiante. Esse seria um resultado divertido de assistir.

Edward POV

O fim de semana infelizmente passou rápido demais, ainda não podia acreditar que seria tio, finalmente teríamos uma criança no grupo, apesar de ainda não ser meu e de Bell essa possibilidade me enchia de alegria, sempre gostei de crianças e minha vontade de ser pai só aumentava com o passar do anos, mesmo adolescente eu já pensava nessa possibilidade, uma família com a minha Isabella.

Sem pensar um sorriso bobo se formou nos meus lábios, entretanto ele logo desapareceu quando me lembrei da nossa conversa no dia anterior, Bell tinha ficado bem aborrecida pelo meu piti no shopping no sábado, ela tinha razão quando dizia que eu precisava esquecer essa implicância com James, o cara nem estava por perto, então prometi a ela que não iria mais tocar no nome de James ou qualquer coisa relacionada a ele. Tudo que queria era tirar esse medo que existia dentro de mim, só que não conseguia, eu sentia que se ele voltasse Isabella poderia ver a burrada que foi escolher ficar comigo e ir correndo para os braços dele, sabia que era irracional, mas infelizmente não era algo que eu era capaz de controlar. Só esperava sinceramente que esse sentimento uma hora fosse embora e eu pudesse finalmente perder essa insegurança que tinha referente a ele.

Decidi esquecer esse assunto por hora e voltar minha atenção ao trabalho, estava analisando algumas contas de materiais quando Seth irrompeu na minha sala me dando o maior susto.

– Puta merda Seth! - Ralhei com ele. - Quer me matar? - Quando parei para observá-lo vi que estava pálido e tremendo. - O que aconteceu? - Perguntei preocupado me levantando.

– O Eleazar Edward. - Disse ofegante.

– O que tem o Eleazar? - Mesmo antes que Seth respondesse eu senti um frio percorrer minha espinha. Não! Isso não! Pedia em pensamento.

– O Michael invadiu a sala dele e ...

– Porra! Fala logo Seth! - Exigi sem paciência.

– Ele morreu Edward. Eleazar esta morto.

Notas finais do capítulo Putz! Coitado do Edward, vai ficar péssimo com essa morte :'(Eu amo esses amigos e eles vão ser essenciais para ajudar nosso garotão nesse momento difícil...O que acharam do Caius? Viajei muito ou esta dentro das normalidades... kkkkkkkkkkk... Alguém afim de assistir o show do Pompom Rosa olEu devo confessar que amo essas cenas de ciúmes sem sentido do Edward... kkkkkkkk... Só ele mesmo para implicar com o ator principal do filme... Bell e Edward não tem nada de normal mesmo... kkkkk.... Essa implicância do Edward com o James ainda vai dar muita dor de cabeça :-/Alice tá grávida!!! Primeiro bebê da fic!!!! E quem será que vai ganhar essa aposta? Tio Emm ou Tio Eddie?? Quero ver todo mundo comentando quem acha que vai ganhar!!!! Será mesmo que é só aquilo que os dois vão apostar??? Já falei demais, agora só sábado mesmo :)Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 45) Capítulo 44 - Escuridão

Notas do capítulo Annie Britto muito obrigada pela recomendação! Você descreveu a historia de um modo que eu mesma nunca enxerguei, acho um máximo poder ver a fic através dos olhos de vocês. Sempre me emociono :') Obrigada!!!

Esse capítulo é dedicado a você e todos esses leitores lindos que me acompanham *-* Sem palavras pelo carinho, apoio e incentivo.

Este capítulo esta, como posso dizer? Meio obscuro, Edward com a morte de Eleazar terá que lutar contra seus demônios e a si mesmo, ele esta confuso, com medo e completamente perdido. Edward tem agora uma última chance para mostrar que é capaz de mudar. Ele vai aproveitar essa oportunidade ou irá deixar ela escapar?

A trilha para este capítulo é: http://letras.mus.br/florence-and-themachine/1964380/traducao.html

Já usei quando a Bella enfrentou seu passado e me pareceu pertinente aqui também, principalmente com os pesadelos que Edward enfrenta, a letra se encaixa perfeitamente na situação que se desenrola.

Espero que gostem ;) Edward POV

Seu pai teria muito orgulho, eu tenho.

A partir do momento que seu pai colocou sua vida nas minhas mãos, eu te considero como um filho Edward.

As palavras de Eleazar vagavam pela minha mente, mais uma vez eu estava diante do caixão de uma pessoa importante para mim, a diferença nessa situação estava nas pessoas que me rodeavam, senti um aperto no meu ombro e vi Emmett abraçado a Rose me lançando um olhar de apoio, do outro lado estavam Alice e Jasper, Seth e Emily e Carmen e Laurent, meus amigos, nos meus braços, apertando meu corpo com força, meu anjo. Baixei meu olhar e ela levantou a cabeça me encarando, pude ver uma lágrima escorrendo pelo seu delicado rosto, enxuguei sua face fazendo um carinho, Bell recostou em meu peito e fungou. Isabella não conhecia muito bem Eleazar, mas isso não a impedia de sentir carinho pelo homem que deu tudo pela nossa segurança, até sua vida.

No momento que Seth invadiu meu escritório dizendo que Eleazar estava morto, eu simplesmente entrei em choque, quando sai do meu estado de letargia tentei ir até a sala de Eleazar, só que todo o andar estava interditado pelo FBI, me aproximei de um dos agentes e tentei saber o que tinha acontecido, ele me informou que era segredo de estado e tudo seria investigado, entretanto sua atitude mudou completamente quando mencionei o caso de corrupção, ele conversou com outro agente e eles me levaram para um lugar seguro para conversar. Lá contei tudo o que sabia e eles me contaram que Michael havia descoberto a investigação e que como sabia que logo seria preso simplesmente invadiu o escritório de Eleazar, pelas câmeras de segurança instaladas no escritório eles puderam ver a ação de Michael, segundo os agentes ele xingou e confessou todos os seus crimes inclusive o assassinato de meus pais dizendo que havia sabotado o carro de modo que ninguém desconfiasse, essas declarações deram a prova que o FBI precisava para colocar toda a gangue atrás das grades, Michael ainda disse que se ele não podia ficar com o dinheiro Eleazar também não ficaria, em seguida deu um tiro a queima roupa no advogado para logo em seguida se matar. Infelizmente os agentes e a polícia chegaram tarde demais e os dois já estavam mortos, com todas as provas contundentes foi dada voz de prisão a todos os

integrantes do bando, o FBI teve que agir rápido e evitar que pudessem dispersar e fugir, já que nem todos os membros estavam no estado de Nova Iorque, mas a ação do FBI foi perfeita e ninguém conseguiu escapar, a única e fatal falha da operação foi a morte de Eleazar.

Apesar do suicídio de Michael e a prisão dos outros envolvidos, eu sentia medo, muito medo. Parecia que tudo de ruim que havia acontecido era culpa minha, era como se estivesse pagando por todos os meus erros, pelo péssimo filho e pessoa fútil e egoísta que fui, por tratar a todos como algo dispensável e principalmente ter feito meu anjo sofrer. Será que não teria fim? O que mais iria acontecer em minha vida para que eu me redimisse dos meus erros? Apertei Isabella em meus braços com certa força, só de pensar em perder meu bem mais precioso sentia meu sangue congelar. Um toque suave passou pela minha bochecha e mesmo com os óculos escuros eu pude ver preocupação no seu olhar, suspirei e beijei sua testa a confortando.

Assim que Eleazar foi sepultado fomos para casa, não sem antes o advogado da empresa me barrar e dizer que eu e Isabella éramos esperados na Cullen's no dia seguinte, no momento nem tinha cabeça para pensar no que poderia ser, eu só queria um banho, cama e Isabella.

– Você não chorou. - Afirmou Bell quando já estávamos deitados em nossa cama, minha a cabeça repousava no seu peito enquanto suas mãos brincavam com meus cabelos, eu me sentia protegido assim, como se nada de ruim pudesse me acontecer nos seus braços.

– Acho que não tenho mais forças para chorar. - Confessei em um sussurro me lembrando do meu rompante quando Eleazar me contou que meus pais teriam sido assassinados, agora além de ter essa certeza eles me tiraram mais uma pessoa. Se Michael não tivesse morrido eu mesmo o teria matado.

– Estou preocupada com você. - Franzi meu cenho e levantei minha cabeça para encarar Isabella.

– Por que? - Ela suspirou e acariciou meu rosto.

– Você esta tão quieto, não xingou, não ficou com raiva, não chorou. Guardar esse sentimento só faz mal Edward. - Aconselhou carinhosa.

– Eu me sinto fora de mim, sinto como se tudo fosse culpa minha. - Disparei chateado, Isabella arregalou os lindos olhos verdes.

– Claro que não!

– É sim, eu estou pagando por tudo de ruim que fiz, talvez o melhor fosse ir embora antes que possa machucar quem eu mais amo. - Bell ofegou e segurou meu rosto com as duas mãos me fazendo encara-la.

– Pode parar Edward Cullen! Você não tem culpa de nada! Esta me ouvindo? - Expressou nervosa com algumas lágrimas já escorrendo pelo seu lindo rosto. - Você não pode me deixar.

– Bell... - Tentei argumentar, ela precisava ver o mal que eu fazia.

– Não... Você prometeu que nunca mais me faria sofrer, não quebre a sua promessa. - Pediu chorando, me aproximei e acariciei sua nuca, deveria rebater e dizer que a estava fazendo sofrer agora, mas decidi esquecer esse assunto, afinal quem eu queria enganar? Sem Isabella eu era um verdadeiro nada.

– Tenho tanto medo de perder você. - Declarei derrotado, sabia que a gangue havia sido preso e que Michael estava morto, mas isso não era garantia de nada e se tivesse mais alguém querendo vingança.

– Você não vai. - Garantiu convicta, encostei minha testa na sua. - Nunca mais diga que vai embora. Por favor. - Implorou com a voz embargada.

– Nunca mais. - Prometi a beijando com sofreguidão a abracei voltando a me deitar sobre seu peito, eu iria proteger meu anjo e pouco me importava o que isso me custaria.

Acordei e percebi que estava em um lugar estranho e completamente escuro, comecei a caminhar com cautela tentando identificar onde me encontrava quando de súbito surgiu um espelho à minha frente, me aproximei e vi em meu reflexo um Edward completamente

diferente, ele se aprumava em um terno fino com um ar austero e superior, foi então que me encarou olhando com desprezo de cima a baixo a minha figura.

– Olha só o que se tornou Edward. Era isso que você queria? Ser esse ser desprezível? Não era esse nosso plano. Cadê as mulheres? A cobertura? O carro importado? Você é um frouxo! Devia ter pego a grana de Eleazar e largado essa vadia da Isabella. - Sem pensar em mais nada avancei sobre meu reflexo derrubando o espelho que se espatifou pelo chão. - Não adianta Edward. Eu ainda estou ai dentro! Assim que recuperar o que é seu vai voltar a ser o mesmo de antes e desprezar essa que diz tanto amar. - Desdenhou a voz nas sombras.

– Nunca! - Gritei a plenos pulmões, só pude ouvir sua risada alta.

– Pensa bem Edward. Você nunca a fará feliz, só trouxe tristeza e amargura à vida da pobre garota. Deixe a ir... Sabe muito bem quem pode fazer ela feliz. - Foi então que eu os vi juntos, James e Isabella, a imagem parecia e muito com o que eu presenciava quando dividia o apartamento com eles, ambos riam e se divertiam. Meu coração se apertou.

– Nós nos amamos. - Rebati seguro, tentando não me deixar atingir pelo o que via na minha frente.

– Argh! Você virou um maricas. - Disse e a imagem dos dois sumiu como pó. - Onde esta aquele homem que achava que romances eram ridículos e fazia piada quando alguma mulher dizia que o amava? - Desafiou.

– Cala a sua boca. Eu sou muito mais feliz hoje do que fui quando era um ser mesquinho e podre como você! - Gritei para as sombras.

– Você pensa que é. - Rebateu a voz cheia de sarcasmo.

– Eu sou! Isabella é tudo o que eu preciso.

– Até quando? - Perguntou e a imagem de um caixão surgiu à poucos metros de mim, meu coração trepidou e minha respiração falhou conforme em me aproximava da urna, a dor veio como uma faca me cortando por inteiro quando eu vi quem estava ali. Meu anjo.

– NÃO! - Corri e peguei o corpo frio e imóvel da minha Bell. - ACORDA ISABELLA! NÃO ME DEIXA ANJO! NÃO ME DEIXA! - Pedia desesperado, subitamente seu corpo sumiu de meus braços. - ISABELLA! NÃO! NÃO! - Fechei os olhos e me deitei no chão chorando.

– Edward? - Ouvi uma voz ao longe me chamar. - Edward abra os olhos. - A voz doce pedia. Meu cérebro devia estar brincando comigo pois eu podia jurar que quem me chamava era o meu anjo. - Por favor Edward abra os olhos. - Me debati.

– Não! - Neguei. - Você não é real.

– Edward! Abra agora seus olhos! - Exigiu duramente a voz segurando meus ombros, com dificuldade me forcei a abrir os olhos, o medo de ver Isabella morta na minha frente ainda assolava minha mente, entretanto não foi o que vi diante de mim. Meu anjo respirava com dificuldade e com o olhar assustado. Não pensei em mais nada e a puxei para os meus braços enterrando minha cabeça em seus cabelos e aspirando seu aroma divino pedindo que não fosse um sonho.

– Você esta viva. - Murmurei aliviado sentindo seu corpo quente.

– É claro que estou, você estava tendo um pesadelo. - Explicou se afastando um pouco e acariciando meu rosto. Pesadelo? Olhei minha camisa e ela estava molhada de suor, minha respiração em frangalhos.

– Oh! Bell! - A puxei novamente para os meus braços. - Eu pensei que tinha te perdido. Você... Você estava no caixão. - Dizia desnorteado.

– Shh. - Sussurrou tentando me acalmar, seus dedos passando pelas minhas costas e meus cabelos em um carinho silencioso. - Eu estou aqui. - Garantiu, eu a apertei mais contra o meu corpo. O pesadelo parecia tão real. - Respira amor. - Pediu e eu o fiz, respirando fundo e soltando o ar devagar, quando havia me acalmado, Bell fez menção de sair da cama.

– Onde vai? - Perguntei em pânico.

– Pegar um calmante. Você precisa relaxar. - Neguei.

– Eu preciso de você. - Ela sorriu levemente.

– Então vem tomar um banho, vai ser bom. - Assenti e me levantei, precisava mesmo tirar esse suor do meu corpo, ficamos alguns minutos na ducha e voltamos para a cama abracei Bell por trás, ela colocou suas mãos sobre as minhas e se acomodou no meu corpo, beijei sua cabeça e tentei dormir, mas o sono não vinha, toda vez que fechava os olhos a imagem de Isabella em um caixão aparecia, além de imagens claras do meu passado, a briga com minha mãe antes de sua morte, as discussões com meu pai na empresa, o jeito rude com que tratava a todos os empregados e pessoas próximas a mim e para completar o rosto do meu anjo anos atrás quando soube que tudo o que tinha acontecido entre nós foi por causa de uma aposta estúpida, passei minha noite em claro lutando contra os meus fantasmas, eu sentia que essa era uma luta que infelizmente eu iria perder.

Na manhã seguinte levantamos cedo e pouco falei, Isabella percebeu que não estava muito afim de conversar por isso não forçou, eu via seu olhar preocupado e ansioso direcionado a mim, tentei tranquiliza-la dizendo que estava melhor, mas isso não pareceu adiantar muito, ela desmarcou alguns clientes que tinha aquele dia e nos próximos, falei que não precisava fazer isso, mas no fundo fiquei satisfeito em saber que ela ficaria o tempo todo comigo, Isabella era tudo o que eu precisava nesse momento. Após um café da manhã silencioso fomos para a Cullen's, eu travei antes de entrar na empresa, aquele lugar estava se tornando um tormento na minha vida, a razão pela qual meus pais e Eleazar tinham morrido. Ao chegarmos nos dirigimos diretamente para a sala do advogado da empresa Garrett Smith, um homem relativamente jovem, mas que tinha toda a confiança de Eleazar e por consequência a minha também, a secretária nos informou para entrar que ele já nos esperava, adentramos o escritório e Garrett se levantou indo em nossa direção nos cumprimentando e pedindo que sentássemos.

– Alguma notícia do que vai acontecer com o grupo que foi preso? - Perguntei seriamente, sabia que ele estava a par de toda a investigação.

– Eles irão pagar bem caro Edward, nas investigações do FBI foi descoberto que essa não era a única empresa que estavam fraudando, e isso se tornou um crime contra o estado, afinal eles

estão mexendo com as empresas que giram a economia desse país, o destino com certeza é a prisão perpetua. - Respirei um pouco mais aliviado.

– E qual a razão de estarmos aqui? - Indaguei intrigado.

– Acho que você sabe, a quadrilha foi presa, não existe mais risco algum. - Foi então que me dei conta, a herança de meu pai só seria entregue assim que tudo fosse resolvido e eu e Isabella estivéssemos seguros.

– A herança?

– Isso mesmo, assim como Carlisle, Eleazar era um homem precavido, ele sabia o risco que estava correndo com essa facção e por isso deixou tudo organizado para que se algo acontecesse com ele, você e Isabella não ficassem desprovidos. Prontos? - Questionou abrindo a pasta sobre a mesa, eu e Bell assentimos. - Bom, antes de ler o testamento de seu pai, vou ler o de Eleazar. - Eu e Isabella nos encaramos confusos.

– Como assim de Eleazar?

– Ele não tinha família próxima, por esse motivo o testamento beneficia vocês. - Eu estava em choque com aquilo. - Posso ler? - Assentimos, Bell segurou minha mão, entrelacei nossos dedos e a trouxe para meus lábios dando um beijo suave. Garrett começou a ler o testamento, nele Eleazar deixava todos os seus bens para serem dividos em partes iguais para mim e Isabella, na hora me lembrei quando ele me disse que não tinha família e que gostaria de considerar eu e Isabella desse modo, me emocionei com sua atitude, ele em todo esse tempo também tinha sido como um pai para mim, assim que terminou o testamento de Eleazar, Garrett passou para o de meu pai que assim como o de Eleazar dividia tudo entre nós, inclusive a empresa. - Agora são os donos da Cullen's. - Anunciou com um fraco sorriso, toda a empresa ainda estava entorpecida e triste pela morte de Eleazar e pensar que um dia achei que ele era um bandido que queria roubar minha herança. Como fui tolo. Me condenei. - Ah! Tem mais uma coisa. - Abriu novamente os papéis e tirou um envelope de dentro da pasta.

– O que é isso?

– Seu pai deixou essa carta para vocês. - Estendi o braço e peguei o papel o encarando. O que será que tinha ali? Entrei o envelope para Isabella que o olhou com carinho.

– Depois leremos. - Afirmei, ela sorriu em concordância e o guardou na bolsa. - Existe mais alguma coisa que precisamos fazer? - Perguntei.

– Hoje não, aqui estão todos os papéis das propriedades e contas bancárias que agora estão no nomes de vocês e também as ações da empresa, só falta definir quem será o presidente. Precisamos fazer uma reunião o mais rápido possível para decidir isso. - Assenti concordando.

– Gostaria de pedir algo senhor Smith. - Isabella se pronunciou, a encarei intrigado.

– Se estiver ao meu alcance. - Garrett ponderou, podia ser ridículo, mas me senti incomodado por Isabella chamá-lo de senhor. Eu era o único que ela podia chamar assim.

– Quero passar minhas ações para o Edward. - Arregalei meus olhos diante seu pedido e esqueci meu ciúmes ridículo.

– Tem certeza Senhorita Cullen?

– Bell a empresa também é sua. - Aleguei, ela como sempre negou.

– Nada disso é meu Edward. - Lá vamos nós de novo.

– Isabella... - Comecei dizendo, mas ela me cortou.

– É a pura verdade, sei que não vai aceitar que eu passe o resto dos bens só para o seu nome, mas a empresa é sua, sempre foi seu sonho dirigir isso aqui, não há razão para que eu fique com metade se não entendo nada disso. - Argumentou.

– Acho melhor conversarmos sobre isso antes que tome uma decisão precipitada. - Ela sorriu e acariciou meu rosto.

– Não é uma decisão precipitada. - Beijei a palma de sua mão. - É o que eu quero.

– Se é o que deseja. - Disse aceitando.

– Nesse caso vou preparar os papéis de doação, assim que a senhorita assinar a empresa será toda de Edward. Acho que amanhã mesmo terei tudo pronto. - Garrett avisou.

– Ótimo, voltaremos amanhã e acertamos o que falta. - Concordei me levantando e o cumprimentando, pegamos todos os papéis e saímos da empresa, durante todo o caminho seguimos em silêncio, aos poucos fui me dando conta do que tinha acontecido, estávamos ricos agora, ricos não, bilionários e eu seria o presidente da Cullen's, meu sonho finalmente estava se tornando realidade, sentia tudo o que era meu por direito voltando para as minhas mãos e essa era uma ótima sensação, parecia que todo o medo e aflição haviam sumido, eu estava no controle novamente e com mais poder do que antes.

Nossa tarde assim como a manhã foi silenciosa, Bell foi para o escritório que montou em seu antigo quarto assim que almoçamos e eu fiquei na sala analisando os documentos que Garrett havia nos dado, amanhã com Isabella me entregando sua parte na empresa eu seria o novo presidente da Cullen's, foi então que percebi que não teria absolutamente nada à altura para usar, afinal um presidente não podia usar um terno qualquer como os que eu tinha. Fui em direção do quarto de Isabella e bati na porta a abrindo em seguida, ela parecia entretida nos seus projetos.

– Isabella? - Chamei e ela se virou na minha direção, seus olhos transmitiam certa tristeza, imaginei que fosse pela morte de Eleazar e decidi nem questionar. - Vou dar uma saída, preciso comprar alguns ternos novos.

– Ok. - Respondeu simplesmente, sorri e fechei a porta em seguida. Sai do apartamento e esperei um táxi passar, precisava comprar um carro o mais rápido possível, quem sabe um Lamborghini, sempre sonhei em ter um, mas meu pai dizia que um carro era o suficiente, agora eu poderia ter quantos eu quisesse. Sorri com essa ideia, eu poderia ter o que quisesse. Um táxi apareceu e fiz sinal, instrui o motorista para ir nas melhores lojas de roupas de New Haven, onde eu costumava frequentar, era incrível como já me sentia bem com tudo o que

tinha acontecido, não ia adiantar ficar chorando pela morte de Eleazar, o jeito era viver da melhor maneira possível meu brilhante futuro. Experimentava um terno Armani quando a vendedora se aproximou, era bonita, mas nada que se comparasse a Isabella.

– Combina com seus olhos. - Elogiou com certa malícia, sorri satisfeito com meu reflexo no espelho. Há quanto tempo eu não usava um Armani? Nem fazia ideia. - Só acho que a gravata esta um pouco torta. - Indicou.

– Arruma para mim? - A moça assentiu sorrindo, me virei e ela acertou o nó, depois espalmou as mãos no meu peito mordendo os lábios, tentando parecer sedutora.

– Agora sim perfeito. - Olhei no espelho mais uma vez, estava mesmo perfeito. Comprei mais três ternos e mesmo sem pedir ganhei o telefone da vendedora. Eu era mesmo foda, mas também que mulher era capaz de resistir a Edward Cullen? Sorrindo segui para outra loja.

Cheguei em casa quando já passava das nove, comprei muitas roupas novas, agora precisava de um guarda roupa novo, com certeza nada disso caberia no closet apertado que Isabella tinha, entrei lentamente no quarto e a vi deitada sobre a cama, devia estar cansada pelo dia e noite exaustivos que tivemos, tomei um banho rápido e me deitei adormecendo em seguida.

Despertei e me vi no mesmo local que na noite anterior, só que agora o ambiente estava diferente, ainda mais escuro e sombrio.

– Eu sabia que você voltaria a ser o mesmo. - A voz sombria soou grave, virei e de novo o espelho estava lá dessa vez o mesmo reflexo que vi esta tarde ao lado da vendedora apareceu, era ele, o imbecil que arruinou minha vida. - Então Edward? Que tal sair para curtir com essa delicia que conheceu?

– Eu nunca vou deixar Isabella! - Disparei, a voz soltou uma risada.

– Quem disse que é você que vai deixar ela? - A voz soou irônica. - Acha que seu anjo vai permanecer ao seu lado quando perceber que voltou a ser o mesmo?

– Eu não voltei a ser o mesmo! - Tentei negar, mas meu reflexo me desmentia.

– Não? Edward quem você quer enganar? O dinheiro e o poder subiram bem rápido na sua cabeça hein. Se não é o mesmo por que não chamou Isabella para lhe acompanhar nas compras? Por que não lhe deu um beijo ao se despedir? Por que aceitou o flerte da vendedora? Por que não a puxou para seus braços quando se deitou na cama? Por que a desprezou quando disse que nunca faria isso? Confesse Edward! Você viu que ela vai ser uma perda de tempo na sua vida! - Neguei. Eu não podia voltar a ser o mesmo. Eu não podia perder Isabella.

– Isso não é verdade! - A voz mais uma vez gargalhou alto.

– Talvez o caixão seja a melhor saída para o seu anjo. - Disse com desprezo me lembrei claramente do seu corpo inerte nos meus braços, a dor me consumindo como nunca. - Aposto que nem vai sentir falta dela, afinal agora teremos nosso dinheiro e muitas mulheres ao nosso dispor.

– Eu não quero outra mulher, só quero Isabella!

– Não foi o que pareceu quando aceitou o telefone da vendedora. - Balancei a cabeça veementemente. - Admita Edward você estaria muito melhor sem Isabella. - Subitamente a imagem de Isabella apareceu me fitando com decepção para em seguida se virar e ir embora.

– NÃO! NÃO! - Dizia desesperado indo atrás do seu vulto que sumia entre as sombras. - Não me deixe Bell! Por favor! Eu preciso de você! NÃO! - Corri até que ela sumiu por completo, tinha ido embora, me deixado. A dor rasgava meu corpo, dominado pelo desespero gritei seu nome esperando que isso a trouxesse de volta para mim.

– Edward! Acorde Edward! - Abri os olhos assustado, arfando e completamente desnorteado, à minha frente Isabella me encarava preocupada, sem pensar em mais nada a puxei para os meus braços. O que eu estava fazendo com a minha vida? Com Isabella?

– Bell me perdoa. - Pedi a abraçando, eu havia feito justamente o que jurei nunca fazer. Eu desprezei minha Isabella. - Perdão anjo. Perdão. Eu prometi que nunca mais a faria sofrer e fui um estúpido com você hoje. Eu...

– Me esqueceu. - Completou em um sussurro.

– Bell... - Tentei pensar em uma resposta, mas nada parecia bom o suficiente.

– Eu sabia que isso ia acabar acontecendo, você tem tudo o que sempre quis agora, não precisa mais de mim. - Murmurou cabisbaixa. Merda! O que eu tinha feito em apenas um dia?

– Olha para mim. - Pedi, ela me encarou e vi em seus olhos desilusão e dor, era por isso que estava triste hoje à tarde, pelo meu comportamento. Eu estava ferindo a pessoa que mais amava quando havia prometido o oposto. - Não desiste de mim. Por favor. Eu tive uma recaída do que fui um dia e me deixei levar, mas isso não vai voltar a acontecer. Eu prometo. Não me deixa. - Pedi desesperado. - Eu preciso de você, só você. - Isabella me observou atentamente antes de responder.

– Eu não vou a lugar nenhum. Não sem você. - Garantiu, a abracei forte.

– Eu me sinto tão perdido. - Confessei em um sussurro. - A pessoa que saiu daqui hoje à tarde não era eu Bell, era um ser mesquinho, sem sentimento, vazio, eu não quero ser assim. Comecei a chorar. - Eu não quero voltar a ser aquele Edward. Me ajuda Bell, me ajuda. - Pedi soluçando nos seus braços a apertando fortemente contra o meu peito enquanto ela me ninava. - Sozinho eu sou tão fraco. - Sussurrei com desespero.

– Você não esta sozinho, eu sempre estarei aqui. Sempre. - Bell me olhou com carinho e limpou delicadamente minhas lágrimas com as mãos. - Nós vamos enfrentar isso juntos. Eu e você Edward. - Puxei seu rosto colando nossos lábios em um beijo cheio de promessas, encostei minha testa na sua. O que seria de mim sem ela? Sem meu anjo?

– Eu te amo anjo. - Bell abriu um sorriso meigo que aqueceu meu coração.

– Eu te amo garotão. - Acabei sorrindo com seu apelido, a puxei para meu peito deitando na cama e a apertando nos meus braços, Bell começou a cantarolar uma música qualquer enquanto suas mãos acariciavam minha cabeça, eu amava o modo como seus dedos se infiltravam nos meus cabelos, essa era a paz que eu precisava, assim como quando eu era

adolescente e fugia para seu quarto toda vez que sentia medo. Tomado pelo seu calor, carinho e aroma, eu desabei em um sono profundo e sem pesadelos.

Sentia minha garganta seca e um certo incomodo ao engolir, abri os olhos e percebi que já havia amanhecido, me sentia imensamente melhor, parecia que tinha tirado um gorila das minhas costas, olhei para o meu peito e Isabella ainda adormecia, sua respiração regular e serena, com muito cuidado a movi para o lado, ela resmungou e abraçou o travesseiro, sorri com esse gesto, me aproximei e beijei sua testa, levantei, fui até a roupa que tinha usado no dia anterior e peguei o telefone da vendedora oferecida, segui para o banheiro, fiz minha higiene e joguei o papel no vaso dando descarga em seguida, não sabia o que tinha me dado para aceitar isso. Pura vaidade. Meu inconsciente alertou com descaso. Sacudi a cabeça tentando me libertar da pessoa vazia e prepotente que havia sido ontem. Voltei para o quarto e Bell ainda dormia tranquilamente, segui para a sala e vi o sofá abarrotado de sacolas, suspirei e fui até a geladeira pegando um copo de leite a fim de acabar com a sede que sentia, voltei a fitar as roupas jogadas por todos os cantos e me obriguei a pensar de modo racional em toda essa situação. Eu realmente queria ser presidente? Me perguntei sinceramente. Quando fui vice do meu pai, eu odiei o trabalho, amava muito mais o que fazia hoje, principalmente quando ia em alguma obra para fazer inspeção. Eu queria ficar trancado em um escritório o dia inteiro? Queria que a vida de Isabella sempre estivesse em risco? Que ela se preocupasse comigo? E os nossos filhos? Era essa a vida que eu queria dar a eles? Pois nada seria o mesmo, depois dos acontecimentos recentes precisaríamos de seguranças e não teríamos mais momentos leves e gostosos como no fim de semana. E o poder Edward? Você o quer. Sempre almejou isso. O meu lado mesquinho soou em minha mente. Fechei fortemente meus olhos. O poder que se foda! Eu sei o que eu quero e é isso que farei! Não vou deixar esse meu lado prepotente, egoísta e fútil tirar o que mais amo. Pensei com firmeza colocando em seu lugar o meu lado mesquinho. Eu sabia que esse monstro se alimentava da minha fraqueza, mas agora iria mostrar a ele quem era o verdadeiro Edward Cullen, as coisas iriam tomar outra direção a partir de agora, restava saber se Isabella iria concordar comigo. Meus pensamentos evaporaram quando senti um par de mãos delicadas passarem pela minha cintura e um calor delicioso me tomar por completo.

– O que tanto pensa? - Perguntou beijando minhas costas sorri e passei meu braço pelos seus ombros a trazendo para mais perto.

– Que exagerei nas compras. - Bell olhou a sala e riu.

– Exagerou mesmo, são só ternos? - Perguntou saindo dos meus braços e olhando algumas sacolas.

– Não, comprei algumas roupas também. - Ela tirou uma camisa pólo azul de uma das embalagens.

– Hum aposto que vai ficar gostoso nessa. - Falou tentando descontrair, era exatamente o precisávamos depois da noite tensa que tivemos, sorri e a puxei para os meus braços novamente, tudo o que eu precisava era dela perto de mim.

– Então será a que usarei hoje. - A beijei delicadamente, inspirando seu aroma. - Obrigado por ontem. - Agradeci sinceramente, se não fosse por Isabella eu estaria sem rumo, deixando aquele poder imbecil subir a minha cabeça.

– É o que se faz por quem se ama. - Sua resposta colocou um sorriso enorme no meu rosto. Assim como havia me dito nós enfrentaríamos tudo isso juntos, eu não tinha o que temer sabendo que ela estaria ao meu lado. - Que horas temos que estar na empresa? - Perguntou olhando para o relógio na cozinha.

– Às dez. - Respondi e ela assentiu, percebi pela sua postura que ainda estava preocupada, esperava que meus planos tirassem esse medo que via nos seus olhos, pois eu tinha certeza que isso seria o melhor para mim e para ela principalmente depois de tudo o que tinha acontecido. - Eu tomei uma decisão. - Bell me olhou intrigada.

– Que decisão? - Acariciei seu rosto com delicadeza e disparei.

– Eu vou vender a empresa.

Notas finais do capítulo Sei que o Edward sofreu um bocado no capítulo, mas que deu vontade de esganar ele quando voltou com aquela atitude superior ah isso deu :-/ Felizmente ele acordou para o que estava fazendo antes que fosse tarde demais, acho tão lindo esses momentos em que um apóia o outro :')

O que acharam da decisão dele? Como será que a Bella vai reagir?

E a carta do Carlisle? O que será que diz? Ambos esqueceram desse detalhe... Não é por nada não, mas acho que só jogar o papel da vendedora fora não vai ser o bastante :-/

Eu me emocionei muito escrevendo este capítulo, principalmente a parte em que o Edward admiti sua fraqueza e pede que Isabella o ajude e não o deixe, ali vemos uma alma torturada por um passado que agora ele não se orgulha, Edward a partir desse momento vai dar uma virada em sua vida e mostrar do que é capaz :)

A escuridão existe para fazer a luz realmente contar. - Uneven Odds - Sleeping at Last

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 46) Capítulo 45 - Carta

Notas do capítulo *CAPÍTULO SURPRESA* Aproveitando uma folguinha para escrever ^^

Neste capítulo veremos um Edward ainda aturdido pela morte de Eleazar e com um humor que vai deixar a Bell completamente desnorteada, ela ficará ainda pior quando ele contar sobre a tal vendedora, felizmente um amigo irá lhe ajudar a colocar a cabeça no lugar e mostrar como Edward precisa dela nesse momento. Edward vai tentar se fechar para não enfrentar a dor pela morte de Eleazar e toda a responsabilidade que isso vai acarretar para ele ( a empresa) e vai depender de Bell fazer ele encarar seus problemas de frente e apoiá-lo nesse momento difícil. Mesmo com toda tensão ainda teremos uma noite quente e um momento breve, mas gostoso entre eles ^^

A música que me embalou enquanto escrevia esse capítulo foi

One e Only da Adele - Vale muito a pena ouvir a letra é linda *-* e mostra bem os sentimentos tanto do Edward quanto da Bella http://letras.mus.br/adele/1817931/traducao.html

"Você nunca vai saber se não tentar perdoar seu passado e simplesmente ser meu." One and Only - Adele

Desculpem pelo tamanho capítulo :-/

Espero que gostem ;) Bella POV

Olhei atentamente para Edward, ele tinha dito o que eu ouvi ou era invenção da minha cabeça.

– O que disse?

– Que vou vender a empresa. - Repetiu serenamente.

– Edward se for sobre ontem tenho certeza que podemos lidar com o que vai acontecer. Tentei intervir.

– Não Isabella, eu não posso e não falo só sobre o modo como agi, mas também o medo que sinto de algo acontecer com você. - Não era só ele que temia isso, desde que soube que Edward estava investigando esses bandidos eu senti medo de algo acontecer com ele, o que só aumentou depois que descobrimos a possibilidade de nossos pais terem sido assassinados e piorou ainda mais agora, mesmo assim não podíamos simplesmente fugir das responsabilidades, aquela empresa era o legado da família dele e eu sabia o quanto era seu sonho dirigir ela.

– Edward com empresa ou sem empresa você ainda é rico e vamos continuar sendo alvos fáceis.Você esta fugindo do problema isso sim. - Aleguei.

– Bell me escuta. - Pediu.

– Vai negar? Você sabe que isso é verdade. Ontem eu prometi que ficaria ao seu lado Edward e que lutaria com você. Agora o que você faz? Foge.

– Eu não quero ser presidente. - Disparou me olhando seriamente.

– Como não? Você esperava por esse dia com ansiedade desde a sua adolescência. - Retorqui confusa, aquilo não fazia o menor sentido.

– Eu sei Bell, mas quando me tornei vice eu percebi que não era o que eu queria e isso ficou ainda mais claro conforme trabalho na minha função atual. - Eu sabia o quanto Edward amava sua atual função, mas também sabia o quanto ele sonhou em se tornar presidente, além disso tinha certeza que Edward não seria do tipo que ficaria trancado dentro de um escritório, o que estava acontecendo na verdade é que ele estava assustado com tudo o que tinha ocorrido, perder os pais e o amigo por causa de um esquema de corrupção estava deixando Edward desnorteado. - Eu quero uma vida calma e tranquila ao seu lado, sem mídia, eventos sociais e essas chatices todas, eu quero abrir mão de grande parte do que recebemos, ajudar hospitais, criar alguma ONG em uma das casas que ganhamos, ficar só com o mínimo, o necessário para sermos felizes. - Sua ideia era linda e nobre, mas ainda assim eu só via naquilo tudo uma forma de fugir do que estava acontecendo, como se vender todos os bens e a empresa pudessem apagar tudo o que tinha ocorrido.

– É isso mesmo o que você quer? - Perguntei reticente, Edward assentiu e me puxou para os seus braços. - Acho que você pirou. - Edward riu.

– Eu só descobri o que eu quero de verdade. - Apesar dele parecer seguro nessa decisão, eu precisava fazer ele enxergar a responsabilidade que tinha nas mãos, não poderia deixar ele ter uma atitude precipitada.

– E os funcionários Edward? E se o novo dono demiti-los? - Questionei me afastando de seus braços e o olhando com seriedade.

– Eu não posso passar a minha vida pensando só nos outros. - Disparou um pouco seco.

– Eu sei, só não quero que se arrependa, além disso ninguém vai querer comprar a empresa agora por causa desse assassinato. - Ele pareceu ponderar minha palavras. - Você esta agindo precipitadamente, sabe disso. - Insisti.

– O que você quer que eu faça? - Perguntou já sem paciência. Perfeito! Agora ele estava irritado comigo, mas eu não podia deixar ele fazer algo desse tamanho sem pensar direito.

– Não quer mesmo a presidência? - Ele respirou fundo.

– Já disse que não Isabella. - Respondeu aborrecido passando as mãos pelos cabelos.

– Então coloque alguém de confiança lá. - Argumentei mantendo a calma, se nós dois perdêssemos a cabeça isso iria virar uma discussão.

– Eu não posso arriscar.

– Arriscar o que?

– Perder mais alguém, eu não vou suportar se isso acontecer. - Eu sabia que o medo de Edward não era totalmente infundado, aquele lugar tinha tirados nossos pais e depois Eleazar, devia agradecer por ele estar disposto a abrir mão dela, mas no fundo eu sabia que ele só estava agindo por medo e não podia deixar ele fazer isso.

– Deixe que o Garrett arrume uma pessoa de confiança para ficar na presidência. Eu não ia suportar se soubesse que estaria correndo perigo, mas também sei que essa empresa significa muito para você, caso contrário teria arrumado emprego em outro lugar e não lá. - Ele me encarou ponderando minhas palavras e suspirou, como ficou em silêncio continuei meu raciocínio. - Eu sei que não quer abrir mão daquilo Edward, senão não teria arriscado a própria vida para investigar quem a estava roubando, eu não estou dizendo que isso não vai acontecer novamente, mas não podemos tomar decisões precipitadas por medo. Muitas pessoas

dependem daquele emprego e mesmo que você diga que precisa pensar antes em você, eu sei que a ideia de uma demissão em massa vai afetar você. - Ele me olhou ainda sério.

– Talvez tenha razão. - Talvez? - Por hora farei o que esta me aconselhando, mas isso não muda minha vontade de me livrar daquele lugar. Agora vamos tomar logo esse café da manhã e ir até a empresa resolver essas pendências, deixarei Garrett responsável por tudo até encontrarmos um presidente que nos satisfaça e depois...

– Depois? - Incentivei.

– Vamos voltar para casa e mergulhar naquela banheira. Estou precisando disso. - Disse com o semblante cansado.

– Então é o que terá senhor Cullen. - Ele abriu um breve sorriso que passou longe de seus olhos, me machucava ver Edward tão distante e estranho, ele não estava lidando nada bem com tudo aquilo. Após o café fomos para a empresa e resolvemos tudo mais rápido do que podia imaginar, Garrett ficou surpreso quando Edward disse que queria encontrar outro presidente para a empresa, mas avisou que iria resolver esse assunto e seguir a risca nossas exigências em relação ao presidente, os candidatos finais teriam que passar por Edward, enquanto a empresa não tinha presidente Edward pediu que Garrett assumisse a direção, ele agradeceu pela confiança e antes de sairmos Edward exigiu que toda a situação da herança ficasse em sigilo absoluto, Garrett garantiu que se certificaria disso.

Uma das razões da sede da empresa ficar em uma cidade pequena do estado de Nova Iorque era que isso restringia o assédio da mídia, tanto que desde criança levávamos uma vida normal, pois nem mesmo seguranças tínhamos, as pessoas conheciam mais o sobrenome Cullen do que quem o recebia, isso sempre nos deu muita liberdade, mas com a exposição da empresa por conta da prisão da quadrilha e a morte do presidente e de um dos diretores, talvez essa liberdade estivesse com os dias contados.

Chegamos em casa e Edward já me puxou para o banheiro do meu antigo quarto, apesar de tentar disfarçar eu percebia como sua postura estava rígida e seu semblante tenso e preocupado, ele estava muito fragilizado com o que tinha acontecido e eu precisava mais do que nunca mostrar que estaria ao seu lado em todos os momentos, nos bons e também nos maus. Deitei entre suas pernas na banheira e ele soltou um suspiro de satisfação me abraçando e beijando meu pescoço.

– Isso era tudo o que eu queria. - Edward murmurou, sorri apertando seus braços contra o meu corpo.

– Eu também. - Respondi satisfeita. - Você parece um pouco tenso. - Apontei observando seu rosto.

– Esses dois dias foram horríveis, me sinto exausto. - Disse com os olhos fechados.

– Agora vai poder descansar. - Ele sorriu levemente e beijou minha cabeça.

– É verdade.

– Não vai mais voltar para a empresa? - Ele fez uma careta e negou.

– Não, preciso de certa distância agora, mas vou conversar com Seth sobre o que decidimos, acho que ele merece saber o que vai acontecer com a empresa e por que não voltarei a trabalhar lá.

– Tem razão. O que esta pensando em fazer?

– Esta preocupada em ter que me aguentar em casa? - Questionou com meio sorriso apertando minha barriga causando cócegas e um arrepio, comecei a rir.

– Seu bobo, claro que não, só quero saber quais os seus planos enquanto não encontram um presidente.

– Vou administrar nossos bens e assim como lhe falei estou pensando em abrir uma ONG.

– E já pensou de que tipo?

– Sim e quero saber o que acha.

– Pode dizer. - O incentivei me sentando à sua frente.

– Com os problemas gerados por essa crise financeira e todas essas catástrofes naturais acho que seria interessante criar um local para que essas pessoas possam se reerguerem e reconstruírem suas vidas. - Encarei Edward sem saber o que dizer a esse homem magnifico. - O que achou? - Perguntou receoso.

– É incrível Edward! - Exclamei animada.

– Gostou mesmo?

– Claro, é uma ideia linda. Eu tenho tanto orgulho de você, do homem que se tornou e principalmente por enfrentar a si mesmo e mostrar quem é o verdadeiro Edward Cullen. - Ele segurou meu rosto com carinho.

– Eu me senti tão perdido ontem. - Ontem? Ele ainda me parecia bem perdido, principalmente depois de voltarmos da empresa. Se eu ainda tinha alguma dúvida se estava agindo certo em fazer ele mantê-la, agora mais do que nunca via que era a melhor decisão, principalmente com ele querendo ajudar as pessoas, Edward precisava pensar nos empregados da empresa também, pois não tinha como garantir que um novo dono não demitiria ninguém, só restava ele perceber isso. - Eu fui fraco ontem Bell e me deixei levar por desejos superficiais. Foi então que me vi daquele jeito e senti nojo de mim mesmo, não quero mais ver aquele Edward. Confessou com desgosto.

– Não se preocupe, por que se ele decidir fazer alguma aparição eu o coloco em seu lugar. Tentei descontrair, Edward sorriu fracamente.

– Com você ao meu lado não existe nada que eu tenha medo, nem eu mesmo. - Disse e me beijou com cuidado. - Eu preciso te contar uma coisa. - Murmurou reticente.

– O que? - Ele suspirou e eu senti que viria uma bomba.

– Ontem quando eu estava fazendo compras... - Parou, respirou fundo e continuou. - Uma vendedora flertou comigo e eu... - O sangue estava subindo pelo meu corpo e eu contava até dez para não explodir. Que papo era esse?

– Você? - Incentivei que continuasse.

– Deixei e aceitei quando ela me deu seu telefone. - Disparou ansioso. Ele aceitou o telefone de outra mulher? O que isso significava? Ele se interessou por ela? Era isso? Edward me traiu? Senti seus dedos no meu queixo. - Fala alguma coisa. - Pediu angustiado. Engoli em seco levantando da banheira sem conseguir raciocinar direito depois do que ouvi. - Isabella? Fala comigo!

– Falar o que Edward? Hein? - Questionei enrolando uma toalha no meu corpo. - Por que não liga para sua namoradinha e conversa com ela? - Soltei irritada. Como ele pode fazer isso comigo? Eu aqui angustiada com ele e o que o desgraçado faz? Sai para paquerar outras mulheres.

– Não aconteceu nada. - Se defendeu, virei na sua direção.

– Nada? Você aceitou o assédio de outra mulher e se isso não bastasse ainda não recusou quando ela lhe deu o telefone. Isso para mim esta longe de ser NADA. - Exaltei saindo do banheiro e indo para o nosso quarto, ouvi o barulho de água e Edward me chamando, mas antes que se aproximasse de mim fechei a porta a trancando. Não podia acreditar que ele havia feito aquilo.

– Bell eu sinto muito, não estava pensando bem, deixei a vaidade me levar.

– Essa vai ser sua desculpa para tudo Edward? Que estava perdido e que seu lado machão e prepotente dominou? Você fez isso por que quis.

– Bell me escuta por favor.

– Me deixa em paz! - Gritei.

– Você disse que enfrentaríamos isso juntos. - Argumentou, mas isso só me deixou ainda mais irritada.

– Isso foi antes de saber que você me traiu.

– Eu não te trai! Nem ia ligar para aquela mulher.

– Com certeza não foi o que ela pensou quando pegou o telefone dela.

– Não faz isso anjo, me deixa explicar. Abre a porta. - Pediu em um sussurro.

– Você já explicou Edward e eu não aceito sua explicação.

– Vamos conversar? Por favor.

– Não quero conversar com você!

– Amor por favor.

– Não me chame de amor, vida, anjo ou alguma outra coisa! Quero ficar sozinha!

– Você sempre diz que temos que ser sinceros um com o outro e quando eu sou, o que você faz? Me vira as costas. - Cada coisa que ele dizia só servia para me deixar ainda mais zangada.

– Se coloca no meu lugar Edward! O que você faria se eu tivesse aceitado o flerte e o telefone de outro homem? Não seja hipócrita! Você teve ciúmes de um ator! Da porra de um ator! Então não me venha dar lição de moral.

– Eu conheço muito bem as minhas falhas e sei o quanto posso ser estúpido, ciumento e possessivo, mas em todas as crises que eu tive você estava lá me dizendo que não era nada do que eu pensava. Você estava lá Isabella, olhando nos meus olhos e dizendo que não existe ninguém para você como eu, não tinha nenhuma porta entre nós! - Eu não queria olhar em seus olhos, era fraca demais.

– Não compare nossas atitudes! - Rebati irritada lutando contra as lágrimas que já escorriam pelo meu rosto. - Eu nunca fiz nada parecido, seus ciúmes sempre foram descabidos e sem sentido, principalmente em relação ao James. - Merda! Por que eu toquei no nome do meu ex?

– É uma pena que eu não seja perfeito como ele, não é? - Sua voz soou amarga, o que me irritou ainda mais, queria que ele sentisse pelo menos um pouco do que eu sentia e sem pensar disparei.

– Pelo menos James nunca me fez sofrer. - Assim que as palavras saíram da minha boca vi a besteira que havia dito e me arrependi, antes que pudesse dizer qualquer coisa ouvi a porta da sala bater. Desabei na cama chorando. Como tudo podia estar desmoronando em apenas dois dias? Será que nunca seriamos felizes sem que alguma coisa surgisse e estragasse tudo? Precisava conversar com alguém, mas Alice estava grávida e Rose cheia de coisas do casamento para organizar, só conseguia pensar em uma pessoa que me acalmaria neste momento, disquei o número desejando que ele estivesse sozinho.

– Bella? - Suspirei aliviada quando atendeu, precisava tanto de um amigo.

– Oi Jazz. - Cumprimentei com a voz embargada. - A Allie não esta por aí né? - Perguntei me certificando.

– Não, estou no meu intervalo da faculdade. O que aconteceu? Você esta chorando? Perguntou preocupado.

– Eu precisava falar com alguém e não queria aborrecer a Allie por causa da gravidez e a Rose anda tão preocupada com as coisas do casamento, você acabou sendo o eleito. Desculpe.

– Magina Bella, somos amigos, sabe muito bem que pode contar comigo para o que der e vier. - Sorri.

– Obrigada Jazz.

– Agora me conta, o que aconteceu? - Contei tudo, desde o momento que saímos do enterro e até sobre a herança, depois da morte de Eleazar contamos aos nossos amigos sobre o que estava acontecendo, eles entenderam os motivos pelos quais escondemos toda a situação.

– Se antes eu já sentia medo de ver o Edward agindo tão superficialmente depois que soube desse flerte com a tal vendedora, minha insegurança aumentou ainda mais. Ele disse que não ia ligar, mas sei lá, estou tão confusa e para piorar ainda falei aquilo sobre James sabendo como o Edward se sente mal com esse assunto, não sei o que fazer Jazz. - Disse agoniada.

– Hei! Calma, ok? Vamos por partes. O que acho que aconteceu com Edward ontem foi um pequeno surto quando descobriu que tudo o que tinha perdido agora era dele de novo, isso somado a fragilidade que ele se encontra com a morte de Eleazar o fez agir como antes, Edward se aproveitou disso para esquecer seus problemas e se focar em algo superficial, fútil, a realidade é que ele estava tentando escapar do que estava acontecendo e não ter que lidar com tudo isso. É muito comum o ser humano buscar um modo de fugir de seus problemas, esse foi o modo que Edward encontrou para ignorar o que acontecia ao seu redor. - Refleti sobre as palavras de Jasper, era exatamente o que imaginava o que estava acontecendo. - Não vou defender o Edward Bella longe disso, mas pelo o que pude ver no enterro ele esta muito abatido e precisa mais do que nunca de você, sei que ficou decepcionada por ele ter aceitado o telefone da tal garota, mas eu tenho certeza que a intenção dele nunca foi se encontrar com ela ou ter um caso, Edward entrou de cabeça em outro mundo para esquecer um pouco a dor que estava passando, você mesma me disse que ele teve pesadelos e que não queria ficar com a empresa por medo, isso sem contar a aflição que tem de algo acontecer com você. É muita coisa para lidar Bella, Edward não é de ferro. - Solucei ouvindo as palavras de Jasper. Eu era uma idiota, Edward precisando de mim e o que eu faço? Lhe dou as costas por conta de um ciúmes estúpido.

– Fui tão rude com ele Jazz. Uma imbecil sem sentimentos! - Disparei irritada comigo mesma.

– Bella você assim com Edward é humana, agiu por instinto, seria normal sentir ciúmes em uma situação como essa, isso tudo também não é fácil para você. Agora eu recomendo que sentem e conversem honestamente, só assim poderão acertar as coisas. - Sorri me acalmando.

Jasper tinha toda razão, eu mesma estava em frangalhos, não fazia nem uma semana que tinha tido uma crise provocada pelo estresse e agora vinha mais isso, era coisa demais, para mim e para o Edward, me lembrei de como ele foi doce e paciente comigo, proporcionando uma noite relaxante e me fazendo esquecer de tudo, era isso que eu precisava fazer por ele, talvez fugir não fosse uma ideia tão ruim.

– Obrigada Jazz, acho que se tivesse falado com Alice ela me mandaria capar o Edward. Rimos.

– Com certeza, ainda mais agora. - Falou baixo.

– Como esta nossa grávida? - Perguntei mudando de assunto, ele deu um suspiro. - Tão ruim assim? - Ele riu.

– Não, mas Alice é... difícil. - Completou.

– O que a baixinha aprontou?

– Esses desejos dela estão me deixando doido Bella e tenho certeza que tudo isso é psicólogo pois só começou depois que descobriu que estava grávida, sua amiga ainda vai me deixar louco. - Disse rindo.

– Posso apostar que sim, ainda mais com os hormônios da gravidez.

– É, já estou me preparando psicologicamente para os próximos meses.

– Tenho certeza que vai tirar de letra.

– Vamos ver, mas fico satisfeito em saber que nosso bebe estará cercado por tantos tios babões, Edward realmente gostou da novidade.

– Ele adora crianças. - Respondi em um sussurro, me sentindo um lixo por ter falado com Edward daquele jeito.

– Hei! Não fica assim, tenho certeza que vão se acertar. - Me consolou.

– Eu nem sei para onde ele foi, estou me sentindo péssima pelo modo como me comportei.

– Bella não adianta se culpar, tome um banho, relaxe e espere o Edward.

– E se ele foi... - Não consegui completar minha suposição, mas Jasper pareceu entender muito bem.

– Ele não vai atrás de mulher nenhuma, aposto que esta com Emmett em algum bar, ouvindo as idéias sem sentido do Emm para fazer as pazes com você. - Talvez Jazz tivesse razão.

– Obrigada mais uma vez meu amigo e não diga a Allie que eu liguei, senão será a minha morte.

– Só a sua? - Questionou e demos risada, Alice mataria a nós dois. - Vai ser nosso segredo. Além disso a senhorita tem crédito comigo, já me livrou de muitas com a dona Alice. - Sorri. Se cuida e qualquer coisa estou aqui. - Desejou carinhoso.

– Eu sei, não podia pedir por amigos melhores. - Respondi sorrindo. Nos despedimos e desliguei, me sentindo um pouco melhor fui até o banheiro e tomei uma ducha, coloquei uma camisola leve e voltei para o quarto, destranquei a porta e a abri, o silêncio no apartamento me incomodou profundamente, fui até a cozinha e nem sinal de Edward, só suas sacolas que ainda estavam jogadas sobre o sofá. Será que ele tinha guardado o telefone da tal vendedora? Suspirei chateada. Não ia adiantar ficar pensando nisso, olhei pela janela e já estava anoitecendo, percebi que com essa correria nem tínhamos almoçado, peguei um suco na geladeira colocando no copo e o tomando em seguida.

– Espero que não seja só isso que irá tomar. - Ouvi a voz soar e olhei na direção do corredor, encontrei Edward escorado na parede me observando atentamente. Sem pensar em mais

nada fui até ele e o abracei, demorou um instante para corresponder ao meu abraço, mas logo o senti me apertando contra o seu peito. - Eu juro que não fiz de propósito. Me perdoa. - Pediu com a cabeça enterrada em meu pescoço.

– Só se me perdoar pelo que disse. - Murmurei contra o seu corpo.

– Você só disse a verdade Bell. - Afastei minha cabeça de seu peito e o encarei.

– Eu não trocaria um segundo sequer ao seu lado pelo melhor momento que passei com James. - Falei sinceramente acariciando seu rosto, ele me olhou desconfiado.

– Nem nossas brigas? - Perguntou colocando sua mão sobre a minha.

– São elas que dão o tempero garotão. - Edward sorriu levemente me abraçando. - Eu disse aquilo sem querer, a verdade é que estava com tanta raiva que eu queria que você sentisse pelo menos um pouco do que eu sentia. Sei como James é um assunto delicado e fui uma burra falando no nome dele. - Como eu queria que Edward esquecesse meu ex se eu trazia o problema a tona? Precisava me policiar, pois sabia o quanto isso magoava o Edward, mas na hora estava tão zangada que nem pensei direito.

– Você estava tão brava. - Sussurrou me observando atentamente.

– Estava mesmo. - Concordei o encarando. - Achei que tinha saído.

– Eu sai, mas quando me lembrei que não tínhamos almoçado fiquei preocupado que você acabasse passando mal por causa do nervoso e da falta de comida. - Não podia acreditar que mesmo depois de ter sido tão estúpida com ele, Edward ainda se preocupava comigo. Quando retornei ouvi que estava no telefone.

– Estava conversando com Jasper. - Expliquei, ele pareceu aliviado ao ouvir aquilo. Será que pensou que tinha ligado para James?

– Achei que fosse com Alice. - Percebi na hora que estava mentindo, mas decidi não questionar, estávamos tão nervosos que qualquer coisa era capaz de se transformar em uma discussão, no momento eu não podia culpar Edward, ele estava tão inseguro quanto eu.

– Ela esta grávida e não quis deixá-la nervosa, além disso Jasper é mais tranquilo e melhor para acalmar do que a Alice. - Edward sorriu.

– Tenho certeza que se ela soubesse estaria morto agora. - Tentou brincar, acabei sorrindo para aliviar o clima.

– É uma possibilidade, ainda mais com os hormônios da gravidez a toda. - Edward assentiu concordando.

– Posso saber o que Jasper lhe disse? - Perguntou interessado.

– Só a verdade.

– Que verdade?

– Que eu estava agindo igual uma criança birrenta ao invés da adulta que sou e que deveria conversar com você.

– Jasper disse isso? - Perguntou chocado, Jazz nunca diria algo do tipo.

– Só a parte que devíamos conversar, o resto é minha opinião mesmo.

– Você tinha toda razão de ficar chateada.

– Não depois de tudo o que aconteceu Edward, não posso te culpar por ter tentado fugir dessa situação agindo daquele modo, é muita coisa em pouco tempo. Desculpa pela minha birra.

– Tudo bem amor, a verdade é que estamos exaustos.

– Concordo plenamente. Vamos deitar? - O convidei puxando sua mão em direção do quarto.

– Ainda não, acho melhor comer alguma coisa.

– Não estou com fome.

– Nem daqueles meus sanduíches especiais? - Sorri.

– Bom, se for aquele extra ultra especial, eu aceito, mas só se fizer um para você também. Pedi fazendo um bico, Edward me deu um beijo rápido.

– Feito. - Concordou me puxando para a área da cozinha, sentei no banco em frente ao balcão enquanto Edward pegava os ingredientes. Decidi fazer algumas perguntas sobre a tal vendedora, queria tirar esse assunto a limpo e não deixar nada pela metade.

– Você conversou com a tal vendedora? - Perguntei distraidamente, Edward me olhou e por um segundo achei que não iria responder, mas logo começou a falar.

– Não falamos sobre nada, ela só se ofereceu para ajeitar minha gravata. - Respondeu pegando um tomate e o cortando.

– Oferecida. - Murmurei aborrecida, antes que Edward dissesse algo eu continuei. - Ela é bonita? - Edward parou seu serviço e me encarou, se ele dissesse que não saberia que era mentira.

– Sim, mas nada que se compare a você. - Respondeu honestamente, devia ficar brava por ele ter dito que a achou bonita, mas preferia que ele fosse sincero comigo mesmo que doesse um pouco, além disso não era para ela que ele estava preparando um lanche. - Eu nunca lhe trairia

dessa forma Isabella, sei que não existem desculpas para o modo como agi, mas nem por um segundo pensei em ligar para ela ou corresponder ao flerte. - Explicou, o observei atentamente e sabia que dizia a verdade o que deixou mais calma.

– Ainda esta com o telefone? - Indaguei seriamente.

– Não, joguei fora. - Disse sem titubear.

– Foi só isso? - Perguntei para finalizar o assunto.

– Foi. - Assenti.

– Ótimo, agora capricha no meu lanche. - Edward abriu o meu sorriso tímido e voltou sua atenção aos nossos lanches. Após comermos, fomos para o quarto e nos deitamos, ele encarava o teto com os olhos abertos, mas suas olheiras e seu semblante mostravam como estava cansado e com sono.

– Não vai dormir? - Questionei o olhando.

– Daqui a pouco pego no sono. - Com certeza estava com medo de ter pesadelos de novo. O que eu poderia fazer para ele relaxar? Sexo? Bom, era uma opção, sabia que isso não iria resolver os problemas, mas poderia aliviar nossa tensão e ajudar a descansar, além disso tudo o que eu mais queria agora era me entregar de corpo e alma a ele e esquecer mesmo que fosse por alguns minutos tudo o que estava acontecendo. Olhei para Edward e ele ainda encarava o teto perdido em pensamentos, sua mão brincava nas minhas costas enquanto estava deitada sobre o seu peito. E se ele não estivesse afim? Me perguntei. Droga! Eu não podia ficar com medo de uma rejeição, tomei coragem e comecei a acariciar seu peito.

– Perdeu o sono? - Me perguntou.

– É sempre assim né? Quando estamos de pé morremos de sono dai é só deitar que ele vai embora. - Reclamei, Edward riu.

– Pura verdade. - Passei meu nariz no seu corpo inspirando seu aroma.

– Esta cheiroso. - Elogiei, podia jurar que ele sorria.

– Estou?

– Hum Hum. - Limitei a responder e fui subindo até chegar ao seu pescoço e o beijei, Edward gemeu, sorri satisfeita em saber que o plano estava dando certo, subi meus beijos pelo seu maxilar.

– Adoro sua boca. - Murmurou. - Tão gostosa. - Sorri e o encarei.

– A sua também é uma delícia. - Disse maliciosa passando meus dedos pelos seus lábios, uma das mãos de Edward descia cada vez mais pelas minhas costas, enquanto com a outra ele segurou a minha e beijou meus dedos. Aproximei meu rosto ainda mais do dele tocando nossas bocas levemente, Edward soltou um rugido e em um rompante ele nos virou, eu fiquei prensada entre seu corpo e a cama, seu lábios tomaram os meus em um beijo urgente, sua língua invadia minha boca com astúcia e perícia, tocando lugares que me deixavam ainda mais louca de tesão por ele.

– Eu quero tanto você. - Sofregou em um gemido rouco tirando minha camisola em um só movimento, voltou a deitar sobre mim, beijando meu pescoço e meus seios com volúpia.

– Oh! Edward!

– Isso anjo! Geme o meu nome! Diz quem você quer.

– Você Edward! Eu quero você. - Seus beijos continuaram descendo, tirou minha calcinha e senti seus dedos me tocando com delicadeza e destreza, ele subiu e me beijou, gemi com a sensação quente que seus dedos e sua boca na minha estavam proporcionando.

– Gostosa! Geme Isabella! Geme para mim. - Pedia e meus gemidos aumentaram, Edward se afastou e tirou a camiseta e logo em seguida sua calça de moletom, ficando nu. Eu nunca iria me acostumar em como ele ficava lindo assim, podia olhar para ele por dias sem cansar. Admirando? - Ouvi ele perguntando com um sorriso safado, me levantei ficando de joelhos na cama, assim como ele.

– Sempre. Você é uma tentação. - Edward me puxou para os seus braços e voltou a me beijar com paixão, seu membro duro provocando minha intimidade e fazendo com que gemêssemos ainda mais alto. - Edward! Por favor! Eu quero você! Ah!

– Eu também anjo. Quero muito. - Ele se sentou sobre seus joelhos e delicadamente me ajudou a sentar sobre seu membro duro e quente, arfei sentindo ele entrar completamente em mim, Edward tomou um de meus seios com a boca enquanto brincava com o outro com a mão, eu me apoiava em seus ombros e subia e descia com o auxilio de sua outra mão que apertava minha cintura, fazíamos tudo lentamente, aproveitando cada segundo e centímetro juntos, gemíamos e gritávamos o nome do outro, logo chegamos ao ápice, ainda permanecemos na mesma posição por alguns minutos esperando nossa respiração se acalmar, Edward beijou com cuidado meu lábios.

– Isso foi... - Murmurei molemente.

– Nós. - Edward finalizou com um lindo sorriso relaxado.

– É, exatamente nós - Tentei evitar, mas acabei bocejando.

– Vamos dormir anjo. - Declarou nos colocando sobre a cama, ele deitou sobre mim com a cabeça enterrada em meu pescoço, me forcei a ficar acordada mais alguns minutos, queria ter certeza que ele iria dormir, não demorou muito tempo e senti sua respiração calma e compassada.

– Edward. - Chamei e não tive resposta, me movi para o lado e acendi o abajur, me senti aliviada ao ver ele dormindo serenamente e com um leve sorriso nos lábios, resmungou algo e apertou seus braços no meu corpo, enfiando ainda mais a cabeça no vão do meu pescoço. Desliguei a luz e o abracei, sabendo que não importava o acontecesse nós enfrentaríamos juntos.

A primeira coisa que percebi quando despertei foi que Edward estava praticamente me sufocando na cama, já que metade de seu corpo estava sobre o meu, o afastei com certa dificuldade e agradeci por ele não acordar, Edward havia dormido a noite inteira e sem qualquer pesadelo, o observei mais uma vez e segui para o banheiro, fiz minha higiene, peguei um roupão e voltei para o quarto, iria preparar um super café da manhã, só com o que ele gostava, antes passei no meu escritório improvisado e vendo que o horário já era pertinente liguei para os clientes que tinha marcado, com a minha decisão de pegar mais leve no trabalho só estava trabalhando com três projetos, mas agora não existia nada que me importasse mais do que Edward, além disso parecia não ter cabeça para mais nada, por isso pedi muitas desculpas e abandonei os projetos, isso com certeza afetaria meu nome, mas no momento essa era a minha menor preocupação, minha prioridade agora era Edward. Foi pensando nisso que segui para a cozinha preparar nosso café da manhã, terminei tudo relativamente rápido e agradeci por Edward não ter acordado, fui para nosso quarto o mais silenciosamente que pude, coloquei a bandeja sobre o móvel que ficava em baixo das janelas e abri as cortinas, meu garotão ainda dormia profundamente, me aproximei e comecei a distribuir beijos pelas suas costas, ele gemeu, subi os beijos até chegar ao seu ouvido.

– Hora de acordar gostoso. - Vi o sorriso de Edward aumentar. - Eu sei que esta acordado garotão. - Instiguei e comecei a fazer cócegas nele, ele enfiou a cabeça no travesseiro rindo.

– Para Isabella! - Pedia gargalhando.

– Não sabia que tinha cócegas senhor Cullen. - Provoquei. - Agora para de frescura que o café esta pronto. - Falei me afastando, porém antes que pudesse sair da cama Edward me agarrou pela cintura fazendo com que eu soltasse um grito alto.

– Vamos ver quem tem mais cócegas. - Desafiou e suas mãos invadiram os lugares mais sensíveis do meu corpo.

– Não Edward! - Tentei dizer, mas era tarde demais, ria tanto que meu estômago começava a doer. - Para Edward! Para! - Ele parou, me deu um beijo e se deitou ao meu lado.

– Bom dia. - Saudou com um sorriso sacana, estávamos ofegantes pela brincadeira.

– Devia deixar você sem café da manhã, isso sim. - Reclamei fingindo estar brava, ele segurou meu queijo e puxou meu rosto para mais um beijo.

– Você seria incapaz de deixar seu homem morrer de fome. - Acabei sorrindo o afastando, levantei da cama e peguei a bandeja levando até a cama e colocando sobre ele, Edward me olhava de um modo que estava me deixando sem graça.

– Fiz seu preferido. - Ele pegou a bandeja a colocando do lado vazio da cama e me puxou para seus braços.

– Eu amo você Isabella. - Declarou me olhando com tanto amor que por um momento fiquei sem fala.

– Eu amo você Edward. - Sussurrei e o puxei para um beijo delicado e doce, sem pressa, nós afastamos e nos olhamos com carinho, desejo, paixão e amor, ele deu um beijo na minha testa e puxou a bandeja para mais perto.

– Isso aqui parece uma delicia. - Disse pegando uma panqueca com a mão. Lhe dei um tapa.

– Edward! O prato existe para que? - O adverti.

– Para sujar. - Revirei meus olhos, mas acabei rindo quando vi sua boca toda lambuzada de xarope para panquecas, me aproximei e beijei o liquido que escorria pelo canto de seus lábios.

– Fica gostoso melado. - Edward gemeu e puxou meu corpo para o seu me beijando com ardor, nosso café da manhã iria demorar bem mais do que havia previsto.

Depois de toda a meleca que fizemos na cama, tomamos um banho e arrumamos o quarto, Edward parecia bem melhor, mas ainda via certa preocupação rondando seus olhos, ele ainda estava se segurando em toda essa situação e parecia tentar ignorar tudo o que tinha acontecido. Eu não sabia o que fazer para tirar ele dessa zona de conforto que tinha se colocado, as vezes parecia que nada tinha acontecido, o modo como ele estava enfrentando a morte de Eleazar estava começando a me assustar.

– Estava pensando em irmos até a construção da casa. O que acha? - Perguntei, talvez sair um pouco e respirar ar puro fosse bom.

– É uma ótima ideia amor. - Concordou, me aproximei dele.

– Como você esta? - Indaguei passando minhas mãos pelos seus cabelos.

– Estou bem Bell, não sei por que esta tão preocupada comigo.

– Por causa dessa ruguinha aqui. - Respondi alisando o leve franzido entre suas sobrancelhas.

– Não é nada. - Disparou exasperado.

– Edward você pode enganar quem quiser, menos eu. - Ele suspirou pesadamente.

– O que você que eu diga? - Perguntou um pouco irritado.

– Quero que diga o que esta lhe incomodando.

– Nesse exato momento, você e essas perguntas sem sentido. Eu estou ótimo! Melhor terminar de se arrumar, não quero voltar tarde. - Disse rude e saiu do quarto. Ele estava sonhando se pensava que essa sua atitude bruta ia me assustar. Seu humor nos últimos dois dias estava alternando de um modo alarmante, em um momento estava quieto, no outro falante e parecendo até feliz como hoje de manhã e em outros com medo e até irritado, precisava de muita paciência para aguentar essas mudanças bruscas de humor e me concentrar em fazer esse homem se abrir e não se fechar ainda mais. Eu queria que Edward esbravejasse, dissesse que estava com ódio, raiva, chorasse, ao invés disso ele se fechou nele mesmo e até voltou a agir como antigamente, tudo isso por não saber lidar com a dor da perda. Aconteceu o mesmo quando Carlisle e Esme morreram, me lembro dele no enterro, austero e superior, o rosto impassível e sem uma lágrima sequer, não digo que chorar cure todos os problemas, mas é um modo de encarar uma perda tão grande, mesmo assim Edward parecia tão fechado naquele dia, foi só há pouco tempo que ele deixou aquela dor ir embora

chorando nos meus braços a noite inteira quando descobriu que os pais podiam ter sido assassinados. Dessa vez eu não podia deixar passar tanto tempo, temia que Edward entrasse em depressão e se fechasse ainda mais em um mundo só dele, precisava tomar uma atitude e evitar que isso acontecesse a todo custo. A ideia de fugir de tudo isso aparecia cada vez mais forte na minha cabeça. Mas fugir para onde?

– Isabella! Vamos! - Ouvi sua voz urgente me chamando fazendo com que perdesse minha linha de raciocínio, suspirei resignada, quando fui pegar minha bolsa que pousava sobre a cadeira não percebi que a mesma estava aberta e tudo o que estava dentro caiu pelo chão.

– Merda! - Praguejei pegando os objetos espalhados, foi então que meus olhos viram o envelope branco sobre o chão, meu coração acelerou e senti meus olhos queimarem. A carta que Carlisle nos deixou. Fui até nossa cama me sentando.

– Isabella? - Edward chamou novamente, mas me vi incapaz de responder, ouvi seus passos se aproximando do quarto. - O que houve? - Edward perguntou preocupado se ajoelhando ao meu lado, quando o fitei sua preocupação aumentou. - Por que esta chorando? - Questionou angustiado, peguei o envelope e mostrei à Edward, ele me olhou. - É a carta do nosso pai? Assenti.

– Esquecemos de abrir. - Edward virou o rosto e se levantou.

– Deixa aí depois leremos. - O encarei abismada.

– Depois nada, agora! - Fui incisiva.

– Isabella combinamos de ir até nossa casa, na volta damos uma olhada. - Pura desculpa, ele não queria encarar a saudade que os pais faziam. Me levantei e o olhei.

– A casa não vai sair do lugar Edward. Eu quero ler agora! - Exigi, Edward ia parar agora de fugir dos seus problemas.

– Não! - Respondeu enérgico, respirei fundo. Não ia adiantar bater de frente com ele, precisava ir com calma.

– Por favor. - Tentei dissuadi-lo. Edward passou as mãos pelo rosto e me deu as costas.

– Eu não quero. - Murmurou com a voz abafada.

– Por que? - Ele ficou parado pelo que pareceu uma eternidade, quando achei que não responderia, Edward se pronunciou.

– Não quero lidar com isso, não agora. As coisas estão difíceis demais sem ter que pensar nos nossos pais. - Respondeu cabisbaixo, me aproximei e o abracei por trás beijando suas costas.

– Você não vai lidar com nada sozinho, eu vou estar bem ao seu lado Edward assim como prometi na noite retrasada. - Ele levantou a cabeça e se virou na minha direção, seus olhos com um brilho indecifrável, se ele precisasse que eu dissesse que não o deixaria a cada segundo eu o faria, Edward precisava dessa segurança.

– Ok. - Disse concordando, sorri. - Mas você lê. - Exigiu, assenti o puxando para a cama, sentei com as costas apoiadas na cabeceira e ele colocou a cabeça sobre meu colo, sabia que isso não seria fácil para ele, por isso comecei a fazer um cafuné nos seus cabelos sabendo o quanto isso o relaxava, Edward fechou os olhos.

– Pronto? - Perguntei, ele somente assentiu, respirei fundo e brevemente afastei minhas mãos dos seus cabelos, assim que tinha a carta aberta voltei a acariciar seus longos fios, tomei coragem e comecei a ler as palavras que Carlisle havia escrito para nós.

Para meus filhos,

Edward e Isabella,

Primeiramente gostaria de me desculpar com vocês. Por descuidar da minha segurança e a da minha família, com certeza ao lerem essa carta já sabem sobre tudo o que aconteceu. Sinto muito por tudo o que tiveram que passar.

Isabella, seu jeito doce e meigo nos conquistou, filha tenho certeza que não importa qual seja o caminho que deseje percorrer você será feliz, você tem uma luz dentro de si que mal nenhum apaga, ao invés disso a deixa ainda mais brilhante, eu e sua mãe vimos você se transformar nessa mulher obstinada, linda, meiga e carinhosa, você nunca se deixou abater, não importava qual fosse o obstáculo. Por isso peço. Cuide de Edward. Ele pode parecer seguro de si, altivo, prepotente e até mesmo egoísta, mas ali dentro bate um coração tão frágil quanto o seu, que vai precisar e muito do seu carinho, do seu colo e do seu amor. Isso mesmo que leu. Amor. Acharam que nos enganavam? Confesso que demorei e muito para admitir essa ideia e a única pessoa com quem conversava sobre isso era a mãe de vocês, ela não via a hora de ver vocês juntos. Sei que James é um bom rapaz e não quero atrapalhar o relacionamento de vocês, mas ele não é o dono do seu coração e você sabe disso melhor que nós. Quem te conhece sabe o quão transparente você é com seus sentimentos. Você ama o Edward, assim como ele ama você.

Edward, meu orgulhoso e teimoso filho, não posso descrever em palavras o orgulho que sinto de ser seu pai, sei que tivemos nossos desentendimentos, mas tenho certeza que me entenderá quando tiver seus próprios filhos, tudo o que vai desejar é a felicidade e o melhor para eles. Você me enfrentou em nome dos seus sonhos, não desista deles, é alguém capaz de fazer o que quiser e da forma que desejar sem se conformar com nada. Por isso peço. Cuide de Isabella. Pode parecer que ela não precisa, mas nada sobrevive à apenas uma estação, é preciso haver equilíbrio, calor, frio, folhas e flores, mostre a Isabella que existem outras cores além do branco, que a vida é ainda melhor quando se tem alguém ao nosso lado que nos desafie. Você se tornou um homem sagaz, inteligente e brilhante, tenho certeza que será o melhor presidente que a Cullen's já teve, pois tem uma visão mais ampla e não fica só focado em papéis e assinaturas, seu mandato trará frescor e prosperidade. Não desista da empresa Edward, sei que deve culpá-la por tudo o que aconteceu, mas eu fui o único responsável por tudo, fui imprudente nas minhas investigações, por isso dei a você uma vaga na mesma área que Michael, pois tinha certeza que descobriria algo para incrimina-lo e diferente de seu pai não seria tão descuidado. Tenho certeza que Eleazar protegerá você e Isabella.

Sei que deve me odiar pelo que lhe fiz Edward, mas não vi outra alternativa para proteger você e Isabella, além disso você ainda não estava pronto para assumir a empresa e receber toda a herança, precisava amadurecer antes e sabe disso.

O que mais desejo é que você e Isabella estejam juntos lendo esta carta e unidos por esse sentimento tão puro e verdadeiro que é o amor, tenho certeza que darão a mim e Esme lindos netos e netas.

Temer o amor é temer a vida e os que temem a vida já estão meio mortos.

Bertrand Russell

Sejam felizes meus filhos.

Com amor,

Carlisle Cullen

Notas finais do capítulo Ufa! Esse ficou grande hein? Sei que esse drama é meio chato, só que foi preciso, não tem como o Edward se recuperar de um dia para o outro, ele precisa de mais tempo e a Bella muita paciência, já que o humor dele esta bem volúvel :-/

Edward não gostou nada da Bella ter pedido que ele não vendesse a empresa, mas aceitou por hora. O que acharam da atitude dela? E o piti básico que ela deu hein? Pegou pesado falando do James, mas vamos concordar que os dois estão estressados com toda essa situação né. O que será que o Edward vai fazer depois de ler a carta do pai e descobrir que ele quer que Edward seja o presidente da Cullen's?

No próximo eles irão conversar sobre a carta que Carlisle deixou e Bella vai finalmente pensar no lugar perfeito para fugir com Edward, eles irão fazer mais uma viagem, dessa vez um pouco mais longa que a última que fizeram. Essa viagem vai ser ótima para os dois descansarem desse tormento todo, além de refletir melhor suas decisões. Ah! Claro que o pessoal não pode deixar de faltar, eles vão fazer uma visita e deixar o ambiente mais animado! Além disso

teremos uma conversa bem legal entre Edward e a Bell de quando eram crianças e ele não a odiava tanto... rsrsrsrs

Preciso confessar que esse foi um dos capítulos mais difíceis que escrevi, isso por causa da complexidade das emoções e sentimentos que foram abordados aqui, não vemos somente um Edward ainda perdido, mas também uma Bella confusa sem saber o que fazer para ajudá-lo. Espero que tenha conseguido passar o que gostaria :)

Já falei demais, de novo --' Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 47) Capítulo 46 - Lembrança

Notas do capítulo Obrigada pelos comentários!! Fiquei muito feliz em saber o quanto gostaram do capítulo anterior *-*

Bom este capítulo não esta bem como imaginei, infelizmente como não ando muito romântica esses dias achei melhor deixar a viagem para o próximo, além disso se fizesse tudo agora o capítulo ficaria grande demais, por isso o que teremos neste capítulo é a reação dos dois a carta deixada por Carlisle, uma lembrança do passado e a ida deles para esse lugar que era muito especial para Esme.

"Talvez a sua luz seja uma semente, E a escuridão, a sujeira. E apesar das probabilidades desiguais, Beleza surge da terra." Uneven Odds - Sleeping at Last

Espero que gostem ;) Bella POV

Edward se sentou ao meu lado pegando a carta em suas mãos, seus olhos percorriam cada linha tentando assimilar o que estava escrito ali, eu mesma estava em choque e muito emocionada com as palavras de Carlisle, se algum dia eu duvidei que eles me amavam, isso havia se dissipado completamente agora, mais do que nunca eu me senti uma parte deles, uma verdadeira Cullen, enxuguei meu rosto e olhei para Edward, ele se virou e me encarou, seus lindos olhos azuis estavam brilhando pelas lágrimas que se mantinham ali.

– Ele sentia orgulho de mim. - Pronunciou com a voz trêmula e embargada. - Apesar do péssimo filho que eu fui, meu pai sentia orgulho de mim Bell. - Murmurou emocionado, levantei e me sentei no seu colo, Edward no mesmo instante me abraçou apertado, nós chorávamos sem parar, um consolando o outro pelas lindas palavras de Carlisle. Por mais que eu mesma tenha dito diversas vezes o quão orgulhosa eu estava dele, era totalmente diferente ouvir isso de seu pai, ainda mais depois de tudo o que eles haviam passado nos dias que antecederam a morte de Carlisle. - Aquela empresa me tirou eles Bell e agora o Eleazar. Edward soluçou fortemente. - Eu não posso perder mais ninguém. Não posso perder você. Dizia desesperado as mesmas palavras que vinha repetindo desde o enterro do amigo, segurou meu rosto firmemente, seu semblante cheio de dor fez meu coração se contorcer. - A sua imagem em um caixão não sai da minha cabeça Bell, meu pai não pode pedir que eu seja presidente daquele lugar. Eu odeio aquela empresa, a odeio. - Abracei Edward contra o meu peito e o ninei, era horrível ver ele tão machucado emocionalmente. - Eu preciso tanto de você meu anjo. - Pediu me abraçando forte e chorando com aflição.

– Eu estou aqui. - O consolei beijando o topo de sua cabeça. - Nunca vou sair do seu lado, nunca. - Afirmei, Edward soluçou alto, sua dor e sofrimento eram palpáveis. Esses três dias tinham desestruturado ele drasticamente e dependia de mim colocar Edward em pé de novo. Subitamente as palavras escritas por Carlisle vieram a minha mente me dando a segurança que precisava naquele momento. "Cuide de Edward. Ele pode parecer seguro de si, altivo, prepotente e até mesmo egoísta, mas ali dentro bate um coração tão frágil quanto o seu, que vai precisar e muito do seu carinho, do seu colo e do seu amor". Foi então que pensei no lugar perfeito para viajarmos, talvez o que Edward precisasse fosse ficar próximo dos pais de alguma maneira, as vezes precisamos lembrar do passado para poder seguir em frente e tinha certeza que recordar de uma época mais tranquila faria bem à ele. Quando seu choro se acalmou o fitei carinhosamente limpando com carinho seu rosto molhado pelas lágrimas.

– Sabe do que você precisa? - Perguntei docemente o encarando.

– Do que? - Sussurrou com a voz rouca pelo choro.

– Fugir disso tudo. - Edward suspirou chateado.

– É o que mais quero, mas sabe que não podemos. - Disse com pesar, fungando e respirando fundo.

– Por que não? - Desafiei franzindo o cenho.

– Nossa casa e seu trabalho Bell. - Explicou de modo calmo, nada disso era mais importante do que ele no momento.

– A casa pode esperar Edward. - Argumentei, afinal o que seriam só mais alguns meses?

– Mas e seu trabalho? Não posso pedir que largue tudo. - Edward me encarou seriamente. - Eu não vou viajar sem você! Sem chance. - Se negou veementemente.

– Nem pensei nisso. - Respondi descartando essa ideia sem sentido. - A verdade é que já cancelei todos os projetos que estava trabalhando. - Seu semblante ficou confuso e o choque passou pelo seu rosto.

– O que! Por que fez isso? - Perguntou sem entender.

– Eu não estou com cabeça para mais nada agora. - Edward torceu os lábios em desgosto, desviando o olhar.

– Minha culpa. - Disse amargo, segurei seu rosto e o fiz me encarar.

– Nem venha me dizer esses absurdos! Eu amo o que faço, mas eu me sinto exausta fisicamente e mentalmente, não é só você que precisa desse tempo. - Retruquei firme, ele suspirou e me olhou. - Lembra aquela semana infernal que tivemos logo depois que começamos a namorar? - Edward assentiu.

– Tudo desabou de repente. - Completou em um sussurro.

– É, a melhor coisa que você fez foi pensar naquela viagem, foram só dois dias, mas recuperaram nossas forças. - Edward sorriu, com certeza se lembrando de como foi bom aquele tempo que passamos juntos, só nós dois.

– Quer ir no mesmo lugar? - Perguntou colocando suas mãos na minha cintura e acariciando minhas costas.

– Não. - O que será que ele ia achar da minha ideia? - Lendo essa carta senti saudades de Esme e Carlisle e agora que recuperou os bens da sua família...

– Nossa família. - Disse interrompendo antes que continuasse. O olhei e abri um leve sorriso.

– Ok, nossa família. Bom, eu estava pensando em irmos para o lugar que Esme mais gostava. Deixei a proposta no ar.

– Aspen. - Respondeu me observando atentamente.

– Isso. Acho que nos fará bem reviver o que passamos lá, acredito que o que você mais precisa agora é se afastar, assim vai poder enxergar as coisas com mais clareza. - Edward me encarou e passou seus dedos pelo meu rosto em uma carícia doce e silenciosa.

– O que eu faria sem você Isabella? - Perguntou seriamente, sorri.

– Isso é algo que nunca vai descobrir. - Passei meus braços pelos seus ombros e o beijei, Edward me trouxe para mais perto encostando nossas testas.

– Promete que vai ficar comigo para sempre? - Perguntou hesitante. Nunca tinha visto Edward tão inseguro e parte da culpa por isso era minha por mencionar o nome de James na nossa briga, fui tão estúpida dizendo aquilo, ainda mais porque nunca trocaria o que tinha com Edward pelo meu relacionamento com James.

– Todo sempre. - O beijei selando minha promessa. - Eu te amo Edward, me desculpa se por um momento eu coloquei isso em dúvida, eu quero que saiba que não me arrependo de nada do que passamos juntos, absolutamente nada. - Afirmei convicta, Edward me encarou sabendo exatamente que me referia a nossa briga.

– Depois de tudo o que passamos nesses três dias eu não posso de modo algum duvidar do que sente por mim. - Sorri com sua declaração. - Eu te amo demais anjo. - Disse e me puxou para mais um beijo delicioso, parecia que agora todas as peças estavam se encaixando, nos separamos ofegantes, Edward depositou um beijo carinhoso em minha testa e pegou a carta de nossos pais, encostei minha cabeça em seu peito.

– Eu sabia que nossa mãe queria que ficássemos juntos pelo o que Eleazar me disse, mas essa do nosso pai me surpreendeu. - Começou dizendo.

– É, e eu achando que disfarçava bem o que sentia. - Respondi com um sorriso, ainda não podia acreditar que eles sabiam, quer dizer, teve uma época que desconfiei que Esme soubesse, mas nunca poderia imaginar que eles realmente nos queriam juntos.

– Achava impossível você sentir algo por mim. - Edward murmurou contra o meu cabelo traçando linhas imaginárias nas minhas costas.

– Eu pensava o mesmo de você. - Comentei erguendo minha cabeça.

– Felizmente estávamos errados. - Respondeu segurando meu queixo e me puxando para mais um beijo, enterrei minha cabeça em seu pescoço sentindo seu aroma delicioso.

– Verdade. - Concordei e Edward pareceu perdido por um momento. - O que foi? - Perguntei interessada no que ele estaria pensando.

– Nosso pai queria que eu investigasse a empresa, nunca me dei conta disso. - Confessou surpreso.

– Carlisle pensou mesmo em tudo, eu só não entendo como ele teria certeza que Michael não faria mal a você, afinal de contas você era o vice presidente quando tudo aconteceu.

– Acho que meu pai se aproveitou do fato de Michael se achar muito importante e esperto, nas poucas vezes que nos encontramos ele sempre fazia questão de me humilhar de alguma forma, tenho certeza também que Eleazar o convenceu que eu não sabia de nada. - Edward suspirou pesadamente, levantei minha cabeça e o encarei. - Ainda não acredito que ele assim como nosso pai arriscou a própria vida pela empresa e por nós, que nem éramos sua família. Ele foi um ótimo amigo, um pai. - Disse emocionado enxugando o rosto, ele fechou os olhos por um momento e respirou fundo. - Eu não sei o que fazer. - Confessou cabisbaixo.

– Você vai descobrir. - Incentivei, ele arqueou a sobrancelha me encarando.

– Como pode ter tanta certeza? - Questionou cético.

– Porque você já mostrou mais de uma vez do que é capaz senhor Cullen e eu tenho certeza que vai tomar a decisão certa, mas para isso precisa pensar com calma. - Ele sorriu e beijou minha mãos.

– Obrigado Isabella. - Agradeceu, o encarei confusa.

– Pelo o que?

– Como pelo o que? Por fazer parte da minha vida, por não desistir de mim mesmo quando fui tão grosso e idiota com você, eu não sei o que teria acontecido comigo se não a tivesse ao meu lado todo esse tempo. - Sorri emocionada com suas palavras. - Você é minha fortaleza. Declarou acariciando meu rosto com cuidado.

– E você é a minha Edward. - Respondi a mais pura verdade e o beijei delicadamente fazendo com que nos perdêssemos um no outro, em um mundo só nosso, era tão bom sentir isso depois de tanta angustia e aflição, nos separamos ofegantes e Edward distribui beijos delicados nos meus lábios, sorri com sua caricia delicada.

– Acho que devemos ir até nossa casa e avisar os operários que as obras vão parar por algum tempo. - Falou me olhando com seriedade especulando se eu tinha certeza sobre isso.

– É o melhor. - Afirmei. - É o mais correto a fazer nesse momento.

– Eu sei. - Concordou me dando mais um beijo, nos recuperamos do momento emotivo que tivemos ao ler a carta de Carlisle e seguimos para nossa casa. Edward parecia bem mais relaxado e tranquilo, mas eu sabia que ele ainda se preocupava, afinal a situação da empresa não estava totalmente certa, ele ainda queria abrir mão dela de uma vez por todas, só que eu sabia que se ele fizesse isso iria sofrer, esse tempo afastados seria providencial para podermos lidar melhor com essa situação da empresa e decidir o que fazer.

Assim que resolvemos todos os problemas relacionados a casa, fomos para nosso apartamento fazer as malas, aproveitamos e ligamos para nossos amigos e avisamos que ficaríamos fora algum tempo e os convidamos para passar um fim de semana conosco, desse modo também poderiam relaxar de seus afazeres, Emmett amou a ideia e já fazia planos para uma competição de Ski, eles com certeza iriam animar a viagem, depois de tudo pronto seguimos para o aeroporto.

Olhava pela janela do avião perdida em pensamentos. Há quanto tempo não ia para Aspen? Sorri com a lembrança da viagem que havia sido tão especial para mim, talvez por que Edward tenha conversado e brincado comigo, mesmo quando éramos crianças nós nunca tivemos qualquer tipo de relacionamento e esse breve momento que passamos juntos era algo que guardava a sete chaves, eu tentava e muito não pensar nisso enquanto crescia, pois me magoava ver como Edward nunca mais me trataria daquela forma, só que as coisas mudaram e pela primeira vez em anos me permiti pensar naquelas férias que passamos juntos, eu com dez anos e Edward com onze.

Devido a uma forte tempestade de neve ficamos presos em casa, Esme fazia chocolate quente com biscoitos e Carlisle estava esparramado em sua poltrona lendo o jornal, ele era um ótimo pai, mas nunca foi do tipo que sentava no chão para brincar com o filho, eu observava Edward olhando a neve cair sentado no sofá em frente a janela, sempre senti certo fascínio por ele, era o garoto mais lindo que já vira na minha vida e quando ele me olhava diretamente com aqueles lindos olhos azuis eu sentia meu estômago vibrar como se tivessem mil borboletas batendo asas ali dentro.

– Pai estou entediado. - Reclamou aborrecido.

– Brinque com Bella Edward. - Carlisle aconselhou serenamente, Edward me olhou e fez uma careta, abaixei a cabeça chateada, ele sempre me tratava como se eu não existisse, como o estorvo que eu era para ele e sua família, sai da sala e fui até a cozinha, sentei no banco próximo ao balcão e observei Esme preparando os biscoitos, assim que me viu abriu um sorriso lindo, amava ver ela sorrindo, não lembrava da minha mãe verdadeira sorrir desse modo quando me via.

– Oi meu bem. - Disse carinhosa. - Quer aprender a fazer biscoitos? - Perguntou sorridente, assenti, ela começou a explicar enquanto os fazia e me pediu que colocasse os biscoitos já prontos na forma para assar, eu a ajudei e os colocamos no forno. - Viu que fácil. - Falou passando o dedo sujo de farinha no meu nariz, acabei rindo. Eu tentava me sentir bem com eles, mas era difícil, pois por dentro sabia que não eram a minha família e a sensação de ser uma intrusa sempre voltava com força.

– Isabella? - Virei a cabeça em direção a porta e não pude acreditar que Edward estava me chamando, ele carregava um tabuleiro nas mãos. - Quer jogar comigo? - Esme sorriu e com certeza também estava surpresa pela atitude dele, já que Edward nunca falava comigo.

– Ok. - Respondi simplesmente, Edward foi até a sala e eu o segui em silêncio. Ele montou com calma o tabuleiro de damas sobre a mesinha de centro da sala, depois se sentou no tapete que ficava ali, me aproximei sentando do lado oposto.

– Sabe jogar damas? - Perguntou e assenti. - Ótimo. Pode começar. - Pediu. Movi uma peça e ele fez o mesmo, fomos jogando até que Edward finalmente comeu uma pedra minha, ele sorria a cada pedra que comia e quando ganhou a partida abriu um enorme sorriso vitorioso, estava tão feliz por estarmos brincando juntos que nem me importei em perder, confesso que muitas vezes deixava ele comer minha pedra de propósito só para ver ele sorrindo.

– Crianças o lanche esta pronto! - Ouvimos Esme chamar, chegamos na sala de jantar e Carlisle já estava sentado tomando seu chocolate quente, ele o tomou e ficou com um bigode de chocolate fazendo com que déssemos risada, colocamos marshmallow nas nossas xícaras e Edward contou como eu era uma péssima jogadora de damas, eu concordei com ele e acabamos nos divertindo enquanto Edward dizia como havia comido quatro pedras minhas de uma só vez e disse que me ensinaria a jogar damas e depois xadrez, meu sorriso cresceu com essa perspectiva.

Logo após o lanche assim como havia prometido Edward me ensinou a jogar damas e xadrez, mas mesmo assim quando jogávamos eu sempre perdia, afinal não podia deixar de ver aquele lindo sorriso, quando finalmente parou de nevar Esme nos deixou sair para brincar na neve, me lembro que ela me agasalhou tanto que mal conseguia caminhar, Edward quando me viu não parava de rir, dizendo que estava parecendo um algodão doce gigante, então aproveitei enquanto ele estava distraído e fiz uma bola de neve jogando nele em seguida, Edward estreitou os olhos na minha direção, se abaixou fazendo sua bola, corri e me escondi, ficamos brincando desse modo o resto da tarde, foi assim durante toda semana que ficamos lá, nunca tinha me sentido tão feliz, aquela estava se tornando a melhor semana da minha vida. Quando voltamos para casa achei que eu e Edward manteríamos a mesma relação que havíamos construído nesse tempo, mas me enganei completamente, ele me disse que só me aturou na viagem pois não tinha outra maneira e que eu deveria manter distância dele. A partir daquele dia decidi nunca mais falar com ele.

Edward POV

Eu ainda me sentia entorpecido com tudo o que tinha ocorrido, a morte de Eleazar, meu comportamento, os pesadelos, o medo e agora a carta que nosso pai havia deixado me pedindo que não deixasse a empresa, que fosse o presidente. Essa ideia era inadmissível para mim depois dos últimos acontecimentos, se não fosse pelo meu anjo eu com certeza teria pirado, olhei para o meu lado e a vi perdida em pensamentos, Isabella foi meu porto seguro em toda essa situação, me mostrando em cada ação, carinho e palavra o quanto me amava e que sempre estaria ao meu lado, lembrei do modo rude e disperso que a tratei e se isso não bastasse ainda deixei outra mulher flertar comigo, suas palavras ainda pareciam vivas dentro da minha mente quando se referiu à James. "Pelo menos ele nunca me fez sofrer". Não podia dizer nada contra aquilo, era a pura verdade e ela tinha toda razão, tudo o que fiz foi fazer meu anjo sofrer e mesmo assim, ela estava ali, do meu lado, me amando. Como eu podia duvidar do amor que ela sentia por mim? Depois de tudo? Ela podia ter ficado com James, mas não, ela me escolheu, apesar de todo mal que fiz, ela preferiu ficar comigo. Foi nesse

momento que finalmente me senti preparado para deixar James para trás e pensar só em mim e Isabella e em fazê-la feliz e mostrar o quanto a amava.

Sua ideia de irmos para o lugar preferido de minha mãe foi perfeita e conforme nos afastávamos da cidade e de tudo aquilo eu sentia um alivio incrível me tomando, esse tempo era o que precisava para colocar minha cabeça em ordem e claro, mimar e muito minha linda namorada, me aproximei dela e a vi perdida em pensamento, passei meu nariz pelo seu pescoço.

– O que tanto pensa? - Perguntei chegando ao pé do seu ouvido, Bell sorriu e se virou para mim.

– Na última viagem que fizemos em família para Aspen. - Pensei claramente na semana que passamos juntos, eu devia ter uns onze ou doze anos, brincamos e nos divertimos na neve e quando voltamos para casa eu voltei a ignorar ela de novo, como sempre, resolvi não tocar nesse assunto, nosso passado já havia sido esclarecido e não precisávamos trazer isso a tona mais uma vez

– Eu me lembro. - Comentei rindo. - Você parecia uma bolinha cor de rosa. - Bell bufou.

– Nem me fale, você me chamava de...

– Algodão doce gigante. - Completei ainda rindo, ela me deu um tapa, mas via um sorriso brincando em seus lábios.

– Esme sempre me vestia demais. - Reclamou cruzando os braços.

– Verdade, nossa mãe era um exagero. - Sorri pensando em como aqueles momentos em família foram bons, era uma pena que eu não tenha dado o valor suficiente a eles enquanto crescia. - Amei sua ideia de virmos para cá. - Disse a beijando.

– Que bom. - Respondeu sorrindo e me dando um selinho. - Você parece bem melhor. Comentou me observando atentamente.

– Com um namorada linda como a que eu tenho, tem como não se sentir bem? - Perguntei sorrindo, Bell riu.

– Não tem mesmo, o senhor é mesmo um homem de muita sorte. - Provocou, acabei rindo também.

– Eu sei que sou, por isso vou cuidar muito bem da mulher magnifica que tenho ao meu lado.

– Você já cuida garotão. - Respondeu sorrindo.

– Vou cuidar ainda mais anjo. - Garanti a beijando novamente, eu queria mostrar a Isabella o quanto ela era importante para mim e faria dessa viagem algo inesquecível para o meu anjo.

O vôo foi relativamente rápido e logo chegamos à Aspen, alugamos um carro no aeroporto e seguimos para o que era agora nossa nova casa de inverno, tudo estava coberto pela neve, afinal estávamos no meio do rigoroso inverno que assolava os Estados Unidos, a cada instante que passava eu me sentia melhor e mais calmo, eu e Isabella conversávamos banalidades enquanto seguíamos pela estrada, não demorou e avistamos ao longe nosso destino, descemos do carro e demos as mãos observando com nostalgia a casa que estava diante de nós.

– Chegamos. - Anunciei com um sorriso, Bell se agarrou no meu braço e colocou a cabeça sobre meu ombro.

– É, chegamos. - Beijei sua cabeça e a puxei para dentro, tendo mais do que nunca a certeza de que não importava o que parecesse no nosso caminho, nós enfrentaríamos juntos. Hoje e sempre.

Notas finais do capítulo

O que acharam?? Finalmente um pouco de calmaria entre eles, Edward já se mostra mais seguro e tranquilo e quem diria até mesmo se sentindo melhor em relação ao James. Aleluia! Também com tantas provas de amor dadas pela Bell ele tinha mais que deixar essa insegurança para trás :)

No próximo teremos a viagem *-* Se preparem para noites quentes em frente a lareira, brincadeiras na neve e muito amor, no final do capítulo a Bell vai surpreender Edward com uma surpresa e calma! Ela não esta grávida, mas vamos dizer que esse presente também dá um certo trabalho ;)

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 48) Capítulo 47 - Aspen

Notas do capítulo Obrigada pelos comentários!!

Prontas para viajar para Aspen??? Aviso: o capítulo esta mais quente que batata quente...kkkkkkkkk e um pouquinho grande também rsrsrs

Espero que gostem ;) Edward POV

Após guardamos nossas coisas no quarto de hóspedes e nos trocarmos Isabella seguiu para a cozinha para preparar um lanche, como minha mãe nunca quis empregados quando estávamos de férias não tínhamos nenhum caseiro na casa, somente uma equipe de limpeza que vinha duas vezes por semana, por esse motivo antes de viajarmos pedi que além de uma

limpeza geral estocassem a geladeira e os armários da casa. A casa era enorme e pelo que podia observar Eleazar estava tomando conta muito bem dela, eu e Bell preferimos não ficar no quarto principal que era ocupado pelos nossos pais, decidimos usar um que ficava mais ao fundo da casa e mesmo sendo de hóspedes era bem espaçoso e confortável e assim como todos os outros cinco quartos da casa era equipado com um banheiro com banheira, nossos antigos quartos ainda estavam ali, mas foram remodelados, agora ambos tinham uma bela cama de casal, eu costumava ir para Aspen com frequência para esquiar quando era adolescente, já Isabella a última vez que esteve ali foi quando éramos criança. Podíamos usar um dos quartos que nos pertencia, porém preferirmos um lugar neutro, algo novo, quem sabe não podíamos reformar esta casa também, tinha certeza que nossos amigos adorariam ter um canto aqui também e com tantos quartos eles mesmos podiam escolher o que gostavam mais. Quando acabei de dar uma geral na casa fui encontrar Isabella na cozinha, ela estava na frente do fogão preparando o que parecia pelo cheiro adocicado, chocolate quente.

– Hum. Que cheiro gostoso. - Disse a abraçando e beijando seu pescoço, Bell sorriu passando suas mãos pelos meus braços.

– Essa casa combina com chocolate quente. - Respondeu se virando e me dando um beijo.

– Verdade. - Olhei pela janela e vi que estava nevando. - Acho que vamos ficar presos aqui por um tempo.

– Alguma ideia do que podemos fazer senhor Cullen? - Bell perguntou maliciosamente me abraçando pelo pescoço.

– Muitas idéias e a maioria se resume em nós dois na frente daquela lareira fazendo coisas nada inocentes. - Isabella gargalhou alto.

– Depois eu que sou safada.

– Safada e muito gostosa. - Rebati aproximando meu rosto do seu e beijando seus lábios com luxúria dando pequenas mordidas na sua suculenta boca, Isabella logo se rendeu aos meus anseios e retribuiu o carinho me empurrando contra o balcão de granito que ficava no meio da cozinha. - O chocolate? - Murmurei ofegante passando meus lábios pelo seu pescoço.

– O fogão desliga sozinho. - Bendita tecnologia, sem pensar em mais nada nos virei deixando o corpo de Isabella entre o balcão e o meu, movi minha mão pela sua nuca e aprofundei ainda mais o beijo, quando sentia que nos faltava ar ia beijando seu maxilar e pescoço.

– Lembra aquela vez que te encontrei na cozinha de casa? - Sussurrei ao seu ouvido e passei minha mão livre pela sua perna.

– Você me comeu contra o balcão. - Respondeu com a voz ofegante, ela me deixava ainda mais louco quando falava assim.

– Tão boca suja Isabella. - A repreendi balançando a cabeça negativamente.

– Vai me castigar senhor Cullen? - Indagou sedutoramente passando sua mão sobre meu peito se esfregando em mim.

– Vou! Agora se vire. - Ela assentiu sorrindo e se virou debruçando sobre o balcão, graças ao aquecimento central da casa eu sabia que não sentiríamos frio caso ficássemos nus, o que estava prestes a acontecer, mesmo assim preferi deixar ela coberta da cintura para cima. - Esta pronta para seu castigo Isabella? - Perguntei me debruçando sobre seu corpo para que ela sentisse o quão pronto eu estava.

– Sim. - Gemeu remexendo seu quadril contra o meu membro, lhe dei um tapa na coxa, ela gemeu mais alto, eu sabia o quanto ela gostava quando eu pegava mais pesado.

– Sem mexer gostosa. - Retorqui sério.

– Ok. - Concordou tentando ficar parada, me movi para trás dela e brinquei com o cós da sua calça. - Ahn Edward! Mais rápido! Por favor! - Sorri ouvindo sua suplica, eu mesmo não estava me aguentando.

– Adoro quando geme meu nome. - Falei acariciando seu traseiro e levando minha mão por todas as partes, ela gemia cada vez mais alto, quando apertei a parte mais sensível entre suas pernas Isabella não aguentou mais.

– Porra Edward! Eu preciso de você! - Esbravejou, acabei rindo pela sua urgência.

– Minha gatinha esta nervosa. - Brinquei com sua urgência.

– Muito, eu quero você! - Respondeu impaciente, levei minhas mãos até o zíper da calca que usava e com uma lentidão exacerbada a abri, ela gemia descontrolada pedindo que eu fosse mais rápido, eu ignorei e tirei sua roupa o mais devagar que podia, assim que cheguei ao seus pés subi beijando suas pernas, percebi que ela estava lutando para não se mexer, quando cheguei ao seu bumbum, assim como alguns anos atrás dei uma mordida, Isabella se remexeu e gemeu alto, lhe dei um tapa.

– Quieta! - Exigi com autoridade, ela parou e continuei as caricias, penetrei dois dedos dentro do seu sexo e ela voltou a gemer. - Molhada como sempre. - Disse em um tom satisfeito, me ajoelhei sem parar de movimentar meus dedos, parei e sem esperar mais nada a provei com minha boca, lambendo e sugando seu delicioso sabor, Isabella gritava e gemia. - Rebola para mim safada. - Pedi e ela o fez, em seguida derramou seu mel na minha boca me deixando ainda mais louco por ela, me levantei e Isabella ainda se recuperava do recente orgasmo, sem aguentar mais, abaixei minha calça, segurei meu membro duro e passei nela, ela gemeu. Pronta para mim? - Isabella remexeu.

– Sempre. - Respondeu empinando o bumbum na minha direção, não recusei o pedido e a penetrei com tudo, ambos gememos com o contado, toda vez parecia a primeira.

– Tão gostosa e apertada. - Dizia enquanto a penetrava com força.

– Você que é gostoso! Delicioso! Meu Edward! - Sorri e indo ainda mais fundo, estava enlouquecido, segurava seu quadril e investia contra o seu corpo sem piedade enquanto ela pedia cada vez por mais, com mais duas estocadas chegamos ao ápice juntos, deitei sobre seu corpo e a puxei para o chão da cozinha, ambos estávamos ofegantes, Isabella encostou a cabeça em meu ombro ainda meio zonza pelo prazer recente, eu não estava muito diferente deitei a cabeça no armário respirando com dificuldade. Logo senti seus lábios em meu pescoço, abri um olho e a olhei de soslaio, ela sorria abertamente.

– Ainda vai me matar anjo. - Falei sorrindo, ela riu.

– Então seremos dois. - Respondeu faceira, abri meus olhos e a acomodei melhor no meu colo puxando seu rosto para um beijo, ela acariciou meu nariz com o seu. - A casa esta cheirando chocolate.

– E sexo. - Isabella riu e me bateu, ri também. - Que tal continuarmos esse assunto na sala de preferência em frente a lareira? - Pisquei para ela, Bell sorriu e com cuidado se levantou colocando suas calças.

– Precisamos de um banho antes. - Disse conforme eu me levantava e colocava minha roupa.

– Acho desnecessário já que vamos nos sujar de novo.

– Edward!

– É a verdade anjo, ou acha que vou conseguir ficar longe desse corpo quente e delicioso? Não consigo pensar em nada mais gostoso do que passar o dia inteiro te amando enquanto neva lá fora. - Bell sorriu e me abraçou.

– Então vamos fazer o seguinte, enquanto você pega um cobertor lá em cima eu preparo nosso lanche para comermos na sala.

– Hum... Perfeito. - Beijei seus lábios e subi para pegar algo para nos cobrir na sala, eu queria batizar todos os cômodos possíveis dessa casa, a partir da hora que entrei aqui eu decidi deixar todos os meus problemas para trás, sabia que uma hora teria que enfrentá-los e resolver o que tinha que fazer, mas deixaria isso para depois, por hora queria aproveitar esse tempo com Isabella e me perder com ela.

Quando voltei à sala a mesa de centro já estava pronta com duas canecas de chocolate quente e biscoitos, Isabella olhava sorrindo pela janela.

– Pronto amor. - Anunciei com as cobertas em meus braços, ela veio em minha direção me dando um beijo gostoso, sentamos no chão e cada um pegou sua caneca de chocolate, estava

uma delícia. Bell deitou no meu peito e eu a abracei, ficamos olhando a paisagem branca do lado de fora, eu não podia pedir por mais nada, uma lareira quente, uma bebida saborosa e claro, minha linda namorada nos meus braços. Beijei sua cabeça e ela se virou para me olhar.

– Estou me sentindo tão bem Edward. - Coloquei a caneca na mesa e acaricie seu rosto.

– Eu sei bem como é isso amor, também estou me sentindo assim, sei lá uma paz.

– É, isso é tão bom. - Assenti e puxei seu rosto para um beijo.

– Que tal jogarmos uma partida de damas? - Ofereci sorrindo.

– Acho que vai ser divertido. - Me levantei e peguei o tabuleiro que ficava no canto da sala, não pude evitar de lembrar de quando éramos crianças e tentei ensinar damas e xadrez para Bell, ela não era muito boa nesse tipo de jogo. Coloquei o tabuleiro sobre a mesa e começamos a arrumar as peças.

– O que acha de tornamos isso mais divertido? - Bell me olhou intrigada.

– Como assim?

– Para cada pedra comida, o perdedor tem que tirar uma peça de roupa. - Bell riu e chacoalhou a cabeça.

– Você é muito sem vergonha, mas eu te amo mesmo assim. - Sorri largamente e a puxei para os meus braços.

– Eu sei que ama, pois a senhorita não esta muito atrás. - Respondi a beijando.

– Não estou mesmo, principalmente agora que vai ficar pelado na minha frente.

– Vamos só ver isso, se bem me lembro a senhorita é uma péssima jogadora.

– Não conte com isso senhor Cullen, meu prêmio agora é muito tentador para que eu perca.

– É o que veremos. - Desafiei e começamos a jogar, Bell não estava brincando quando disse que estava jogando melhor, logo no começo comeu três pedras minhas, fazendo com que eu perdesse minhas meias e o casaco, mas não deixei por menos, em seguida comi duas das suas, o que me rendeu somente suas meias, após um bom tempos estávamos os dois no meio da sala quase nus, eu com minha boxer preta e Isabella só de calcinha e sutiã, não estava me aguentando ao ver ela ao meu lado daquele modo só enrolada no cobertor, sabia que não importava quem perdesse a próxima jogada o jogo iria acabar e como se ouvisse minhas preces Isabella intencionalmente ou não errou a posição da sua rainha, comi com gosto sua pedra, exatamente como faria com ela.

– Ops. Perdi minha rainha. - Lamentou fazendo um bico lindo, estava louco para morder aquela boca, elas ajoelhou no chão e colocou as mãos nas costas para desfazer o feixe do sutiã, assim que o retirou eu não me segurei e praticamente pulei em cima dela, Bell riu com o corpo no chão. - Hei apressadinho! Ainda tenho uma pedra ali. - Reclamou rindo, levantei, joguei minha pedra na frente da dela e tirei minha boxer.

– Pronto! Você ganhou! - Disse e voltei a me deitar sobre ela a beijando, Bell riu e gemeu alto, a beijei com ardor, nós havíamos transado somente uma vez no meio daquela confusão toda que passamos após o enterro de Eleazar e foi pouco para aplacar todo o desejo e amor que eu sentia por Isabella, essa mulher maravilhosa que me deixava sem chão com sua dedicação, carinho e acima de tudo amor e era justamente isso que eu queria mostrar a ela, o quanto a amava.

Perdi a conta de quantas vezes transamos sobre aquele tapete, afastamos a mesa de centro e ficamos ali deitados em frente a lareira com alguns travesseiros jogados ao nosso redor, já anoitecia e isso pouco importava para nós dois, comemos os biscoitos que estavam ali e nem sentíamos vontade de mais nada a não ser ficar abraçados.

– Isso é um sonho? - Bell murmurou contra o meu peito, sorri a abraçando.

– Se for eu quero continuar dormindo. - Respondi com um sorriso bobo nos lábios. - Você melhorou. - Isabella levantou a cabeça e me olhou confusa.

– Melhorei no que? - Arrumei uma mexa de seu cabelo que caiu sobre seu rosto.

– No jogo de damas. - Ela sorriu satisfeita.

– Eu te avisei. - Rebateu faceira.

– Andou treinando? - Provoquei, ela negou e deitou apoiando a cabeça em seu braço sobre meu peito.

– Eu tive um bom professor. - Franzi meu cenho. Professor? Quem?

– Ah é? Poderia saber quem? - Perguntei tentando não transparecer meu incomodo.

– Um lindo garotinho de uns onze anos com cabelos claros e lindos olhos azuis. - Foi impossível não sorrir ouvindo a minha descrição de quando era criança.

– Pois fique sabendo que na época a senhorita era uma péssima aluna. - Lembrei de como eu ganhava fácil de Isabella quando jogávamos juntos, Bell brincou com os pêlos do meu peito e me encarou.

– Talvez por que fosse melhor ver seu sorriso do que ganhar. - Sua resposta me deixou estático e fez com que mil perguntas se formassem na minha mente. Há quanto tempo Isabella me amava? Quanto eu a fiz sofrer pelo meu modo rude de agir? Quantas vezes eu a ignorei? Edward? - Ouvi ela me chamando, seu olhar preocupado. - Não pensa nisso. - Pediu, com certeza sabendo por onde minha mente vagava.

– Eu sempre fui tão grosso e tudo o que você queria era um pouco da minha atenção. - Me condenei fitando a mulher que eu tanto amava.

– E a agora eu tenho e é isso que me importa. - Sorri com sua declaração acariciando seu rosto, pensar que eu tive essa mulher fantástica todo o tempo ao meu lado e não dei o devido valor me matava, mas Bell tinha razão, não adiantava pensar no passado, o que importava agora era o presente e nosso futuro. Juntos. Por isso resolvi focar em um assunto mais leve.

– Então a senhorita só perdia para me ver sorrindo? - Perguntei matreiro.

– Era um belo sorriso.

– Isso quer dizer que perdi o jeito né? Já que agora foi um sacrifício ganhar. - Bell riu.

– Vamos dizer que o prêmio final valia e muito a pena. - Segurei seu rosto e passei meu polegar pelos seus lábios.

– Eu te amo Isabella, mais do que tudo. - Ela sorriu lindamente.

– Eu também te amo Edward, mais do que tudo. - Bell se inclinou na minha direção e tomou meus lábios nos seus, essa noite seria mais longa e prazerosa do que poderíamos imaginar.

Bella POV

Eu sentia que tinha sido levada da escuridão para a luz em um segundo, era como se os últimos três dias não tivessem existido, me aconcheguei mais no calor agradável do corpo de Edward e ronronei preguiçosamente, ouvi sua risada gostosa soar pelo cômodo, isso sim era um som aprazível e eu ficava ainda mais nas nuvens por poder ouvir ele rindo novamente, sem ser forçado.

– Bom dia dorminhoca. - Sorri e muito lentamente abri meus olhos, olhei ao nosso redor e vi que estávamos no quarto, me espreguicei.

– Bom dia amor. - O cumprimentei com um beijo, Edward sorriu largamente e uma batida do meu coração falhou ao vê-lo tão relaxado e visivelmente feliz. Era uma bela visão. - Que horas viemos para o quarto? - Perguntei curiosa.

– Por volta das três da madrugada, acordei e percebi que ainda estávamos na sala então resolvi subir para dormirmos com mais conforto. Como passou a noite?

– Muito bem. E o senhor?

– Melhor impossível. - Sorri satisfeita e voltei a deitar sobre o seu peito, olhei pela janela que estava com as cortinas abertas. - Ainda esta nevando.

– É, não parou nenhum momento. - Comentou acariciando minhas costas.

– Não quero sair daqui. - Murmurei contra o calor do seu corpo.

– Eu também não. - Respondeu me apertando nos seus braços, infelizmente meu estômago roncou alto estragando o momento, Edward riu. - Acho que seu estômago tem outros planos. Falou brincando.

– Droga! - Praguejei o encarando, Edward beijou a ponta do meu nariz.

– Você fica aqui e eu vou trazer algo para comermos. - Arqueei minha sobrancelha.

– Posso saber o que vai preparar? - Edward era uma negação em qualquer coisa que precisasse ir ao forno ou fogão e com o clima que estava fazendo comer salada ou um lanche frio estava fora dos planos.

– Que tal um fondue de queijo e de sobremesa um de chocolate. - Lambi meus lábios só com sua ideia. - Pelo visto gostou. - Apontou sorrindo.

– Amei! Ainda mais o que vou comer com o fondue de chocolate. - Edward me olhou com o cenho franzido.

– Morangos? - Neguei.

– Você. - Respondi tocando com meu indicador no seu nariz, Edward abriu um lindo sorriso tímido. - Ontem o senhor fez o que queria comigo, hoje é minha vez e tudo o que mais quero é lamber você todinho. - Edward soltou um rosnado rouco e levantou da cama em um rompante colocando sua roupa.

– Eu volto logo. - Me deu um beijo e saiu correndo do quarto, deitei na cama sorrindo, o dia prometia, desci da cama e fui até o banheiro, tomei um banho rápido e fiz minha higiene, coloquei uma camisola leve e aprontei um cantinho em frente a lareira para comermos enquanto temos uma bela vista da paisagem gelada, afastei as cadeiras e a mesinha que tinham ali e peguei uma outra maior que estava no canto do quarto, quando terminei e pensei em descer para ver como Edward estava indo na cozinha ele pareceu no quarto carregando o aparelho de fondue de queijo, ele colocou onde eu havia arrumado e desceu para buscar o de chocolate, fui atras e o ajudei a trazer os diversos pães que havia cortado e as frutas para o fondue doce, arrumamos a mesinha e sentamos nos travesseiros que havia organizado na frente da cama, Edward me abraçou e beijei seu pescoço.

– Esta delicioso. - Comentei comendo o que ele havia preparado.

– Bom, pelo menos alguma coisa quente eu sei fazer. - Disse rindo, sorri me aconchegando no seu peito, peguei um pedaço de pão e molhei no queijo colocando na boca dele. - Realmente esta gostoso. - Respondeu me dando um selinho, continuamos comendo, um colocando a comida na boca do outro.

– Acho que agora quero a sobremesa. - Murmurei maliciosamente, Edward me beijou mordendo meus lábios. Sorri e peguei o garfo espetando no morango e mergulhando no chocolate, sobrei, passei nos lábios de Edward e o beijei em seguida. - Gostoso. - Afastei um pouco e comi o morango, Edward segurou minha nuca e aprofundou o beijo ainda mais, coloquei minhas mãos sobre seu peito o empurrando. - Hoje é meu dia. - O alertei.

– Ok amor, sou todo seu. - Mordi meus lábios e segurei a barra da sua camiseta levantando e jogando em cima da cama, o empurrei para que deitasse sobre o chão, peguei uma uva e molhei no chocolate passando pelo seu peito, deitei sobre o seu corpo e lambi o seu tórax tirando todo o chocolate que tinha ali, Edward gemeu alto. - Essa sua boca me deixa louco. Murmurou com a voz rouca de desejo, sorri e continuei minha exploração, depois tirei minha camisola e deitei sobre Edward o beijando, ele passou as mãos pelas minhas costas apertando meu corpo, beijei seu maxilar até chegar ao seu ouvido.

– Chegou a hora do meu picolé com calda de chocolate. - Sussurrei sedutoramente, Edward estremeceu e soltou um gemido rouco. Agora sim o banquete ia começar. Abaixei sua calça e seu membro saltou na minha frente, sorri, Edward deitou a cabeça no chão e fechou os olhos sua respiração estava entrecortada, peguei uma colher com chocolate e a virei despejando o doce sobre seu membro duro. Delícia. Pensei conforme me abaixava e o provava em minha boca, era melhor do que tinha imaginado.

– Porra Isabella! - Edward praguejou alto levando uma de suas mãos para os meus cabelos, sorri satisfeita e comecei a tirar todo o chocolate que havia ali com uma certa ajuda dele que movia minha cabeça e o quadril em direção da minha boca. Merda! Era bom demais! Os gemidos de Edward saiam casa vez mais altos fazendo com que eu ficasse ainda mais louca por ele, uma tarde seria pouco para matar toda a fome que eu tinha pelo meu delicioso e tentador Edward, mas eu iria aproveitar o máximo que podia.

Depois de ficarmos melados do chão do quarto fomos para um banho delicioso na banheira, Edward massageava minhas costas distribuindo beijos pelos meu pescoço e costas, enquanto aproveitávamos o banho quente víamos a neve caindo pela grande janela que ficava ao lado da banheira.

– Eu já disse que te amo hoje. - Edward sussurrou no meu ouvido, sorri.

– Já, mas nunca é demais. - Fiz charme.

– Eu te amo. - Virei meu rosto e o beijei.

– Eu também te amo. - Deitei em seu peito aproveitando seu carinho. - Como esta se sentindo? - Perguntei acariciando seus braços que me envolviam.

– Bem, essa distância era tudo o que precisava. Finalmente estou me sentindo eu mesmo.

– É tão bom te ver assim. - O apertei ao meu redor, Edward beijou minha cabeça. Suspirei satisfeita.

– Tudo o que eu quero agora é aproveitar cada segundo ao seu lado e esquecer um pouco o mundo lá fora. - Era exatamente isso que ele precisava, tempo para pensar com calma em tudo o que aconteceu, por isso decidi tocar em um assunto mais leve.

– Eu gosto tanto dessa casa. - Senti Edward sorrindo.

– Eu também, muitas vezes quando imaginava nossa casa eu pensava nessa aqui.

– Sério? - Perguntei o encarando.

– É, com menos neve é claro. - Respondeu com um sorriso.

– Podíamos fazer nossa casa por dentro baseada nessa. O que acha? Imagino que vamos ter menos problemas assim. - Falei me lembrando das nossas discussões sobre escadas, balaústres e lareiras.

– Isso pode dar certo amor, além de termos um pouco do que vivemos aqui. - Comentou acariciando meu rosto.

– Vai ser ótimo ter um pouco do que passamos aqui. - Falei me aproximando e colocando minhas mãos no seu ombro, Edward me puxou para mais perto e tomou meus lábios nos seus.

– Mais uma vez? - Perguntou com seu sorriso malicioso, somente assenti antes de nos perdemos mais uma vez um no outro. Após o banho comemos qualquer besteira na cozinha e voltamos para o quarto, assim que deitamos Edward me abraçou e dormimos serenamente depois de um dia inteiro nos amando, se pudesse todos os meus dias seriam desse jeito.

Na manhã seguinte como havia parado de nevar decidimos sair um pouco, tomamos um café da manhã delicioso em uma Delicatesse, riamos e nos divertíamos juntos, depois que saímos fomos para a estação de esqui, eu tentava sem muito sucesso convencer Edward para irmos esquiar.

– Amor eu sei esquiar. - Tentei argumentar, ele suspirou pesadamente.

– Não sei Isabella, já faz muito tempo que esquiou pelo o que me disse. - Contei à Edward que há alguns anos fui com o pessoal em uma estação de esqui perto da nossa cidade e que havia aprendido a esquiar, mas isso não parecia convencer ele. - Prefiro não arriscar. - Bufei com sua negativa, eu não precisava da permissão de Edward para nada, mas eu não queria estragar o clima tão gostoso brigando por causa de uma bobeira, por isso decidi tentar de novo.

– Por favor. - Pedi fazendo um bico. - Nós vamos juntos e eu não saio do seu lado para nada. Prometo. - Edward me olhou.

– Não quero que se machuque anjo. - Argumentou.

– Eu não vou amor, vamos em uma pista para iniciantes e vai ver que não tem com o que se preocupar. - Edward finalmente sorriu.

– Você esta se sentindo bem? Pois a Bella que eu conheço já estaria na pista sem nem se importar com minha opinião. - Ri lhe dando um tapa.

– Deixa de ser bobo, é que a última coisa que eu quero é que você se chateie por uma bobagem. - Edward me encarou novamente com um sorriso bobo.

– Ok! Você venceu.

– Eba! - Comemorei contente o abraçando, ele segurou meu queixo.

– Promete que vai se cuidar? - Assenti e o beijei.

– Vou me cuidar garotão. Prometo. - Garanti, Edward riu e me deu mais um beijo, fomos para a pista de principiantes e como havia dito esquiei muito bem, com isso Edward ficou mais tranquilo e fomos esquiar em uma pista um pouco mais difícil, era algo indiscritível fazer isso com ele, quando chegamos no fim decidimos parar e ir almoçar.

– Você realmente esquia muito bem. - Edward me parabenizou conforme o garçom saia com nossos pedidos, sorri satisfeita com seu elogio.

– Eu te disse. - Respondi sorridente.

– Aposto que teve um bom professor. - Murmurou e pude perceber um certo ciúmes em seu tom de voz.

– Aprendi com o instrutor e com o pessoal também, eles esquiam muito bem, principalmente a Rose. - O semblante de Edward se suavizou e aproveitei para falar sobre uma ideia que havia tido. - Falando nisso estava querendo chamar o pessoal para passar o fim de semana, tenho certeza que todos estão precisando de um momento para relaxar também.

– É uma ótima ideia Bell, vou ligar para o Garrett e providenciar as passagens para eles virem.

– Edward eles podem pagar. - Nossos amigos não vinham de famílias ricas, mas todos tinham uma boa condição financeira e talvez pudessem se sentir constrangidos com essa atitude de Edward, menos Emmett, claro.

– Eu sei amor, vai ser como um presente por todo o apoio e carinho que tiveram por mim todo esse tempo, sei que fizeram isso de coração, mas quero de alguma forma retribuir.

– É um belo gesto Edward, mas acho melhor falar com eles antes.

– Vou fazer isso, ligarei para eles e tenho certeza que vão amar a ideia. Acha que Alice pode viajar?

– Precisamos conferir com ela, mas acredito que não haja problema.

– Aposto que o Emm vai adorar e inventar um monte de competições na neve. - Edward comentou rindo.

– Tenho certeza disso. - Concordei rindo também. Logo o garçom trouxe nossos pratos e desgustamos o delicioso peixe enquanto combinávamos o que faríamos o resto da semana, depois do almoço fomos dar uma volta pela cidade, quando o sol estava se pondo decidimos ir para casa, assim que descemos do carro olhei para aquela neve e tive uma ideia, me abaixei e fiz uma bola me escondendo no meu lado do carro.

– Bell? - Ouvi Edward me chamando. Silenciosamente comecei a dar a volta no carro agachada quando cheguei do outro lado levantei a fim de jogar a bola de neve.

– Ah há! - Gritei, só que quando olhei não havia ninguém ali. Onde o Edward estava? Antes que me virasse para procurar por ele senti um leve baque nas minhas costas, ele havia me jogado uma bola de neve.

– Duvido que me pega! - Ouvi Edward me desafiando, me virei e não vi ninguém. Decidi me esconder atrás do carro, ele ia ver só. Fiquei em silêncio e pude ouvir o farfalhar da neve sendo pisada, abaixei e pude ver que Edward se aproximava, decidi ir pelo lado aposto, muito lentamente fiz a volta no carro e vi que ele parou, levantei devagar e o vi através das janelas do carro, levantei em um rompante e joguei a bola de neve nele e sai correndo rindo, ouvi os passos dele atrás de mim e meu corpo ser jogado na neve, me virei e Edward tinha neve em todo seu cabelo. - Cheque mate anjo. - Disse rindo, passei minha mão pelos seus cabelos tirando o excessos de neve que estava ali, o puxei pela nuca o beijando, antes que transássemos ali na neve Edward me pegou no colo me levando para nosso quarto, eu sentia minha dependência dele aumentar quanto mais tempo ficávamos juntos, era algo louco e incontrolável, quanto mais eu o tinha, mais eu queria e foi assim que passamos mais uma noite naquele que estava se tornando nosso paraíso particular.

*…+

Não sentia a mínima vontade de acordar, mas a luz que entrava pela janela já estava me incomodando, por isso foi inevitável abrir os olhos, havíamos esquecido de novo de fechar as cortinas, a paisagem do lado de fora era a mesma dos últimos dias, branco por toda a parte, felizmente não nevava o que era bom já que nossos amigos chegariam hoje para passar o fim de semana conosco, eu ainda me sentia nas nuvens desde o primeiro dia que chegamos aqui, virei para o lado e vi Edward adormecido em um sono profundo, nós passamos nossas noites nos amando, conversando, brincando e rindo, era incrível o que uma mudança de ambiente não era capaz de fazer, não falávamos sobre o destino da empresa, Edward parecia ponderar sobre isso ainda e eu preferia deixar que ele pensasse no que queria fazer com calma e sem pressa. Nossos papos eram sobre nossa família principalmente, agora eu e Edward conversávamos sobre o passado sem qualquer magoa, o que eu achava perfeito para o amadurecimento do nosso relacionamento, finalmente o passado havia ficado para trás, também falávamos muito sobre nossa casa e como levaríamos certos elementos daqui para lá, queríamos que nosso lar tivesse um toque deste lugar que estava se tornando cada vez mais especial para nós. Apoiei meu braço no travesseiro e fiquei observando meu lindo namorado, eu poderia ficar ali para sempre contemplando seu rosto sereno, as vezes achava que estava sonhando e que nada do que estávamos vivendo era verdade tamanha era minha felicidade em ter Edward ao meu lado. Suspirei apaixonada, então Edward abriu um leve sorriso. Merda! Ele estava acordado?

– Admirando? - Perguntou e em seguida abriu os olhos me encarando, acho que eu nunca ia me acostumar em ver aqueles lindos olhos azuis me fitando com tanto amor sem sentir meu peito apertar. Sorri tímida.

– Estava difícil resistir. - Respondi sorrindo, ele enlaçou minha cintura e me puxou para perto.

– Eu sei como é isso. - Me beijou delicadamente.

– Ah é? Anda me espionando durante a noite? - Perguntei bem humorada, ele riu.

– Preciso garantir que não estou sonhando. - Eu ficava boba quando ele dizia coisas desse tipo.

– Posso te mostrar que isso é muito real. - Falei passando meus dedos pelo seu rosto.

– Vou adorar. - Disse e me puxou para um beijo quente e gostoso, nos virou se deitando sobre o meu corpo, precisava organizar tudo para a chegada do pessoal, mas agora tinha coisas mais importantes a tratar.

Mesmo com uma vontade imensa de ficar na cama com Edward tivemos que levantar, tínhamos muitas coisas para fazer até a chegada de nossos amigos. Após arrumar os quartos em que ficariam, fomos para a cozinha preparar o almoço, enquanto eu temperava a carne Edward tentava me ajudar, mesmo que ele fosse uma negação na cozinha eu achava fofo seu esforço.

– Amor esta bom? - Perguntou mostrando as cebolas cortadas em rodelas da grossura de um dedo, sorri e coloquei a mão sobre a boca. - Tão ruim assim? - Questionou sem graça.

– Não, quer dizer esta um pouquinho grosso demais. - Edward colocou a faca sobre a tábua exasperado.

– Desisto. - Expressou chateado cruzando os braços.

– Edward você não precisa saber cozinhar. - O consolei. - Sinceramente não sei por que insiste nisso. - Seria por causa de James?

– Porque sei o quanto gosta e queria compartilhar isso com você. - Sua resposta colocou um sorriso no meu rosto, me aproximei e ele me abraçou pela cintura.

– Nós temos muitas coisas para compartilhar juntos garotão. - Edward sorriu levemente. Além do que você pode não se dar muito bem com facas e fogo, mas seus lanches são incríveis. - O sorriso de Edward se alargou.

– Só você é capaz de dizer que eu sou um desastre na cozinha e ao mesmo tempo inflar meu ego. - Acabei rindo.

– Você não precisa saber cozinhar, só de estar aqui ao meu lado já é o bastante, sem contar que você lava uma louça como ninguém. - Com essa Edward teve que rir.

– Bom pelo menos em alguma coisa eu sou bom na cozinha, além claro dos lanches. - Disse rindo, sorri, Edward não precisava cozinhar para ser incrível, me aproximei e o puxei para um beijo, infelizmente o som do telefone fez com que nos afastássemos.

– O pessoal deve ter chego no aeroporto. - Sussurrei ofegante, Edward acariciou minha boca com a sua.

– É, deixa que eu atendo. - Sorriu e me beijou, depois foi até a sala atender o telefone, fiquei na cozinha recuperando meu fôlego, suspirei sorrindo e fui cortar as cebolas que Edward havia deixado ali, em seguida ele apareceu na cozinha. - Era o Emm, vou buscá-los. - Anunciou se aproximando e me dando mais um beijo. - Já volto.

– Ok, tome cuidado, as estradas devem estar escorregadias. - Alertei preocupada.

– Pode deixar amor, voltarei em segurança. - Respondeu e se despediu me beijando novamente. Assim que Edward saiu pela porta terminei de cortar as cebolas e coloquei sobre a carne que preparava, coloquei o pernil no forno e os muffins de mirtilo em outro, tinha certeza que as meninas iam amar comer um doce quando chegassem, aproveitei o tempo e cortei alguns frios para os rapazes.

Quarenta minutos depois que Edward havia saído ouvi vozes do lado de fora, fui até a sala e abri a porta animada, todos saiam do carro rindo e assim que me viram vieram na minha direção.

– Bella! - Alice disse me abraçando. - Saudades amiga. - Sorri.

– Também Allie e como esta o bebe? - Questionei colocando a mão sobre sua barriga.

– A menina você quer dizer não é Bella? - Emm se colocou presente na conversa, virei para ele e o abracei.

– Achei que ia ser menino. - Provoquei.

– Humpf, isso é o que o chato do seu namorado acha, mas eu tenho certeza que vai ser menina. - Rimos e fui cumprimentar Rose e Jasper.

– Estou tão feliz que estejam aqui. - Falei abraçando Edward que fechava a porta.

– Nós é que estamos, ganhamos férias gratuitas em Aspen. - Exclamou Emm exultante, eles haviam aceitado que Edward pagasse as passagens e ficaram muito felizes com o convite.

– Obrigada novamente pelo presente Edward. - Rose agradeceu.

– Não precisam agradecer nada, fiz com muito carinho pelo amigos incríveis que temos, sei que com o casamento e o nascimento do bebe, vocês tem outras prioridades e achei que seria uma forma de agradecer por tudo o que já fizeram por mim. - O pessoal sorriu.

– Mesmo assim, foi muita consideração. - Jasper apontou.

– Principalmente ser de primeira classe, foi uma viagem maravilhosa. - Alice disse sorrindo. Foi um gesto muito carinhoso.

– Vocês merecem. - Edward pontuou novamente.

– Que tal conhecerem seus quartos? - Perguntei entusiasmada.

– Opa! Vamos lá! - Emm exclamou animado. Subimos as escadas e levei eles até seus quartos, eles amaram tudo o que preparamos para eles, deixamos que se organizassem e Edward e eu descemos para a cozinha.

– Vou preparar um chocolate quente para tomar com as meninas. Quer que prepare para vocês também? - Ofereci indo até o fogão.

– Não precisa amor. Vou levar os rapazes até o quarto de jogos e lá vamos tomar algo mais forte. - Comentou piscando, sorri.

– Eu cortei alguns frios para vocês comerem. - Falei enquanto jogava o chocolate picado no leite, Edward me abraçou e beijou meu pescoço.

– Você é incrível anjo.

– Só estou cuidando do meu garotão. - Respondi me virando e o beijando com paixão.

– Sabia que eu adoro quando me chama assim? - Murmurou com nossos lábios colocados.

– Garotão. - Sussurrei prendendo meus dedos nos seus cabelos, Edward rosnou e me prensou na pia.

– Rum rum. - Ouvimos alguém pigarreando, nós separamos e vimos o pessoal na cozinha segurando o riso, me afastei de Edward. - Só assim para aplacar o frio hein? - Emmett comentou rindo.

– Cala boca Emmett. - Edward ralhou rindo com ele, voltei a mexer no chocolate. - O que vocês acham de uma partida de sinuca? - Perguntou para os rapazes para mudar o assunto.

– Vai ser ótimo! - Jasper disse animado.

– Se prepare para perder Edward. - Emm disse rindo alto.

– Ninguém me bate na sinuca. - Edward respondeu convencido.

– Isso é o que veremos. - Emm o desafiou, Edward sorriu e me deu um beijo, foi até a geladeira e pegou os aperitivos que havia preparado.

– Vamos deixar as garotas colocar o papo em dia enquanto te mostro quem é o bom. - Edward falou guiando Emm e Jazz para o quarto de jogos. Allie se aproximou do fogão com Rose.

– Essa casa é incrível. - Elogiou sorrindo.

– É mesmo Bella, é linda. - Rose disse concordando.

– Esse lugar tem muitas recordações, era o lugar preferido de Esme.

– Esta explicado porque gosta tanto daqui. - Alice pontuou.

– Pela Esme e por essa semana que passei com Edward. - Respondi sorrindo igual uma boba apaixonada.

– Deu para ver isso. - Rose comentou rindo. - Vocês estão pegando fogo. - Ri com seu tom malicioso.

– Estamos mesmo Rose. - Concordei rindo.

– Ele parece bem melhor. - Alice observou.

– Essa semana longe esta sendo ótima para o Edward. - Expliquei mexendo o chocolate quente, como não queria falar muito sobre os dias tensos que passamos preferi me focar na sua gravidez. - E você Allie, como esta o bebe? - Perguntei interessada, ela colocou a mão sobre o ventre.

– Esta indo bem, mas o Jasper esta me irritando, ele se queixa de tudo o que peço para ele fazer. - Reclamou com um bico.

– Isso por que você exagera não é Alice? Bella acredita que ela pediu ao meu irmão para sair as três da manhã para comprar sorvete de creme, caviar e jacá? Jacá Bella. - Rose falou indignada.

– Meu bebe estava com vontade.

– Allie você esta de dois meses não esta cedo demais para isso? - Tentei argumentar.

– Ótimo, vocês também estão contra mim? É isso mesmo? - Questionou irritada, podia ver que Jasper tinha razão quando disse que estava difícil lidar com Alice.

– Claro que não Allie. - Felizmente ouvi o bip do forno isso seria ótimo para mudar de assunto. - Fiz muffins! - Exclamei animada esperando que isso relaxasse a baixinha.

– Hum muffin do que? - Perguntou visivelmente mais calma, acho que Alice agora só respondia pela estômago.

– Mirtilo.

– Oba! - Comemorou rindo e batendo as mãos olhei para Rose e ela sorriu balançando a cabeça.

– Agora me ajudem a pegar as xícaras para tomar nosso chocolate quente com muffins de mirtilo. - As meninas me auxiliaram e levamos tudo para a sala, sentamos no sofá e Alice logo atacou os bolinhos.

– Amiga acho que não é bom exagerar. - Allie me lançou um olhar assassino que me fez ficar quieta, achei melhor falar de outra coisa.

– E o casamento Rose, como vão os preparativos? - Rose começou a dizer empolgada todos os planos que estava realizando para seu casamento, Alice disse que já estava terminando o desenho do vestido e logo começariam a costurar, Rosalie não conseguia esconder a animação, estava apaixonada pelo vestido e não via hora de ver ele pronto, a discussão em seguida foi para as idéias de decoração em que Rose estava em dúvida e disse que precisava urgente da nossa ajuda, ficamos ali conversando sobre os planos do casamento e também do bebe de Alice, era ótimo por o papo em dia com as garotas.

Edward POV

Assim que deixamos as meninas na cozinha, descemos para o quarto de jogos.

– Uau! Esse lugar é demais! - Assobiou Emm, o ambiente era completamente diferente do restante da casa, tinha um ar bem mais moderno com uma bela mesa de sinuca, um telão e um bar no canto.

– É, meu pai o chamava de quarto dos garotos.

– Incrível mesmo Edward. - Jasper elogiou, deixei a travessa com os frios sobre a mesinha de centro do sofá e segui para o bar.

– O que querem beber? - Ofereci colocando conhaque em um copo.

– Vou querer o mesmo que você. - Emm respondeu se aproximando.

– Eu prefiro um whisky se tiver. - Peguei uma garrafa que estava ali e servi Jasper e Emmett. Como estão indo as coisas Edward? - Jazz perguntou tomando um gole de sua bebida, apontei para o sofá e nos sentamos.

– Desde que eu entrei naquele avião e vim para cá é como se tudo não tivesse passado de um pesadelo, Bell tem tido uma paciência incrível comigo e esses dias longe tem sido perfeitos, era exatamente o que eu precisava para pensar melhor nas coisas.

– Você estava mal mesmo no enterro do Eleazar. - Emm comentou tomando sua bebida e pegando um pedaço de queijo.

– É, eu fui tão grosso com a Bell depois, preciso te agradecer por ter consolado ela Jazz.

– Não foi nada Edward, vocês estavam passando por um momento difícil, ambos precisavam se acalmar e conversar.

– Posso saber o que o senhor andou aprontando? - Emmett perguntou seriamente, respirei fundo e contei o que havia feito. - Não posso acreditar que depois de tudo o que aconteceu você teve a coragem de agir desse modo com a Bella. - Expressou aborrecido.

– Eu sei Emm e não existe desculpa para o modo como agi, só agradeço pela Bell ter me perdoado. - Emmett suspirou e colocou de forma amigável sua mão sobre meu ombro,

– De alguma forma eu te entendo Edward, a situação não foi nada fácil para você também. Emm declarou mais calmo.

– Eu sei, mesmo assim não é desculpa pelo meu comportamento. - Falei realmente chateado, o jeito que tratei Isabella ainda estava marcado na minha cabeça.

– Agora sei por que não fiquei sabendo disso antes.

– Eu ainda prezo pela minha vida Emm. - Respondi me lembrando da vez que Emmett ameaçou me bater caso eu fizesse Isabella sofrer novamente.

– Espero que continue. - Ameaçou me olhando seriamente.

– Tenha certeza disso. - Afirmei com segurança, eu odiaria fazer Isabella sofrer daquele modo novamente. - Que tal jogarmos agora? - Perguntei mostrando a mesa de sinuca com a intenção de falarmos sobre algo mais leve.

– Não cansa mesmo de perder para mim não é Edward? - Emmett provocou, ri.

– É o que veremos. - Rebati e seguimos para a grande mesa que ficava no centro da sala.

Jogamos durante um bom tempo e toda vez que chegava a vez de Emmett jogar era a maior enrolação, ele já havia mudado de posição um milhão de vezes, até que não aguentei mais e ralhei com ele.

– Quer jogar logo Emmett! - Ele me olhou e estreitou os olhos.

– Paciência Edward, estou estudando a melhor posição, quero matar duas bolas de uma só vez. - Eu e Jasper rimos, Emm estava para a sinuca assim como eu para o boliche, ele era péssimo. - Eu preciso de silêncio. - Falou nos olhando seriamente, voltou a se posicionar e finalmente jogou, ele bateu com tanta força o taco na bola branca que ela rebateu forte na quina da mesa e voou para cima de Jasper que caiu no chão quando a bola o atingiu bem naquele lugar.

– Puta merda Emmett! - Gritou Jazz se abaixando.

– Putz! Foi mal. - Emmett fez uma careta correndo na nossa direção, Jazz se sentou na poltrona que havia atrás da mesa, eu tentava sem muito sucesso segurar o riso.

– Esta doendo? - Perguntei solicito, Jasper tentava se recuperar do golpe baixo.

– Tá doendo pra caralho. - Respondeu gemendo. - Você é um crime para a sinuca Emmett. Acusou um pouco melhor. Com essa foi impossível não rir, até mesmo Jasper riu.

– Rapazes o jantar esta pronto! - Ouvi Bell chamando da escada.

– Já vamos. - Respondi tentando me manter sério. - Esta melhor Jasper? - Ele me olhou com uma careta.

– Acho que sim. - Disse e o ajudamos a levantar, ele lançou um olhar mortal para Emmett. Você é um idiota!

– Foi mal Jazz, juro. Se quiser pode me dar uma bolada. - Falou pegando a bola branca que estava no chão e estendeu para Jasper que a pegou, em seguida fechou os olhos como se esperasse o golpe. - Vai joga. - Incentivou abrindo um pouco o olho esquerdo, Jasper riu balançando a cabeça, porém antes que dissesse algo ouvimos Alice gritando do alto da escada.

– SEUS INÚTEIS! Ou sobem agora ou eu vou descer e trazer cada um pela orelha!

– Melhor subirmos. - Jasper aconselhou assustado, eu e Emm demos risada da sua reação. Vocês dão risada por que não sabem do que a Alice é capaz. - Com essa eu e Emmett ficamos quietos, afinal ninguém ali queria ver Alice brava, Jasper caminhou com certa dificuldade e parou na frente de Emmett colocando a bola branca em sua mão. - Fica atento Emmett, sua hora vai chegar. - Ameaçou, Emm engoliu em seco e seguimos lentamente até a sala de jantar.

– Finalmente! - Alice ralhou quando nos viu aproximando, seu cenho franziu quando observou como Jasper estava caminhando. - O que houve? - Perguntou preocupada indo até o namorado.

– O Emmett tacou uma bola nas bolas dele. - Falei sem conseguir evitar de rir.

– Edward! - Bell me repreendeu, mas via que estava se segurando para não dar risada, já Rose olhou feio para Emm.

– Emmett! O que fez com meu irmão? - Jasper sentou à mesa com ajuda de Alice.

– Ah Baby não tive culpa. - Se desculpou fazendo uma cara de coitado.

– Claro né Emmett, a bola pulou sozinha da mesa. - Provoquei rindo.

– Edward não piora as coisas. - Bell sussurrou me puxando para sentar ao seu lado.

– É isso mesmo, a bola que era grande demais para o tamanho da mesa. - Com essa até Jasper riu, só Emmett mesmo para inventar uma desculpa dessas, o restante do jantar foi ótimo, dávamos risada e conversávamos enquanto comíamos a deliciosa refeição que Bell havia preparado.

– E então Alice, quando vamos descobrir qual o sexo do bebe? - Emmett questionou do nada. Alice limpou a boca e abriu um sorriso olhando para Jasper que também sorriu.

– Eu decidi esperar o bebe nascer. - Emm arregalou os olhos espantado.

– O que! Por que?

– Eu e Jazz queremos manter o mistério, não sei qual o seu interesse nisso.

– Oras eu e Edward fizemos um acordo, assim não vai dar tempo de comprar o enxoval que você pediu. - Argumentou, Emmett era muito cara de pau.

– Simples, comprem e quem ganhar guarda pro próprio filho.

– Eu não me oponho, vai ser ótimo já ter o enxoval para nosso primeiro bebe não é Bell? Antes que ela respondesse Emmett se meteu na conversa.

– Você fala como se fosse ganhar.

– Eu vou ganhar. - Respondi confiante, Emm estreitou os olhos e virou na direção da Alice.

– Alice deixa de ser mala vai, para que esperar tanto tempo para ver se vai ser menina ou menino? Não estamos no século retrasado não.

– Emm o bebe é meu e do Jazz e nós vamos descobrir o sexo no parto, assunto encerrado.

– É verdade Emm, você não tem que se meter nisso. - Rose disse e Emmett cruzou os braços e bufou.

– Belo amigo você hein Jasper, nem para me dar uma força. - Reclamou olhando seriamente para Jazz que sorriu.

– Depois da bolada que levei é que não apoio mesmo você. - Gargalhamos com a resposta que Jasper deu, Emm ainda continuou tentando fazer Alice mudar de ideia, ela se irritou e vimos que Jasper tinha razão de ter medo da baixinha, com a bronca Emm calou a boca e não falou mais nada sobre isso, eu não via a hora de ver Emmett pagando essa aposta no hospital, afinal de contas, aposta era aposta.

O fim de semana com nossos amigos foi ótimo, Jasper se vingou de Emmett quando estávamos brincando na neve e ele "sem querer" jogou um caprichada bola bem nas partes baixas de Emm, ele se ajoelhou na neve com a maior cara de dor, fiquei muito feliz de não estar nessa briga dos dois, Emmett respirou fundo quando Jasper pediu desculpas com um sorriso enorme no rosto, as meninas que viam tudo da varanda caíram na risada, elas preferiram ficar fora da brincadeira para preservar Alice, por esse mesmo motivo enquanto eu e os rapazes esquiávamos elas foram fazer compras, o tempo passou muito rápido e logo o pessoal teve que se despedir para voltar para casa, eu e Bell preferimos ficar mais um tempo, nós aproveitamos nosso tempo juntos fazendo planos para a construção da nossa casa que depois dessa viagem ia ganhar força, já estávamos com ótimas idéias para incorporar o mesmo ambiente que tínhamos aqui lá, inclusive um quarto exclusivo para jogos, Bell disse que ia caprichar e deixar ao meu gosto, eu amei a ideia.

– Ao mesmo tempo que estou triste por ir embora amanhã também me sinto animada para colocar o que planejamos para nossa casa em ação. - Bell estava deitada em meu peito enquanto nos despedíamos do quarto que havia sido nosso por um mês.

– Eu também. - Falei beijando sua cabeça, então tomei coragem para falar sobre um assunto que não tocávamos desde que saímos de New Haven. - Eu tomei uma decisão. - Bell sentou na cama e me encarou.

– É sobre a empresa? - Assenti.

– Eu sei que não conversamos sobre isso, mas antes de falar com você eu precisava desse tempo para pensar sozinho.

– Eu entendo Edward e vou te apoiar não importa qual seja sua decisão. - Garantiu segurando minha mão, a olhei.

– Será? - Questionei aflito.

– Claro que sim, eu sempre vou estar com você. - Seu apoio me deu forças para contar o que havia decidido.

– Eu decidi que vou ficar com a empresa e com a presidência. - Bell sorriu levemente. - Eu pensei muito sobre tudo e é o que eu devo fazer, você estava certa quando disse que era meu sonho e depois de trabalhar lá esse desejo só cresceu, é o patrimônio da nossa família e que um dia eu quero deixar para nossos filhos, entretanto para isso acontecer nossa vida vai ter que mudar.

– Você esta falando sobre o que esta acontecendo lá? - Assenti, eu e Isabella estávamos praticamente isolados do mundo aqui, mas logo que as notícias sobre o assassinato de Eleazar e o roubo que estava acontecendo se tornaram públicos foi impossível segurar a mídia acerca de nós, felizmente ainda não haviam descoberto que estávamos aqui, porém sabíamos que teríamos que lidar com isso quando retornássemos, Garrett me avisou que não paravam de ligar para saber sobre os herdeiros da rica e próspera família Cullen, o escândalo havia até desenterrado o fato do meu sumiço após o enterro de meus pais e o fato de ter trabalhado lá como um simples empregado, essa era um situação horrível, ainda mais para nós que nunca tivemos que lidar com nada disso, já que nossa família sempre foi muito reservada com relação a imprensa, mas agora tudo tinha explodido e investigavam cada aspecto de nossa vida.

– Bell você sabe que não vai dar para levar a mesma vida, principalmente depois de tudo o que aconteceu. - Ela suspirou sabendo que eu falava a verdade.

– Eu sei. - Murmurou chateada, eu odiava ver ela daquele modo.

– Por esse motivo eu pensei em outra alternativa. - Bell me olhou confusa.

– Que alternativa?

– Eu dou a empresa para ser administrada por outra pessoa e nós vamos embora por um tempo, até a poeira abaixar, esses jornalistas não vão ficar encima disso para sempre. - Ela pareceu ponderar minhas palavras.

– Sinceramente eu não acho que sair de circulação vá ajudar, uma hora vamos ter que voltar e enfrentar tudo isso. Confesso que estou assustada com o que esta acontecendo, nossa vida nunca foi algo público, nunca tivemos que lidar com isso, mas nessa situação acho que fugir só vai piorar as coisas. - Sorri e a trouxe para o meu colo.

– Você sempre sabe a coisa certa a dizer e tem razão, isso só vai instigar ainda mais a curiosidade deles. - A encarei seriamente. - Preparada para enfrentar mais essa batalha? - Ela sorriu e se aproximou ainda mais de mim.

– Se você estiver ao meu lado eu vou estar pronta para tudo. - Declarou me olhando com seriedade, segurei seu rosto e o acariciei com o polegar.

– Eu te amo anjo e sempre estarei ao seu lado, sempre. - Disse e a beijei com ardor.

– Eu te amo Edward. - Bell murmurou contra a minha boca, faria desta última noite algo inesquecível para nós dois, pois não importava o que viesse a acontecer, eu e ela enfrentaríamos juntos, assim como havíamos feito até agora.

Remexi desconfortavelmente na cama sentindo falta do corpo quente de Isabella, estiquei meu braço para seu lado da cama e o encontrei vazio. Onde ela estava? As cortinas estavam fechadas, o que deixava o quarto completamente escuro, liguei o abajur e vi que eram nove horas da manhã, espreguicei lentamente, ainda tínhamos algumas horas para aproveitar já que nosso vôo só ia sair de noite. Levantei colocando minha roupa que estava jogada pelo quarto e desci para a cozinha imaginando que Isabella estivesse lá, porém assim que cheguei na sala estava tudo escuro e silencioso inclusive a cozinha, estranhei.

– Bell! - Chamei, mas não tive resposta alguma. Onde ela se meteu? - Bell! - Tentei mais uma vez e nada, subi novamente e fui olhar em todos os quartos. Será que ela saiu? E se aconteceu alguma coisa? Antes que entrasse em pânico ouvi a porta da sala batendo e ela conversando bem baixinho com alguém. Fui correndo até a escada, ela estava de costas para mim. - Poxa amor você me assustou. - Reclamei aliviado ao ver que ela estava bem, entretanto assim que ouviu minha voz seu corpo pareceu ficar tenso. - O que houve? - Perguntei preocupado me aproximando, Bell se afastou.

– Melhor ficar onde esta! - Alertou, fiquei parado tentando entender sua atitude e o por que dela estar me afastando, percebi que estava segurando alguma coisa, mas não conseguia ver o que.

– Bell o que esta acontecendo? Eu fiz alguma coisa? - Perguntei confuso buscando na minha mente algo de errado que possa ter tido ou feito. Ela balançou a cabeça.

– Você não fez nada, é que eu queria fazer uma surpresa. - Explicou e pela sua voz percebi que ela sorria, suspirei aliviado.

– Então me mostra que surpresa é essa. - Falei curioso.

– Ok, mas antes tem que me prometer que se não gostar vai me dizer.

– Prometo. - Lentamente Isabella se virou e quando olhei para seu colo não pude acreditar no que estava vendo, não conseguia acreditar que ela havia feito isso, sem perceber eu comecei a sorrir igual uma criança quando vi o lindo filhote de cor caramelo nos seus braços, um cachorro, Isabella estava me dando um cachorro.

– E então? - Olhei para Bell e ela parecia ansiosa pela minha reação, me aproximei pegando ele no meu colo.

– É lindo Bell. - O cãozinho lambeu o meu rosto e eu ri, sempre quis ter um cachorro, mas minha mãe era alérgica e nem adiantava tomar remédio, lembro que havíamos tentado uma vez e ela foi parar no hospital. - É macho ou fêmea? - Perguntei animado balançando o pequeno no meu colo, ela passou a mão na cabeça dele.

– Macho. - Respondeu com um sorriso, olhei para Bell sem conseguir acreditar. - Sério que é meu?

– É sim, se você quiser.

– É claro que quero, eu amei anjo. - A puxei para um abraço e a beijei. - Obrigado. Nem posso acreditar. - Disse olhando o filhote nos meus braços, mas então me veio uma dúvida. - Onde vamos deixar ele?

– Não se preocupe já me informei com o sindico do prédio e esta liberado, essa raça é bem tranquila, além disso em alguns meses teremos nossa casa e ele vai ter um espaço enorme para correr. - Sorri, ia ser incrível brincar com ele no gramado.

– Qual a raça dele? - Perguntei interessado

– É um retriever do labrador com descendência inglesa, também tem os americanos, mas esses são mais agitados, os ingleses além de mais calmos são um pouco menores.

– Já esta entendendo tudo hein. - Comentei sem conseguir parar de sorrir.

– Andei me informando garotão. - Rebateu altiva empinando o nariz, o beijei e ela riu. - Eu vi vendendo em uma petshop e não resisti, mas antes me certifiquei que poderia levar ele para o apartamento. Eu só estou com receio de deixar ele viajar de avião sozinho. - Falou acariciando a patinha dele.

– Não se preocupe, ligo na companhia aérea e me informo de algum vôo que aceite animais a bordo e se não tiver vamos de carro. - Bell sorriu aliviada.

– Desculpe o transtorno. - Comentou sem jeito.

– De modo algum amor, eu amei o presente e também não quero ele viajando sozinho. Pouco me importava que tivesse que ir de carro, esse cachorro era o começo da nossa família.

– Qual vai ser o nome dele? - Bell perguntou, a olhei um pouco perdido.

– Eu vou escolher?

– Ele é seu Edward.

– Caramba eu nunca dei nome a nada. - Isabella riu.

– Vou me lembrar disso quando tivermos nosso bebe.

– Engraçadinha. - Falei apertando sua cintura e fazendo cócegas, ela deu risada, parei olhando o cachorro no meu braço e sorri. - Já sei.

– Qual vai ser? - Perguntou curiosa.

– Chance*. - Respondi olhando intensamente para Bell, ela abriu um sorriso lindo e deitou no meu peito fazendo carinho no cãozinho que ainda parecia perdido em sua nova casa. Eu era a prova viva de que todos merecem uma nova oportunidade para corrigir seus erros e Chance seria o responsável por me lembrar tudo o que passei para chegar até onde estava e o que tinha a perder caso deixasse o poder e o dinheiro me dominar novamente.

* Inglês para oportunidade, chance.

Presente da Bell para o Edward *-*

Notas finais do capítulo O que acharam?? As coisas aos poucos vão se ajeitando, vai ser duro para a Bell se acostumar com essa vida nova que eles vão levar, mas com o tempo tudo se resolve. A Alice esta uma pilha com essa gravidez hein? Pobre Jasper :-/ O que acharam do presente da Bella?? Eu amei, já tive um cachorro dessa raça e eles são as coisas mais arteiras e fofas do mundo, além disso amam crianças ... rsrsrsrs

No próximo teremos uma passagem de tempo e finalmente a casa vai ficar pronta Yey! Vou postar durante a semana as fotos do novo lar no face, mas não se preocupem colocarei uma montagem aqui também com os cômodos mais importantes da nova casa *-* Também teremos um bebe na área. É, o bebe da Alice vai nascer e saberemos o que tanto esses dois apostaram e quem vai perder essa aposta!

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 49) Capítulo 48 - Alexander

Notas do capítulo

Desculpem pela longa demora, mas estava sem inspiração e com o tempo escasso. Quero agradecer pelos comentários e também pela linda recomendação feita pela Liana Faria. Muito obrigada flor! Fico tão feliz por perceber que estou conseguindo passar as emoções e os sentimentos que queria na fic e mais do que isso que estão curtindo a história. Dou pulinhos de alegria estilo Alice!

O capítulo de hoje na verdade é só a metade do que eu tinha planejado originalmente, mas como ainda não me sinto segura para escrever a segunda parte, decidi já postar o que escrevi para não fazer vocês esperarem muito. Não esperem romance, hoje só veremos como foi essa longa passagem de tempo e o que aconteceu na vida deles durante todo esse tempo além disso teremos o nascimento de mais um personagem :)

Espero que gostem ;)

Bella POV

Nosso retorno para casa após a viagem à Aspen foi uma loucura, a imprensa estava em cima de tudo o que fazíamos e isso transformou nossa vida em um pandemônio, eu odiava ter repórteres na porta do prédio e cercando Edward na empresa, sabíamos que ia ser dessa forma, mesmo assim não estava preparada para o que aconteceu, ver meu nome e uma foto pessoal na capa de uma revista foi a pior coisa que tinha ocorrido na minha vida, a manchete daquela reportagem demorou a sair da minha mente.

De filha dos empregados à herdeira bilionária!

Conheça a historia de Isabella Marie Swan Cullen e como ela se tornou uma das mulheres mais ricas do país.

E mais: Veja detalhes da sua relação nenhum pouco fraternal com seu irmão Edward Anthony Masen Cullen.

Eu gelei quando li as frases grotescas na capa daquela revista de quinta, que logo fora processada sem piedade pelos nossos advogados. Como eles podiam julgar a minha relação com Edward daquela maneira? Pior ainda, insinuar que tinha um caso com meu irmão? Edward não era e nunca foi meu irmão, tentei muitas vezes ver ele dessa forma, mas nunca consegui e tão pouco ele, era horrível ver estas pessoas julgando nosso relacionamento com se fosse algo pecaminoso e fora dos padrões. Depois daquela notícia cheguei até a ser hostilizada na rua, me sentia horrível com toda essa situação e Edward não estava muito melhor, ele odiava me ver tão chateada e triste, se não fosse pelo seu carinho e apoio não teria conseguido passar por aquilo.

Devido aos problemas com a imprensa e também pelo o que tinha ocorrido com seus pais e Eleazar, Edward decidiu contratar seguranças, eu não discuti, pois sabia que ele estava certo em tomar essa decisão. Desse modo Patrick Kline, Malika Thompson e Mark Jasen foram contratados, Kline era meu motorista particular e segurança e Thompson era minha segurança particular, ela tinha instruções especificas de me seguir para onde eu fosse, não podia negar que eu odiava isso, mas sabia que era necessário. Edward insistiu em contratar uma mulher como minha segurança, pois a ideia de um homem ao meu lado o dia inteiro que não fosse ele, o estava deixando louco, no fim acabei com dois seguranças, um que ficava no carro e ela que me seguia a todas as partes, já ele só tinha um, Jasen, eu achava isso muito injusto, mas Edward argumentou que no dia a dia ele saia menos do que eu e prometeu que nos dias em que sairia da empresa para verificar alguma obra levaria outro segurança, acabei ficando mais tranquila com essa sua proposta.

Edward assumiu a presidência da Cullen's no dia seguinte do nosso retorno de Aspen, ele se apresentou na empresa e conversou com Seth, o convidando para seu seu vice, ele ficou assustado e até chegou a recusar dizendo que não tinha capacidade o suficiente para essa posição, porém Edward garantiu que não havia ninguém melhor para o cargo senão ele, no fim Seth acabou aceitando, eles passaram o dia na empresa acertando os detalhes e fazendo reuniões com os acionistas, a partir daquele dia Edward se tornou oficialmente o presidente da empresa.

Quando virou presidente Edward decidiu mudar de sala, pois não queria ficar no mesmo local que Eleazar havia sido assassinado. Assim como Carlisle pensava Edward era um presidente diferente, ele não ficava trancado no escritório direto, ficava lá só para assinar alguns papéis e atender as reuniões necessárias, a maior parte de seu tempo era passada nas obras ou na sala que ele tinha conjugada com a sua, trabalhando em seus projetos de engenharia, que era sua verdadeira paixão. Nos dias que ficava no escritório, Edward fazia questão de levar Chance, nosso labrador, ele dizia que o cão o ajudava a relaxar, além disso Edward me confessou que de alguma forma olhar para Chance o lembrava de tudo o que passou e o que perderia caso se deixasse levar pelo poder, eu estaria mentindo se dissesse que também não tinha medo de ver aquele Edward rude, egoísta e fútil de antes, mas até o momento isso não tinha acontecido e

pelo modo como tudo caminhava eu acreditava que não iria acontecer, Edward tinha finalmente amadurecido e agora lidava com o dinheiro e seu importante cargo sem se deixar levar pelo o poder que ele exercia, isso para mim era magnífico. Quanto a Chance, ele era o companheiro inseparável de Edward, era engraçado como todas as broncas sobravam para mim, sempre que nosso labrador mordia os pés das cadeiras ou da cama ou eu o pegava comendo papel higiênico, somente eu o advertia, Edward ao contrário pegava uma câmera e fotografava rindo, ficava imaginando se seria assim com nossos filhos, onde eu seria a bruxa chata e ele o paizão legal, mas de alguma forma eu o entendia, Chance era uma criatura terrível, porém era só olhar em seus olhos caídos que já me desmanchava e até esquecia por que estava brigando com ele, nosso pequeno deu muita dor de cabeça no começo, comendo tudo o que via na frente, mas logo essa fase passou e ele se tornou mais calmo e obediente, Edward me dizia que quando o levava para o escritório Chance deitava em seu colchão que ficava no canto da sala mordendo seus brinquedos, quando se cansava disso ia até a cadeira dele e deitava aos seus pés, Edward não resistia e acabava brincando com ele e se distraindo do estresse do trabalho.

Depois de seis meses desde o nosso retorno nossa vida estava finalmente entrando nos trilhos, a imprensa tinha se afastado e tínhamos um pouco da normalidade de volta, o planejamento do casamento de Rose estava indo muito bem e dentro de dois meses ela se tornaria a senhora McCarty, a situação de Alice era mais complicada, sua gestação estava chegando no nono mês e deixando todo mundo louco, sinceramente não sabia como Jasper aguentava, pois eu e Rose estávamos pirando com suas crises, ainda me lembrava que durante a prova do vestido de noiva, Rose não gostou do comprimento da barra e comentou com Alice, não acreditamos quando a baixinha começou a chorar dizendo que nada que fazia era bom e que tudo estava uma droga, ela se trancou em sua sala e começou a chorar desesperadamente, eu e o Rose ficamos em choque sem saber o que fazer, mas só foi Tanya aparecer com o lanche da tarde para Allie voltar a sorrir e comer com vontade, nunca sabíamos como agir com ela, uma hora gritava e na outra gargalhava alto, só tinha certeza de uma coisa, nós não víamos a hora desse bebê nascer.

Tirando o estresse da situação da Alice, eu e Edward estávamos focados em nossa casa, era incrível, mas depois que voltamos de nossa viagem e combinamos de trazer alguns aspectos da nossa casa de Aspen para cá tudo fluía muito melhor que antes, fazendo com que as obras andassem rapidamente e nossa casa enfim ficasse pronta, agora só restava decorar, o que eu e Edward tentaríamos fazer juntos, já que agora com o cargo de presidente Edward trabalhava quase dezesseis horas por dia, o que estava começando a me preocupar.

Depois que retornamos e tivemos todo aquele problema com a imprensa eu decidi deixar os planos de abrir meu escritório para um momento mais tranquilo e me dedicar a construção da nossa casa, então com todo o trabalho que tinha eu não percebia efetivamente quanto tempo Edward passava trabalhando, ainda tínhamos nossos momentos, mas recentemente estes

estavam se tornando cada vez mais raros e rápidos, eu precisava fazer algo antes que fosse tarde demais.

Com o intuito de distrair, Alice teve a ideia de sairmos para almoçar e conversarmos sobre os preparativos para seu parto, o casamento e a minha mudança e de Edward para a casa nova, para nosso encontro escolhemos um Bistrô muito acolhedor no centro da cidade, enquanto fazíamos nosso pedido observava Thompson olhando ao redor como se pudesse ter alguma ameaça a minha pessoa, era tão difícil me acostumar com isso.

– Qual o problema? - Rose perguntou quando bufei, olhei para elas tomando minha taça de vinho, essa era uma das vantagens de se ter um motorista.

– Esses seguranças. - Reclamei exasperada apontando para a mulher vestida discretamente com óculos escuros não muito longe de onde estávamos. - A imprensa já deu uma folga para nós, não sei porque preciso de alguém me seguindo vinte e quatro horas por dia.

– Edward só esta preocupado com sua segurança.

– Um exagero isso sim. - Protestei impaciente, Alice estava tão interessada nos bolinhos que estavam na mesa que nem prestava atenção na conversa, agora era assim, ou ela estava dormindo ou comendo, felizmente isso não parecia afetar sua saúde e nem a do bebê, só me perguntava para onde ia tanta comida. - Vamos mudar de assunto. - Propus. - E o casamento Rose? Acho que esta tudo pronto né? - Ela sorriu radiante.

– Sim, só faltam alguns detalhes, mas já não estou aguentando de tanta ansiedade. Respondeu animada.

– Por falar no casamento. - A voz de Alice finalmente se fez presente. - Descobriram o que os meninos armaram para a despedida deles? Pois se tiver stripers pode ter certeza que a sua também vai ter. - Certificou séria olhando para Rosalie.

– Não vai ser nada demais Alice, falei com Edward e ele me disse que estão planejando ir jogar paintball e depois tomar uma bebida em um bar qualquer.

– E você acreditou? - Indagou com a sobrancelha arqueada, rolei meus olhos diante sua desconfiança.

– E por que o Edward mentiria? - Retruquei a desafiando.

– Oras, se você descobrir que ele vai em um boate com stripers sabe que com certeza isso vai ter troco, eu mesma falei isso para eles.

– Se você avisou não tem por que se preocupar, Emmett sabe que se eu descobrir que ele andou se esfregando em mulheres seminuas não vai ter lua de mel e eu garanto que essa ameaça vai funcionar! - Rose falou satisfeita, eu e a Alice sorrimos sabendo que depois dessa advertência não teríamos que nos preocupar com nossos homens.

– Auch! - Allie exclamou colocando a mão no baixo ventre.

– Que foi Alice? Esta sentindo algo? - Questionei apreensiva, Rose também a olhava preocupada.

– Não sei senti uma pontada. - Reclamou arfando e pressionando a mão no local.

– Acho melhor irmos para o hospital. - Disse chamando garçom.

– Não! - Se negou. - Deve ser alarme falso, o médico disse que ainda faltam duas semanas. Não é a hora. - Murmurou angustiada, devia estar receosa pela saúde do bebê.

– Vai ser melhor Allie. - Rose proferiu concordando comigo e tentando acalmá-la.

– Ok. - Alice finalmente aceitou, o garçom trouxe a conta e chamei Thompson que nos acompanhou até carro, porém não esperávamos o que ocorreu no meio do caminho. Alice deu um grito alto e se escorou em Rose e em mim que estávamos cada uma de um lado.

– DÓI! - Gritou desesperada, colocando a mão de volta sobre a barriga, eu e Rose não sabíamos o que fazer.

– Thompson chame o Kline agora! - Exigi para minha segurança, ela assentiu e saiu correndo até o carro.

– Allie calma. - Rose pediu. - Respira devagar. - A instruiu, Alice começou a respirar lentamente até que arregalou os olhos e nos fitou em pânico.

– Que foi Allie? - Ela abaixou a cabeça e mirou suas pernas, de onde escorria um liquido transparente, a bolsa de Alice tinha estourado. Olhei para Rose completamente perdida, felizmente Kline apareceu e nos ajudou a levar Alice para o carro, no caminho para o hospital Rosalie ligou para Jasper e pediu que ele levasse as coisas do bebê e de Allie para o hospital, depois ligou para Emmett, Thompson perguntou se queria que ligasse para Edward, mas eu decidi telefonar quando chegássemos no hospital, só esperava que meus dedos ainda funcionassem, pois Alice os estava esmagando a cada contração que tinha, isso sem contar os gritos que com certeza nos deixaria surdos antes que chegássemos ao nosso destino.

Alice já estava acomodada no quarto do hospital gritando loucamente e se recusando a tomar anestesia para a dor, ela brigou com as enfermeiras, comigo e Rose e até seu médico, não queria nem ver quando Jasper chegasse aqui.

– PUTA QUE PARIU! Alguém quer parar essa merda de dor! - Allie gritou se agarrando aos lençóis.

– Alice a dor pode diminuir se você aceitar a epidural. - Rose ralhou já sem paciência.

– EU NÃO QUERO REMÉDIO PORRA! - Respondeu com um olhar assassino, Rose estreitou os olhou e se levantou.

– Vou esperar Emm e seu marido lá fora. Aproveito e aviso para ele fugir. - Disse saindo do quarto.

– ISSO MESMO! MANDA ELE EMBORA! TUDO ISSO É CULPA DAQUELE DESGRAÇADO QUE ME ENGRAVIDOU! - Gritou a pleno pulmões. Eu estava encolhida na cadeira, a verdade é que estava morrendo de medo de dizer qualquer coisa. A enfermeira colocou a cabeça dentro do quarto e pude ver o temor em seus olhos, Alice estava metendo medo em toda a equipe médica.

– Como estamos meu bem? - Perguntou entrando no quarto com cautela, por pouco não ri da situação.

– BEM? Caralho que eu estou bem! Tem um bebê querendo sair pela minha vagina então não. EU NÃO ESTOU BEM! - Arregalei meus olhos, não sabia onde colocar a cara depois disso, a enfermeira estava em choque pelo ataque de Alice, depois de alguns gritos ela finalmente conseguiu examinar Alice e verificou que infelizmente ainda não tinha a dilatação necessária para iniciar o trabalho de parto. Então Allie começou a chorar, eu não sabia o que fazer, enfim tomei coragem e me aproximei.

– Vai dar tudo certo Allie. - Tentei encorajar, ela me olhou.

– Estou com medo. - Confessou com lágrimas já escorrendo pelo rosto, apertou os olhos diante mais uma contração e fez a respiração típica nessas situações.

– Hei. - Chamei sua atenção, ela me observou atenta. - Daqui instantes essa dor vai acabar, você vai ter um lindo bebê nos seus braços e verá que valeu a pena. - Alice abriu um sorriso tímido e tranquilo.

– Obrigada. - Murmurou com a voz embargada apertando minha mão. - Foi mal pela cena que fiz na rua, no carro e aqui. - Rimos e ela fez uma careta de dor sentindo mais uma contração.

– Hoje é um dia que você pode dar uma pirada. - Sorrimos em cumplicidade, em seguida um Jasper esbaforido entrou pela porta, achei melhor deixar os dois a sós e fui para a sala de espera. Lá encontrei Rose encostada na parede.

– E como esta a ferinha? - Sorri me aproximando sentando ao seu lado.

– Bem melhor agora que seu irmão chegou e Emm?

– Disse que já esta chegando. - Ela me encarou. - Conseguiu ligar para o Edward? - Assenti e suspirei.

– Sim, assim que Alice foi para o quarto aproveitei e liguei para ele, mas acho que vai demorar, esta preso em uma reunião. - Expliquei com um sorriso fraco.

– Ele anda trabalhando bastante desde que virou presidente. - Afirmou sem tirar os olhos de mim.

– É, eu sei. - Sem perceber minha voz soou um pouco triste, Edward havia me avisado que as coisas iam mudar, mas acordar e ir dormir com a cama vazia e chegar à noite em casa e não ter ele ali estava me matando aos poucos.

– Quer conversar sobre isso? - Balancei a cabeça negando, ela assentiu e me abraçou, deitei em seu ombro. Esse não era o melhor momento para falar sobre a falta absurda que estava sentindo ultimamente de Edward.

– Já nasceu? - Ouvi a voz grossa de Emm perguntar, sorri.

– Ainda não. - Rose respondeu. - Mas nem pense em entrar naquele quarto, Alice esta pirando. - Emm levantou as mãos em sinal de rendição.

– Pode deixar. - Consentiu sorrindo e se aproximou sentando ao lado de Rose e lhe dando um beijo delicado. - Cadê o Edward? Quero ver a cara dele quando nascer uma linda menina.

– Ele vai demorar um pouco, esta em reunião. - Expliquei o olhando.

– Que saco isso! Agora ele vive em reuniões e preso no escritório. Achei que ia ser legal ter um amigo rico, mas estou vendo que me enganei. - Reclamou, Rose lhe deu um cutacão e Emm se tocou que o assunto não era um dos melhores. - Foi mal Bella. - Se desculpou.

– Esquece isso. Tem razão. - Ele segurou minha mão.

– Se precisar eu dou uma bela lição nele. - Ofereceu, com essa acabei rindo.

– Obrigada Emm, mas isso é algo que eu e ele temos que conversar.

– Isso é entre eles. Ouviu Emmett? - Rose ralhou com ele.

– Entendi baby, não vou me intrometer, ao menos que me peçam. - Emmett piscou para mim e ri. Eles eram os melhores amigos que alguém podia ter, eu era uma pessoa muito sortuda. Rose mudou de assunto e contou a Emmett como Alice chegou ao hospital, ele não aguentou e gargalhou alto, recebendo uma bela bronca da enfermeira, rimos baixinho.

– Nasceu! - Viramos para a porta e vimos um Jasper arfante e com um sorriso enorme. Como assim nasceu? Até pouco tempo a enfermeira havia dito que não estava na hora.

– Já? - Questionou Rose.

– Sim, assim que cheguei as contrações aumentaram e logo a enfermeira apareceu dizendo que estava na hora. - Dizia afoito.

– Podemos ver? - Perguntei animada já me levantando, ele assentiu vigorosamente seguindo para o quarto, fomos logo atras. Entramos devagar, Alice sorria bobamente para o bebê no seu colo.

– Olha amor! - Falou para o pequeno ser embrulhado em uma manta branca. - Seu tios vieram lhe ver. - Jasper estava do seu lado esquerdo e acariciava com extremo cuidado a cabeça do bebê, eu e Rose fomos do outro lado da cama, me desmanchei quando vi o rostinho delicado e os olhos fechados.

– É lindo Allie. - Disse emocionada, Rose tinha os olhos vermelhos e uma expressão de adoração no rosto, afinal era seu primeiro sobrinho.

– Lindo nada. - Emmett contestou nos pés da cama, o encaramos com o cenho franzido. - É linda. - Disse com um sorriso vencedor nos lábios.

– É menina? - Perguntei para Alice e Jasper, eles trocaram um olhar cúmplice.

– É... - Antes que Jasper dissesse alguém bateu à porta e a abriu, sorri ao ver que era Edward, ele estava lindo vestindo um dos seus ternos escuro, mas seu semblante denunciava o quanto estava cansado.

– Oi gente. - Cumprimentou baixinho, a enfermeira que estava no quarto avisou que Alice e o bebê precisavam descansar por isso só poderíamos permanecer ali mais quinze minutos, nesse meio tempo Edward se aproximou de mim me abraçando pelas costas e olhando o bebê no colo de Alice, seus olhos brilharam, ficava imaginando qual seria sua reação quando fosse o nosso. - Felizmente puxou a Alice. - Brincou olhando para Jasper que balançou a cabeça rindo.

– Inclusive o sexo. - Emm completou, Edward franziu o cenho.

– É menina? - Questionou espantado.

– Isso é coisa do Emmett Edward, íamos dizer o que era quando você chegou. - Jasper explicou fuzilando Emm com o olhar.

– Então vamos parar de mistério. Falem logo! - Emmett exclamou sem aguentar de curiosidade, eu mesma estava louca para saber o que esses dois apostaram.

– É um menino e vai se chamar Alexander. - Alice respondeu sorridente olhando diretamente para Edward.

– O que? Não acredito! - Emmett se lamuriava enquanto Edward sorria abertamente, ele me apertou em seus braços e sussurrou no meu ouvido espalmando suas mãos no meu ventre.

– Não vamos precisar comprar um enxoval para nossa menina afinal. - Meu coração acelerou e me derreti em seus braços imaginando uma menina com os lindos olhos azuis do pai. Será que ele acertaria? Mas como ele sabia se nem grávida eu estava? Olhei para Edward e o beijei, era essa cumplicidade e carinho que eu queria de volta e estava quase perdendo devido a falta de tempo, mas assim que saíssemos daqui hoje iria conversar seriamente com ele sobre o que estava acontecendo entre nós, Edward beijou o topo da minha cabeça com carinho e por hora decidi aproveitar o momento. Logo ele e Emm voltaram a discutir sobre a aposta, Rose vendo a situação se despediu de todos puxando Emm para fora do quarto, eu e Edward fomos embora logo em seguida deixando Alice e Jasper presos em seu paraíso particular.

Casa de Bell e Edward *-*

Notas finais do capítulo O que acharam?? E a casa? Gostaram? No próximo teremos mais cômodos aparecendo e também a tão esperada aposta feita pelos meninos e a conversa sobre o excesso de trabalho de Edward ... E claro um detalhe que por hora deixarei em off...rsrsrsrs

Sei que o tempo é corrido para todas, mas gostaria de pedir e muito que comentassem, estou realmente precisando de um certo empurrão nessa reta final da fic... Desde já obrigada pelo apoio!

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 50) Capítulo 49 - Pedido

Notas do capítulo Capítulo *SURPRESA*

Achei que mereciam esse brinde depois de ter demorado tanto no capítulo anterior. Obrigada pelos comentários e o incentivo.

Bom nesse capítulo ainda não teremos o pessoal e a aposta feita pelo Edward e o Emmett, resolvi reservar esse exclusivamente para Bella e Edward ♥

Espero que gostem ;) Bella POV

Eu e Edward saímos do quarto em que Alice tinha acabado de dar luz ainda maravilhados com o nascimento daquele bebê lindo que agora dormia tranquilamente nos braços de minha amiga. Nesse momento fiquei pensando na maternidade, me sentia um pouco insegura com a ideia, mas sempre foi meu desejo formar uma família e sabia que Edward partilhava desse sonho comigo, aliás ele parecia até bem mais animado do que eu, vi como seus olhos se iluminaram quando olhou para Alexander e se existia algo que eu tinha certeza, era de que Edward seria um ótimo pai.

– Achei lindo o nome que eles escolheram. - Comentei enquanto caminhávamos para a saída do hospital.

– Muito bonito mesmo, é um nome forte e imponente. - Edward respondeu concordando.

– Não acredito que acertou o sexo. - Disse o olhando com um sorriso, ele riu.

– Eu avisei que ia acertar. - Retrucou piscando para mim, foi minha vez de rir.

– Afinal o que vocês dois apostaram? - Perguntei sem aguentar de curiosidade.

– Você vai ver. - Estreitei meus olhos em sua direção.

– Não vai mesmo me contar? - Questionei indignada, ele negou sorrindo. - Chato. - Murmurei com um bico, odiava quando me deixavam curiosa. Edward segurou meu queixo e me beijou delicadamente, como sempre acabei derretendo nos seus lábios, passei meus braços pelos seus ombros e aprofundei o beijo infiltrando meus dedos entre seus cabelos, queria aproveitar o máximo esse momento tão gostoso que estávamos tendo, porém cedo demais Edward me afastou, ambos ofegantes, ele encostou sua testa na minha e pronunciou as três palavras que conseguiram derrubar todo o meu ânimo.

– Eu preciso ir. - Na mesmo hora sai de perto dele e fui caminhando até a saída, logo senti sua mão segurando meu braço. - O que foi? - Puxei meu braço com brusquidão e o encarei indignada, felizmente já estávamos fora do hospital e um ataque meu não seria inviabilizado por ninguém.

– Foi que esse é o primeiro momento intimo que nós temos em dias e o que você faz? Me afasta e diz que precisa ir. - Edward suspirou e passou a mão pelo cabelo o deixando ainda mais bagunçado.

– Me desculpa se pareci grosso, mas é que eu preciso voltar para a empresa, tenho uma reunião importante agora. - Tentou se explicar, entretanto isso só me deixou ainda mais irritada.

– Não precisava largar sua preciosa empresa para estar aqui então. Ficasse lá! - Edward me olhou seriamente.

– Eu vim porque sabia que era um momento importante e queria estar com você e nossos amigos. - Respondeu altivo, eu balancei a cabeça negando.

– Não, você veio aqui para dizer que veio e mais nada.

– Você esta sendo absurda. - Falou exasperado. - Eu estou fazendo o impossível para estar aqui. - Respondeu apontando o indicador em seu peito quando se referiu a si.

– E o que você queria com isso? Um tapete vermelho? Uma salva de palmas? - Perguntei irônica, Edward passou a mão pelo rosto.

– Você sabia que ia ser assim. Eu te disse que as coisas iam mudar e você aceitou. - Me acusou seco.

– De fato eu sabia, mas você nunca me disse que eu teria que acordar e ir dormir sozinha, que nunca mais teria tempo para mim. Isso você esqueceu de dizer Edward. - Minha voz soou baixa e magoada. Merda! Não era assim que eu queria ter essa conversa. Respirei fundo e o encarei, Edward parecia ponderar minhas palavras e não saber o que dizer, para piorar a situação o celular dele começou a tocar, sem tirar os olhos de mim ele o atendeu.

– Cullen. - Respondeu imediatamente. - Sim senhorita Weber, eu já estou a caminho. Leve os investidores para a sala de reuniões, dentro de quinze minutos estarei aí. - Disse e desligou, seus olhos ainda presos em mim, se aproximou e segurou minha cintura. - À noite conversaremos. - Sussurrou e beijou minha testa se afastando. Eu fiquei ali parada vendo ele seguir para o seu carro e Jasen abrir a porta para que entrasse. Era assim que resolveríamos nossos problemas? Estava me sentindo um verdadeiro nada neste momento, era real, eu havia sido trocada pela empresa, afinal Edward preferia estar lá do que ficar comigo. Uma agonia sem tamanho me tomou e ainda meio entorpecida caminhei até meu carro, Thompson logo apareceu abrindo a porta para que eu entrasse, encostei no banco, fechei meus olhos e respirei fundo, tentando não chorar na presença dos seguranças.

– Para onde gostaria de ir senhora? - Kline perguntou, abri os olhos e o vi me fitando pelo retrovisor.

– Me leva para casa, a que acabamos de construir. - Expliquei caso ele ficasse em duvida, porém assim que falei percebi uma troca de olhares entre Thompson e Kline. - O que foi? Perguntei olhando diretamente para Thompson, ela se virou na minha direção.

– Recebemos ordens do senhor Cullen para não levar a senhora até lá hoje. - Explicou sutilmente, franzi meu cenho, ela percebendo a confusão no meu rosto completou. - A casa esta sendo inspecionada para verificarem qualquer problema. - Na hora me lembrei que Edward havia me dito isso há uns dois dias quando a construção foi finalizada, com tanta coisa acabei esquecendo.

– Tinha me esquecido. - Respondi me sentindo ainda mais derrotada, o jeito era ir para nosso apartamento. - Para o apartamento Kline. - Disse e ele colocou o carro em movimento, chegamos em pouco tempo e os dispensei dizendo que não iria mais sair naquele dia, mesmo assim pelo menos Thompson permaneceria na portaria, ordens de Edward.

Abri a porta e estava tudo em um silêncio mortal, infelizmente Chance havia ido com Edward para o escritório, aquela bola de pêlos com certeza poderia me animar, me obriguei a caminhar e segui para o nosso quarto, deixei minha bolsa sobre a cama e entrei no banheiro me despindo no caminho até o box, liguei a ducha e sem perceber comecei a chorar. Era assim que seria a minha vida agora? Sozinha? A verdade é que eu nem sabia como conversar com Edward, assim como aconteceu na porta do hospital tinha certeza que acabaríamos discutindo e isso era a última coisa que eu queria. Sai do chuveiro e me enrolei na toalha me enxugando, segui para o quarto e vesti somente um robe sobre a lingerie que tinha acabado de colocar, fui para a cozinha e como a maioria das mulheres abri o congelador pegando um pote de sorvete, catei uma colher na gaveta e me encolhi no sofá tentando achar uma forma de conversar com Edward da melhor forma possível.

Já passava das dez da noite e eu remexia sem parar na cama, Edward havia ligado para avisar que tinha uma jantar de negócios e por isso chegaria tarde, eu simplesmente respondi com um tudo bem e desliguei batendo o telefone na cara dele, era bem capaz de decidir passar a noite fora de casa para não ter que lidar comigo, foi então que ouvi a porta da sala sendo aberta, me enrolei nas cobertas virando de costas para a entrada do quarto, ouvi as patas de Chance sobre o assoalho e os passos de Edward, quando estava na porta ele parou e pude ouvir sua voz calma e suave.

– Boa noite amigão. - Chance suspirou, com certeza estava esparramado na sua almofada que ficava no corredor, tentamos deixar ele ficar conosco no quarto, mas não deu muito certo, primeiro porque eu não me sentia bem transando com Edward e Chance ali do lado e segundo, porque ele roncava muito alto, na primeira noite que passamos todos no mesmo cômodo, eu e Edward não acreditamos ao ouvir aquela pequena bola de pêlos roncando, foi engraçado até não conseguirmos dormir devido o barulho, no corredor o som era mais tolerável.

A porta do quarto foi aberta lentamente e pude ouvir Edward se locomover por ele, em poucos minutos saiu de novo, com certeza foi tomar banho no outro banheiro, quem sabe dormir no outro quarto, entretanto logo essa ideia foi descartada ao ouvir seus passos novamente no quarto e ele levantar a coberta da nossa cama, aos poucos foi se aproximando de mim, continuei fingindo que dormia, senti seus dedos acariciarem meu braço e mesmo que eu não quisesse me arrepiei com seu toque, em seguida percebi sua boca próxima ao meu rosto, ele encostou o nariz em meus cabelos e inspirou.

– Eu te amo anjo. - Declarou com a voz baixa, por pouco não me virei e o agarrei, mas no momento estava magoada demais para isso, pude perceber Edward se deitando atras de mim, sem tirar seu braço do meu corpo me puxou ao encontro do dele, podia me afastar, só que isso me denunciaria e acima de tudo eu não queria, em pouco tempo adormeci enrolada em seus braços.

Na manhã seguinte acordei com um latido agudo de Chance.

– Chance! A mamãe esta dormindo. - Ouvi Edward o repreendendo, achava uma graça quando ele dizia mamãe ou papai para nosso cachorro. Mas peraí, que horas eram? Peguei o relógio no criado e vi que já passava das nove da manhã de uma sexta, franzi meu cenho. O que Edward estaria fazendo em casa nesse horário? Levantei pegando meu penhoar e indo em direção da cozinha, respirei fundo antes de me fazer presente, talvez estivesse na hora de conversarmos, eu só não sabia o que dizer ainda. Afinal ele não era o único culpado por essa situação, eu também havia me distanciado com a construção da casa, embora sua atitude no dia anterior tenha me deixado muito chateada. Me aproximei lentamente e observei Edward no fogão atento no preparo das panquecas e falando baixinho com Chance, ele estava se dando melhor na cozinha e já era capaz de preparar um ótimo café da manhã sem a minha ajuda, subitamente ergueu a cabeça e me viu ali.

– Bom dia. - O cumprimentei e ele abriu um sorriso cauteloso, Chance ao ouvir minha voz parou de prestar atenção na comida que Edward fazia e veio correndo na minha direção abananando seu rabo para todos os lados, me abaixei e segurei sua cabeça. - Bom dia para você também rapaz. - Acariciei sua cabeça coçando sua orelha, ele arfava como se estivesse gargalhando, eu amava aquele peludo.

– Chance vem comer e deixa a mamãe sossegada. - Edward o chamou e colocou a vasilha dele no chão que na mesma hora foi correndo para comer, levantei, fui até a pia da cozinha e lavei minhas mãos, depois me sentei no banco que ficava em frente ao balcão, Edward permaneceu em silêncio.

– Não vai trabalhar hoje? - Perguntei de modo distraído, Edward me olhou de esgueira enquanto retirava as panquecas da frigideira.

– Não, resolvi tirar o dia de folga. - Sua resposta me surpreendeu.

– Pelo o que aconteceu ontem? - Indaguei sem pensar, Edward me encarou se apoiando na pia e balançou a cabeça.

– Não Bell, quer dizer, o que você me disse ontem realmente me fez pensar em muitas coisas, mas hoje eu iria mesmo tirar o dia de folga, por isso precisei ficar até tão tarde ontem e passei a semana inteira trabalhando tanto, tinha que resolver todos os assunto para poder ficar sossegado. - O olhei intrigada.

– E posso saber por que? - Questionei interessada, ele deu a volta no balcão e brincou com o dedo na parte descoberta da minha perna, causando arrepios pelo meu corpo e fazendo com que minha respiração acelerasse.

– Por enquanto não. - Estreitei meus olhos bufando, Edward riu pela minha cena, mas logo seu semblante ficou sério, segurou minha mão e me encarou. - Eu sei que os últimos meses foram terríveis e que com a construção da casa e meu excesso de trabalho nós acabamos nos afastando, mas agora eu quero um voto de confiança. Pode confiar em mim? - Implorou com aqueles olhos pidões que pareciam com os de Chance, desse jeito ficava difícil negar qualquer coisa.

– Posso tentar. - Fiz uma graça, Edward sorriu e me abraçou.

– Desculpa por ontem. - Pediu passando a mão pelas minhas costas, enterrei minha cabeça no seu pescoço. Nós já havíamos enfrentado tantas coisas e não seria agora que eu desistiria.

– Tudo o que eu queria era que você desejasse estar ali conosco, mas quando disse que precisava ir embora fiquei morrendo de raiva, porque percebi que seus negócios são mais importantes do que eu. - Murmurei com pesar, Edward se afastou e segurou meu rosto.

– Nada é mais importante que você para mim Isabella. Absolutamente nada. - Garantiu com segurança.

– Não foi o que pareceu. - Resmunguei sôfrega, ele abriu um sorriso triste e suspirou.

– Eu sei que pisei na bola, principalmente ontem, mas eu estava tão estressado com as coisas que ainda precisava fazer para poder ter o dia livre que acabei descontando meu nervosismo em você, discutir com você era a última coisa que eu queria. Eu juro.

– Eu não aguento mais ver você se matando de trabalhar Edward, será que não vê como esta esgotado? - Questionei passando meus dedos pelo seu rosto e suas olheiras, ele assentiu.

– Sei disso anjo, o que me disse na porta do hospital me fizeram acordar, eu quero ter tempo para você, para nossos amigos, para uma vida e quando tiver um filho eu não quero ser um pai ausente, que só vê o filho nas férias ou no jantar. Quero uma família de verdade. - Fiquei emocionada com suas palavras, especialmente porque foi algo que ele percebeu sem que eu tivesse que dizer isso várias vezes.

– O que tem em mente? - Indaguei interessada.

– Bom, para começar já distribui a maior parte de minhas funções a funcionários de confiança, além disso estabeleci um horário para entrar e sair da empresa, claro que ainda vou receber ligações nos horários que não estiver na empresa, mas isso só em caso de emergência e nenhum dos encarregados puder resolver e ao invés de ter o domingo livre, escolhi o sábado e domingo irei trabalhar meio período e em casa. - Sorri, seu plano era perfeito. - Gostou? Perguntou com expectativa.

– Vai mesmo fazer tudo isso? - Minha voz soou esperançosa.

– Claro que vou. - Respondeu com uma certeza que fez meu coração bater de alegria, sem pensar pulei em seus braços, Edward me apertou e senti seu sorriso contra a minha pele. - Eu sinto muito por ter te magoado Bell, mas eu garanto que a partir de hoje as coisas vão mudar. - Disse com convicção, o olhei seriamente.

– Eu fico feliz por isso, estou cansada de acordar sem você na cama. - Reclamei manhosa.

– Eu também, principalmente em te levar para a cama. - Retrucou com um sorriso maroto, lhe dei um tapa, Edward riu e se levantou me puxando pela mão. - Vem, vamos tomar logo nosso café que o dia esta cheio. - O fitei fazendo um bico.

– Não vai mesmo me dizer o que vamos fazer? - Fiz meu melhor olhar de Chance e Edward gargalhou, era ótimo ver ele assim, mais do que isso, ter esses momentos leves e descontraídos com ele.

– Nem adianta vir com esse olhar, é uma surpresa. - Disse afastando a cadeira para que eu sentasse.

– Que tipo de surpresa? - Edward se inclinou na minha direção e me beijou.

– Espere e verá. - Respondeu simplesmente se virando e pegando as panquecas e o suco, eu não estava me aguentando de curiosidade, contudo decidi deixar as coisas fluírem, o clima estava bom demais para que eu o estragasse tentando descobrir o que Edward estava armando. Olhei para Chance e ele já estava esparramado no chão da cozinha dormindo, era sempre assim, depois da comida tirava seu cochilo. - Ah! Antes que esqueça Jasper ligou. Edward disse se sentando ao meu lado e me puxando para seu colo, felizmente esse era um costume que ele não perdia.

– E o que ele disse? - Perguntei tomando um gole de suco.

– Falou que Alice e o Alex terão alta hoje à tarde, aproveitei e perguntei se podíamos dar uma passada lá à noite, ele disse que tudo bem, Emm e Rose também vão. Tudo bem para você?

– Claro, vai ser ótimo ver Allie e o bebê. - Respondi concordando. - Quer dizer que Alexander já tem um apelido? - Edward abriu um sorriso tímido.

– É mais prático, Jasper que o chamou assim e acabei pegando também. - Se explicou.

– Eu gostei. - Sorri, Edward depositou um beijo em meu pescoço. - E vai ser hoje que vamos descobrir o que tanto você e o Emm apostaram?

– Ainda não.

– Ah! Por que?

– Nós tínhamos combinado de ser feito no hospital, mas achamos que talvez o momento não fosse o melhor, por isso decidimos fazer quando Alice estiver pronta para sair, assim vamos todos juntos.

– Hum... Estou me corroendo para saber o que o Emmett vai ter que fazer.

– Logo saberá anjo.

– Tem outro jeito?

– Não. - Respondeu sorrindo, voltamos a tomar nosso café da manhã e assim que terminamos Edward e eu nos trocamos, pegamos Chance que já havia acordado e estava louco para sair um pouco, fomos para a garagem onde Jasen já esperava, acomodamos Chance no banco traseiro, Edward se sentou no meio ao meu lado e eu fiquei na outra janela, assim que o carro foi percorrendo as ruas eu percebi que conhecia aquele caminho, me virei e encarei intrigada Edward.

– Estamos indo para nossa casa? - Ele sorriu e assentiu.

– Sim, vamos passar o dia lá.

– Então já finalizaram a inspeção? - Edward me olhou de um modo estranho como se estivesse me escondendo alguma coisa.

– É, podemos dizer que sim. - Franzi meu cenho confusa.

– Como assim? - Edward sorriu brincando com uma mexa do meu cabelo.

– Amor desse jeito você estraga a surpresa. - Estreitei meus olhos, mas não disse mais nada, estava louca para saber o que Edward estava escondendo.

Em poucos minutos entramos no terreno de nossa casa, toda vez que a olhava sentia uma alegria enorme, aquele lugar seria nosso lar, para mim, Chance, Edward e nossos filhos. Descemos do carro e Chance já queria sair correndo pela propriedade, entretanto Edward o segurou firme na coleira, ele ainda tinha receio de deixar Chance sozinho no quintal, seu maior temor era nosso cachorro se afogar no lago, apesar da raça de Chance estar acostumada com água e a nadar, nós preferíamos ficar por perto caso acontecesse algo.

Edward pediu que Jasen voltasse somente no fim da tarde, ele falava sério quando disse que passaríamos o dia aqui, só queria saber o que estava planejando. Aproveitamos que estávamos ali e passeamos um pouco com Chance, depois voltamos para casa e assim que entramos Edward o soltou da coleira jogando um brinquedo para que ficasse entretido, colocou a almofada dele no chão e mais algumas sacolas que trazia sobre o balcão da cozinha, veio em minha direção e me puxou para o segundo andar, quando chegamos na porta do nosso quarto ele me virou fazendo com que o encarasse, tirou do bolso um pedaço de pano preto, o olhei intrigada.

– Feche os olhos. - Pediu, mas soou mais como uma ordem, arqueei minha sobrancelha, Edward sorriu. - Vamos amor, faz parte da surpresa. - Argumentou fazendo uma carinha adorável.

– Ok. - Acabei concordando e fechei os olhos, senti o tecido me vendando e Edward dando um nó na parte de trás, suas mãos seguraram meus ombros e ele me virou, em seguida se afastou, ouvi a porta se abrindo e sua mão na minha me puxando com delicadeza para dentro, quando entramos Edward me soltou e foi fechar a porta, logo o senti atras de mim, suas mãos na minha cintura me abraçando, deixei meu corpo cair contra o seu peito enquanto minhas mãos encontravam as suas sobre minha barriga, ele beijou a lateral da minha cabeça e sussurrou as minhas palavras preferidas em todo o mundo.

– Eu te amo anjo. - Sorri e o apertei mais em mim, em pensar que ontem estava quase querendo matar ele, mas eu sabia que um relacionamento não era feito só de momentos bons, afinal como poderíamos aproveitar o som se não fosse o silêncio, ou a luz sem a escuridão, para tudo na vida era necessário equilíbrio, inclusive em uma relação.

– Eu também te amo garotão. - Edward riu, adorava quando o chamava assim, ele delicadamente virou meu rosto e meus lábios encontraram os seus, no inicio de modo calmo, entretanto isso durou pouco, logo estávamos vorazes um pelo o outro, virei meu corpo e segurei sua nuca o trazendo ainda mais para perto, como se eu tivesse a necessidade de fundir nossos corpos, Edward apertou minha cintura e soltou um gemido rouco, me deixando cada vez mais louca por ele, contudo uma hora precisamos de ar e tivemos que nos afastar, senti Edward encostando sua testa na minha ao mesmo tempo que tentávamos controlar nossas respirações. - Já estou gostando dessa surpresa. - Respondi sorrindo, pude ouvir sua risada.

– Espero que continue gostando. - Falou se distanciando um pouco e me virando novamente para a frente, seus dedos tocavam o nó da venda. - Eu quero que me prometa uma coisa. Pediu antes de desfazer o nó.

– O que?

– Se não gostar vai ser sincera comigo. - Nesse momento eu imaginei o que ele estava escondendo, assenti sem parar de sorrir.

– Feito. - Senti a respiração dele um pouco pesada contra a minha nuca, com certeza devia estar tenso, seus dedos começaram a trabalhar desfazendo o nó da faixa que cobria meus olhos.

– Mantenha os olhos fechados. - Pediu soltando a venda, puxou meu queixo para o lado e senti seus lábios nos meus novamente, antes que aprofundasse o beijo ele parou, suas mãos foram para os meus ombros. - Pode abrir. - Sussurrou em meu ouvido, virei meu rosto para frente e lentamente abri meus olhos para encarar maravilhada nosso quarto, estava lindamente mobiliado e decorado, porém o que mais me impressionou foram as flores vermelhas sobre a cama, me aproximei e vi ali uma garrafa de vinho e duas taças, me virei e olhei para Edward que parecia apreensivo e ansioso.

– Foi você que fez tudo isso? - Ele assentiu.

– Foi, eu já estava há algum tempo com essa ideia, mas morrendo de medo de você não gostar, na verdade ainda estou. - Confessou sem jeito passando a mão pelos cabelos, Edward ficava uma graça nervoso. - Se quiser mudar, fique a vontade, eu só queria fazer uma surpresa. - Antes que dissesse algo ele continuou falando. - Você odiou né? Eu não devia ter feito isso, você disse que queria fazer comigo, eu sou um idiota... - Começou a disparar sem parar.

– Edward...

– Tudo bem, eu peço para desmontarem e você pode escolher o que quiser...

– Edward... - Tentei mais uma vez.

– Eu nem sei por que pensei que fosse gostar, eu...

– Edward! - Gritei e finalmente ele parou de falar prestando atenção em mim. - Eu amei. Edward me encarou realmente surpreso.

– Mesmo? - Um sorriso começou a despontar em seus lábios. - Bell eu juro que não vou ficar chateado se você não gostou. - Balancei a cabeça e me aproximei dele o abraçando.

– Como eu não gostaria? Esta perfeito. - Ele me apertou contra o seu corpo e pude sentir ele dando um suspiro de alívio.

– Nem acredito. Sério mesmo que gostou? - Assenti freneticamente e o beijei.

– Na verdade eu não gostei, eu amei. - Edward abriu um sorriso lindo. - Principalmente da cama. - Apontei para a decoração que ele havia feito com as flores. - Quando fez isso? - O encarei curiosa.

– Ontem à noite, depois que sai do jantar de negócios. - Arregalei meus olhos espantada.

– Foi por isso que adiantou todos os seus compromissos?

– Como falei, tem alguns dias que estou planejando isso. - Aquilo caiu como uma bomba para mim.

– Não acredito! E eu fui tão estúpida brigando com você ontem. - Me condenei.

– Você tinha razão de chamar minha atenção Bell.

– Mas você estava preparando tudo isso. - Expliquei abrindo meus braços e mostrando tudo o que havia feito.

– Mesmo assim, eu realmente perdi a noção do quanto estava trabalhando. Se você não tivesse chamado minha atenção com certeza eu não cairia na real e não teria tomado nenhuma daquelas decisões que te disse hoje de manhã. - Talvez ele tivesse razão.

– Não vamos pensar mais nisso. - Pedi e me aproximei dele o puxando para a cama. - Estou pensando agora em estrearmos essa cama maravilhosa juntamente com esse vinho. - Peguei a garrafa em uma mão e as taças com a outra, Edward me puxou pela cintura e me beijou com desejo.

– Não vejo a hora de matar toda a saudade que estou de você safada. - Gemi enlouquecida, fazia um bom tempo que não transávamos com loucura. - Quero ouvir você gemer muito mais. - Edward tirou a garrafa e as taças de minhas mãos as colocando no criado. - Depois bebemos, agora eu quero tomar algo mais doce. - Murmurou no meu ouvido, fazendo com que arrepios passassem pelas minhas costas, me empurrou gentilmente sobre a cama, seu corpo cobriu o meu e nossos lábios se perderam um no outro com desespero, quando o ar nos faltou Edward passou a distribuir beijos pelos meu pescoço, eu comecei a desabotoar sua camisa ao mesmo tempo que ele tirava o leve vestido que eu usava me deixando somente com uma calcinha fina, se ajoelhou entre minhas pernas passando suas mãos pelas minhas coxas e me olhando com malícia. - Você é uma tentação Isabella. - Disse com a voz rouca de desejo, eu gemi, Edward subiu uma de suas mãos e tocou meu seio nu, seu toque começou delicado se tornando mais forte, um sorriso safado despontou em seus deliciosos lábios, de um modo sedutor os lambeu, me fazendo quase gozar com a cena luxuriante que via diante de mim e

morrendo de vontade de morder aquela boca gostosa, em seguida ele apoiou a mão que apertava minha coxa na cama e inclinou seu corpo sobre o meu, tomando um de meus seios com a boca enquanto o outro era acariciado com sua mão. Eu arfava e gemia sem controle, as sensações eram boas demais, Edward lambeu o vão dos meus seios, sua mão que estava sobre a cama substituiu sua boca que agora sugava e lambia meu outro seio. - Tem um gosto tão bom, eu poderia passar o dia inteiro sentindo seu sabor. - Murmurou enquanto sua língua rodeava e mordia meus mamilos túrgidos, meu corpo arqueava na cama, subitamente eu me senti perdida com seu toque e sua boca, para meu próprio espanto eu gozei sem ao menos ter ele dentro de mim, senti os espasmos percorrendo meu corpo como uma corrente elétrica, assim que me acalmei Edward me encarava com um sorriso, se aproximou e mordeu o lóbulo da minha orelha. - Esse é só o primeiro de muitos orgasmos que lhe darei hoje. - Meu coração que já estava batendo em descompassado acelerou ainda mais quando seus lábios tomaram os meus, me dando a certeza que este seria um dia inesquecível.

Edward POV

Bell ressonava tranquilamente em meus braços após horas nos amando, observei seu rosto sereno e o acariciei. Há quanto tempo não ficávamos assim? Somente curtindo um ao outro? Eu fui um imbecil no dia anterior discutindo com ela, mas eu estava tão estressado com a quantidade de coisas que precisava fazer para poder ter o dia livre que nem me toquei que havia sido frio e até um pouco grosso, a verdade é que eu amava meu trabalho e geralmente quando estava na empresa eu não via o tempo passar, eu e Isabella estávamos tão focados cada um nas suas obrigações que acabamos de alguma forma esquecendo um do outro, felizmente agora com o fim da construção da nossa casa Bell pode perceber como estávamos distantes e me dar um choque de realidade, pois se não fosse ela me dizer tudo aquilo com certeza depois de um dia de folga como o de hoje eu voltaria a ser o viciado em trabalho de antes.

Depois que discutimos na frente do hospital, segui atordoado para a empresa, as palavras de Bell ainda na minha cabeça. "Você nunca me disse que eu teria que acordar e ir dormir sozinha, que nunca mais teria tempo para mim. Isso você esqueceu de dizer Edward" Suas palavras me pegaram em cheio e então eu percebi o que estava perdendo, imaginei Isabella no lugar de Alice e eu perdendo o parto do nosso filho, pois se eu continuasse assim era isso que aconteceria, eu perderia muitos momentos importantes e que valiam mais que trabalho. Quando cheguei à empresa minha primeira providência depois de fazer a reunião que tinha marcado foi reunir meus funcionários de confiança e distribuir melhor minhas funções e desse modo ter mais tempo para Bell e para mim mesmo, além disso estipulei um horário fixo para entrar e sair da empresa, eu sentia uma falta imensurável de tomar café da manhã e

principalmente ir para cama com ela, nos últimos meses tudo o que estávamos fazendo estava se tornando automático, inclusive o sexo, uma prova disso foi o turbilhão de desejo e sentimentos carnais que nos tomaram quando a deitei em nossa cama, a fazendo gozar sem ao menos estar dentro dela ou a tocando intimamente.

Felizmente percebi tudo isso antes que fosse tarde demais, principalmente por causa do pedido que irei fazer, queria mostrar a Isabella que podia fazer ela feliz e que eu era merecedor do seu amor. Um choramingo baixo chamou minha atenção, com extremo cuidado tirei Bell dos meus braços e a deixei deitada na cama dando um beijo casto em sua cabeça, vesti minha boxer e a camiseta e segui até a porta do quarto, ao abri-la encontrei Chance sentando abanando o rabo, sorri.

– Esta com fome amigão? - Chance ficou de pé e antes que latisse o repreendi. - Shiu. - Ele ficou quieto e seguiu correndo pelo corredor, fechei a porta com cuidado e o segui, desci as escadas e peguei a bolsa que havia trazido com as coisas de Chance, encontrei o saco de ração e sua vasilha, Chance não aguentou e latiu alto. - Chance! - De novo tive que repreendê-lo, Chance se sentou e ficou arfando, esperando sua comida. Despejei a quantidade necessária para seu "almoço" e quando coloquei no chão ele foi todo afoito comer, afastei a vasilha. Devagar. - Instrui, ele pareceu entender e comeu com mais calma, peguei sua vasilha de água e a enchi, limpei a sujeira que havia feito no jornal e coloquei um limpo, depois lavei e desinfetei minhas mãos, percebendo que Chance estaria bem e que após comer dormiria, peguei uma sacola que preparei sem que Bell visse e subi de volta para o quarto, entrei o mais silenciosamente possível, felizmente ela ainda dormia, fui para nossa suite e deixei tudo sobre a pia, nosso banheiro seguia o estilo do restante da casa, mas tinha um ar um pouco mais moderno, especialmente nossa banheira que tinha uma cascata e uma linda vista do nosso terreno, peguei uma pote com pétalas de rosas e joguei por todos os lados, eu sabia o quanto Bell gostava disso e eu adorava fazer esse tipo de coisa por ela, em seguida acendi as velas e distribui pelo banheiro, conforme ia arrumando tudo o meu medo crescia. E se ela dissesse não? E se minha falta de zelo nos últimos tempos a fizessem repensar seu desejo de ficar comigo? Balancei a cabeça me negando a aceitar isso, afinal de contas todos os casais passam por problemas, o importante era que nos amávamos e prezávamos o que sentimos um pelo o outro, mesmo tentando me assegurar que tudo daria certo o meu temor só iria embora se eu ouvisse uma resposta positiva de Isabella, terminei de arrumar o banheiro e voltei para o quarto, me aproximei do seu corpo e passei a distribuir beijos na suas costas nuas, ela se remexeu apertando o travesseiro.

– Hum... Isso sim e um bom jeito de acordar. - Murmurou sonolenta se virando, deitei sobre ela e a beijei. - Dormi muito? - Perguntou manhosa.

– Não, me deu tempo de preparar nosso banho. - Respondi com um sorriso maroto.

– Eu amo tomar banho com você. - Disse enlaçando seus braços no meu pescoço.

– Quero só ver o que vai achar desse banho. - Bell franziu o cenho, levantei da cama com ela nua no meu colo.

– O que esta aprontando senhor Cullen? - Questionou sedutoramente beijando abaixo da minha orelha e provocando ondas elétricas pelo meu corpo, respirei fundo antes que a atacasse, parei de andar e a encarei antes de entrar no banheiro.

– Pronta? - Ela assentiu sorrindo, empurrei a porta com meu pé e meus olhos ficaram presos no seu rosto, Bell abriu a boca em choque e ofegou.

– Edward isso é... Eu nem tenho palavras. - Virou o rosto e me encarou. - Você é uma caixinha de surpresas. - Sussurrou encostando sua boca na minha. - Eu te amo. - Sorri largamente.

– Eu também te amo anjo. - A levei até a banheira, Bell desceu do meu colo e entrou na água, fui me despindo enquanto Isabella me comia com os olhos. - Gosta do que vê? - Ela riu e se deitou na outra ponta da banheira sem parar de me olhar.

– Minha vista favorita. - Gargalhei alto com sua resposta, entrei na água ficando de frente para ela, Bell mordeu os lábios e me provocou movendo seu pé entre minhas pernas, segurei seu pé embaixo d'água.

– Safada. - Falei a olhando com ardor enquanto massageava seu pé, o levei até minha boca e o beijei, Bell se contorceu e gemeu, achei melhor parar de provocar caso contrário meu plano ia pelo ralo, ela suspirou desanimada quando soltei sua perna, precisava tomar coragem, só não fazia ideia de como começar e o que dizer. E se ela achasse esse pedido idiota e sem criatividade?

– Tudo bem Edward? - Bell perguntou e percebi que estávamos em silêncio há algum tempo.

– Esta sim. - Me endireitei na banheira e senti minha respiração mais pesada, meu coração já estava em frangalhos, Isabella se aproximou e ficou entre minhas pernas.

– Não esta não. - Negou intrigada passando a mão pelo meu rosto e meus braços. - Você esta tremendo Edward. - Sua voz soou preocupada e me olhou alarmada.

– Eu preciso te dizer algo. - Disparei de uma só vez, senti seu corpo tencionar e ela prender a respiração.

– Pode dizer. - Me incentivou temerosa, passei minha mão pelo seu braço o acariciando com o polegar tentando acalmá-la, do modo como eu estava agindo até parecia que ia dar uma má notícia, decidi acabar logo com essa situação e a encarei, seus lindos olhos verdes me deram o impulso que precisava.

– Eu te amo. - Declarei obstinado, Bell sorriu aliviada e antes que dissesse algo posicionei meu indicador nos seus lábios a silenciando e continuei. - Devo tudo o que sou e tenho unicamente a pessoa que sem pensar passou por cima de si mesma para socorrer aquele que a tanto lhe fez sofrer. - Ela balançou a cabeça negando. - É a verdade anjo, você me salvou de mim mesmo e não foi só uma vez, você me salva todos os dias só por estar ao meu lado, por me fazer feliz e não me deixar desistir do que realmente importa, do que tem valor de verdade na vida, os amigos, a família e o amor, por tudo isso Isabella, eu quero, mais do que isso, eu preciso de você na minha vida para sempre. - Bell me fitava sem ação, algumas lágrimas escorrendo pelo seu belo rosto, estiquei meu braço e peguei a caixa de vidro que havia deixado discretamente ao lado da banheira e olhei para Bell, respirei fundo e disparei. - Quer se casar comigo Isabella? - Perguntei finalmente estendendo a pequena caixa transparente em sua direção, ela respirava rapidamente e seus olhos disparavam da caixa para meu rosto, estava começando a temer que dissesse não, mas no instante seguinte senti seus braços ao redor do meu pescoço apertando seu corpo contra o meu.

– Sim! - Disse soluçando, se afastou e distribuiu beijos nos meus lábios. - Sim! Sim!Sim! Mil vezes sim. - Sorria saltando dentro da banheira e me beijando, me contagiei pela sua alegria e segurei sua cintura tomando seus lábios em um beijo voraz. - Eu te amo Edward. Te amo. Declarou com nossas bocas coladas. Sorri abertamente subindo minhas mãos e segurando seu rosto.

– Eu te amo meu anjo. Muito! - Ela sorriu e me beijou de novo, foi então que me dei conta que não estava mais segurando a caixa de jóia. - Droga! - Praguejei a afastando.

– O que foi? - Perguntou confusa.

– Eu deixei a caixa com o anel cair. - Expliquei e começamos a tatear a água em busca da caixa, felizmente não demorei a encontrar, Bell sentou sobre seus joelhos entre minhas pernas, tirei o anel da caixa e a encarei. - Pronta para se tornar a futura senhora Cullen? - Isabella sorriu emocionada e assentiu, segurei sua mão e deslizei o anel pelo seu dedo, Bell analisou a jóia e seu sorriso cresceu ainda mais e percebi que tinha gostado.

– Combina com meu anel de compromisso. - Murmurou encantada.

– Essa era a intenção. - Ela suspirou e se inclinou tomando meus lábios em um beijo quente e delicioso, passei minhas mãos pelas suas costas e sem esperar a penetrei, a fazendo minha mais uma vez, Isabella soltou um gemido alto e começou a rebolar sobre o colo me deixando cada vez mais louco e ávido por ela, minha futura esposa, com essa certeza a tomei com força, querendo fundir meu corpo com o dela.

– Vem gostosa. Goza para mim senhora Cullen. - Vi um sorriso enorme aparecer em seu rosto, ela apoiou na banheira e aumentou a velocidade com que subia e descia no meu membro.

– Estou indo senhor Cullen. - Rosnei e puxei seu seio para minha boca, tomando, sugando e chupando sua pele deliciosa, em pouco tempo ela soltou um grito alto de puro prazer, continuei estocando enquanto ela rebolava e logo alcancei meu ápice, Bell caiu suavemente sobre o meu corpo, nossas respirações entrecortadas, porém ambos com um sorriso estúpido no rosto.

Depois do nosso banho delicioso, tomamos uma ducha em meio a brincadeiras, risos e beijos, a cada segundo que passava com Bell eu via o quanto havíamos perdido nesses meses por causa dos nossos compromissos, quando finalmente saímos do quarto descemos para comer alguma coisa. Chance estava esparramado em sua almofada mordendo seus brinquedos, mas assim que nos viu veio correndo em nossa direção latindo.

– Ah! Meu lindo o papai mau deixou você aqui sozinho? - Bell perguntou para ele acariciando sua cabeça, Chance latiu me olhando.

– É assim que você trata quem te alimenta? - Questionei o olhando indignado, Bell riu e me abraçou.

– Ele só estava dizendo a verdade. - Brincou indo em direção da cozinha.

– Um ingrato, isso sim. - Reclamei, Chance veio para cima de mim pedindo carinho, não aguentei e acabei fazendo um cafuné na cabeça dele.

– Esse rapazinho tem você na pata dele. - Bell zoou lavando as mãos na pia e indo até a geladeira, a abracei pela cintura.

– Só você e ele tem esse poder. - Respondi sorrindo.

– Acho bom mesmo. - Virou o rosto e me beijou. - Tem comida aqui? Estou morrendo de fome. - Perguntou se desvencilhando dos meus braços e abrindo a geladeira, arregalou os olhos ao ver ali cheio de tudo o que ela mais gostava. - Será que tem como o dia de hoje ser ainda mais perfeito? - Se virou e me beijou.

– Se depender de mim pode ter certeza que não. - Retruquei afagando seu rosto com delicadeza, a beijei e antes que intensificasse o beijo, Chance se meteu entre nós.

– Acho que tem alguém aqui com fome. - Bell comentou rindo, se afastou pegando a comida dentro da geladeira e arrumando em cima do balcão.

– Nada de comida rapaz, já te dei o que comer. - Chance choramingou e deitou no chão rolando de um lado para o outro, revirei meus olhos e fui me sentar com Bell, peguei um pedaço de pão e joguei para Chance.

– Edward! - Ela ralhou comigo.

– Hei! Não tenho culpa. - Me defendi, Bell balançou a cabeça e sorriu.

– Você mima demais ele, desse jeito vai virar uma bola, sabe que ele não pode comer nada mais do que a ração.

– Eu sei, mas é difícil resistir. - Me inclinei e a beijei.

– É para o bem dele.

– Ok, não farei mais. - Prometi e olhei para Chance que estava esparramado no chão com aqueles olhos caídos. - Desculpa, mas acabou a festa amigão. - Falei para ele que soltou um gemido magoado, como se pudesse entender o que eu dizia, eu e Bell rimos e voltamos a comer.

– Posso te perguntar uma coisa?

– Claro. - Concordei tomando um gole de suco de uva.

– Desde quando esta planejando tudo isso?

– Bom o pedido já tem um bom tempo, eu queria que fosse quando nossa casa tivesse pronta, agora os detalhes finais eu aprontei nos últimos dias, eu pensei em pedir na cama, mas a banheira me pareceu bem mais a nossa cara. - Isabella abriu um sorriso enorme.

– Nosso fetiche. - Completou, sorri.

– É, mesmo assim fiquei com receio que fosse sem graça demais. - Bell segurou minha mão.

– Eu amei Edward, foi o pedido perfeito. Hoje esta se tornando um dos dias mais felizes da minha vida. - Declarou parecendo realmente feliz e aquilo me deixou nas nuvens, era exatamente isso que eu queria.

– Eu falei sério quando disse que as coisas vão mudar Bell. - A certifiquei novamente dos meus planos, nada mais me afastaria de Isabella. - Eu senti muito sua falta anjo.

– Você não foi o único culpado, eu também me distanciei com a construção da casa, talvez se eu estivesse trabalhando nem percebesse o que estava acontecendo entre nós.

– Mas percebeu e agiu, isso que importa. - Ela assentiu e levantou se posicionando entre minhas pernas.

– Não vejo a hora de estarmos morando aqui. - Falou e me abraçou passando seus braços pelos meus ombros, levei os meus para sua cintura a prendendo contra o meu corpo.

– Eu também, na próxima semana já podíamos começar a mobiliar o resto da casa o que acha? - Ofereci percebendo como tudo finalmente estava se encaixando.

– Acho perfeito. - Concordou me beijando, infelizmente Chance cortou o clima latindo alto e chamando nossa atenção.

– Ele já esta sacaneando comigo. - Bufei, Bell riu e voltamos a comer enquanto Chance fazia suas gracinhas no chão da cozinha, depois arrumamos tudo e fomos dar mais um passeio com ele pela propriedade, o soltamos e deixamos que aproveitasse um pouco o espaço que tinha para correr e se divertir enquanto eu e Bell sentávamos no gramado e curtíamos a companhia um do outro pelo restante da tarde.

Anel de Noivado da Bell *-*

Notas finais do capítulo O que acharam?? Curtiram o pedido ou ficou muito sem graça?? Achei a cara dele, Edward não é um grande romântico, mas ele tenta e a Bell o ama mesmo assim, também como não amar???rsrsrsrs Acho bacana o modo como eles resolvem seus problemas, mesmo brigando um pouco as vezes, eles sempre conversam e se acertam. Isso é o máximo!

No próximo teremos a reunião do pessoal do apê da Allie e do Jazz, imagina a festa sabendo agora que a Bella também vai casar, depois teremos a tão aguardada aposta e claro os planos para esse novo casamento *-*

E nos próximos a despedida de solteiro de Rose e Emm e finalmente o casamento. Como será o reencontro de Bella e James? Não sei em que capítulo será ainda (ultimamente estou errando todas as minha previsões), mas será logo ^^

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 51) Capítulo 50 - It's Raining Men

Notas do capítulo Espero que gostem ;) Bella POV

Tínhamos acabado de deixar Chance em um hotel para animais e seguimos até o apartamento de Jasper e Alice, durante todo o caminho acariciava o anel de noivado que Edward havia me dado e não conseguia tirar o sorriso estúpido que tinha em meu rosto.

– Pelo visto você gostou. - Edward sussurrou, me virei e o encarei sorrindo largamente, nada seria capaz de me fazer parar de sorrir hoje.

– Eu não consigo parar de olhar. - Confessei embevecida, eu me sentia tão feliz que era capaz de sair correndo pela rua gritando, Edward afagou meu rosto também sorrindo, ele parecia do mesmo modo, ambos estávamos em um estado de êxtase.

– E eu não consigo parar de sorrir. - Respondeu beijando meus lábios, a principio calmamente, mas logo sua língua invadia minha boca de forma ávida e voraz, acabei gemendo entre nossos lábios, me afastei e olhei envergonhada para frente onde Jasen dirigia o carro, Edward beijou minha mandíbula e lhe dei um tapa. - Mais tarde então. - Sussurrou no meu ouvido me deixando arrepiada e se afastou um pouco, encostei a cabeça em seu ombro, ele beijou minha cabeça e ficamos de mãos dadas durante todo o caminho.

Em poucos minutos chegamos até a casa de nossos amigos, tocamos a campainha e esperamos, logo Jasper abriu a porta, parecia esgotado.

– E aí papai? - Edward o cumprimentou alegremente, lhe dei um abraço e entreguei o presente que havíamos comprado para Alex, um cachorro de pelúcia.

– Que bom que vieram, aposto que Alex vai amar. - Disse tentando se animar enquanto nos levava para dentro e carregava o bicho em seus braços. - A Alice esta se arrumando, o Alex acabou de dormir. - Completou indicando o sofá para que nos sentássemos, colocou o cachorro sobre o sofá que estava cheio de sacolas e também se sentou.

– E pelo visto não dormiu nada a noite passada. - Comentei e Jasper suspirou pesadamente.

– Eu simplesmente não consegui relaxar no hospital e assim que chegamos em casa Alex não parou de chorar, entramos em desespero e voltamos para o hospital, no fim eram cólicas. O medico disse que é normal, ele aproveitou e nos ensinou a fazer as massagens necessárias para Alex se sentir melhor, com tudo isso acabei sem dormir.

– Como diz o ditado, ser pai é padecer no paraíso. - Edward disse e demos risada.

– Estou vendo em primeira mão isso. - Murmurou Jasper passando a mão pelo rosto.

– Talvez o melhor fosse adiar essa reunião e deixar vocês descansarem. - Opinei, mas Jasper negou.

– De modo algum, dar uma relaxada com os amigos é tudo o que preciso agora.

– Principalmente com o Emmett. - Edward completou e Jasper riu.

– Com certeza, ainda mais agora que ele esta louco da vida porque perdeu a aposta. - Jazz apoiou a mão no joelho e encarou Edward. - Afinal o que tanto apostaram? - Indagou intrigado.

– Você também não sabe? - Perguntei percebendo que Edward e Emm realmente manteram o segredo de todos inclusive Jasper.

– Não, os dois me excluíram dessa. - Edward sorriu.

– Assim que Alice puder sair vocês saberão.

– Quero só ver o que o Emmett vai ter fazer. - Jasper caçoou, nessa hora a campainha tocou. Falando nele. - Disse se levantando e indo atender.

– Que cara de defunto Jasper. - Emmett disse gargalhando.

– Emmett! - Ouvimos Rose ralhando com ele. - Cadê meu sobrinho lindo? - Perguntou Rose entrando na sala com um urso branco enorme nos braços e sorrindo para nós. - Oi pessoal. Nos cumprimentamos.

– Ele esta dormindo e a Allie tomando banho. - Explicou Jasper se aproximando com Emm.

– Poxa que pena, queria tanto ver ele. - Lamentou Rose se sentando ao meu lado e colocando o urso no chão.

– E aí Emmett, trouxe o enxoval verde? - Edward provocou e Emm estreitou os olhos.

– Engraçadinho, estou achando que você trapaceou nessa aposta. - Alegou cruzando os braços.

– Como ele iria trapacear Emmett? - Rose perguntou rindo.

– Sei lá, talvez Alice tenha feito a ultra-som escondido e dito o resultado só para o Edward. Jasper revirou os olhos assim como Rose eu somente achei graça da sua suspeita.

– Emmett sem comentários sobre o que disse. - Falou Jasper balançando a cabeça.

– Sei não, para mim a baixinha esta envolvida nisso. - Argumentou desconfiado.

– Envolvida em que? Posso saber? - Allie apareceu questionando Emmett.

– Nisso aqui. - Emm respondeu estendendo o enxoval verde, Alice pegou o pacote confusa.

– E como eu estou envolvida nisso?

– Oras tenho certeza que já sabia que o bebê era homem e avisou o Edward. - Emmett continuou com sua história, Allie o encarou e riu colocando o pacote sobre a mesa de centro e sentando no colo de Jasper.

– Deixa de ser idiota Emmett, vocês fizeram essa aposta quando eu tinha acabado de descobrir que estava grávida. Como poderia ter combinado isso com o Edward? - Indagou com a

sobrancelha arqueada, Emm pareceu perdido com a explicação de Alice. Será que não tinha pensado nisso?

– Bom, é... Hum... - Gaguejou tentando achar uma resposta.

– Emm não adianta. Você perdeu a aposta e vai ter que pagar, trato é trato. - Edward disse e Emmett bufou se sentando, nós rimos com a cara de criança mal criada que ele fez.

– Ninguém mandou você apostar. - Rose censurou ele.

– Até você baby? - Emm fez um bico que Rose beijou.

– Deixa de ser mimado e faça o que combinou.

– Ok, afinal sou um homem de palavra. - Emmett finalmente parou de reclamar e voltamos a atenção a mais nova mamãe do pedaço, Allie nos contava em como ficava tensa com cada murmúrio ou gemido de Alex, então uma hora parou de falar e nos encarou.

– Eu quero aproveitar que vocês estão aqui e fazer um pedido. - Começou dizendo e trocou um olhar cúmplice com Jasper.

– Queremos pedir que Edward e Rosalie sejam os padrinhos do Alex. - Jasper completou, Edward parecia em choque, Rose levantou e foi abraçar o irmão e a cunhada.

– Obrigada! Amei o convite. - Agradeceu Rosalie, então todos os olhares se voltaram para Edward.

– E você Edward, aceita? - Allie perguntou, ele sorriu largamente.

– É claro que aceito. - Concordou e assim como Rose abraçou Alice e Jasper. - Estou honrado por pensarem em mim. - Falou emocionado, voltou a sentar ao meu lado e segurou minha mão.

– Queríamos manter nossa turma sempre ligada de alguma forma. - Jasper explicou.

– A ideia de vocês foi sensacional. - Elogiou Rosalie com um sorriso.

– Além disso significa que eu e Alice seremos os padrinhos do seu primeiro filho. - Emmett disse vitorioso olhando para Edward.

– Ou eu posso simplesmente ignorar isso e convidar Alice e Jasper. - Edward respondeu altivo, fazendo com que Emmett fechasse a cara.

– Pois saiba que seu filho vai perder um ótimo padrinho.

– Quer dizer minha filha. - Edward o corrigiu.

– Menina nada, vai ser um garoto. Quer apostar? - Desafiou Emmett.

– Ah não Emmett! - Rose o interrompeu. - Sem mais apostas. - Emm bufou e cruzou os braços. - Pelo menos até você pagar a que fez. - Rimos com a cara aborrecida que Emmett fez, parecia uma criança que tinha acabado de levar uma bronca. Edward me olhou e sorriu, sabia muito bem o que ele estava planejando fazer, talvez esse fosse o momento ideal para contar as novidades para nossos amigos.

– Bom, queria aproveitar que estamos fazendo anúncios... - Começou dizendo e encarando o pessoal.

– Vai sair do armário? - Emmett o interrompeu gargalhando alto, pelo jeito o seu bom humor já tinha voltado.

– Que eu saiba não serei eu a sair do armário. - Edward respondeu com um sorriso enigmático que fez Emm calar a boca, podia garantir que tinha a ver com a aposta, mas ninguém percebeu, estavam mais interessados no que Edward diria.

– Que anuncio é esse? - Questionou Rose ansiosa, eu e Edward nos olhamos novamente.

– Vamos nos casar. - Falei sorrindo, as duas gritaram fazendo com que Emm e Jasper tampassem os ouvidos.

– Isso é o máximo! - Alice exclamou, sorri. - Já sabe que eu que farei seu vestido, não é? - Disse me intimando.

– Claro Allie.

– E já escolheu a decoração e cores que vai usar? - Rose perguntou animada.

– Calma gente, ainda nem decidimos a data. - Respondi vendo a animação das minhas amigas.

– Como não Bella, precisa ver isso, tem um monte de coisas para fazer. - Rosalie advertiu. Vou te ajudar em tudo não se preocupe.

– Nós iremos lhe ajudar. - Allie interveio.

– Acho melhor deixarmos as meninas conversando e irmos falar sobre assuntos mais importantes. - Emmett interrompeu com um sorriso, Rose o encarou.

– E posso saber que assunto é esse?

– Coisas de homens Baby. - Respondeu se levantando e dando um beijo nela.

– Espero sinceramente que não seja sobre stripers na sua despedida Emmett, já sabe muito bem o que vai acontecer se eu descobrir alguma coisa.

– Nem precisa se preocupar Rose, eu e Jasper já tomamos conta de tudo. - Edward garantiu.

– Acho bom mesmo. - Emmett beijou Rose e ela acabou sorrindo.

– Aproveitem e tragam algo para o jantar. - Alice pediu antes dos meninos saírem do apartamento, eles assentiram e se despediram, assim que a porta fechou ouvimos o choro de Alex.

– Um minuto gente. - Allie pediu e sumiu pelo corredor.

– Precisa de ajuda? - Rose perguntou alto para que Alice ouvisse.

– Não, só vou trocar a fralda dele e já volto não conversem nada de importante. - Demos risada.

– Tipo o que? - Perguntei falando alto.

– Falem sobre aquele seu cachorro. - Sorri, Alice não era do tipo que gostava de cães.

– Alias onde vocês deixaram ele? - Rose questionou interessada.

– Em um hotel de confiança, sabemos que Alice não é muito fã do Chance. - Rose riu.

– Não sei como ela pode não gostar dele, aquele cachorro é a coisa mais fofa do mundo.

– Eu não tenho nada contra o Chance, só não gosto de cachorros. - Alice apareceu com Alex encolhido em seus braços e todas as atenções foram para o lindo bebê em seu colo.

– Oh! Posso pegar? - Rose perguntou já estendendo os braços na direção dele.

– Claro, só tenha cuidado com a cabeça, ele ainda esta molinho. - Allie passou o filho para Rose que o olhava admirada e passou a niná-lo, me levantei e o observei com seus grandes olhos abertos, passei delicadamente meu indicados pela sua pequena mão, ele nos fitava com curiosidade.

– Ele parece ser bem tranquilo.

– E é mesmo, apesar do susto que tivemos mais cedo.

– Jasper nos contou. - Voltamos a sentar e Rose continuou ninando Alex.

– O que aconteceu? - Rose perguntou sem desviar dos olhos dele.

– Ele não parava de chorar, mas felizmente eram só cólicas. - Alice explicou calmamente.

– E sua família Allie, já soube? - Perguntei observando Alex bocejando, ele era uma graça.

– Sim, avisei hoje de manhã, meus pais conseguiram um vôo e devem chegar amanhã à tarde, os pais de Jasper só poderão vir semana que vem.

– Nossos pais estão viajando pela Europa e iam voltar justamente na semana planejada para ser o parto. - Explicou Rosalie.

– Mas o Alex aqui não quis esperar. - Allie completou sorrindo para o filho que estava quase dormindo nos braços de Rose.

– Ah! Me lembrei de algo que precisava falar com vocês.

– O que Rose?

– Minha despedida de solteira, já que agora tenho quase certeza que o Emm não vai aprontar, podemos pensar em algo.

– Eu estava pensando em reunirmos todas as mulheres e fazermos algumas brincadeiras e depois seguirmos para um barzinho só nós três. O que acham? - Alice opinou.

– Hum... Eu gostei, podíamos fazer essa reunião no nosso apartamento novo. - Rose disse com um sorriso, o pai dela havia dado como presente de casamento um novo apartamento totalmente mobiliado, bem maior que seu antigo.

– Acho que vai ficar ótimo. - Concordei animada.

– E o seu casamento, quando começamos a planejar.

– Hey! Vamos com calma, já disse, nem a data marcamos ainda.

– Isso é só um detalhe.

– Ah não Alice! Eu preciso de um tempo antes de planejar esse casamento, primeiro vamos curtir o nascimento do Alex, depois o casamento da Rose e então podemos pensar no meu.

– Sua chata. - Dei risada.

– E você Alice? Quando vai casar com meu irmão? - Rose questionou me salvando.

– Eu e Jazz estamos bem desse jeito, eu amo festas e todas essas coisas, mas realmente nunca pensei em casar, quem sabe um dia. - Alice disse movendo os ombros despretensiosamente.

– O Jazz já pediu?

– Já falamos sobre isso e decidimos continuar assim, de comum acordo. Mas voltando a você Isabella. - Tudo o que queria era que a atenção não ficasse em mim. - Como foi o pedido? Perguntou curiosa, sorri largamente e comecei a contar sobre o que Edward havia feito, elas riram pela minha animação.

– Foi perfeito. - Suspirei apaixonada assim que acabei de falar.

– Você chegou a comparar? - Encarei Rose confusa.

– Comparar?

– É, afinal essa já é a segunda vez que foi pedida em casamento. - Esclareceu serenamente ainda embalando Alex, até aquele momento eu nem tinha pensado nisso.

– Sinceramente não. - Respondi na hora.

– Mesmo? - Alice insistiu.

– Sim, eu não pensei em qualquer outra coisa a não ser o Edward, só agora que comentaram que me lembrei disso.

– Então já dá para comparar. - Balancei a cabeça rindo.

– Não tem o que comparar Allie, quer dizer, o pedido de James foi super romântico e com certeza o sonho de muitas mulheres, mas a única razão pela qual eu aceitei foi pensando em esquecer o Edward, eu sequer disse que o amava, foi tão automático que eu não senti nada. Já com o Edward, parecia como se o mundo inteiro tivesse parado e só existisse ele ali, nunca tinha me sentido tão feliz e completa em toda minha vida. - Elas sorriram e assentiram.

– Isso é inegável, você não para de sorrir. - Rose comentou.

– Depois de tudo o que passei com ele hoje seria impossível.

– Falando nisso como acha que vai ser o reencontro do James com o Edward no casamento? Encarei Alice sem realmente saber o que responder.

– Não sei, eu acredito que depois de tudo o que passamos juntos o Edward não vai fazer nenhuma cena ou ter uma crise de ciúmes.

– Ainda mais agora que vão se casar. - Rose estava completamente certa, mesmo que um dia eu tenha aceitado o pedido de James, sempre foi com Edward que eu sonhei ficar, tinha certeza que agora ele sabia disso e não teria motivo algum para ficar com ciúmes de James. - E sobre o excesso de trabalho, conversou com ele? - Assenti e contei a elas o que Edward havia decidido.

– Ainda bem que aquele cabeçudo se tocou que estava exagerando no trabalho e se desculpou. - Disparou Alice.

– Nada como ter uma conversa sincera para acertar os pontos. - Completou Rosalie.

– Verdade, nenhum relacionamento funciona sem comunicação e era exatamente isso que estava faltando no nosso nesses últimos meses. - Elas concordaram e continuamos nossa animada conversa sobre nossos queridos namorados e noivos, depois começamos a falar sobre os detalhes do casamento de Rose e aproveitamos também para marcar uma data para a prova final dos vestidos, durante nosso papo Alex acabou dormindo nos braços de Rosalie que o encarava com encanto, pelo jeito ela seria a próxima mamãe da turma, depois que Alice colocou o pequeno no berço emendamos em um papo sobre nosso tempo na faculdade, era ótimo ficar com minhas amigas e ter esses momentos só de garotas. Passava das sete quando

os rapazes voltaram com o jantar, colocamos a mesa e curtimos a noite em meio a brincadeiras e risadas, quando terminamos de comer ajudamos a arrumar a cozinha e em seguida nos despedimos e fomos embora assim como Emmett e Rosalie, afinal Alice e Jasper precisavam e muito de um descanso.

Durante todo o caminho até nosso apartamento Edward não tirava suas mãos de mim, eu tentava evitar, pois Jasen estava ali, mas Edward insistia, felizmente logo chegamos em casa, já no elevador ele me prensou contra a parede e me beijou com volúpia, tudo o que eu queria era terminar esse dia perfeito nos braços do meu futuro marido, foi pensando nisso que fui carregada desde o elevador até nosso quarto, não vi a porta sendo aberta e fechada ou roupas sendo tiradas, para mim não havia mais nada, a não ser ele e eu.

– Quero uma data. - Edward sussurrou no meu ouvido, estávamos deitados de lado na cama completamente exaustos pela noite deliciosa que havíamos tido.

– Uma data? - Virei e o encarei confusa.

– Para nosso casamento. - Explicou calmamente e sorri.

– O que acha de ser na primavera? Eu adoraria casar no nosso quintal. - Ele suspirou e ficou pensativo.

– Hum... Cinco meses? - Questionou com uma careta, ri.

– Você fala como se fossem cinco anos Edward. - Reclamei o empurrando na cama.

– Parecem cinco anos. - Respondeu fazendo um bico lindo. - Por mim nos casávamos a semana que vem.

– Nem pensar, eu quero que esse casamento seja inesquecível e para isso preciso de um tempo. - Finalmente Edward sorriu.

– O que esta pensando? Lembro que conversamos sobre isso uma vez e me disse que queria algo bem informal, com muitas flores silvestres e que ao invés de uma festa, queria um jantar com as pessoas mais próximas. - O olhei sem acreditar no que ouvia.

– Você lembra. - Minha voz soou maravilhada, ele sorriu daquele modo tímido que fazia com que meu coração perdesse uma batida.

– Eu lembro de tudo o que você me diz. - Suspirei igual uma boba e o beijei com delicadeza, nos afastamos e Edward afagou meu rosto. - Ainda quer assim? - Assenti sorrindo.

– Sim, é por isso que quero que seja na primavera. - Ele ponderou minha palavras.

– Ok, nos casaremos dentro de cinco meses, nenhum um dia a mais. - Decretou resoluto, me aconcheguei em seu peito e beijei seu pescoço.

– Eu não adiaria nenhum segundo. - Edward sorriu satisfeito e me apertou em seus braços beijando minha testa, fechei meus olhos e adormeci feliz e segura em seus braços.

Uma semana passou desde que Edward me pediu em casamento e Alex nasceu, durante esse tempo eu e Edward havíamos decorado e mobiliado toda nossa casa, isso só foi possível graças ao novo horário de trabalho que Edward cumpria rigidamente, era ótimo poder passar novamente as noites e manhãs com ele, só de pensar que em poucos meses eu seria a senhora Cullen um sorriso gigantesco surgia em meu rosto.

– Posso saber a razão por trás desse sorriso lindo? - Perguntou mordendo o lóbulo da minha orelha e sussurrando no meu ouvido, virei e o encarei.

– Eu estou olhando para ela. - Edward me encarou admirado, mas nada respondeu só me beijou com paixão, o afastei com certa dificuldade, eu ainda não me sentia confortável em fazer isso na presença de Jasen, mesmo que ele fosse discreto. - Não vai mesmo me contar para onde vamos? - Perguntei sem esconder minha curiosidade, estávamos indo encontrar o pessoal em algum lugar que Edward se negava a me dizer.

– Logo verá anjo. - Respondeu e beijou minha mão.

– Me conta vai. - Pedi fazendo manha, Edward riu e suspirou.

– Ok, vamos ver o Emmett pagar a aposta que fizemos.

– Sério? - Disse sem esconder minha animação, ele assentiu. - E por que não queria me dizer?

– Porque te deixar curiosa é mais divertido. - Dei um tapa em sua coxa.

– Você é um chato. - Reclamei com humor, Edward se aproximou.

– Um chato que você ama. - Retrucou com um sorriso maroto.

– É por isso que se aproveita da minha bondade. - Brinquei com ele, que riu.

– Eu amo me aproveitar de você Isabella. - Murmurou no meu ouvido fazendo com que meu corpo quase se liquidificasse ali mesmo, deu um beijo casto no meu pescoço e se afastou sem soltar minha mão que ainda estava sobre sua perna, me encostei nele e esperei até que chegássemos no bendito lugar.

O carro estacionou no meio fio da boate, olhei desconfiada para Edward, ele devolveu meu olhar com um sorriso sacana, balancei a cabeça já imaginando muito bem o que Emmett teria que fazer, Jasen abriu minha porta e descemos, depois de nos identificarmos na portaria entramos na área VIP, Jasper e Alice já estavam sentados esperando, assim como Rose que bebia tranquilamente um martini.

– Boa noite. - Os cumprimentamos nos sentando em seguida.

– Finalmente chegaram. O show já vai começar. - Allie anunciou com um sorriso maldoso, Emmett seria zoado o resto da vida por aquilo, culpa dele mesmo, dado que a ideia tinha sido do próprio, ele só não contava que perderia.

– E você acha que eu iria perder esse momento? - Edward questionou arqueando as sobrancelhas.

– Definitivamente não. - Jasper respondeu rindo, estavam todos se divertindo com aquilo, inclusive Rose.

– Espero que agora ele aprenda a não fazer mais essas apostas idiotas.

– Acho difícil. - Discordei e eles riram, conhecendo Emmett ele com certeza iria querer a revanche e não ia demorar até que tivéssemos outra aposta, ele mesmo já queria apostar se meu filho com Edward seria menino ou menina.

– Pior que tenho que concordar com você. - Rose retrucou em um suspiro.

– O importante é que assim nunca vai faltar diversão. - Alice tinha toda razão, era ótimo fazer parte de uma turma que nunca ficaria chata, sempre teríamos algo para rir juntos, mesmo que fosse de um de nós. Edward começou a conversar animadamente com Jasper assim como eu, Rose e Alice.

– E o Alex Allie, como esta? - Ela sorriu levemente.

– Muito bem, minha mãe ficou cuidando dele, é estranho ficar sem ele, mas sabemos que essa distância é importante, para nós e para ele. - Alice queria fazer com que o filho fosse independente desde o inicio e por isso seguia um tipo de educação que para muitas poderia parecer frio e distante.

– Eu não conseguiria ficar longe do meu bebê pelo menos até que fizesse dezoito anos. - Rose admitiu e demos risada, as duas eram completamente diferentes nesse quesito. - E você Bella?

– Não sei, acredito que um pouco de distância é importante, porém confesso que seria difícil lidar com isso, com o Chance já é complicado, imagina com um filho.

– Nem sei como aguenta aquela coisa peluda. - Alice desdenhou, acabei rindo com sua careta.

– Ele é lindo Allie. - Argumentou Rosalie com um sorriso.

– Lindo? Aquele cachorro é um monstro isso sim. - Ri ao me lembrar da vez que Chance pulou em cima de Alice e ela estatelou no chão. - Não quero saber daquele bicho.

– Hei! - Edward chamou sua atenção. - Cuidado com o que diz do meu filhote. - Disse defendendo o Chance, Alice revirou os olhos.

– É por isso que ele é terrível, você faz todas as vontades dele.

– Terrível nada, Chance tem a educação de um Lord. - Depois dessa até Alice começou a rir, antes que revidasse foi anunciado o inicio do show, de onde estávamos podíamos ver claramente o palco, uma figura vestida com uma roupa cheia de detalhes e brilhos se posicionou a frente do microfone, Edward cochichou no meu ouvido dizendo que aquele ali era Laurent, realmente era impossível reconhecer ele vestido como mulher.

– Vamos começar o show da noite com It's Raining Men! - Apresentou e saiu do palco, as luzes se apagaram e logo se acenderam novamente, podíamos ver claramente cinco homens fortes, o que ficava na ponta esquerda parecia bem incomodado com a situação.

– Aquele no canto é o Emm. - Edward sussurrou no meu ouvido, arregalei meus olhos ao ver Emmett daquele modo, vestido com um short curto azul cintilante e um colete cheio de brilhos segurando um guarda chuva igualmente brilhante, isso sem contar com a maquiagem que o deixava irreconhecível, o som tomou conta das caixas de som e eles começaram a dançar,

Emmett estava completamente perdido, o que aumentava as gargalhadas da platéia e de nós também, Rose não se aguentava de tanto rir, Alice e Jasper estavam até chorando, me aproximei de Edward.

– Podia ser você lá. - Provoquei e ele riu.

– Vou ficar devendo essa para o Alex. - Sorri e voltei minha atenção ao show, Emmett estava mais a vontade e até começou a fazer palhaçadas, gritávamos pedindo mais, sem dizer seu nome para não comprometê-lo, mesmo com a platéia pedindo bis, o show acabou. Após alguns minutos Laurent apareceu com Carmen e se sentou conosco, não demorou e Emm apareceu, sendo ovacionado por nós, Rose se levantou e foi abraçá-lo.

– Amei a performance. - Edward caçoou com um sorriso sapeca.

– Pois fique sabendo que da próxima vez vai ser você. - Emmett disse sério se sentando.

– Eu não sou louco de apostar de novo com você.

– Ah! Nem vem! Deixa de ser covarde Edward. - Provocou o olhando incisivamente.

– Não sou covarde! - Se defendeu. Isso não ia dar certo. - Só não tenho razão alguma para apostar.

– Ok, mas não pense que isso acaba aqui. - Respondeu com um sorriso de quem ia aprontar. Vou pensar em algo para ter minha revanche. - Pronunciou satisfeito, Edward pareceu não se importar, também com o histórico que Emm tinha, quem se preocuparia.

Casa de Edward e Bell mobiliada *-*

Notas finais do capítulo Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 52) Capítulo 51 - Despedida de solteiro

Notas do capítulo Esta é a primeira parte da despedida de solteiro do casal Emm e Rose!

Espero que gostem ;) Bella POV

Eu podia dizer com toda a certeza do mundo que minha vida nunca esteve tão perfeita como neste momento, era incrível como as coisas estavam se encaminhando tão bem ultimamente. Depois de pensar e conversar muito com Edward, eu finalmente decidi abrir meu próprio escritório de arquitetura, no começo tive medo e fiquei muito insegura, pois achava que o fato de ter abandonado o projeto de alguns clientes há alguns meses devido aos problemas que tivemos com a morte de Eleazar pudesse ter manchado meu nome, contudo o que aconteceu foi exatamente o contrário, fiquei impressionada com a quantidade de clientes que consegui em tão pouco tempo, muitos eram os mesmos que eu tinha no escritório de Benjamim, o qual acabei descobrindo foi fechado há exatamente dois meses, Edward dizia orgulhoso que era porque ele havia perdido sua melhor arquiteta, eu não acreditava que pudesse ser só isso, afinal tinham muitos funcionários competentes trabalhando lá, não demorou e a razão pelo declínio de meu ex-chefe veio a tona, ao que parece ele havia obrigado uma outra funcionária a "agradar" um cliente, felizmente diferente de mim que não tinha prova alguma, ela gravou a conversa e denunciou Benjamim, isso destruiu seu nome e em consequência sua reputação como empresário e arquiteto, ainda era difícil entender como alguém que havia me ensinado

tanto fosse capaz de praticamente aliciar suas funcionárias afim de ganhar novos clientes. Era ridículo. Com o fechamento do escritório de Benjamim acabei chamando muitos colegas para trabalhar comigo, todos estavam animados com os projetos que tínhamos, em pouco tempo conseguimos muitos clientes, entre eles, a Cullen's, meu noivo insistiu em nos contratar para desenhar e decorar o novo projeto da empresa e seu sonho pessoal, a ONG Give a Chance ( Dê uma Chance), lembro que quando conversamos sobre isso Edward estava muito entusiasmado em ajudar as pessoas que haviam perdido tudo em suas vidas e precisavam de um empurrão para recomeçar, esse era o intuído da organização, abrigar, alimentar, ensinar e guiar quem se encontrava sem rumo, o projeto era algo enorme e parecia crescer a cada instante, o local iria oferecer todo o tipo de serviço necessário, desde moradia até sessões com psicólogos. Edward já preparava tudo isso há um bom tempo, mas só agora tinha conseguido um local para ser a sede, eu o admirava cada dia mais, ele finalmente aprendeu a delegar suas funções e cumpriu o que havia prometido para mim há quase três meses, tempo para ficarmos juntos, essa era uma regra que mesmo com a abertura do escritório de arquitetura eu não ia quebrar e nem Edward deixaria, a primeira e última vez que cheguei tarde em casa, ele me esperava com o semblante sério e pediu para conversarmos, percebi que estava certo em chamar a minha atenção, eu estava acumulando muito serviço e trabalhando demais assim como ele havia feito, com isso acabei contratando uma assistente e estipulei um horário fixo para chegar e sair do trabalho, pois nossa vida pessoal sempre viria em primeiro lugar.

Infelizmente devido a uma forte tempestade o casamento de Rose e Emm teve que ser adiado, ela ficou muito chateada, mas entendeu que do modo como estava o clima não daria para fazer o casamento que queria, além disso muitos vôos foram cancelados no inicio do mês e a expectativa para a data do casamento não era das melhores, tudo indicava que um furacão passaria pelo estado de Nova Iorque. Foi uma verdadeira batalha lidar com esse imprevisto, já que estava praticamente tudo pronto, felizmente a organizadora do casamento de Rose era uma mulher experiente e fez tudo acontecer como num passe de mágica enquanto eu e Alice tentávamos levantar o animo da noiva. Alex teve um papel fundamental nesse processo, Rose era apaixonada pelo sobrinho e era só ele aparecer para ela esquecer de tudo, Alex era o bebê mais calmo e tranquilo que já havia visto, Emmett dizia que tinha puxado para Jasper, disso não podíamos discordar, era raro ver ele resmungando ou choramingando por qualquer coisa, podia apostar que iria ser igual ao pai quando crescesse, já a aparência era uma combinação perfeita dos dois, tinha os cabelos bem negros e o nariz pequeno e arrebitado, assim como Alice e a pele branca e os lábios finos do pai, já os olhos ainda não era possível definir, Alice torcia para que tivesse os olhos verdes da família de Jasper e não os seus, cor de mel, eu tinha certeza que não importava a cor que fosse, ficaria linda em Alex.

Com adiamento do casamento, o meu e de Edward que deveria ser três meses depois dos nossos amigos acabou ficando perto demais, além disso eu queria que estivéssemos no auge da primavera e com a loucura em que o clima estava nos últimos tempos seria impossível estar florido e ensolarado no primeiro dia de primavera, foi muito difícil, mas acabei convencendo Edward a postergar nosso casamento em dois meses, assim teria mais tempo e tranquilidade

para preparar tudo, seria algo bem simples e intimo, mas queria que fosse inesquecível, do mesmo modo que era minha vida com Edward. A cerimônia era mais para marcar nossa união, pois desde que começamos a morar juntos, eu já me considerava sua esposa e isso se tornou ainda mais real morando nessa casa incrível que havíamos construído juntos, eu não tinha como descrever o que era acordar abraçada ao homem que amava, olhar pela janela e ter a linda vista do nosso terreno, depois tomarmos café da manhã na cozinha e brincar com Chance no quintal ou na piscina. Eu finalmente me sentia parte de uma família, minha própria família, só o que faltava era uma pedaço meu e de Edward correndo pelo gramado, uma menina com cabelos acobreados e olhos tão azuis como os do pai, sorri com essa imagem, pelo jeito não era só Edward que achava que seria uma menina. Balancei a cabeça afinal não era hora para pensar nisso, no momento minha maior preocupação era passar pela despedida de solteira de Rosalie inteira, pois eu tinha certeza que se Edward descobrisse onde estávamos eu seria uma mulher morta, assim como minhas amigas.

– Isabella deixa de frescura! - Alice ralhou comigo. - Eles vão em uma boate de stripers, nada mais justo que fazermos o mesmo. - Tentou argumentar.

– Eu não acredito nisso. Edward me disse que iam jogar Paintball e depois iam em um bar, em momento algum ele falou em boate. - Respondi aborrecida.

– Pois pode acreditar, eu achei o folheto da boate nas coisas do Emm. Aquele idiota vai se ver comigo, ele não perde por esperar. - Rose expressou irritada, as duas haviam metido na cabeça que os rapazes tinham decido ir em uma boate de stripers sem que soubéssemos, eu duvidava disso, confiava em Edward e sabia que ele seria incapaz de mentir desse modo.

– Eu vou ligar para o Edward. - Assim que peguei meu celular Alice o tirou de minhas mãos.

– Nem pensar! Eles que fiquem com as dançarinas seminuas. - Revirei meus olhos.

– Meninas eu tenho certeza que eles não estão fazendo nada disso.

– Você é ingênua demais Isabella. - Rose rebateu seriamente.

– Não sou não, eu confio no meu noivo, só isso.

– Mas não deveria confiar tão cegamente, os homens são malandros e é por isso que vamos revidar. - Assim que o carro parou em frente ao clube das mulheres Thompson abriu a porta e as duas desceram, eu continuei no carro.

– Vamos Bella. - Alice pediu.

– Não, eu vou para casa. - Declarei decidida.

– Eu não acredito que vai fazer essa desfeita na minha despedida. - Suspirei e encarei Rosalie.

– Então vamos para outro lugar, um mais tranquilo, assim como tínhamos combinado antes. Tentei negociar, Alice e Rose balançaram a cabeça.

– Não! Eu quero curtir minha despedida tal como Emmett esta curtindo a dele e quero minhas amigas comigo, ou você prefere ficar do lado do seu noivo que possivelmente esta com uma dançarina seminua se esfregando no colo dele neste instante? - Apesar de não querer acreditar nessa história, só de pensar que Edward pudesse estar rodeado de mulheres seminuas dançando para ele me deixou morrendo de raiva. E se elas tivessem razão? Afinal os meninos andavam mesmo de segredinhos nos últimos dias. É, talvez essa hipótese não fosse tão furada como eu pensava. Desci do carro e elas sorriram vitoriosas.

– Vamos curtir muito essa noite!!! - Alice anunciou nos puxando para dentro do lugar que estava lotado, na portaria dissemos que era a despedida de solteira de Rosalie, por isso nos levaram para uma mesa bem próxima do palco reservada apenas para essas ocasiões, o garçom apareceu e pedimos nossos drinks, eu queria algo bem diferente e ele disse que sabia exatamente do que eu gostaria. Essa noite todas beberíamos, inclusive Alice que infelizmente não estava mais amamentando Alex, ela havia ficado extremamente chateada quando no final do segundo mês seu leite secou e teve que começar a dar mamadeira ao filho. Logo o garçom trouxe nossas bebidas, levantamos nossas taças e brindamos a nossa amizade e ao casamento de Rose, virei o copo e me deliciei com o liquido doce e gelado. Era muito bom. Tomei tudo em um só gole e comi a cereja que havia no fundo, percebendo que havia pouco álcool decidi pedir mais uma, as meninas também terminaram as suas bebidas e pediram mais, afinal de contas a noite estava só começando.

Edward POV

Eu, os rapazes, Seth, Laurent e o alguns amigos do trabalho de Emm nos reunimos em um bar depois de passarmos a tarde inteira jogando Paintball, com o intuito de não acordarmos de ressaca no dia seguinte decidimos fazer a despedida uma semana antes do casamento, confesso que isso foi ótimo, já que evitou que James comparecesse, mesmo assim sabia que ele havia confirmado sua presença no casamento. Eu tentava não pensar no reencontro entre ele e Isabella, mas era difícil, conforme o dia se aproximava ia ficando cada vez mais nervoso e ansioso, afim de tentar bloquear essas idéias voltei a prestar atenção ao assunto na mesa.

Emmett não parava de tirar sarro da minha cara, só porque ele havia conseguido me atingir no campo de Paintball, na verdade ele me metralhou com a arma de tinta, eu sai do local praticamente verde, tinha certeza que estava se vingando pela aposta que tinha perdido há três meses e o fato de não aceitado fazer outra aposta. A conversa corria muito bem e nos divertíamos com as brincadeiras que fazíamos uns com os outros.

– Poxa Emm, bem que podíamos ir em uma boate de stripers depois né? - Convidou Richard, um de seus amigos do trabalho.

– Nem pensar! Eu quero ter minha lua de mel. - Emm se defendeu.

– Vocês são uns pau mandados viu.

– Nada a ver. - Jasper retrucou.

– Só fizemos o que achamos justo, pois se nós fossemos em uma boate de stripers as meninas iam fazer o mesmo. - Respondi naturalmente.

– E qual o problema? - Questionou Seth confuso, o encarei indignado.

– Você acha que eu ia deixar um bombeiro sarado se esfregar na minha Bell? - Seth riu.

– Você que é ciumento demais. - Reclamou Laurent. - Aliás os três. - Completou apontando para mim, Jasper e Emm.

– Só cuidamos do que é nosso. - Emm respondeu com um sorriso. - Além disso quem foi que arrumou o maior barraco quando a Carmen dançou com outro homem enquanto estava no palco cantando? - Questionou arqueando a sobrancelha, Laurent lançou um olhar mortal na direção de Emm que fez todos caírem na gargalhada.

– Edward? - Ouvi alguém me chamando, me virei e dei de cara com Marcus, uns dos idiotas que um dia considerei meu amigo, levantei e estendi minha mão em sua direção.

– Olá Marcus. - O cumprimentei cordialmente, ele sorriu e olhou a mesa em que eu estava com descaso.

– Ótimo te encontrar Edward, fiquei sabendo do que aconteceu, parabéns por ter conseguido recuperar tudo o que lhe era de direito. - Sorri de canto, estava explicado porque ele se aproximou de mim.

– É, estou muito feliz.

– Imagino, ainda mais com alguém como Isabella ao seu lado. - Senti um tom de malícia em sua voz e na mesma hora fechei a cara.

– Bom se me der licença Marcus, estou ocupado. - Disse o cortando, ele passou o braço pelo me ombro e me puxou para longe da mesa, me afastei dele, mas logo ele se aproximou novamente.

– Edward não acho que esse seja o tipo de pessoas as quais deveria andar. - Cochichou me olhando seriamente. - Um homem como você deveria andar com pessoas importantes e não um bando de adolescentes. - Cerrei meus olhos e trinquei minha mandíbula.

– Quem você pensa que é para me dizer com quem eu devo andar? - Minha voz saiu fria e cortante.

– Seu amigo. - Respondeu com um sorriso descarado, minha vontade era de socar a cara dele, mas nem isso ele merecia.

– Pois eu dispenso um amigo como você. - Respondi ríspido, ele me olhou em choque.

– Edward não acredito que ainda esta chateado por causa daquilo. - Marcus havia me negado ajuda assim como todos que procurei quando meus pais morreram, ainda lembro claramente de suas palavras. Você não pode pagar os meus honorários. Entretanto isso era algo irrelevante agora.

– Não Marcus, o passado pouco me importa, o que eu não admito é que uma pessoa que não faz parte da minha vida venha me dizer com quem eu devo ou não sair. - O olhei de cima a baixo com desdém. - Você que não é bom o suficiente para sentar na mesma mesa que meus amigos. - Ele parecia não acreditar no que ouvia, subitamente uma mulher loira se aproximou de mim passando seu braço pelo meu me pegando de surpresa.

– Uau Marcus! Não sabia que era amigo de Edward Cullen. - Disse sedutoramente, me afastei dela com delicadeza.

– Não somos amigos. - Respondi seco. - Se me dão licença estão me esperando. - Falei naturalmente e sai de perto daqueles interesseiros.

– Demorou Hulk! - Estreitei meus olhos.

– Hulk? Que droga é essa Emmett? - Perguntei estressado me sentando.

– Oras você esta todo nervoso e ainda tem um pouco de tinta verde no pescoço, é o apelido perfeito. Hulk quer briga! - Disse imitando o super herói verde e todos começaram a rir, não pude evitar e acabei rindo também, só eles mesmo para me ajudarem a relaxar.

– Quem era o metido? - Sem que ninguém ouvisse Jasper questionou maneando a cabeça e mostrando Marcus sentando à algumas mesas da nossa.

– Um dos imbecis da minha adolescência.

– Ele esta com uma cara de quem ouviu o que não queria. - Sorri largamente.

– Só o coloquei em seu lugar. - Jasper riu dando um tapa em meu ombro.

– Pelo jeito colocou mesmo. - Afirmou e voltamos a atenção ao grupo, Emmett contava o que estávamos, ou melhor, o que ele insistiu que fizéssemos em seu casamento. - Eu ainda não sei se isso vai dar certo. - Jasper disse incerto sobre a ideia.

– Eu também não. - Concordei. - Acho que vamos pagar o maior mico. - Respondi insatisfeito.

– Ah! Vocês dois nem pensem em desistir, nós já combinamos e ensaiamos tudo. - Rolei meus olhos, Seth riu.

– Vou adorar ver isso! - Exclamou animado.

– Eu não perco essa festa de casamento por nada. - Laurent dizia sem parar de rir, afinal foi ele que ajudou na surpresa louca que Emm inventou de fazer para Rose e que acabou nos metendo só porque éramos os padrinhos, se soubesse disso antes nem teria aceitado o

pedido. Tinha certeza que era outra forma dele se vingar por causa da aposta, pelo menos pagaríamos o mico juntos.

A noite transcorria muito bem, riamos sem parar das histórias que os amigos de Emmett contavam sobre o que ele aprontava no trabalho e com pegavam no pé dele quando tinham que ir em alguma reunião e Emm se transformava, ficando mais sério e compenetrado. Esse pessoal era terrível, agora entendia porque Emm nos proibiu de contar sobre a aposta para eles, com certeza Emmett seria zoado o resto da vida na empresa em que trabalhava por causa do show que havia dado. Estava tão distraído com a conversa que demorei a perceber que meu telefone não parava de tocar, olhei o visor e vi que era Thompson quem me ligava. Será que tinha acontecido alguma coisa? Atendi no mesmo instante.

– O que houve Thompson? - Perguntei de uma só vez.

– Boa noite senhor Cullen, desculpe incomodar. - Estranhei, Thompson geralmente era mais direta quando tinha algum problema.

– Pare de enrolar e diga porque ligou. - Ela ficou em silêncio, o que me deixou ainda mais tenso. - Thompson diga! - Exigi levantando e me afastando da mesa sob o olhar de Jasper.

– Eu e Kline não sabemos o que fazer com a senhora Cullen e as amigas dela. - Disparou me deixando confuso.

– O que quer dizer com isso?

– Bem... - Thompson pigarreou e continuou. - Ela e as amigas começaram a beber e... estão completamente bêbadas.

– O que?! - Praticamente gritei. - Como assim? - De que forma uma pessoa fica bêbada Edward? Minha mente me acusou, balancei a cabeça. - Esqueça que perguntei isso. Onde estão? - De novo o telefone ficou mudo. - Thompson onde vocês estão? - Perguntei com autoridade.

– Na boate Naked Guys. - Franzi o cenho.

– Que merda de lugar é esse? - Questionei irritado, me negava a acreditar na hipótese que minha mente criava.

– É um clube das mulheres senhor. - Sua resposta conseguiu me deixar ainda mais alterado.

– QUE PORRA ISABELLA FOI FAZER AI? - Gritei no telefone atraindo a atenção de varias pessoas, inclusive de meus amigos, passei a mão pelos cabelos transtornado.

– Ela não queria ficar, mas as amigas insistiram. - Thompson explicou, mas isso não suavizou meu estado.

– Ligue para Jasen e passe o endereço, estou a caminho. - Ordenei e desliguei o telefone. Segui até a mesa e encarei a todos que me olhavam com curiosidade.

– O que houve Edward? - Jasper perguntou preocupado, tentei controlar minha respiração.

– Aconteceu que a sua namorada e sua futura esposa levaram a minha noiva para um clube das mulheres. - Falei apontando para Jazz e Emm.

– O que?! - Emmett se levantou em um átimo derrubando sua cadeira, agora sim todo o restaurante nos observava. - Mas que merda! - Praguejou alto. - Quer dizer que eu não posso ter uma despedida com stripers e ela pode? - Falou indignado, Jasper estava estático.

– As mulheres são terríveis, eu avisei que deveríamos ter ido a uma boate. - Revidou Richard.

– E por que ligaram? Você pediu que o avisassem caso elas fizessem isso? - Jasper perguntou confuso.

– Claro que não! - Respirei fundo passando ambas as mãos pelo rosto e depois pelos meus cabelos, estava extremamente nervoso e irritado. A imagem de um homem sem roupa se esfregando na minha mulher estava me enlouquecendo. - Eu não coloquei um segurança para seguir Isabella e sim protegê-la. O problema é que as três estão bêbadas e os seguranças não sabem o que fazer. - Jasper arregalou os olhos.

– Merda! Alice bêbada fica ainda mais maluca. - Disse se levantando.

– Melhor irmos. - Declarei chamando o garçom.

– Podem ir, nós acertamos tudo. - Seth se prontificou, tirei algumas notas da carteira e lhe entreguei. Saímos do restaurante praticamente correndo Jasen com certeza já nos esperava com o endereço em mãos, durante o caminho até o carro Emmett e Jasper diziam que matariam Alice e Rosalie, eu também queria matar as duas, ainda mais depois que Thompson afirmou que Isabella só estava lá por causa das amigas, mesmo assim isso não ia eximi-la de toda a culpa, se não queria ir, por que foi? Isabella ia se ver comigo!

Notas finais do capítulo Ih!! A Bella e as meninas ficaram bêbadas! E agora hein? kkkkkkkkkk O Edward esta enfurecido com a noiva e como será que a Bell esta se comportando nessa boate?? rsrsrsrs

No próximo teremos o fechamento dessa despedida :)

Bjs e até o próximo ;)

Vou aproveitar o espaço e indicar uma fic! Quem tiver afim de ler uma história cheia de mistério, intrigas e um amor capaz de sobreviver a tudo. Confiram a história da Paty: http://fanfiction.com.br/historia/394649/Only_Hope/

(Cap. 53) Capítulo 52 - Bêbada

Notas do capítulo Se preparem para uma Bella louca e ainda mais safada...kkkkkkkkkkk Teremos cenas quentes ^^

Espero que gostem ;)

Ps.: Nos links tem a música que tocou na boate e quando eles transam e o vestido que Bell estava usando e deixou Edward louco! Edward POV

Felizmente a boate onde as garotas estavam não ficava longe e logo chegamos, assim que descemos do carro combinei com os rapazes de nos separarmos para procurarmos por elas, deixei Thompson e Kline esperando por Jasper e Emmett, além do carro de Isabella ser mais espaçoso do que o meu, talvez eles precisassem de mais ajuda para controlar duas mulheres. Entramos na boate e seguimos juntos até o salão principal ouvindo a música tocar alto, no momento em que pisei naquele lugar eu congelei, não vi mais nada além do palco e de um imbecil dançando sem camisa e segurando minha mulher pela cintura. E que porra de vestido era aquele?! Naquele instante me arrependi de ter saído antes dela de casa, aquela roupa curta e sem pano marcava cada curva do seu corpo, ou melhor, do corpo que era meu. Sem pensar em mais nada me dirigi até onde estavam completamente fora de mim e subi no palco.

– Aproveita que é sua despedida gatinha. - Pude ouvir o ser falando para Isabella, ela o empurrou, ou pelo menos pareceu que tinha empurrado, não esperei mais nada e a puxei para os meus braços. - Hei cara não pode subir aqui! - Me recriminou, cerrei meus olhos e me segurei para não socar ele.

– Sai fora! Ela é minha noiva. - Avisei sério, ele simplesmente levantou os braços em sinal de rendição e saiu dali. Isabella se virou e sorriu.

– Amor! - Exclamou com a voz arrastada passando os braços pelo meu pescoço. - Você veio me salvar! - Senti mãos geladas subindo pelo meu peito e a encarei abismado, Isabella tinha um sorriso safado no rosto. - Vai tirar a roupa para mim gostoso? - Antes que pudesse pensar em um resposta, alguém passou a mão na minha bunda, olhei para trás e vi algumas mulheres puxando o bolso da minha calça e enviando dinheiro dentro dela. Que merda era aquela?!

– Isso delicia! TIRA! TIRA TUDO! - Uma loira gritou empolgada, foi o bastante para o rosto de Isabella se transfigurar e ela lançar um olhar mortal para a mulher.

– Ele é MEU sua vadia! - Isabella retrucou antes de pular em cima da loira, as duas se engalfinharam no chão. Eu não podia acreditar no que via. - SUA VACA! - Isabella gritou e desferiu um tapa na tal moça que puxou com força o cabelo de Bell, sai do transe e fui tentar tirá-la da briga, o que parecia impossível já que as duas não se soltavam de jeito nenhum, se isso não bastasse ninguém aparecia para ajudar, suspirei aliviado quando Jasen apareceu puxando a outra mulher e conseguimos separar as duas, ainda assim Isabella se debatia em meus braços. - ME SOLTA! VOU MATAR ESSA VADIA! - Gritava a plenos pulmões, fiz um sinal com a cabeça para Jasen e sai dali com Isabella, quando chegamos na calçada ela ainda tentava se desvencilhar de meus braços.

– Só vou te soltar se ficar quieta. - Disse em tom de reprimenda, ela ficou parada e afrouxei meu aperto em sua cintura, não dei chance ao azar e a puxei para o carro, foi só entrarmos para ela subir no meu colo e começar a beijar meu pescoço me enlouquecendo. - Isabella para! - Pedi, mas ela não obedeceu, ao invés disso foi abrindo os botões da minha camisa, segurei suas mãos antes que me fizesse cometer um ato insano e inconsequente, como foder com ela ali mesmo. - Para! - A encarei sério, ela sorriu.

– Você fica engraçado bravo. - Disse rindo, apertei minhas mãos nas suas.

– Estou falando sério Isabella! - Ralhei nervoso, ela estava me tirando do sério de todas as formas possíveis.

– Estou falando sério Isabella! - Repetiu o que eu disse tentando imitar minha voz e voltou a rir, antes que dissesse algo Jasen abriu a porta e entrou no carro. - Oi Jasen! - Isabella o cumprimentou alegremente, ele permaneceu com o semblante fechado.

– Olá senhora Cullen. - Respondeu educadamente, ela fez uma careta.

– Você é muito sisudo. - Ele ficou parado sem saber o que fazer, eu mesmo estava perdido, Isabella voltou a me olhar. - Quero dançar. - Disparou e tentou abrir a porta, mas a impedi.

– Já dançou demais. - Disse puxando sua mão. - Jasen para casa! - Ele assentiu e deu partida no carro.

– Hum... Adoro quando fica mandão senhor Cullen. - Isabella dizia lambendo meu pescoço. Vai mandar em mim essa noite gostoso? - Murmurou no meu ouvido quase me fazendo perder a cabeça, a afastei.

– Para! - Repreendi novamente, Isabella fez um bico.

– Você é um chato! - Reclamou cruzando os braços.

– É, sou mesmo, agora senta que vou colocar seu cinto. - Ela voltou a rir e suas mãos desceram pelo meu peito até chegar na minha calça.

– Vai me amarrar com o cinto senhor Cullen? - Perguntou com uma voz inocente. - Ou prefere me bater com ele? - Porra?! Isabella estava me deixando cada vez mais duro.

– Isabella pare já com isso! - Ordenei tirando suas mãos do meu corpo, quando tentei mover ela para o assento do lado ela não deixou. - Por favor Isabella! - Pedi irritado, ela riu mordendo os lábios.

– Hum... Acho que vou apanhar. - Cantarolou com cara de safada, arregalei meus olhos, ela voltou a abrir minha camisa, mas a parei novamente. - Mas que droga Edward! Eu quero

foder! - Exclamou, quase gritando. Não podia acreditar que Isabella tinha dito tudo aquilo na presença de Jasen, de quem ela sempre teve vergonha. Pelo jeito isso não era problema quando estava bêbada, com certeza nem se lembrava que estávamos na presença de outra pessoa, isso se soubesse que estávamos em um carro. Ela voltou a se esfregar no meu colo e beijar meu pescoço, olhei pelo visor e Jasen mantinha o rosto compenetrado na estrada, Isabella gemia no meu colo e estava quase terminando de tirar minha camisa, percebi que mandar nela só ia piorar as coisas, então decidi ir por um caminho diferente, acariciei suas costas.

– Bell... - A chamei sussurrando em seu ouvido, ela levantou a cabeça e me encarou com um sorriso, mesmo bêbada continuava absolutamente linda, afaguei seu rosto e a beijei, antes que aprofundasse mais nos separei, ela protestou. - Logo vamos estar em casa amor. Espera só um pouco. - Pedi calmamente, ela segurou meu rosto e me beijou, quando achei que ia voltar a me atacar, ela parou e se deitou sobre o meu peito, descansando a cabeça no meu ombro.

– Eu espero. Por você eu espero para sempre. - Murmurou com a voz arrastada, acabei sorrindo com sua declaração, beijei sua testa e no segundo seguinte percebi que dormia no meu colo. Minha linda e doce Isabella. Quem diria que ela seria tão descarada quando ficava bêbada? Sorri a abraçando. Esse era um lado seu que só eu conhecia e não estava disposto a deixar mais ninguém conhecer. A acomodei melhor nos meus braços e olhei para frente me lembrando dos nossos amigos, na confusão nem vi o que aconteceu com eles.

– Falou com o Kline Jasen? - Ele me olhou pelo retrovisor, havia investigado ele e os outros seguranças antes de contratar e tinha certeza que nada do que aconteceu sairia daqui, mesmo assim iria me certificar disso depois.

– Sim senhor, antes de sair da boate ele me ligou e disse que já estava levando seus amigos para casa. - Assenti mais tranquilo.

– Ele disse como eles estavam?

– Segundo ele uma das moças estava dormindo, a senhorita Hale se não me engano e a outra... Bem, parece que estava quase fazendo um strip-tease em cima de uma mesa. - Só podia ser Alice, Jasper estava certo ao dizer que ela ficava ainda mais maluca quando bebia.

– Mais alguma coisa? - Jasen negou.

– Não senhor. - O restante do caminho até em casa foi silencioso, Bell ainda dormia pesadamente em meus braços quando Jasen abriu a porta do carro e me ajudou a abrir a da sala.

– Jasen nenhuma palavra sobre o corrido esta noite, entendido? - Decretei seriamente.

– Sim senhor, não precisa se preocupar quanto a isso.

– Ótimo, por favor ligue para Thompson e Kline e dê o mesmo recado. Amanhã podem tirar o dia de folga. - Ele sorriu levemente. - E obrigado por me ajudar hoje na boate. - Completei, se não fosse por ele não sei como conseguiria separar Isabella da outra mulher.

– Não fiz mais do que minha obrigação senhor, tenham um boa noite.

– Boa noite Jasen. - Assim que nos despedimos entrei em casa com Bell desmaiada em meus braços, fechei a porta e subi com ela para o quarto, como Chance estava no hotel para cães teria a noite inteira para cuidar só da minha garota.

A deitei sobre a cama e com cuidado fui tirando seu vestido enquanto ela resmungava algumas coisas sem sentido, antes de entrar na boate estava morrendo de raiva, das meninas e até dela, mas agora, vendo meu anjo daquele jeito, eu não conseguia sentir nada mais do que vontade de cuidar e amar ela. Quando estava só com suas roupas intimas, tirei as minhas e me deitei ao seu lado, ela ficava uma tentação daquele modo e se eu me lembrasse de como estava me atentando no carro com certeza eu a atacaria, mas essa não era a minha intenção, nunca faria nada com ela sem que estivesse lúcida, teria que me segurar e muito para lhe dar um banho, mas não podia deixar ela assim, sabia o quanto odiava dormir suada.

– Amor... - Chamei e nada. - Bell... Acorda amor... - Ela resmungou.

– Deixa dormir... - Murmurou debilmente as palavras, sorri.

– Não sem antes tomar um banho. - Bell abriu um olho.

– Ok. - Se rendeu esticando os braços na minha direção, terminei de tirar sua lingerie e a peguei no colo a levando para o banheiro, entrei no box e a ajudei a ficar de pé, liguei a torneira e sem tirar minha mão do seu corpo, como medo que caísse, peguei o sabonete e comecei a banhá-la, fitei seu rosto e ela tinha os olhos fechados e um sorriso sereno e lindo. Não resisti e lhe dei um beijo casto, ela no mesmo instante abriu os olhos fazendo com que me perdesse no brilho do seu olhar, era impressionante como ela era capaz de fazer com que eu me apaixonasse cada dia mais, Bell passou sua mão pelo meu pescoço e uniu nosso lábios mais uma vez, o beijo começou tímido e logo vou ganhando força, eu apertei suas costas e senti meu membro ganhar vida novamente, mas me afastei.

– Melhor não. - Adverti, ela me encarou confusa.

– Por que não?

– Você ainda não esta sóbria. - Expliquei gentilmente, Isabella sorriu.

– Estou sóbria o bastante para saber o que quero. - Respondeu tomando minha boca bruscamente na sua, não tive mais forças para nos separar e a prensei na parede beijando sua pele.

– Você me deixa louco Isabella. - Ela sorriu e gemeu arranhando minhas costas, passei minha mão pelo seu corpo. - Me provocou a noite inteira safada, agora vai ter seu castigo. - Sussurrei no seu ouvido e mordi seu pescoço, senti seu corpo se arrepiar enquanto gemia meu nome, levantei seus braços e os prendi na parede acima da sua cabeça com minha mão, peguei seu queixo com a mão que estava livre e o segurei firmemente beijando seus lábios com volúpia, sugando seu sabor delicioso e tentador, desci meus dedos pelo seu tórax chegando até seus seios, os acariciando e apertando, Isabella gemia se remexendo sob o meu corpo.

– Edward... Por favor... - Murmurava com a respiração entrecortada.

– Pede Isabella! Pede o que você queria no carro! - Exigi sem tirar meus lábios e mãos do seu corpo, ela impulsionou seu quadril contra o meu, fazendo com que eu soltasse um gemido rouco. - Não! - Ameacei e me afastei, ela reclamou. - Quem manda aqui sou eu! Só darei o que quer se pedir. - Murmurei contra a sua pele.

– Me fode Edward! Por favor! Me fode! - Gemeu tentando se soltar do aperto que minha mão fazia nas suas, sorri e a libertei, suas mãos foram diretamente para meus cabelos me puxando para um beijo tentador e delicioso, Isabella passou suas pernas pelo meu quadril, gememos quando nossas intimidades se tocaram e sem esperar a penetrei em um só movimento, duro e forte, fazendo com que gritássemos alto.

– Tão deliciosa minha Isabella. - Murmurei entre seus cabelos e ela gemeu, sai dela e voltei com brusquidão. Merda! Era incrível, mas ultimamente ela parecia estar ainda mais apertada, molhada e gostosa, voltei a penetrar com ferocidade, entrando e saindo como um alucinado em seu corpo.

– Isso Edward... Ah! Forte! Hum... Gostoso! - Isabella cravou suas unhas nas minhas costas e aumentei a velocidade, senti seu corpo engolir e prender meu membro com força. - Ahhhh!!!

– PORRA!!! - Gritei alto gozando junto com Isabella sem deixar de me afundar naquela loucura que era minha mulher, aos poucos fui diminuindo os movimentos, ambos estávamos ofegantes, me afastei um pouco e fitei o seu rosto, ela tinha um sorriso preguiçoso e lindo, abriu os olhos lentamente me encarando, beijei com delicadeza seus lábios, ela me abraçou apertado.

– Eu te amo. - Sussurrou baixinho, sorri largamente.

– Eu também te amo. - Bell suspirou satisfeita e senti seu corpo amolecer, ela logo ia adormecer, por isso com rapidez dei um banho nela, quando terminei ela já dormia profundamente, a enxuguei com cuidado e então a levei para a cama, peguei uma camisola na gaveta e a vesti, coloquei uma boxer preta e deitei ao seu lado a puxando para os meus braços, beijei seu ombro e inspirei seu aroma delicioso, logo em seguida adormeci com meu anjo em meus braços.

Cena do banho entre Bell e Edward (Ai ai me abanem)

Notas finais do capítulo E ai o que acharam??? Bell perdeu a vergonha, querendo transar na frente do motorista...kkkkkkkkk.. Até brigou na boate... Será que ela vai lembrar de tudo o que fez?? Com certeza vai acordar com uma baita ressaca...kkkkkkkkk

O capítulo ficou pequeno, mas o próximo virá caprichado, mesmo que demore um pouquinho mais para postar, nele teremos uma ótima notícia :)

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 54) Capítulo 53 - Ressaca

Notas do capítulo Gente mil desculpas pelo atraso! Será que ainda tenho leitores? rsrsrsrs

Como a semana foi uma loucura não deu tempo de terminar o capítulo então infelizmente não será neste que vão descobrir a surpresa, please não me matem :(

Neste capítulo teremos como diz o titulo, a ressaca de Isabella e suas consequências... rsrsrs

Espero que gostem ;) Edward POV

Acordei um pouco desorientado, olhei o relógio e vi já passava das dez da manhã, Bell ainda dormia profundamente agora sobre meu peito, sorri e afaguei seu rosto com cuidado para não acordá-la, parecia tão serena, completamente diferente de ontem quando tentava me atacar de todas as formas possíveis, passei minha mão sobre seu corpo, podia ser impressão minha, mas Isabella parecia mais encorpada, inclusive seu quadril e seios, nem ia comentar nada, pois era capaz de achar que estava dizendo que estava gorda, o que não era o caso, na verdade estava ainda mais gostosa e linda, beijei sua testa e sai da cama com extrema cautela, ela logo agarrou o travesseiro sem acordar, fiquei ainda algum tempo admirando minha futura esposa antes de descer e fazer nosso café da manhã.

Cheguei na cozinha e comecei a preparar um mingau reforçado, tinha certeza que Isabella não iria comer nada sólido, fiz o suco de laranja e quando estava terminando de montar a bandeja me lembrei de nossos amigos, pensei em ligar, mas decidi esperar, com certeza eles ou estavam dormindo ou resolvendo seus problemas com suas parceiras, eu mesmo teria que conversar seriamente com Isabella sobre o que tinha acontecido, principalmente sobre aquele abusado grudado no corpo dela e daquele vestido tentador. Soquei com vigor o balcão da cozinha, só de me lembrar daquela cena a raiva voltava com tudo. Respirei fundo, antes eu precisava cuidar de Isabella, depois teríamos uma conversa franca e ela teria que esclarecer direitinho o fato de ter ficado naquela boate cheia de homens e ainda se embebedar. Terminei de preparar tudo e subi, entrei no quarto e estranhei em encontrar a cama vazia, um barulho no banheiro chamou minha atenção, deixei a bandeja sobre a cama e corri até lá, da porta vi Isabella debruçada sobre o vaso vomitando violentamente, me aproximei e acariciei suas costas, ela tentou me afastar, mas não me movi nenhum centímetro, ela se sentou no chão deitando a cabeça sobre o braço, levantei e fui até a pia, molhei uma toalha e retornei a mesma posição, passei a toalha no seu pescoço e depois pela sua testa, Isabella voltou a enterrar a cabeça no vaso e vomitar novamente enquanto acariciava suas costas, após algum tempo ela parou.

– Quer vomitar mais? - Perguntei calmo, ela negou fracamente, a ajudei a levantar e ir até a pia, Bell lavou a boca e escovou os dentes, fiquei todo o instante ao seu lado, assim que terminou a peguei no colo, ela sequer se mexia, fui para o quarto e a deitei na cama, peguei a bandeja e coloquei em frente a lareira. Sentei na cama e acariciei seu rosto, ela mantinha os olhos fechados. - Como esta se sentindo? - Questionei preocupado, ela estava pálida e fraca.

– Minha cabeça esta me matando... - Reclamou com a voz levemente rouca, levantei e fui até o banheiro, peguei um comprimido e voltei ao quarto, peguei o suco de laranja e levei até Bell.

– Aqui anjo, tome. - Ela abriu os olhos e a ajudei a sentar na cama e tomar o remédio e o suco, ela fez uma careta colocando a mão na garganta.

– Arde... - Resmungou afastando o copo.

– Esta incomodando por causa do vômito, mas você precisa tomar. Perdeu muita água, tem que se hidratar. - Expliquei, ela suspirou e pegou o copo tomando o restante do suco, assim que terminou o deixei sobre o criado e me sentei ao seu lado.

– Meu corpo todo dói. - Pronunciou se mexendo na cama, então me fitou com os olhos estreitados. - Se divertiu ontem? - Perguntou de um modo sarcástico, franzi meu cenho. Se eu me diverti? Que merda era essa que ela estava dizendo?

– Você por acaso se lembra do que aconteceu ontem? - Ela empinou o queixo.

– Sim, nós transamos no banheiro, mas isso não significa que eu esqueci o que fez... - Travei meu maxilar e levantei da cama em um rompante.

– Eu fiz??! - Questionei indignado passando minhas mãos pelos cabelos. - QUE PORRA É ESSA? - A encarei exasperado, ela se encolheu na cama com meu grito, mas sua postura não mudou, ainda me olhava com tom desafiador, como se eu tivesse feito algo errado. - Eu que deveria questionar o que a senhorita fez. - Acusei.

– Nós só fomos até aquele lugar porque vocês mentiram para nós! - Gritou se sentando sobre seus joelhos na cama. O que ela disse foi o bastante para eu explodir de uma só vez.

– NÓS MENTIMOS???!!! EU que tive que resgatar minha noiva em uma boate de strippers, não o contrário! - Não podia acreditar na acusação que estava ouvindo.

– Isso porque não fomos atrás de vocês. - Respondeu cruzando os braços, me aproximei e ficamos cara a cara.

– E se fossem iam ver que não fizemos nada disso que esta imaginando. QUE MERDA ISABELLA! - Gritei me afastando. - Eu disse o que iríamos fazer, como você é capaz de desconfiar de mim?

– Rosalie falou que viu o panfleto da boate em que vocês iam. - Rebateu altiva.

– Pois não me importa o que Rose viu ou não, você tinha que acreditar na minha palavra! Respondi nervoso. - Isso me magoa mais do que qualquer outra coisa Isabella, mais do que aconteceu naquela boate. - Peguei minha calça jeans e a minha camisa no chão as vestindo.

– O que aconteceu? - Estreitei meus olhos e a olhei.

– Isso não importa, é bem capaz de não acreditar em mim mesmo. - Minha voz soou cortante e fria. - Vou sair. - Declarei indo até a porta.

– Onde vai? - Pude ouvir ela perguntar.

– Porque não liga para suas amigas e descobre? Isso se elas estiverem sóbrias. - Disparei e bati a porta saindo pelo corredor e descendo as escadas com rapidez, logo estava sentado em meu carro e dando a partida. Eu imaginei um manhã completamente diferente, sabia que teríamos que conversar, mas nunca pensei que ouviria aquelas palavras saírem de sua boca. Como ela podia duvidar do que eu disse? Se contei o que íamos fazer, por que acreditar nas amigas e não em mim? Quando Isabella confiaria em mim? Suspirei chateado. Sinceramente nesse momento eu não sabia o que fazer ou até mesmo para onde ir, parei o carro e encostei a cabeça no volante e como um estalo eu soube exatamente o que eu deveria fazer para relaxar.

Assim que peguei Chance no hotel que o havíamos deixado para passar a noite o levei até um parque, precisava de tempo para esfriar a cabeça antes de encontrar com Isabella, meu celular já tinha inúmeras ligações dela, entretanto eu preferi não atender, somente mandei uma mensagem dizendo que estava brincando com Chance em um local perto de casa, depois disso ela não voltou a ligar. Sentei ao chão e joguei a bola de tênis que sempre estava com ele, Chance correu até ela e voltou correndo, só que ao invés de me dar a bola se deitou ao meu lado e se pôs a mastigá-la. Talvez assim fosse mais divertido para ele. Sorri e acariciei suas orelhas.

– A mamãe vai me deixar louco rapaz. - Confidenciei para ele, Chance largou a bola e me olhou virando a cabeça para o lado como se perguntasse: Por que?– Ela não confia em mim, acho que nunca vai confiar. - Completei desgostoso, ele se moveu e deitou com a cabeça na minha

perna, me fitando com aqueles grandes olhos caídos. - Você acha que eu devo dar uma chance a ela? - Perguntei e na mesma hora ele se levantou abanando o rabo e latindo. Acabei rindo, o puxei pelo pescoço e o abracei. E ainda dizem que os animais são irracionais! Beijei sua cabeça e me levantei. - Vamos para casa? - Chance pulou no chão e latiu, peguei sua bola e o prendi com a correia o levando até o carro.

Não ia adiantar fugir disso por muito tempo, Isabella e eu deveríamos conversar, o modo como ela agiu ontem e como eu estava agindo agora não era o certo, éramos dois adultos e não adolescentes birrentos. Assim que ajeitei Chance no carro dei partida e voltamos para casa, quando chegamos estava tudo silencioso, corri para o segundo andar preocupado. E se Isabella ainda estivesse passando mal? Merda! Era minha responsabilidade ficar e cuidar dela. Me desesperava pelo caminho até nosso quarto com Chance ao meu lado, quando abri a porta relaxei, Bell dormia tranquilamente, me aproximei e vi que a bandeja que havia preparado para ela estava limpa. Meu anjo. Teimoso e displicente, mas mesmo assim meu anjo. Peguei a bandeja e sai do quarto com Chance, ele estava cada dia mais obediente e calmo, o que era um alivio, já que os primeiros meses foram terríveis.

Chegamos na cozinha e deixei tudo em cima da pia, como já passava das duas da tarde resolvi fazer um lanche leve para o almoço, peguei os ingredientes e comecei a preparar, a hora passou rápido e logo terminei, Chance mordia seus brinquedos no chão enquanto montava a bandeja que levaria para o quarto, assim que finalizei tudo subimos novamente. Abri a porta com cuidado e coloquei a bandeja sobre a cama.

– Isabella... - Chamei baixinho, ela gemeu alguma coisa e se mexeu abrindo lentamente os olhos.

– Oi. - Falou timidamente.

– Oi. - Respondi calmo. - Trouxe seu almoço. - Expliquei colocando a bandeja sobre seu colo, Chance latiu se fazendo presente, Bell se sentou na cama e riu.

– E vejo que trouxe mais alguém. - Disse rindo e fazendo carinho em Chance.

– Ok rapaz, deixe a mamãe comer. - Ele choramingou e deitou a cabeça na cama. - Não adianta fazer essa cara. - Respondi e o peguei pela coleira o guiando até a porta do closet, onde ficava sua cama, joguei um brinquedo e ele foi correndo até seu colchão, voltei ao quarto e Bell

segurava seu lanche com tristeza, sentei na beirada e ela me olhou. - Não esta bom? Questionei tentando achar um caminho para iniciar essa conversa. Ela sorriu fracamente.

– O lanche deve estar ótimo, só acho que não mereço.

– Desculpa ter saído daquele modo. - Isabella arregalou os olhos e me olhou com incredulidade.

– Se tem alguém aqui que deve desculpas sou eu Edward, não devia ter entrado naquele lugar.

– Apesar de ter odiado ver você lá, não foi isso que me magoou. - Confessei, ela me encarou com a testa franzida.

– Não foi eu ter ido na boate? - Questionou confusa.

– Por incrível que pareça nada do que aconteceu lá doeu tanto do que saber que a minha palavra não conta para você. - Foi possível ver o choque passar pelo seu rosto.

– Claro que conta Edward, olha eu ia ligar para você, mas Alice raptou meu celular e elas tinham tanta certeza que vocês estavam em uma boate de strippers que eu acabei acreditando... - Tentou se desculpar, mas não me convenceu.

– Você deveria confiar em mim. - Bell assentiu abaixando a cabeça, me aproximei sentando ao seu lado na cama, segurei seu queixo e a fiz me encarar, seus olhos lacrimejavam e uma lágrima solitária desceu pelo seu rosto.

– Desculpa... passei essa manhã toda pensando em você e em como eu não deveria ter ficado lá... Eu sinto muito. - Enxuguei seu rosto com o polegar e o puxei para o meu unindo nossos lábios em um beijo casto, ela pareceu surpresa no inicio, mas logo se entregou. O que eu deveria fazer? Isabella era humana e também cometia erros. Agiu por ciúmes, eu com certeza faria o mesmo, aliás o mesmo não, eu teria ido atrás dela, exatamente como fiz na noite anterior.

– Você tem noção do que poderia ter acontecido Isabella? - Questionei com calma, mas sério, só a ideia de algo acontecer com ela me deixava furioso, Bell abaixou a cabeça.

– Eu sei. - Segurei sua mão e enlacei nossos dedos.

– Não faz mais isso anjo, por favor. - Pedi, ela abriu um sorriso tímido.

– Pode deixar. - Respondeu e me puxou para outro beijo, a afastei com cuidado e ela me olhou em pânico.

– Você precisa comer. - Alertei, Bell suspirou aliviada e sorriu me dando um beijo rápido.

– Obrigada por cuidar de mim. - Agradeceu acariciando meu rosto.

– Eu cuido porque te amo. - Respondi na mesma hora, Isabella abriu um sorriso enorme e voltou a me beijar. - Sua almoço... - Murmurei com nossos lábios colocados.

– Eu como depois... - Se afastou, colocou a bandeja no chão e veio até mim. - Agora quero você. - Completou me beijando com paixão.

– E eu você. - Declarei a virando e deitando por cima dela na cama, Isabella me agarrou pelo pescoço. - Pelo o que estou vendo já melhorou. - Brinquei, ela passou o indicador pelo meu rosto e me olhou seriamente.

– Você é o meu melhor remédio. - Sua resposta colocou um sorriso idiota no meu rosto, me aconcheguei nela, beijando seu lábios, Isabella infiltrou seus dedos em meu cabelo me puxando para mais perto, isso bastou para que eu enlouquecesse.

– Eu te amo Isabella. - Murmurei no seu pescoço enquanto beijava sua pele com adoração, ela gemeu e se contorceu sob meu corpo. - Você é minha. - Declarei descendo os beijos pelo seu corpo macio e saboroso.

– Só sua Edward... - Respondeu roucamente, sorri contra sua pele abaixando sua calcinha lentamente. - Edward não me torture. - Pediu desesperada, ri beijando o interior de suas coxas.

– Estou te torturando? - Perguntei ao mesmo tempo em que passava meu nariz pelo seu sexo, Isabella gemeu alto, o cheiro de sua excitação me deixou ainda mais duro e não pude mais resistir, a tomei em minha boca, me deliciando com aquele sabor irresistível. Isabella rebolava em meu rosto ensandecida, eu a provava com volúpia e desejo, penetrei um dedo e logo mais um, ela não parava de gemer e eu não parava de lamber e me degustar com o deleite que era minha mulher. Minha Isabella. A suguei com força e aumentei a velocidade em que meus dedos a invadiam, seus gritos tomaram o quarto e ela gozou gloriosamente em minha boca, mesmo assim não me afastei, porém Isabella tinha outros planos, ela me agarrou pelos cabelos e me puxou até que nossos lábios estivessem unidos, gememos, nos beijando loucamente, tirei minha calça com dificuldade, pois me recusava a me separar dela, quando enfim estava nu a penetrei de uma só vez.

– Eu.te.amo.Edward. - Isabella dizia pausadamente entre as estocadas que dava em seu corpo, isso só fez com que meu desejo aumentasse e eu a tomasse com mais força e velocidade.

– Eu te amo tanto anjo. - Sussurrei em seu ouvido chupando seu pescoço, entrei em seu corpo mais uma vez e foi o suficiente para ela gozar, me apertando dentro dela de um modo que era impossível não sentir todo aquele prazer, gozei logo em seguida, abafei o som do meu grito no travesseiro, ambos estávamos ofegantes e quase sem ar, respirávamos com dificuldade, Bell me abraçou e beijou meus cabelos, levantei a cabeça e a beijei delicadamente, continuamos nos amando, dessa vez com mais com calma e doçura.

Após algumas horas continuamos na cama, só aproveitando a companhia um do outro, pelo o que podíamos ouvir Chance dormia profundamente em nosso closet, quanto mais velho ele ficava mais alto roncava.

– Edward? - Bell me chamou levantando a cabeça que estava sobre o meu peito e me encarou com receio.

– O que? - Perguntei pegando sua mão e beijando a palma, ela sorriu com meu gesto, mas logo ficou séria. Bell respirou fundo, parecia tomar coragem para me dizer algo.

– Ontem... - Parou, desviou o olhar e mordeu os lábios.

– Ontem? - Incentivei puxando seu rosto pelo queixo, fazendo com que me olhasse.

– O que exatamente aconteceu? - Isabella me olhava ansiosa e um pouco aflita, me sentei melhor na cama e ela fez o mesmo, puxando o lençol e cobrindo sua nudez. O melhor era ser honesto.

– Thompson me ligou dizendo que você e as meninas tinham bebido e que não sabia o que fazer, eu e os rapazes fomos correndo até lá, assim que entrei naquele lugar a primeira coisa que vi foi um cara quase te agarrando, entretanto você parecia querer se desvencilhar dos braços dele. - Ela me encarou assustada.

– E-eu não me lembro de rapaz nenhum.- Gaguejou colocando a mão no peito.

– Pois é, felizmente os seguranças estavam lá para me avisar, mesmo assim você foi muito descuidada se embebedando daquele modo. - Ralhei com ela.

– Eu não achei que a bebida tivesse tanto álcool, pelo menos não dava para sentir o gosto. Não pensei que ia ficar bêbada, eu juro.

– Bell você não é mais uma criança ou adolescente. Poxa! Sabe que nesses lugares todas as bebidas vem repletas de álcool e o pior vem sem o gosto para que beba mais e nem perceba.

– Você tem razão, eu fui muito imprudente e infantil, se pudesse nem teria entrado lá ou bebido só água. Nunca mais quero ficar bêbada. - Declarou agarrando seus joelhos sobre a cama.

– Só precisa moderação. - Adverti. - E claro que eu do seu lado. - Ela sorriu abertamente. Falando nisso que porcaria de vestido era aquele que estava usando. - Bell corou levemente.

– Alice que fez especialmente para a festa de despedida. - Explicou um pouco envergonhada.

– Vou ter uma conversa séria com Alice. - Respondi sisudo, Isabella se aproximou e sentou do meu lado, passei meu braço pelo seu ombro e ela se deitou sobre meu corpo.

– Não gostou do vestido? - Perguntou brincando com os pelos do meu peito.

– Gostei muito, só que para usar comigo. Aliás para usar só para mim. - Pontuei com seriedade, ela riu e beijou meu queixo.

– Você fica uma graça com ciúmes. - Sorri e a apertei em meus braços beijando sua cabeça. Tem uma coisa que queria perguntar.

– O que?

– Você sabe porque tem dinheiro no chão? - A encarei confuso.

– Dinheiro?

– É, enquanto você estava fora eu levantei para ir ao banheiro e tinha um monte de notas de um dólar espalhadas. - Foi então que me lembrei das mulheres enfiando dinheiro na minha calça. Como eu iria explicar isso?

– Ah! Hum... É que quando eu fui te resgatar do stripper folgado, algumas mulheres se empolgaram e começaram a colocar notas na minha calça. - Isabella se levantou e me fitou pasma.

– Como é que é?

– Elas devem ter pensado que eu era um stripper também.

– Vadias! - Esbravejou socando o colchão.

– Foi o que você disse antes de pular em cima de uma delas. - Bell arregalou os olhos.

– Eu briguei? - Assenti.

– Se não fosse por Jasen não sei como teria separado vocês duas. - Isabella tapou a boca completamente em choque.

– Não acredito... - Sussurrou baixinho, Bell parecia em choque ao saber tudo o que tinha aprontado na noite anterior. - Me diz que eu não fiz nada mais vergonhoso do que isso. - Pediu praticamente suplicando que eu dissesse que não.

– Bem...

– Ah não! O que eu fiz? - Indagou aflita.

– Você meio que tentou me agarrar no carro e pediu que eu te fodesse ali mesmo. - Ela pareceu aliviada com isso.

– Menos mal, achei que fosse algo pior. - Estranhei sua resposta.

– Pensei que não gostasse de intimidades com Jasen por perto. - Declarei surpreso, ela ficou estática.

– Peraí! Jasen estava no carro?

– Estava, foi enquanto voltávamos para casa. - Bell tapou o rosto e me olhou por entre seus dedos.

– Eu disse isso baixinho né?

– Na verdade você gritou e ainda ficou se esfregando no meu colo. - Ela voltou a esconder o rosto entre os joelhos.

– Eu não vou mais sair de casa, esta decidido. - Segurei seus braços e a trouxe para o meu peito.

– Amor deixa de bobagem.

– Bobagem?! - Gritou, mas sem sair do meu colo. - Eu não acredito que fui capaz de fazer tudo isso. Estou morrendo de vergonha. - Falou enterrando a cabeça no meu peito, acariciei seus cabelos.

– Não fica assim anjo... O importante é que não aconteceu algo mais sério com você. - De repente a senti tencionar sob meus braços, ela se afastou e me encarou.

– E se alguém filmou? - Perguntou preocupada, ela tinha razão. E se alguém tivesse tirado uma foto ou filmado?

– Merda! Nem pensei nisso. - Praguejei, me condenando por nem ter cogitado essa hipótese.

– Droga Edward! Se a imprensa descobre algo assim nossa paz já era e justo agora que eles tinham nos deixado em paz. - Disse se lamentando, me endireitei na cama e peguei meu celular no criado.

– Vou ligar para o Jasen e pedir que ele verifique isso para nós.

– Ok. - Concordou, disquei o telefone de meu segurança e no segundo toque ele atendeu.

– Boa tarde senhor Cullen. - Me cumprimentou com tranquilidade.

– Boa tarde Jasen, desculpe incomodá-lo em sua folga.

– Incomodo nenhum senhor, aconteceu alguma coisa?

– Sim, eu preciso que verifique na internet se postaram algum vídeo sobre a briga naquela boate em que estivemos e se a mesma tem cameras espalhadas pelo salão, preciso dessas fitas, de forma alguma isso pode ir para impresa, entendido?

– Sim senhor Cullen, farei isso imediatamente.

– Ótimo. Qualquer novidade me ligue.

– Farei isso senhor. - Dei mais algumas orientações e desliguei. Confiava em Jasen e sabia que ele faria muito bem seu trabalho. Afinal o que mais eu poderia pedir de ex-agente do FBI.

– E aí? - Bell me perguntou aflita.

– Ele vai verificar, temos que esperar. - Ela suspirou.

– Eu só dou trabalho para você. - Reclamou chateada, a puxei para meus braços novamente a abraçando apertado. - Não esta bravo? - Perguntou com receio, parei e pensei em tudo o que aconteceu e em como nossa vida poderia virar uma zona caso a imprensa soubesse, mas a verdade é que eu já não sentia a mesma raiva que antes e o motivo principal estava bem aqui, Isabella, desde que ela estivesse segura ao meu lado, eu pouco me importaria com o resto.

– Eu estava puto ontem quando Thompson me ligou e fiquei ainda mais quando te vi com aquele vestido e com um idiota tentando se aproveitar, mas depois que viemos para casa eu me acalmei, ia ter uma conversa com você sobre tudo isso hoje, mas acabamos brigando.

– É, eu fui uma bela imbecil.

– Você ficou com ciúmes, assim como eu quando Thompson me ligou. - Acariciei seu braço. Ela me disse que você não queria entrar. - Comentei distraidamente.

– Não queria mesmo, só que estava morrendo de ciúmes imaginando você com alguma dançaria rebolando no seu colo. - Reclamou fazendo um bico lindo, não resisti e a beijei.

– Eu só quero uma mulher rebolando no meu colo. - Sussurrei em seu ouvido, ela se arrepiou e beijou meu maxilar.

– Que tal se eu rebolar agora... - Propôs passando a mão pelo meu peito nu e descendo até meu membro.

– Adoro quando fica insaciável senhora Cullen. - Senti sua risada no meu pescoço ao mesmo tempo que ela apertou meu membro já duro.

– É só o senhor que me deixa assim senhor Cullen. - Murmurou contra minha pele, gemi ao sentir seu toque delicado e mesmo assim forte. Essa mulher era capaz de fazer o que quisesse comigo e eu não me importava nenhum pouco de estar em suas mãos, nesse caso literalmente.

Notas finais do capítulo A Bella tem o Edward na palma da mão...rsrsrsrs... Ele é capaz qualquer coisa por ela, acho fofo o modo como coloca a segurança dela acima de tudo *-*

Sei que esperavam outra coisa no capítulo, mas essa parte era necessária para concluir a despedida de solteira :) E no próximo: rufem os tambores, descobriremos a surpresa!!!! Mas imagino que a maioria já saiba, ou não??

Ainda teremos uma conversa entre as meninas e saberemos o castigo que cada uma recebeu, já que a Bell parece ter sido completamente perdoada...rsrsrs

Ah! Tenho uma ótima notícia! A fic esta em sua reta final! Possivelmente teremos o final no capítulo 60. Desejo que curtam esses últimos capítulos!!!!

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 55) Capítulo 54 - Anne

Notas do capítulo Desculpem mais uma vez pela ENORME demora :( Vou tentar o máximo não demorar no próximo.

Sei que muitas queriam um bônus do castigo das meninas, mas quando tentei escrever simplesmente nada veio a minha mente :-/ Neste capítulo teremos mais momentos fofos entre Bella e Edward e uma conversa entre as amigas que virá com uma revelação que Bella não estava esperando...rsrsrsrs

Espero que gostem ;) Bella POV

Eu corria o mais rápido que podia, estava ofegante e quase sem ar, mas não podia parar, se fizesse isso ele me pegaria e então seria o fim. Apertei o passo e aumentei a velocidade, ouvi seus passos na grama bem atrás de mim. Merda! Praguejei em pensamento antes de sentir um baque em minhas costas e ser puxada para o chão caindo em cima de Edward que ria sem parar, lhe dei um tapa no peito.

– Eu disse que ia ganhar. - Se gabou, fiz uma careta enquanto tentava controlar minha respiração que estava em frangalhos e ele continuou rindo, ouvimos um latido ao longe, Chance com certeza estava por perto. - Aqui Chance! - Edward gritou, não demorou muito e nosso labrador apareceu correndo e abanando o rabo, antes que nos sentássemos no gramado ele pulou em nós dois, logo estávamos os três rolando na grama, a brincadeira acabou quando um esquilo apareceu correndo perto de onde estávamos, Chance na mesma hora se levantou e foi persegui-lo, ri com sua animação, aproveitei que Edward estava jogado na grama e me deitei sobre o seu peito, ele me abraçou e ficamos aproveitando aquele momento relaxante.

– Conseguiu falar com as meninas? - Ele perguntou após alguns minutos.

– Não, falei só com os rapazes.

– E o que eles disseram? - Levantei a cabeça e o encarei.

– Bem, Jasper falou que Alice ainda estava apagada na cama e quando acordasse levaria uma bela bronca. - Edward riu.

– Essa eu queria ver.

– É, nem dá para imaginar o Jazz brigando com a Allie.

– E o Emm?

– Ele estava rindo igual um idiota, contou que tinha o castigo perfeito para Rose e perguntou se eu também não estava de castigo já que você estava uma fera ontem. - Praticamente sussurrei, eu ainda não podia acreditar que tinha sido capaz de tudo aquilo e principalmente ter desconfiado de Edward, ele tinha toda razão para ficar chateado comigo e nem querer me dirigir a palavra.

– Isso já passou. - Falou calmamente, sorri, essa era a prova real de como nosso relacionamento estava amadurecendo, sabia que nada seria perfeito, mas estávamos

dispostos a enfrentar tudo o que viesse juntos e isso para mim não tinha preço. - Só quero saber o que é esse castigo que o Emm inventou para a Rose. - Dei risada.

– Amanhã será a primeira coisa que irei perguntar. - No dia seguinte me encontraria com as meninas para fazer a última prova do vestido. - Aposto que ainda vão estar de ressaca. Comentei sorrindo, Edward me acompanhou.

– E você, já esta melhor? - Assenti e o beijei.

– Meu noivo esta cuidando muito bem de mim. - Edward abriu um sorriso tímido e me puxou para outro beijo.

– Eu amo cuidar de você meu anjo.

– E eu de você garotão. - Edward gargalhou alto, o vento começou a soprar mais forte e tremi, ele percebeu e se levantou me estendendo a mão.

– Esta esfriando, melhor entrarmos. - Concordei segurando em sua mão e ele me puxou para seus braços. - Chance! - Edward chamou, nada. - Chance vem! - Chamou novamente e o ouvimos latindo, logo ele apareceu na nossa visão, Edward me abraçou pela cintura e fomos em direção a nossa casa aproveitar o restante do nosso domingo.

À noite depois de nos amarmos mais uma vez, apaguei nos braços de Edward, acordei por volta das cinco da manhã e não consegui mais dormir, a verdade é que eu não sabia como iria encarar o mundo depois do king kong que paguei no sábado, ontem à noite Jasen ligou para Edward e informou que não havia com o que nos preocuparmos, pois nada havia caído na internet, além disso ele conseguiu acesso as fitas na boate e garantiu que era impossível reconhecer alguém pelas imagens, isso me acalmou, mas não o bastante, se isso não fosse o suficiente estava morrendo de vergonha por tudo o que tinha aprontado, ainda mais por ter brigado com Edward, me arrependia amargamente do modo como o havia acusado, fui completamente sem noção e infantil, uma completa imbecil com ele. Senti Edward se movimentando atrás de mim e me abraçando.

– Boa madrugada. - Sussurrou no meu ouvido, sorri e me virei o olhando, ele me fitou com preocupação. - O que foi? - Perguntou afagando meu rosto, eu era péssima em esconder minhas emoções.

– Estou chateada por causa de sábado. - Confessei, ele sorriu levemente.

– Não se preocupe com isso anjo.

– Não sei como pode ser tão complacente com o que fiz, deveria estar com raiva e ter me deixado de castigo assim como os meninos. - Resmunguei aborrecida comigo mesma, Edward era compreensivo demais com as coisas que eu fazia de errado.

– Ficar longe de você seria um castigo para mim. - Respondeu com sinceridade, balancei a cabeça sorrindo.

– Você é bom demais comigo. - Reclamei sem parar de sorrir.

– Eu só estou tentando ser justo, além disso foi interessante ver você perder o controle uma vez. - Arqueie minhas sobrancelhas.

– Como assim?

– Ah amor você é sempre tão comedida e certinha, nunca perde a cabeça ou faz qualquer coisa de errado... - O observei abismada. Era essa a imagem que Edward tinha de mim?

– Eu já errei tanto Edward. - Sussurrei o cortando, ele me encarou intrigado.

– Você sabe que isso não é verdade.

– Como não? Errei com você, com nossos pais, com James. - Edward torceu os lábios ao ouvir esse nome, mas era a verdade, de alguma forma eu havia machucado todas essas pessoas,

principalmente por ter demorado tanto tempo para chamar Carlisle e Esme de pais, esse com certeza era um dos meus maiores arrependimentos.

– Você nunca errou comigo Bell, fui eu que te magoei e quanto aos nossos pais, você era o maior o orgulho deles. Como pode pensar que errou com eles? E você sempre foi honesta e correta com James. - Enquanto Edward dizia o quanto me achava incrível, eu simplesmente comecei a chorar lembrando de como eu sentia falta de nossos pais, ele me encarou apavorado. - Bell o que houve? Eu disse algo que te magoou? - Neguei sem conseguir parar de chorar descontroladamente, Edward me abraçou apertado. - Desculpe, eu não queria fazer você chorar amor, sou um idiota mesmo. - Se condenou, levantei a cabeça e o encarei, respirei fundo e procurei me acalmar.

– Não é sua culpa. - Dizia soluçando ainda. - Eu só lembrei de nossos pais e de como sinto falta deles. - Edward suspirou aliviado e beijou minha testa, me tranquilizando. - E eu não sou esse poço de virtude que você estava descrevendo. - Falei me afastando dele e o encarando.

– É sim Isabella, você é um anjo, o meu anjo. - Completou e me puxou para um beijo apaixonado, como não estava afim de discutir sobre isso me deixei levar pela paixão e amor que sentia pelo meu futuro marido.

– Bell... - Ouvi a voz de Edward soar baixa e um beijo ser depositado nas minhas costas. Acorda amor. - Abri um olho e fitei Edward sentado na cama já com seu terno escuro alinhado. Ele ficava gostoso demais vestido assim. Quando percebeu que tinha acordado sorriu largamente. - Trouxe seu café da manhã anjo. - Disse indicando a bandeja à sua frente, segurei o lençol contra o meu corpo e me sentei na cama.

–Assim vou ficar mal acostumada. - Respondi enquanto ele pegava a bandeja e pousava sobre o meu colo.

– Eu amo mimar você. - Retrucou me dando um beijo casto nos lábios, meu coração bateu mais rápido apenas com esse gesto. Eu era uma mulher de muita sorte.

– E eu amo ser mimada por você. - Ele sorriu e me deu mais um beijo, mas logo se afastou. Você já vai? - Perguntei manhosa, não queria que Edward saísse, se pudesse ficaria trancada com ele pelo resto do dia, melhor, o resto das nossas vidas.

– Ainda não, vou te esperar. - Franzi meu cenho, o encarando confusa.

– Esperar para que?

– Esqueceu que hoje vai se encontrar com as meninas para provar os vestidos de madrinha. Bati com a mão na testa.

– Putz, tinha esquecido.

– Bem que percebi. - Edward caçoou rindo, o segurei pela gravata e o puxei para mais perto.

– Culpa sua que ficou me distraindo a noite inteira e pela manhã também.

– Eu assumo todos os meus crimes. - Sussurrou contra os meus lábios e me deu um beijo apaixonado, antes que nos empolgássemos ele se afastou ofegante. - Tudo o que eu queria era ficar nessa cama com você, mas sabe que não podemos. - Assenti sem esconder minha frustração.

– Eu sei, mas a noite o senhor é meu. - Edward abriu o meu sorriso tímido. E me deu mais um beijo.

– Só seu meu anjo. - Sorri e voltei minha atenção ao café da manhã, enquanto comia observei o silêncio no quarto.

– Cadê o Chance? - Perguntei a Edward enquanto comia uma torrada.

– Eu pedi que Kline e Thompson o levassem para o hotel, hoje tenho que visitar algumas obras e vou ter muitas reuniões, ele vai se divertir mais lá, quando sair do escritório vou buscá-lo. Assenti concordando.

– Com meus seguranças fora, quer dizer que poderei dirigir? - Perguntei animada, eram raras as chances que eu tinha de sair sozinha de carro, Edward era paranoico demais com minha segurança e pela careta que ele fez percebi que hoje não seria diferente.

– Na verdade eu vou te levar até o ateliê de Alice. - Arregalei meus olhos.

– Com Jasen? -Tudo o que eu menos queria era encontrar com ele, Edward riu e negou.

– Imaginei que não ia querer se encontrar com ele e por isso decidi eu mesmo te levar, ele vai seguindo o carro. - Suspirei aliviada, não estava preparada para encontrar com ele, tinha certeza que iria ficar igual a um tomate se o visse.

– Obrigada. - Agradeci, Edward segurou minha mão e a beijou.

– Sei que ainda se sente meio mal pelo o que aconteceu, mas não precisa se preocupar com nada, ele é um profissional amor.

– Eu sei disso, mesmo assim minha vergonha não vai embora.

– Bom, pelo menos por hoje não precisa se preocupar, vou te levar e Kline e Thompson estarão lhe esperando na saída.

– Não tem como escapar, não é? - Tentei argumentar.

– Não, sua segurança é imprescindível para mim.

– Eu acho que poderíamos diminuir isso Edward, não precisa ser tanto assim. - Tentei argumentar, ele me olhou sério, daquele modo que nem dá para discutir.

– Nem pensar! - Exclamou categórico. - Não posso baixar a guarda com você Isabella, por favor não discuta isso comigo. - Eu sabia como o assunto da minha segurança era delicado,

especialmente por causa de tudo o que tinha acontecido, por esse motivo achei melhor relevar, em um relacionamento temos que escolher nossas batalhas e essa era uma que já estava mais do que perdida para mim.

–Tudo bem. - Concordei com um sorriso conciliador, Edward pareceu relaxar e se sentou mais próximo de mim e beijou minha testa.

– Você é o que eu tenho de mais valioso, não suportaria se algo lhe acontecesse. - Expressou angustiado, afaguei seu rosto compreendendo com exatidão suas palavras, era exatamente assim que eu me sentia também. - Eu te amo. - Declarou beijando minha palma.

– Eu também te amo. - Ele sorriu e selou nossos lábios com mais um beijo doce e delicado.

– Agora coma. - Pediu em um tom gentil e ao mesmo tempo enérgico, balancei a cabeça e voltei a apreciar o café da manhã que havia preparado para mim, sentia tanta fome que devorei tudo em poucos minutos, Edward me olhava abismado pela minha gula, afinal ultimamente eu nem estava sentindo tanta fome, com certeza isso era por causa dos esforços do fim de semana e o fato de ter comido tão pouco no dia anterior. Assim que acabei o café, fui para o banheiro e fiz minha higiene, me aprontei rapidamente no closet e quando já estava pronta saímos de casa. Era gostoso estar em um carro somente com Edward, me sentia mais livre e relaxada, olhei pelo retrovisor e vi que Jasen já nos seguia.

– Falou com o Jasen esta manhã? - Edward me olhou de relance.

– Sim, por que?

– Queria saber se ele descobriu algo sobre as filmagens, se apareceu alguma coisa. - Comentei receosa.

– Não amor e tenho certeza que nem vai aparecer. - O encarei intrigada.

– Como pode ter certeza?

– Bell se alguém tivesse uma foto ou filmagem sobre o que aconteceu ontem á noite nós já saberíamos, apesar de não estarmos mais na mídia, ainda somos pessoas importantes, eles não deixariam isso de lado.

– É, tem razão. Estou sendo paranoica.

– Só esta se preocupando demais, de qualquer forma vou fazer uma reunião com o RP (Relações Públicas) da empresa e os advogados caso algo apareça. - O que? De jeito nenhum!

– Não! - Praticamente gritei.

– Porque não?

– Não quero que mais ninguém saiba o que aconteceu Edward. É vergonhoso demais.

– Bell claro que não vou dizer nada, só vou falar que algo da nossa vida privada pode vir a tona e quero eles preparados caso isso aconteça, nada mais. - Suspirei aliviada.

– Você me assustou. - Edward segurou minha mão.

– Eu nunca iria lhe expor dessa forma. - Assim que as palavras saíram da sua boca ele ficou sério e soltou minha mão se concentrando em dirigir, estranhei sua atitude distante.

– O que foi?

– Nada. - Disse tentando um sorriso que não chegava aos seus olhos.

– Você não consegue mentir para mim. Pode dizer! - Exigi cruzando meus braços.

– Eu já lhe expus uma vez e ainda a humilhei na frente de muitas pessoas. - Explicou sem tirar seus olhos da rua. Minha postura relaxou um pouco, mas não o bastante.

– Isso é passado. - Declarei desgostosa sobre o assunto. - Nós já falamos e acertamos tudo o que aconteceu. - Ele assentiu.

– Desculpa, as vezes é inevitável não pensar em tudo de ruim que lhe fiz.

– Pois trate de tentar, porque nada disso importa para mim. - Edward subitamente estacionou o carro e se virou para me encarar esticando o braço e o apoiando no meu banco enquanto sua mão brincava com meu cabelo, seu rosto tinha um sorriso lindo.

– Eu já disse que te amo hoje? - Perguntou com um brilho intenso no olhar, foi impossível não sorrir também.

– Já, mas não o suficiente. - Edward riu, sua mão segurou meu queixo e nossos lábios se encontraram em um beijo apaixonado.

– Eu te amo. - Declarou com os olhos fechados, fechei os meus e o puxei pela nuca colando novamente nossas bocas. Quando nos separamos estávamos ambos ofegantes. - Casa comigo?

– Eu vou casar. - esclareci confusa com seu pedido.

– Agora, casa comigo agora. - Sorri.

– São só mais alguns meses. - Argumentei, Edward fez uma careta fofa.

– Longos cinco meses. - Resmungou aborrecido.

– Você fala como se nem morássemos juntos.

– Eu quero você completamente Isabella.

– Eu sou sua Edward. - Garanti com firmeza.

– Não vou mesmo te convencer a adiantar esse casamento né?

– Não, me deixa fazer as coisas com calma, quero que nos lembremos desse dia para sempre. Edward sabia o quão importante era esse momento para mim, não que eu quisesse algo chique ou grandioso, mas eu queria que fosse especial e para isso precisava de tempo para preparar tudo, ele suspirou derrotado.

– Você sempre consegue me convencer.

– Vai valer a pena. Eu prometo. - Edward me encarou com amor e adoração.

– Tenho certeza que vai, afinal estarei me casando com a mulher da minha vida.- O que fazer quando o homem da sua vida lhe faz uma declaração dessas? Eu simplesmente o puxei pela nuca e o beijei profundamente, tentando demostrar nem que fosse um milésimo de tudo o que eu sentia por ele.

– Você me deslumbra com suas palavras senhor Cullen. - Murmurei com nossos lábios ainda unidos, Edward sorriu me dando um selinho.

– E você com suas atitudes Isabella. - Franzi meu cenho confusa, sem saber do que ele se referia.

– Posso saber que atitude seria essa?

– É difícil definir uma só meu anjo, afinal você sempre esta ao meu lado para me salvar. Confessou afagando meu rosto com seus dedos, eu o olhava admirada.

– É o que se faz por quem se ama. - Expliquei calmamente, entendendo que ele se referia a tudo o que passamos juntos, Edward segurou firme minha mão.

– Exatamente. - Respondeu com um sorriso e me deu mais um beijo antes de dar partida no carro e retomarmos nosso caminho. Naquele momento eu tive a certeza de que nada e ninguém seria capaz de nos separar.

Assim que Edward me deixou no ateliê de Alice segui até a bela recepção onde Tânia estava concentrada em sua mesa de trabalho.

– Bom dia. - A cumprimentei com educação, na verdade eu não suportava ela, pois toda oportunidade que tinha dava em cima de Edward. Ela levantou a cabeça e me fitou com certo descaso, como sempre.

– Olá senhorita Cullen. - Podia apostar que se Edward estivesse aqui, ele a corrigiria dizendo que eu era senhora Cullen, eu no entanto preferi deixar passar.

– A Alice já chegou?

– Sim, ela e a senhorita Hale acabaram de chegar e estão no provador principal.

– Obrigada. - Agradeci a informação e logo segui para onde minhas amigas estavam, adentrei o grande provador e encontrei Rose sentada em um dos sofás com óculos escuros e tomando uma xícara, do que parecia ser café.

– Bom dia. - A cumprimentei sorriu, entretanto ela só acenou com a cabeça. - Tudo bem Rose? - Perguntei preocupada.

– Sim. - Respondeu com a voz fraca. - Só essa dor de cabeça que não vai embora. - Me sentei ao seu lado, deixando minha bolsa sobre o sofá.

– Ainda esta de ressaca?

– Pois é, acho que peguei pesado demais dessa vez. - Murmurou e deitou a cabeça no encosto do sofá.

– E a Alice?

– Esta no escritório dela, foi pegar o vestido de vocês. - Explicou quase dormindo, Rose realmente era fraca para bebida, bem mais do que eu, felizmente tivemos a ideia de fazer a despedida uma semana antes do casamento, caso contrário era bem capaz dela nem conseguir dizer o sim.

– Ah! Finalmente apareceu! - Alice exclamou vindo em minha direção carregando dois pacotes enormes, me levantei e a ajudei.

– Estava me recuperando. - Respondi com um sorriso, Alice balançou a cabeça e riu.

– Pelo visto se recuperou muito bem não é? Esta com esse sorriso idiota no rosto.

– Vamos dizer que fui muito bem cuidada. - Completei colocando um dos pacotes sobre o sofá que estava livre.

– Aposto que nem ficou de castigo. - Rose desdenhou me olhando por cima do seus óculos.

– E por que ficaria? A ideia de ir naquele lugar nem foi minha.

– Mas você bebeu conosco e se bem me lembro ficou bem soltinha. - Odiava o fato da Alice ter uma memória tão boa, mesmo bêbada.

– Que eu saiba não fui eu que subi em cima de uma mesa e comecei a tirar minhas roupas. Provoquei com um sorriso, ela arregalou os olhos.

– Quem te contou isso?! Foi o Jasper? - Neguei.

– Não, os seguranças que levaram vocês para casa contou ao Edward.

– Afe! Nem me lembre, essa é uma noite que prefiro esquecer. - Alice disse mexendo nas suas coisas.

– Eu esqueci, não lembro de praticamente nada do que aconteceu. - Rose comentou massageando a têmpora, pelo menos ela não tinha feito nada para se envergonhar.

– Como estão os meninos? Ontem falei com eles por telefone e Jazz estava uma fera, já o Emm parecia muito bem humorado.

– Argh! Nem quero pensar nisso. - Disse Rose cobrindo o rosto com o braço, eu e Alice a olhamos com curiosidade.

– Porque não? - Allie questionou. Rose se endireitou no sofá e nos olhou sem tirar os óculos.

– Bom, o Emm pensou em um castigo bem criativo para dizer o mínimo. - Disse torcendo os lábios em descontentamento.

– O que ele fez? - Perguntei curiosa.

– Vai me obrigar a assistir Fórmula 1 todos os domingos. - Rose lamentou, nós sabíamos o quanto Rosalie odiava esses programas de corrida que o Emm tanto amava, agora entendia muito bem a animação dele com o tal castigo. - O Emm é muito mau. - Rose bufou cruzando os braços.

– Isso não é tão ruim, o Jasper esta bem pior, ele nem esta falando comigo e pelo visto não vai falar tão cedo. - Alice comentou enquanto arrumava um dos vestidos no manequim.

– Sério? - Perguntei, nunca imaginei que Jazz pegaria tão pesado com ela.

– É, na verdade ele falou comigo ontem quando eu acordei, falou não, gritou, nunca tinha visto ele tão bravo comigo, me deu a maior bronca, me chamou de infantil, irresponsável e mais um monte de coisa, em seguida saiu batendo a porta.

– E o Alex? - Rose perguntou preocupada.

– Tinha saído com minha mãe pela manhã para um passeio, acho que Jasper que pediu que nos deixasse a sós.

– E agora? O que esta planejando fazer? - Allie balançou os ombros.

– Por enquanto nada, sei que essa raiva do Jazz logo passa, ele só ficou chateado pois poderia ter acontecido algo.

– É, o Edward também ficou bem preocupado com isso.

– O Emm me contou que o Edward estava possesso conosco e com você.

– É, ele me contou que ficou louco de raiva. - Disse chateada com minha atitude, pois apesar das minhas amigas terem incentivado que eu entrasse naquele lugar, foi uma decisão minha.

– Sério que não rolou nenhum castigo? - Alice perguntou parecendo decepcionada.

– Hei! Que tipo de amigas são vocês que ficam torcendo para que eu seja castigada? Questionei indignada.

– Uê, somos amigas solidárias. Não é justo que eu e Alice estejamos de castigo e você que até chegou a brigar não fique também. - Reclamou aborrecida, arregalei meus olhos com sua revelação.

– Como sabem que eu briguei?

– Emm viu você pulando em uma garota. - Rose falou com um sorriso.

– Você fez isso? - Alice me olhou chocada.

– Ao que tudo indica sim, o pior é que não me lembro de nada. - As duas começaram a rir, cruzei meus braços. - Belas amigas eu tenho.

– Ah Bella! Você tem que admitir que isso é engraçado, ainda mais você que é toda pacifica. Alice falou em meio as risadas. - E ainda assim não ficou de castigo, você tem o Edward na palma da sua mão hein. - Mostrei a língua para Alice que continuou rindo.

– Não posso fazer nada se meu charme é irresistível. - Nesse momento fui atingida por um travesseiro. - Pelo visto já esta melhor não é? - Falei para Rose antes de jogar o travesseiro de volta, Alice entrou na brincadeira e ficamos as três nos divertindo igual crianças.

– Edward tinha razão. - Afirmei.

– Sobre o que? - Alice perguntou intrigada, estávamos no chão deitadas sobre os travesseiros.

– Nós somos umas crianças. - As meninas riram.

– Disso não posso negar, fomos bem precipitadas indo naquela boate.

– Eu avise... - antes que completasse Alice me lançou um olhar reprovador. - O importante é que saímos ilesas. - Elas assentiram em concordância.

– Acho bom começarmos a provar as roupas, senão não vai dar tempo caso precisem de ajustes. - Alice disse e nos levantamos, ela chamou sua assistente, Rose foi a primeira a experimentar o vestido e tinha ficado perfeito, era um tomara que caia com cristais e uma saia toda trabalhada, absolutamente lindo, enquanto Rose desfilava em frente ao espelho, decidi experimentar o meu, fui para uma das cabines e coloquei o vestido, porém quando fui fechar o zíper ele não subiu.

– Tudo bem aí? - Alice perguntou, devia estar preocupada pela minha demora.

– Mais ou menos. - Respondi, Alice entrou no provador. - Acho que esse não é o meu vestido.

– Porque?

– Não fecha.

– Você engordou?

– Não! Eu nem sinto vontade de comer ultimamente, só hoje que dei uma exagerada.

– Porque não esta comendo?

– Não é tudo que aguça meu paladar. - Alice se aproximou e tocou meu ventre e quadril. Levantou a cabeça e me olhou com um sorriso enorme. - Que foi?

– Você esta grávida! - Arregalei meus olhos completamente pasma.

– Como é que é?

– Bella só isso explica o fato do vestido não servir.

– Isso não explica nada, eu não tenho enjoos e nem passo mal.

– Nem todas as mulheres tem sintomas parecidos. - Tapei a boca em choque. Não podia ser! Que foi?

– É que ultimamente eu venho sentindo um desejo muito maior pelo Edward e além disso ando bem mais sensível, acabo chorando por qualquer coisa. - Expliquei já entrando em pânico.

– Não falei! Grávida.

– Não pode ser Alice!

– Porque não? Você não quer?

– Eu quero, é só que eu queria me casar antes.

– Bella vocês vão casar em apenas cinco meses. - Foi o bastante para que o medo me dominasse.

– Esta vendo, eu não posso casar grávida. - Tentei negar.

– Deixa de ser boba Bella, aposto que o Edward vai pirar com essa notícia. - Foi então que eu vi o rosto sorridente do meu futuro marido, Alice tinha razão, Edward iria surtar de tanta felicidade, naquele momento percebi que estava mesmo sendo boba e deixei a alegria me tomar, sorri colocando a mão sobre a minha barriga ainda lisa e fechei os olhos imaginando uma linda menina com cachos acobreados e lindos olhos azuis, fruto de todo o amor que sentia por Edward, nossa Anne.

E no próximo: o reencontro!

"Para o ciumento, é verdade a mentira que ele vê. "

( Calderón de la Barca )

Notas finais do capítulo Finalmente a Bella esta grávida...rsrsrsrs... Teremos essa confirmação no próximo quando ela for no médico, afinal ela vai ficar preocupada por ter se embebedado enquanto estava esperando um filho.

E como a imagem no final mostrou teremos o tão aguardado reencontro de Bella e James. Queria muito saber o que esperam desse capitulo, quero caprichar nele. Como acham que o Edward vai se comportar??? Adoraria saber a opinião de vocês...

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 56) Capítulo 55 - Casamento

Notas do capítulo Obrigada pelos lindos comentários :) Fico muito feliz por ainda curtirem a história, vamos ver como vão ser as coisas depois desse capítulo... rsrsrsrs

Bom, de novo eu precisei dividir o capítulo em dois para não deixar vocês esperando muito tempo ;)

Nesta primeira parte, teremos a ida de Isabella ao médico e um momento que vai deixar ela bem emocionada *-* Logo depois vem o casamento e com ele a atitude estranha e fria de Edward, isso vai deixar Isabella perdida e chateada, mas quando ela descobrir a razão por trás disso, Bell vai fazer algo que pode piorar ainda mais a situação :-/

Espero que gostem ;) "Para o ciumento, é verdade a mentira que ele vê. "

( Calderón de la Barca )

Bella POV

Nervosismo resumia o meu estado neste momento. Estava na sala de espera de minha médica esperando ser atendida, após aquele dia no ateliê de Alice resolvi marcar uma consulta, Alice insistiu que devíamos comprar um teste na farmácia, mas eu me neguei, queria ter certeza absoluta da minha gravidez, além disso queria tirar algumas duvidas com minha médica, como por exemplo minha bebedeira, tinha medo que minha imprudência tivesse de alguma forma afetado meu bebê, isso se eu estivesse mesmo grávida. Minha pressa era tanta que pedi urgência, estava na correria já que hoje era o dia do casamento de Rose, infelizmente não tinha conseguido uma consulta mais cedo pois minha médica estava em uma conferência.

– Senhorita Cullen. - Me virei na direção secretária. - A doutora Adams já esta lhe esperando. Assenti e me dirigi até seu consultório, quando cheguei na porta minha médica se levantou e veio me cumprimentar.

– Como vai Isabella? - Como já nos conhecíamos há alguns anos deixávamos a formalidade de lado.

– Bem Lauren. - Respondi simplesmente.

– Sente-se. - Pediu indicando a cadeira a frente de sua mesa, me acomodei enquanto ela também se sentava. - Minha secretária disse que tinha urgência em me ver, aconteceu alguma coisa? - Perguntou preocupada.

– Não, quer dizer sim. - Disse meio tensa, ela me olhou confusa. - Eu acho que estou grávida. Lauren abriu um sorriso.

– Isso é ótimo! Fez algum teste de farmácia?

– Não, eu não confio nesses testes, além disso precisava conversar com você.

– Sobre o que?

– Bem é que eu bebi muito no sábado passado, era a despedida de solteira de uma amiga e exagerei, estou com medo que possa ter prejudicado o bebê. - Falei apreensiva.

– Olha Isabella, beber grávida realmente não é bom para o feto, mas levando em consideração que foi só uma vez e que não vai se repetir não há com o que se preocupar. - Respirei mais aliviada. - Agora iremos fazer todos os exames necessários para comprovar sua gravidez e ver como esta sua saúde. - Assenti enquanto ela digitava algumas coisas no computador. - Você tem sentido alguma coisa? Náusea, ânsia, enjoos? - Balancei a cabeça.

– Não, por isso demorei a acreditar que podia estar grávida, mas essa semana quando fui provar um vestido ele ficou justo, além disso minha fome esta bem seletiva, não é tudo o que sinto vontade de comer, estou bem emotiva também e... - Corei um pouco antes de completar. - Estou sentindo ainda mais desejo pelo meu noivo. - Ela sorriu.

– Bom tudo o que me disse podem ser sintomas de uma gravidez, mas antes precisamos ter certeza. Como esta sua menstruação?

– Já faz uns três meses que não menstruo, mas pensei que fosse por causa da injeção anticoncepcional. - Expliquei, há três meses tinha decidido tomar a injeção ao invés de ficar

utilizando a pílula, na segunda deveria ter tomado minha segunda dose, mas achei desnecessário já que poderia estar grávida.

– Realmente este é um dos sintomas da injeção. - Disse concordando.

– Eu achei que ela fosse mais segura do que a pílula. - Completei insatisfeita, estava feliz com a possibilidade de uma gravidez, mas mesmo assim preferia ter me casado antes.

– Nenhum método é 100%, talvez seu corpo não tenha reagido a substância da forma ideal e por isso ela não teve efeito, são mínimas as chances, mas infelizmente pode ocorrer. Você seguiu a risca as recomendações? - Franzi meu cenho, não me lembrava de qualquer recomendação, mas também como poderia, na época que tomei a injeção estava cheia de problemas, a finalização da construção da casa e principalmente o meu distanciamento de Edward por causa do excesso de trabalho.

– Sinceramente minha mente estava meio fora de órbita na ocasião. - Expliquei sem graça. Qual eram as recomendações?

– A mais importante era que você tinha que ficar pelo menos dez dias sem fazer sexo ou fazer com proteção. - Assim que as palavras saíram da sua boca me lembrei que não me preocupei com isso justamente porque Edward e eu estávamos meio distantes, só que agora outra lembrança veio em minha mente, o pedido de casamento e de como ficamos o dia inteiro juntos.

– Oh! Eu realmente me esqueci disso. - Respondi corando levemente.

– Pelo visto já temos uma data para a concepção. - Falou com um sorriso.

– É, acho que sim. - Foi tudo o que consegui dizer.

– Qual foi a data? - Perguntou e eu passei o dia mais feliz da minha vida, pelo menos até agora, ela digitou no computador e voltou a me encarar.

– Se estivermos certas você esta com dez semanas de gestação. - Nossa! Isso era muito tempo!

– Eu não deveria ter descoberto antes? - Perguntei com receio.

– Seus sintomas são muito leves Isabella seria difícil perceber. Analisando tudo isso acredito que sua gravidez será bem tranquila. - Disse com um sorriso.

– Mas essa demora para descobrir a gravidez não pode ter prejudicado o bebê? - Perguntei preocupada.

– Geralmente a gravidez é descoberta entre a terceira e a oitava semana, pois os sintomas estão mais fortes, mas existem casos em que as mulheres não sentem absolutamente nada nem mesmo na vigésima semana, em casos mais raros algumas mulheres só descobrem que estão grávidas na hora do parto, o importante agora é fazer todos os exames e seguir o prénatal corretamente. - Fiquei um pouco mais tranquila, não adiantava pensar no que passou precisava me focar no presente e fazer de tudo para que nosso filho fosse saudável. - Acho bom darmos uma olhada nesse bebê. Vou pedir para minha assistente preparar a sala de ultrassom. - Assenti sorridente e segui para outra sala onde faríamos a ultrassom, coloquei a camisola apropriada e me deitei na maca, adoraria que Edward estivesse aqui comigo, mas antes de contar para ele eu queria ter certeza absoluta, não via a hora de mostrar nosso bebê para ele, Edward ia pirar. A médica entrou na sala e passou o gel na minha barriga, pegou o aparelho e começou a passar pelo meu ventre.

– E então? Dá para ver alguma coisa? - Perguntei com temor. E se eu não estivesse grávida? Merda! Já estava tão animada com a ideia de ser mãe, antes que me desesperasse ainda mais um sorriso apareceu nos lábios de Lauren e ela me olhou com carinho.

– Parabéns mamãe! - Celebrou alegremente, eu não sabia o que pensar, uma felicidade sem tamanho me tomou por completo, olhei para o monitor e vi em uma imagem meio embaçada, sem perceber eu chorava emocionada. - Aqui esta ele. - Lauren explicou mostrando o meu bebê, já era possível ver a cabeça, seu corpo e as pernas. Era incrível!

– Já dá para saber o sexo?

– Ainda não, teremos que esperar pelo menos até décima sétima semana. - Assenti sem tirar meus olhos da tela, mesmo sem uma confirmação eu sabia assim como Edward que seria uma menina. - Lauren continuou passeando o aparelho em meu ventre, o pressionou um pouco mais e um som descompassado tomou conta do ambiente, o som de um coração em crescimento. - Esta ouvindo? - Aquiesci sorrindo, uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

– É o coração? - Murmurei emocionada.

– É, e um coração muito forte. - Sorri satisfeita e voltei a olhar o monitor com atenção.

– Ele esta bem? - Perguntei sem esconder minha preocupação.

– Sim, o tamanho e os batimentos cardíacos confirmam que sua gestação tem dez semanas e que esta tudo dentro do normal. - Eu não conseguia parar de ouvir aquele som maravilhoso, nosso bebê, meu e de Edward, parecia que eu ia transbordar de tanta felicidade.

Após o exame Lauren tirou uma foto da ultrassom e guardei para mostrar a Edward, iria contar a ele hoje a noite depois do casamento de Rose. Antes de voltarmos ao consultório ela tirou meu sangue para os exames que precisava fazer, felizmente eu estava de jejum já imaginando que teria que fazer esses exames. Quando voltamos ao consultório ela deu diversas recomendações para minha alimentação, assim como exercícios que eu poderia fazer e que fariam bem ao bebê, marcamos mais uma consulta para a próxima semana para saber os resultados dos exames, nesta eu fazia questão da companhia de Edward.

Sai do consultório nas nuvens e com um sorriso enorme, cheguei no estacionamento e Thompson e Kline me esperavam, assim que entrei no carro Kline deu partida e seguiu para o local onde seria o casamento de Rose, no caminho fui pensando qual seria a melhor forma de dar essa noticia a Edward, mas nada bom o suficiente vinha a minha mente, estava tão distraída que nem percebi que já havíamos chegado, a casa de eventos era enorme e também tinha um lindo jardim, mas por causa do clima frio a cerimônia e a festa seriam realizados em dois salões separados dentro da casa, tudo decorado com perfeição, desci do carro e me levaram até onde Alice, Rose e todas as mulheres estavam, segui pelo corredor da bela propriedade até chegar em um quarto que estava um caos, assim que me viu Alice veio correndo em minha direção e me puxou para irmos nos arrumar, dizendo que eu estava atrasada, revirei meus olhos diante sua reclamação, mas nem isso tirou o sorriso besta que tinha nos meus lábios, o que pareceu chamar a atenção de Alice, pelo seu olhar eu percebi que

ela sabia a razão da minha felicidade, ao invés de me encher de perguntas, somente me abraçou apertado.

– Parabéns amiga. - Sussurrou em meu ouvido, a olhei emocionada, não queria falar nada, então somente assenti, Alice sorriu e me puxou para o outro quarto onde Rose estava, lá nos arrumamos e ajudamos Rose a se vestir, ela estava deslumbrante e muito feliz, assim que ficou pronta, todas as meninas saíram do quarto para deixá-la a sós com seus pais e seu irmão mais novo, aproveitei e fui procurar por Edward, Alice sabendo que Jasper com certeza estaria junto pediu para que pedisse para ele subir e ir falar com a irmã, enquanto isso ela iria ver como estava o Emm e esperaria por Jasper lá em cima.

Assim que desci as escadas encontrei Edward em um canto conversando com Jasper, sem conseguir para de sorrir fui na direção deles.

– Olá rapazes. - Os cumprimentei com um sorriso, Edward me olhou fascinado, mas logo seu olhar mudou, não sabia porque, mas via certa tristeza nele.

– Está linda Bella. - Jasper me elogiou, sorri corando levemente, Edward permaneceu em silêncio.

– Obrigada Jazz. - Então me lembrei do recado. - Alice pediu que lhe avisasse para ir ao quarto de Rose.

– A Allie está lá em cima?

– Sim, ela ia ver como Emm estava e ia te esperar. - Jazz assentiu e saiu com um sorriso, balancei a cabeça, ele era uma figura, não tinha conseguido ficar nem dois dias brigado com Alice, logo a baixinha conseguiu reverter a situação e os dois estavam como dois apaixonados de novo. Voltei minha atenção a Edward que não tirava seus olhos de mim.

– Jasper tem razão, você esta linda. - Sorri abertamente.

– Você que esta uma tentação com essa roupa. - Elogiei brincando com a lapela de seu terno na esperança de melhorar seu humor, os lábios de Edward se contorcera em um sorriso rápido, mas logo seu rosto sério voltou. - O que foi? Você esta estranho. - Apontei preocupada. O que poderia ter acontecido com Edward? Essa manhã ele parecia bem, um pouco tenso, mas ainda assim bem.

– Não é nada. - Desconversou afagando meu rosto com delicadeza, segurei sua mão que pousava em minha face. Ele estava claramente mentindo. Mas por que? - Você parece bem feliz. - Afirmou me olhando com curiosidade, meu coração bateu apressado. Deveria contar agora? Não, queria que fosse especial e não aqui, no meio de um salão quando qualquer um poderia nos interromper.

– Claro que estou, minha amiga vai se casar. - Respondi como se isso fosse uma explicação válida, Edward não pareceu acreditar e seu olhar caiu ainda mais, como se tivesse dito algo terrível. Antes que pudesse questionar, a cerimonialista apareceu dizendo que estava na hora, decidi deixar meu interrogatório para mais tarde, mas Edward não ia me escapar. Alice desceu com Jasper e nos organizamos em fila para entrarmos no salão onde ia ser realizada a cerimônia, fiquei de braços dados com Edward e evitei olhar para seu rosto ou isso ia me deprimir, não via razão para essa sua atitude. O que eu tinha deixado passar? Por que ele estaria tão chateado e triste?

O som de um piano cortou meus pensamentos e assim como os outros casais começamos a caminhar pelo corredor decorado com copos de leite, rosas brancas e tons de marrom, seguimos até o fim do corredor e nos separamos, os homens foram para um lado e as mulheres para outro, quando assumi minha posição olhei para Edward do outro lado, seu rosto tenso e preocupado, minha mente ainda dando voltas, sem saber o que estaria acontecendo com ele, mais uma vez a música me tirou dos meus devaneios, Emmett entraria agora, a porta se abriu e ele apareceu entre seus pais, um sorriso glorioso no rosto, sua felicidade era visível, ele caminhou até o fim e cochichou algo para Jasper e Edward, ambos torceram os lábios. O que eles estavam aprontando? Seria por isso que Edward estava estranho? A marcha nupcial anunciou o momento mais importante da cerimônia e todos os olhares se voltaram para a porta, assim que foi aberta, uma Rose deslumbrante apareceu e como Emmett sua alegria era palpável, seu pai todo orgulhoso ao seu lado fez meu coração apertar, eu não teria isso, nem eu nem Edward, fechei os olhos com força, não era hora de pensar em coisas tristes, voltei a minha atenção a Rose, seu pai lhe entregou a Emm e se sentou para então a cerimônia começar, enquanto o Juiz proferia todas as palavras sobre amor e união meus olhos não saiam de Edward, este entretanto não parava de olhar para os convidados, como se procurasse por alguém. Franzi meu cenho. Será que ele estava esperando por alguém? Uma mulher talvez? Poderia ser por isso que estava tão frio comigo? O desespero e o ciúmes me consumiam, discretamente coloquei minha mão em meu ventre, as flores que segurava ajudaram a disfarçar meu gesto, fechei os olhos e pensei em nosso bebê, fruto do

nosso amor e essa certeza me fez relaxar e sorrir, quando abri meus olhos Edward me encarava intensamente e com raiva? O que eu tinha feito de errado? Ele desviou o olhar e voltou a prestar atenção na cerimônia, suas atitudes estavam me deixando cada vez mais confusa e perdida.

Logo após o fim da cerimônia caminhamos até o outro salão onde seria a festa, eu, Edward, Alice, Jasper, Carmen e Laurent dividiríamos uma mesa, tudo o que eu queria era conversar seriamente com Edward, mas o local não permitia isso. Droga! Não queria que passássemos o casamento nesse clima horrível, porém ao que parecia isso não importava para Edward, já que assim que sentamos ele engatou em uma conversa com Jasper e Laurent, peguei uma taça com água e fingi que prestava atenção ao que Alice e Carmen falavam animadamente.

– Boa noite! - Ouvimos uma voz grave soar no microfone chamando a atenção de todos. Gostaríamos de chamar para a primeira dança como marido e mulher, o Senhor e a Senhora Mcarty! - Anunciou o rapaz apontando para a porta onde surgiram Emm e Rose, todos nós aplaudimos enquanto eles seguiram para a pista de dança e a música começou a tocar, deitei minha cabeça no ombro de Edward e para minha surpresa ele passou o braço pelas minhas costas me puxando mais para seu corpo e beijou minha testa, suspirei satisfeita com esse gesto, talvez essa frieza de Edward fosse coisa da minha cabeça de grávida, acabei rindo com isso, senti seu dedo no meu queixo levantando minha cabeça.

– Por que esta rindo? - Perguntou intrigado, sorri largamente.

– Porque estou feliz. - Respondi simplesmente, ele torceu os lábios como se essa não fosse uma boa resposta. - O que foi? - Sussurrei baixinho em seu ouvido, ele balançou a cabeça e olhou para a frente.

– Nada. - Bufei com sua atitude e me afastei dele, Edward estaria ferrado quando chegássemos em casa. Respirei fundo e me concentrei na felicidade de minha amiga, ela e Emm deslizavam pelo salão como dançarinos profissionais.

– Não sabia que conseguiria fazer Emm dançar tão bem Laurent. - Comentou Alice que estava aninhada nos braços de Jasper, bem diferente de mim que agora me encontrava a uma boa distância de Edward, que parecia nem se importar com isso.

– Depois que ele dançou de tanguinha acho que o Emm é capaz de tudo amor. - Jasper disse e todos nós rimos, bem, todos nós não, porque Edward permanecia sério e tenso. Assim que eles terminaram de dançar Emmett foi para nossa mesa e puxou Edward e Jasper com ele, eu e as meninas ficamos curiosas, entretanto Laurent tinha um sorriso no rosto, ele sabia o que iam aprontar.

– Pode contar Laurent. - Exigiu Alice.

– É uma surpresa para Rose, esperem e se surpreendam. - Estreitei meus olhos. O que será que esses homens iam aprontar? Mais uma vez me perguntei se não seria por isso que ele estava tão tenso, entretanto isso não explicava porque ele estava tão frio comigo. Suspirei exasperada cruzando meus braços, Alice me encarou.

– O que foi?

– Nada. - Respondi balançando a cabeça, ela não pareceu satisfeita, mas não falou mais nada.

– Boa noite pessoal! - Emmett cumprimentou a todos do palco. - Bem eu gostaria de fazer uma surpresa para minha linda esposa Rosalie. - Falou indicando Rose que tinha o maior sorriso que já havia visto em seu rosto. - E para isso vou contar com a ajuda de meus grandes amigos, Jasper e Edward! - Anunciou e os dois apareceram cada um de um lado de Emm, ambos pareciam que iam para a forca, Emm entregou a taça que segurava para um dos garçons e voltou a falar no microfone. - Essa é para você Baby! - Declarou sorridente e então uma música (http://letras.mus.br/bon-jovi/4966/traducao.html#selecoes/4966/) que parecia ser bem agitada começou a ser tocada, para a surpresa de todos eles começaram a cantar e até dançar, tudo sincronizado, meus olhos se arregalaram.

Nascida Para Ser Minha Garota

Noite chuvosa e trabalhamos o dia todo

Nós dois temos trabalho porque há contas a pagar

Nós temos algo que eles não podem tirar

Nosso amor, nossas vidas

Feche a porta, deixe o frio lá fora

Eu não preciso de nada quando estou ao seu lado

Nós temos algo que nunca morrerá

Nossos sonhos, nosso orgulho

Meu coração bate como uma bateria (a noite toda)

Carne na carne, um por um (e tá tudo certo)

E eu nunca vou te deixar porque

Tem algo que eu sei aqui dentro

Você nasceu para ser minha garota

E garota, eu fui feito para ser seu homem

Nós temos algo em que acreditar

Mesmo se nós não sabemos onde pisamos

Somente Deus sabe as razões

Mas eu aposto que Ele planejou

Porque você nasceu para ser minha garota

E garota, eu fui feito pra ser seu homem

Acenda uma vela, deixe o mundo de lado

Mesa para dois em uma bandeja de tv

Não é uma fantasia, mas querida está tudo bem

Nosso tempo, nosso jeito

Então me mantenha por perto, melhor segurar firme

Aperte os cintos, querida, é um percurso esburacado

Nós somos duas crianças pegando a estrada da vida

Nosso mundo, nossa fuga

Se nós ficarmos lado a lado (a noite toda)

Existe uma chance, vamos conseguir (e isso é certo)

E eu saberei que você viverá

No meu coração até o dia em que eu morrer

Você nasceu para ser minha garota

E garota, eu fui feito pra ser seu homem

Nós temos algo em que acreditar

Mesmo se nós não sabemos onde pisamos

Somente Deus sabe as razões

Mas eu aposto que Ele planejou

Porque você nasceu para ser minha garota

E garota, eu nasci pra ser seu homem

Meu coração bate como uma bateria (a noite toda)

Carne na carne, um por um (e tá tudo certo)

E eu nunca vou te deixar porque

Tem algo que eu sei aqui dentro

Você nasceu para ser minha garota

E garota, eu fui feito pra ser seu homem

Nós temos algo em que acreditar

Mesmo se nós não sabemos onde pisamos

Somente Deus sabe as razões

Mas eu aposto que Ele planejou

Porque você nasceu para ser minha garota

E garota, eu fui feito pra ser seu homem

Você nasceu para ser minha garota

E garota, eu fui feito pra ser seu homem

Todos encaravam a cena boquiabertos, Rose assistia a tudo completamente apaixonada, eu estava pasma, ainda mais com Edward cantando, nunca podia imaginar que ele pudesse cantar tão bem, aquela voz sexy e aveludada estava me deixando louca de tesão. Em certo momento enquanto Emm se empolgava com a música, percebi o olhar de Edward ferver ao olhar para os convidados, mas por que? Virei o rosto e vasculhei o salão para tentar entender o que Edward tinha visto, entretanto não achei nada, a frustração de não saber o que estava acontecendo

me deixava louca, voltei a prestar atenção ao show que os meninos faziam e vi que Edward não tirava seus olhos de mim e de novo me fitava com raiva. Porra! O que eu tinha feito?

Assim que acabaram de cantar Rose foi correndo até o palco, Emm desceu e a pegou em um abraço, todo o salão explodiu em aplausos, a cena era linda, mas no momento eu estava mais preocupada com meu noivo e seu humor intragável, Edward saiu do palco e veio em direção a nossa mesa praticamente correndo.

http://letras.mus.br/ed-sheeran/1964246/

– Vem comigo! - Exigiu ríspido pegando minha mão e me puxando para longe, eu devia me rebelar, mas a verdade é que esse jeito grosso dele era muito sexy, pelo visto essa gravidez ia me deixar ainda mais tarada. Edward me levou para fora do salão e subiu as escadas até que minha curiosidade falou mais alto e o questionei.

– Para onde vamos? - Ele não disse nada e aumentou a velocidade de seus passos, quando chegamos ao segundo andar, Edward me puxou para dentro de um dos quartos e quando fechou a porta me prensou sobre ela me beijando com volúpia e desejo, se antes eu já estava queimando de tesão por ele, isso fez com que eu enlouquecesse de vez, minhas mãos foram para seus cabelos enquanto ele alisava minha perna e subia meu vestido, nos beijávamos como se não existisse mais nada além de nós dois.

– Eu quero você... - Murmurei desejosa, Edward se afastou minimamente e abriu sua calça, eu tirei minha calcinha e sem esperar mais nada ele voltou a me prensar sobre o porta mergulhando seu membro duro e delicioso em mim, gemi alto. - Mais rápido Edward... - Pedi desesperada com a lentidão com que ele se movia.

– Diz quem você quer Isabella... Diz meu nome... Diz a quem você pertence... - Ele sussurrava contra minha pele conforme estocava dentro de mim lentamente.

– Eu quero você Edward... Só você... Por favor vai mais rápido... Eu preciso sentir você. Edward me encarou profundamente, segurou meu rosto e me beijou com sofreguidão, como se eu fosse desaparecer em um passe de mágica.

– Diz que me ama... - Pediu entre nossos lábios.

– Eu te amo, te amo, te amo... Você é tudo para mim. - Edward voltou a me beijar com paixão e me penetrar com força e velocidade. - Oh! Isso... Isso... Tão gostoso! Isso Edward! - Gritava ensandecida, cercada pelo prazer que Edward estava me proporcionando, tudo o que tinha acontecido parecia ficar para trás quando estávamos assim, unidos como um só, agarrei seus cabelos e o puxei ainda mais para meu corpo, como se pudéssemos nos fundir, ele saiu completamente de mim e voltou com força, o que fez com que ambos gritássemos alto quando atingimos nosso orgasmo. Edward encostou a testa na porta enquanto recuperávamos nossa respiração.

– Isso foi... nossa nem tenho palavras. - Murmurei debilmente e completamente sem ar, beijei seu pescoço e ouvi Edward rindo. - Senti falta dessa risada hoje. - Ele se afastou da porta e encostou sua testa na minha seu olhar torturado.

– Jura que nunca vai me deixar? - Perguntou angustiado.

– É claro que não! - Retruquei firme, mas confusa com sua pergunta sem sentido. - Da onde você tirou isso? - Ele balançou a cabeça.

– Eu não sou nada sem você Isabella. - Sua voz quase sumindo tamanho era seu desespero, não tinha ideia do porque ele estava assim, mas fazia questão de tirar qualquer dúvida que estivesse em sua mente. Segurei seu rosto com minhas duas mãos.

– Eu amo você e nunca, nunca vou sair do seu lado, minha vida não teria sentido sem você Edward. - Ele respirou aliviado como se o peso do mundo tivesse saído dos seus ombros. - Por que esta assim? - Edward me abraçou apertado.

– Porque eu te amo demais e estou morrendo de medo de perder você. - Declarou angustiado, acariciei seus cabelos completamente confusa com sua declaração.

– Isso nunca vai acontecer. - Afirmei com certeza, Edward continuou abraçado a mim como se quisesse evitar que eu fugisse, queria ficar ali o resto da minha vida, mas infelizmente não poderíamos. - Temos que voltar para a festa. - Avisei calmamente, a reação de Edward me pegou de surpresa, ele se afastou de mim com brusquidão e começou a se arrumar com rapidez, franzi meu cenho. - O que foi?

– Nada. - Respondeu seco.

– Edward? - Chamei e ele me encarou sério.

– Melhor se arrumar. - Disse se dirigindo até a porta, onde eu ainda estava encostada. Licença? - Pediu rudemente com a mão já na maçaneta, me afastei e Edward saiu do quarto me deixando sozinha. Mas que merda estava acontecendo com ele? Me segurei muito para não chorar, ele estava sendo tão estúpido comigo, ainda mais depois do momento tão lindo que passamos juntos, Edward estava estragando tudo e o pior é que eu não fazia ideia do porque.

Arrumei meu vestido e passei no banheiro antes de tomar coragem para voltar ao salão, quando entrei fui logo procurando por Edward, o encontrei sentado com nossos amigos, respirei fundo e fui em sua direção, ia colocar ele na parede e descobrir porque estava agindo daquele modo, porém antes que alcançasse nossa mesa ouvi alguém me chamando.

– Bella? - Parei no meio do caminho reconhecendo aquela voz, me virei e encontrei James perfeitamente alinhado em um terno escuro e com seu sorriso glorioso no rosto.

– James! - Falei animada e o abracei, tinha até me esquecido que ele viria ao casamento, de repente todas as atitudes de Edward vieram a minha mente. Era por isso que ele estava daquele jeito, era James que ele estava procurando entre os convidados. Tudo fazia sentido agora. Não podia acreditar que ele estava agindo daquele modo comigo por ciúmes de James, principalmente depois de tudo o que passamos juntos, era como se ele não confiasse em mim, não confiasse no meu amor. Sem que esperasse senti uma mão conhecida passar pela minha cintura.

– Olá James. - Edward estendeu a mão e eles se cumprimentaram, nesse momento tudo o que queria era gritar com Edward e dizer como ele era idiota, eu sabia que James era um problema para ele, mas não era sendo rude e frio comigo que resolveríamos isso.

– Como vai Edward? - James perguntou educadamente.

– Muito bem. - Respondeu me puxando ainda mais para seu corpo, virei o rosto e me segurei para não pular em seu pescoço.

– Fico feliz. - James aquiesceu satisfeito, uma música suave começou ser tocada ao fundo. - Se importa se tirar Isabella para dançar? - Perguntou gentilmente para Edward, entretanto nem dei tempo para que ele respondesse.

– É claro que ele não se importa. - Respondi por Edward que me fuzilou com o olhar. Estendi minha mão na direção de James e ele a pegou me levando para a pista de dança, podia sentir o olhar de Edward queimando nas minhas costas. Ótimo! Agora sim ele teria um bom motivo para sentir raiva.

Notas finais do capítulo Putz e agora?? Edward confundiu tudo, achando que a Bella estava feliz em rever o James sem nem imaginar que na verdade ela esta exultante por estar grávida dele! O modo como o Edward agiu é bem imaturo, mas a atitude da Bella no final também não vai ajudar em nada... O que acharam??

Pelo menos o show dos meninos deu uma animada...kkkkkkkkkk... O Emm é o máximo!!!

*Quero esclarecer que não sou médica e todas as informações colocadas nesse capítulo foram pesquisadas na internet.*

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 57) Capítulo 56 - Consequências

Notas do capítulo Amei os comentários e as opiniões de vocês sobre esse casal tão complicado :) Esse capítulo é a finalização do anterior, aviso que já estou correndo para as montanhas...rsrsrs

Nesta capítulo, teremos a conversa entre a Bella e o James e as consequências dessa dança, Edward irá perder a cabeça completamente e dizer coisas sem sentido nenhum para a Bella, o que fará com que ela exploda de uma vez com ele e diga algo que ele com certeza não estava esperando :-/

A música que me inspirou nestes dois capítulos foi: Give me Love http://www.youtube.com/watch?v=nzwbLviNU14

Espero que gostem e não desejem muito me matar ;) Bella POV

James me acompanhou até o centro da pista de dança, colocou sua mão em minha cintura e me guiou pelo salão, eu adoraria conversar com ele, saber como estava sua vida, mas tudo o que eu conseguia pensar era em Edward e sua falta de confiança, estava morrendo de raiva dele, evitei de olhar para a direção onde o havíamos deixado, tinha certeza que se eu o visse sairia correndo e iria até ele, só que as coisas não podiam ser tão simples, ele tinha que saber o quanto me magoou com suas atitudes.

– Hei. - Olhei para James. - Que foi? - Perguntou me observando atentamente.

– Nada. - Tentei disfarçar, essa resposta já estava me enervando. Era só isso que Edward sabia dizer também. James sorriu.

– Eu te conheço o suficiente para saber que esta chateada. - O encarei sem jeito, não queria falar sobre um assunto tão intimo com um ex-namorado.

– Prefiro não falar sobre isso. - Disse fugindo do assunto.

– Ok, sobre o que quer falar?

– Sobre você. Como esta sua vida? - Perguntei tentando me animar e esquecer pelo menos por um segundo o idiota do meu noivo e a raiva que estava sentindo. James abriu um sorriso enorme.

– Muito bem. - Respondeu com os olhos brilhando. - Eu me casei. - Completou sem parar de sorrir, era nítida sua felicidade, o que me deixou nas nuvens, James merecia tudo de melhor na vida.

– Isso é ótimo! - Celebrei animada, ele concordou.

– E tem mais uma coisa. - O encarei curiosa.

– O que?

–Vamos ter um filho. - Contou sem esconder sua empolgação. Parei de dançar por um segundo e o abracei apertado, sabendo muito bem o que ele estava sentindo.

– Parabéns James! - Congratulei contente, ele sempre desejou isso e me sentia feliz e aliviada ao saber que apesar do que o fiz sofrer ele conseguiu reconstruir a sua vida. - Você merece toda a felicidade do mundo Jay. - Declarei ainda em seus braços.

– Você também Bella. - Eu estava muito feliz hoje, antes de Edward estragar tudo. Pensei amarga.

– Me conta tudo, onde esta sua esposa? - Mudei de assunto. - É por causa da gravidez que ela não pode vir? - Perguntei conforme voltávamos a dançar.

– Sim, ela já esta com seis meses e como tem problema de pressão alta todo cuidado é pouco. - Falou sem esconder sua preocupação. - Na verdade eu mesmo não viria, mas tinha negócios urgentes a tratar aqui e ela praticamente me expulsou de casa dizendo que não era uma inválida. - James comentou rindo, acabei rindo também. - Ela é um pouco temperamental. Explicou torcendo os lábios, rimos. Lembrei que quando estava com James nós raramente brigávamos, nos entendíamos perfeitamente e apesar disso eu preferia muito mais meu relacionamento com Edward, talvez fosse assim com ele também, tudo o que é certinho demais as vezes acaba ficando chato e sem graça.

– Você a conheceu onde?

– Eu estava procurando um revendedor de azeite para o restaurante e ela era uma das pessoas que foi apresentar o seu produto, me apaixonei pelo sabor do azeite.

– Só pelo azeite? - Perguntei arqueando minha sobrancelha, James riu.

– Não, na verdade ela também me interessou e muito. - Confessou sorrindo. - Por isso inventei que precisava visitar o local onde plantavam as oliveiras, quem faz isso nem sou eu, mas com ela abri uma exceção, não demorou e estávamos namorando e pouco tempo depois nos casamos.

– E como foi com a família dela?

– Foi bem tranquilo com eles e olha que ela tem uma família enorme, os almoços de domingo são repletos de gente. - Sorri, James sempre amou festas grandes e cheias de gente, essa era uma das poucas diferenças que nós tínhamos.

– E já sabem se vai ser menino ou menina? - Os olhos de James brilharam.

– Vai ser um menino. - Respondeu com orgulho. - Pietro.

– É um lindo nome. - Elogiei. - Como se chama sua esposa?

– Tatiana Dellatorre Volturi. - James disse seu sobrenome com um sorriso enorme, parecia o Edward quando me chamavam de senhora Cullen, pensar nele fez meu peito apertar novamente. - Bella? - O encarei. - Não sei o que aconteceu entre vocês, mas vendo o modo como o Edward me olhou posso imaginar. - Antes que pudesse dizer qualquer coisa ele continuou. - Seja o lado racional da relação e converse com ele. - Suspirei chateada, sabia que ele estava certo e de nada ia adiantar ficar com essa briga idiota, Edward e eu sempre dizíamos que conversa era a melhor saída, mas sempre que brigávamos esquecíamos isso, olhei para James e sorri.

– Fiquei muito feliz em te encontrar James. - Ele sorriu e paramos de dançar, James segurou minhas duas mãos e as beijou com delicadeza.

– Eu também Bella, você foi muito importante na minha vida. - Disse seriamente, assenti e o abracei apertado.

– Você também. - Murmurei emocionada em seu ouvido, me afastei e o olhei mais uma vez. Desejo toda a felicidade do mundo para você e sua família.

– Obrigado, desejo o mesmo para você e o Edward, ele pode ser um idiota, mas eu posso garantir que ele te ama muito. - Disse sinceramente, sorri sabendo que isso era verdade, nos despedimos e James foi em direção a sua mesa, respirei fundo antes de me virar e ir para minha mesa, nem sabia como iria encarar Edward, tinha certeza que ele estaria espumando de raiva, tomei coragem e segui até nossa mesa, só que não vi Edward, um arrepio passou pela minha espinha. Onde ele estaria? Vasculhei o salão e nem sinal dele. Será que ele teria ido embora? Sem mim? Me aproximei da mesa onde estavam Laurent e Jasper.

– Jasper você viu o Edward? - Perguntei apreensiva, ele me olhou de um modo estranho.

– Bem ele saiu faz algum tempo, disse que ia dar uma volta no jardim.

– Lá fora esta um gelo. - Contestei preocupada.

– Foi o que eu tentei dizer, mas ele falou que precisava sair daqui.

– Por que?

– Porque você estava dançando de forma bem afetuosa com seu ex. - Laurent me alfinetou, estreitei meus olhos na direção dele.

– Culpa do Edward que esta agindo feito uma criança mimada. - Retorqui nervosa.

– Ah claro! E se esfregar em um ex é uma ótima forma de acertar tudo. - Rebateu com sarcasmo.

– Eu não estava me esfregando em ninguém! - Jasper me segurou.

– Calma Bella. - Pediu suavemente, eu estava querendo matar o Laurent por insinuar que eu estava dando em cima de James, me desvencilhei dos braços de Jasper.

– Eu vou encontrar o Edward. - Declarei e sai em disparada pelo salão, Jasper ainda tentou me chamar, mas eu o ignorei. Merda! Tudo o que eu queria era irritar o Edward, mostrar para ele como estava sendo um imbecil, no fim acabei piorando ainda mais as coisas.

Andei pelo salão procurando alguma porta que estivesse aberta e a única que encontrei ficava um pouco afastada da festa, no instante que a abri senti o vento frio bater em meu rosto, estava muito gelado do lado de fora, assim que passei pela porta eu o vi, Edward estava com as mãos na cabeça debruçado no parapeito, seus ombros se movendo levemente como se estivesse chorando. Essa cena quebrou meu coração em mil pedaços, eu era a responsável por isso, a culpa me bateu com a força de um trem, me aproximei lentamente dele.

– Edward? - Chamei hesitante, ele ficou tenso, sua postura rígida.

– O que você quer? - Perguntou frio, a voz claramente embargada, engoli em seco, eu não podia fraquejar.

– Nós precisamos conversar. - Edward riu.

– Conversar o que? - Questionou se virando para me encarar, seus olhos estavam vermelhos e brilhantes. - Que foi divertido ficar comigo, mas que na verdade quem você quer é o James? Não precisa perder seu tempo, isso já ficou claro. - Arregalei meus olhos.

– Você esta ouvindo o absurdo que esta dizendo Edward? - Ele encostou no parapeito e cruzou os braços.

– O único absurdo aqui fui eu ter acreditado que você podia me amar. - Como ele podia duvidar assim do que eu sentia por ele?

– Eu te am...

– MENTIRA! - Ele gritou antes que eu completasse minha declaração. - Eu só fui uma diversão para você Isabella, essa é a verdade, tudo o que você sempre quis foi se vingar de mim, como não conseguiu quando éramos adolescentes se aproveitou da minha fragilidade quando me encontrou na rua e decidiu se vingar novamente, aposto que combinou tudo com o James, só não contava que eu fosse perceber. - Cada palavra que Edward dizia era como uma faca me rasgando aos poucos. Como ele podia pensar isso de mim? Depois de tudo o que aconteceu, de tudo o que passamos juntos. Será que ele não via a incoerência das suas palavras?– Qual era seu plano? Me deixar no altar? Me humilhar na frente de todos? - Sem pensar em mais nada eu explodi.

– JUSTAMENTE ISSO EDWARD! - Gritei possessa. - Foi tudo planejado, inclusive o filho que estou esperando. - Só depois que as palavras saíram de minha boca que percebi o que tinha dito, Edward arregalou os olhos em choque, comecei a chorar desesperada. - Eu ia te contar hoje depois da festa, mas você estragou tudo! TUDO! - Bati em seu peito com toda a força que tinha e o empurrei, depois lhe dei as costas e sai correndo de lá, deixando um Edward atordoado para trás, entrei no salão e subi para o quarto onde tinha trocado de roupa, tirei o vestido de festa e coloquei a blusa branca e calça jeans com a qual tinha vindo, tudo o que eu queria era ir embora, fui no banheiro e tentei controlar as lágrimas que não paravam de cair, lavei meu rosto e respirei fundo.

– Bella? - Ouvi alguém me chamando do lado de fora, sai do banheiro e encontrei Alice. - O que houve? - Perguntou alarmada vendo meu estado, sentei em uma cadeira no canto do quarto e contei tudo o que tinha acontecido, ela escutava atenta, quando terminei se levantou com raiva. - Eu vou matar aquele desgraçado! - Bradou com ódio.

– Eu não sei da onde Edward tirou a ideia de que eu queria ficar com James. - Sussurrei chateada. - Acabei piorando tudo indo dançar com ele. - Se nossa situação já não estava boa se agravou ainda mais depois disso e a culpa era minha.

– Você fez o certo Bella! Edward não pode agir assim, quando é que ele vai crescer?

– Eu amo tanto aquele imbecil Alice. - Murmurei chorosa, ela me olhou com compaixão.

– O melhor a fazer é dar um tempo Bella, o Edward precisa pensar nas besteiras que disse e se explicar, com a cabeça quente não tem como resolverem nada. - Assenti concordando, Alice tinha razão, se conversássemos agora acabaríamos discutindo de novo.

– Como esta a Rose? Espero que ninguém tenha percebido o que aconteceu.

– Não, ninguém viu ou ouviu nada, eu vim atrás de você depois que Jasper me avisou que você tinha ido atrás do Edward e parecia chateada, eu fui te procurar e como não achei, pensei que talvez estivesse aqui. - Ficava mais tranquila por não ter estragado o casamento de minha amiga.

– Melhor você descer Alice, vou ligar para Kline vir me buscar.

– Tem certeza?

– Sim, tudo o que quero agora é minha cama, peça desculpas a Rose e ao Emm por mim.

– Pode deixar. - Alice me abraçou apertado. - Se cuida viu, agora não é mais só você. - Sorri assentindo, ela me deu um beijo no rosto e saiu, ainda fiquei alguns minutos ali, olhando pela janela o jardim e pensando em uma saída para minha situação com Edward. Será que nunca conseguiríamos deixar o passado para trás? Só de pensar nessa hipótese uma dor intensa tomou meu peito, ficar sem Edward era algo que eu nem podia cogitar. O que eu deveria fazer? Suspirei exausta, peguei meu telefone na bolsa e antes que ligasse para meu motorista, alguém bateu na porta e logo em seguida a abriu.

– Isabella? - Ouvir a voz suave de Edward quase me fez chorar novamente. Eu devia expulsá-lo do quarto, mas me lembrei da minha conversa com Alice, isso não iria ajudar em nada nossa já complicada situação, me virei e o encarei, ele também tinha se trocado, usava uma calça jeans preta e uma camisa azul, quando fitei seu rosto Edward parecia completamente destruído e ainda assim absolutamente lindo, expulsei esses pensamentos inúteis e o encarei com altivez.

– Sim? - Ele abaixou a cabeça e passou a mão pelos cabelos, claro sinal de que estava nervoso e não sabia o que dizer ou fazer.

– Você quer ir para casa? - Perguntou praticamente sussurrando.

– Eu ia ligar agora mesmo para Kline vir me buscar. - Expliquei com calma.

– Bom, Jasen já esta nos esperando se quiser ir. - Eu queria ir com Edward? Suspirei sem tirar meus olhos dele, por mais magoada que estivesse sabia que de nada ia adiantar batermos de frente agora.

– Ok. - Foi o máximo que consegui responder, ele assentiu visivelmente aliviado com minha resposta, peguei minha bolsa e segui até a porta, passei por ele como se nem estivesse ali e desci as escadas, consciente da presença de Edward atrás de mim, mas fazendo questão de ignorar isso.

Fomos em direção a porta principal e saímos da casa, Jasen já nos esperava com a porta do carro aberta, entrei sem evitar de corar um pouco, ainda não tinha deixado de sentir vergonha de Jasen pelo show que proporcionei na despedida de solteira, assim que coloquei o cinto Edward entrou e sentou ao meu lado, ficamos em silêncio todo o caminho, olhei para ele somente uma vez, seu belo rosto parecia atormentado, me virei e olhei pela janela, odiava ver Edward daquele modo, só que as palavras dele ainda rodavam pela minha mente, me machucando cada vez que pensava nelas, fechei os olhos e uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto. Quando chegamos em casa fui praticamente correndo para nosso quarto e me tranquei no banheiro indo diretamente para o chuveiro, chorei tudo o que tinha vontade, passei minha mão pelo meu ventre e a dor no meu peito veio ainda mais forte me deixando sem força.

– AH! - Gritei alto tentando de alguma forma expulsar toda a apreensão que sentia, me encolhi no chão do chuveiro chorando sem parar, abracei meus joelhos com força como se este gesto me impedisse de despedaçar, ouvi alguns sons ao meu redor, mas eu só conseguia chorar, então escutei um estrondo mais alto e meu nome sendo chamado com desespero, soluçando levantei a cabeça e vi um vulto na minha frente, enxuguei meus olhos e sem esperar eu estava nos braços quentes e fortes de Edward. Como ele tinha entrado? A porta não estava trancada?

– Você esta bem? Esta machucada? - Perguntou desesperado tocando todas as partes do meu corpo, só tive força para negar, pelo menos fisicamente eu estava bem, ele respirou aliviado e me apertou em seus braços beijando minha testa. - Me perdoa Bell. Por favor me perdoa. Pedia transtornado. - Eu sei que não mereço, mas por favor... - Começou a chorar. - Me perdoa. - Me aconcheguei em seu peito e de repente eu estava tão exausta que tudo o que consegui fazer antes de cair em um sono profundo foi murmurar a única certeza que eu tinha naquele momento.

– Eu te amo...

Cena dos dois no carro

Notas finais do capítulo Tenso o capítulo hein... O que acharam??? Como Edward poderá reverter essa situação e a Bella, o que ela deve fazer com essa insegurança do Edward??

Sei que muitas ficaram em choque pelos capítulos bem dramáticos e o modo como o Edward agiu, mas para que eles possam ser felizes precisam deixar o passado para trás e o James era algo que ainda estava entre eles, agora será a hora deles conversarem sinceramente sobre tudo isso e se acertarem definitivamente. Juro que no fim tudo isso vai valer a pena...

Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 58) Capítulo 57 - Reflexo

Notas do capítulo Como avisei no face não consegui finalizar o capítulo e para não deixar vocês esperando por muito tempodecidi postar a parte que terminei :) Muito obrigada pelos lindos comentários!!! Amei todos!!! A maioria pelo o que li estamorrendo de ódio do Edward...rsrsrs Vamos ver se esse capítulo melhora a imagem do nosso garotão ;) nele veremos um pouco o sofrimento do Edward e como ele vai enfrentar seus fantasmas. Espero que gostem ;) Edward POV

Isabella simplesmente dormiu nos meus braços enquanto estávamos no chuveiro, ouvi ela sussurrando algo, mas não consegui entender o que tinha dito, controlei meu choro e a peguei no colo com cuidado a enrolando com uma toalha, a levei até a pia e enquanto a enxugava vi uma gota de sangue percorrendo sua perna, entrei em desespero, procurei um machucado nela e não encontrei nada, minha espinha gelou ao pensar que poderia ser o indicio de um aborto, quando já estava preparado para pegar ela no meu colo e levá-la ao hospital olhei no espelho e vi que quem sangrava era eu, coloquei minha mão sobre o supercílio e respirei aliviado, com certeza me machuquei quando arrombei a porta do banheiro, peguei uma toalha e pressionei no ferimento, segurei Bell contra o meu corpo enquanto me recuperava do susto, seu rosto mesmo adormecido parecia tenso e demonstrava toda a dor que eu havia infringido, engoli em seco, Isabella tinha razão quando disse que pelo menos James nunca a tinha feito sofrer, como eu poderia discordar disso se era a verdade, eu era um desgraçado, canalha, imbecil, não merecia ela e nem seu amor, só de pensar em todos os absurdos que eu disse a ela eu sentia uma vontade enorme de me socar, ela estava feliz por causa do nosso filho, não por causa de James. Olhei para seu ventre ainda plano e sorri. Pai! Eu seria pai! Quando eu poderia imaginar isso? Aumentei meu sorriso ainda mais e beijei sua testa. Como eu amava essa mulher!

– Me perdoa anjo. Por favor. - Pedi novamente com a boca encostada em sua pele sedosa, Isabella resmungou e em seu sono me abraçou colocando sua cabeça no vão de meu pescoço, sorri com esse gesto, talvez nem tudo estivesse perdido, eu me rastejaria se fosse preciso para ter o perdão de Isabella, tirei a tolha do meu rosto e a peguei no colo novamente a levando até o closet, deslizei uma camisola de seda branca pelo seu corpo e a carreguei até nossa cama, a

cobri com o cobertor e acariciei seu rosto, lhe dei um beijo e voltei para o banheiro, arrumei a bagunça que tinha feito quando arrombei a porta, limpei a ferida no meu rosto e fiz o curativo, em seguida coloquei uma calça e uma camiseta para dormir, deitei ao lado de Bell e fiquei observando seu sono e implorando em pensamento que ela pudesse achar uma forma de me perdoar, não sei exatamente quando, mas o cansaço acabou me vencendo e adormeci.

Acordei com a cabeça doendo, fechei os olhos fortemente antes de abri-los novamente, espreguicei virando para o lado da cama e estanquei ao encontrá-lo vazio. Meu coração acelerou.

– Isabella?! - Chamei me colocando em pé, senti o ar me faltar quando não recebi resposta alguma. - Isabella??!! - Chamei mais uma vez, e de novo sem resposta, ouvi um barulho vindo do closet e me apressei até lá, a cena que via diante de mim, me deixou estático e sem ação. Isabella jogava suas roupas em uma mala com uma fúria sem tamanho. - O que esta fazendo? Finalmente consegui perguntar. Ela se virou e me olhou com raiva.

– Não é óbvio? - Indagou seca. - Estou indo embora! - Declarou por fim fechando a mala, meu desespero se tornou palpável, sem pensar em mais nada fui em sua direção e puxei a alça de suas mãos.

– Não vai não! Você não pode me deixar! - Isabella ergueu o queixo e me encarou.

– Eu cansei Edward, ontem foi a última vez que você me magoou. Acabou! - Exclamou de modo frio. Balancei minha cabeça completamente sem chão. Aquela não era minha doce Isabella, meu anjo, ela não podia fazer isso comigo, não podia. Eu não era nada sem ela. Comecei a puxar o ar com dificuldade. - Me dê a mala Edward! - Exigiu com autoridade, eu neguei.

– Não! Você não vai embora. - Aleguei começando a chorar. - Eu não posso viver sem você, sem nosso bebê... - Solucei, ela não parecia nenhum pouco preocupada comigo.

– Eu vou cuidar do meu filho. - Arregalei meus olhos, Isabella não podia fazer isso comigo.

– Nosso filho! - Exclamei alterado.

– Não é mais Edward, você estragou tudo, TUDO! - Repetiu o que tinha dito na noite passada, fazendo minha dor aumentar. A culpa disso era minha. Só minha. Mesmo assim não podia deixar ela ir sem lutar.

– Bell não, por favor, me perdoa, eu fui um idiota, mas não me deixa, por favor. - Implorei me ajoelhando na sua frente, ela deu um passo para trás e olhou para mim com desdém.

– Você tinha razão, não era o homem certo para mim. - Suas palavras pareciam agulhas entrando em minha pele. Aquela não era minha Isabella, não podia ser. - Felizmente ainda tenho tempo de consertar isso. - Franzi meu cenho.

– Do que esta falando? - Arrumei forças para perguntar, ela sorriu e olhou para frente, virei o rosto e James estava na porta do closet com sua mão estendida na direção de Isabella, ela passou por mim e segurou a mão dele.

– Adeus Edward. - Se despediu e antes que me levantasse eles sumiram da minha frente, tentei alcançá-los, mas foi em vão. Isabella tinha ido embora. Tinha me deixado. Coloquei as mãos no rosto completamente desnorteado, puxei meus cabelos com força, aquilo não era verdade, não podia ser verdade. Não! Não! - NÃOOO! - Comecei a gritar conforme levantava e destruía os armários e rasgava todas as roupas que via pela frente. - NÃO! - Quando me vi sem forças cai no chão chorando sem parar. Ela tinha ido embora e eu nem podia culpá-la. Solucei alto, a dor era angustiante, como se alguém tivesse mergulhado meu coração em água fervente, nem respirar eu conseguia mais.

– Eu avisei... - Levantei a cabeça em um rompante e me vi em um lugar completamente diferente, escuro e frio. Esse ambiente não me era estranho. - Eu disse que ela iria deixá-lo, mas você é teimoso, não quis acreditar em mim. - A voz continuou dizendo.

– Quem esta aí? - Perguntei ficando em pé, ouvi passos, mas ninguém apareceu. - Onde esta Isabella?? - Um riso alto soou fazendo eco no ambiente.

– Como assim, onde esta Isabella? Você não viu Edward? Ela foi embora! Com James. - Neguei.

– Aquela não é a minha Bell, o que você fez com ela?

– Eu fiz? Ou você fez? - Ouvi o som de passos novamente, olhei na direção em que eles vinham e vi ali meu reflexo, estava parado com um sorriso de escárnio no rosto. - Devo admitir que dessa vez você caprichou, nem mesmo eu fui capaz de fazer Isabella sofrer tanto. - Foi então que percebi que estava enfrentando o meu antigo eu novamente. Será que essa guerra nunca teria fim? Suspirei pesadamente. Por mais que quisesse negar suas palavras não mentiam, eu a fiz sofrer como nunca. Ele arqueou a sobrancelha e sorriu de canto. - Uau! Consegui deixar você sem fala. - Zombou.

– O que você quer? Que eu admita que a fiz sofrer? Eu sei disso, sei que sou um canalha, não preciso de você para me mostrar isso, mas sei também que Bell vai me escutar, ela me ama! Meu lado sombrio riu alto.

– Ah Edward... Como você é patético! Acredita mesmo que depois de ter desconfiado, humilhado e gritado com Isabella, ela vai te perdoar? Oras por favor! Achei que fosse mais esperto. - Desdenhou com um sorriso de gozação no rosto. Fechei os olhos com força, eu o odiava com todas as minhas forças.

– Cala sua boca! Você não sabe de nada! - Exclamei nervoso.

– Hei calma... Não precisa ser grosso. - Respondeu sorrindo. - Hum... Já que não acredita em mim que tal fazermos uma revisão dos eventos, o que acha? - Propôs erguendo a sobrancelha.

– Eu não quero saber nada do que venha de você. - Ele sorriu mais abertamente.

– Eu sou você Edward, por mais que tente fugir, eu sempre serei parte do que você é.

– Não é não! Você é um ser mesquinho, podre e vil! - Rebati altivo.

– Muito diferente de você não é? - Questionou apontando para frente, me virei e me deparei com a cena daquela noite, parecia um filme.

"- Edward?

– O que você quer?

– Nós precisamos conversar.

– Conversar o que? Que foi divertido ficar comigo, mas que na verdade quem você quer é o James? Não precisa perder seu tempo, isso já ficou claro.

– Você esta ouvindo o absurdo que esta dizendo Edward?

– O único absurdo aqui fui eu ter acreditado que você podia me amar.

– Eu te am...

– MENTIRA! Eu só fui uma diversão para você Isabella, essa é a verdade, tudo o que você sempre quis foi se vingar de mim, como não conseguiu quando éramos adolescentes se aproveitou da minha fragilidade quando me encontrou na rua e decidiu se vingar novamente, aposto que combinou tudo com o James, só não contava que eu fosse perceber. Qual era seu plano? Me deixar no altar? Me humilhar na frente de todos?

– JUSTAMENTE ISSO EDWARD! Foi tudo planejado, inclusive o filho que estou esperando. Eu ia te contar hoje depois da festa, mas você estragou tudo! TUDO!"

Ver o rosto de Isabella se contorcendo de dor a cada palavra que eu dizia, me matava pouco a pouco, eu era mesmo um desgraçado.

– Não bastou humilhar ela na escola, desiludir a menina, tinha que magoar ela mais uma vez e ainda por cima com ela grávida... tsc tsc tsc... Que feio Edward! - Me repreendeu, abaixei a cabeça incapaz de responder. - Perdeu a fala de novo? - Caçoou com superioridade.

– Ela vai mesmo me deixar não é? - Perguntei em um fio de voz.

– É claro que sim. - Levantei a cabeça e encarei meu reflexo.

– Me perdoa. - Pedi e pela primeira vez vi minha sombra ficar sem fala.

– Do que esta falando?- Questionou estreitando os olhos.

– Estou pedindo perdão por acabar com nossa vida. - Ele me olhou confuso.

– Essa nunca foi a vida que eu quis. - Alegou na defensiva. - Eu queria mulheres e dinheiro, mas você estragou tudo. - Ignorei o que disse, ele estava se enganando, assim como eu fiz quando me descobri apaixonado por Isabella.

– Você se lembra? - Perguntei olhando para o nada.

– Do que?

– Da primeira vez que a viu? Ou melhor, da primeira vez que enxergou a mulher incrível que ela é? - Ele pareceu desconcertado.

– Não sei o que esta falando... - Desconversou incomodado com o assunto.

– Sabe sim... - Continuei sem me abalar, fechei os olhos e me lembrei da nossa adolescência e de quando eu senti que tudo estava mudando.

"Isabella dormia em meus braços depois de passarmos mais uma noite juntos em minha cama, sorri tirando uma mexa de cabelo de seu rosto. Ela era linda. Droga! Linda demais para que eu continuasse a ignorar o que sentia, mas o que deveria fazer? Não podia chegar na escola de braços dados com ela! Todos iriam zombar de mim. Suspirei e fitei mais uma vez seu rosto delicado. O que ela estava fazendo comigo? Eu sentia uma vontade enorme de ficar ao seu

lado todo o tempo, ela me dava paz, segurança, eu sentia que tudo ficava bem quando estava ao seu lado. Era como um anjo cuidando de mim. Isabella se remexeu em seu sono e me abraçou apertado, sorri com esse gesto. Suspirei derrotado, era inútil negar o quanto eu estava apaixonado por essa garota."

Abri os olhos e fitei o rosto da minha sombra, ele me olhou com raiva, como se odiasse se lembrar daquilo.

– Tudo isso é ridículo! Ela só estava se divertindo conosco, só isso!

– Ela me ama, na verdade, ela ama até mesmo você. - Argumentei, sua expressão mudou e ele me olhou com tristeza.

– Como ela pode me amar? - Ouvi a sombra perguntar com sofreguidão. - Depois de tudo o que eu fiz? - Seu rosto era uma mascara de dor e agonia, o reflexo do meu próprio sofrimento, ao nosso redor eu via com em um filme tudo de ruim que tinha feito a Isabella e de repente tudo mudava, ela, meu anjo me salvava de novo e de novo. Eu também não entendia como ela pode me perdoar e amar, mas mesmo assim Isabella o tinha feito e mais do que isso, agora ela estava me dando um filho, um fruto do nosso amor, eu não tinha motivos para desconfiar dela e do que sentia por mim. Por que não vi isso antes? Por que eu tive que magoa-la? Senti um toque em meu ombro, virei o rosto e como em um espelho olhei minha face atormentada. Ela vai me perdoar de novo? - Sua voz soou angustiada, nesse momento não sabia quem fazia essa pergunta, se era ele ou eu, a única coisa que me importava era uma resposta, e para falar a verdade tinha medo dela. - Não desista Edward, ela foi a melhor coisa que aconteceu na nossa vida... Não desista...

*

Abri os olhos assustado me sentando na cama, minha respiração acelerada, a primeira coisa que fiz foi olhar para o lado, respirei aliviado ao ver Isabella dormindo tranquilamente, o pesadelo tinha sido tão real, ela fazendo as malas, dizendo que ia embora. Doía só de lembrar, segurei sua mão que descansava sobre o colchão e a beijei.

– Eu não vou desistir de você anjo, por favor não desista de mim. - Pedi angustiado, deitei ao seu lado e sem soltar sua mão fiquei velando seu sono, tinha medo de adormecer e meu

pesadelo de alguma forma se tornar realidade, eu precisava me certificar que ela não era um sonho.

Edward em dose dupla é sonho para nós *--*

Notas finais do capítulo E aí o que acharam??? Desculpem não diferenciar o sonho com italico, mas achei que dessa vez ia ficar melhor assim. Eu confesso que amo esses momentos em que o Edward discute com si mesmo, esse foi o acerto de contas final :) Já estava na hora dele ver o quanto a Bella o ama não é mesmo? Infelizmente a insegurança e o ciúmes as vezes nos deixam cegos, mas isso vai mudar para o Edward :) No próximo teremos a tão esperada conversa... Quero caprichar nela, vai ser o capítulo mais importante da fic, pois vai definir tudo... Como acham que vai ser esse papo entre a Bella e o Edward?? Será que ela vai fazer ele ralar para ganhar o seu perdão?? Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 59) Capítulo 58 - Conversa

Notas do capítulo Voltei!!!! Desculpem a imensa demora para postar o capítulo, mas o importante é que finalmente esta pronto =D Quero agradecer os comentários e a linda recomendação que recebi, serviram de incentivo para escrever mais este capítulo. Lazinha fiquei super feliz por suas palavras e o modo como descreveu a história, me emocionei com a linda recomendação que você fez :') Muito obrigada e espero que continue curtindo! Hoje teremos a tão aguardada conversa desses dois teimosos, o capítulo esta uma verdadeira montanha russa de emoções, principalmente por causa dos hormônios da Bell... rsrsrsrs Espero que gostem ;) Edward POV

Existem momentos na vida em que analisamos cada ação e efeito de nossas atitudes, era exatamente isso que estava acontecendo comigo enquanto velava o sono do meu anjo, as imagens do casamento e do meu pesadelo não paravam de girar na minha cabeça, me mostrando mais uma vez o imbecil sem coração que havia sido com Isabella e mesmo depois de tudo ela ainda estava ali, do meu lado. Como eu podia sequer duvidar do amor que ela tinha por mim? Depois de me perdoar por tudo o que fiz? De me apoiar e cuidar de mim nos momentos mais difíceis da minha vida? Sentei na cama aborrecido, esfreguei minhas mãos no rosto e terminei puxando meus cabelos com força. Estúpido! É isso que você é Edward, um grande estúpido! Me condenei exasperado.

Tentei me acalmar e deitei minha cabeça sobre meus braços que estavam apoiados nos joelhos e fiquei observando Isabella, eu só conseguia pensar no que aconteceria quando ela acordasse. O que ela faria? Será que me daria a chance de me explicar? Sua atitude imatura tem explicação Edward? Minha mente questionou, balancei a cabeça. Não, nada do que fiz tinha explicação, estava cego de raiva para raciocinar e como sempre disse coisas das quais vou me arrepender o resto da vida, coisas sem o menor sentido. Agora tudo o que me restava era fazer o impossível para Isabella encontrar um modo de me perdoar novamente, uma única chance era tudo o que eu precisava para mostrar a ela que estava pronto para finalmente deixar toda essa cisma com James no passado, sabia que ele tinha sido importante na vida dela e que isso eu não poderia apagar, mas o que não podia permitir era que ele ficasse entre nós, no fim toda essa situação me fez perceber que eu era o único responsável por isso. É, pelo menos para algo esse problema todo serviu. Sorri tristemente, foi preciso passar por esse tormento para enfim me dar conta de tudo isso. Era mesmo um imbecil!

Suspirei e voltei a prestar atenção em Isabella, subitamente ela se remexeu e gaguejou alguma coisa que não pude entender. Será que estava se sentindo mal? Me apoiei sobre a cama e a observei com mais cuidado, ela se agitou ainda mais e seu rosto se contorceu como se estivesse com dor. Merda! Será que era um pesadelo? Me aproximei mais um pouco do seu corpo e passei minha mão pelos seus cabelos enquanto sussurrava palavras carinhosas tentando de alguma forma fazer com que a dor que via em seus olhos fortemente fechados passasse, porém minha atitude pareceu piorar ainda mais a situação, Isabella se agitou e começou a balbuciar mais palavras desconexas.

– Não Edward... Não... - Dizia com a voz amargurada, podia sentir seu sofrimento e isso me deixou ainda mais abalado e derrotado. Tudo isso era culpa minha. Me condenava sem parar. Por favor... Edward... - Isabella soluçou em seu sono, não suportei mais aquilo e tentei acordála.

– Bell acorda. - Pedi com calma, ela balançou a cabeça em seu sono e começou a mexer os braços.

– NÃO! - Gritou e se debateu na cama. - NÃO!!! - Gritava com uma agonia palpável, aquilo me matava.

– Acorda Isabella! - Chamei novamente com urgência, tentando segurar seus braços que não paravam de se mexer.

– Volta... VOLTA!!! Não me deixa... Por favor... Não... - Pedia aflita, sua voz quase sumindo. Franzi meu cenho com suas palavras. O que estaria acontecendo? Sua respiração estava errática e seu rosto suado virava de um lado para o outro, tentava acordá-la e nada funcionava.

– Acorda Bell! - Implorei desesperado, o corpo de Isabella tencionou e ela soltou um grito alto de dor, não pensei em mais nada e comecei a sacudir seu corpo de modo delicado, mesmo assim urgente. - Isabella! Isabella! - Ela abriu os olhos arfando, afaguei seu rosto, tentando acalmá-la. - Shiu... foi um pesadelo. - Tentei consolar, Isabella me olhava com os olhos arregalados a respiração ainda rápida.

– Você foi embora... - Sussurrou com a voz quase sumindo.

– Foi um pesadelo Bell, eu não vou a lugar nenhum. - Garanti, ela me encarou com os olhos vermelhos.

– Você foi embora com outra Edward, me deixou assim como meu pai deixou minha mãe. Dizia gaguejando, tropeçando nas palavras. - Doeu tanto, eu só tinha sentido uma dor tão forte quando te vi quase morto. - Soluçou. - Eu.. quase... Eu pensei em morrer também... Confessou chorando desesperadamente. - Eu não quero ser como ela, não quero ser como minha mãe, mas estava doendo tanto. - Soluçou alto e então me encarou com raiva. - É tudo culpa sua! - Acusou vindo para cima de mim me pegando de surpresa e socando meu peito. Você é um imbecil! Idiota! Cretino! Canalha! - A cada palavra era um golpe, eu não a segurei, merecia cada uma das suas palavras e socos. - Como pôde dizer tudo aquilo para mim? Desgraçado! Estúpido! - Seus soluços vieram mais fortes e ela parou de me bater, sentei na cama e a segurei contra o peito, Bell me abraçou pelo pescoço com força, seu corpo todo tremia, a apertei em meus braços.

– Calma amor. - Pedi preocupado, ela soluçou me apertando ainda mais, praticamente me sufocando, afaguei suas costas delicadamente com meus dedos o que fez com que ela relaxasse um pouco, sem parar de chorar. - Sinto muito Bell... Por tudo. - Supliquei afundando minha cabeça em seus cabelos, seu choro foi diminuindo, mas ela não me soltou, para minha surpresa senti beijos delicados serem depositados no meu pescoço, meu coração se acelerou, não podia acreditar no que estava acontecendo. - Nós precisamos conversar... - Murmurei pausadamente, Isabella subiu seus beijos e começou a beijar minha mandíbula, fazendo com que soltasse um gemido.

– Eu não quero conversar, eu quero você. - Disse determinada, antes que pudesse responder tomou meus lábios nos seus de modo urgente, não pude deixar de corresponder ao seu rompante, agarrei sua cintura e a deitei na cama, Bell infiltrou seus dedos pelos meus cabelos me deixando ainda mais louco, sua outra mão invadia minha camiseta arranhando minhas costas, intensifiquei os beijos e logo ficamos sem ar, desci os beijos pelos seu pescoço enquanto ela recuperava seu fôlego. - Edward? - Chamou meu nome, levantei a cabeça e a encarei. Será que estava arrependida? Ela me olhou e puxou meu rosto para junto do seu.

– Diz que me ama? - Pediu angustiada.

– Eu te amo, você é tudo para mim Isabella. - Ela me olhou emocionada e acariciou meu rosto, me puxou pela nuca e voltou a unir nossos lábios, saboreei sua língua na minha em uma dança sensual e deliciosa, gemi e desci minha mão pela sua coxa apertando sua perna, foi a vez de Isabella gemer alto.

– Então me ame. - Murmurou entre nossos lábios, naquele momento eu não pensava em mais nada a não ser mostrar a minha mulher o quanto eu a amava e desejava, retirei sua camisola a deixando nua e fui descendo meus beijos, reverenciando cada parte de seu corpo, beijei o interior de suas coxas e ela gemeu alto, passei meu nariz sobre seu sexo, sentir o doce aroma de sua excitação me deixou ainda mais louco por ela, passei meus dedos pela sua intimidade sentindo o quão pronta ela estava para mim, sem esperar mais nada a tomei em minha boca, arrancando gemidos cada vez mais altos, senti sua mão agarrando fortemente meus cabelos, fazendo com que intensificasse meu beijos naquela parte tão deliciosamente molhada, penetrei dois dedos ao mesmo tempo que sugava e lambia todos os cantos de seu sexo, logo senti ela apertando meus dedos e os substitui pela minha língua, Isabella gozou arqueando as costas ao mesmo tempo que eu tomava todo seu sabor em minha boca. Porra! Era gostosa demais! Minha vontade era arrancar minha própria roupa e penetrar seu corpo até que estivéssemos exaustos, mas eu não podia fazer isso, Isabella estava grávida e por mais que eu soubesse que sexo na gravidez teoricamente não faz mal ao bebê, preferia me certificar sobre isso com sua médica.

Aproveitei enquanto Isabella se recuperava e corri para o banheiro para tomar uma ducha gelada, o banho frio funcionou e apesar de estar frustrado por não ter minha liberação, me sentia satisfeito por ter feito isso por Isabella, me vesti e voltei para o quarto, a lua clareava boa parte de aposento e pude ver Isabella sentada na cama com o braços cruzados sobre o peito e nada feliz.

– Posso saber o que deu em você? - Perguntou séria.

– Do que esta falando? - Retorqui me fazendo de desentendido, levantei o lençol e me sentei ao seu lado na cama. Isabella me fuzilou com o olhar.

– De você ir correndo para o banheiro, se não quer fazer sexo comigo é só dizer, não precisa fugir. - De modo algum podia deixar ela pensar um absurdo desses.

– É claro que eu quero fazer sexo com você.

– Não foi o que pareceu. - Bufou, sorri pela sua birra e me aproximei, Isabella virou o rosto, segurei seu queixo e a fiz me encarar.

– Eu te desejo tanto que fiquei com medo. - Ela franziu o cenho.

– Medo do que?

– De machucar você ou o bebê. - Expliquei me lembrando do meu rompante no casamento e o modo grosso como a tinha agarrado e fodido contra a porta. - Ontem mesmo eu perdi a cabeça.

– Você não me machucou ontem e tenho certeza que não me machucaria agora.

– Talvez esteja certa, mas depois da noite tensa que tivemos eu prefiro não abusar da sorte. O semblante de Isabella se suavizou e afagou meu rosto.

– Como eu posso querer te matar e te amar ao mesmo tempo? - Acabei sorrindo, mas logo o sorriso sumiu de meu rosto.

– Sinceramente não sei nem como pode me amar nesse momento. - Seu polegar correu pelo meu rosto e acariciou meu lábio inferior.

– Acredita mesmo que tudo o que fiz foi apenas por vingança? - Sussurrou me encarando com atenção e fazendo com que me lembrasse de minhas palavras tão duras. “Eu só fui uma diversão para você Isabella, essa é a verdade, tudo o que você sempre quis foi se vingar de mim”

– Não! Claro que não! - Respondi com firmeza. - Eu só... - Parei tentando achar algo para explicar meu ato ridículo. - Quando você aceitou dançar com James e eu vi como pareciam felizes eu perdi a cabeça... - Doía só de lembrar, Isabella se afastou e me encarou. - Eu fui um imbecil, sem noção, idiota, burro, canalha, mas eu te amo, amo você mais do que tudo e quando vi vocês juntos achei que tinha te perdido, que você tinha percebido que era um erro ficar comigo e iria me deixar. - Declarei sem segurar minha própria emoção. - Eu fiquei desesperado Bell e quando estou assim eu não penso, eu simplesmente não consigo raciocinar. Sei que não mereço, mas me perdoa, por favor. - Pedi com vigor me aproximando e encostando sua testa na minha, felizmente ela não se afastou.

– Devia ter conversado comigo antes de tirar conclusões sem cabimento. - Reclamou chateada. - Nós sempre falamos que a comunicação é o mais importante, mas isso simplesmente some quando brigamos, não pode ser assim. - Argumentou seriamente.

– Sei disso, estava tão tenso com a ida do James ao casamento que acabei colocando os pés pelas mãos. - Lamentei desolado, Isabella alisou meu rosto com carinho. Aquele gesto significou tudo para mim.

– Sabe, eu também devo pedir perdão. - Disse calmamente, a encarei confuso.

– Do que esta falando? - Minha mente se perdeu em diversas razões pelas quais Isabella poderia pedir perdão e nenhuma delas me agradava.

– Você sempre me disse como se sentia em relação ao James, seus medos e aflições e eu achava que entendia. - Isabella parou e suspirou. - Não percebi como tinha sido injusta com você Edward. - Sua resposta me surpreendeu.

– Você nunca foi injusta comigo Bell, como pode dizer isso? - Questionei atordoado.

– Fui sim, tentei imaginar o que seria estar no seu lugar, mas isso nunca foi o suficiente, nunca pude ter a real noção do que você sentia porque nunca consegui sequer imaginar você com outra mulher, quanto mais dizendo que a amava. Eu menosprezei seus sentimentos... - Agora ela estava indo longe demais, não podia deixar ela pegar toda a culpa para si.

– Isso não é verdade! - A cortei antes que continuasse dizendo esses absurdos. - Você não tem culpa de nada, eu mereci ver você nos braços de outro, ver o que eu tinha perdido por causa da minha estupidez, você estava seguindo com a sua vida, tentando ser feliz.

– Eu sei disso, tudo o que nós sofremos não é algo que vamos poder mudar, já foi, não é por isso que estou pedindo perdão. - Abri a boca para retrucar, mas Isabella colocou seus dedos sobre meus lábios. - Estou aqui na sua frente pedindo perdão por não dar o devido valor ao que você sentia, por tratar seus ciúmes do James como algo sem sentido, sem pensar o quanto isso realmente te magoou. Não estou isentando você do que fez ontem, de modo algum, você agiu como um moleque, me ignorando e fazendo suposições sem ao menos conversar comigo, o que quero dizer é que eu também tive culpa, não deveria ter ido dançar com James sem antes esclarecer as coisas com você, eu mesma agi precipitadamente, querendo te irritar de propósito, sem perceber o quanto você sofreria com isso. - Encarava Isabella ainda mais apaixonado, saber que ela entendia como me sentia significava muito para mim.

– O que te fez ver isso tudo? - Questionei intrigado.

– Foi o sonho, ou melhor, o pesadelo. - Então me lembrei de suas palavras desesperadas, pedindo para que eu não fosse embora, que não a deixasse. - Eu te vi com a Victoria, e vocês estavam rindo e felizes, você a beijava e dizia o quanto a amava, parecia tão real. - Enquanto descrevia o sonho, seu choro voltou, sentei ao seu lado e a puxei para os meus braços. - Você me deixou... - Murmurou com a voz fraca. - Doeu ver você indo embora com ela, não sabia que

podia doer tanto, até que eu vi a ponte, era o mesmo lugar que minha mãe tinha se jogado. - A apertei em meus braços tentando confortá-la. - Eu fui até a beirada e olhei o rio, então me lembrei de você e da dor que estava sentindo. - Isabella enfiou a cabeça no meu pescoço chorando. - Eu... pensei em... pular. - Gaguejou se apertando em mim, a segurei com firmeza, sentindo o quão desesperada ela estava e perdido em meu próprio desespero, pensando no que eu faria sem ela, sem meu anjo. - Quando eu tinha decidido pular eu senti...

– Sentiu o que? - Bell me olhou e abriu um sorriso em meio as suas lágrimas, então pousou sua mão sobre seu ventre, a olhei maravilhado.

– Eu não podia fazer isso com nosso filho, foi nessa hora que ouvi você me chamando e acordei. - Sorri e coloquei minha mão sobre a sua, o seu sorriso aumentou. - Eu não quero ser como minha mãe. - Repetiu o que tinha dito quando acordou. - A dor era horrível, mas eu não ia deixar isso acontecer de novo. - Sem pensar em mais nada tomei seus lábios nos meus. Você não disse se me perdoa. - Indagou manhosa quando nos afastamos.

– Nem você. - Acusei de volta fazendo com que ela abrisse um sorriso tímido, respirou fundo e me encarou com aqueles lindos olhos verdes que eu tanto amava.

– Eu te perdoo por ser um idiota sem noção e ter agido feito um garoto mimado. - Sua resposta me fez sorrir. - Sua vez. - Indicou, encostei minha testa na sua.

– Eu te perdoo por ter me feito sentir raiva, ciúmes e medo. - Isabella afagou meu rosto.

– Sinto muito. - Pediu sinceramente.

– Eu também anjo. - Respondi lhe beijando com doçura e calma, me afastei e curvei sobre seu ventre e o beijei sobre o lençol. - Perdoa o papai por ser um idiota e deixar a mamãe nervosa? Eu prometo que vou cuidar muito bem de vocês. - Declarei depositando mais um beijo, Isabella acariciou meus cabelos, olhei para ela e vi que chorava, dessa vez de felicidade, levantei e a beijei mais uma vez. - Obrigado por mais esse presente. - Agradeci afagando seu ventre, ela assentiu sorrindo.

– Obrigada por existir na minha vida Edward. - Sua declaração após tudo o que tinha acontecido aqueceu meu coração. Deitei na cama com a cabeça em seu ombro e minha mão em seu ventre.

– Eu que tenho que agradecer por você ser capaz de me amar anjo. - Ela afagou meus cabelos, beijou minha testa e inclinou a cabeça para tocar meus lábios nos seus, antes que o beijo se tornasse mais urgente, me afastei. - Bell já falei que não. - Fui enfático.

– Você não vai nos machucar. - Tentou argumentar, mas eu estava firme na minha decisão.

– Eu prefiro esperar até irmos a sua médica e saber como esta sua gravidez. - Expliquei com tranquilidade.

– Eu já fui. - Arregalei meus olhos e sentei na cama. Como assim já tinha ido?

– O que?!! Quando?! Porque?! Você passou mal?! - Perguntava sem parar, Isabella riu acariciando meu rosto.

– Calma Edward, estamos bem, eu só fui para saber se estava mesmo grávida. - Respirei aliviado.

– Você me assustou.

– Você que é exagerado. - Disse me beijando com doçura.

– Se tratando de você e agora do nosso bebê pode ter certeza que serei e muito exagerado. Quando você foi?

– Ontem de manhã, antes de ir para o casamento.

– Era por isso que estava tão feliz, né? - Perguntei mesmo já sabendo a resposta.

– Sim, eu ia te contar depois que voltássemos da festa.

– E eu estraguei tudo. - Lamentei chateado.

– Isso já passou, conversamos e não vai acontecer de novo, não é? - Questionou arqueando sua sobrancelha.

– Pode ter certeza que não, fiquei com tanto medo de perder você, ou melhor, vocês. - Conclui tocando seu ventre, ela sorriu.

– Não vamos a lugar nenhum senhor Cullen. - Afirmou e voltou a me beijar se deitando sobre mim na cama, coloquei minha mão sobre seu ombro a afastando.

– Amor... - Pedi quase sem força.

– Que foi agora? - Perguntou irritada.

– Você não me contou como foi na médica. - Estava louco para saber como tinha sido sua consulta, Isabella suspirou.

– Foi bem, estou de quase três meses. - Respondeu com um sorriso sonhador acariciando o ventre. - Te lembra alguma coisa? - Pensei onde estávamos há três meses e quando lembrei, sorri abertamente. Tinha como ser mais perfeito?

– Um dos dias mais felizes da minha vida. - Isabella abriu um lindo sorriso e me olhou emocionada.

– Quer ver a foto do nosso bebê? - A encarei espantado.

– Você tem?

– Sim, minha médica fez um exame completo, incluindo a ultrassom. - Meu rosto desabou. Que foi?

– Eu queria ter estado lá com vocês. - Murmurei com pesar.

– Hei não fica assim, já marquei minha próxima consulta para pegar o resultado dos exames e se quiser pode ir. - Não existia a menor possibilidade de não estar presente nesse momento.

– É claro que vou, não perderia isso por nada.

– Sei que não. - Respondeu com um sorriso meigo.

– Onde esta a foto? - Perguntei animado, não via a hora de ver nosso bebê.

– Esta na minha bolsa. - Quando tentou se levantar a impedi.

– Deixa que eu pego. - Disse e fui na direção onde sua bolsa estava, a peguei e levei até Bell, ela a abriu e tirou um envelope branco e pequeno.

– Aqui. - Disse e me estendeu o envelope, sentei ao seu lado e tirei de dentro a foto de nosso bebê, parecia a imagem de uma TV com péssima recepção, mas já era possível ver sua cabeça, pés e pernas.

– É lindo. - Afirmei emocionado, Bell se aproximou e me abraçou pelo pescoço.

– Nossa Anne. - Sussurrou no meu ouvido, virei a encarando.

– Já deu para ver o sexo? - Questionei assustado. Será que tinha perdido mais esse momento?

– Não, ainda não, mas assim como você papai, eu sei que vai ser uma menina. - Eu não podia descrever o que estava sentindo naquele momento, era uma felicidade que explodia no meu peito, tinha ao meu lado a mulher que amava e que estava grávida de nossa filha, nossa Anne. Sorri imaginando a razão desse nome.

– Anne? O segundo nome de nossa mãe?

– É, eu pensei em homenagear a mulher que me mostrou o que era o amor de uma mãe. Coloquei a mão sobre seu ventre e sem perceber estávamos os dois chorando.

– Eu te amo Isabella. - Declarei com vigor, ela abriu um sorriso lindo.

– Eu também te amo Edward. - Se aproximou e começou a me beijar com desejo, percebendo suas intenções a afastei mais uma vez.

– Bell... - Comecei dizendo, mas ela logo me cortou.

– Eu estou bem, nós estamos bem, eu preciso sentir você Edward, não pode deixar a mãe da sua filha entrar em combustão. - Reclamou aborrecida, por pouco não ri de sua expressão, mas minha preocupação não deixou.

– Tem certeza? - Quis me certificar.

– Tenho, a médica disse que minha saúde esta ótima e o bebê também, não há restrições.

– Isso foi antes do que aconteceu ontem, você estava muito nervosa Isabella, eu tenho medo que possa acontecer alguma coisa.

– Vai acontecer uma coisa muito séria se você não deitar nessa cama e me foder! - Esbravejou, segurei minha vontade de rir.

– Que coisa feia Isabella! - A repreendi, tentando me manter sério. - Dizendo essas coisas na presença de nossa filha. - Disse avançando sobre ela como um felino pronto a atacar.

– Talvez eu precise de um castigo senhor Cullen. - Murmurou de um modo inocente e sexy, descendo sua mão pelo meu peito. Essa mulher queria me matar.

– Acho que é exatamente isso que você precisa. - Sussurrei com a voz levemente rouca de puro desejo e tesão, Isabella sorriu animada percebendo que tinha derrubado todas as minhas defesas, a verdade é que não estava em condições de negar e nem resistir as suas tentativas de sedução, me coloquei sobre ela e a beijei delicadamente. - Promete me avisar caso se sentir desconfortável ou com dor? - Ela assentiu passando suas mãos sobre os meus ombros.

– Prometo garotão. Agora coloque esse corpo gostoso para funcionar. - Disse dando um tapa na minha bunda, me pegando de surpresa.

– Isabella! - Ela riu me puxando pela nuca e colando nossos lábios.

– Estou pegando fogo Edward e é sua responsabilidade apagar. - Sussurrou sem parar de me beijar, pelo visto essa gravidez a estava deixando ainda mais tarada e sem duvida, mais gostosa.

– Vai pagar por esse tapa Isabella. - Murmurei contra a sua pele, descendo os beijos pelo seu pescoço. - Vai pagar muito caro. - Agarrei suas costas e nos virei na cama, a deixando em cima de mim, sentei na cama e a beijei com desejo enquanto ela rebolava sem parar no meu colo, gemi contra sua boca, com sua ajuda tirei minha camiseta e em seguida minha boxer, ela sorriu maliciosamente e para me torturar sentou com uma lentidão mortal em membro duro e pulsante, gememos quando nos unimos completamente, Isabella agarrou meus cabelos e eu suas costas, sem separar nossos lábios ela subia e descia, fazendo meu membro entrar e sair dela, em uma angústia deliciosa.

– Isso gostosa, rebola em mim, rebola safada. - Incentivei e dei um tapa em sua bunda, Isabella riu e começou a rebolar e a descer e subir com mais velocidade. - Porra! Isso! Isso! Delicia. Continua...

– Ah Edward! Ah! - Gemia descontrolada. - Gostoso! Tesão! - Amava ouvir ela gemendo para mim, me deixava ainda mais tarado.

– Isso!! Geme Isabella! Geme meu nome gostosa! - Ela gritou ainda mais alto, me deixando ensandecido, comecei a ajudar em seus movimentos e em poucos segundos nos perdemos um no outro, aquele prazer tomou meu corpo por completou, sentia os espasmos percorrendo minhas veias e meu coração batendo acelerado, desabei na cama com Isabella no meu peito. Aquele era o meu paraíso, com meu anjo nos meus braços e eu dentro dela. Acariciei suas costas e senti seu corpo tranquilo, a respiração calma contra minha pele.

– Bell... - Chamei e não respondeu, me afastei um pouco e a encontrei adormecida sobre o meu peito, suspirei passando minha mão pelo seu rosto com cuidado para não acorda-la, sua expressão estava serena e satisfeita, um reflexo do meu próprio estado de espírito, beijei sua testa e ela abriu um sorriso tímido e se aconchegou ainda mais no meu corpo, sorri com seu gesto, a apertei em meus braços e continuei a velar seu sono até que eu finalmente adormeci, completamente feliz e realizado.

Bella POV

Acordei me sentindo renovada, me virei na cama a procura do corpo gostoso e quente do meu lindo noivo, mas encontrei o lugar vazio, abri os olhos e não o achei no quarto e sequer ouvi algum barulho no banheiro.

– Edward! - Chamei e nada, nenhum ruído, sentei na cama preocupada. Será que tudo o que tinha acontecido de madrugada foi um sonho? Edward ainda estaria bravo comigo por ter dançado com James? Não, isso não podia ser! Lembro dele no banheiro me pedindo perdão, ou isso foi um sonho também. De qualquer forma precisava descobrir o que estava acontecendo e onde estava Edward. Me enrolei no lençol e quando ia sair da cama ouvi a porta se abrindo e um Edward sorridente passar por ela carregando uma linda bandeja de café da manhã, meu coração perdeu uma batida com essa visão deliciosa na minha frente. Oh homem gostoso! Tudo o que eu queria era me jogar em cima dele e foder ele ali mesmo.

– Bom dia anjo! - Cumprimentou sorrindo, fui incapaz de não sorrir de volta, entretanto meu sorriso sumiu quando o olhei. - Trouxe um café da manhã reforçado para a mamãe mais linda do mundo. - Disse colocando a bandeja sobre a cama e então me encarou. - O que foi? Perguntou intrigado, com certeza vendo a expressão nada agradável no meu rosto.

– Eu que pergunto. O que aconteceu com você? - Perguntei preocupada tocando o machucado em seu supercílio, seu rosto relaxou. Como não tinha visto isso ontem?

– Ah isso! Não foi nada. - Desconversou.

– Como nada Edward? Esta inchado. Onde machucou? - Então me lembrei do meu rompante na madrugada, quando o ataquei e bati nele, mas não lembrava de bater em seu rosto. - Fui eu? - Perguntei com a voz quase sumindo. Edward arregalou os olhos e balançou a cabeça.

– Não! Claro que não! - Suspirei aliviada.

– Então pode me explicar o que aconteceu? - Questionei cruzando o braço e o encarando.

– Eu arrombei a porta do banheiro e bati na quina da pia. - Como é que é?

– Arrombou a porta? Porque?

– Você tinha se trancado e gritou, não sabia o que fazer. - Disse balançando os ombros, como se fosse uma explicação válida. Me lembrava claramente disso, tinha estranhado o fato dele ter conseguido entrar no banheiro pois tinha certeza que havia trancado a porta, agora estava explicado como tinha entrado. Meu lindo noivo super protetor.

– Esta doendo? - Indaguei angustiada.

– Não anjo. - Voltei a acariciar com delicadeza seu rosto.

– Desculpa ter deixado você preocupado.

– Bell você não tem pelo o que se desculpar, já conversamos sobre tudo e nos acertamos ou não? - Perguntou ansioso, assenti sorrindo. - Ótimo! Agora esta na hora de comer. - Olhei a bandeja abarrotada de comida, somente alimentos naturais e leves.

– Acho que exagerou.

– É, talvez um pouco. - Concordou rindo. - Mas preciso cuidar e muito bem dos meus amores. Sua declaração fez um sorriso enorme aparecer no meu rosto.

– Me faz companhia?

– Com certeza. - Edward se sentou na cama e me trouxe para seu colo, a bandeja ficou ao nosso lado. Peguei um cacho de uva e comia e dava na boca de Edward, era tão bom estarmos de bem de novo, deitei sobre seu corpo e ele beijou minha cabeça. Coloquei o resto da uva na bandeja e me virei sobre o seu colo o beijando, eu sentia que minha maior fome no momento só Edward poderia sanar. - Bell... - Ouvi sua voz em tom de advertência me afastando com cuidado, o encarei com seriedade, ele sorriu. - Você precisa se alimentar anjo.

– Mas eu quero você. - Disse manhosa brincando com sua camiseta, Edward gargalhou alto.

– Você me tem Isabella, coma e depois vejo o que faço para matar essa sua outra fome. Mordi os lábios.

– Mesmo? - Perguntei em expectativa, Edward afagou minhas costas.

– Sim, mas não antes de você se alimentar. - Sorri assentindo.

– Sim senhor. - Concordei o beijando e voltei minha atenção a bandeja recheada, peguei um Iorgute de morango e gemi com o sabor gelado e adocicado em minha boca.

– Gostoso? - Edward questionou me observando com atenção.

– Você é mais. - Provoquei o encarando e lambendo a colher, ele riu e deu um beijo no meu pescoço. - Pode parar garotão, caso contrário não respondo por mim. - Edward se afastou levando as mãos para o alto. Demos risada, me acomodei em seu colo e continuei a comer meu Iorgute enquanto Edward tomava um suco de laranja e comia uma panqueca recheado com geleia com só uma mão, pois a outra não saia do meu ventre. Nem podia acreditar que ontem mesmo estávamos querendo matar um ao outro, coloquei o pote vazio sobre a bandeja e suspirei feliz por termos nos acertado.

– Que foi? Esta sentindo alguma coisa? - Edward perguntou preocupado.

– Nada amor, só apreciando esse momento gostoso com os amores da minha vida. - Ele respirou aliviado, acabei sorrindo, Edward nunca deixaria de se preocupar, ainda mais agora, sabendo que estava grávida. - O senhor vai ter que aprender a relaxar se quiser ver esse bebê nascer. - Repreendi o encarando, ele fez uma careta fofa.

– Você sabe que esta pedindo algo impossível. - Balancei a cabeça e sorri.

– Eu sei, te conheço muito bem, mas vai ser preciso, senão você vai ter uma síncope antes que eu tenha nossa filha. - Edward suspirou profundamente.

– Ok anjo, eu vou tentar me controlar. - Garantiu me dando um beijo na testa. - Já que estamos falando sobre isso, estou pensando em arrumar mais um segurança para você. - Me sentei ereta em seu colo.

– Como é que é?! Que história e essa?!

– Calma Bell, é só uma medida de segurança.

– Mas eu já tenho dois seguranças, para que preciso de mais? - Questionei aturdida e bem irritada.

– Porque tenho mais alguém que devo proteger. - Respondeu serenamente movendo sua mão sobre meu ventre, só esse gesto foi o bastante para derreter toda minha irritação e me fazer sorrir, levantei minha mão e acariciei seu rosto.

– É exatamente sobre isso que estava falando, essa sua preocupação exagerada, não preciso de mais um segurança. - Insisti com convicção.

– Eu só não quero que nada de mal aconteça com vocês Isabella. - Odiava discutir sobre isso com Edward, principalmente porque sabia que nessa questão sempre acabava fazendo sua vontade.

– Será que não podemos deixar esse assunto para mais tarde, Thompson e Kline fazem um excelente trabalho e realmente não vejo necessidade de mais alguém. - Defendi minha ideia mais uma vez.

– Tudo bem. - Concordou um pouco contrariado. - Vou deixar assim por enquanto, mas caso veja a necessidade, irei contratar mais um segurança e para lhe acalmar prometo que vou tentar controlar minha preocupação, mas você precisa colaborar.

– Ok, tem a minha palavra. - Sorri e lhe dei um selinho, Edward segurou meu rosto entre suas mãos e aprofundou o beijo, me empolguei e comecei a retirar sua camiseta, mas ele me parou.

– Comida! - Disse segurando minhas mãos.

– Você que provocou. - Reclamei, ele sorriu balançando a cabeça.

– Vem, termina de comer. - Suspirei resignada.

– Tenho outra escolha?

– Não, não tem. Aqui. - Estendeu um prato com pão de aveia e queijo branco, parecia uma delícia, aceitei a oferta e o devorei. Edward me observava com um sorriso lindo nos lábios.

– Muito bom. - Elogiei terminando de mastigar. - Seus lanches são magníficos.

– Obrigado. - Limpei a boca e peguei um copo de suco.

– Preciso ligar para Alice e saber como terminou o casamento de Rose, me sinto mal por ter ido embora sem me despedir.

– Não foi culpa sua. - Me consolou, mas não ia deixar ele assumir tudo.

– Eu também tive minha cota de responsabilidade Edward, só espero que não tenha ficado muito chateada.

– Não ficou não. - O encarei intrigada.

– Como sabe?

– Bom, antes de subir para lhe procurar encontrei com Jasper, ele me avisou que Alice tinha ido atrás de você, então aproveitei para me despedir de nossos amigos. Jasper viu como estava péssimo e falou que deveria lhe dar um tempo para então conversarmos, confessei que nem sabia se iria querer falar comigo um dia e com razão. - Murmurou arrependido.

– Você é irresistível demais para que isso acontecesse. - Disse com o objetivo de não deixar as lembranças de ontem acabarem com nosso clima, ele sorriu satisfeito. - E depois? - Incentivei que continuasse.

– Agradeci os conselhos de Jasper e fui me despedir dos noivos, expliquei que você não estava se sentindo bem, já que não estava ali, Rose perguntou o que tinha e falei que estava um pouco enjoada e que iríamos embora, ela sorriu e parecia saber do que estava falando. Você chegou a contar para ela? - Será que Alice tinha comentado algo?

– Não, você foi o primeiro que contei, Alice era a única que sabia da minha desconfiança, aliás foi ela que me alertou da possibilidade de estar grávida.

– Sério?

– É, meu vestido de madrinha estava mais justo e depois que me dei conta de outros sintomas ela disse que poderia estar grávida, de qualquer forma preferi me certificar indo a médica. Expliquei como tinha desconfiado da gravidez. - Então eles não ficaram chateados? Questionei voltando ao assunto de nossos amigos.

– Não, ainda mais quando confirmarmos a suspeita que vi no rosto de Rosalie. - Resumiu sorrindo. - Já Alice quer me matar. - Completou torcendo os lábios.

– Você a viu?

– Sim, assim que me despedi de nossos amigos subi para ver você, só que ainda estava com Alice, nesse meio tempo resolvi me arrumar e ligar para Jasen ir nos buscar, quando sai do quarto encontrei com Alice no corredor, ela veio na minha direção e disse que eu era um imbecil e só não me matava pois não queria estragar o casamento da amiga e nem matar o pai do seu futuro sobrinho. - Ri com esse comentário, Edward sorriu, mas logo ficou sério. Consegui fazer com que ela me odiasse de novo. - Disse aborrecido.

– Isso vai passar, não se preocupe, aliás não foi só Alice que defendeu um amigo. - Edward me olhou intrigado.

– Do que esta falando?

– Laurent me deu uma bela bronca por ter dançado com James.

– Ah! Sério? - Ele parecia realmente surpreso.

– É, eu quase dei na cara dele. - Respondi me lembrando de como Laurent havia me tratado, mas querendo ou não admitir, ele tinha razão.

– O que ele disse? - Questionou curioso.

– Não me lembro direito. - Desconversei, Edward estreitou os olhos.

– Lembra sim. O que foi que ele falou? - Perguntou com urgência.

– Eu fui te procurar na mesa que estávamos e fiquei preocupada quando Jasper disse que você tinha saído, pois estava muito frio, Laurent se intrometeu na conversa e me acusou, dizendo que era minha culpa, já que eu tinha ido dançar com meu ex. - Suspirei chateada. - A verdade é que ele estava certo. - Respondi arrependida, Edward segurou meu queixo.

– Bell, como diz o ditado é preciso dois para dançar o Tango, eu devia ter conversado com você ao invés de tirar conclusões sem cabimento, você mesma disse isso ontem, só que na hora isso é a última coisa que pensamos. - Lamentou, seu polegar acariciou meus lábios. - Eu fiquei com tanto medo de você passar mal, de me deixar. - Dizia com agonia.

– Eu estava muito brava com você, mas nunca te deixaria, nunca. - Garanti e um sorriso surgiu em seu lábios.

– Sabe, talvez o que aconteceu tenha sido bom de alguma forma. - Edward disse acariciando meu braço.

– Como assim? - Questionei confusa, ele suspirou.

– É que isso tudo me fez perceber que quem colocava o James entre nós era eu, ao invés de ver o quanto você me ama, eu ficava preso no passado e no que você viveu com ele, mas agora isso acabou! - Respondeu com firmeza. - James foi seu namorado, só que eu serei seu marido e pai de seus filhos. - Sorri largamente o abraçando pelo pescoço.Meu coração batia acelerado, não podia acreditar que Edward estava dizendo isso, que ele finalmente ia deixar James para trás.

– Fico tão feliz por isso Edward, eu fui sincera quando disse que entendia como se sentia, nunca mais quero fazer você sofrer dessa forma, eu juro.

– Eu sei anjo, nem eu. - Confirmou passando seus dedos pelo meu rosto. - Não posso dizer que vou deixar de ser ciumento, esse sou eu, mas garanto que nunca mais irei perder a cabeça desse jeito, vou contar até mil se necessário. - Sorri abertamente com sua promessa.

– Isso é o que importa, devemos conversar civilizadamente antes de qualquer coisa, além disso você não é o único ciumento aqui. - Provoquei sorrindo, Edward riu me apertando em seus braços.

– Verdade minha linda ciumenta. - Disse me beijando com delicadeza. - Já que estamos falando sobre isso, o que você e o James tanto conversaram? - Sua expressão estava suave e tranquila, naquele momento tive a certeza que Edward estava falando sério sobre deixar James no passado.

– Você não vai acreditar. - Edward franziu o cenho e me olhou desconfiado.

– O que?

– James se casou! - Respondi sorrindo, Edward arregalou os olhos e me encarou pasmo.

– Mesmo?

– Sim e adivinha só?

– Tem mais? - Acenei com a cabeça.

– Sim, ele também vai ser pai.

– Esta brincando! Sério? - Assenti sem parar de sorrir, feliz por termos nos acertado e poder dividir a felicidade de James com Edward. - Caramba! - Sussurrou chocado, logo sua expressão suavizou e ele sorriu. - James merece ser muito feliz. - Afirmou sinceramente e sem o menor sinal de aborrecimento.

– Verdade. - Concordei, me sentia aliviada sabendo que não tinha estragado a vida de uma pessoa tão boa com James. - Tinha que ver o rosto dele enquanto falava da esposa e do filho, seus olhos brilhavam. - Continuei dizendo animada.

– A esposa dele estava no casamento? - Questionou interessado.

– Não, a gravidez já esta adiantada e por causa do problema de pressão alta, ele achou melhor ela ficar em casa. - Expliquei, Edward franziu o cenho.

– E deixou ela sozinha? - Ele parecia indignado com isso.

– James contou que ela praticamente o expulsou de casa, dizendo que sabia muito bem se cuidar e que ele tinha muitos assuntos a resolver, ela é meio mandona.

– Parece alguém que eu conheço. - Estreitei meus olhos.

– Hei isso é uma indireta? - Questionei arqueando minha sobrancelha.

– Não amor, é uma direta mesmo. - Respondeu com um sorriso.

– Humpf eu nem sou tão mandona assim. - Reclamei fazendo um bico e fechando a cara, Edward riu.

– Só um pouquinho. - Disse e deu um selinho no meu pescoço, foi o bastante para o meu corpo se arrepiar por completo. - Mas não se preocupe, eu amo demais a minha ferinha.

– Edward! - Ele riu alto e deu um mais beijo dessa vez abaixo da minha orelha.

– Principalmente na cama. - Sussurrou no meu ouvido me fazendo gemer. - Estava pensando em matar aquela sua outra fome, o que acha senhora Cullen? - Murmurou distribuindo beijos na minha mandíbula, eu só conseguia gemer e rebolar no seu colo, a boca dele se aproximou da minha e senti seus dentes puxando meu lábio inferior. - Perdeu a fala gostosa? - Provocou com aquela cara de safado que eu tanto amava, não pensei em mais nada e comecei a arrancar as roupas de Edward, ele ria e me ajudava, quando estava nu, eu não esperei e o ataquei com todo o desejo que estava sentindo, como sempre a bandeja do café foi parar no chão e eu cavalguei novamente o seu corpo, tomando o meu tempo, quando sentia que íamos gozar, não sei como eu conseguia diminuir os movimentos e fazer Edward bufar, estava deixando ele cada vez mais enlouquecido, entretanto uma hora não aguentei e nos deixei levar pelo prazer fazendo com que ambos gritassem alto, agradecia o fato de nossa casa ser tão isolada.

Quando desabei no seu peito, Edward me abraçou apertado e beijou minha testa, sempre fazendo carinho nas minhas costas e eu no seu peito. Não podia pensar em nada mais perfeito que esse momento.

– Bell? - Ouvi sua voz suave me chamando. Levantei a cabeça e o encarei, ele sorriu e tirou os cabelos que estavam grudados na minha testa devido o suor. - Você esta de tirar o fôlego. Elogiou, sorri abertamente, me aproximei e lhe dei um rápido beijo.

– O senhor também esta uma tentação. - Seu riso contagiou o ambiente, eu amava esse som. Nem podia acreditar que logo eu seria oficialmente a senhora Cullen, de repente me dei conta de algo que ainda não havia passado pela minha cabeça.

– Anjo? O que foi? Esta sentindo alguma coisa? - A voz preocupada de Edward me tirou dos meus devaneios.

– Eu estou bem. - Garanti. - É que só agora me dei conta de uma coisa.

– Do que?

– Que quando nos casarmos eu vou estar com oito meses.

– E? - Questionou como se não fosse nada.

– Como assim "e"? Edward eu não quero casar com um barrigão. - Afirmei e então tomei coragem para lhe dizer qual seria a melhor solução, tinha certeza que ele ia odiar minha ideia. - Estava pensando que talvez nós pudéssemos adiar. - Minha voz saiu quase em um sussurro, o rosto de Edward se transformou, ficando sério.

– Adiar?! Nem pensar Isabella!

– Mas?

– Nada de mas! Eu te dou um mês! – O que?!!!

– Um mês? Não dá para planejar nada em um mês Edward. - Argumentei, ele respirou fundo e tentou se acalmar.

– Bell olha para mim. - Pediu e então o encarei. - Você me ama?

– Edward! É claro que te amo. Eu só quero que esse dia seja inesquecível.

– Bell eu simplesmente não posso esperar mais para que você se torne minha esposa, não dá, esses cinco meses já estão me matando, se formos esperar você ter o bebê só iremos casar daqui um ano, eu não vou aguentar. - Eu também preferia me casar antes do bebê nascer, mas agora achava que a melhor opção era esperar, só assim poderia fazer o casamento com calma.

– Eu sei que isso é importante para você e é para mim também, por isso quero que seja especial, além disso nós moramos juntos, se pensarmos bem já somos casados. - Edward estreitou os olhos, isso não era bom sinal.

– Se você acha que já somos casados é óbvio que não sabe como isso é importante para mim.

– Edward...

– Não! - Me cortou. - Merda Isabella! Tudo o que mais quero no mundo é ver você caminhando por um corredor cheio de flores, nós dois declarando nossos votos e tornando isso oficial, pode parecer ridículo, mas para mim não é. Eu quero entrar naquele hospital quando você for ter o bebê como seu marido, não seu namorado ou noivo. - Ele segurou minhas mãos e me fitou. - Eu te garanto que somos capazes de fazer o casamento dos seus sonhos em no máximo dois meses, te prometo que vai sair do jeito que você sempre quis, mas por favor, não me faça esperar mais. - Eu podia ver a agonia nos seus olhos e isso partia meu coração, estava claro o quão importante isso era para ele e Edward estava certo, eu queria meu marido ao meu lado quando tivesse nosso bebê.

– Ok garotão, temos um acordo. - Ele abriu um sorriso enorme e segurou meu rosto o puxando para o seu e me dando um beijo apaixonado.

– Você não vai se arrepender anjo, vai ser um casamento lindo. - Garantiu com segurança.

– Eu sei, tenho certeza que Alice vai assegurar que isso aconteça, além disso eu não quero nada sofisticado ou com muitos convidados, acho que só estou insegura por causa da gravidez. - Confessei meu temor.

– Não precisa se preocupar, seria impossível existir noiva mais deslumbrante que você. - Sua declaração me fez corar e sorrir igual uma boba. - Ainda esta com fome? - Olhei para a bandeja no chão.

– Acho que não dá para comer mais nada dali. - Edward riu e mordeu o lóbulo da minha orelha, atiçando meu corpo.

– Eu estava me referindo a outro tipo de fome senhora Cullen. - Respondeu com malícia, sorri entendendo e adorando onde ele queria chegar.

– Nesse caso se prepare senhor Cullen, pois estou faminta.

Notas finais do capítulo E aí o que acharam??? Parece que finalmente o Edward vai ser capaz de deixar o passado para trás, isto é, o James, as vezes certas coisas tem que acontecer para podermos enxergar e entender outras :) Nós próximos teremos esses pais super babões e claro o planejamento desse casamento, além disso a pobre Bell vai ter se preparar para as crises de seu querido noivo. Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 60) Capítulo 59 - Detalhes

Notas do capítulo Muito obrigada pela recomendação Meury Saraiva! AMEI!!! Este capítulo é dedicado a você e todos meus leitores que continuam me incentivando a escrever :) Ainda não pude responder os comentários, mas li todos e fiquei muito feliz em saber que continuam gostando da história. Hoje o capítulo esta bem leve, na verdade ele é apenas uma transição de tudo o que aconteceu nos últimos para as coisas boas que irão acontecer a partir de agora. Espero que gostem ;) Bella POV

Nosso fim de semana passou rapidamente, no sábado fomos buscar Chance no hotel, nós parecíamos dois bobos falando para nosso cachorro que iriamos ter um bebê, tudo o que Chance fez foi dar uma lambida na minha barriga fazendo com que déssemos risada. No domingo Alice me ligou para perguntar como estávamos, expliquei que tínhamos nos acertado e estava tudo bem, aproveitei e contei que iriamos adiantar o casamento, ela deu o maior grito pelo telefone quase me deixando surda, me garantiu que mesmo tendo pouco tempo ia fazer um vestido incrível para mim e também se ofereceu para me ajudar na decoração e tudo o que precisaria para preparar a festa, antes de desligar ela pediu para falar com Edward, Alice o ameaçou dizendo que se ele aprontasse novamente o degolaria, Edward somente concordou dizendo que nunca mais teria uma atitude tão infantil, ainda mais sabendo o quanto tinha a

perder caso agisse assim novamente, eu fiquei prestando atenção enquanto via os dois discutindo pelo telefone, no fim da ligação já tinham se acertado e conversavam calmamente.

Aproveitamos bem nosso tempo juntos conversando sobre as mudanças que faríamos na casa e qual seria o quarto do bebê, por causa da gravidez decidimos deixar de usar o serviço de uma empresa de limpeza e contratar uma governanta e mais três empregados para cuidar da casa e uma cozinheira. Edward não queria que eu fizesse nenhum serviço doméstico, nem mesmo arrumar a cama ou cozinhar todos os dias, nesse ponto ele estava extremamente irritante, toda hora perguntava como estava me sentindo, chegou um ponto que não aguentei mais e surtei dando uma bronca nele, depois disso não falou mais nada, mas sentia seu olhar atento em qualquer coisa que fosse fazer, inclusive quando ia dar comida para Chance. Achei que o problema estava resolvido até chegar segunda-feira de manhã, não estava esperando a reação que Edward teve quando eu disse que iria trabalhar.

– Não!!

– Edward!

– Eu já disse Isabella, você não vai voltar a trabalhar! Esta decidido! - Estava me segurando e muito para não transformar isso em uma discussão. Quem ele pensa que é para me proibir de fazer algo?

– Decidido coisa nenhuma, você não pode decidir algo por mim.

– Você esta grávida! - Exaltou como se fosse uma explicação válida.

– Estou grávida e não doente! - Esbravejei irritada.

– Não me interessa, você não vai! - Respirei fundo tentando me controlar, então me aproximei e segurei sua mão, ele relaxou diante o meu toque.

– Eu vou ficar bem Edward. - Garanti, ele suspirou.

– Bell eu não posso fazer isso, não posso. - Respondeu balançando a cabeça, seus olhos atormentados com medo.

– Por que? - Perguntei confusa.

– E se você passar mal? E se acontecer alguma coisa? Não! Você estará mais segura aqui em casa, ainda mais agora que iremos contratar uma governanta.

– Isso é ridículo Edward! Você quer me prender em uma redoma de vidro por nove meses, mas eu não vou permitir isso. - Disse decidida.

– Bell...

– Nem vem, eu vou trabalhar. - Edward passou as mãos pelos cabelos nervoso.

– Teimosa. - Sibilou entre os dentes, não pude deixar de abrir um sorriso tímido.

– Prometo te ligar sempre. - Ele arqueou a sobrancelha.

– Melhor eu ligar, tenho certeza que vai esquecer. - Resmungou fazendo um bico lindo.

– Não fica assim, vou ficar bem. Além disso tenho os seguranças, nada vai acontecer. - Edward assentiu sem muita segurança, ainda podia ver o medo estampado em seus olhos. - Você me prometeu no sábado que ia tentar maneirar na preocupação. - Murmurei o abraçando pela cintura, Edward passou os braços pela minha cintura e me prendeu contra o seu peito, sentia seu coração bater acelerado.

– Eu sei, mas eu tenho tanto medo. - Levantei a cabeça e o encarei intrigada.

– Medo do que? - Ele engoliu em seco e acariciou meu rosto.

– De perder vocês duas, de algo fora do meu controle acontecer... - Sua voz morreu, então entendi seu desespero, Edward ainda lutava com as lembranças do que aconteceu com Eleazar e nossos pais e temia que o mesmo pudesse ocorrer comigo, normalmente ele conseguia disfarçar sua preocupação, mas agora eu a sentia palpável, talvez se eu aceitasse o outro segurança ele se acalmasse.

– Eu não posso garantir que nada vai acontecer, mas eu prometo que tomarei todo o cuidado possível. - Respirei fundo. - E se for para te deixar mais tranquilo, eu aceito o outro segurança. - Edward me olhou desconfiado.

– Sério?

– Sim, se isso vai lhe deixar mais tranquilo. - Ele assentiu e me deu um beijo encostando nossas testas.

– Me tranquiliza um pouco sim. - Um pouco? Se afastou e me olhou. - Entretanto isso não significa que vou abrir mão dos telefonemas. - Sorri e assenti.

– Eu sei, pode me ligar a hora que quiser. - Aquiesci, ele fez uma careta.

– Desculpa por ser tão chato.

– Eu entendo suas razões, mas você precisa me entender também, ficar trancada em casa é demais. - Edward sorriu levemente.

– Não pode acusar um homem de tentar. - Respondeu encolhendo os ombros.

– Você não presta. - Lhe dei um tapa no peito, Edward riu e me puxou para mais perto tomando meus lábios nos seus, quando nos separamos ele segurou meu rosto.

– Preciso que me prometa que vai se cuidar e seguir todas as recomendações dos seguranças.

– Eu vou e você precisa cumprir o que me prometeu e tentar relaxar um pouco.

– Eu estou tentando Bell, de verdade, mas é muito difícil. - Confessou angustiado, podia ver como tudo aquilo estava corroendo ele.

– Não quero ver você assim Edward, tão preocupado e tenso. - Suspirei. Merda! Não podia acreditar que iria fazer isso. - Ok, eu fico em casa durante a gestação. - Edward arregalou os olhos completamente surpreso.

– Mesmo? Faria isso?

– Sim, eu não quero ver você assim todo tenso e correndo o risco de ter um ataque cardíaco a qualquer minuto, eu prefiro ficar em casa. - Sua expressão se suavizou e um sorriso surgiu em seus lábios.

– Obrigado por estar disposta a fazer isso por mim amor, mas você tem razão, não posso te prender em casa, desculpa ter pedido isso, vou tentar me controlar, eu juro. - Suspirei aliviada, felizmente Edward tinha bom senso.

– Eu te amo e agradeço por entender meu lado. - Ele sorriu e beijou minha testa.

– Eu tento. - Edward parou por um instante e afagou meu rosto. - Mas tem algo que você pode fazer e me deixaria muito mais tranquilo. - O encarei desconfiada.

– O que?

– Se você fosse trabalhar dentro da Cullen’s. - O encarei sem saber o que dizer, sua proposta me surpreendeu, mas a verdade é que eu entendia muito bem seus medos, eu vi Edward nos piores momentos de sua vida e odiaria ser a causa de mais sofrimento para ele, além disso eu tinha certeza que não ia sossegar caso ficasse longe dele e se eu podia dar tranquilidade para

ele, porque não fazer isso? Edward me olhava ansiosamente, esperando minha resposta. Sorri e lhe dei um leve beijo nos lábios.

– Eu aceito. - Concordei, Edward abriu um sorriso enorme me abraçando apertado.

– Jura? - Perguntou animado se afastando para me encarar.

– Sim, com uma condição. - Seu sorriso não diminui.

– Pode pedir o que quiser. - Garantiu, sorri largamente.

– Bom, agora que vou ficar com você na empresa prefiro não ter o terceiro segurança. Edward torceu os lábios. - Não há necessidade, você sabe disso. - Ele suspirou e sorriu.

– Ok, temos um trato senhora Cullen. - Respirei aliviada.

– Então como vamos fazer isso? - Questionei referente a sua proposta para trabalhar dentro da Cullen’s.

– Bem, tem um lugar vago no andar que fica inferior ao meu, com saída direta do elevador, tenho certeza que o espaço é suficiente para seu escritório, são dezoito funcionários certo?

– Sim, oito arquitetos, quatro estagiários, quatro decoradores, minha assistente, e a recepcionista. - Especifiquei o quadro de funcionários do escritório.

– Então vai ser perfeito, o local é bem espaçoso e já esta decorado, acho que só falta um toque especial que tenho certeza que você dará. - Sorri balançando a cabeça.

– Não acredito que você conseguiu.

– Consegui o que? - Indagou intrigado.

– Ir trabalhar dentro da Cullen’s, lembra quando me chamou para trabalhar ao seu lado e disse que não daria certo porque tinha medo de não me concentrar no trabalho? - Esclareci, Edward assentiu.

– Lembro bem, mas pense que assim será bem mais fácil para matar seus desejos. - Respondeu mordendo o lóbulo de minha orelha.

– Edward! - Demos risada. - Pode tirar essa ideia da cabeça, não quero liberdades com o dono da empresa.

– Veremos. - Ameaçou me dando um beijo, antes que nos empolgássemos o afastei e mudei de assunto.

– Ok, estamos fazendo planos, mas preciso ver com o meu pessoal o que eles acham.

– Não têm o que reclamar, vão trabalhar em uma das melhores empresas desse país e também o maior cliente do escritório ou esqueceu que estão projetando o prédio da nossa ONG? Assenti concordando.

– Tem razão. - Suspirei e o encarei. - Não sei porque, mas estou achando que não vou voltar a trabalhar no escritório que montei. - Edward abriu um sorriso tímido.

– Se você gostar de ficar na Cullen’s não vejo problema algum que continue lá.

– Acho melhor passarmos uma etapa por vez, hoje vou para o escritório e ter uma reunião com os funcionários.

– Ótimo, eu vou com você.

– Não precisa Edward.

– Eu vou e não há nada que diga que vai me impedir. - Estreitei meus olhos.

– Estou fazendo muito suas vontades nessa gravidez, não gosto disso. - Reclamei aborrecida, Edward riu alto. – Aposto que vai enjoar de mim. - Murmurei fazendo charme.

– Isso nunca, o pior que pode acontecer é eu me tornar ainda mais dependente de você. Acariciei seu rosto, balançando a cabeça.

– Acho que estou mimando muito você, assim vai ficar mal acostumado.

– Pois você não tem ideia de como me sinto bem só de saber que não terei que ficar imaginando tudo o que pode estar acontecendo com você, esta me dando uma paz imensa saber que estará próxima a mim.

– Mesmo? - Questionei interessada. Era muito bom saber o quanto ele me queria por perto.

– Sim e eu prometo que vou tentar não te perturbar demais. - Arqueei minha sobrancelha.

– Tentar?

– Sou um pai de primeira viagem amor. - Se explicou sorrindo.

– Desde que não me enlouqueça, tudo bem. - Edward me apertou em seus braços.

– Obrigado por fazer isso por mim anjo, significa muito.

– Não posso reclamar, afinal não é só você que iria sentir saudades. - Minha gravidez estava me deixando ainda mais desejosa da presença de Edward e não era só sexualmente, eu precisava sentir ele perto de mim, sentir seu perfume e calor me dava paz e tranquilidade, de alguma forma isso seria bom para nós dois e ainda mais para nossa filha, desse modo Edward não perderia nada da gravidez, de fato, essa ideia era perfeita.

Quando terminamos nossos planos Edward me acompanhou até o escritório de arquitetura, decidimos alugar o espaço pois seria injusto deixar o lugar vazio, ainda mais quando eu desconfiava que não voltaria a trabalhar lá. A reunião foi tranquila e apesar de gostarem do escritório os funcionários ficaram empolgados para trabalhar dentro de uma grande empresa como a Cullen’s.

Depois que acertamos esses detalhes, eu e Edward fomos para a empresa ver o espaço que ele tinha disponível no andar que ficava abaixo do seu, assim que a porta do elevador se abriu me apaixonei pelo ambiente, era enorme e iluminado, no fundo uma sala de reuniões com uma parede de vidro fazendo a divisória, Edward me levou para fazer um tour e na minha cabeça já sabia tudo o que queria fazer com aquele lugar, Edward ficou ainda mais feliz vendo a minha empolgação.

Aproveitamos que estávamos na empresa e fomos até sua sala, ele pediu a Ângela que o pessoal da limpeza desse uma geral no andar inferior e avisou que não voltaria pelo restante do dia, fomos em seguida almoçar, eu conversava com Edward todas as ideias que tinha para o lugar. Durante o almoço ele me disse que no dia seguinte um pessoal ia para aprontar tudo para a mudança, não ia demorar muito já que estava tudo em ordem, Edward acreditava que em uma semana o lugar estaria pronto, enquanto isso eu ficaria na sua antessala, cuidando dos meu projetos de arquitetura, do meu escritório e de olho na obra que ia acontecer no andar debaixo, os meus funcionários iam continuar no escritório até o fim da semana, quando estivesse tudo pronto faríamos a mudança definitiva.

– Você já estava com essa ideia não é? - Perguntei a Edward enquanto terminava de me arrumar para deitar.

– Que ideia? - Retrucou me olhando confuso, me deitei ao seu lado.

– A de me convidar para trabalhar dentro da Cullen’s. - Esclareci, ele sorriu abrindo os braços para me acomodar, deitei em seu peito.

– Bom, quando reestruturamos o andar inferior e sobrou aquele espaço vazio eu realmente pensei em te convidar para ir para lá, mas você estava tão empolgada com o escritório que estava montando que acabei ficando quieto. - Levantei a cabeça e o encarei. - Agora achei que oportunidade seria perfeita, além de ficar mais tranquilo.... - Escorregou sua mão até meu ventre o acariciando. - Não vou perder nada sobre essa gravidez. - Sorri largamente.

– Foi por isso também que decidi aceitar. - Edward me deu um leve beijo nos lábios e foi o bastante para me acender, aumentei a potência do beijo, mas Edward me afastou. - Edward achei que já tínhamos acertado sobre isso. - Murmurei passeando minha mão pelo seu peito, ele riu.

– Sim, mas acho que hoje você deveria descansar, o dia foi cheio. - Antes que o interrompesse ele continuou. - Além disso nós temos sua consulta para ir amanhã cedo, tem que dormir. Reafirmou, acabei sorrindo com a lembrança da minha consulta.

– Não vejo a hora de você ouvir o coração do nosso bebê. - Respondi sonhadora colocando minha mão sobre a sua no meu ventre, Edward sorriu e beijou minha testa.

– Eu também. - Afirmou. - Vou encher a médica de perguntas. - Acabei rindo.

– Só não vai exagerar hein. - Adverti.

– Vou tentar. - Sorri e me aconcheguei no seu peito.

– Vai trabalhar depois da consulta?

– Não, já passei todos os meus compromissos para Seth resolver, amanhã o dia será todo das minhas garotas. - Suspirei feliz e levantei a cabeça o beijando, Edward se afastou e eu fiz um bico. - Amanhã teremos todo o tempo do mundo, agora precisa descansar. - Quando estava pronta para protestar bocejei de sono, Edward riu. - Esta vendo, vem, vamos dormir. - Disse me apertando contra seu peito, seu aroma me relaxou e adormeci feliz em seus braços.

Notas finais do capítulo

Como será que vai ser esses dois trabalhando tão perto um do outro?? Já tem um tempo que estou pensando em um modo diferente para terminar essa fic, já ouvi a opinião do pessoal que me acompanha no Facebook, mas sei que nem todos tem Face por isso decidi fazer essa pesquisa aqui também. Bom, a ideia é a seguinte, quero terminar a fic do modo mais completo possível e para isso estava pensando em abordar um pouco mais da vida do Edward e da Bella, levando a história da infância até a adolescência dos seus filhos, seriam passagens sobre os momentos mais importantes entre a família e os amigos. Gostaria muito de saber a opinião honesta de vocês. E então o que acham? No próximo capítulo depois de ver a opinião de todos direi qual será o veredicto dessa pesquisa :) Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 61) Capítulo 60 - Consulta

Notas do capítulo Finalmente voltei!!! Será que ainda tenho leitores?? Espero que a minha crise de inspiração tenha passado :) Neste capítulo teremos a primeira pequena crise de Isabella, é, não será só a Bella que irá sofrer nessa gravidez, o Edward também rsrsrs Espero que gostem ;) Edward POV

Tinha vivido tanto em tão pouco tempo que parecia impossível assimilar tudo o que tinha acontecido, a briga na festa de casamento, a gravidez de Bell, nossa reconciliação e principalmente o dia anterior, ainda não podia acreditar que Bell tinha concordado em mudar seu escritório de arquitetura para dentro da Cullens, achei que ia ser um tormento fazer ela aceitar minha proposta, mas como sempre Isabella me surpreendeu, aliás ela vivia me surpreendendo, principalmente quando me disse que estava disposta a aceitar meu pedido e ficar em casa durante a gestação, eram nesses momentos que eu via o quanto nos amávamos, pois se ela estava disposta a aceitar essa proposta sem cabimento minha, eu me via incapaz de deixar que ela fizesse tal coisa, felizmente Bell me entendia, mesmo que as vezes eu passasse um pouco do limite.

Agora mesmo estava em estado de nervos, balançava minhas pernas sem parar, eu simplesmente não conseguia ficar quieto, principalmente sabendo que dentro de alguns minutos estaríamos dentro do consultório da médica e eu ouviria o coração da nossa filha pela primeira vez. Senti a mão de Bell sobre minha coxa a apertando e me fazendo parar de mexer, olhei para o lado e a vi com um lindo sorriso nos lábios.

– Calma garotão. - Disse suavemente, sorri sem graça.

– Estou nervoso. - Confessei segurando sua mão.

– Eu sei, mas não precisa se preocupar vai dar tudo certo. - Suspirei tentando manter minha promessa de não me estressar e acabar chateando Isabella. Me aproximei e beijei sua testa e em seguida seus lábios.

– Tem razão anjo. - Respondi lhe dando um sorriso mais relaxado, ela afagou meu rosto e me deu mais um beijo.

– Senhorita Cullen? - Ouvimos a secretária chamar, antes que ela continuasse a cortei.

– É senhora Cullen. - Isabella apertou minha mão e me olhou de cara feia. A moça ficou vermelha e se corrigiu.

– Desculpe, senhora Cullen a doutora Adams já esta esperando. - Isabella olhou para a secretária como se pedisse desculpa pelo meu comportamento, nos levantamos e seguimos pelo corredor.

– Precisava disso Edward? - Me repreendeu.

– Claro que precisava, você é minha mulher e quero que todos saibam disso. - Bell sorriu e balançou a cabeça achando graça da minha declaração possessiva, segurou minha mão e me guiou até o consultório de sua médica. Assim que abrimos a porta uma mulher loira e bem apessoada se aproximou de nós.

– Olá Isabella, como vai? - Cumprimentou cordialmente.

– Muito bem Lauren. - A médica sorriu em resposta. - Este é Edward Cullen, meu noivo. - Bell me apresentou, ela então se virou na minha direção.

– Muito prazer senhor Cullen. - Saudou estendendo a mão para me cumprimentar.

–Doutora. -Acenei com a cabeça.

– Por favor sentem-se. - Disse indicando as cadeiras a frente de sua mesa e fechando a porta.

– Acabei de receber o resultado de seus exames. - Avisou se sentando pegando um envelope lacrado na gaveta. - Agora que vocês chegaram podemos abrir. - Disse com um sorriso, meu coração batia acelerado, desejando que não estivesse qualquer tipo de problema com Isabella.

Bell segurou minha mão e a apertou percebi que também estava apreensiva, a médica tirou as folhas do envelope e começou a analisar, passou para a segunda e a terceira, seu rosto não entregava nada do que poderia estar escrito naqueles exames, estava a ponto de exigir uma resposta quando ela colocou o exame na mesa e sorriu. – Parabéns Isabella, sua saúde está perfeita. - Naquele momento senti meu corpo inteiro relaxar na cadeira, Bell também respirou aliviada.

– Bom agora vamos cuidar desse bebê, vou recomendar alguns alimentos importantes durante a gravidez e os horários que deve fazer suas refeições, também vou passar o número de uma nutricionista para lhe auxiliar com mais atenção. - Explicou digitando as recomendações no computador, pegou o telefone e chamou uma enfermeira, que apareceu logo em seguida. Por favor acompanhe Isabella até a sala de ultrassom. - Pediu gentilmente, quando estava me levantando para ir com ela, a médica me parou.

– Espere senhor Cullen. - A encarei intrigado voltando a sentar, Bell a olhou desconfiada. - É só um instante Isabella, enquanto você se arruma. - A médica explicou tentou persuadi-la ir sem mim.

– Logo estarei com você Bell. - Garanti vendo sua resistência em sair do consultório, ela acabou assentindo sem parecer muito segura e seguiu a enfermeira.

– Algum problema? - Questionei preocupado olhando a médica, ela sorriu.

– Não senhor Cullen, é que eu gosto de aproveitar esse momento enquanto a paciente é preparada para a ultrassom para conversar um pouco com o futuro pai, tirar algumas dúvidas que possa ter. - Esclareceu, sorri largamente, isso seria ótimo e bem melhor do que falar na frente de Bell, tinha certeza que algumas coisas a deixariam incomodada.

– Seria ótimo tirar algumas dúvidas.

– E o que gostaria de saber?

– Bom, recentemente uma amiga muito próxima nossa ficou grávida e confesso que os hormônios dela deixaram todo mundo louco, quero saber se com a Isabella será o mesmo.

– Olha senhor Cullen... - Levantei a mão a interrompendo, não era necessário toda essa formalidade.

– Por favor só Edward. - Pedi, ela sorriu assentindo.

– Então por favor me chame só de Lauren. - Concordei também sorrindo. -Quanto a sua pergunta Edward, o fato é que cada mulher e cada gravidez é diferente uma da outra, como Isabella tem se comportado ultimamente? - Questionou interessada.

– Ela esta muito feliz. - Respondi com um sorriso enorme, então continuei. - Mas percebi algumas mudanças, ela tem dormido bem mais e tem ficado emotiva com facilidade e... Merda! Como diria isso? A médica percebendo meu acanhamento sorriu.

– Ela esta mais ativa sexualmente? - Perguntou já adivinhando o assunto.

– Sim e essa é outra questão que me preocupa, não quero machucar nem ela e nem o bebê, mas também não consigo resistir, ainda mais quando ela esta tão linda. - Minha voz saiu carregada de admiração e amor, era sempre assim quando o assunto era minha Isabella.

– Você faz muito bem em não resistir Edward, sexo na gravidez traz muitos benefícios para a mulher, principalmente para sua autoestima, nessa fase muitas começam a se achar feias e indesejáveis, você só precisa ter mais cuidado e evitar certas posições quando a barriga estiver maior, além disso é importante que fique atento se ela esta confortável e não sente qualquer incomodo ou dor. Vocês precisam manter um dialogo sincero, respeitando tudo isso não há razão para não fazer. - Suspirei mais aliviado.

– Obrigado doutora, estava bem preocupado com isso, especialmente depois desse fim de semana. - Ela me encarou intrigada, então decidi me explicar. - Nós tivemos uma briga feia na sexta e Isabella ficou muito nervosa, eu não sabia que estava ela grávida e quando soube quase pirei com a possibilidade dela perder o bebê. - Contei extremamente chateado comigo mesmo.

– Realmente não é bom que Isabella passe qualquer nervoso, mas ela me disse que esta se sentindo bem. Ela reclamou de alguma dor ou incomodo?

– Não, passamos um fim de semana bem relaxante em casa, me certifiquei que ela não se esforçasse demais e que se alimentasse bem. - A médica abriu um sorriso confortante.

– Você fez a coisa certa. Uma dica que lhe dou é não se preocupar demais Edward, Isabella é uma mulher sensata e tenho certeza que se sentir qualquer coisa vai lhe dizer, vocês dois estão indo muito bem. - Parabenizou, ter essa conversa definitivamente me deixou bem mais calmo.

– Com licença. - Me virei e vi a enfermeira que havia levado Bell. - Já esta tudo pronto doutora.

– Ótimo! Pronto para ver seu bebê Edward? - Abri um sorriso gigantesco enquanto meu coração batia acelerado.

– Com certeza! - Respondi sem esconder minha animação, a médica se levantou e a segui até a sala onde Bell estava, assim que entrei encontrei minha mulher deitada e olhando para mim de um modo que me deixou intrigado, parecia aborrecida com algo. Mas com o que? Me

aproximei, beijei sua testa e seus lábios e segurei sua mão, então a expressão de seu rosto mudou automaticamente.

– Você esta gelado Edward! - Exclamou alarmada.

– Acho que estou um pouco nervoso. - Confessei tímido, ela arregalou os olhos.

– Você não vai desmaiar, vai? - Sorri e dei um beijo nela.

– Só se eu fosse louco perderia esse momento. - Sussurrei próximo a sua boca, Bell finalmente sorriu e afagou meu rosto com carinho.

– Vamos ver como esta esse bebê? - Só então me lembrei que não estávamos sozinhos na sala, apertei a mão de Bell e assentimos. A médica passou o gel no ventre de Isabella e em seguida colocou o aparelho de ultrassom, acariciava os dedos de Bell tentando me acalmar e realmente não desmaiar. - Aqui esta ele. - Lauren disse e apontou para a tela, a imagem era a mesma que Bell havia me mostrado, mas agora era completamente diferente porque eu estava aqui, ao seu lado, meu coração batia descompassado e quando achei que não tinha como me emocionar ainda mais, eu ouvi o som mais perfeito do mundo, meus olhos se arregalaram ainda mais e senti minha respiração parar. - Esse é o coração Edward. - A médica disse me tirando do transe.

– É perfeito. - Respondi sem esconder minha admiração e olhei para minha mulher. - Bell é nosso bebê! - Exclamei com alegria, a beijando. - Nosso! - Bell passou a mão pelo meu rosto enxugando as lágrimas que nem havia percebido, estávamos emocionados com esse momento. - Obrigado anjo. - Agradeci com fervor a mulher da minha vida, minha companheira e mãe do nosso bebê. - Obrigado! - Disse mais uma vez a beijando. Ouvimos um pigarro e sem jeito olhamos a médica, Bell corou.

– Como esta nossa filha? - Perguntei afim de cortar o clima de desconcerto na sala.

– Filha? - A médica questionou com o cerro franzido.

– É que o Edward e eu achamos que vai ser uma menina. - Bell explicou.

– Ah, entendo. - Assentiu sorrindo. - Mesmo assim acho importante que tenham em mente que pode ser um menino. - Advertiu nos olhando com atenção.

– Se assim for, iremos amar da mesma forma. - Retruquei confiante, por mais que acreditássemos que seria uma menina, o sexo era o que menos importava, o importante era se nosso bebê estava saudável. - O bebê esta bem? - Insisti na pergunta.

– Esta muito bem e crescendo conforme o esperado. - Suspirei aliviado, não conseguia tirar o sorriso ridículo do meu rosto. - Dentro de algumas semanas poderemos ver o sexo. - Ela informou, Isabella e eu sorrimos satisfeitos.

Após o exame a médica deu mais algumas recomendações e eu garanti que tudo seria seguido a risca, saí do consultório com um sorriso enorme no rosto, Bell entretanto estava calada e parecia incomodada com algo.

– Quer almoçar onde anjo? - Perguntei com carinho afagando sua mão enquanto caminhávamos em direção a saída do prédio.

– Qualquer lugar. - Franzi meu cenho com seu tom seco.

– O que foi? - Parei no meio do caminho e a encarei.

– Nada. - Respondeu simplesmente, virando o rosto, mas eu sabia que estava longe de ser nada, conhecia muito bem Isabella. Segurei o seu queixo e a fiz me encarar novamente.

– Fala comigo Bell, combinamos de sermos sinceros um com o outro lembra? - Ela suspirou.

– É bobeira minha Edward. - Tentou desconversar.

– Mesmo assim quero saber. - Incentivei, ela deu um suspiro.

– Não gostei do modo como Lauren parecia tão intima com você. - Resmungou aborrecida cruzando os braços. O que?! Ciúmes? Era isso mesmo?

– Está com ciúmes de sua médica? - Perguntei sem esconder meu espanto. Bell desviou o olhar e mexeu no cabelo.

– Não é ciúmes. - Respondeu voltando a me olhar, arquei minha sobrancelha. - Ok, fiquei com um pouco de ciúmes sim. - Admitiu finalmente. Sorri e a puxei para mim, ela envolveu os braços em torno de minha cintura e enterrou seu rosto no meu peito.

– Sabe que não existe razão alguma para isso não é?

– Sei? - Sua voz despontava insegurança, a afastei e encarei atentamente.

–Você tem alguma dúvida? - Perguntei alarmado estranhando seu comportamento. Ela achava que eu seria capaz de alguma coisa? Bell balançou a cabeça e voltou a me abraçar com força, sua atitude me mostrou que ela estava insegura e carente, com certeza tinha algo haver com os hormônios da gravidez, precisava começar a me preparar.

–Desculpa, foi besteira minha. - Afaguei suas costas.

–É por isso que estava estranha quando a encontrei na sala de exames? - Sabia que Bell era ciumenta, mas ter ciúmes de sua médica era um pouco demais, principalmente porque Lauren não tinha feito nada de anormal e eu também não havia dado qualquer motivo para isso.

–Não gostei da Lauren ter pedido para conversar com você a sós e só te chamar pelo primeiro nome depois. - Confessou baixinho como se sentisse envergonhada.

–Hei. - A chamei, Bell levantou o rosto e me encarou. - Ela só me chamou para saber se eu tinha alguma dúvida, só isso. - Garanti segurando suas mãos nas minhas e as beijando. -

Quanto ao meu nome, você sabe muito bem que fora da empresa eu não gosto que me chamem de senhor, exceto você, e em situações nenhum pouco formais. - Isabella acabou sorrindo e suspirou.

–Acho que os hormônios já estão me atacando. - Respondeu fazendo uma careta fofa. Era o que imaginava. Passei meus braços pela sua cintura a abraçando novamente, Bell se aconchegou no meu peito, todos que passavam pelo corredor nos olhavam com curiosidade. Vai me aguentar se eu ficar igual a Alice? - Perguntou manhosa. Alice tinha sido uma grávida no mínimo difícil e por mais que eu desejasse que Bell fosse diferente de modo algum podia dizer isso a ela sem aumentar ainda mais suas inseguranças, além disso nada no mundo me afastaria dela nesse momento, nem mesmo seus hormônios.

–Não, eu não vou te aguentar. - Ela levantou a cabeça e me encarou com o cenho franzido, contive minha vontade de rir diante sua expressão confusa, passei meu indicador pelo seu rosto. -Vou ficar ao seu lado e te apoiar em cada instante, não importa o que aconteça. - Bell me olhou admirada e sorriu se agarrando no meu pescoço.

–Eu te amo Edward, muito mesmo. - Sorri com suas palavras, eram meu bálsamo para qualquer que fossem meus problemas.

–Eu também te amo anjo, mais do que tudo. - Declarei a apertando nos meus braços, logo em seguida ela se afastou e me fitou.

–Obrigada por me fazer sentir amada apesar de ter sido tão boba. - Acabei rindo.

–Realmente foi meio sem sentido, mas quem sou eu para julgar uma cena de ciúmes? Indaguei sorrindo, admitindo meus ciúmes sem sentido.

–Nisso você tem toda razão. - Ela riu concordando e me beijando novamente. - Vamos almoçar então? - Perguntou mais animada, sorri largamente pegando sua mão e voltando a caminhar até a saída.

–Algum lugar em mente? - Bell agarrou meu braço e sussurrou no meu ouvido.

–Que tal um hotel? - A encarei intrigado. -Ontem você disse que teríamos todo o tempo do mundo, lembra? - Minha mente voou para a noite anterior quando havia prometido que o dia de hoje seria exclusivo das minhas garotas, então a olhei de modo lascivo.

–É isso mesmo que a senhora quer? - Questionei apertando seu corpo contra o meu, a respiração de Bell se acelerou e ela só conseguiu assentir. Depois da conversa com a médica me sentia bem mais tranquilo em relação ao sexo e ainda mais ansioso para matar as saudades de minha mulher.

Peguei a mão de Isabella e seguimos até o estacionamento, assim que nos viu Jasen já se prontificou a abrir a porta para Isabella, antes de entrar no carro lhe dei instruções para seguir até o melhor hotel de New Haven, depois que me coloquei ao lado de Bell saquei meu celular e liguei para minha secretária, pedi que ela reservasse um quarto e também já pedisse nossa refeição, isso iria nos poupar tempo, além disso não queria que passasse muito do horário de almoço que a médica havia estabelecido para Isabella. Quando terminei a ligação percebi que Bell me observava com um sorriso.

–O que foi? - Perguntei curioso, ela me chamou com o dedo e me aproximei sorrindo. - O que esta passando por essa cabecinha? - Bell riu.

–Eu gosto desse seu lado mandão. - Sussurrou no meu ouvido fazendo com que eu gemesse.

–Gosta é? - Bell assentiu, sorri malicioso, quando fui beijá-la, ela se afastou e olhou nervosamente para o Jasen, suspirei. - No hotel você não me escapa. - Murmurei ameaçador no seu ouvido, ela se arrepiou e riu me dando um beijo rápido nos lábios. Faria essa tarde ser inesquecível para nós dois.

Notas finais do capítulo Quero pedir mais uma vez desculpas pela demora, mas é que além da falta de tempo, a inspiração pegou as malas e tinha me abandonado :( Vou tentar o máximo não demorar demais no próximo =) Quanto a ideia que havia tido de explorar a vida do casal Cullen, irei continuar e bom, vai ser assim: Teremos o epilogo e depois farei 4 bônus com o crescimento da família :) Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 62) Capítulo 61 - Desejo

Notas do capítulo Quero agradecer e muito as lindas recomendações que recebi: DEA, Paty e Tatiane muito obrigada pelas lindas palavras com as quais descreveram minha história. Esse capítulo é dedicado a vocês e as minhas fiéis leitoras que apesar da minha ausência no últimos dois meses continuaram a me apoiar. MUITO OBRIGADA!!! AVISO: este capítulo esta mais doce do que doce de batata doce recheado com marshmallow e coberto de açúcar rsrsrsrs Espero que gostem ;) Edward POV

No mesmo instante que entramos no quarto prensei Isabella na parede e nos beijamos feito adolescentes.

– Você me deixa louco. - Gemi erguendo sua saia e infiltrando minha mão pela sua coxa.

– Edward, por favor. - Implorou agarrando com força meus cabelos.

– Tem certeza que quer isso agora? Nossa comida vai estar aqui em menos de dez minutos. Murmurei contra seus lábios.

– Sim! Sim! Eu preciso de você. - Pedindo desse modo não havia nada que eu não fizesse por ela.

– Muito bem então Isabella. - Disse abrindo minha calça sem me separar muito dela. - Vai ser rápido e forte, se a senhora não gozar em até cinco minutos irei castigá-la. - Ameacei beijando seu pescoço e descendo sua calcinha já sentindo sua humidade no tecido fino.

– Não preciso de cinco minutos. - Alegou ofegante, a encarei sorrindo e voltei a beijar sua boca deliciosa.

– Ótimo! Porque eu também não. - Me posicionei entre suas pernas. - Você tem que me prometer que se sentir qualquer coisa vai me mandar parar. - Disse a olhando seriamente, Bell assentiu. - Diga! - Ordenei elevando uma de suas pernas e a enlaçando no meu corpo, gememos com a proximidade de nossos sexos. - Diga Isabella! - Exigi novamente com autoridade.

– Eu aviso se sentir qualquer coisa, juro. Agora me faça sua Edward! Por favor. - Implorou puxando minha bunda contra si, com muito cuidado entrei dentro do seu corpo. Porra! Eu nunca me cansaria da sensação inebriante que era estar dentro da mulher que amava e desejava.

– Tão gostosa Isabella. - Gemi contra o seu pescoço, ela torceu seus dedos nos meus cabelos enquanto a outra mão me puxava ainda mais para si.

– Edward... Mais rápido...por favor... - Implorava impelindo seu quadril contra o meu, seus movimentos me fizeram perder a cabeça e aumentar a velocidade com que invadia seu corpo.

– Adoro como você sempre esta pronta para mim meu anjo. - Dizia entre as estocadas cada vez mais rápidas e fortes.

– Oh! Isso! Edward! Mais... Mais... - Pedia ensandecida, elevei sua outra perna e ela a enlaçou no meu corpo fazendo com que a penetrasse mais fundo e com ainda mais força, me perdia no corpo apertado e molhado da minha doce tentação chamada Isabella. - Edward! Edward! Gritava meu nome sem parar.

– Goza Isabella! Goza para mim gostosa! - E como se estivesse esperando meu pedido ela gozou alto, apertando ainda mais meu membro dentro do seu sexo delicioso. - BELL!!!!!! Gritei ao atingir o ápice do meu prazer, o mais puro dos êxtases. Encostei minha testa na parede completamente sem fôlego enquanto me recuperava, Isabella se encontrava da mesma maneira, mesmo assim não nos soltamos. Quando senti minha respiração voltar ao normal me afastei da parede e a encarei beijando com delicadeza seus lábios.

–Como esta se sentindo? - Perguntei afagando seu rosto e com cuidado descendo suas pernas sem deixar de segurá-la com medo que caísse. Bell abriu um sorriso lânguido e acariciou meus cabelos.

–Melhor impossível senhor Cullen. - Sorri largamente e voltei a beijá-la, dessa vez com mais desejo, quando senti que ela ia aprofundar o beijo, parei e me afastei, Bell me olhou decepcionada. - Se continuarmos não vamos parar e preciso alimentar a minha linda mulher. Ela sorriu e me puxou pelo pescoço.

– No momento eu só desejo comer o senhor. - Arregalei meus olhos e fingi perplexidade.

–Isabella! Isso não são modos de uma senhora educada falar. - A repreendi sem esconder um sorriso nos lábios.

– Então me castigue. - Balancei a cabeça e meu sorriso só aumentou. Essa mulher era impossível e era minha, só minha.

– Será exatamente isso que farei. - Quando ela ia se aproximando para me beijar, me afastei, Bell me encarou confusa. - Depois que se alimentar. - Completei sério, ela suspirou.

– Ok, farei tudo o que mandar senhor Cullen. - Sorri satisfeito.

– Ótimo! - Sai com cuidado de dentro dela, mas sem a soltar, Bell soltou um gemido. - Esta tudo bem? - Perguntei preocupado.

– Esta tudo perfeito, não foi um gemido de dor. - Esclareceu sorrindo com um ar sapeca.

– Ah Isabella o que farei com você?

– Tenho muitas idéias, mas o senhor prefere esperar. - Disse fazendo um bico, acabei rindo.

– Você é um perigo para minha sanidade anjo. - Declarei e a beijei. - Daqui a pouco nossa comida chega, porque não aproveita e toma um banho enquanto eu espero?

– Vem comigo? - Pediu manhosa.

– Nem pensar, se for tomar banho com você não iremos sair de lá tão cedo.

– Essa é a ideia garotão. - Respondeu marota, antes que pudesse retrucar bateram na porta anunciando o nosso almoço. - Droga! - Bell praguejou.

– Vai logo para o banho. - Disse dando um tapa na sua bunda, Bell riu, me deu mais um beijo e foi para o banheiro cantarolando. - Não tranque a porta! - Exigi antes que a porta se fechasse.

– Tá bom mãe! - Sua resposta me fez sorrir, me arrumei rapidamente e fui atender ao serviço de quarto. O camareiro arrumou com destreza a mesa e logo em seguida saiu, no segundo seguinte Bell saiu do banheiro enrolada em uma toalha felpuda, a encarei curioso.

– Já tomou banho? - Ela negou e se aproximou de mim.

– Estava esperando você. - Respondeu manhosa se aproximando de mansinho.

– Bell assim o almoço vai esfriar. - Adverti tentando me manter afastado, mas morrendo de vontade de entrar naquele chuveiro com ela.

– Tenho certeza que você pode resolver nosso problema sem deixar a comida esfriar. - Ela colocou as mãos no meu peito e eu sorri maliciosamente.

– É um desafio? - Questionei arqueando minha sobrancelha, a segurando pela cintura.

– Na verdade seria mais uma afirmação. - Respondeu sorrindo, sem pensar em mais nada a peguei no colo, Bell soltou um grito de surpresa e riu logo em seguida.

– Vamos ver o que eu posso fazer. - Disse a carregando para o banheiro e a beijando no caminho, afinal nossa tarde só estava começando.

Após um banho relaxante e muito excitante nos sentamos à mesa para almoçar, felizmente a comida não havia esfriado e estava deliciosa. Bell estava no meu colo e dávamos comida um na boca do outro, eu absolutamente amava mimar minha mulher.

– Abre a boca. - Pedi pegando um garfo com um pedaço de peixe e batata e o levando até seus lábios, Isabella comeu com gosto.

– Hum... - Gemeu saboreando a comida sem deixar de me olhar, só isso era o bastante para me deixar louco. - Muito bom. - Elogiou me dando um beijo, gemi na sua boca.

– Até mesmo com sabor de peixe seu beijo é maravilhoso. - Isabella riu e acariciou meu nariz com o seu.

–Nossa que homem mais romântico eu tenho. - Murmurou antes de me dar mais um beijo delicado, sorri tímido.

–Só com você. - A encarei com intensidade, Bell afagou meu rosto e voltou a me beijar, dessa fez com mais intensidade do que antes, minha mão foi para suas costas a trazendo para mais perto, querendo fundir meu corpo com o seu, subi a outra mão pela sua perna, infiltrando o roupão branco que usava, Bell gemeu interrompendo nosso beijo afim de tomar fôlego, meus lábios foram para seu pescoço enquanto minha mão chegava até o interior de suas coxas.

–Oh Edward... - Murmurou agarrando com força meus cabelos, eu enlouquecia quando ela fazia isso. Desci meus beijos pelo seu pescoço, abrindo o roupão com meu nariz e distribuindo beijos pelo seu colo parcialmente desnudo, ao mesmo tempo apertei minha mão em seu ponto sensível e já completamente pronto para mim, Isabella se moveu gemendo, o que me deixou ainda mais duro.

– Seu aroma é inebriante meu anjo... Me deixa louco. - Sussurrei mordendo de leve o bico excitado de seu seio para em seguida o beijar e sugar sem deixar de mover meus dedos em seu

sexo deliciosamente molhado. Isabella gemia e se contorcia nos meus braços, aumentei meus movimentos e senti que logo ela iria atingir o ápice, mas ao invés de continuar e lhe dar essa satisfação eu parei tirando meus dedos de sua intimidade e minha boca de seus seios, Bell agarrou meu cabelo e me fez encará-la, ela estava linda, com os lábios e as bochechas vermelhos e sem fôlego. Antes que pudesse dizer qualquer coisa trouxe seu rosto para o meu e tomei com voracidade seus lábios, minha língua explorava cada centímetro da sua boca, Isabella me acompanhou e aumentou os movimentos do beijo praticamente se fundindo a mim, sem me separar dela a peguei no colo e a levei para a cama deitando sobre seu corpo, nossas mãos estavam enlouquecidas, arrancando em segundos os roupões que usávamos, quando já estávamos nus a penetrei com extremo cuidado.

–Mais forte Edward. - Bell choramingou impelindo seu quadril contra a minha ereção.

–Preciso disso devagar anjo. - A encarei com adoração. - Quero fazer amor com a minha mulher. - Ela abriu um sorriso delicado e levantou a mão para alisar meu rosto e tirar alguns fios de cabelo da minha testa, sua mão foi para minha nuca e com calma ela me puxou para seus lábios.

–Então faça amor comigo Edward, me mostre o quanto me ama. - Sussurrou entre nossos lábios sem nos separar.

–Com prazer meu anjo. - Retruquei passando meus lábios pelo seu rosto, seus olhos, seu nariz, a penetrava com uma lentidão excruciante, nunca havia sido tão delicado como agora, eu queria fazer esse momento durar para sempre, ter sempre Isabella nos meus braços, feliz, satisfeita e segura, meus dedos afagavam sua mandíbula e seu pescoço ao mesmo tempo que trocávamos beijos doces e eu a possuía. Eu sentia a urgência de ir mais rápido, mais forte, mas eu me segurei, teríamos tempo para isso, Isabella era minha e em menos de dois meses eu a teria para sempre como minha amada esposa. Essa certeza fez meu coração bater ainda mais forte e deixar toda essa emoção transparecer em cada beijo e caricia, o mesmo eu sentia dos gestos de Isabella, o modo como me olhava e me tocava, como seus beijos doces evidenciavam o quanto me amava, alias todo seu corpo fazia isso, era como se ele fosse atraído ao meu a todo instante, como imãs. Ficamos nessa dança sensual e lenta até que eu senti todo o meu corpo sair de mim e flutuar alto, cada vez mais alto, cheguei ao ápice e cai, cai de volta completamente sem fôlego nos braços de um anjo, o meu anjo, minha Isabella.

Virei para o lado na cama tentando me lembrar como se respirava, meu peito subia e descia rapidamente, estava molhado de suor.

–Uau. - Ouvi a voz engasgada e admirada de Bell soar e a olhei, ela virou o rosto para mim e sorriu, um sorriso enorme e lindo, estava suada e também sem fôlego, mesmo assim arrumou forças para se jogar em cima de mim e me beijar, se afastou encostando sua testa na minha, nossa respiração ainda mais errática que antes. -Isso foi incrível e... - Bell parou abruptamente e acariciou meus cabelos do jeito que eu amava, seus olhos brilhavam com uma emoção desconhecida, fechou os olhos balançando a cabeça e a enfiou no vão do meu pescoço a abracei, minha curiosidade falou mais alto e mesmo quase sem ar perguntei.

–E o que? - Os braços de Isabella me apertaram com mais força, senti um leve movimento e umidade no meu pescoço. Ela estava chorando? Será que a machuquei de alguma forma? Talvez fossem só os hormônios da gravidez, já que Isabella andava bem mais sensível ultimamente. - Bell? Olha para mim. - Pedi mas ela se afundou ainda mais no meu corpo. Já com a respiração normalizada tentei me afastar para olhar para ela, mas Isabella me impediu se agarrando com força em mim, como se quisesse impedir que eu a visse. - Fala comigo anjo. Implorei preocupado movendo minha mão pelo seus cabelos em um afago.

– Eu te amo tanto. - Confessou finalmente, sua voz soou baixa e embargada.

–Eu também te amo Bell. Você é tudo para mim. - Ela fungou e levantou a cabeça me encarando, seus olhos vermelhos partiram meu coração, eu odiava ver ela sofrendo, ainda mais quando era por minha causa. - Se sente mal por me amar? - Perguntei receoso enxugando suas lágrimas. Bell me olhou espantada.

–Não! Nunca! - Se aproximou até estarmos com nossos rostos quase colados. - É só que de repente eu senti tanto medo de perder você. De algum dia deixar de me amar. - Senti o alivio tomar meu corpo fazendo com que minha expressão se suavizasse, mas não o bastante. Segurei seu belo rosto entre minhas mãos e a encarei com seriedade.

–Você é a pessoa mais importante da minha vida, eu fico vazio sem você, não tenho e nem sou absolutamente nada se não estiver ao seu lado. Nada. Entendeu? - Ela assentiu parecendo mais calma. -O que trouxe isso a tona? - Eu precisava saber porque ela estava assim, só desse modo poderia acabar com seus medos.

–Não sei. Talvez os últimos acontecimento ou aquele pesadelo que tive em que você me deixava. - Suspirou aborrecida. - Com certeza os hormônios também não estão ajudando e agora... - Sorriu me olhando emocionada. - Você me amou de uma forma tão única e perfeita que eu senti essa avalanche de emoções passarem sobre mim, junto veio esse medo horrível

de um dia não ter você ao meu lado. - Tudo o que consegui fazer naquele momento foi puxá-la para os meus braços.

–Eu sinto muito por tudo isso Bell. - Murmurei beijando o topo da sua cabeça.

–Não é sua culpa. - Bufei. Claro que sim! Eu era o único culpado.

–Como não? Se foi por minha causa que você teve aquele pesadelo? Se eu fui estúpido e imbecil com você? -Virei o rosto passando minha mão pelos cabelos, irritado comigo mesmo. Bell ergueu seu corpo sobre o meu e puxou meu rosto para encará-la.

–Pode parar. - Me advertiu. - Já conversamos sobre o que aconteceu, nós dois erramos, fim da história. Eu estou mais emotiva é só isso, tudo fica mais a flor da pele. - Isabella se aconchegou ao meu lado dando um beijo no meu rosto, acabei sorrindo e me virei para olhá-la. - Acabei estragando outro momento nosso com bobagens. Desculpa. - Pediu chateada.

–Não tem nada que se desculpar anjo, quero que sempre converse comigo, não importa o assunto, só assim eu vou poder ajudar. - Ela sorriu e afagou meu rosto, segurei sua mão e a beijei. - Sei que esta tudo muito recente, mas quero que tenha a certeza que aqui é meu lugar, ao seu lado, não importa o que aconteça é onde eu sempre estarei. - Ela sorriu emocionada e um lágrima solitária escorreu de seu olho, passei meu polegar pelo seu rosto a enxugando.

–Eu não quero mais esperar. - Franzi meu cenho confuso.

–Esperar o que anjo?

–O casamento, não quero que seja daqui dois meses, quero para o fim desse mês. - Arregalei meus olhos me sentando na cama e a encarando sem acreditar.

–Esta falando sério? - Bell sorriu e assentiu.

–Eu quero ser sua esposa Edward e o mais rápido possível. - Sem pensar em mais nada a puxei para meu colo e a beijei com ardor.

– Obrigado. - Disse maravilhado.

–Amor só estou adiantando um mês. - Explicou como se não entendesse minha reação.

–Você sabe muito bem o quanto eu quero isso, o quanto eu quero ser seu marido e que você seja minha mulher.

–Eu sempre fui sua Edward. Sempre. - Respirei fundo, absorvendo aquelas palavras, eram todo o conforto que eu precisava.

–Tal como eu sempre fui seu Isabella. - Ela sorriu e me beijou docemente, suas pequenas mãos se infiltrando pelos meus cabelos, me fazendo gemer contra sua boca.

–Eu preciso sentir você de novo. - Murmurou entre nosso beijo, a deitei na cama a adorando com meus lábios.

–E eu você meu anjo. - Declarei antes de fazer Isabella minha novamente.

Voltamos para casa por volta das nove da noite, passamos pelo hotel que sempre deixávamos Chance e aproveitamos para pegá-lo, mais uma das vantagens que teríamos em ter empregados fixos em nossa casa era que Chance não ficaria mais sozinho quando eu não pudesse levá-lo comigo para o trabalho.Durante o jantar antes de sair do Hotel, eu e Bell conversamos novamente sobre quantos empregados iríamos precisar efetivamente, no dia seguinte, minha primeira obrigação seria ligar para uma agência de emprego e pedir que enviassem alguns currículos para que eu e Bell pudéssemos analisar os candidatos, selecionaríamos os melhores e depois passaríamos para minha equipe de segurança avaliar minuciosamente cada um deles. Era um bom plano.

Sai do chuveiro e enrolei a toalha na minha cintura, Isabella terminava de escovar os dentes na pia, me aproximei e a abracei por trás, ela guardou a escova e pendeu a cabeça para trás me dando um beijo.

–Obrigada pela tarde maravilhosa. - Agradeceu com um sorriso lindo nos lábios.

–O prazer foi todo meu senhora Cullen. - Respondi malicioso.

–Acho que o prazer na verdade foi nosso. - Me corrigiu, sorri maroto.

–Certamente, não poderia de forma alguma esquecer seu prazer.

–Você nunca esquece, é uma das coisas que amo em você. - O encarei curioso, Bell sorriu, espiando minha reação pelo grande espelho do nosso banheiro.

–Uma das coisas? - Arqueie minha sobrancelha. - Posso saber quais são as outras? - Ela se virou e apoiou seus braços nos meus ombros, acariciando minha nuca com seus dedos. Tinha um delicado sorriso brincando em seus lábios vermelhos e tentadores.

–Não acho que tenhamos tanto tempo assim. - Abri um sorriso torto, minhas mãos brincando com o tecido da sua camisola longa e branca, Isabella parecia um anjo. Meu anjo.

–Não? - Ela negou.

–Acho que nem se vivêssemos eternamente. - Com essa eu tive que rir.

–Esta tentando me seduzir senhora Cullen? - Perguntei com a voz mais sedutora que consegui.

–Sempre senhor Cullen. - Respondeu e sem esperar mais nada seus lábios delicados e macios estavam tocando os meus, o beijo começou lento, mas logo ganhou força, sua língua invadiu minha boca e o gosto de menta junto com seu próprio aroma me tomou por completo, eu

estava perdido nela, uma de suas mãos passeavam pelas minhas costas, suas unhas me arranharam e soltei um gemido rouco e gutural. - Cama. - A ouvi sussurrar e foi exatamente o que eu fiz, a peguei no colo no mesmo momento que deixei minha toalha cair e a conduzi para nosso quarto para mais uma rodada de puro prazer, meu, dela, nosso.

Notas finais do capítulo As crises da Bella estão apenas no início, ela ainda vai cansar o Edward de tanto pedir desculpas rsrsrs No próximo teremos a volta ao trabalho e um almoço entre Alice e Bella ;) Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 63) Capítulo 62 - Insegurança

Notas do capítulo Este capítulo é dedicado a todas as minhas amadas leitoras e para mais uma linda recomendação que recebi!!! Muito muito obrigada pelas palavras Paula Figueiredo =D Espero que gostem ;) Bella POV

Despertei lentamente sem a mínima vontade de acordar, essa gravidez estava me transformando em uma preguiçosa viciada em sexo, corei me lembrando do dia anterior e como foi delicioso passá-lo ao lado de Edward ou melhor com ele dentro de mim. Safada! Minha mente me acusou e ri contra o travesseiro como uma garota travessa. Virei o rosto e encontrei Edward bem próximo de mim perdido em um sono profundo, seu braço estava na minha cintura e sua respiração calma batia contra o meu rosto. Suspirei igual uma boba apaixonada, me afastei erguendo minha mão e com extremo cuidado afaguei seus cabelos e seu rosto, Edward sorriu resmungando meu nome e me trazendo mais perto de si sem acordar, sorri com seu gesto e com carinho comecei a distribuir beijos delicados no seu rosto até que seus lábios se curvaram em um sorriso ainda maior.

–Hum... Que modo mais delicioso de se acordar. - Murmurou abrindo os lindos olhos azuis, meu coração acelerou, logo sua boca estava na minha em um beijo doce e quente. - Bom dia anjo. - Sorri largamente.

–Bom dia garotão. - Edward riu, me deu um beijo rápido e se curvou beijando e afagando meu ventre.

–Bom dia bebê. - Minha respiração ficou suspensa com sua demonstração de amor e carinho, quando se voltou para mim me olhou confuso, só então percebi que chorava. - Que foi amor? Questionou com carinho se aproximando e enxugando meu rosto, segurei o seu e o trouxe para mim, o beijando com paixão.

–Eu te amo. - Declarei completamente, desesperadamente apaixonada, Edward sorriu daquele modo tímido que me deixava ainda mais entregue a ele.

–Eu também te amo. -Sussurrou com adoração e lascívia.

–Não me olhe assim. - Adverti rindo, o seu sorriso aumentou e se tornou mais safado, me deixando ainda mais ávida por ele.

–Você não quer? - Perguntou com a voz rouca cheia de desejo, beijando meu pescoço e me deixando zonza com as sensações que me provocava.

–Temos tempo? - Minha voz saiu em um sussurro tão baixo que pensei que não teria me ouvido.

–Todo o tempo do mundo. - Respondeu me deitando na cama e me beijando com paixão. Trabalho, responsabilidades e todo o resto ficariam para depois, agora só o que importava era matar todo o desejo que sentia por meu maravilhoso noivo.

–Anjo? - Edward me chamou enquanto seguíamos para a Cullens para iniciarmos nosso primeiro dia de trabalho juntos, mesmo que fosse só por uma semana estava eufórica com isso. Segurei sua mão e a acariciei com carinho.

–Fala amor. - Edward sorriu pegando minha mão e a beijando.

–Hoje meu dia esta bem tranquilo, que tal almoçarmos juntos? - Já estava a ponto de aceitar quando me lembrei que havia combinado de sair com Alice, meu rosto murchou.

–Não vai dar, já combinei com a Allie. - Disse chateada, Edward abriu um sorriso triste.

–Tudo bem Bell. - Respondeu desanimado. Bom, eu podia muito bem marcar outro dia com a Alice. Claro!

–Eu posso cancelar. - Ofereci o encarando, Edward sorriu e balançou a cabeça.

–Não anjo, é bom que saia com sua amiga, caso contrário Alice vai pensar que eu sequestrei você. - Rimos, o pior que Edward tinha razão, além disso precisava contar oficialmente a novidade da gravidez e começar a planejar nosso casamento. - Mas pode se preparar porque vou ligar para saber como esta. - Sorri e assenti.

–Ok. - Aquiesci, Edward me encarou surpreso.

–Não vai reclamar? - Perguntou desconfiado, neguei.

–Não, já disse que não quero lhe preocupar, se me ligar vai te deixar mais tranquilo não vejo problema algum. - Respondi serenamente, Edward sorriu.

–Eu agradeço por isso anjo. - Lhe dei um beijo enquanto Jasen estacionava na subsolo da empresa. - Pronta para trabalhar ao meu lado? - Edward questionou saindo do carro e estendendo a mão na minha direção, sorri largamente.

–Pronta para qualquer coisa desde que seja ao seu lado senhor Cullen. - Respondi me deixando levar por ele, Edward me puxou para os seus braços.

–Não existe outro lugar para você a não ser comigo senhora Cullen. - Sussurrou ao meu ouvido me guiando até o elevador, lhe dei um beijo delicado e seguimos para o trabalho.

Minha manhã foi bem corrida, a sala adjacente a de Edward era bem espaçosa e já estava pronta para as minhas necessidades, eu mantinha um contato direto com minha assistente que ficava no escritório de arquitetura, nos meus projetos e também na obra que ocorria no andar inferior, tinha tantas coisas para fazer que o tempo passou voando, antes de sair para o almoço passei na sala de Edward e me despedi dele e de Chance que havia sido trazido por Jasen para passar a tarde com o dono, depois de muitos beijos e promessas que iria me alimentar bem segui para o estacionamento da empresa onde Kline e Thompson me esperavam, entrei no carro e fui para o restaurante que havia combinado com Allie.

Assim que chegamos o maître me indicou onde Alice me esperava, caminhei até a mesa que se encontrava e quando me viu se levantou e veio me cumprimentar.

–Bella! - Exclamou entusiasmada me abraçando. - Você sumiu! - Me acusou logo em seguida, balancei a cabeça e sorri.

–Não seja exagerada Alice. - A censurei e nos sentamos, ela cerrou os olhos na minha direção.

–Estou longe de ser exagerada, não vejo você desde sexta-feira e não nos falamos desde domingo. Senti saudades da minha amiga. - Reclamou novamente, ri com sua bronca. O garçom apareceu trazendo os cardápios, escolhemos e ele se afastou. Tomei um gole de água enquanto Alice me encarava.

–Que foi? - Perguntei intrigada.

–Você. - Franzi o meu cenho.

–O que tem eu?

–Esta diferente. - Disse desconfiada, sorri.

–Você sabe muito bem o porque. - Ela reprimiu um sorriso.

–Não sei de nada, você não me contou. - Se fez de desentendida.

– Estou grávida Alice. - Contei finalmente, Alice bateu palmas chamando a atenção para nossa mesa.

–Menos Alice! - A repreendi sussurrando.

–Não seja chata, temos que comemorar! - Exclamou chamando o garçom pedindo dois sucos de uva. - Já que não pode tomar álcool, vamos celebrar com suco de uva. - Disse animada.

–Você pode tomar vinho Allie, não me incomodo. - Ela negou enquanto o garçom trazia dois copos de suco.

–De modo algum. Agora me diga, porque esta com essa cara?

– Já disse, estou grávida. - Alice bufou.

–Isso eu já sabia desde a semana passada, estou me referindo a essa cara de quem passou um ano no melhor SPA do mundo. - Não aguentei e ri com descrição que fez da minha aparência.

–Só você mesmo Alice. - Ela revirou os olhos.

–Não enrola, vamos, cuspa! - Balancei a cabeça.

–Nada demais, só passei três dias esplêndidos com Edward. - Sorri bobamente.

–Espero que esteja lhe tratando muito bem depois da burrada que aprontou.

–Como uma rainha e ele não foi o único culpado. - Antes que ela dissesse algo a cortei. - Além disso já passou, nos acertamos e estamos muito bem. Ontem ele me acompanhou na médica. Alice sorriu.

–E como foi?

–Tudo certo, minha saúde e a do bebê esta perfeita.

–Que ótimo! - Na hora me lembrei de Alex.

–Como esta Alex?

–Muito bem, ele é tão tranquilo Bella, uma amor de menino, acabei de contratar uma babá para ficar com ele. - Comentou tomando um gole de suco.

–E como ela é?

–Muito boa, começou hoje e esta se dando muito bem com ele. Demoramos para encontrar alguém em quem confiássemos. - Na hora pensei no que faria quando meu bebê nascesse, será que conseguiria deixar ele nas mãos de outra pessoa enquanto trabalhava? O garçom se aproximou trazendo nossa comida e logo em seguida se retirando. - Se você tiver mesmo uma menina, nossos filhos podem até chegar a namorar, já imaginou Bella? - Alice disse animada, ri ao pensar na reação de Edward ao ouvir algo assim.

– Alice minha filha nem nasceu ainda e já esta arrumando namorado para ela?

– Não um namorado qualquer, meu filho, se os dois namorassem seriamos da mesma família.

– Acho que o Edward não ia aprovar muito essa sua lógica. - Disse rindo, Allie fez uma careta.

– Ele que se cuide, ainda estou de nele. - Assim que falou meu telefone tocou, sorri já sabendo muito bem de quem se tratava.

– Falando nele. - Disse sorrindo, levantei pedindo licença.

– Não esqueça de dar o meu recado.

– Deixa de ser chata. - Ela me mostrou a língua como uma garota mimada, me afastei da mesa rindo e fui até a varanda que havia no restaurante. - Oi garotão.

–Olá anjo. - Podia sentir seu sorriso através do telefone. - Como esta sendo o almoço?

–O prato acabou de chegar na verdade.

–Desculpe atrapalhar Bell, depois eu ligo. - Revirei meus olhos, Edward as vezes conseguia ser bem absurdo.

–Deixa de bobagem Edward. - Ralhei com ele e suspirei. - Sabe já estou com saudades. Murmurei manhosa, Edward riu.

–Essa minha mulher esta muito carente. - Disse em um tom brincalhão, acabei rindo também. Talvez ela mereça um agrado. - Meu sorriso tomou conta do rosto inteiro.

–Agrado? Que tipo de agrado? - Perguntei interessada.

–Segredo senhora Cullen.

–Ah Edward não faz isso comigo. - Choraminguei fazendo bico. - Me conta vai.

–Mais tarde anjo. - Bufei ruidosamente.

–Edward Anthony Masen Cullen o senhor não vai deixar sua mulher grávida se corroendo de curiosidade, colocando em risco minha sanidade e saúde. - Ok, peguei meio pesado, mas era injusto ele me deixar louca.

–Você esta sentindo algo? Esta passando mal? Quer que eu vá até aí? - Sua voz alarmada me fez perceber que tinha ido longe demais.

–Não, eu estou bem, mas ficaria melhor se me dissesse o que esta planejando. - Pude ouvir ele suspirando profundamente.

–Não me mate de susto assim Bell.

–Desculpa. - Pedi me sentindo culpada pelo meu pequeno drama.

–Esta se sentindo bem mesmo? - Perguntou sem esconder sua preocupação.

–Sim, estou bem, eu juro. - O telefone ficou silencioso.

–Melhor ir almoçar Bell. - Aconselhou com seriedade.

–Esta chateado comigo? - Questionei com receio.

–Não. - Respondeu simplesmente. -Promete me ligar se precisar de mim?

–Claro. - Foi só o que pude responder. - Eu te amo.

–Também te amo Bell. Bom almoço. - Desejou e nos despedimos. Senti um aperto no peito pelo modo como nossa conversa tinha terminado. Droga! O que estava acontecendo comigo? Porque eu tinha que ter dito tanta besteira sabendo que Edward era neurótico com qualquer coisa que acontecesse comigo. Estúpida! Me xinguei mentalmente enquanto caminhava até a mesa que estava com Alice.

–Tudo bem? - Ela perguntou com a expressão preocupada.

–Mais ou menos, acho que deixei o Edward chateado. - Comentei brincando com minha comida. Tinha perdido o apetite.

–Porque?- Fechei os olhos com força, massageando minha têmpora.

–Por que só saem besteiras da minha boca agora. - Abri os olhos e Alice me encarava intrigada.

–Como assim? - Suspirei e enquanto tentava comer contei o que tinha acontecido. - Bella, foi o Edward exagerou, como sempre aliás. - Balancei a cabeça negativamente.

–Não, sou eu Alice, sei o quanto ele se preocupa comigo e fui burra o bastante em brincar com ele usando nosso bebê e minha saúde.

–Não esquenta com isso Bella, são os hormônios, lembra quando eu estava grávida e enlouqueci todo mundo? - Assenti e acabei sorrindo. - O Jasper então, coitado, pagou todos os seus pecados na minha gravidez. Tenho certeza que o Edward entende isso, além disso ele também precisa controlar esse excesso de preocupação que tem com você, assim vai ficar doente.

–Eu sei, já disse isso a ele, eu tento fazer o possível para evitar que se preocupe, até mesmo mudei meu escritório para dentro da Cullen’s...

–Como é? - Alice me interrompeu.

–É, decidimos isso no fim de semana, acho que vai ser bom para nós, assim ele vai poder curtir melhor a gravidez e se preocupar menos conosco.

–Acho que esta fazendo as vontades dele sem nem pensar em você. - Arguiu séria.

–Claro que não Alice! - A encarei aborrecida. - Eu preciso do Edward, agora mais o que nunca.

–Eu sei que muitas grávidas se tornam bem carentes durante a gestação, mas não acha que esta exagerando? - Franzi meu cenho. Eu estava exagerando? Será que o Edward se cansaria de mim? Foi então que me lembrei das conversas no chá de bebê de Alice e das suas amigas reclamando que seus maridos não a viam mais como mulheres, só como a mãe de seus filhos, algumas disseram que os maridos tinham até deixado de sentir desejo. Isso poderia acontecer com Edward? Ele poderia se sentir obrigado a ficar comigo? Subitamente o medo de ser rejeitada me tomou por completo.

–Você acha que o Edward se sente assim? - Alice me olhou confusa.

–Se sente como?

–Obrigado a ficar ao lado de uma mulher carente.

–Claro que não Bella! - Alice protestou firmemente. - Aquele homem é absolutamente louco por você, só acho que estabelecer certos limites é bom. - Assenti sem muita segurança. - Não vai comer mais nada? - Neguei. - Você só comeu metade do prato Bella. - Ralhou comigo.

–Não é sempre que sinto fome.

–Bella...

–Estou bem Allie. - Assegurei e logo em seguida mudei de assunto, algo mais agradável. Preciso falar com você sobre o meu casamento. - Seus olhos brilharam. - Eu ia esperar a Rose voltar da lua de mel, mas dai as coisas iam ficar muito em cima.

–Para quando esta pensando?

–Fim do mês.

–Sério? - Assenti.

–Acha que dá para fazer? - Perguntei com receio.

–Claro que sim, para Alice Brandon nada é impossível. - Acabei rindo e relaxando com sua animação. Meu humor melhorou muito depois que começamos a planejar o casamento, não seria repleto de flores como havia imaginado, afinal estávamos no fim do inverno, mas Alice me garantiu que iria deixar com tudo o mais perfeito possível, estava bem mais animada quando o almoço acabou e nos despedimos, combinando de nos encontrar durante a semana para ver algumas coisas para o casamento e começar o enxoval do bebê.

Cheguei na empresa e minhas preocupações caíram como uma bomba na minha cabeça. Será que Edward ainda estava chateado? Até quando ia aguentar meus ataques e minha carência desmedida? Suspirei tomando coragem e segui até sua sala.

–OláAngela! - Cumprimentei a secretária, ela sorriu.

–Senhora Cullen. - Respondeu educadamente, já tinha desistido de pedir que parasse de me chamar de senhora.

–O Edward esta?

–Sim senhora, ele inclusive pediu que a senhora fosse vê-lo assim que voltasse do almoço. Assenti.

–Obrigada. -Sorri e me dirigi até a porta do seu escritório a abrindo lentamente. Entrei e encontrei Edward em pé olhando pela janela, perdido em pensamentos, me aproximei da forma mais silenciosa possível, ele parecia tão concentrado que nem percebeu minha presença, com certo receio levantei minha mão e toquei suas costas, ele na hora ficou tenso e se virou rapidamente, antes que dissesse qualquer coisa me puxou para seus braços, enterrando sua cabeça no meu pescoço, meu corpo todo relaxou, se afastou minimamente e me beijou, passei meus dedos pelos seus cabelos, Edward gemeu na minha boca. Distribuiu selinhos nos meus lábios e me olhou com carinho.

–Como foi o almoço?

–Bom. - Seus olhos pareciam procurar algo de errado. - Estamos bem. - Garanti afagando meu ventre, Edward sorriu. -Desculpa pela chantagem ridícula que fiz para me contar sobre a surpresa.

–Eu que fui um idiota deixando você nervosa de bobeira. - Se condenou.

–Não Edward, eu exagerei, como ando fazendo e muito ultimamente. - Suspirei pesadamente. -Desculpa. - Pedi novamente.

– Voce precisa parar de pedir desculpas. - Respondeu me dando mais um beijo.

– Preciso é parar de falar bobeiras. - Murmurei insatisfeita, ele balançou a cabeça achando graça.

– Me conta em detalhes como foi o almoço. - Pediu mudando de assunto e se sentando na sua cadeira e me puxando para seu colo.

–Contei para a Allie sobre a gravidez e já começamos a planejar o casamento. - Falei animada, Edward sorriu largamente.

–Isso é perfeito Bell, pois já liguei para o juiz de paz e consegui a data que queríamos, teremos que correr com os proclamas, mas isso não será problema. Também liguei para a agência de emprego e amanhã teremos alguns currículos para analisar.

–Que homem eficiente eu fui arrumar. - Elogiei lhe dando um beijo. - Agora o senhor me diz, que horas almoçou?

–Sai para comer aqui perto e você, comeu direitinho?

–Comi muito bem. - Menti. Edward estreitou os olhos. Droga! Porque eu não conseguia mentir para ele? Mas o que ele disse a seguir me surpreendeu.

–Ok, vou aceitar sua palavra, afinal de contas é uma mulher consciente e sabe o que é o melhor para você e nosso bebê.

–Obrigada pela confiança garotão. - Ele sorriu timidamente, decidi que era hora de voltar ao assunto que tinha ficado pendente. - Agora que estou aqui vai me mostrar a tal surpresa?

–É isso que deseja senhora Cullen? - Meu coração acelerou pelo modo sensual que falou.

–Eu desejo muitas coisas senhor Cullen, inclusive o senhor. - Só isso foi o bastante para o desejo que até o momento estava adormecido fosse acordado com força total, Edward me ajeitou sobre sua mesa, suas mãos passeando pelas minhas pernas.

– Terei o maior prazer de realizar todos os seus desejos meu anjo. - Declarou me beijando com volúpia e me deitando sobre a mesa, nos perdendo um no outro.

Quando já estávamos sem fôlego pela nossa sessão sexo no escritório, Edward se sentou em sua cadeira me trazendo para seu colo, minha roupa estava toda amassada e desgrenhada, ele beijou com leveza meus lábios, o abracei e fiquei ali no seu colo tentando me lembrar como se respirava.

– Preciso voltar para o escritório. - Disse sem a mínima vontade de sair, ele suspirou.

– Também preciso fazer algumas coisas, mas esta tão bom aqui. - Ri, me apertando ainda mais no seu corpo, olhei o escritório e só então percebi que estava vazio.

– Onde esta Chance?

– Pedi para o Jasen dar uma volta com ele, o coitado estava entediado.

– Pobre do seu segurança que tem que servir de babá do Chance. - Falei brincando, Edward riu. - Vai me contar sobre a surpresa agora? - Perguntei indo direto ao assunto que me interessava, ele sorriu e me deu mais um beijo, abriu a gaveta da sua mesa e pegou um pacote todo decorado em tons de lilás e outro menor, uma caixinha de veludo preto.

– Este é para você. - Disse me entregando a caixinha preta e colocando o outro embrulho sobre a mesa, me ajeitei no seu colo da melhor forma que podia, a peguei e a abri logo em seguida. Dentro tinha um lindo bracelete de brilhantes com pequenas pedras azuis espalhadas, era absolutamente lindo. - Você sempre diz o quanto gosta da cor dos meus olhos, agora vai poder olhar quando quiser. - Encarei seus lindos olhos azuis, idênticos a cor que estava no bracelete, incapaz de dizer qualquer coisa o abracei o mais apertado que pude.

– Obrigada. - Agradeci beijando seus lábios e todo seu rosto, Edward ria.

– Pelo visto gostou mesmo.

– Eu adorei, ainda mais o significado que tem por trás, toda vez que olhar esse bracelete vou pensar em você, mais ainda do que já penso. - Ele riu alto e lhe dei mais um beijo, em seguida olhei a caixa lilás em cima da mesa. - E aquela, é de quem? - Edward a pegou e me entregou, sem esperar mais nada a abri, dentro havia um par de sapatinhos de bebê na cor lilás claro e cheio de bolinhas em uma cor mais escura com um detalhe floral na frente, não consegui segurar as lágrimas ao imaginar nossa filha o usando.

– Um presente para o meu anjo e outro para minha princesa. - Edward sussurrou no meu ouvido acariciando meu ventre, me virei e o encarei, ele enxugou algumas lágrimas que já escorriam pelo meu rosto.

– Eu te amo. - Foi tudo o que eu consegui dizer antes de pular novamente no seu pescoço e o abraçar. - Te amo demais Edward. - Ele me abraçou e beijou minha cabeça.

– Eu te amo meu anjo, você é tudo para mim Isabella. - Murmurou no meu cabelo, me agarrei ainda mais nele e ficamos ali, aproveitando aquele momento perfeito por algum tempo, fazendo planos para nosso ainda pequena família. Infelizmente uma hora nossas responsabilidades nos chamaram, fui para meu escritório e ele ficou no dele arrumando a bagunça que havíamos feito, tudo o que eu mais queria era ir para casa com Edward e mostrar o quanto eu o amava e o quanto ele era fundamental na minha vida.

Quando finalmente fomos para a casa mais à noite eu não vi mais nada a não ser Edward, ele deixou Chance dormindo no andar de baixo e me pegando no colo me levou para nosso quarto, eu nunca teria demais dele, nunca me cansaria como o meu corpo se arrepiava com seu toque, o modo como apenas seu toque seria capaz de me deixar pegando fogo e eu sabia que não era apenas algo da gravidez, era o que eu sempre senti por ele, aquele desejo e amor avassalador e que nos deixava sem ação.

Edward POV

Depois de algumas horas no quarto descemos e a fiz se alimentar com algo leve, já que desconfiava que não havia comido muito bem no almoço, ela não reclamou e fez tudo o que pedi com um sorriso lindo no rosto, após o jantar demos comida para o Chance e assistimos um filme para relaxar, mas logo já estávamos nos pegando no sofá da sala o que acabou na nossa cama e onde estávamos até agora.

Olhei o relógio que ficava no criado e já passava da meia noite, Bell estava deitada sobre mim brincando com os pêlos do meu peito e balançando seu novo bracelete, uma das minhas mãos descansava sobre o colchão enquanto a outra segurava possessivamente a cintura de Isabella, como se eu pudesse evitar que ela saísse dos meus braços.

–Será que vai ser sempre assim? - Ouvi sua voz soar contra a minha pele.

–O que?

–Essa necessidade que ando sentindo de ter vocêa cada segundo, acho que esta piorando. Acabei rindo.

–Eu espero que dure o máximo que puder. - Bell se apoiou no meu peito e me encarou.

–Tem certeza? Acho que uma hora vai acabar enjoando de mim. - Reclamou torcendo os lábios, a encarei sem nem saber o que responder a essa bobagem.

–Não seja absurda. - A repreendi. Estava cada vez mais claro que precisaria ter muito cuidado e paciência com Isabella, seu humor mudava muito rápido.

–Mas é verdade, no chá de bebê da Alice muitas mulheres reclamavam de seus maridos, uma parte porque eles não as achavam mais atraentes e a outra porque não a viam mais como mulher, mas só como mãe. - Franzi meu cenho, confuso.

–Acha que isso vai acontecer comigo? - Bell balançou os ombros.

–Não sei, ainda é cedo para saber. Nem pareço grávida. - Disse tocando seu ventre plano sem esconder seu aborrecimento por quase não ter barriga. Segurei sua mão e a trouxe para os meus lábios.

–Amor você ainda esta no terceiro mês, indo para o quarto, é cedo. - Expliquei com tranquilidade, mas pela sua expressão isso não aplacou em nada seu temor.

–Você vai me dizer se não sentir mais desejo por mim? Eu não quero te obrigar a nada só porque estou grávida. - Como é?! Que merda era essa que ela estava dizendo? Respirei fundo antes de dizer qualquer coisa, tinha que ter muita calma com Isabella. Paciência Edward. Paciência. Repeti como um mantra na minha mente antes de responder.

–Eu nunca faria nada contra minha vontade ou só para agradar você. - Garanti. - Além disso para mim a cada dia você esta mais linda, sensual e gostosa. - Seus olhos se arregalaram.

–Mesmo? - Questionou insegura.

–Você realmente acredita que eu teria ficado a tarde toda e a noite de ontem e hoje te amando se fosse mentira? - Ela negou, então continuei. -Não dá para fingir desejo Isabella, ou sentimos ou não sentimos, não posso garantir que sempre estarei disposto, afinal de contas sou humano, mas uma coisa que nunca poderá me acusar é de não desejar você, porque o simples toque da sua pele na minha já me deixa aceso. - Bell suspirou aliviada e sorriu voltando a deitar sobre mim, dessa vez tinha certeza que havia tirado suas dúvidas.

–Acho que era exatamente isso que eu precisava ouvir. - Confessou, a abracei.

–Eu prefiro você me matando de tanto fazer sexo do que nem querendo chegar perto de mim. - Isabella riu, com certeza se lembrando de quando Alice estava no quarto mês e Jasper nem podia chegar perto dela que ela passava mal, e nem adiantou trocar de sabonete nem de perfume.

–Pobre Jasper, ele sofreu horrores na gravidez da Alice. - Bell lamentou pensando na situação do amigo.

–Verdade, não éa toa que eles não querem outro filho. - Falei beijando sua testa.

–Eu já disse para ela que uma segunda gravidez pode ser diferente, mas não adiantou nada, Alex vai ser mesmo filho único.

–Bom, logo ele terá uma linda amiguinha para lhe fazer companhia. - Sussurrei espalmando minha mão sobre seu ventre.

–Talvez eles até cheguem a namorar, já imaginou? - O QUE?!QUE PORRA ERA ESSA?

–Isabella! - Ralhei horrorizado, ela se sentou na cama e me encarou.

–Oras Edward, foi o que aconteceu conosco, não estou dizendo que vai ocorrer o mesmo, mas na vida nada é impossível, especialmente se crescerem juntos. - Então me lembrei de tudo o que fiz na minha adolescência com um monte de garotas inocentes, tudo o que fiz com Bell, minha espinha gelou. Não! Minha garotinha não iria cair nas lábias de nenhum safado. Nunca!

–Pois então iremos viver no Alasca, moleque nenhum vai tocar na minha princesa! - Bell riu e me olhou com carinho.

–Isso vai acontecer algum dia amor, é melhor já ir aceitando, além disso ela sempre será sua filha, isso não vai mudar. - Não! Era cedo demais. Eu nem tinha meu bebê nos meus braços e já queriam tirar ela de mim.

–Não quero pensar nisso. - Respondi seco, Bell percebendo minha expressão se alarmou.

–Desculpa Edward, foi algo que a Alice disse e acabei falando sem pensar. - Pediu me abraçando, me acalmei e envolvi meus braços ao seu redor.

–Eu que exagerei Bell, não se sinta mal. - Suspirei resignado, Isabella tinha razão, isso uma hora ia acontecer. Droga!– Acho que eu ainda não tinha me dado conta que um dia ela vai crescer, se apaixonar. - Minha voz sumiu subitamente.

–Mas não é algo que temos que pensar ainda garotão, eu fui estúpida trazendo essas coisas a tona agora, não sei o que me deu. - O silêncio se instaurou entre nós, minha mente viajando a milhas por hora, me sentia absorto e impotente. Senti um toque suave no meu rosto, Bell me olhava preocupada.

– O que foi? - Questionou, balancei a cabeça. - Ah não Edward! Isso funciona dos dois lados, eu sempre te digo o que estou sentindo. Agora é sua vez, por favor? - Pediu com os olhos suplicantes, suspirei derrotado.

–Eu só estava pensando no que eu faria se um desgraçado magoasse nossa filha assim como eu fiz com você. - Minha voz saiu hesitante, os olhos de Bell perderam o foco. Com certeza se arrependendo do canalha que havia escolhido para ser o pai dos seus filhos. Merda! Eu me sentia enjoado.

–Oh Edward. - Disse em tom de lamento e se jogou nos meus braços. - Eu sinto muito. - Franzi meu cenho confuso.

–Do que esta falando?

–Você esta pensando nisso por causa da besteira que eu falei, eu me sinto péssima por ter falado sobre isso.

–Não Bell, já disse, você tem razão. Eu só não tinha me dado conta disso ainda e também que talvez um dia minha filha possa me odiar. - Como seria olhar e ver desprezo nos olhos da minha garotinha? Sentia minha respiração falhando.

–Isso é ridículo! - Esbravejou sem tirar seus olhos de mim.

–É a realidade. - Sussurrei tapando meu rosto com o braço.

–Olha para mim. - Não me mexi. - Olha para mim Edward! - Exigiu, suspirei e movi meu braço a olhando, Bell segurou meu rosto. - Tudo o que aconteceu no passado deve ficar lá, não há razão para dizer isso aos nossos filhos, isso só diz respeito a nós, quanto a nossa filha crescer e se magoar, bom, não podemos evitar, mas podemos sim dar carinho e guiar seus pessoas da melhor maneira possível, não a compare comigo, Anne não vai como ser uma garota carente, sem amigos, sem família, vivendo em um lugar que não achava merecido, nossa filha vai ser amada e nunca vai duvidar disso. - As lágrimas de Bell começaram a cair. - Anne terá um pai maravilhoso que vai estar ao seu lado em todos os momentos, alguém que não vai medir esforços para protegê-la... - Eu estava em choque e emocionado com suas palavras, a trouxe para os meus braços e a abracei apertado, ela soluçou contra o meu peito.

– Pois eu quero que nossa filha seja exatamente como você Isabella. - Segurei seu rosto e a olhei com convicção. - Uma mulher forte, destemida, inteligente, que deu a volta por cima mais de uma vez, que foi capaz de um amor sem limites e me deu uma vida, uma família. - Bell

sorriu emocionada fungando, enxuguei seu rosto com os polegares. - Você tem toda razão, estou sendo ridículo em me preocupar com algo que não tenho controle algum. - Suspirei e sorri. - Mas eu tenho você ao meu lado e farei tudo o que estiver ao meu alcance para que nossa filha seja feliz. - Bell segurou minhas mãos que estavam em seu rosto.

– Assim como a mãe dela é. - Respondeu com um sorriso, meu coração bateu mais rápido, ela estava tão linda, não resisti e a trouxe para mim a beijando, sabendo que qualquer coisa que tivesse que passar na minha vida eu sempre teria minha Isabella ao meu lado, me apoiando e amando.

Notas finais do capítulo Suspiros por esse homem *--* Toda grávida merecia um marido desses :} Bjs e até o próximo ;)

(Cap. 64) Capítulo 63 - Casamento

Notas do capítulo Sei que estou em débito com vocês, mas tenham a certeza que estou fazendo o possível para terminar a história do modo que merecem!! Quero agradecer todo o apoio e comentários!!! Muito obrigada!!! Esse capítulo está curtinho, mas bem especial e acho que é um dos meus favoritos, me emocionei muito com os votos :'( A trilha para este capítulo não podia ser outra senão A Thousand Years! https://www.youtube.com/watch?v=rtOvBOTyX00 Espero que gostem!! Bella POV

O mês seguinte passou voando com a preparação para o casamento, a contratação dos empregados e minha gravidez e suas crises hormonais. Juro que não sabia como Edward estava aguentando, não tinha pirado como Alice, mas a cada dia eu ficava mais e mais dependente e carente de Edward. Depois que as obras do novo escritório terminaram e eu me

mudei para o andar de baixo, parecia que minha insegurança estava ainda maior, eu ia atrás de Edward quase toda hora e estava realmente perdendo o controle da situação. Meus pesadelos com minha mãe estavam mais frequentes o que me fez entender o que estava acontecendo. Eu tinha medo que Edward me abandonasse assim como meu pai fez. Era irracional eu sabia, mas nada disso importava, eu estava inquieta e tensa, o que deixava Edward preocupado comigo, apesar de minha carência descontrolada, ele era sempre doce e carinhoso e eu o amava cada dia mais.

A única coisa que irritava Edward era quando eu reclamava que estava atrapalhando ele, me dizia toda hora que não importava qual fosse o motivo, eu sempre poderia interrompe-lo. Estava indo para o quinto mês de gestação e havíamos descoberto que teríamos uma linda menina, assim como Edward e eu desconfiávamos. Para aliviar minha ansiedade me focava nos projetos do trabalho e o casamento. Nem poderia acreditar que me casaria hoje. Virei o rosto e encarei meu futuro marido dormindo profundamente, quando Alice insinuou a ideia de uma despedida de solteira Edward pirou e disse que de modo algum teria uma, que já tinha aprontado demais na de Rose. Eu só ri de todo o seu estresse, já havia dito a Alice que não faria nada e apesar de seus protestos, aceitou. Decidimos fazer uma comemoração entre nós seis em casa mesmo, Rose e Emm já tinham voltado da lua de mel e ficaram muito felizes em saber do adiantamento do casamento, da confirmação da gravidez e que seria uma linda menina. Passamos a noite conversando e nos divertindo com as loucuras que Emm tinha aprontando nas Bermudas. Depois que foram embora Edward e eu fizemos uma festinha particular, com direito a striptease e muito sexo.

Movi para cima de meu lindo noivo com cuidado me encaixando no seu peito, Edward resmungou meu nome e me apertou contra o seu corpo, dei um beijo em seu pescoço o fazendo arrepiar.

– Bom dia esposa. - Cumprimentou com um sorriso preguiçoso. Ri.

– Ainda não sou sua esposa. - o lembrei.

– Isso é só uma questão de horas senhora Cullen. - Sorri lhe dando um selinho.

– Dormiu bem? - Perguntei acariciando seu rosto com as pontos dedos.

– Muito bem. - Respondeu pegando minha mão e beijando a palma. - E você?

– Melhor impossível. - Disse sem parar de sorrir. - Estou tão feliz. - Declarei, Edward abriu um sorriso imenso.

– Eu também. - Ele entrelaçou nossos dedos. - Nunca fui tão feliz em toda minha vida. - Ele soltou minha mão e acariciou meu ventre.

– Bom dia princesa. - Disse se curvando e beijando minha barriga. Depois colocou o ouvido sobre ela. Passei meus dedos pelo seu cabelo. - Acha que ela pode nos ouvir? - Questionou me olhando.

– Acredito que sim, talvez não entenda, mas pelo que a médica disse os bebês gostam que conversem com eles, ajuda a se familiarizarem com o tom de voz dos pais. Tenho certeza que você será uma das pessoas que ela irá reconhecer de imediato. - Os olhos de Edward brilharam.

– Você acha?

– Sim, você consegue falar com ela mais do que eu e olha que nós conversamos muito. Edward sorriu beijando minha barriga mais uma vez e subindo pelo meu corpo.

– E sobre o que vocês conversam?

– O pai maravilhoso que ela tem. - Edward fechou os olhos como se quisesse inspirar aquelas palavras, quando os abriu vi que estava emocionado.

– Eu nunca serei capaz de agradecer você por permitir que fizesse parte da sua vida Bell. - Foi impossível controlar a emoção com uma declaração tão linda.

– Eu que agradeço por ter você ao meu lado. - Murmurei com a voz engasgada.

– Eu nunca vou deixar você Isabella. Nunca. - Declarou me dando um beijo apaixonado. Sua declaração veio como um bálsamo para tudo o que estava temendo. Tinha que parar de comparar Edward com meu pai. Eles eram pessoas completamente diferentes. Edward jamais faria o que meu pai fez. Naquele momento me senti em paz como há muito não sentia e me deixei entregar pelo amor e desejo que sentia pelo meu futuro marido.

Infelizmente não podia ficar na cama o dia todo com Edward, ainda precisava me arrumar para o dia que teria pela frente. Enquanto Edward foi se encontrar com a decoradora que havíamos contratado e ver os detalhes que faltavam eu fui obrigada por ela a descansar. Fiquei duas horas chatas descansando até que minhas amigas chegaram animadas e comecei a me arrumar para o casamento. Como não queria nenhuma grande produção, quem faria meu cabelo e maquiagem seriam minhas amigas. Assim que terminamos de nos arrumar chegou a hora de colocar o vestido que havia escolhido. Era absolutamente perfeito. Quando o comprei parecia uma criança em frente ao espelho tamanha era minha felicidade. Devido ao pouco tempo que tinha para planejar o casamento, não tive outra opção a não ser comprar um vestido pronto, Alice ficou chateada por não poder fazer meu vestido então insistiu para customizar qualquer vestido que eu escolhesse em seu ateliê, mas tudo isso simplesmente desapareceu quando eu vi aquele vestido na minha frente, quando o vesti não pude pensar em mais nada a não ser usá-lo exatamente como era. Tinha um design retrô que lembrava meus anéis de compromisso e noivado.

O vesti e fui até o espelho. Foi impossível não me emocionar. As rendas e os detalhes bordados pareciam ainda mais lindos, ele era solto o que dava e se minha barriga estivesse maior poderia ficar ainda mais perfeito, mas estava magnífico daquele mesmo jeito. Virei emocionada para minhas amigas e nos abraçamos. Alice acabou me dando uma bronca para não estragarmos a maquiagem Rose e eu rimos. Logo em seguida nossa governanta, a senhora Brauer, veio avisar que estava tudo pronto. Respirei fundo. Meu coração parecia que ia sair pela boca. As meninas me abraçaram e saímos do quarto. Seguimos até o local que iria ser realizado o casamento, como seriam só nossos amigos escolhemos uma das amplas varandas, tudo decorado com muito capricho e com estilo retrô. Havia lâmpadas penduradas juntamente com flores e galhos por toda a parte. Depois da cerimonia o jantar seria servido na estufa, que seguia a mesma decoração da cerimônia.

Antes de entrar Alice passou o meu buque de flores silvestres, me abraçou mais uma vez e entrou com Rose onde seria realizado o casamento.

– Pronta? - Ouvi perguntarem, me virei e encarei Jasper ao meu lado. Assenti sorrindo.

– Pronta! - Garanti, ele sorriu e me deu um beijo no rosto. Passei meu braço pelo dele e andamos até onde seria realizada a cerimônia. Paramos na frente da porta, dois rapazes esperavam meu sinal para abrir.

– Podem abrir. - Pedi e lentamente o visão da cerimonia foi preenchendo minha visão. Tudo estava ainda mais lindo e perfeito do que tinha esperado. Então todo o resto simplesmente sumiu. Eu só vi ele. Edward tinha um sorriso lindo no rosto, meu coração batia acelerado e não pude segurar a emoção que aquele momento me deu. Minha vontade era de correr até ele, mas precisava de calma. Lentamente Jasper e eu passamos pelo corredor. Meus olhos fixos somente nos de Edward, podia ver uma emoção sem tamanho neles, assim como podia imaginar que via nos meus. Quando finalmente chegamos até ele, Jasper me entregou para Edward.

– Cuide dela Edward. - Jasper disse.

– Com a minha vida Jasper. - Respondeu olhando diretamente para mim. Se aproximou e me deu um beijo na testa.

– Está de tirar o fôlego anjo. - Sorri abertamente, deixando uma lágrima escorrer pelo canto de meu rosto. Edward logo a enxugou com um beijo. Ouvimos um pigarro e encaramos o juiz que nos olhava sem graça.

– Vamos começar? - Perguntou sem jeito fazendo com que todos nossos amigos dessem risada. O ambiente estava leve e delicioso, assentimos e a cerimonia teve inicio.

O juiz fez o discurso padrão até que chegou a hora de colocarmos as alianças e fazermos nossos votos, apesar do pouco tempo tínhamos decidido escrever nossos próprios votos. Eu fui primeiro, Alice me passou a aliança que havia comprado para Edward, era grossa e de ouro branco fosco, ele estendeu a mão e eu a segurei.

– Você é o meu sonho que se realizou Edward. - Comecei, já ficando emocionada. - Te amo há muito tempo e eu nunca, nunca deixei de amá-lo. Você me mostrou que somos capazes de qualquer coisa por amor, que na vida podemos cair, mas também levantar e nos tornarmos melhores versões de nos mesmos. Você me deu o que eu mais queria no mundo, uma família, a nossa família. - Falei com a voz embargada colocando minha mão que segurava a aliança no meu ventre, Edward me encarava emocionado. - Eu quero você todos os dias da minha vida,

da nossa vida. Quero mimar, amar e brigar com você. - Nós rimos. - Quero te fazer feliz, porque você é a minha felicidade. - Segurei sua mão e comecei a deslizar a aliança pelo seu dedo anelar. - Eu prometo ser fiel e estar ao seu lado em todos os momentos até que a morte nos separe. - Terminei de colocar a aliança e antes que pudesse fazer qualquer coisa senti os lábios dele nos meus.

– Eu te amo. - murmurou entre nossas bocas.

– Eu também te amo. - Ele sorriu e se afastou, virou para os meninos e pegou a minha aliança, segurou minha mão a acariciando com carinho.

– Não existe palavra que defina o que você significa para mim Isabella. - Declarou apertando de leve minha mão. - Eu era um garoto imaturo, mimado e egoísta quando um anjo caiu nos meus braços e fui ainda mais imbecil quando o deixei partir. Achava que não precisava de nada e nem de ninguém, mas estava errado. Eu quase morri e... - Sua voz falhou e eu senti minha garganta apertar. - várias vezes senti que o mundo ia cair sobre mim, mas nada disso aconteceu. Porque você chegou, me pegou nos braços e curou minhas feridas. - Solucei com sua linda declaração, Edward me olhava com adoração enquanto deslizava a joia em meu dedo, mas eu só conseguia olhar para ele, ambos vidrados um no outro. - Você me deu tudo, uma chance, seu perdão, uma filha e o maior presente que eu poderia receber, seu amor. Eu prometo te amar por toda a minha vida, agora e sempre. - Assim como Edward eu não pude ficar parada quando terminou de colocar a aliança, sem pensar em mais nada pulei em seus braços o beijando com paixão, ambos chorando, emocionados. Enxuguei seu rosto e ele me deu um beijo na testa, deitei minha cabeça em seu ombro, um de seus braços segurando minha cintura. O juiz voltou a pigarrear, definitivamente não éramos o padrão comum de noivos.

– Será que posso dar continuidade? - Ambos assentimos, ele nos olhou torto, mas mesmo assim não me movi.

– Você Edward Anthony Masen Cullen aceita Isabella Marie Swan Cullen como sua legitima esposa? - Edward abriu um sorriso enorme.

– Aceito.

– Você Isabella Marie Swan Cullen aceita Edward Anthony Masen Cullen como seu legitimo esposo?

– Aceito.

– Com o poder investido em mim pelo Estado de Connecticut eu os declaro marido e mulher. Agora sim, pode beijar a noiva. - Disse torcendo os lábios e o pessoal riu, mas Edward e eu estávamos em outro lugar, bem longe dali. Ele tocou meus lábios com delicadeza, provando com doçura minha boca. Nada mais existia naquele instante a não ser nós dois. Só acordamos quando o pessoal começou a zoar. Nos afastamos e sorrimos cúmplices um para o outro sem conseguir segurar que mais lágrima escorresse pelo meu rosto, fazendo com que Edward a enxugasse com o polegar, uma lágrima de pura felicidade. Eu agora era sua, oficialmente.

Notas finais do capítulo Ainda não sei quando poderei postar o próximo, mas tentarei ser o mais breve possível :) Imagino que teremos mais um capítulo e então o epílogo. Infelizmente não poderei fazer aqueles bônus no momento. Mas não esqueci, quem sabe um dia ;) Agora é só felicidade!!!

(Cap. 65) Capítulo 64 - Lua de Mel - Parte 1

Notas do capítulo Obrigada por todos comentários!!! Deixei esse capítulo especial programado para vocês ;) Semana que vem espero trazer o último capítulo. Espero que gostem :) Edward POV

Logo que o casamento acabou o juiz de paz foi embora, rejeitando até mesmo ao convite para jantar. Pelo visto ele não estava nada satisfeito com nossos rompantes na cerimônia. Enlacei a cintura da minha esposa possessivamente e fomos em direção a sala de jantar que estava toda arrumada com lâmpadas e galhos secos, fazendo parte da decoração do casamento. Estava tudo lindo.

Ao nosso redor na mesa, estavam nossos amigos mais próximos, nossa família. Jasper, Emmett, Alice, Rose, Carmen, Emily, Seth e Laurent. A noite estava muito agravável, comíamos e nos divertíamos com as palhaçadas de Emm e Laurent, que havia conversado com Bell e tinham se entendido. Ele desculpou-se, dizendo que bebeu um pouco demais naquela noite e fora inconveniente, Bell também se justificou, e tudo ficou na paz.

Peguei a mão da minha esposa e a puxei para a pista de dança improvisada.

– Eu pertenço a você, agora. - Murmurei contra sua testa, senti Bell sorrindo.

– E você pertence a mim. - Afastei minimamente e encarei o presente nos meus braços.

– Completamente seu, meu anjo. - Bell sorriu me dando um simples selinho, então acomodou a cabeça no meu peito. Segurei seu corpo contra o meu e ficamos presos no nosso paraíso particular.

– Melhor irem logo para um quarto! - Exclamou Emmett, fazendo com que déssemos risada, menos Rose que lhe deu a maior bronca. O grandão merecia. Assim que paramos de dançar, Rose incentivou Isabella a jogar o buquê. Era meio estranho, pois só tinham quatro mulheres na festa, das quais duas já eram casadas. No fim tudo virou a maior brincadeira e até os rapazes se juntaram na farra. Emmett apostou com Laurent que pegaria o buquê. Não queria nem saber o que ele havia apostado dessa vez. Bell se posicionou, de costas para todos, fiquei sentado só rindo e filmando esse momento épico.

– 1... 2... - Bell fez que ia jogar mais parou. - 2,5... - Emmett bufou reclamando e rimos. - 3!!! Gritou e jogou alto, as meninas na mesma hora saíram de perto e Emmett e Laurent acabaram de chocando e caindo no chão gemendo de dor. Foi impossível não rir.

– Caralho Laurent! A vantagem era minha seu imbecil! - Esbravejou Emm. Laurent mostrou o dedo do meio para ele e acabaram rindo também. O buquê? Ficou esquecido no chão, até que Seth o pegou e se ajoelhou na frente de todos e pediu Emily em casamento. Todos foram pegos de surpresa, inclusive Emily. Ela simplesmente começou a chorar e pulou nos braços do namorado. Sem duvida alguma foi um dia inesquecível, para todos.

Ficamos mais um tempo juntos, conversando dançando, nos divertindo. Até que uma hora o pessoal decidiu ir embora. Adorava nossos amigos, mas tudo o que eu mais queria agora era ter minha Isabella só para mim. Nos despedimos do pessoal e subimos para nosso quarto, Bell já me tentava pelo caminho e foi um sacrifício convencê-la a tomar banho sem mim. Eu queria que ela descansasse por hoje, já que, por desejo dela, teríamos uma longa viagem pela frente no dia seguinte.

Quando ela saiu do banho já estava na cama, encarando o teto. Isabella levantou o lençol e se deitou sobre o meu corpo. Beijando meu pescoço e passando sua mão pelo meu peito. A segurei antes que descesse mais e certificasse o quanto suas carícias estavam me enlouquecendo.

– Amor, já falei que não. - Disse o mais doce que pude. Isabella bufou.

– É nossa lua de mel, Edward, e eu quero você! - Murmurou fazendo seu típico biquinho.

– Hoje foi nosso casamento, amanhã começa nossa lua de mel. - Expliquei. Isabella revirou os olhos, indo para seu lado da cama virando de costas para mim. Seus hormônios a deixavam parecendo uma menina mimada. Fui até ela e beijei seu ombro, ela se encolheu, quase que enfiando a cabeça no travesseiro.

– Anjo, achei que já tínhamos conversado sobre isso. Era a condição para aceitar essa viagem. Ela me encarou e vi seus olhos lagrimados, qualquer coisa era o bastante para ela chorar e eu me sentia o pior dos homens quando isso acontecia. - Não faz assim, Bell. Sabe que me corta o coração ver você chorando. - sussurrei enxugando seu rosto, ela soluçou.

– Não é algo que possa evitar. - Murmurou chorosa, beijei seus olhos. Ela suspirou e afagou minha nuca. - Desculpa essas minhas birras, eu juro que é meio fora de mim.

– Está tudo bem, meu anjo. - Encarei-a com amor.

– Eu quero tanto você, Edward. - Gemeu com sofreguidão. Podia ver claramente, o desejo nos seus olhos, a boca vermelha e chamativa e a respiração descompassada. Precisava de todo o meu autocontrole para não foder essa mulher nesse instante.

– Foi o que combinamos. - Lembrei mais uma vez, ela suspirou.

– Eu sei, só achei que fosse conseguir te convencer. - Disse inocente. Com essa tive que rir.

– Desculpe, anjo, mas dessa vez serei capaz do impossível para me segurar.

– Ah, amor... Por favor. - Pediu dengosa puxando meu corpo contra o seu. - Sabe que isso tudo é exagero seu, a médica liberou a viagem, não tem perigo algum. - Pleiteou.

– Sei bem disso Isabella, você vem dizendo o mesmo há dias, desde que me convenceu a pegar um avião e viajar para a Jamaica por duas semanas. - Disse torcendo os lábios.

– Porque quero aproveitar um tempo com meu marido em um lugar bonito.

– Mesmo assim, você está grávida.

– Gravidez não é doença, Edward. Já disse diversas vezes.

– E se você precisar da sua médica? Se você se machucar? Cair? - O pânico já se apossava de mim. Ela segurou meu rosto.

– Calma... - Respirei fundo, tentando retomar minha respiração regular.

– Eu estou bem e nada vai acontecer. Tenha um pouco de fé. - Assenti deitando minha cabeça no vão do seu pescoço e inspirando seu doce aroma. Minha mão logo foi para seu ventre em crescimento, sua barriga ainda não havia crescido muito, mas já era possível perceber como estava mais rígida e redonda. Nossa pequena Anne estava ali, segura e saudável.

– Edward? - Levantei a cabeça e encarei minha esposa. Ela sorriu e traçou linhas imaginarias pelo meu rosto, trazendo toda a paz que eu precisava naquele momento.

– Diga.

– Se você me quer bem e feliz, só tem uma coisa que pode fazer.

– Eu faço o que você quiser, é só pedir. - Ela sorriu, e na hora percebi que tinha dado a ela a deixa que precisava.

– Faz amor comigo? - Balancei a cabeça sorrindo. Aproximei dela e a beijei com carinho.

– Não sei porque ainda tento negar algo para você. - Isabella abriu um sorriso gigantesco e naquele momento eu não pude fazer mais nada a não ser o que minha doce esposa queria.

[...]

Bell bocejou enquanto esperávamos a chamada para nosso voo. Íamos de avião comercial, já que Isabella vetou a ideia de um jatinho particular. Arqueie minha sobrancelha e na mesma hora ela fechou a boca, me dando um beijo e me olhando com aquela cara de sapeca. Foi impossível não rir. Havíamos passado a noite nos amando, fomos dormir quando já passava das 5 da manhã e quase perdemos a hora do voo, que saia ao meio dia. Mesmo assim não consegui ficar bronqueado com ela, a noite havia sido perfeita e eu não via hora de chegarmos na casa que havia alugado para continuar o que estávamos fazendo.

Antes de viajar tomei todas as precauções necessárias. A casa que havia alugado não ficava muito longe da civilização, mas mesmo assim era isolada, tínhamos um número de emergência e qualquer coisa que acontecesse um helicóptero iria nos buscar. Nossos seguranças seguiriam conosco e ficariam na casa de hospedes, estavam liberados desde que não precisássemos deles. Com a casa que havia alugado, possivelmente nem sairíamos de casa, mesmo assim teriam que estar a postos para qualquer eventualidade. Sabia o quanto essa viagem era importante para Bell e mesmo me sentindo inseguro e como medo, eu também queria uma lua de mel de verdade com minha mulher.

Bell deitou a cabeça no meu ombro. Sorri beijando sua testa.

– Logo estaremos dentro do avião e poderá descansar amor.

– Nem estou cansada. - Reclamou incapaz de segurar mais um bocejo.

– Ok, vou fingir que acredito. - Ela se aconchegou mais em mim.

– De qualquer forma valeu a pena. - Passei meu braço pela sua cintura.

– Valeu é? - Ela levantou a cabeça e sorriu.

– Com você, sempre vale, senhor Cullen. - Beijei a ponta do seu nariz.

– Bom saber disso, senhora Cullen. Tenho planos para valer ainda mais a pena. - Ela sorriu satisfeita se apertando no meu corpo.

Não demorou e a comissária de bordo avisou que podíamos embargar. A primeira classe era bem confortável e ampla. Assim que nos sentamos, Isabella não perdeu tempo, pediu um travesseiro e uma coberta e se enrolou ao meu lado, dormindo logo em seguida. Meu voo foi alternado entre o filme que tentava assistir e velar o sono do meu anjo. Sabia o quanto esse sono era importante, por isso preferi não interromper, nem mesmo quando a aeromoça trouxe o almoço. Conhecia os horários de Isabella e agora era tarde demais para comer algo pesado, quando chegássemos em casa prepararia algo leve para ela. Algumas frutas, suco e fibras.

Chegamos no aeroporto principal da Jamaica e depois seguimos de helicóptero para a casa que havia alugado em frente ao mar. Conforme nos aproximávamos do local, pedi que Bell fechasse os olhos. Ela concordou com um sorriso no rosto. O helicóptero pousou na área aberta ao lado da casa. Enquanto os seguranças pegavam as malas e as levavam para dentro, eu ajudava Bell a descer do helicóptero. Caminhei com ela até a parte de trás da casa, que ficava virada para o mar.

– Pronta? - Perguntei no seu ouvido. Ela assentiu com animação.

– Sim!

– Pode abrir os olhos. - Isabella os abriu e ficou parada, olhando tudo com atenção. Então, virou na minha direção e fitou a bela casa atrás de mim. Seu olhar não transparecia nada. Nenhuma emoção. Ela tinha gostado? Tinha odiado? Essa espera estava me matando.

– E aí? Gostou? - Quis saber ansioso. Ela me encarou e seus olhos estavam lagrimejados. Sem esperar, Isabella começou a chorar, puxei-a para meus braços.

– Que foi, anjo? - Perguntei preocupado. Ela fungou e passou a mão limpando o rosto de modo desajeitado.

– Isso é tão incrível, Edward. - Soluçou, sorri. Minha linda garota com oscilações de humor. - É perfeito, melhor do que poderia imaginar. Eu te amo. - Disparou de uma vez pulando nos meus braços, apertando-me com força. Beijei sua cabeça rindo.

– Eu também te amo, anjo. - Ela me olhou e me deu um beijo delicado. - Vem, vamos conhecer essa casa. - Disse pegando sua mão e a puxando para dentro.

A casa era no estilo rústico e lembrava um bangalô, claro que, um bangalô bem mais sofisticado e grande, os ambientes eram amplos e claros, assim como os quartos e a cozinha. O quarto principal era perfeito e tinha uma linda vista para o mar, assim como o banheiro da suíte. A casa era equipada com piscina, ofurô externo, academia, uma quadra de tênis e o que tinha mais amado, uma praia particular, assim como um local para apenas sentar e relaxar. Era um lugar perfeito para uma lua de mel com minha Bell. Ela olhava pela sacada do quarto, quando a abracei pela cintura.

– Isso é tão lindo. - Disse acariciando minhas mãos. Beijei sua têmpora.

– Linda é você. - Bell sorriu e se virou, acariciando meu rosto. Observando-me com atenção.

– Eu te amo, Edward. - Sorri largamente.

– Eu também, Isabella. - Declarei encostando minha testa na sua. Seus lábios roçaram nos meus.

– Eu quero você, Edward. - Gemeu contra a minha boca. A peguei no meu colo a levando para cama.

– Seu desejo é uma ordem senhora Cullen. - Bell mordeu os lábios. Subitamente me olhou em pânico.

– E os seguranças?

– Não se preocupe, devem estar se acomodando na casa de hospedes, que é um pouco distante daqui. - Disse beijando seu pescoço.

– Distante? - Ela colocou a mão no meu peito me afastando. Seus olhos me fitavam com desconfiança. Sorri maliciosamente e voltei a me aproximar.

– Não quero ninguém ouvindo seus gritos a não ser eu. - Bell tremeu sob meu corpo. - Pronta? - Sua respiração estava ofegante.

– Sim...

– Já sabe, não é? Se sentir mal...

– Eu aviso, eu aviso. - Se apressou em responder. Sorri satisfeito, pronto para matar todo o desejo que sentíamos um pelo o outro.

Notas finais do capítulo Quero uma lua de mel assim também!!!!

(Cap. 66) Capítulo 65 - Lua de Mel - Parte final

Notas do capítulo Obrigada pelos comentários!!! Disse que esse seria o último, mas achei melhor dividir o capítulo. Teremos o fim da lua de mel agora e no próximo o capítulo final, que deve ser bem grande, por isso vou demorar um pouco para postar ;) Espero que gostem! Isabella POV

Acordei me sentindo um pouco enjoada e zonza, era uma pena me sentir assim na nossa lua de mel. Ainda mais com a noite perfeita que tínhamos tido. – Bom dia, anjo - Edward cumprimentou com doçura me dando um leve selinho.

– Bom dia - mesmo que não quisesse minha voz saiu fraca, o semblante de Edward se transformou em um nano segundo, deixando de ser calmo e relaxado para preocupado e tenso.

– O que foi? Está se sentindo mal? - questionou com urgência.

– Só um pouco enjoada - reclamei. Estava indo para o quinto mês de gravidez e mesmo assim, as vezes, ainda sentia um pouco de enjoo, a médica explicou que era normal, que algumas mulheres demoravam mais para passar pelos enjoos da gravidez.

– Quer ir no médico? - perguntou ansioso. Suspirei negando.

– Não, amor. É um mal estar normal na gravidez, a médica explicou, lembra? - tentei soar mais animada, mesmo assim não pareceu dar certo, Edward ainda parecia apreensivo.

– Tem certeza? - assenti.

– Tenho, só preciso ficar quietinha aqui, logo passa - ele se inclinou sobre mim e beijou minha testa.

– Ok. Vou tomar um banho e já volto. Quer comer alguma coisa?

– Agora, não. Mais tarde - ele me deu mais um beijo e levantou. Suspirei ao ver meu lindo marido nu indo até o banheiro. Minha vontade era levantar e transar com ele no chuveiro, mas se fizesse isso era capaz de vomitar e isso não seria nada romântico. Fiquei quietinha na cama, sentindo a brisa suave que vinha da janela e ouvindo as ondas batendo na praia, estava tão relaxante que acabei adormecendo.

Senti um toque gostoso nas minhas costas, macio, quente e molhado. Ronronei contra o travesseiro e ouvi um riso baixo. Abri os olhos e virei o rosto para trás. Encontrei Edward sorrindo largamente, vestindo uma bermuda cáqui e uma camisa de botões azul clara. Absolutamente gostoso. Ele se aproximou e me deu um selinho.

– Está melhor, amor? - inspirei seu aroma e assenti. Me sentia renovada e pronta para outra.

– Sim - respondi passando minha mão pelo seu braço até chegar nos cabelos, os puxei delicadamente. Edward sorriu ao perceber o que aquele gesto significava.

– Não quer comer algo antes? - neguei freneticamente. Seu sorriso aumento e em um segundo tomou meus lábios nos seus em um beijo veroz. Pouco me importava que tivesse acabado de acordar, eu o queria e pelo visto, Edward não era muito diferente.

– Quero ficar por cima - pedi contra a sua boca, e sem me soltar ele nos virou na cama, me deixando em cima dele.

– Pronto, pode fazer o que quiser comigo - sorri mordendo os lábios e remexi sobre seu membro, Edward gemeu, apertando minha cintura. Senti seu membro duro sob o shorts. Aquilo me deixou louca, agarrei sua camisa e puxei com força, fazendo com que os botões voassem pelo quarto. Edward ofegou, me olhando com desejo. Sua respiração estava descompassada, assim como a minha. Não esperei mais nada e o ataquei. Arranhando seu peito nu e remexendo sobre seu membro.

– Ah! Isabella... - gemeu apertando meu bumbum e aumentando a fricção contra o seu corpo. - Me deixa louco, gostosa - murmurou enquanto descia meus beijos pelo seu pescoço.

– Vou deixá-lo ainda mais, senhor Cullen - sussurrei contornando seu mamilo com a língua e o ouvindo urrar de prazer, para provocar dei uma leve mordida que fez Edward saltar da cama e me apertar ainda mais com suas mãos.

– Preciso de você, Isabella. Agora! - disse urgente, desci minha mão pelo seu peito entrando no seu shorts. Edward ofegou. - Não faz isso, anjo. Quero gozar em você.

– Eu também quero, mas agora preciso de você na minha boca.

– Porra! - sorri com seu xingamento e fui descendo meus beijos pela sua barriga, seu tirar minha mão do seu membro. Edward suava devido ao calor e por segurar seu orgasmo. Dei uma lambida no seu quadril que o fez estremecer.

– Caralho, Isabella! Assim eu não aguento - ri e decidi parar de brincar com ele. Tirei minha mão do seu membro e abri seu shorts, ele levantou o quadril me ajudando a tirar o shorts junto com a boxer preta, seu membro ereto saltou na minha frente, me deixando com água na boca. Seu pré-gozo molhava a cabeça, fazendo com que lambesse meus lábios.

– Não me tortura mais, por favor - implorou Edward e sorri. Segurei seu membro com uma mão e o tomei com minha boca, até o fundo da minha garganta. O corpo dele tremeu, e o senti segurando meu cabelo com força, procurando seu ritmo, descendo e subindo, coloquei as mãos sobre suas coxas e chupei, lambi e suguei seu membro com minha boca. Edward gemia e se contorcia. Soltou meu cabelo e apertou com força os lençóis. Seu pênis pulsava, ele gozaria logo.

– Goza, Edward. Goza na minha boca - pedi lambendo toda sua extensão e o chupando de novo. Como se estivesse esperando meu pedido, Edward pulsou e gozou com força dentro da minha boca, não parei de chupá-lo até que tomasse todo seu sabor. Levantei meu trompo e o vi jogado na cama, ofegante e lindo, deitei sobre ele, beijando seu peito até sua boca, ele segurou meus braços e me beijou com desejo. Gemi entre nossos lábios e senti uma de suas mãos apertar meu bumbum e depois tocar minha intimidade completamente molhada. Tremi ao sentir seus dedos provocando meu sexo e entrando na minha intimidade.

– Isso...Oh! Isso, Edward... - gemia descontrolada, rebolando em seus dedos enquanto sua boca consumia a minha. Apertei minhas mãos nos seus ombros ao sentir meu orgasmo se formando.

– Ah!! - gritei conforme apertava seus dedos no meu centro. Ele não parava, seus dedos invadiam minha intimidade ao mesmo tempo que seu polegar massageava meu sexo. Tremi sobre seu corpo e flutuei, caindo sobre ele, ofegante e desejosa de algo mais.

– Eu quero você dentro de mim - consegui dizer enquanto tentava recuperar minha respiração.

– Monta em mim - sorri. Sentei sobre sua barriga e, segurando seu membro que já estava rígido de novo o conduzi até a minha intimidade me afundando nele. Seu membro preenchendo todos os cantos, matando aquela necessidade que eu sentia dele. Quando estava com ele todo dentro de mim, comecei a subir e descer. Uma de suas mãos, foram para meu seio enquanto a outra apertava meu quadril. Subiu seu tronco, e sua boca faminta tomou meu outro seio. Gemi alto com o prazer que me tomou. Sua língua sugava e mordiscava meu mamilo. Aumentei a velocidade que fodia seu membro e agarrei suas costas passando minhas unhas por ela. Nos dois molhados de suor e loucos de desejo. Gemidos e sons desconexos tomaram o quarto, até que não aguentamos mais e gozamos juntos. Nos perdendo um no outro. Totalmente entregues. Totalmente apaixonados.

– A senhora ainda vai me matar - ri contra o peito de Edward. Ainda nos recuperávamos da tarde fantástica de tesão e amor que tínhamos tido.

– Isso se o senhor não me matar antes - ele riu e me abraçou beijando minha testa molhada de suor. - Precisamos de um banho - murmurei debilmente.

– E a senhora precisa comer, já passa das seis da tarde e não comeu nada hoje - levantei a cabeça e o beijei.

– Banho, depois comida? - Edward sorriu.

– Feito! - ele me pegou no colo e levou para o banheiro, onde continuamos o que estávamos fazendo na cama.

[...]

– Nossa! Estou morrendo de fome - comentei conforme íamos para a cozinha. Edward me abraçou por trás.

– Nos exercitamos muito hoje, anjo - ri.

– Eu adoro me exercitar com você, senhor Cullen - ele sorriu e me beijou.

– Eu também, senhora Cullen - antes que aprofundasse o beijo, ele se afastou. - Comida avisou. Sorri.

– O que temos para jantar? - mudei de assunto sentando em um dos bancos que ficava ao redor do balcão da cozinha.

– Tudo o que você mais gosta, é só pedir - pensei por um momento.

– Frango grelhado, batata assada e salada - lambi os lábios só pensar.

– É pra já - Edward disse e foi até a geladeira pegando o frango, percebi que ainda estava cru.

– Você vai fazer? - ele sorriu.

– Não se preocupe, vai ficar bom - olhei desconfiada para ele.

– Mesmo? - Edward riu.

– Pode confiar - respondeu e piscou para mim, voltando ao seu serviço. Com destreza ele descascou as batatas e grelhou o frango. Sabia que ele estava melhorando na cozinha, mas sua habilidade me surpreendeu. Logo ele terminou e preparou meu prato, sentando ao meu lado para comermos. Cortei o frango e um pedaço da batata e comi.

– Hum - gemi de prazer. Edward me olhava atento.

– Gostou? - peguei o guardanapo e limpei a boca.

– Se gostei? Está uma delícia - ele sorriu largamente. - Acho que vai começar a cozinhar em casa a partir de agora - disse comendo mais um pedaço do frango. Edward riu.

– Não vamos exagerar, amor - ri também. Enquanto jantávamos, conversávamos sobre o que faríamos no dia seguinte. Os planos incluíam, praia, sexo, passeio pela cidade, sexo, almoço, sexo, piscina e sexo. Edward brincou dizendo que iria precisar de fôlego extra para acompanhar meu ritmo, acabei rindo. Esse era o único sintoma que ainda parecia fora de controle na minha gravidez, se pudesse não sairia da cama e agradecia por Edward estar disposto a apagar meu fogo, mesmo eu o deixando quase em frangalhos quando terminávamos de transar.

Após o jantar, peguei os pratos, mas Edward disse que viria alguém pela manhã para arrumar tudo, então deixei as coisas na pia e decidimos dar uma volta antes de ir dormir. Caminhamos pela praia e depois sentamos no gramado curtindo a noite e a companhia um do outro. Quando começou a esfriar, subimos para o quarto. Escovei os dentes, fiz minha higiene e coloquei uma camisola, para então, desmontar na cama. Não demorou e Edward se juntou a mim, me apertando em seus braços.

– Boa noite, anjo - desejou beijando minha cabeça.

– Boa noite, garotão - murmurei e adormeci com um sorriso enorme no rosto. Sentia-me plena e satisfeita, de todas as formas.

[...]

– Sorria - Edward pediu segurando sua câmera enquanto eu estava na água.

–Larga essa câmera e vem para cá - pedi chutando a água e o molhando. Ele estreitou os olhos, largou a maquina em cima de uma espreguiçadeira e veio correndo até onde eu estava. Tentei nadar, mas não deu tempo, ele me pegou antes.

– Jogou água em mim, não é? - brincou me fazendo cocegas. Ri.

– Edward, para! - pedi, entretanto ele não o fez. - Para - ria sem parar. Ele finalmente atendeu meu pedido e me beijou.

– Estragou minha sessão de fotos - reclamou com um sorriso.

– Já tirou muitas fotos minhas.

– Uma foto sua nunca é demais - respondeu e eu sorri. - Além disso, preciso de um papel de parede para o celular, o computador, meu tablet - não aguentei e ri, o abraçando pelo pescoço.

– Depois eu deixo você tirar quantas quiser. Agora, eu quero que me ame - ele sorriu largamente.

– Aqui? - assenti. A praia que ficava na frente da casa era privada e bem reservada. - Seu desejo é uma ordem, senhora Lewis - beijou com delicadeza meus lábios me levando para a parte mais funda da praia e matando todo desejo que sentia por ele.

Após o delicioso sexo na água, relaxávamos nas espreguiçadeiras no platô que ficava ao lado da praia, tinha uma bela vista e de onde era possível mergulhar no mar calmo que estava na nossa frente. Seria bem legal pular dali. Sem conter minha vontade, levantei.

– Onde você vai? - Edward perguntou, tirando os óculos escuros e me observando com atenção.

– Vou dar um mergulho - respondi simplesmente, seus olhos arregalaram.

– Não vai, não! - disse enérgico.

– Deixa de ser chato - reclamei.

– Isabella! Estou falando sério! - arqueie minha sobrancelha. E fui mais para a beirada. - Para!

– Tenta me impedir - desafiei sorrindo e virei, pulando na água. Pude ouvir a voz de Edward gritando o meu nome, mas era tarde, já estava na água, que por sinal, estava uma delicia. Antes que pudesse reagir, senti um par de braços me rodeando, me puxando para a superfície.

– Você está bem? - perguntou preocupado, passando as mãos por todas as partes do meu corpo.

– Claro que estou. Não exagera, Edward - ele estreitou seus olhos. Merda!

– Não exagera?! Estou puto da vida! Tem noção do que poderia acontecer? Você está grávida, porra!

– Grávida e não inválida! - respondi nervosa com seu piti.

– Mas não é tudo que você pode fazer! Não lembra da lista que a médica nos deu? Do que podia, e não podia na gravidez? Mergulhar estava lá! - fiquei parada em choque. Droga! Edward tinha razão. Como pude ser tão irresponsável?

– Eu esqueci - minha voz saiu em um sussurro. Ele respirou fundo e me puxou para seu braços.

– Sinto muito, Edward. Eu realmente esqueci.

– Tudo bem, anjo - beijou minha testa e me puxou para sair da agua.

– Acha que pode ter afetado o bebê? - perguntei preocupada.

– Quer ir no médico? - assenti.

Fomos em direção da casa e enquanto me trocava Edward ligava para os seguranças e pedia um helicóptero, fiz minha higiene atenta a qualquer sangramento, mas felizmente não vi nada. Edward apareceu no quarto dizendo que logo o helicóptero estaria ali. Trocou de roupa rapidamente e se aproximou de mim, que estava sentada na cama.

– Amor, não fica assim - segurou minha mão e seus olhos arregalaram. - Isabella, você está gelada!

– Estou nervosa - murmurei preocupada, ele me abraçou.

– Tenho certeza que não foi nada, vamos só nos certificar, ok? - assenti sem muita segurança. Não podia acreditar que tinha feito aquilo!

Durante todo caminho até o hospital, fui em silêncio, entretanto minha cabeça fervilhava. Edward me apertou em seus braços e dizia palavras de consolo. Quando chegamos ao nosso

destino fui encaminhada para fazer diversos exames. Meu coração batia descompassado e a cada minuto eu sentia o medo me tomar. Edward e eu ficamos em uma sala esperando noticias.

– Desculpa por ter gritado, mas eu fiquei desesperado - virei para Edward que me olhava agoniado.

– Você tinha razão, eu fui imprudente - ele balançou a cabeça negando.

– Não mais do que eu - respondeu e apertou minha mão, levei a minha até seu rosto e o beijei com doçura.

– O senhor só estava cuidando dos seus amores - Edward abriu um sorriso e antes que dissesse qualquer coisa o médico entrou na sala, sentou na sua cadeira e nos fitou.

– Os exames voltaram normais, o bebê está bem. Não há com que se preocuparem - garantiu. Senti meu corpo liquidificar na cadeira, tamanho era meu alivio. - Mas é bom a senhora evitar esse tipo de atividade, o impacto com a água e só o fato de voltar a superfície podem afetar o embrião - assenti.

– Obrigada, doutor - Levantamos e nos despedimos.

– Estava com medo - murmurei para Edward quando já estávamos no corredor. - Obrigada por me trazer aqui - agradeci. Ele sorriu e enlaçou minha cintura.

– Acho que mesmo que você não quisesse, eu o faria - ri me aconchegando nos seus braços e voltamos para nossa lua de mel.

[...]

Saí do banheiro e segui até nossa cama. O dia tinha sido cheio e exaustivo. Deitei e observei que Edward parecia perdido em pensamentos.

– Um beijo pelos seus pensamentos - ofereci deitando sobre seu peito. Ele sorriu levemente.

– Estou me sentindo culpado pelo que aconteceu hoje - confessou acariciando minhas costas, levantei a cabeça e o encarei incrédula.

– Que absurdo, Edward! Como pode pensar isso?

– Eu não lidei com a situação da melhor maneira, ao invés de dizer diretamente o que a médica havia recomendado, eu discuti com você, e posso apostar que o meu não, fez com que tivesse ainda mais vontade de pular.

– Isso não isenta a irresponsável que eu fui. Estou me sentindo uma péssima mãe.

– Claro que não, anjo.

– Como não? Coloquei em risco a vida do nosso bebê sem ao menos pensar.

– Você esqueceu as recomendações, não é um crime.

– Uma mãe de verdade não esqueceria - reclamei, Edward sorriu.

– E uma péssima mãe não ficaria desesperada até saber que seu bebê estava bem - retrucou. Sorri com sua resposta.

– Temos tanto que aprender ainda, não é? - Edward sorriu largamente.

– Temos sim, e faremos isso juntos - afirmou beijando minha testa. Sorri satisfeita, sabendo que aquilo era a mais pura verdade. Estávamos mais unidos do que nunca, agora e sempre.

(Cap. 67) Capítulo 66 - Inauguração

Notas do capítulo Obrigada por todos os comentários e por me acompanharem durante mais de um ano. Eu passei por muitos momentos em que pensei em desistir, mas não o fiz, pois queria dar a vocês, o final que mereciam, que a história merecia. Nem consigo acreditar que acabou e esse vai ser o fim. Estou feliz e triste ao mesmo tempo! Não tenho palavras para agradecer e dizer o que significam para mim. Espero sinceramente que gostem desse último capítulo e que tenha feito jus ao que merecem. Essa fic se tornou algo que nunca esquecerei na minha vida e vocês são parte fundamental de tudo isso. Obrigada! Obrigada! Obrigada! Após esse capítulo teremos o epílogo, ele ficou bem pequeno, mas acho que não havia mais nada a ser dito. Talvez, se consegui terminar, eu poste um bônus com a família daqui vinte anos. De novo, muito obrigada!!!!!!!!!!!!! Bella POV

3 meses depois

Assim que voltamos da nossa lua de mel. Fui até minha médica fazer os exames de rotina, felizmente estava tudo certo comigo e o bebê, contei da minha pequena travessura e ela me repreendeu, reafirmando os perigos que corri. Após aquele incidente, eu estava bem mais cuidadosa com minha gravidez, assim como Edward. Meu marido parecia um bobo toda vez que íamos na médica e via nossa filha pela ultrassom em 3D, ele mandou imprimir dezenas de fotos e até mesmo um vídeo que ele carregava em seu celular. Era um pai babão e lindo. Sua paciência comigo era infinita, mesmo quando eu tinha meus pequenos pitis, ele só sorria e me beijava, fazendo com que eu até esquecesse porque estava irritada. Os sintomas dos primeiros meses como enjoo, felizmente desapareceram, tive dores nas costas, coceira, meus pés ainda inchavam e nossa vida estava uma correria com as compras para enxoval, a decoração do quarto do quarto de nossa princesa e a inauguração da ONG que Edward havia criado, mas nada disso importava. Apesar de tudo, eu me sentia iluminada e feliz.

– Tem certeza disso, Jonas? - questionei por telefone meu arquiteto que acompanhava as obras da ONG. - Bom, então temos que trocar imediatamente essa escada. - ouvi uma leve batida na porta, devia ser minha assistente. - Um momento, Jonas.

– Pode entrar - quando a porta se abriu vi meu lindo marido surgir na minha frente, foi impossível não sorrir. Levantei o dedo para ele, pedindo um segundo. Ele assentiu sorrindo e sentou na cadeira em frente a minha mesa. - Procure aquele nosso revendedor de confiança e faça a troca. Exatamente. Depois traga a descrição dos materiais usados. Tenha uma boa tarde também - despedi e encarei o belo homem a minha frente.

– O que posso fazer pelo senhor hoje? - perguntei com um sorriso, Edward se inclinou sobre minha mesa.

– Eu gostaria de chamar minha linda esposa e minha filha para almoçar. O que acha, senhora Cullen? - meu sorriso aumentou.

– Eu acho uma ótima ideia, senhor Cullen - Edward sorriu e levantou, estendendo a mão na minha direção, a peguei e dei a volta na mesa.

– Como passou a manhã? - perguntou carinhoso, acariciando minha saliente barriga de sete meses. Não demorou e Anne deu um salto dentro de mim que me fez pular de susto. Edward riu.

– Pelo visto minha pequena já estava com saudades do pai - era sempre assim. Era ele tocar meu ventre para o bebê mexer. Eu sentia uma emoção enorme ao ver os dois assim.

– A mãe também estava com saudades - Edward sorriu largamente e me beijou com carinho. Gemi contra os seus lábios, minha libido continuava a toda, o que não era motivo de reclamação, nem meu e muito menos de Edward. Quando se afastou, pude ver seu olhar cheio de desejo. Adorava ver ele assim por mim, matava qualquer insegurança boba que pudesse sentir.

– Tenho uma surpresa para você - meus olhos iluminaram.

– Mesmo? - ele assentiu.

– Tem algo importante para resolver aqui hoje? - pensei por um momento.

– Hum, não, está tudo tranquilo.

– Ótimo, quero passar um dia bem gostoso com vocês.

– Seu desejo é uma ordem, senhor Cullen - concordei o puxando para mais um beijo.

Durante o caminho para a tal surpresa, percebi que estávamos indo para casa.

– O que está aprontando, garotão? - ele sorriu.

– Espere e verá, anjo - bufei.

– Sabe bem como eu odeio ficar curiosa - Edward riu.

– Sei, sim, mas também adora uma surpresa - acabei sorrindo. Era a pura verdade. Assim que o carro estacionou Edward saiu e me ajudou a descer, o peso da barriga ainda era algo que estava me acostumando, e na hora de dormir era ainda pior, pois era bem complicado achar uma posição confortável. Entretanto, Edward logo ajeitou essa situação para mim, ele enchia a cama de travesseiros, deitava de conchinha comigo e espalmava sua mão sobre o meu ventre, cantando para mim e nossa filha. Era impossível não dormir bem assim.

– Onde está a surpresa? - perguntei conforme entravamos dentro de casa.

– Lá em cima - disse, mas antes que subíssemos Chance apareceu correndo para nos saudar, ele estava elétrico. Tinha certeza que não via a hora do bebê nascer. Cumprimentei a senhora Brauer que supervisionava o almoço e subimos, com nosso Labrador no encalço.

Quando chegamos no alto da escada, Edward parou.

– Feche os olhos - arqueie minha sobrancelha. Ele riu. - Por favor, anjo. Faz parte da surpresa sorri fazendo o que ele queria, segurou minha mão e me guiou pelo corredor até que paramos, ele pareceu abrir uma porta e voltou a me puxar.

– Pronta? - sussurrou no meu ouvido.

– Sim.

– Lembre-se, se não gostar nós trocamos - sorri já imaginando o que ele tinha aprontado.

– Ok.

– Pode abrir os olhos - assim que o fiz, não sabia o que dizer. Era o berço mais lindo que havia visto na minha vida. - Então? - a voz de Edward soou ansiosa.

– Amor, é lindo - disse emocionada. Olhei satisfeita o quarto todo decorado e agora completo com o berço. Tudo em tons de goiaba. O chão era almofadado e a parede da janela repleta de cubos com letras escritas. Na parede que ficava o berço, tinha um belo desenho de uma árvore com esquilos e pássaros, completando o quarto, uma cadeira de balanço e uma luminária, não queríamos encher de coisas, só o indispensável. Nossa filha poderia brincar ali sem perigo. Deixamos as roupinhas e outras coisas no espaçoso closet que ficava ao lado.

– Mesmo?

– Sim, ficou perfeito no quarto. Era exatamente o que faltava aqui - ele suspirou aliviado e me abraçou.

– Eu sei, quando eu vi na internet não pensei duas vezes, tive que comprar, mesmo assim fiquei com receio de que não fosse gostar.

– Eu amei - afirmei afagando seu rosto.

– E eu amo a senhora - foi impossível não sorrir com sua declaração, o beijei com cuidado.

– Também te amo, garotão - Edward sorriu largamente. Segurou minha mão e me levou para fora do quarto.

– Vem, vamos aproveitar nosso dia - ri e o acompanhei para onde ele quisesse.

2 meses depois

Com o passar dos meses toda correria parecia sob controle. O parto, segundo a médica, estava previsto para daqui duas semanas e apesar da preocupação de Edward, eu me sentia muito bem disposta e tranquila. Tudo estava pronto para quando Anne nascesse e não tinha porque me preocupar.

A obra da ONG tinha finalmente terminado e hoje seria a inauguração. Estava terminando de me arrumar no nosso quarto quando Edward chegou.

– Nossa! Está uma loucura, senhor Cullen - elogiei quando o vi. Vestia um smoking preto, camisa branca e uma gravata borboleta. Uma verdadeira tentação. Ele sorriu para mim e se aproximou.

– Você que está uma loucura, anjo - sorri satisfeita. Usava um vestido de um ombro da mesma cor dos olhos de Edward. Estava elegante e confortável. - Vai atrair a atenção de todos na festa, terei que ficar de olho na senhora - ri.

– Edward, ninguém vai me paquerar. Estou grávida.

– Grávida e ainda mais linda e tentadora - sorri.

– Continue dizendo essas coisas e ganhará um prêmio depois da festa - Edward circulou minha cintura e me beijou delicadamente, subindo os lábios pela minha mandíbula.

– Não vejo a hora de receber meu prêmio - mordiscou minha orelha me deixando arrepiada. Suspirei derretendo nos seus braços.

– E eu não vejo a hora de ser fodida por você - Edward riu e me soltou.

– Vamos, minha safada. Quanto mais cedo formos mais cedo foderemos - ri com seu comentário. Saímos de casa e fomos direto para o salão de festas onde seria realizada a festa de inauguração. Tudo estava lindo e bem decorado. Assim que descemos do carro, fomos bombardeados pelos fotógrafos, Edward respondeu algumas entrevistas, assim como eu, que explicava como tinha sido construído o projeto da sede da ONG. Após respondermos tudo, seguimos para a festa. Não demorou até que encontramos nossos amigos em uma das meses principais.

– Olha aí, nosso casal da noite - Emmett cumprimentou e demos risada. Sentamos e curtimos um pouco nossos amigos. Quando todas as mesas já estavam ocupadas, uma pessoa veio avisar Edward que estava na hora do discurso. Ele me deu um beijo e foi até o palco, todos o aplaudiram. Sorri orgulhosa do meu garotão.

– Boa noite - cumprimentou a todos. - Quero agradecer a todos pela presença nesta que é uma noite tão especial para mim. Essa ONG é um sonho que está se tornando realidade. A prova de que na vida podemos passar pelo pior e ainda assim arrumar forças para seguir em frente. Esta instituição irá ajudar a qualquer pessoa que esteja passando por um momento difícil, seja psicológico ou material. Nosso objetivo é oferecer um caminho, uma chance, para quem se vê perdido e sem esperança - meus olhos lagrimejavam e algumas lágrimas já rolavam pelo meu rosto, mas nada me preparou para o que eu vi a seguir. Ele segurou o microfone se foi para o lado de uma placa que estava coberta. - É com muito orgulho que anuncio a inauguração da ONG Isabella - disse e então a cortina se abriu mostrando meu nome escrito em uma placa de prata. Arregalei meus olhos surpresa e emocionada. - Essa é uma pequena homenagem a pessoa que sempre esteve ao meu lado, nos bons e nos maus momentos, minha esposa, Isabella Cullen - eu não sabia se chorava ou se sorria. Todos aplaudiram de pé enquanto Edward se aproximava, levantei e ele me beijou.

– Você não vale nada - acusei soluçando, ele riu e enxugou meu rosto com o polegar.

– Gostou? - assentiu sem parar de sorrir.

– Sempre cheio de surpresas, senhor Cullen.

– Para você, sempre - declarou e me beijou novamente. Somente me dei conta que não estávamos sozinhos quando começaram a bater palmas, me afastei de Edward um pouco sem graça, ele me deu mais um beijo e pedi licença para ir ao toalete, Rose e Alice me acompanharam.

– Foi tão lindo o que ele disse, Bella - Allie disse quando chegamos ao banheiro.

– Eu sei, estou igual uma boba.

– E tem que ficar mesmo. Edward caprichou na surpresa. Você não desconfiou de nada?

– Pior que não, Rose. Ele tinha outro nome para a ONG e eu nem cheguei a pensar que tinha mudado, o safado me enganou direitinho.

– Foi por uma boa causa - Alice disse e rimos.

– Com certeza - concordei. Retoquei a maquiagem e voltamos para o salão. Quando pensei que nada podia estragar essa noite perfeita vi a vadia da Martha Green em cima do meu marido. Ela era a responsável pelas importações de aço e negócios internacionais da filial de Nova Iorque, mas toda vez que vinha para New Haven para alguma reunião, não tirava os olhos de Edward e nem mesmo disfarçava. Não pensei duas vezes e segui até onde estavam, entrelacei meu braço no de Edward segurando sua mão. Ele sorriu ao me ver ao seu lado.

– Olá, Martha - cumprimentei cordialmente. Ela me analisou de cima a baixo. Para meu azar a mulher era linda, tinha a pele levemente morena e cabelos cacheados na cor chocolate, assim como seus olhos. Uma Barbie Malibu.

– Oi, querida - disse me dando um beijo falso. - Você ficou uma grávida linda, nem parece que já está com nove meses. Para quando é?

– Duas semanas - respondi naturalmente.

– Aposto que não aguenta esperar, não é, Edward? - perguntou para meu marido tocando no seu ombro, instintivamente apertei a mão de Edward, que apertou de volta me lançando um olhar de advertência. Ele vivia dizendo para não me estressar com ela. Edward se afastou do toque da oferecida e soltou minha mão, me abraçando por trás, me colocando entre ele e ela. Sorri satisfeita.

– Nós não vemos a hora, não é mesmo, amor? - disse pontuando o ‘nós’ e beijou minha cabeça, afagando meu ventre. A cara da Barbie era impagável.

– Fico feliz. Bom, se me derem licença preciso falar com algumas pessoas - disse saindo dali apressadamente.

– Vadia - rosnei. Edward riu.

– Amor, já disse, não fica se estressando com ela - virei para encará-lo.

– Como não? Ela dá em cima de você descaradamente, ao menos que goste da atenção estreitei meus olhos.

– Não seja absurda, sabe que também não gosto dela. Estou tentando achar uma outra posição na empresa em que não tenha contato direto comigo, não posso demiti-la por não gostar dela.

– Pois eu acho que seria o mais certo - resmunguei. Edward segurou minha mão.

– Não pensa mais nela, vem, vamos aproveitar a noite. Precisa se alimentar - sorri e fui com ele para nossa mesa.

Edward teve que sair um instante para falar sobre negócios com alguns executivos e preferi dar uma volta pelo jardim enquanto meus amigos dançavam. Ele não gostou muito de saber que iria ficar andando sozinha por aí, mas acabei convencendo ele. Edward era tão exagerado. Levantei e fui uma das portas que estava aberta para o lindo jardim. Admirava a bela fonte que ornamentava o quintal quando percebo a presença de uma pessoa atrás de mim. Viro e dou de cara com a Barbie Malibu, segurando um drink e com um sorriso descarado. Precisaria de muita paciência para não quebrar a promessa de não me estressar.

– Sabe, eu não consigo entender - disse calmamente. Fiquei em silêncio, somente a observando. - Não vai perguntar, o que eu não entendo?

– Não me interessa - respondi seca. A vadia riu. Não reaja, Isabella! É isso que ela quer.

– Está vendo, não faz sentido - zombou.

– Se me der licença - pedi saindo daquele lugar.

– Edward merecia algo bem melhor - virei para encarar a vadia.

– Como é que é?

– Querida, olha só para você? Acha que um homem como ele vai aguentar muito tempo alguém assim? - disse com desdém apontando meu corpo. - Edward pode ter a mulher que quiser.

– Inclusive você, aposto - a descarada sorriu.

– Claro, afinal que homem trocaria isso - mostrou seu corpo curvilíneo. - Por uma vaca gorda como você? - aquilo foi o bastante. Não sei o que me deu, mas o ódio me cegou e no instante seguinte agarrava o cabelo puxando com força.

– Me solta, sua louca! Socorro! - a Barbie Malibu gritava.

– Doí, não dói? Aposto que machuca muito mais saber que um homem como Edward prefere uma mulher como eu do que uma puta como você.

– Me larga! - ela se remexeu até que conseguiu se soltar e elevou a mão na direção do meu rosto. Antes que pudesse impedi-la, sua mão foi segurada, olhei e vi Edward ao meu lado.

– Que porra pensa que ia fazer, Martha? - toda a cor sumiu do rosto dela.

– Eu... Eu... Ela me xingou, puxou meu cabelo - choramingou me acusando. Edward segurou seu braço e se aproximou dela. O rosto transformado em puro ódio.

– Ninguém toca na minha mulher, está ouvindo?!

– Mas foi ela...

– Não interessa! Qualquer coisa que Isabella fez ou deixou de fazer contra a senhorita, deve ter sido merecida. Está despedida, senhorita Green - a vaca arregalou os olhos.

– Não pode fazer isso! Vou processá-lo, você e essa vadia - acusou me apontando.

– Mais uma ofensa contra minha esposa e eu a processo por calúnia e difamação! E tenho advogados caros, senhorita Green, pense nisso.

– Eu... Fodam-se vocês! - disparou e saiu marchando para fora da varanda. Assim que ela se foi cai na gargalhada.

– Edward, você foi perfeito! - exaltei, ele se aproximou.

– Ela te machucou? - continuei rindo.

– Não, estou bem - seu rosto permaneceu sério.

– Ótimo! Vamos para casa - virou, mas o segurei.

– Está bravo comigo?

– O que você acha?

– Ela estava pedindo por isso se jogando em cima de você - retruquei.

– Pouco me importa! Sabe que ela só estava te provocando, você entrou no jogo dela, Isabella. E se eu não aparecesse? Vocês iam se engalfinhar no chão? Quantas vezes tenho que lembrar que você está grávida? - questionou exasperado.

– Eu não sei o que me deu - Edward suspirou e segurou minha mão.

– Vamos, você precisa descansar - assenti voltando com ele para o salão de festa. Nos despedimos de todos e fomos para casa.

Não dissemos nada durante todo o caminho. Edward tinha razão. Tinha sido irresponsável em me deixar levar pelas provocações da tal mulher, mas ele tinha que entender meu lado também. Não estava mais aguentando a vadia em cima dele.

Assim que chegamos em casa, fui para o chuveiro tomar um banho. Edward disse que precisava dar algumas ligações e subiria logo em seguida.

Essa noite era para ser especial e acabei estragando tudo. Passei meu dedo pelas pastilhas que decoravam a parede do banheiro enquanto a água caia sobre mim. Não sabia o que tinha dado em mim para tal atitude, talvez as palavras de escárnio da vadia. O medo irracional dela ter razão. Antes que minha mente viajasse ainda mais senti um beijo sendo depositado no meu ombro e mãos contornarem meu ventre.

– Ah, minha ciumenta. O que farei com a senhora? - sua voz soou tranquila, até brincalhona.

– Desculpa - Edward me apertou em seus braços.

– Você só estava protegendo o que é seu, não posso recriminá-la por isso - acabei sorrindo, percebendo que ele não estava mais bravo. - Afinal, não são todas as mulheres que tem sua sorte - foi minha vez de rir. Deitei minha cabeça em seu ombro. Edward beijou minha têmpora.

– Não são, mesmo - ele riu e beijou meus lábios, primeiro com calma e depois com desejo. Senti seu membro ficando rígido nas minhas costas. É, a senhorita Barbie Malibu, realmente não sabia de nada. Pensei conforme deixava meu marido tomar todo o desejo que sentíamos um pelo o outro.

[...]

Acordei por volta das três da manhã sentindo uma dor incômoda no ventre. Sentei na cama e o movimento acordou Edward também.

– Amor, tudo bem? - perguntou preocupado.

– Não sei, senti uma pontada - assim que disse senti outra e me curvei dando um grito.

– Isabella, o que foi? - respirei fundo, fazendo a respiração que havia aprendido no curso.

– Eu acho que foi uma contração - Edward arregalou os olhos. - Acho melhor irmos para o hospital.

– Hospital, ok. Hospital - ele parecia meio perdido. Segurei sua mão e o encarei.

– Vai dar tudo certo - tranquilizei, ele sorriu e me deu um beijo rápido, saltando da cama e chamando pelo nosso motorista. Levantei da cama com cuidado e Edward me ajudou a me trocar, se trocando logo em seguida com rapidez. Pegou a bolsa que já havia preparado para essa situação e seguimos para o hospital. Todo o caminho fui tentando controlar a dor segurando a mão de Edward, ele dizia palavras de carinho e que tudo daria certo.

Assim que chegamos, me colocaram em uma cadeira de rodas e levaram para um quarto. A dor estava me matando, até que finalmente fui anestesiada, mesmo assim continuava a sentir aquela pressão na parte de baixo do meu ventre. Edward ficou todo tempo ao meu lado. Ligou para nossos amigos que apareceram com cara de sono. Ri da situação. Os meninos preferiam esperar na sala de espera, enquanto minhas amigas ficaram comigo e Edward.

– Como está, Bella? - Alice perguntou ao meu lado.

– Bem melhor depois da peridural, mas ainda sinto um certo incômodo. A médica disse que não falta muito para ter a dilação necessária.

– Sua bolsa não estourou? - neguei.

– Ela disse que no meu caso deve estourar quando estiver em trabalho de parto - expliquei o que a médica havia me dito. Já que com Alice tinha sido bem diferente.

– Pelo menos a Bella não está fazendo um escândalo - cutucou Rosalie, Edward segurou a vontade de rir com o olhar assassino que Alice lançou para a amiga.

– Pois veremos como a senhorita vai se portar - desafiou Alice.

– Como uma dama, assim como a Bella - foi impossível não rir. Ela virou para me encarar.

– Desculpa, Allie, mas você foi terrível - ela acabou relaxando e riu também. Senti uma contração e apertei a mão de Edward. Ele beijou minha testa que já estava molhada de suor e contou os segundo até ela parar.

A noite inteira foi assim, só depois de três horas que havia chegado no hospital é que as contrações aumentaram e finalmente tive a dilatação necessária para começar a empurrar.

– Isso, amor - Edward incentivou, só estava a médica e uma enfermeira no quarto. Alice e Rose acharam melhor nos deixar a sós nesse momento íntimo. Eu ofegava e empurrava o máximo que podia.

– Isso, anjo. Assim mesmo. Continua - e de novo eu empurrava com força, quando estava quase desmaiando de cansaço um som lindo tomou conta do quarto.

– Muito bem, mamãe - a médica disse.

– Eu quero ver ela - pedi quase fechando os olhos. Edward soltou minha mão e foi até onde a médica estava e voltou com um pacotinho embrulhado em um pano verde claro. Seus olhos pareciam hipnotizados pelo bebê em seus braços, ele veio até mim e se colocou ao meu lado para mostrar nossa filha.

– Olha, anjo. É nossa menina. Nossa princesinha - sorri largamente ao ver o lindo bebê rosado nos braços do pai.

– Ela é linda - murmurei admirada.

– Assim como a mãe - Edward respondeu e o encarei com um sorriso. Ele beijou minha testa e voltamos a babar pelo nosso lindo bebê.

Logo em seguida as enfermeiras a levaram para fazer os exames necessários e limpar seu corpo. Enquanto nosso pequena estava fora, nosso amigos voltaram para o quarto nos parabenizando.

– Se nós tivéssemos apostado eu teria ganhado - Emmett comentou, Edward riu.

– Deixa de ser idiota, Emmett. Eu já dizia que ia ser menina antes mesmo da Bell engravidar Emm bufou e fechou a cara. Nós demos risada da sua birra.

Então, a enfermeira bateu na porta e meu bebê chegou. Estava linda enrolada na manta que Edward e eu havíamos comprado. Todo mundo se aproximou para ver nossa pequena Anne.

– Ela é linda, Bella - Rose disse sorrindo.

– Vai dar uma ótima nora - Alice provocou. Edward rosnou.

– Nem pense nisso, Alice. Meu bebê não vai namorar seu filho! Quem sabe uma das filhas do Emmett.

– Filhas? Quer apostar que não? - foi impossível não rir. Nossos amigos ficaram mais um pouco e depois foram embora, Emm ainda insistindo em uma nova aposta.

Assim que saíram a enfermeira me ensinou a dar de mama para nosso bebê. Era uma sensação diferente e única. Edward se aproximou e sentou ao meu lado, beijando minha cabeça com carinho.

– Obrigado, meu anjo - sorri o olhando.

– Eu que agradeço por me dar a chance de ter a família que sempre quis com você - ele afagou meu rosto e se inclinou para me dar um beijo delicado nos lábios. Voltei minha atenção a Anne, que nos observava atenta. Respirei fundo. Tinha ao meu lado o homem que sempre

amei e nos meus braços a prova viva desse amor. Suspirei satisfeita, me sentindo feliz e realizada.

1 ano depois

Anne tinha brincado tanto no parque pela manhã que não aguentou e acabou desabando no carrinho, dormindo tranquilamente enquanto almoçávamos em um Bistrô perto de casa. Agora esperava por Edward que havia ido ao toalete para depois irmos na reunião semanal que tínhamos com nossos amigos, e que dessa vez seria na casa de Emm e Rose. Minha amiga estava grávida de cinco meses de trigêmeas. Todo mundo ficou bobo com a novidade, especialmente Emm que teve que aguentar a zoação de Jasper e Edward. Emmett já estava enlouquecendo com a ideia de suas pequenas namorarem, ainda mais quando Alice provocou dizendo que Alex poderia escolher. Edward e Emm não gostaram nada disso. Alex ia completar dois anos e era uma garoto sereno e tranquilo, bem diferente de Anne que era uma verdadeira espoleta, apesar das diferenças os dois se davam muito bem. O que irritava Edward, já sofrendo ao pensar na sua princesa namorando o filho de Alice. Enquanto seu ciúmes fosse fofo e não atrapalhasse nossa filha eu não me importaria. Anne era a cópia exata de Edward, tanto fisicamente como no jeito de ser. Sorri ao vê-la adormecida com sua pantera cor de rosa de pelúcia.

– Bella? - ergui o rosto e vi James me olhando.

– James! - disse levantando e o cumprimentando, ia pedir para sentar, mas lembrei que Edward poderia não gostar de tanta intimidade. - Como vai?

– Muito bem e você?

– Melhor impossível - respondi sorrindo, ele olhou o carrinho de bebê.

– É seu filho? - perguntou indicando.

– Sim, uma menina, na verdade - ele sorriu e se inclinou para olhar.

– É linda, Bella.

– É, sim - disse quase babando no meu bebê. - E o seu filho, sua esposa? - perguntei, ele levantou e sorriu.

– Estão bem. Pietro é idêntico a mim, como minha esposa sempre diz. Tatiane está grávida de novo - sorriu largamente.

– Isso é ótimo, James! - disse animada. Então, senti uma mão conhecida passar pela minha cintura. Esperava sinceramente que Edward não ficasse aborrecido.

– Olá, James - cumprimentou tranquilamente estendendo a mão, James repetiu o gesto.

– Oi, Edward. Como vai?

– Ótimo, e você? Sua família?

– Estão todos bem, acabei de contar a Bella que minha esposa terá outro bebê - Edward sorriu.

– Que noticia boa. Soube do Emm? - James riu assentindo.

– Vai ser pai de trigêmeas - Edward concordou.

– Pois é, agora imagina só quando as três começarem a namorar - Edward comentou rindo, James o acompanhou.

– Estou com dó da Rose que terá que aguentar as reclamações - completou se divertindo. Os dois conversavam tranquilamente, até que James disse que precisava ir pois tinha uma reunião em um dos restaurantes. Nos despedimos e assim que ele se foi, me virei para encarar meu marido.

– Estou orgulhosa de você - disse sorrindo. Ele me olhou e sorriu também.

– Eu também, anjo - respondeu dando um beijo no meu nariz e me abraçou. - Sei que ele foi importante para você, mas você me ama. Mesmo eu não sendo nenhum senhor perfeição - ri lembrando do apelido que Edward havia dado a James. Me afastei e o encarei.

– Você é perfeito para mim, mesmo com todos os defeitos.

– Defeitos, é? - disse estreitando os olhos.

– Edward, estamos em público - alertei, ele abriu um sorriso malicioso.

– Não perde por esperar, senhora Cullen - disse me puxando para seus braços e me dando um beijo apaixonado. Fazendo com que esquecesse que estava em um lugar público e se tinha pessoas olhando ou não. Quando estávamos na nossa bolha, só o que importava eram nós dois, e eu sabia que seria assim, para sempre.

Notas finais do capítulo Existe uma possibilidade da fic virar um e-book, mas ainda não decidi. Caso aconteça, as avisarei na minha página do face ;) Obrigada por tudo!!!!!!

(Cap. 68) Epilogo

Quatro anos depois

– Onde você imagina que vai estar daqui dez anos? - Perguntei distraidamente enquanto acariciava sua mão.

– Sinceramente? - Me virei e assenti, ele sorriu levemente. - Não vai rir? - Perguntou, cruzei meus dedos sobre a boca.

– Juro que não. - Prometi.

– Eu gostaria de morar em um lugar bem sossegado, com uma bela casa no estilo meio rústico rodeada por árvores e um belo gramado. - Ele se deitou na cama, eu me apoiei no meu braço e o escutei atenta. - Chegar do trabalho e ver meu filho brincando com o cachorro enquanto minha esposa os observa, assim que me visse ela viria correndo na minha direção pulando no meu colo. - Eu não acreditava no que estava ouvindo. Ele só podia estar brincando.

– Ah Edward eu estava falando sério. - Reclamei, ele riu.

– Hei o que a faz pensar que isso não é sério? - Arquei minha sobrancelha e o encarei.

– Você, casado com um filho? Por favor né! - Ele acariciou meu rosto.

– As pessoas podem mudar Isabella. - O modo como ele me olhou e disse aquilo me congelou. Isso poderia ser verdade? Edward seria capaz de mudar?

Edward Pov

Jasen abriu a porta do carro, agradeci e entrei. Pouco tempo depois estávamos a caminho do lugar que eu mais queria estar. Hoje era um dia muito especial e tudo o que eu queria era passar com as pessoas que mais amava.

No dia seguinte tínhamos um piquenique marcado com nossos amigos, as crianças não aguentavam de animação, especialmente as trigêmeas de Emm e Rose. Era incrível ver o grandalhão pai de três lindas garotas, ele ainda enchia Rose, pedindo um menino, pois assim

não daria conta de proteger suas meninas dos marmanjos. Isso só piorava quando Alice inventava de dizer que Alex iria namorar alguma delas, felizmente ela já tinha desistido de empurrar seu filho para minha princesa, para azar de Emm. O pessoal se divertia com a discussão sem noção dos dois. Há cerca de dois anos, Seth se casou com Emily e continuava sendo meu braço direito empresa, especialmente agora que estávamos expandindo nossos negócios pela Europa e América do sul. Laurent e Carmen se separaram, ela arrumou um trabalho fixo em uma série de TV em Hollywood e se mudou definitivamente para a costa leste. E quando achamos que nada seria capaz de nos surpreender, eis que Laurent surge com Caius e avisa que estavam namorando. Meu antigo amigo de colégio realmente se transformou em outra pessoa. Confessei que fui eu que criei o plano que o humilhou e ele ao invés de ficar bravo, me agradeceu. A vida era mesmo uma caixa de surpresas. E a maior delas era minha própria história. Quem diria que eu conseguiria mudar meu próprio destino? Deixar de ser a pessoa arrogante e narcisista de outrora e me transformar em um novo homem? Um homem digno do amor de um anjo?

O carro seguiu pela estrada e pedi que Jasen parasse a poucos metros da casa. Desci do veículo e segui a pé, ao longe podia ouvir as risadas e latidos. Sorri. Era o som mais lindo de todo o mundo. Cheguei mais perto e os sons ganharam cor e formas. Minha família. Não demorou, até que perceberam minha presença. Meu anjo sorriu largamente ao me ver, nossa filha brincava com Chance no gramado e assim que me viu veio correndo na minha direção.

– Papai! - seus cabelos cacheados e negros se moviam conforme ela corria. Abaixei e a peguei em meus braços.

– Oi, princesa - ela sorriu, seus olhos azuis brilharam.

– Saudade, papai - disse me abraçando pelo pescoço. Sorri dando um beijo em seu rosto. Logo Chance veio correndo até onde estávamos e Anne pediu para descer do meu colo para brincar com seu amigo peludo, Bell se aproximou e a puxei contra o meu peito.

– Essa é minha visão favorita, sabia? - ela sorriu.

– É?

– Sim, senhora. A visão da minha família, assim como era meu desejo.

– Nosso desejo, senhor Cullen - dei-lhe um beijo apaixonado, depois encostei minha testa na sua.

– Hoje faz dez anos desde aquele dia - Bell arregalou os olhos, surpresa.

– Sério? - assenti. Isabella abriu um sorriso lindo, seus olhos brilharam, lagrimejados. - Quer ver como posso fazer esse dia ainda mais especial? - encarei-a desconfiado.

– Como? - segurou minha mão e colocou sobre seu ventre. Segui seu movimento com os olhos e fiquei em choque. Levantei a cabeça e a encarei.

– Agora só falta mais um - sorri emocionado e a beijei com ardor. - Nossos sonhos se tornaram realidade - murmurou entre o beijo.

– Você é meu sonho, Isabella - ela sorriu largamente.

– E você é o meu, Edward.

– Agora e sempre, meu anjo - repeti meus votos tomando seus lábios nos meus novamente. Essa era a minha promessa. Isabella e eu. Agora e sempre.

Bônus

Vinte anos depois

Isabella

Edward andava de uma lado para o outro no meio do seu escritório. Sorri tentando me concentrar no livro que lia, sentada na poltrona em frente a ampla janela que dava para o quintal. Era inicio do outono e as folhas já começavam a cair colorindo o gramado em diversos tons de amarelo e vermelho. Era uma bela visão.

– Que horas ela disse que chegava? - a voz de Edward me puxou de volta a realidade, virei o rosto e o encarei.

– Às quatro da tarde, amor - ele olhou para seu relógio no pulso, finalmente parando de andar.

– Já são quatro e quinze, Isabella. Por que ela não ligou ainda? - retive a vontade de revirar os olhos para meu ansioso e preocupado marido. Sorrindo coloquei o livro que lia sobre a mesinha de canto e fui até ele, o abraçando pela cintura.

– Fique calmo, Edward. Logo ela liga. Não há o que se preocupar - senti seu corpo relaxar conforme ele me apertava contra o peito. Seu coração batendo acelerado, foi se acalmando aos poucos.

– Estou com saudades dela - confessou contra o meu cabelo. Sorri.

– Eu também, garotão - respondi e o olhei. Ele abriu aquele sorriso magnifico e me beijou, no inicio com calma, mas logo seu beijo foi ficando mais urgente, me deixando sem fôlego.

– Eu te amo, meu anjo - murmurou contra minha boca. Senti aquele frio agradável no estômago, era sempre assim. Nem parecia que já estávamos casados há quase vinte e cinco anos.

– Eu também te amo - declarei afagando seu rosto. Ele sorriu lindamente e encostou sua testa na minha. Edward havia se tornado um cinquentão lindo e se possível, ainda mais gostoso e fogoso. Precisava de muita energia para acompanhar seu ritmo. Meu eterno garotão.

– Só você é capaz de me acalmar - comentou brincando com suas mãos nas minhas costas, deitei minha cabeça no seu peito e fiquei ouvindo as batidas de seu coração, que agora já estavam mais pausadas.

– Ah, não! Vocês estão se agarrando de novo? - ouvi a voz indignada de nosso filho mais novo, Edward riu e me puxou para sentar no sofá ao seu lado.

– Tem que deixar seu pai aproveitar, Elie - reclamou com o filho, que balançou a cabeça. Eleazar ao contrário de Anne, era muito parecido comigo, tinha grandes olhos verdes e seu cabelo era negro e liso, do pai tinha puxado a altura e, como ele mesmo costumava dizer, o charme para conquistar as gatinhas. Já, Anthony, era uma mistura perfeita de nós dois, olhos verdes e cabelos cacheados.

– Onde o senhor pensa que vai? - Edward perguntou vendo o filho todo arrumado. Franzi meu cenho o observando. Onde ele iria?

– Combinei com o pessoal um cinema e depois vamos no Song&Night, aquele lugar bacana, que toca música ao vivo - explicou colocando as mãos no bolso.

– Sua irmã chega hoje, Eleazar - lembrou Edward.

– Eu sei, pai. Juro que estarei de volta para o jantar - argumentou com os olhos pidões. Edward não disse nada, só estreitou os olhos e arqueou a sobrancelha.

– Não, Eleazar - foi categórico. Só observei. Quando ele ou eu, repreendíamos um de nossos filhos, o outro não interferia, se o assunto fosse sério, conversávamos depois a sós. Evitávamos discutir nossas diferenças na frente deles.

– Pai!

– Se você sabia que sua irmã chegaria hoje, não tinha nada que ter marcado com seus amigos, ainda mais sem nos avisar.

– Mas, pai! A Sarah vai estar lá - argumentou em um sussurro.

– Melhor ainda - os olhos de Eleazar se alargaram.

– Não tem nada de melhor nisso, pai. Outro pode chegar nela, não posso baixar a guarda! segurei a vontade de rir. Mais uma coisa que ele havia puxado ao pai. Edward levantou, indo até o filho, colocando a mão no seu ombro.

– Garoto, ouça seu pai. As mulheres são complicadas, não gostam de um cara que fica se rastejando por elas. Faz parte da sedução - completou piscando para Tony, ele o encarou intrigado.

– Tem certeza? - perguntou incerto.

– Absoluta. Agora, liga para seus amigos e diga que não vai poder ir - deu um tapinha nas costas dele, nosso filho não parecia muito seguro, mas assentiu.

– Ok - disse desanimado saindo da sala. Sabia que não ia adiantar discutir com o pai.

– Eleazar não está muito novo para pensar em garotas? - reclamei cruzando os braços, Edward se virou para mim, percebi que estava segurando a vontade de rir.

– Amor, nós homens pensamos em garotas desde sempre, só que até os nove anos, as achamos irritantes - disse rindo vindo na minha direção e sentando ao meu lado segurando minha mão.

– Mesmo assim, não acho que deveria pensar em mulheres ainda - Edward me puxou para seu colo.

– Ciúmes do seu bebê?

– Claro que não! - suspirei. - Só achei que ia demorar mais para isso - confessei finalmente.

– Ele já tem catorze anos, anjo. Se, bem me lembro, você me convenceu que Anne estava pronta para namorar aos quinze, apesar dos meus protestos - torceu os lábios. Com certeza lembrando quando Anne e Alex começaram a namorar, o que não durou nem um mês.

– Mulheres são mais maduras que os homens, senhor Cullen. Além disso Anthony começou a namorar só aos dezoito, achei que Eleazar ia seguir o exemplo do irmão mais velho. - Edward riu pela minha manha.

– Isso por que ele puxou para você e é um romântico incorrigível - sorri sabendo que isso era verdade. - Aliás, que horas Tony vai chegar? - Anthony tentaria vir para casa recepcionar a irmã que voltava da Europa, mas possivelmente só chegaria à noite. – Disse que as oito da noite deve estar aqui - Edward beijou minha cabeça, voltou a olhar para seu relógio e bufou.

– Já são quatro e meia e nada da Anne! - reclamou exasperado. Foi então, que ouvimos vozes. Encarei Edward intrigada, ele devolveu o mesmo olhar.

– Não acredito que ela fez isso! - passou a mão pelo cabelo nervoso, levantou, levando-me a ficar de pé também e saímos do escritório. Assim que chegamos na sala vimos Anne abraçando a senhora Brauer efusivamente. Ela percebeu nossa presença e abriu um sorriso enorme.

– A senhorita não ia ligar? - questionou Edward seriamente, mas isso não fez o sorriso dela diminuir. Anne se afastou de nossa governanta e veio até nós.

– Também senti sua falta, papai - foi o bastante para a pose de Edward desmoronar e ele a puxar para um abraço apertado.

– Queríamos buscar você no aeroporto, princesa - ela sorriu.

– Eu sei, mas preferi fazer uma surpresa - Edward a olhou e deu um beijo em sua cabeça. Anne saiu dos braços do pai e veio até mim, me abraçando.

– Saudades, meu bem - disse apertando meu bebê nos braços.

– Também, mãe. Muitas saudades de vocês - sorri e segurei seu rosto. Os grandes olhos azuis brilhando, idênticos aos do pai, seu cabelo caindo em cachos delicados ao redor do rosto, que estava iluminado. Do modo como nunca tinha visto antes. Encarei-a desconfiada, Anne sorriu tímida. Respondendo uma pergunta não feita, coisas que só uma mãe saberia identificar. Meu bebê estava amando. Puxei ela de novo para meus braços. Anne sempre teve seus namoros e relacionamentos, mas nunca foi de se prender a ninguém, não era uma romântica como a mãe. Era emocionante, para mim, saber que alguém tinha tocado o coração da minha princesa. Só esperava que ele valesse a pena e aguentasse o chato do meu lindo marido.

– Annie!! - ouvimos a voz de Eleazar soar.

– E aí, pentelho? - ela disse saindo dos meus braços e abraçando o irmão, que estava da mesma altura da irmã.

– Pentelho é a...

– Eleazar! - Edward repreendeu antes que ele continuasse.

– Caramba! Você cresceu nesse um ano - ele estufou o peito.

– Vou ser alto como o papai - respondeu orgulhoso.

– Estou vendo mesmo.

– Se cuida, pois agora poderei me vingar - brincou com a irmã.

– Quero ver mesmo, palhaço - caçoou mostrando a língua e pegando o boné que ele usava, depois subiu correndo as escadas. Nem parecia que tinha completado vinte e quatro anos.

– Anne! - Eleazar exclamou seu nome inteiro e correu atrás dela.

– Hey, vocês dois! Juízo! - gritou Edward, enquanto eles corriam e riam lá em cima. Aproximei dele e o abracei.

– Senti falta dessa bagunça - ele riu.

– Não conte para eles, mas eu também - sussurrou no meu ouvido e rimos, subindo para ver o que nossos pentelhos estavam aprontando.

[...]

Enquanto Anne descansava da longa viagem e Eleazar jogava com seus amigos pela internet, Edward e eu conversávamos na sala, ele tinha a cabeça no meu colo e eu afagava seu cabelo.

– Ela parece tão feliz, não acha? - Edward comentou sorrindo.

– Muito - ele franziu o cenho e sentou. - O que foi?

– Eu, que pergunto. O que está escondendo?

– Nada - Edward sorriu balançando a cabeça, segurou minha mão fazendo um carinho delicado.

– Ah, Bell. Eu te conheço bem demais, pode dizer - suspirei derrotada.

– Talvez, seja bom mesmo te preparar - sua testa voltou a enrugar.

– Como assim? É algo sério?

– Não, nada sério, mas é algo que acho melhor discutir antes com você.

– Ela conversou sobre isso com você?

– Não entramos em detalhes, mas ela confirmou minhas desconfianças - comentei lembrando da curta conversa que havia tido com Anne, em que ela pediu que preparasse seu pai, para contar sobre a novidade.

– Desconfianças sobre o que?

– Ela conheceu alguém nessa viagem, Edward - seu semblante fechou.

– Alguém? Que tipo de alguém?

– Alguém por quem ela se apaixonou - disparei, observando atentamente Edward.

– Se apaixonou? - repetiu, assenti. Ele olhou ao redor, evitando meus olhos, depois levantou do sofá passando as mãos pelo cabelos. As duas! Claro sinal, de que estava nervoso. Suspirei seguindo seus movimentos e o abraçando por trás.

– Uma hora isso ia acontecer, garotão - Edward segurou minhas mãos e as apertou contra seu peito. Depositei um beijo em suas costas.

– Eu sei, é só que, ela ainda é minha garotinha - murmurou desolado. Lembrei da primeira vez que ela trouxe um rapaz para conhecer o pai, Edward encheu o pobre de perguntas e deixou Anne envergonhada, mas dessa vez era diferente, ela nunca havia se apaixonado, pelo menos, não daquele modo único, onde o sentimento é transparente para os outros. Edward mesmo viu como a filha estava diferente, era visível.

– Ela sempre será sua garotinha - afirmei deitando minha cabeça nas suas costas. Edward soltou minhas mãos e se virou para me encarar. Seus olhos estavam úmidos, mas o belo sorriso em seus lábios, mostrou que ele estava feliz pela filha.

– Não cansa de ter razão, anjo - brincou acariciando meu rosto.

– Você sabe que não - respondi sorrindo. Ele beijou minha testa e me abraçou apertado.

– É, pelo jeito, terei que aproveitar e muito esse tempo que terei com minha filha - sorri, contra seu peito. Feliz por ter meus bebês ao nosso redor de novo. Nossa família estava completa de novo e ao que tudo indicava, logo ganharia um novo membro. Essa era uma ótima perspectiva.

Todas as histórias são de responsabilidade de seus respectivos autores. Não nos responsabilizamos pelo material postado. História arquivada em http://fanfiction.com.br/historia/348189/Last_Chance/
Last Chance - Taty New Moon

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