2 - TAXONOMIA ZOOTÉCNICA

49 Pages • 1,883 Words • PDF • 4.1 MB
Uploaded at 2021-09-24 13:29

This document was submitted by our user and they confirm that they have the consent to share it. Assuming that you are writer or own the copyright of this document, report to us by using this DMCA report button.


Universidade de Guarulhos Campus Centro

TAXONOMIA ZOOTÉCNICA Profa. Erikelly Santana Desiderio Curso: Medicina Veterinária Disciplina: Zootecnia Especial Básica

Guarulhos – SP Fevereiro/2019

1

Objetivo e Roteiro • Objetivo: compreender a importância da classificação dos animais de interesse zootécnico; • • • •

Classificação dos animais; Regras de nomenclatura; Taxonomia Zootécnica; Considerações finais

2

Origem da classificação

https://www.youtube.com/watch?v=16tPEguFLBM&t=16s

3

Classificação dos animais - Reinos • Antes...

Animal

Vegetal

• Atualmente: Monera • Bactérias • Cianobactérias • Arqueas

Protista

Fungi

• Algas • Protozoários

• Fungos

Plantae

Animalia

• Vegetais

• Animais

4

Reino Animalia

Específico Número de espécies

Genérico Número de espécies N5

Terminações Tribo

• ini • Hominini

Subfamília

• inae • Caprinae

Família

• idae • Camelidae

Superfamília

• oidea • Bovoidea 6

f

7

Categorias Taxonômicas

Obrigatórias

Facultativas

Reino

Subphylum

Phylum

Superclasse

Classe

Subclasse

Ordem

Infraclasse

Família

Coorte

Gênero

Superordem

Espécie

Subordem Infraordem Superfamíla

Tribo Subtribo Subgênero Subespécie

8

Regras Internacionais de Nomenclatura • Todo nome científico deve ser latino ou latinizado. – Exemplos: • Equus caballus (cavalo); • Sus scrofa domesticus (porco); • Bos taurus (boi); • Bubalus bubalis (búfalo); • Gallus gallus domesticus (galinha); 9

Regras Internacionais de Nomenclatura 2) Todo indivíduo deve possuir no mínimo 2 nomes – – – –

Canis familiaris Canis familiaris (cão doméstico) Canis lupus Canis lupus (lobo) Canis latrans Canis latrans (coiote) Canis familiaris

• Canis spp. – (várias espécies)

• Bothrops alternatus (jararaca)

Bothrops alternatus

• Grafia itálica ou grifados; 10

Ordem dos nomes • Primeiro: nome do gênero; • Segundo: nome da espécie; • Ovis aries (ovelha) Gênero espécie • Urochloa brizantha (capim-marandu) Gênero espécie 11

Regras Internacionais de Nomenclatura 3) Entre o gênero e a espécie, o animal pode ter um terceiro nome, que é o subgênero, escrito com inicial maiúscula e entre parênteses. • Exemplos: – Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi

gênero subgênero

espécie

– Aedes (Stegomya) aegypti – Anopheles (Kertesia) bellator 12

Regras Internacionais de Nomenclatura • Depois da espécie, o animal pode ter um terceiro nome (nomenclatura trinominal), é a subespécie. Este nome deve ser escrito com inicial minúscula e sem pontuação intermediária.

• Exemplos: – Homo

sapiens sapiens

gênero sp subespécie – Rhea americana alba (ema branca); – Rhea americana grisea (ema cinza); 13

Regras Internacionais de Nomenclatura 5) Regra para família • Espécies muito parecidas podem ser reunidas no grupo de gênero; • Gêneros afins formam famílias e estas compõem ordens, que se reúnem em classes. • Os filos são compostos por classes semelhantes. • Os diversos filos são reunidos em Reinos. • Apis Gênero

IDAE Família + sufixo apidae

14

Taxonomia zootécnica • Classificação ou agrupamento dos animais domésticos: – Espécie; – Raça; – Variedade; – Linhagem;

15

Espécie • Grupo de indivíduos suficientemente diferentes de outros para merecer um nome comum, entendendo-se que terão os seus filhos semelhantes entre si; • Grupo natural de populações ativa ou potencialmente entrecruzantes e reprodutivamente de demais os demais grupos similares (Mayr, 1963); • Forma semelhante e fecundos entre si; • Em alguns casos é possível o cruzamento entre espécies diferentes e obter uma geração subsequente  Produto gerado, geralmente, não é fértil; 16

Espécie

17

Híbridos • Geralmente são mais fortes e resistentes do que as espécies que lhes originaram, devido ao chamado Vigor Híbrido ou Heterose. • Jumento (Equus asinus) X égua (Equus caballus) = mula ou o burro; • Cavalo X jumenta = bardoto (apresenta mais semelhança com a jumenta do que com o cavalo ); 18

Híbridos • O burro não consegue produzir espermatozoides por isso é estéril; • A mula também é estéril porque não pode produzir óvulos. • Tanto o macho quanto a fêmea não têm os órgãos genitais bem desenvolvidos, o que dificulta o acasalamento. 19

* Equideocultura • Criação de asininos (asnos, jumentos e jegues); • Criação de muares (burros e bardotos): são originados do cruzamento entre equinos e asininos  (híbridos). • Criação de equinos (cavalos); • O cavalo (macho) e a égua (fêmea) pertencem à espécie Equus caballus, e os asininos, à Equus asininus. As duas espécies podem ser incluídas no mesmo gênero: o grupo dos equídeos. 20

Muares • Mula: indivíduo fêmea resultante do cruzamento de um jumento com uma égua, sendo obrigatoriamente estéril; • Burro: indivíduo macho desse cruzamento, também estéril; • Bardoto: resultante do cruzamento da jumenta (Equus asininus) com o cavalo (Equus caballus). Esse animal também é estéril. 21

X Jumento

Égua

X

Mula ou Burro

Jumenta

Cavalo

Bardoto ou bardota

22

Raça • Conjunto de indivíduos da mesma espécie, com origem comum, finalidades econômicas definidas, gerando descendências com a mesma característica de produtividade e distintivos particulares; • Variedade da espécie com particularidades próprias (“caracteres étnicos”). • Alguns são constantes, exemplo: – Cor da pelagem; – Presença ou ausência de chifres;

Large White

Landrace

Pietrain

Duroc

23

Raças • Critérios para o estabelecimento de raças 1. Semelhança dos indivíduos que a constituem, pelos caracteres raciais, entre os quais os econômicos ou zootécnicos; 2. Hereditariedade dos caracteres raciais e das qualidades econômicas; 3. Meio ambiente, considerado o mesmo ou semelhante para a boa expressão dos caracteres raciais e qualidades; 4. Origem comum; 5. Algo de convencional (padrão racial para registro genealógico). 24

Raças • Natureza das raças 1. Quanto ao grau de pureza; 2. Quanto à origem; 3. Quanto à aptidão econômica;

25

Variedade • Variedade – Variação da raça original em que são mantidas todas as características gerais e comuns, diferindo apenas por um ponto particular; • Tem todas as características da raça, mas distinguemse dela por um ou poucos atributos particulares.

26

Linhagem • Toda descendência de um determinado reprodutor que imprime nestes descendentes certas particularidades e com grande regularidade; • Exemplo – Bovinos linhagem LENGRUBER  touro de corte que transmite docilidade; – Bovinos de Corte KAWARD  touro Nelore que melhora a garupa; – Cavalo Mangalarga marchador cavalo que transmite rusticidade; 27

Rebanho • Grupo de indivíduos aparenta dos, vivendo nas mesmas condições de ambiente (clima, alimentação etc.) e mostrando uniformidade e particularidades próprias;

28

Indivíduo • Todo ser que tem vida própria e independente de outros; • Mesmo pertencendo a mesma espécie, raça, linhagem e rebanho, cada indivíduo possui características que o individualiza perante os outros; • Base de todo o progresso da criação, pois dá margem a seleção, aproveitando a variabilidade existente;

29

GENÓTIPO = FENÓTIPO + AMBIENTE • Genótipo – é a composição de genes de um indivíduo. Resulta de sua posição genética e das suas potencialidades em termos hereditários. • Fenótipo – É a aparência física e externa de um indivíduo; tudo o que pode ser visto ou sentido, representado. É o resultado da interação entre genótipo e do meio ambiente (clima, alimentação) em que vive o indivíduo. 30

Caracteres raciais a) Morfológica: são características visíveis e palpáveis nos animais, como cor de pelagem, posição de orelhas, presença/ausência de chifres, perfil craniano etc. b) Fisiológico: Relacionado à fisiologia ou funcionamento orgânico exigindo observação mais detalhada para serem analisadas, como a capacidade de adaptação a determinado ambiente, prolificidade, precocidade etc. 31

Caracteres raciais c)

Etológicas: são aquelas ligadas ao comportamento do animal, como, temperamento, sociabilidade, instinto etc.

d) Econômicas: Consequência da atividade fisiológica e seu aproveitamento, motivo da própria exploração zootécnica, como aptidão leiteira, aptidão manteigueira, aptidão para carne, aptidão para monta etc. 32

Padrão racial • É o que se deseja de perfeição dentro de uma raça, ou seja, um animal considerado ideal dentro das características raciais; • Alcançado por meio da interferência do homem no acasalamento dos animais pertencentes a cada raça; • Comandado por características morfológicas exteriores, as quais podem não ter associação com a produtividade econômica do indivíduo; 33

Tipo étnico • Refere-se ao padrão racial ou tipo racial; • São características hereditárias que permitem a distinção fisionômica do animal como pertencente a uma determinada raça comparativamente a outras, independente da existência de um registro genealógico;

Boer

Savana

34

Tipo zootécnico • Refere-se ao exterior do animal, mostrando uma conformação que corresponde a uma certa utilização;

35

Registro genealógico • Árvore Genealógica ou Pedigree; • Documento que atesta e garante que um certo animal seja de determinada raça, pois nele está a árvore genealógica do animal, ou seja, os nome dos seus pais, avós e bisavós, além dos títulos, caso algum deles tenha sido campeão, a sua linha de sangue e o nome do criador; • Instrução Normativa MAPA 36/2006; 36

37

Registro Genealógico • Livro Fechado (LF) – Só admite o registro de animais nascidos filhos de pais registrados; – São animais Puros de Origem (PO), Puro de Origem Importado (POI) e Puro por Cruza (PC);

• Livro Aberto (LA) – Admite o registro de animais nascidos de pais desconhecidos ou que pelo menos o pai seja registrado e desde que se enquadre no padrão da raça; – São os Puros por Avaliação (PA); 38

Regras de classificação • • • •

Dependem das Associações Puros de Origem (PO) ou Puros por Pedigree (PP); Puros de Origem Importada (POI); Puros por Cruza (PPC) ou (PC) – cruzamento controlado por 5 gerações; • Puros por Avaliação (PA); • Puros por Cruza de Origem Desconhecida (PCOD); – PCOD é realizado só para fêmeas que estejam dentro do padrão da raça e que tenham no mínimo o pai conhecido (PO ou PA);

• Puros por Cruza de Origem Conhecida (PCOC); – No registro PCOC são registrados machos e fêmeas, com ascendência conhecida, filhos de fêmeas PC e de touros PO ou PA . 39

• Cada espécie possui diferentes raças que apresentam características fisiológicas e

produtivas diferentes, sendo selecionadas para diferentes tipos de produção, de acordo com a sua aptidão

40

EQUINOS 1. SELA: são cavalos leves, energéticos, com ossatura fina, corpo enxuto; 2. TRAÇÃO: cavalos com aspecto largo e profundo, ossatura forte, musculatura abundante, menos ágil; 3. MISTO: cavalos com características intermediárias

Mangalarga marchador

Percheron

Andaluz

Árabe

Bretão

41

SUÍNOS 1. BANHA: corpo largo, profundo, simétrico, Canastra baixo e compacto 2. CARNE MAGRA: corpo longo, profundo, bem equilibrado ou quartos posteriores equilibrados 3. CARNE E TOUCINHO: intermediários entre os dois tipos

Piau

Wessesx

Landrace

42

BOVINOS 1. LEITE: animal menos musculoso, com ângulos Holandesa e costelas salientes. Bom desenvolvimento das glândulas mamárias 2. CORTE: tendência à Nelore engorda, corpo em forma de cilindro compacto, maior volume nos posteriores; 3. MISTO: atributos intermediários;

Jersey

Angus

Blanc belgian blue

Pardo suíço

43

CAPRINOS 1. LEITE: aspecto descarnado, matrizes femininas e úbere bem desenvolvido; 2. CORTE: corpo comprido e profundo com massa muscular bem desenvolvida; 3. PELO: pelo brilhoso, fino, uniforme; 4. MISTO: leite e carne;

Pardo alpina

Saanen

Boer

Angorá

Anglo nubiano

44

OVINOS 1. LÃ: pequeno porte, corpo cilíndrico envolto por densa cobertura de Merino lã; 2. CORTE E PELE: deslanados e substituição da lã por Santa ines pelos curtos; 3. MISTO: leite, carne e lã – carcaças de boa qualidade, lã de menor qualidade e baixa Bergamacia produção de leite;

Corriedale

Dorper

45

BUBALINOS 1. LEITE Murrah

Mediterrâneo

2. MISTO Jafarabadi

3. CARNE E TRAÇÃO

Carabao

46

AVES 1. POSTURA: boa poedeiras e bom desenvolvimento corporal; LEGHORN

DEKALB

1. CORTE: bom desenvolvimento de partes nobres – peito, coxas;

GIGANTE NEGRO

COBB

47

Considerações finais • Identificar a aptidão das espécies;

• Explorar o potencial das raças;

48

Nomenclatura Boi; Cavalo; Bode; Carneiro; Búfalo; Abelha; Galinha; Porco; Peru;

Bicho-da-seda; Coelho; Codorna; Camarão; Caranguejo; Jacaré; Avestruz; Rã 49
2 - TAXONOMIA ZOOTÉCNICA

Related documents

49 Pages • 1,883 Words • PDF • 4.1 MB

6 Pages • 1,391 Words • PDF • 942.5 KB

5 Pages • 2,621 Words • PDF • 72.7 KB

32 Pages • 12,438 Words • PDF • 4.1 MB

6 Pages • 2,533 Words • PDF • 1006.5 KB

2 Pages • 281 Words • PDF • 367.5 KB

26 Pages • 1,042 Words • PDF • 389.7 KB

1 Pages • 158 Words • PDF • 399.6 KB

130 Pages • PDF • 31.7 MB

169 Pages • 38,943 Words • PDF • 2.1 MB

2 Pages • 123 Words • PDF • 436.4 KB

47 Pages • 18,036 Words • PDF • 1.1 MB