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TRAUMA TORÁCICO Professor Esp. UTI Enf. Edson Jr Coren/MS: 447.812
Caso Clínico Um motorista de 27 anos de idade, sem cinto de segurança, vitima de colisão frontal em alta velocidade. Sinais vitais PA: 90x70 mmHg; FC: 110 bpm; FR: 36 rpm; Glasgow de 15; Vias Aéreas permeáveis.
Definição Toda injúria de estruturas que fazem parte da caixa torácica, sejam eles tecidos rígidos ou tecidos moles, podendo estar associadas à lesões de continuidade ou não, e que ainda podem lesar tecidos adjacentes que não necessariamente tenham comunicação anatômica com o tórax. O trauma torácico é frequente em traumatizados e apresenta risco a vida se não identificado rapidamente durante a avaliação inicial.
Anatomia e Fisiologia O Tórax é formado por estruturas ósseas, cartilagens e órgãos moles. Temos os ossos esterno, as costelas, cartilagens costais e vértebras; o esterno é formado pelo manúbrio, corpo e processo xifóide (cartilagem). Temos 12 pares de costelas - 07 verdadeiras e 05 falsas (a 11ª e a 12ª são flutuantes).
Anatomia e Fisiologia O Sistema Respiratório é formado pelo nariz, faringe, laringe, traqueia brônquios e pulmões. nariz inicia a filtração, aquecimento e umidificação do ar. faringe - tubo que serve ao sistema respiratório e ao digestivo; divide-se em nasofaringe, orofaringe e laringofaringe.
Anatomia e Fisiologia
Laringe - formada por nove cartilagens; é onde se encontram as cordas vocais (local de realização da cricotireoidostomia por punção ou cirúrgica). Glote é a abertura entre as cordas vocais. Traquéia - formada por anéis incompleto de cartilagem e tecido fibroso; divide-se em brônquio principal direito e esquerdo (é na traquéia que se realiza a traqueostomia). Pulmão - direito (três lobos) e esquerdo (dois lobos); a porção terminal dos pulmões é chamada de alvéolo pulmonar, onde se efetiva a troca gasosa. Mediastino é o espaço entre os pulmões. Cada pulmão é revestido por um saco de paredes duplas chamado de pleura (visceral - aderida ao pulmão; e parietal - aderida a musculatura da caixa torácica.
Anatomia e Fisiologia Funções do sistema respiratório: Hematose 1- Suprir de O2 e remover o CO2 do organismo (complementado pelo sistema circulatório). 2- tornar possível a vocalização.
Trauma torácico Trauma de Tórax é causa de uma de cada quatro mortes; Menos de 10% dos traumas contuso necessitam cirurgia; 15% a 30% das lesões penetrantes exigem toracotomia; Processo fisiopatológico de rápida progressão; Atendimento realizado com procedimentos simples complexidade de equipamentos e material de consumo.
Tipos de trauma Pneumotórax Simples;
Tórax Instável;
Pneumotórax Hipertensivo;
Ruptura traumática de aorta;
Pneumotórax Aberto;
Ruptura traumática de diafragma;
Hemotórax; Contusão pulmonar; Lesão de arvore traqueobrônquica; Tamponamento Cardíaco;
Ruptura esofágica por trauma fechado.
Pneumotórax Hipertensivo Lesão pulmonar que se instala por uma válvula unidirecional que acumula ar no espaço pleural. Sinais específicos: ingurgitamento de jugulares, assimetria torácica, desvio de traqueia, hipotensão. Tratamento – Toracocentese e Drenagem Torácica
Pneumotórax aberto Ferimento da parede torácica que permanece aberto, estabelecendo comunicação entre o meio interno e externo, e equilibrando a pressão intrapleural com a atmosfera. Sinais específicos: traumatopnéia. Pode se transformar em Pneumotórax Hipertensivo Tratamento Torácica
–
Curativo
Valvulado
e
Drenagem
Hemotórax Rápido acúmulo de sangue na cavidade torácica, geralmente causada por ferimentos que dilaceram veias intercostais ou artéria mamária. Sinais específicos: macicez de caixa torácica, sinais de choque, abolimento de MV. Tratamento – reposição volêmica (acessos venosos Periféricos de grosso calibre), Drenagem Torácica e autotransfusão.
Contusão pulmonar
Lesão de Arvore brônquica
Tamponamento cardíaco Ferimentos penetrantes que provocam derramamento de sangue no saco pericárdico ocasionando restrição da atividade cardíaca. Sinais específicos: ferimento penetrante, engurgitamento de jugular. Tratamento – Punção de Marfan (Pericardiocentese), Toracotomia Aberta.
https://youtu.be/XZk51Fxt2FU
Tórax instável Trauma torácico que provoca fratura de múltiplos arcos costais produzindo restrição na expansão pulmonar consequente hipoventilação associada à dor intensa. Sinais específicos: dor severa, afundamento, crepitação óssea. Tratamento pulmonar.
–
ofertar
O2,
analgesia
e
reexpansão
Ruptura de aorta
Ruptura de diafragma
Drenagem torácica Inserção de dreno no 5º espaço intercostal na linha axilar anterior ou média, com sistema fechado sob selo d'água. Material: bandeja de pequena cirurgia, kit de drenagem, agulha 40x12, agulha 25x07, xylocaína a 2% sem vasoconstrição, seringa de 10 ml, soro fisiológico 0,9% (500 ml), álcool 70%, luva estéril, lâmina de bisturi, fio de sutura, cordonê, esparadrapo.
Sinais e Sintomas Taquipnéia;
Hipotensão;
Bradipnéia;
Enfisema Subcutâneo;
Taquicardia; Bradicardia; Dispnéia;
Sudorese; Cianose; Traumatopnéia;
Crepitação Óssea; Afundamento Tórax;
Tipos de trauma Hematomas;
Dor Localizada;
Mecanismo Pendular;
Respiração (Hipoventilação);
Timpanismo (hipertimpanismo);
Agitação Psicomotora;
Macicez de Caixa Torácica; Torpor; Sinais de Choque; Ferimento Penetrante;
Restrita
Espícula óssea.
Avaliação inicial
Cuidados Gerais Liberar vias aéreas com controle de coluna cervical (manual ou colar cervical); Realizar aspiração de boca com sonda de grosso calibre; Retirar próteses dentárias; Instalar cânula de Guedel em pacientes inconscientes; Ofertar O2 úmido (cateter ou máscara preferencialmente); Manter BVM com máscara próximo; Providenciar material para intubação traqueal; Realizar curativo valvulado; Controlar perdas sanguíneas; Realizar punção periférica calibrosa; Prevenir hipotermia;
Cuidados de enfermagem Preparar
material
para
Drenagem
Torácica,
Toracocentese e/ou Pericardiocentese; Realizar
sondagem
nasogástrica
ou
orogástrica
conforme prescrição médica; Realizar sondagem vesical de demora conforme prescrição médica; Preparar equipamento para ventilação mecânica.
Discussão do Caso Clínico Um motorista de 27 anos de idade, sem cinto de segurança, vitima de colisão frontal em alta velocidade. Sinais vitais PA: 90x70 mmHg; FC: 110 bpm; FR: 36 rpm; Glasgow de 15; Vias Aéreas permeáveis.