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QUESTÃO 01 PROVA BRANCA – CONTB GERAL: Em 31/03/2018, uma Sociedade Empresária contratou um seguro para veículos utilizados em atividades administrativas pelo valor total de R$ 12.000,00 para vigência de 12 meses a partir da mesma data. O contrato determinava que 25% do prêmio deveria ser pago à vista e o restante em três parcelas iguais, mensais e consecutivas. Conforme o contrato, a Sociedade Empresária pagou os 25% do prêmio na mesma data de contração. Considerando-se apenas as informações apresentadas, assinale, entre as opções a seguir, o lançamento contábil a ser feito pela Sociedade Empresária que reflete o registro dos fatos ocorridos em 31/03/2018.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? Que selecionemos o lançamento contábil dos fatos ocorridos em 31/03/2018, que se trata da contratação de um seguro para os veículos da empresa. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Essa é uma questão bem fácil, mas que a grande “chave”, que a banca quer saber, é se você respeita o “regime de competência”. Quando contratamos um seguro, com vigência para 12 meses, não podemos lançar todo o valor no “resultado” da empresa como “despesa”... isso feriria gravemente o “regime de competência”. Então, como contabilizaremos?

Bom, temos que lançar numa conta do ativo circulante, por se tratar de um “direito” que a empresa tem de utilizar o seguro por um período de 12 meses, e conforme for passando os meses, a empresa deverá “apropriar” o valor correspondente ao mês no resultado. Ou seja, aí sim é que se transformará em “despesa”, conforme for passando os meses e a empresa for “apropriando”. Com isso, no momento da aquisição, o lançamento do “débito” contábil será: D – Prêmio de Seguros a Apropriar – AC ... R$ 12.000,00 Já de cara, conseguimos eliminar as alternativas das letras "a" e "d". Pelo fato do seguro ter sido pago 25% à vista e o restante a prazo, o “crédito” contábil será: C – Caixa – Ativo Circulante ... R$ 3.000,00 C – Seguros a Pagar – Passivo Circulante ... R$ 9.000,00 Sendo assim, alternativa da letra “C”. Dica: estude o Plano de Contas que vem no Anexo III do edital. Gabarito: “C” QUESTÃO 02 PROVA BRANCA – CONTB GERAL: Observe a seguir as representações gráficas da situação patrimonial das empresas Alfa e Beta em dois momentos subsequentes.

Considerando as modificações nos elementos básicos dos balanços patrimoniais representados anteriormente, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) No momento 2 a empresa Alfa reverteu um passivo contingente que estava anteriormente reconhecido no momento 1. ( ) No momento 2 a empresa Beta realizou uma operação de financiamento para aquisição de novos ativos. ( ) Ao contrário da empresa Alfa, a empresa Beta reduziu significativamente seu endividamento em relação ao Patrimônio Líquido. A sequência está correta em A) V, V, F. B) V, F, V. C) F, V, F. D) F, F, V.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar as afirmativas apresentadas como Verdadeiras ou Falsas e então identificar a alternativa que apresente a sequência correta. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Essa é uma questão aborda alguns conceitos básicos de contabilidade e devemos utilizar o raciocínio lógico para interpretar as variações patrimoniais.

Sabemos que toda origem de capital que entra na empresa é registrada no lado do passivo, sendo que o Passivo Circulante e Não Circulante representa o Capital de Terceiros dentro da empresa e o Patrimônio Líquido representa o Capital Próprio.

A destinação desse capital é registrada no lado do Ativo da empresa.

A primeira afirmativa, diz que no momento 1, a empresa Alfa tinha um passivo contingente reconhecido e que esse passivo foi revertido, ou seja, essa obrigação deixou de existir. Porém, o gráfico mostra que o Passivo no momento 2, ficou maior que no momento 1 e por isso essa afirmação é FALSA.

A segunda alternativa, diz que no momento 2 a empresa Beta realizou uma operação de financiamento para aquisição de novos ativos. Nesse caso, o passivo da empresa deveria aumentar, mas o gráfico mostra o contrário e por isso, essa afirmação também é FALSA.

A terceira afirmativa, compara o momento 2 com relação ao momento 1 de cada uma das empresas separadamente e conclui que a empresa Beta reduziu seu endividamento, podemos verificar que o passivo da empresa Beta no momento 2 está bem menor, e o passivo da empresa Alfa no momento 2 aumentou. Com isso, podemos concluir que essa afirmativa é VERDADEIRA. Com isso, chegamos na sequência F, F, V, que nos leva para a alternativa “D” Gabarito: “D”

QUESTÃO 03 PROVA BRANCA – CONTB GERAL: Em 06/11/2017, uma Sociedade Empresária vendeu mercadorias para revenda com as seguintes condições de pagamento: 60% do valor da venda foi recebido à vista, em dinheiro.  o restante do valor da venda foi a prazo, com parcelamento em três prestações mensais, iguais e consecutivas de R$ 300,00 com a primeira prestação devendo ser quitada um mês após a venda. 

Informações adicionais:

a Sociedade Empresária exigiu o pagamento de 1,2% ao mês de taxa de juros compostos na fatia que representa a venda parcelada.  o Custo das Mercadorias Vendidas na transação de venda foi R$ 878,82. 

Com base nas informações apresentadas e desconsiderando-se a incidência de impostos, assinale os lançamentos contábeis que refletem corretamente o registro da venda realizada pela Sociedade Empresária em 06/11/2017. Admita que os lançamentos contábeis foram efetuados com valores aproximados e que a Sociedade Empresária adota o mês comercial de 30 dias em suas vendas parceladas.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede?

Que selecionemos os lançamentos contábeis que refletem corretamente o registro da venda realizada em 06/11/2017. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa é outra questão em que novamente será necessário respeitar o “regime de competência”. Quando a empresa realizou a venda de mercadorias, temos 2 acontecimentos: 1) A venda (receita) e a forma de recebimento dessa venda (à vista e a prazo); e 2) A saída da mercadoria dos estoques (que é o reconhecimento do custo). Então, como contabilizaremos? Vamos ver por etapas: 1) A venda (receita) e a forma de recebimento dessa venda (à vista e a prazo) Bom, no enunciado diz que: 60% do valor da venda foi recebido à vista, em dinheiro.  o restante do valor da venda foi a prazo, com parcelamento em três prestações mensais, iguais e consecutivas de R$ 300,00 com a primeira prestação devendo ser quitada um mês após a venda.  a Sociedade Empresária exigiu o pagamento de 1,2% ao mês de taxa de juros compostos na fatia que representa a venda parcelada. 

Ou seja, não nos deu o valor total da receita, precisando ser calculado e achados os 100% do total da receita. Teoricamente, seria fácil encontrar os 40% somando as três parcelas de R$ 300,00 (que daria 900,00 ao todo parcelado) e depois calcular e acrescentar os

60% pago à vista, entretanto, a empresa está cobrando 1,2% ao mês de taxa de juros compostos na fatia que representa a venda parcelada, ou seja, dentro dos R$ 900,00. Logo, temos juros embutidos nessa parte da receita e que teremos que calcular e separar para o lançamento contábil. Os juros são compostos, e na HP12C, temos que trazer os 900,00 (que são 3 parcelas de R$ 300,00) ao valor presente, assim: 300,00 | CHS | PMT 3|n 1,2 | i PV = 878,82

Portanto, se o valor presente da receita “sem” os juros é R$ 878,82, os juros embutidos são: Juros = R$ 900,00 – 878,82 = R$ 21,18 Ok, agora vamos calcular os 60% que foram pagos à vista: Se 878,82 é 40%, logo, 60% é R$ 1.318,23 (calculado assim: R$ 878,82 x 60, depois dividido por 40 = 1.318,23, ou seja, regra de três básica) Agora sim, nesse momento, temos a informação de que a Receita total é de: Receita = R$ 878,82 + 1.318,23 = R$ 2.197,05 Com isso, nesta primeira etapa, o lançamento contábil será: D - Caixa – Ativo Circulante

R$ 1.318,23

D – Duplicatas a Receber – Ativo Circulante

R$ 900,00

C – Juros a Apropriar – Ativo Circulante

R$ 21,18

C – Receitas de Vendas - Resultado

R$ 2.197,05

Lembrando que a conta de "Juros a Apropriar" é uma conta “redutora” dentro do grupo Contas a Receber no Ativo Circulante, e esses juros seráo devidamente apropriados no resultado conforme o regime de competência.

Vamos agora para a segunda etapa: 2) A saída da mercadoria dos estoques (que é o reconhecimento do custo) Temos a seguinte informação no enunciado: 

o Custo das Mercadorias Vendidas na transação de venda foi R$ 878,82.

O lançamento contábil desta etapa será: D – Custo das Mercadorias Vendidas – Resultado

R$ 878,82

C – Mercadorias para Recenda – Ativo Circulante R$ 878,82 Ufaaa, finalmente terminamos, hehehe... \o/ Juntando todos os lançamentos que fizemos, no momento da venda, temos: D - Caixa – Ativo Circulante

R$ 1.318,23

D – Duplicatas a Receber – Ativo Circulante

R$ 900,00

C – Juros a Apropriar – Ativo Circulante

R$ 21,18

C – Receitas de Vendas - Resultado

R$ 2.197,05

D – Custo das Mercadorias Vendidas – Resultado

R$ 878,82

C – Mercadorias para Recenda – Ativo Circulante R$ 878,82 Identificamos que alternativa da letra “A” é a que corresponde com os registros contábeis corretos. Dica: estude o Plano de Contas que vem no Anexo III do edital. Gabarito: “A”

QUESTÃO 04 PROVA BRANCA – CONTB GERAL: Analise as informações a seguir. A Companhia B, em 29/12/2017, vendeu mercadorias para a Companhia A ao valor de R$ 200.000,00. Essa transação gerou um lucro de R$ 80.000,00 para a Companhia B.  A Companhia A, na apuração do Balanço Patrimonial do exercício social de 2017, constatou que permaneciam em seus Estoques todas aquelas mercadorias que foram adquiridas da Companhia B no dia 29/12/2017.  A única mutação no Patrimônio Líquido da Companhia B, no exercício social de 2017, foi o valor do Lucro Líquido de R$ 120.000,00.  A Companhia A tem influência significativa sobre a Companhia B, mesmo sem controlá-la. O percentual de participação da Companhia A na Companhia B é de 40%. 

Com base nas informações apresentadas e desconsiderando-se os aspectos tributários, assinale o Resultado da Equivalência Patrimonial relativo à participação da Companhia A na Companhia B. A) R$ 16.000,00. B) R$ 32.000,00. C) R$ 40.000,00. D) R$ 80.000,00. Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar o Resultado da Equivalência Patrimonial relativo à participação da Companhia A na Companhia B. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Essa questão aborda aspectos contidos na NBC TG 18 – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto. Vamos começar estudando alguns conceitos apresentados na NBC TG 18: “Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas.”

“Método da Equivalência Patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida. As receitas ou as despesas do investidor incluem sua participação nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados abrangentes incluem a sua participação em outros resultados abrangentes da investida.” Essa norma também utiliza termos como transações ascendentes (upstream) e transações descendentes (downstream). As transações ascendentes são, por exemplo, vendas de ativos da coligada para o investidor. As transações descendentes são, por exemplo, vendas de ativos do investidor para a coligada. A questão apresenta uma situação de transação ascendente, onde a Companhia B faz uma venda para a Companhia A. Para esta situação, o item 28B da NBC TG 18 define o seguinte: “Os resultados decorrentes de transações ascendentes (upstream) entre a controlada e a controladora e de transações entre as controladas do mesmo grupo econômico devem ser reconhecidos nas demonstrações contábeis da vendedora, mas não devem ser reconhecidos nas demonstrações contábeis individuais da controladora enquanto os ativos transacionados estiverem no balanço de adquirente pertencente ao grupo econômico.” Significa que enquanto os ativos adquiridos pela Companhia A ainda estiverem em seu ativo, o valor do Lucro obtido pela Companhia B relativo à transação entre as duas companhias, não deve ser reconhecido. O Lucro será reconhecido à medida que o ativo for vendido para terceiros, for depreciado, sofrer Impairment ou baixa por qualquer outro motivo. Agora podemos apurar o Resultado da Equivalência Patrimonial: Vamos começar, então, subtraindo o lucro da transação entre as Companhias A e B do valor do Lucro Líquido da Companhia B: 120.000,00 – 80.000,00 = R$ 40.000,00 Esse é o valor do Lucro Líquido Ajustado da Companhia B. Essa será a base para reconhecermos, na proporção do investimento o valor que será reconhecido na Companhia A. O enunciado informou que a participação da Companhia A na Companhia B é de 40%, logo:

40.000,00 x 40% = R$ 16.000,00 Esse é o valor que será reconhecido como Resultado da Equivalência Patrimonial. Gabarito: “A” QUESTÃO 05 PROVA BRANCA – CONTB GERAL: O departamento contábil da Companhia Alfa apresentou as seguintes transações com mercadorias ao longo do mês de abril de 2018: Dia 10: Compra de mercadorias para revenda à vista ao valor de R$ 10.000,00. Além desse valor, foi pago R$ 500,00, em dinheiro, referente ao frete cobrado para que a transportadora entregasse as mercadorias na Companhia Alfa. Dia 16: Venda de mercadorias para revenda à vista ao valor de R$ 7.000,00. Dia 23: Devolução de 30% da venda realizada em 16/04. O cliente foi reembolsado em dinheiro no momento da devolução. Dia 30: Devolução de 50% da compra realizada em 10/04. A Companhia Alfa foi reembolsada em dinheiro no momento da devolução. Nesse mesmo mês:  o saldo inicial em caixa: R$ 11.000,00;  as despesas administrativas: R$ 160,00;  o estoque inicial de mercadorias para revenda: R$ 12.000,00;  o estoque final de mercadorias para revenda: R$ 14.560,00;

Com base somente nas informações apresentadas e desconsiderando-se qualquer incidência de tributos, assinale o lucro líquido registrado em abril 2018. A) R$ 460,00. B) R$ 1.800,00. C) R$ 2.560,00. D) R$ 2.940,00. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? O valor do lucro líquido de abril de 2018, mediante as transações de compra e venda de mercadorias da empresa.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Para encontrar o lucro líquido, teremos que identificar as transações que causaram impacto no resultado, ou seja, somar as receitas e deduzir os custos e despesas. Entretanto, já aviso que não será necessário elaborar toda a estrutura da DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) e sim resolver essa questão da maneira mais rápida possível. Vamos então por etapas, ok?! a) Cálculo da receita: Dados do enunciado:  Dia 16: Venda de mercadorias para revenda à vista ao valor de R$ 7.000,00.  Dia 23: Devolução de 30% da venda realizada em 16/04. O cliente foi reembolsado em dinheiro no momento da devolução.

Se houve a devolução, então a receita será: Devolução = R$ 7.000,00 x 30% = R$ 2.100,00 Receita = R$ 7.000 – R$ 2.100,00 = R$ 4.900,00 b) Apuração do custo: Dados do enunciado:  Dia 10: Compra de mercadorias para revenda à vista ao valor de R$ 10.000,00. Além desse valor, foi pago R$ 500,00, em dinheiro, referente ao frete cobrado para que a transportadora entregasse as mercadorias na Companhia Alfa.  Dia 30: Devolução de 50% da compra realizada em 10/04. A Companhia Alfa foi reembolsada em dinheiro no momento da devolução.  o estoque inicial de mercadorias para revenda: R$ 12.000,00;  o estoque final de mercadorias para revenda: R$ 14.560,00;

Com essas informações, vamos calcular o custo “por diferença” por meio da tradicional fórmula do CMV, sendo CMV = EI + C – EF. Mas, vamos primeiramente apurar o valor das compras, que na fórmula é o “C”, onde adicionaremos o frete pago pela empresa (de R$ 500,00) e efetuaremos o desconto da devolução efetuada no dia 30 de 50%. Ficará assim: Compras no dia 10 = 10.000,00 Frete pago = 500,00 Devolução da compra = 10.000,00 x 50% = 5.000,00 Compras líquidas = 10.000,00 + 500,00 - 5.000,00 = 5.500,00 Agora, apuremos o Custo:

CMV = EI + C – EF CMV = 12.000,00 + 5.500,00 – 14.560,00 CMV = R$ 2.940,00 c) Apuração do Lucro Líquido: Agora, vamos apurar o resultado somando as receitas, menos os custos e despesas: Receita: R$ 4.900,00 Custo: (R$ 2.940,00) Despesa: (R$ 160,00) Lucro Líquido : R$ 1.800,00 Gabarito: “B” QUESTÃO 06 PROVA BRANCA – CONTB GERAL: Uma academia de ginástica incorreu em gastos internos para o funcionamento de seu website, criado, somente e basicamente, para promoção e publicidade dos serviços que ela tem a oferecer. Estes gastos englobaram: Pagamento de profissionais para fazerem toda a atualização de gráficos e revisão do conteúdo do website à R$ 10.000,00 que saíram do caixa. 

Considerando-se apenas as informações apresentadas e a NBC TG 04 (R4) – ATIVO INTANGÍVEL, assinale o lançamento contábil a ser feito pela academia de ginástica para registrar o fato ocorrido.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar a alternativa que apresenta o lançamento contábil correto de acordo com a NBC TG 04 – Ativo Intangível. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Essa questão exige o conhecimento de alguns aspectos importantes da NBC TG 04 – Ativo Intangível. Abaixo vou colocar os pontos mais essenciais para a resolução dessa questão, mas como sempre recomendamos aqui, aprofunde o conhecimento neste assunto, pois a banca pode explorar outros aspectos das normas no futuro. Feitas as devidas considerações, vamos aos conceitos:

“Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem substância física.” A definição de ativo intangível requer que ele seja identificável.

“12. Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo intangível quando: (a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou

(b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.”

A norma apresenta vários itens relacionados a definições de ativos intangíveis e critérios de reconhecimento.

“18. O reconhecimento de um item como ativo intangível exige que a entidade demonstre que ele atende: (a) a definição de ativo intangível (ver itens 8 a 17); e (b) os critérios de reconhecimento (ver itens 21 a 23). Este requerimento é aplicável a custos incorridos inicialmente para adquirir ou gerar internamente um ativo intangível e aos custos incorridos posteriormente para acrescentar algo, substituir parte ou recoloca-lo em condições de uso.” 21. Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se: (a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e (b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade. Um website resultante de desenvolvimento deve ser reconhecido como ativo intangível se, e apenas se, além de atender os requerimentos gerais descritos no item 21 para reconhecimento e mensuração inicial, a entidade satisfizer os requerimentos de classificação do ativo de acordo com os itens 52 a 67 da norma.

A entidade pode ter capacidade para satisfazer o requisito de demonstrar de que forma o seu website irá gerar prováveis benefícios econômicos futuros quando, por exemplo, o website tem capacidade para gerar receitas, mas a entidade não pode demonstrar de que forma um website, desenvolvido somente e basicamente para promoção e publicidade dos seus serviços, irá gerar prováveis benefícios econômicos futuros e, assim, todos os gastos com o desenvolvimento de tal website devem ser reconhecidos como despesa no momento em que forem incorridos. Gabarito: “D”

QUESTÃO 07 PROVA BRANCA – PRINC E NORMAS:

Uma companhia tem como objeto social a produção e comercialização de canade-açúcar. Para tanto, consta em seu balanço patrimonial algumas lavouras de cana-de-açúcar registradas no grupo Ativos Biológicos. Em seu último exercício social, a companhia divulgou que aplicou, de maneira consistente, as seguintes políticas contábeis: I. A cana colhida foi mensurada ao valor justo menos as despesas de venda no ponto da colheita e reconhecida nos Estoques de Produtos Agrícolas (Ativo Circulante). II. Os estoques de adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas foram avaliados pelo custo de aquisição, haja vista que o valor de custo é menor que o valor realizável líquido. III. As lavouras de cana-de-açúcar foram mensuradas pelo valor justo, utilizando a abordagem de preços de mercado dessa commodity, deduzido das despesas com vendas e custos a incorrer, a partir da pré-colheita. Considerando-se apenas as informações apresentadas, é correto afirmar que essa companhia atendeu ao que dispõe as normas NBC TG 29 (R2) – ATIVO BIOLÓGICO E PRODUTO AGRÍCOLA e NBC TG 16 (R2) – ESTOQUES no que consta em: A) I, II e III. B) I, apenas. C) II, apenas. D) I e III, apenas. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? Que assinalemos a alternativa correta mediante julgamento dos itens, que trazem informações constantes nas normas: NBC TG 29 de Ativo Biológico e NBC TG 16 de Estoques. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Trata-se de uma questão puramente conceitual, teórica, onde se faz necessário conhecimento do reconhecimento de ativos biológicos e de estoques. Vamos analisar, então, os itens do enunciado, tendo em mente que se trata de uma empresa que produz e comercializa cana-de-açúcar, ou seja, tem cana-deaçúcar registrada nos Estoques, e que também tem cana-de-açúcar registradas no grupo Ativos Biológicos.

Item I: A cana colhida foi mensurada ao valor justo menos as despesas de venda no ponto da colheita e reconhecida nos Estoques de Produtos Agrícolas (Ativo Circulante). Análise: está CORRETO, pois de acordo com item 13 da NBC TG 29, diz o seguinte: “O produto agrícola colhido de ativos biológicos da entidade deve ser mensurado ao valor justo, menos a despesa de venda, no momento da colheita. O valor assim atribuído representa o custo, no momento da aplicação da NBC TG 16 – Estoques, ou outra norma aplicável.” Item II: Os estoques de adubos, fertilizantes e defensivos agrícolas foram avaliados pelo custo de aquisição, haja vista que o valor de custo é menor que o valor realizável líquido. Análise: está CORRETO, pois de acordo com item 09 da NBC TG 16, diz o seguinte: “Os estoques objeto desta Norma devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.” III. As lavouras de cana-de-açúcar foram mensuradas pelo valor justo, utilizando a abordagem de preços de mercado dessa commodity, deduzido das despesas com vendas e custos a incorrer, a partir da pré-colheita. Análise: está CORRETO, pois de acordo com item 13 da NBC TG 29, diz o seguinte: “O produto agrícola colhido de ativos biológicos da entidade deve ser mensurado ao valor justo, menos a despesa de venda, no momento da colheita. O valor assim atribuído representa o custo, no momento da aplicação da NBC TG 16 – Estoques, ou outra norma aplicável.” Sendo assim, os itens I, II e III estão corretos. Gabarito: “A” QUESTÃO 08 PROVA BRANCA – CONT GERAL: As informações a seguir foram disponibilizadas pelo Departamento Contábil de uma Sociedade Anônima que atua no setor de comércio.



Em 2017 foram pagos dividendos no valor de R$ 700.000,00.

Considerando-se as informações apresentadas e a NBC TG 03 (R3) – DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA, assinale o valor que representa o Caixa Líquido Gerado pelas Atividades Operacionais dessa companhia. A) (R$ 2.400.000,00). B) (R$ 1.200.000,00). C) R$ 800.000,00. D) R$ 2.400.000,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar a alternativa que apresenta o Caixa Líquido Gerado pelas Atividades Operacionais da companhia. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Essa questão envolve a Demonstração dos Fluxos de Caixa e vamos aproveitar para, brevemente, rever alguns conceitos básicos, descritos na NBC TG 03.

A DFC apresenta os fluxos de caixa classificados em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. A definição de cada uma dessas atividades, de acordo com a norma é:

“Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades que não são de investimento e tampouco de financiamento.”

“Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa.”

“Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros da entidade.”

Por ser um assunto recorrente nos exames, recomendo a leitura e aprofundamento do estudo desta norma. Aproveite para verificar o detalhamento dos tipos de atividade apresentados na norma.

Além disso, a apresentação da DFC pode ser feita utilizando o Método Direto ou Método Indireto.

Para a resolução dessa questão, não vamos entrar no detalhamento e explicação de cada um dos métodos, por isso, é importante que busque informações sobre eles. Muita coisa é explicada na própria NBC.

Essa questão, é resolvida aplicando o método indireto, no qual o lucro líquido apresentado é ajustado aos efeitos das variações ocorridas no período nas contas operacionais a receber, a pagar, estoques, itens que não afetam o caixa, como depreciação por exemplo. Para elaborar a DFC, utilizaremos a variação destas contas entre os períodos apresentados e faremos os devidos ajustes. Os ajustes são feitos da seguinte forma:  

Quando a empresa paga ou deixa de receber o ajuste reduz o caixa. Quando a empresa recebe ou deixa de pagar o ajuste aumenta o caixa.

Sendo assim, teremos o seguinte:

Gabarito: “C”

QUESTÃO 09 PROVA BRANCA – CONT GERAL: Os seguintes saldos em Duplicatas a Receber e Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) constavam no Ativo Circulante do Balanço Patrimonial de uma Sociedade Anônima.

Sabe-se que, após esgotadas diversas tentativas de cobrança sem sucesso, inclusive utilizando-se de meios judiciais, o departamento jurídico informou ao departamento contábil que havia evidências significativas e objetivas de que o Cliente B não pagaria a dívida de R$ 30.000,00. Considerando-se somente as informações apresentadas, e que os relatórios contábil-financeiros devem representar fidedignamente a realidade econômica da entidade, assinale o valor da perda incorrida com o Cliente B que a Sociedade Anônima deveria reconhecer no resultado do exercício. A) R$ 1.500,00. B) R$ 1.700,00. C) R$ 28.500,00. D) R$ 30.000,00.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede?

O valor da perda com o “Cliente B” que a empresa deve reconhecer no resultado do exercício. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Essa é uma questão muiiiiito simples de PECLD (nossa antiga PDD), onde o nosso foco tem que estar apenas sobre o “Cliente B”. Do “Cliente B”, o valor a receber era de R$ 30.000,00 e já existia uma perda estimada registrada no valor de R$ 1.500,00, mas agora, o departamento jurídico informou ao departamento contábil que esse cliente não vai pagar nadinha de nada. Então, basta baixar o restante como perda, ou seja: Valor a Receber = R$ 30.000,00 PECLD = R$ 1.500,00 Perda restante = R$ 30.000,00 – R$ 1.500,00 = R$ 28.500,00

Simplificando, são esses R$ 28.500,00 que empresa deverá reconhecer de perda incorrida neste momento. Gabarito: “C”

QUESTÃO 10 PROVA BRANCA – CONT GERAL: A empresa Exemplo S.A. apresentou, em 31 de dezembro de 2016, o total do Patrimônio Líquido no valor de R$ 150.000,00. Durante o ano de 2017, a empresa apresentou as seguintes movimentações no seu Patrimônio Líquido:      

Integralização de Capital em dinheiro R$ 10.000,00 Incorporação de Reservas ao Capital R$ 10.000,00 Lucro Líquido do Período R$ 100.000,00 Destinação do lucro para reserva legal R$ 5.000,00 Destinação do lucro para reserva para contingência R$ 15.000,00 Destinação do lucro para dividendos obrigatórios R$ 20.000,00



Aquisição de ações da própria companhia R$ 5.000,00

O total do Patrimônio Líquido da empresa Exemplo S.A. em 31 de dezembro de 2017 foi de: A) R$ 235.000,00. B) R$ 245.000,00. C) R$ 240.000,00. D) R$ 250.000,00. Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar a alternativa que apresente o valor total do Patrimônio Líquido da empresa em 31/12/2017. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Para resolver essa questão era possível elaborar uma DMPL (método mais lento) ou simplesmente verificar quais das movimentações apresentadas possuem lançamentos de partida ou contrapartida fora do Patrimônio Líquido. O raciocínio utilizado é de que caso os lançamentos tanto a débito quanto a crédito forem ambos em contas do PL, o saldo final não será afetado, pois será uma simples transferência. Das movimentações apresentadas, as que irão afetar o PL são: Integralização de Capital em dinheiro, pois envolve lançamentos no Ativo e no PL; Lucro Líquido do Período, pois envolve lançamentos no Resultado e no PL; Destinação do Lucro para dividendos obrigatórios, pois envolve lançamentos no Passivo e no PL; e Aquisição de ações da própria companhia, pois envolve lançamentos no Ativo e no PL. Sabemos que os lançamentos a Crédito aumentam o PL enquanto que os lançamentos a Débito diminuem o PL e sabemos, também, que o saldo anterior do PL era de R$ 150.000,00. Com isso, basta aumentar ou diminuir esse saldo, de acordo com os lançamentos das contas que identificamos anteriormente.

Gabarito: “A” QUESTÃO 11 PROVA BRANCA – CONT GERAL: Em determinado período, a empresa Dom Casmurro Comercial apresentou a seguinte estrutura patrimonial:

Com base nos dados anteriores, os valores de Ativo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido são, respectivamente: A) R$ 686.000,00; R$ 100.000,00; e, R$ 262.000,00. B) R$ 304.000,00; R$ 100.000,00; e, R$ 424.000,00. C) R$ 304.000,00; R$ 100.000,00; e, R$ 262.000,00. D) R$ 686.000,00; R$ 124.000,00; e, R$ 262.000,00.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? O valor do AC, PNC e PL mediante os saldos contábeis apresentados. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa é uma questão muiiiiito fácil, onde basta ter os conhecimentos básicos de classificação das contas contábeis.

Para resolver, basta classificar os saldos das contas contábeis quanto ao grupo pertencente e apurar os valores de cada grupo conforme abaixo. Contas do Ativo Circulante (AC): Caixa – R$ 50.000,00 Banco – R$ 99.500,00 Duplicatas a receber – R$ 84.500,00 Estoques – R$ 70.000,00 Total AC = R$ 304.000,00 Contas do Ativo Não Circulante (ANC): Terrenos – R$ 230.000,00 Móveis e utensílios – R$ 19.000,00 Veículo – R$ 45.000,00 Edificações – R$ 88.000,00 Total ANC = R$ 382.000,00 Contas do Passivo Circulante (PC):

Fornecedores – R$ 300.000,00 Salários a pagar – R$ 24.000,00 Total PC = R$ 324.000,00 Contas do Passivo Não Circulante (PNC): Empréstimos a pagar (Longo Prazo) – R$ 100.000,00 Total PNC = R$ 100.000,00 Contas do Patrimônio Líquido (PL): Capital Social – R$ 262.000,00 Total PL = R$ 262.000,00 Tendo em vista que a questão pede apenas valor do AC, PNC e PL, será: AC = R$ 304.000,00 PNC = R$ 100.000,00 PL = R$ 262.000,00 Sendo assim, alternativa da letra “C”. Dica: estude o Plano de Contas que vem no Anexo III do edital. Gabarito: “C”

QUESTÃO 12 PROVA BRANCA – CONT GERAL: Os atos praticados pelos administradores ou donos da empresa, que afetam o Patrimônio empresarial, são denominados Fatos Administrativos ou Contábeis. Tais fatos geram transações que necessitam ser registradas por meio de lançamentos contábeis. Em determinado período, a empresa Madame Bovary apresentou alguns fatos contábeis:

Com base nos dados anteriores, os valores de Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido são, respectivamente: A) R$ 3.200,00; R$ 400,00; e, R$ 2.800,00. B) R$ 3.200,00; R$ 2.800,00; e, R$ 400,00. C) R$ 3.200,00; R$ 400,00; e, R$ 1.000,00. D) R$ 2.800,00; R$ 3.200,00; e, R$ 1.000,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresente os valores do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido da empresa. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Para resolver essa questão, basta realizar os lançamentos contábeis de cada um dos fatos para montar o Balanço Patrimonial. --> Entrada de Capital Inicial em dinheiro – R$ 1.800,00 D – Caixa (Ativo) C – Capital Social (PL) --> Depósito bancário – R$ 800,00

D – Banco c/ Movimento (Ativo) C – Caixa (Ativo) --> Compra de estoques para revenda, a prazo – R$ 600,00 D – Estoques (Ativo) C – Fornecedores (Passivo) --> Pagamento de fornecedores com transferência bancária – R$ 200,00 D – Fornecedores (Passivo) C – Banco c/ Movimento (Ativo) --> Aumento de capital com terreno – R$ 1.000,00 D – Imobilizado (Ativo) C – Capital Social (PL)

Para facilitar a visualização de todos esses lançamentos, montei os razonetes com toda a movimentação e dispus no formato do balanço patrimonial com todos os saldos:

Portanto, temos que o saldo do Ativo é R$ 3.200,00, Passivo R$ 400,00 e PL R$ 2.800,00. Gabarito: “A”

QUESTÃO 13 PROVA BRANCA – TEORIA: De acordo com a Estrutura Conceitual Básica da contabilidade brasileira, um ativo pode ser considerado como circulante em determinadas ocasiões. Das situações a seguir, qual NÃO condiz com a classificação de ativo circulante? A) Quando o ativo está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado.

B) Quando espera-se que o ativo seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade. C) Quando o ativo é caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço. D) Quando o ativo representar direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? Que assinalemos a alternativa do que NÃO condiz com a classificação de ativo circulante, de acordo com a Estrutura Conceitual Básica da contabilidade brasileira. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Trata-se de uma questão de teoria básica da contabilidade, onde temos que identificar o que não é ativo circulante. A NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, em seu item 66, nos traz os conceitos de como deve ser classificado um Ativo Circulante. Vejamos: “O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios: (a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade; (b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; (c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou (d) é caixa ou equivalente de caixa (conforme definido na NBC TG 03), a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço. Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulante.” Então, comparando com as alternativas, vemos que o que não condiz com o ativo circulante é o que diz na letra “D”: D) Quando o ativo representar direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens.

Se analisarmos bem, vemos claramente que a letra “D” nos traz o conceito de bens do “ativo imobilizado”, que são classificados dentro do ativo não circulante. Gabarito: “D” QUESTÃO 14 PROVA BRANCA – CONT GERAL: ma prestadora de serviços de consultoria obteve no exercício de 2016 um prejuízo fiscal acumulado no seu LALUR no valor de R$ 250.000. No exercício de 2017, a empresa apresentou na Demonstração de Resultado um lucro de R$ 450.000, assim distribuídos:

Considerando as informações anteriores, qual seria o valor do imposto de renda anual a pagar? A) R$ 90.000,00. B) R$ 126.000,00. C) R$ 127.500,00. D) R$ 169.750,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar a alternativa que apresente o valor do IRPJ anual a pagar. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa questão envolve muitos detalhes que precisam ser observados. O primeiro deles é saber que a apuração do imposto de renda possui tratativas diferentes para empresas que fazem apuração mensal, trimestral e anual.

O enunciado do exercício menciona que a apuração do imposto é anual, e por isso, vamos fazer toda a fundamentação buscando detalhar apenas esta forma de tributação.

Recomendo que aprofundem os estudos buscando informações sobre as regras de tributação para empresas que fazem apuração mensal e trimestral. Vamos começar entendendo como funciona a apuração Imposto de Renda.

A Instrução Normativa SRF Nº 11 de 1996 dispõe sobre a apuração do imposto de renda sobre o lucro das pessoas jurídicas. A seção V é que trata da Tributação com base no Lucro Real. “Art. 18. O imposto será calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, sem prejuízo da incidência do adicional previsto no art. 37. § 1º A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido com observância das leis comerciais. § 2º Considera-se lucro real o lucro líquido do período-base, ajustado pelas adições prescitas e pelas exclusões ou compensações autorizadas pela legislação do imposto de renda.”

“Art. 37. A parcela do lucro real, presumido ou arbitrado, apurado anualmente, que exceder a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais), sujeita-se à incidência de adicional de imposto de renda à alíquota de dez por cento. § 1º O limite previsto neste artigo será igual a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) multiplicado pelo número de meses do período de apuração, quando este for inferior a doze meses.”

Então já sabemos que sobre o Lucro Líquido, devemos calcular o IRPJ à alíquota de 15% e observar que se o lucro ultrapassar R$ 240.000,00, sobre o valor excedente deve incidir mais 10%.

Outros detalhes importantes que devemos ficar atentos é no que diz respeito à compensação de Prejuízos Fiscais e nas Adições e Exclusões ao Lucro Líquido.

“Art. 35. Para fins de determinação do lucro real, o lucro líquido, depois de ajustado pelas adições e exclusões previstas ou autorizadas pela legislação do imposto de renda, poderá ser reduzido pela compensação de prejuízos fiscais em até, no máximo, trinta por cento. § 1º Os prejuízos fiscais são compensáveis na forma deste artigo, independentemente do prazo previsto na legislação vigente à época de sua apuração.”

A Instrução Normativa RFB Nº 1700 de 2017 dispõe sobre a determinação e o pagamento do imposto sobre a renda e disciplina o tratamento tributário de dos itens que podem ser adicionados ou excluídos no Lucro Líquido. Tudo começa na DRE, onde será apurado o Lucro Líquido do Exercício. A partir desse ponto, deverão ser feitos os ajustes de adições e exclusões ao lucro líquido. Isso irá gerar o valor do Lucro Líquido Ajustado.

Depois disso, caso haja prejuízos fiscais de períodos anteriores, estes poderão ser compensados no montante equivalente a 30% do Lucro Líquido Ajustado. E isso irá gerar a base de cálculo para o imposto de renda. Somente após feitos todos esses passos, é que iremos aplicar as alíquotas de 15% e verificar se também haverá a incidência dos 10% de IR adicionais. Agora vamos aplicar tudo isso no exercício. \o/

Começamos com um Lucro Líquido do Exercício de R$ 450.000,00 que o enunciado já nos forneceu.

Observamos a tabela apresentada para verificar se há itens que devemos fazer as adições ou exclusões ao Lucro Líquido e de acordo com a legislação o ajuste contábil por aumento ou redução no valor de patrimônio líquido do investimento, não será computado na determinação do lucro real, ou seja, se o resultado da equivalência for negativo (Despesa), não será aceito como dedutível do Imposto de Renda, devendo ser adicionado na Parte A do LALUR, e se, ao contrário, o resultado da equivalência for positivo (Receita), não será considerado como receita tributável, devendo em relação a este valor excluir na Parte A do LALUR para efeito de base de cálculo do Imposto de Renda.

A legislação também determina que as perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da pessoa jurídica poderão ser deduzidas como despesas, para determinação do lucro real e do resultado ajustado.

Seguindo essas normativas, o lucro líquido apresentado pelo enunciado ficará da seguinte forma: Lucro Líquido

R$ 450.000,00

(+) PECLD

R$ 900.000,00

(-) Result. Equivalência Patr. (=) Lucro Líquido Ajustado

(R$ 500.000,00) R$ 850.000,00

Agora que temos o valor do Lucro Real, vamos aplicar os 30% sobre este valor para saber quanto podemos compensar do Prejuízo Fiscal Acumulado R$ 850.000,00 * 30% = R$ 255.000,00

Esse é o valor máximo que pode ser compensado de prejuízos fiscais. Como o enunciado nos informa que o valor dos prejuízos somam R$ 250.000,00, significa que poderemos compensar todo o valor, e então teremos o seguinte: R$ 850.000,00 – R$ 250.000,00 = R$ 600.000,00

Esse será o valor que utilizaremos como base de cálculo para o IRPJ. Como o valor total ultrapassa os R$ 240.000,00 anuais, sabemos que além dos 15%, deveremos aplicar o adicional de 10% sobre o valor excedente. Então teremos: Cálculo dos 15%: R$ 600.000,00 * 15% = R$ 90.000,00 Cálculo do Adicional de 10%: R$ 600.000,00 – R$ 240.000,00 = R$ 360.000,00 R$ 360.000,00 * 10% = R$ 36.000,00 IRPJ a pagar: R$ 90.000,00 + R$ 36.000,00 = R$ 126.000,00 Esse é o valor do IRPJ anual a pagar pela empresa. Gabarito: “B”

QUESTÃO 15 PROVA BRANCA – CONT GERAL: A Companhia Alfa realizou a venda de produtos para sua controladora por R$ 600.000,00, gerando um custo de venda de R$ 530.000,00. No final do exercício, remanescia no estoque da controladora 50% das mercadorias adquiridas da controlada. O valor do ajuste referente ao lucro não realizado, para fins de cálculo da equivalência patrimonial, é de: A) R$ 17.500,00. B) R$ 32.500,00. C) R$ 35.000,00. D) R$ 265.000,00. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede?

O valor do ajuste referente ao lucro não realizado, para fins de cálculo da equivalência patrimonial. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Bom, temos que ter em mente que, para fins de cálculo da equivalência patrimonial, é necessário eliminar o "lucro não realizado" entre as companhias que ficou embutido nos estoques de produtos. Se a empresa vendeu para a sua controladora produtos por R$ 600.000,00 que lhe custaram R$ 530.000,00, logo, o lucro que ela teve foi de R$ 70.000,00, ou seja: Receita Custo Lucro =

R$ 600.000,00 (R$ 530.000,00) R$ 70.000,00

Isso significa que, quando a controladora comprou os produtos e deu entrada em seus estoques por R$ 600.000,00, teve um inchaço de “R$ 70.000,00” de lucro aí nessa operação. Se, posteriormente, 50% desses produtos foram vendidos, significa que 50% desse lucro “entre as empresas” foi repassado para terceiros. Mas, se ainda resta 50% desses produtos presos nos estoques, significa que ainda há um “lucro não realizado” embutido lá e que será necessário ajustar para fins de cálculo da equivalência patrimonial. Com isso, o “lucro não realizado” que está embutido nos estoques da controladora será: R$ 70.000,00 x 50% = R$ 35.000,00 Gabarito: “C” QUESTÃO 16 – PROVA BRANCA – CONT GERAL: A empresa Exemplo Ltda. obtém um empréstimo bancário em uma instituição financeira, no valor de R$ 120.000,00, a ser pago em 120 parcelas de R$ 1.000,00. O primeiro pagamento será efetuado no prazo de 30 dias, e os demais seguirão nos meses seguintes. A empresa efetua o registro contábil da operação de empréstimo na data da operação. Qual o efeito do registro contábil na data da operação? A) Diminui o Ativo. B) Mantém inalterado o Ativo.

C) Altera o resultado do Exercício. D) Mantém inalterado o Patrimônio Líquido da empresa. Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar a alternativa que apresente o efeito da operação de empréstimo no Balanço Patrimonial da empresa. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Na data do empréstimo, o lançamento contábil é o seguinte: D – Banco c/ Movimento (Ativo) C – Empréstimo Bancário (Passivo) O valor a débito no Ativo, aumenta o saldo e, da mesma forma, o lançamento a crédito no passivo gera um aumento das obrigações. A alternativa “A” diz que o Ativo diminui. Como acabamos de analisar, o lançamento a débito no ativo, faz com que ele aumente e, portanto, é FALSA. A alternativa “B” diz que o Ativo fica inalterado e já sabemos que é FALSA, pois o ativo aumenta. A alternativa “C” diz que altera o resultado do exercício. Como vimos, na data da operação, os lançamentos são feitos apenas em contas patrimoniais e, por isso, não há como alterar o Resultado do Exercício. Portanto essa alternativa, também, é FALSA. A alternativa “D” diz que o Patrimônio Líquido da empresa se mantém inalterado. Essa afirmação é VERDADEIRA, pois os lançamentos envolvem apenas contas de Ativo e Passivo. Gabarito: “D” QUESTÃO 17 PROVA BRANCA – CONT GERAL: A empresa Exemplo Ltda. adquiriu para revenda mercadorias no valor de R$ 10.000,00 em maio de 2017. Os impostos recuperáveis sobre a compra perfazem o total de R$ 1.200,00. Todas as mercadorias foram vendidas no mesmo período, ou seja, em maio de 2017, pelo valor de R$ 22.000,00. Os impostos sobre as vendas de maio foram de R$ 2.600,00. As comissões e fretes sobre as vendas de maio de 2017 foram no valor de R$ 1.000,00. Ao elaborar a Demonstração do Resultado do Período, o Lucro Bruto apresentado é de:

A) R$ 8.400,00. B) R$ 9.600,00. C) R$ 10.600,00. D) R$ 12.000,00. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? O valor do Lucro Bruto, de acordo com a Demonstração do Resultado do Período. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Para apuramos o valor do Lucro Bruto, temos que ter em mente a estrutura da Demonstração do Resultado (DRE), o que é umas das necessidades básicas da Contabilidade Geral. De acordo com a estrutura da DRE (conforme a NBC TG 26), para chegarmos no Lucro Bruto precisamos: a) da Receita Bruta de Vendas b) das Deduções da Receita: tributos sobre a venda, abatimentos e devoluções. c) do custo da mercadoria Tendo isso em mente, vamos apurar o lucro bruto, com as informações da questão: a) Receita Bruta de Vendas = R$ 22.000,00 b) Impostos sobre a venda = R$ 2.600,00 c) Custo da Mercadoria = R$ 8.800,00 (valor da compra de 10.000,00 “menos” os impostos recuperáveis de 1.200,00) Assim, nosso Lucro Bruto será: Receita Bruta de Vendas R$ 22.000,00 Impostos sobre a venda (R$ 2.600,00) Custo da Mercadoria (R$ 8.800,00) Lucro Bruto 10.600,00 Gabarito: “C” QUESTÃO 19 PROVA BRANCA – CONTABILIDADE GERAL: Uma empresa agroindustrial que tem o real como moeda funcional importou uma colheitadeira no valor de US$ 10.000,00 (dez mil dólares). Por ocasião do desembaraço aduaneiro, efetuado no dia 30 de abril, foram pagos tributos não recuperáveis no montante de R$ 2.000,00 (dois mil reais). A colheitadeira foi

usada ao longo do mês de maio. O pagamento foi acordado para ser efetuado em 30 de junho, ao final da colheita da safra. As cotações hipotéticas do dólar no período são:

Tendo em vista as informações apresentadas anteriormente bem como o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade sobre conversão de demonstrações contábeis e ativo imobilizado, é correto afirmar que deverá ser registrado o valor desta colheitadeira em 30 de abril: A) R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais). B) R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais). C) R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais). D) R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? O valor do registro do ativo imobilizado em 30 de abril, tendo em vista a conversão da moeda. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Para apuramos o valor da colheitadeira, teremos que converter a moeda, de dólar para real, no dia 30/04.

Em 30/04, o dólar estava valendo R$ 3,30, então: US$ 10.000,00 x 3,30 = R$ 33.000,00

Entretanto, a empresa ainda teve que pagar mais R$ 2.000,00 de tributos não recuperáveis e que farão parte do custo de aquisição desse ativo imobilizado. Sendo assim, o valor dessa colheitadeira em 30 de abril será: R$ 33.000,00 + R$ 2.000,00 = R$ 35.000,00 Gabarito: “B”

QUESTÃO 20 PROVA BRANCA – PRINCIPIOS E NORMAS BRASILEIRAS: A definição de moeda funcional é detalhada no Pronunciamento Técnico CPC (02). A entidade deve considerar os seguintes fatores na determinação de sua moeda funcional, EXCETO: A) O ambiente econômico principal no qual a entidade opera. B) Se é a que mais influencia os custos para o fornecimento de produtos ou serviços. C) Que esta determinação pode ser livremente alterada pela Administração da Sociedade. D) Se é aquela por meio da qual são originados recursos das atividades de financiamento da Sociedade. Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar a alternativa que apresente a afirmativa INCORRETA sobre a definição de moeda funcional, de acordo com o CPC. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Utilizaremos o CPC 02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis para a fundamentação dessa resolução apenas pelo fato do enunciado da questão ter mencionado este dispositivo. Além disso, vou colocar apenas os trechos que são essenciais para a resolução desta questão e, como sempre, recomendo que leiam esses tópicos na íntegra e aprofundem os estudos sobre este tema.

O CPC apresenta a definição de moeda funcional como sendo “a moeda do ambiente econômico principal do qual a entidade opera”. Depois disso, o Pronunciamento faz o detalhamento da definição de moeda funcional: “9. O ambiente econômico principal no qual a entidade opera é normalmente aquele em que principalmente ela gera e despende caixa. A entidade deve considerar os seguintes fatores na determinação de sua moeda funcional: (a) a moeda: (i) ... (ii) ... (b) a moeda que mais influencia fatores como mão de obra, matéria-prima e outros custos para o fornecimento de bens ou serviços (geralmente é a moeda na qual tais custos estão expressos e são liquidados).” “10. Os seguintes fatores também podem servir como evidências para determinar a moeda funcional da entidade: (a) a moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de financiamento (exemplo: emissão de títulos de dívida ou ações) (b) ...” Além desses dois itens, o CPC apresenta outros fatores que podem ser considerados na determinação da moeda funcional da entidade, mas nenhum deles dispõe que essa determinação pode ser alterada livremente pela Administração da Sociedade. Portanto, analisando as alternativas apresentadas e relacionado com as disposições do CPC 02, concluímos que todas as alternativas, exceto a “C”, devem ser considerados na determinação da moeda funcional. Gabarito: “C” QUESTÃO 21 PROVA BRANCA – TEORIA: De acordo com as normas vigentes no Brasil, a relevância é uma das características qualitativas obrigatoriamente presentes nas Demonstrações Contábeis. Dentre os seus requisitos, tem-se que a relevância auxilia o usuário da informação contábil em todos os itens a seguir, EXCETO: A) Auxiliar na previsão de eventos futuros. B) Fazer a diferença na tomada de decisões. C) Ajudar na avaliação de eventos passados. D) Demonstrar que tanto itens materiais quanto imateriais devem ser considerados.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? Que assinalemos a alternativa do que NÃO condiz com os requisitos da relevância, de acordo com características qualitativas obrigatoriamente presentes nas Demonstrações Contábeis. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Trata-se de uma questão de teoria básica da contabilidade, onde temos que identificar as características qualitativas, que estão presentes na Estrutura Conceitual Básica da contabilidade brasileira. A Estrutura Conceitual, em capítulo 03, nos traz os conceitos das características qualitativas. De maneira bem resumida, temos caraterísticas qualitativas “fundamentais” (que são apenas duas) e as de “melhoria” (que são quatro). Vejamos: Características qualitativas fundamentais - Relevância - Representação fidedigna Características qualitativas de melhoria - Comparabilidade - Verificabilidade - Tempestividade - Compreensibilidade Com isso, vemos que a “relevância” é uma característica fundamental da informação contábil-financeira, e na Estrutura Conceitual, extraindo partes da normas que mais nos interessa, temos a informação que: Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários.  A informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas decisões se tiver valor preditivo, valor confirmatório ou ambos.  A informação contábil-financeira tem valor preditivo se puder ser utilizada como dado de entrada em processos empregados pelos usuários para predizer futuros resultados.  A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se retroalimentar – servir de feedback – avaliações prévias (confirmá-las ou alterálas). 

A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários tomam com base na informação contábil-financeira acerca de entidade específica que reporta a informação. Em outras palavras, a materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade baseado na natureza ou na magnitude, ou em ambos, dos itens para os quais a informação está relacionada no contexto do relatório contábil-financeiro de uma entidade em particular. Consequentemente, não se pode especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o que seria julgado material para uma situação particular. 

Então, comparando com as alternativas, vemos que o que não condiz com os requisitos da relevância é o que diz na letra “D”: D) Demonstrar que tanto itens materiais quanto imateriais devem ser considerados. Gabarito: “D” QUESTÃO 22 PROVA BRANCA – CUSTOS: No mês de fevereiro de 2018, foi iniciada a produção de 5.000 unidades de um determinado produto, na empresa “Bem Aventurança S/A”. Ao final do mês, 4.000 unidades estavam totalmente concluídas e restaram 1.000 unidades em processo. O percentual de conclusão das unidades em processo é de 50%. O custo total de produção do período foi de R$ 900.000,00. O Custo de Produção dos Produtos Acabados e o Custo de Produção dos Produtos em Processo são, respectivamente: A) R$ 800.000,00 e R$ 100.000,00. B) R$ 720.000,00 e R$ 180.000,00. C) R$ 900.000,00 e R$ 0,00. D) R$ 900.000,00 e R$ 100.000,00. Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar a alternativa que apresente o Custo de Produção dos Produtos Acabados e o Custo de Produtos em Processo. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa questão envolve o conceito de Equivalência de Produção, ou seja, transformamos as unidades que estão em produção, por meio do percentual de conclusão dessas unidades, em equivalentes de unidades que estão acabadas. Essa transformação representa quanto uma unidade em produção recebeu da carga de custos (mão de obra, insumos e custos indiretos) que seria necessária para iniciá-la e terminá-la completamente e nos permite saber quanto essa unidade em produção equivale em relação a uma unidade totalmente acabada. Na prática, o exercício nos informa que das 5.000 unidades que foram iniciadas no período, 4.000 estão prontas e 1.000 ainda estão em processo e estão 50% concluídas. Isso significa que de todos os custos incorridos para deixar uma unidade completamente acabada, a empresa já incorreu em 50% desses custos nessas 1.000 unidades. Utilizando o conceito de equivalência de produção, podemos afirmar que, em termos de custos, 1.000 unidades 50% acabadas equivale ao mesmo que 500 unidades totalmente acabadas e chegamos nessa conclusão pois aplicamos o percentual de conclusão no número de unidades que estão em processo, desta forma: 1.000 x 50% = 500 unidades. O enunciado nos informa que o custo total da produção foi de R$ 900.000,00. Para calcularmos o custo por unidade, consideraremos as 4.000 unidades que já estão acabadas, mais as 500 unidades de equivalência. Totalizando 4.500 unidades. R$ 900.000,00 / 4.500 = R$ 200,00 por unidade. Chegamos, então, no custo equivalente a R$ 200,00 por unidade. Para achar o valor do custo da produção acabada, multiplicaremos esse valor pelo número de unidades acabadas R$ 200,00 x 4.000 = R$ 800.000,00 Para achar o valor do custo da produção em processo, multiplicaremos o custo unitário pelo número de unidades equivalentes acabadas R$ 200,00 x 500 = R$ 100.000,00 Esse é o custo que a empresa incorreu para deixar suas 1.000 unidades num estágio de conclusão de 50%.

Gabarito: “A” QUESTÃO 23 PROVA BRANCA – CONTABILIDADE GERENCIAL: Considere os seguintes dados da empresa Liberati S/A:    

Quantidade vendida = 258 u. Custos e despesas variáveis = R$ 350,00/u. Custos e despesas fixos = R$ 56.000,00/mês. Preço de venda = R$ 600,00/u.

A margem de segurança operacional, em unidades, é de: A) 34 unidades. B) 38 unidades. C) 224 unidades. D) 258 unidades. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? A quantidade de unidades de margem de segurança operacional da empresa. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Para saber a quantidade de unidades de margem de segurança operacional, precisamos primeiramente saber quantas unidades são necessárias para a empresa ter o “Ponto de Equilíbrio”, ou seja, quantas unidades devem ser produzidas e vendidas para que não se tenha nem lucro e nem prejuízo. E daí, basicamente, tudo o que a empresa produzir e vender “acima” do “Ponto de Equilíbrio” é considerado “Margem de Segurança”. Para calcular o “Ponto de Equilíbrio” vamos utilizar a fórmula a seguir: PE = Custos e Despesas Fixos MC unitária Vimos então que para conseguir calcular o “Ponto de Equilíbrio”, primeiramente precisamos saber a “Margem de Contribuição Unitária” (MC unitária), que é a calculada assim:

MC unitária = Preço de Venda – Custos e Despesas Variáveis MC unitária = R$ 600,00 – R$ 350,00 MC unitária = R$ 250,00 Com isso, o “Ponto de Equilíbrio” será: PE = R$ 56.000,00 R$ 250,00 PE = 224 unidades Ou seja, para que a empresa não tenha nem lucro e nem prejuízo, consiga cobrir todos os seus custos e despesas, é necessário que se venda exatamente 224 unidades. Tudo o que ela vender a mais será considerado “Margem de Segurança”. Tendo em vista que ela vendeu 258 unidade, nossa “Margem de Segurança” será: Margem de Segurança = Quantidades Vendidas – Quantidades do Ponto de Equilíbrio Margem de Segurança = 258 unidades – 224 unidades Margem de Segurança = 34 unidades Gabarito: “A” QUESTÃO 24 PROVA BRANCA – CONTABILIDADE GERENCIAL: Uma empresa está fabricando e vendendo 5 mil unidades mensais de seu produto X. Seus custos e despesas mensais são:  

Fixos: R$ 80.000,00. Variáveis: R$ 300.000,00.

Determine o preço de venda unitário que a empresa deveria praticar, mantendo a mesma quantidade fabricada e vendida, bem como os custos atuais, para obter o lucro operacional de 20% do preço de venda. A) R$ 91,50. B) R$ 92,50. C) R$ 95,00. D) R$ 93,00. Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede?

Para identificar a alternativa que apresente o preço de venda unitário que a empresa deve praticar para cobrir os custos e obter o lucro desejado. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? O preço de venda deve ser suficiente para cobrir todos os gastos da empresa, seja custos, despesas, tributos e incluir o lucro desejado. Para calcular o preço, utiliza-se o Markup, que é um índice aplicado sobre o valor do custo dos produtos e que resulta no preço de venda. Vamos começar calculando o custo unitário dos produtos, sabendo que são 5.000 unidades, dividiremos os custos e despesas fixas e variáveis entre todos os produtos. R$ 80.000,00 / 5.000 = R$ 16,00 por unidade R$ 300.000,00 / 5.000 = R$ 60,00 por unidade. Total de R$ 76,00 por unidade. Agora vamos encontrar o índice do markup para aplicar sobre este valor. Sabemos que a empresa espera obter 20% de lucro, então, faremos: Markup = 100% - 20% = 80% O resultado do markup deve ser transformado de percentual para decimal: 80 / 100 = 0,80 Existem duas formas de se aplicar o índice markup. O Markup divisor e o markup multiplicador. Pelo markup divisor, basta dividir o índice encontrado pelo valor dos custos e despesas unitários dos produtos e teremos: R$ 76,00 / 0,80 = R$ 95,00. Pelo markup multiplicador, devemos utilizar o índice encontrado para dividir a grandeza de 1 e teremos: 1 / 0,80 = 1,25 Agora, multiplicamos esse índice pelo valor dos custos e despesas unitárias R$ 76,00 x 1,25 = R$ 95,00. Percebam que ambas as formas nos levam ao mesmo valor do preço de venda.

Gabarito: “C” QUESTÃO 25 PROVA BRANCA – CASP: De acordo com a NBC TSP Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público, as características qualitativas da informação incluída nos relatórios contábeis de propósito geral são atributos que tornam a informação útil para os usuários e dão suporte ao cumprimento dos objetivos da informação contábil. Assinale a alternativa correta em relação a uma das características qualitativas da informação. A) A comparabilidade se refere à utilização dos mesmos princípios ou políticas contábeis e da mesma base de elaboração em diferentes períodos na entidade. B) A tempestividade significa ter informação disponível para os usuários antes que ela perca a sua capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização e tomada de decisão. C) A compreensibilidade implica que uma informação complexa e de difícil entendimento para usuários com conhecimento técnico e que conhecem as atividades da entidade deve ser excluída dos relatórios contábeis de propósito geral. D) A informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar o cumprimento do dever de prestação de contas e responsabilização, ou as decisões que os usuários tomam com base nos relatórios contábeis de propósito geral elaborados para aquele exercício. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? Que assinalemos a alternativa correta em relação a uma das características qualitativas, de acordo com a “NBC TSP Estrutura Conceitual – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público”. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Trata-se de uma questão teórica, onde temos que conhecer e identificar as características qualitativas da informação, que estão presentes na NBC TSP Estrutura Conceitual. A NBC TSP Estrutura Conceitual, em capítulo 03, nos traz os conceitos das características qualitativas. Vamos analisar cada alternativa, comparando com o que diz a norma para identificar a alternativa correta.

Letra “A”: A comparabilidade se refere à utilização dos mesmos princípios ou políticas contábeis e da mesma base de elaboração em diferentes períodos na entidade. Análise: Está incorreta, pois a norma diz que: “Comparabilidade é a qualidade da informação que possibilita aos usuários identificar semelhanças e diferenças entre dois conjuntos de fenômenos. A comparabilidade não é uma qualidade de item individual de informação, mas, antes, a qualidade da relação entre dois ou mais itens de informação.” Letra “B”: A tempestividade significa ter informação disponível para os usuários antes que ela perca a sua capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização e tomada de decisão. Análise: Está CORRETA, pois a norma diz que: “Tempestividade significa ter informação disponível para os usuários antes que ela perca a sua capacidade de ser útil para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão.” Letra “C”: A compreensibilidade implica que uma informação complexa e de difícil entendimento para usuários com conhecimento técnico e que conhecem as atividades da entidade deve ser excluída dos relatórios contábeis de propósito geral. Análise: Está incorreta, pois a norma diz que: “A compreensibilidade é a qualidade da informação que permite que os usuários compreendam o seu significado.” Letra “D”: A informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar o cumprimento do dever de prestação de contas e responsabilização, ou as decisões que os usuários tomam com base nos relatórios contábeis de propósito geral elaborados para aquele exercício. Análise: Está incorreta por não se tratar propriamente de uma característica qualitativa. Apesar da informação estar de acordo com a norma, a “materialidade” é um conceito que faz parte da característica da “representação fidedigna”. Gabarito: “B”

QUESTÃO 26 PROVA BRANCA – CASP: Um estoque é mantido em uma entidade pública com o objetivo de distribuição gratuita para a população carente. De acordo com a NBC TSP 04 – Estoque, este estoque deve ser mensurado pelo menor valor entre o custo e o:

A) valor justo. B) valor realizável líquido. C) custo histórico corrigido. D) custo corrente de reposição. Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar a alternativa que apresente a alternativa correta sobre a mensuração do estoque de acordo com a NBC TSP 04. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Essa é uma questão puramente teórica e para responde-la corretamente é preciso saber o que está disposto na Norma. “17. Estoques devem ser mensurados pelo menor valor entre o custo e o custo corrente de reposição quando são mantidos para: (a) distribuição gratuita ou por valor irrisório; (b) consumo no processo de produção de bens a serem distribuídos gratuitamente ou por valor irrisório.” Gabarito: “D”

QUESTÃO 27 PROVA BRANCA – CASP: As despesas do setor público podem ser classificadas como despesas de capital e despesas correntes. De acordo com a Lei nº 4.320/1964, as dotações destinadas à aquisição de imóveis ou de bens de capital que estão em utilização devem ser classificadas como: A) Despesas de capital – investimentos. B) Despesas correntes – despesas de custeio. C) Despesas de capital – inversões financeiras. D) Despesas correntes – transferências correntes. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? Que assinalemos a alternativa correta em relação a classificação da despesa com “aquisição de imóveis ou de bens de capital que estão em utilização” no setor público.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Trata-se de uma questão teórica, onde temos que ter noção da Lei nº 4.320/1964 aplicada ao setor público. De acordo com o Capítulo III da Lei nº 4.320/1964, art. 12, a despesa é classificada nas seguintes categorias: - Despesas Correntes: despesas de custeio e transferências correntes. - Despesas de Capital: investimentos, inversões financeiras, transferências de capital. E em seu 5º parágrafo, diz que: § 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a: I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; II - aquisição de títulos representativos do capital de emprêsas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; III - constituição ou aumento do capital de entidades ou emprêsas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. Sendo assim, trata-se de uma despesa de capital, em “inversões financeiras”. Gabarito: “C”

QUESTÃO 28 PROVA BRANCA – CUSTOS: Uma entidade produz, utilizando a mesma matéria-prima, os produtos “Tipo A”, “Tipo B” e “Tipo C”. Essa entidade apresentou, em maio de 2018, os seguintes dados relacionados à produção:

Os custos da matéria-prima processada no período foram de R$ 1.200,00.  Os custos indiretos de produção no período foram de R$ 960,00.  O rejeito gerado na produção é considerado um subproduto, sendo comercializado ao valor líquido de R$ 1,00 por kg.  A entidade rateia os custos indiretos com base na quantidade líquida produzida. 

Considerando-se apenas as informações apresentadas, o custo unitário por kg de cada produto dessa entidade no período foi: A) Tipo A R$ 26; Tipo B R$ 23; Tipo C R$ 21. B) Tipo A R$ 20; Tipo B R$ 40; Tipo C R$ 60. C) Tipo A R$ 12; Tipo B R$ 30; Tipo C R$ 54. D) Tipo A R$ 21; Tipo B R$ 23; Tipo C R$ 26.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar a alternativa que apresente o custo unitário por Kg de cada produto. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Vamos começar identificando o custo da matéria-prima processada.

O primeiro passo é descobrir a quantidade total de matéria-prima processada no período e para isso, basta somar as quantidades apresentadas para cada produto: 20 Kg + 40 Kg + 60 Kg = 120 Kg.

O enunciado nos informou que o custo total da matéria-prima processada foi de R$ 1.200,00. Então basta dividir esse custo pela quantidade total de matériaprima processada e encontraremos o custo por quilo: R$ 1.200 / 120 Kg = R$ 10,00/Kg Para descobrirmos o custo de cada produto, basta multiplicar esse custo pelo total utilizado por cada produto:

Produto Tipo A à 20 Kg * R$ 10,00 = R$ 200,00 Produto Tipo B à 40 Kg * R$ 10,00 = R$ 400,00 Produto Tipo C à 60 Kg * R$ 10,00 = R$ 600,00 O enunciado também nos informa que os custos indiretos no período foram de R$ 960,00 e que eles são rateados com base na quantidade líquida produzida. Sendo assim, vamos começar identificando qual a quantidade líquida total produzida somando as quantidades líquidas por produto: 12 Kg + 30 Kg + 54 Kg = 96 Kg Da mesma forma, vamos dividir os custos indiretos pela quantidade líquida total para encontrarmos o custo indireto por quilo: R$ 960,00 / 96 Kg = R$ 10,00/Kg

E agora, iremos multiplicar esse valor pela quantidade líquida produzida de cada um dos produtos: Produto Tipo A à 12 Kg * R$ 10,00 = R$ 120,00 Produto Tipo B à 30 Kg * R$ 10,00 = R$ 300,00 Produto Tipo C à 54 Kg * R$ 10,00 = R$ 540,00 Até agora temos o seguinte:

Produto

Custo MP Processada (A)

Custo MP Líquida Produzida (B)

Custo Total (A + B)

Tipo A

R$ 200,00

R$ 120,00

R$ 320,00

Tipo B

R$ 400,00

R$ 300,00

R$ 700,00

Tipo C

R$ 600,00

R$ 540,00

R$ 1.140,00

Agora que temos o valor do custo total para cada um dos produtos, vamos dividir cada um deles pelo valor da quantidade líquida produzida e teremos: Produto Tipo A à R$ 320,00 / 12 Kg = R$ 26,67 Produto Tipo B à R$ 700,00 / 30 Kg = R$ 23,33 Produto Tipo C à R$ 1.140,00 / 54 Kg = R$ 21,11 O exercício desconsiderou os valores decimais, então teremos R$ 26 para o Produto A, R$ 23 para o Produto B e R$ 21 para o Produto C. Gabarito: “A” QUESTÃO 29 PROVA BRANCA – CUSTOS: Uma indústria produz apenas um produto e utiliza apenas uma matéria-prima em sua fabricação. A equipe de Contabilidade Gerencial efetua mensalmente uma confrontação entre o custo real e o custo padrão. A análise da variação (desvio) ocorrida entre o custo padrão e o custo real da matéria-prima é parte relevante do controle de custos. A análise da variação é feita seguindo os parâmetros ilustrados na figura a seguir.

O custo-padrão da matéria-prima para uma unidade do produto é dado por: CP (Matéria-Prima) =1.100 kg x R$ 150,00/kg = R$ 165.000,00. Para o mês de maio de 2018, a indústria apurou que o custo da matéria-prima para uma unidade do produto foi igual a R$ 198.000,00. Sabe-se que em maio de 2018 o preço da matéria sofreu um aumento de 10% em relação ao padrão e que a quantidade real por unidade de produto foi igual a 1.200 kg.

Considerando-se apenas as informações apresentadas, a variação (desvio) desfavorável no custo matéria-prima no mês de maio de 2018 devido ao aumento no preço foi de: A) R$ 1.500,00. B) R$ 15.000,00. C) R$ 16.500,00. D) R$ 33.000,00.

Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? O valor da variação, ou seja, do “desvio” no custo da matéria-prima no mês de maio de 2018, devido ao aumento de preço. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Vamos confrontar o “custo padrão” com o “custo real” para acharmos essa variação. Primeiro, vamos verificar a variação dos preços, sendo: Preço padrão = R$ 150,00 Preço real (com o aumento de 10%) = R$ 165,00 Ou seja, até aqui já tivemos uma variação de preço desfavorável de R$ 15,00 por unidade.

Agora para sabermos essa variação total, basta multiplicarmos pelo custo-padrão das quantidades produzidas, que é de 1.100 kg. Sendo assim:

Variação = 1.100 kg x R$ 15,00 Variação = R$ 16.500,00 Gabarito: “C”

QUESTÃO 30 PROVA BRANCA: CONTROLADORIA Considerando que Informação é o dado que foi processado e armazenado de forma compreensível para seu receptor e que apresenta valor real ou percebido para suas decisões correntes ou prospectivas. Dado é o registro puro, ainda não interpretado, analisado e processado. Comunicação é o processo de transmissão de informação e de compreensão que somente se efetiva mediante uso de símbolos comuns. Nesse contexto, analise as afirmativas a seguir. I. A informação deve provocar um retorno satisfatório para os propósitos dos agentes tomadores de decisões, concernentes ao que foi delineado pelo modelo de gestão adotado na organização. II. A gestão da informação é a principal ferramenta para o controle de todos os recursos que entram que são transformados e saem de uma organização, considerando-a, também, como elemento fundamental para a tomada de decisão. III. É de caráter secundário que os sistemas de informações sejam integrados aos sistemas gestão empresarial. Estão corretas as afirmativas A) I, II e III. B) I e II, apenas. C) I e III, apenas. D) II e III, apenas. Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para analisar as afirmativas e identificar a alternativa correta. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Por ser uma questão teórica e totalmente interpretativa, é possível que a minha interpretação tenha considerações diferentes das que vocês fizeram na hora de responder, mas isso não significa que esteja errado. São apenas perspectivas diferentes e isso é completamente normal.

Sobre a Informação, o enunciado nos diz que ela apresenta valor real para as decisões e o item I diz que ela precisa provocar um retorno satisfatório para os tomadores de decisão. Essas duas afirmativas apresentem uma linha de raciocínio convergente no que se refere à Informação. Portando, consideramos que o item I é VERDADEIRO. O item II apresenta a importância da gestão da Informação como processo fundamental para a tomada de decisão. Além disso, o item apresenta que a gestão da Informação é a principal ferramenta para o controle de recursos que entram, são transformados e saem da organização. Isso está indo ao encontro do que foi afirmado no item I, por isso consideramos que o item II também é VERDADEIRO. O item III apresenta como secundária a necessidade dos sistemas de informação integrarem os sistemas de gestão empresarial. Se até agora, consideramos que é importante e essencial ter controle e fazer gestão da informação por influenciar a tomada de decisão, não faz sentido dizer que é secundário que isso faça parte dos sistemas de gestão empresarial. Por isso, consideramos que o item III é FALSO. Gabarito: “B” QUESTÃO 31 PROVA BRANCA: De acordo com o a Lei nº 5.172/1.966 (Código Tributário Nacional), um dos elementos da obrigação tributária é a sujeição ativa. De acordo com a definição prevista pelo Código Tributário Nacional podem ser sujeitos ativos da obrigação tributária os entes denominados a seguir, EXCETO: A) União. B) Estados. C) Municípios. D) Contribuintes. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? Que assinalemos a opção de quem “NÃO” é um sujeito “ativo” da obrigação tributária. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Essa é uma questão teórica muuuuiiiito simples, se você tiver tido pelo menos o “básico” de direito tributário na faculdade... hehehe... Bom, simplificando com as minhas palavras, sujeito “ativo” da obrigação tributária é aquele quem “cobra” o tributo, que no caso será sempre a “União”, os “Estados” e os “Municípios”. Já o “Contribuinte” é aquele quem “paga” o tributo, ou seja, ele é o sujeito “passivo” da obrigação tributária. Sendo assim, não tem como o contribuinte ser o sujeito ativo... simples assim! \o/ Gabarito: “D” QUESTÃO 32 PROVA BRANCA: A reorganização societária é uma realidade presente no mundo empresarial por diversos motivos, dentre os quais podem ser citados: a otimização de recursos, a redução legal de carga tributária e a busca de sinergias. A operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações é denominada: A) Cisão. B) Fusão. C) Reconvenção. D) Incorporação. Resolução em texto elaborada pela Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar a alternativa que denomina a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Para resolver essa questão, utilizaremos como base a Lei 6.404/76. “Art. 229 A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.” Portanto, a alternativa “A” é INCORRETA.

“Art. 228. A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações.” Alternativa “B”, também, é INCORRETA. A Reconvenção é um instituto de direito processual, disciplinada pelo Código de Processo Civil, pelo qual o réu formula uma pretensão contra o autor da ação. Logo, a alternativa “C” é INCORRETA. “Art. 227. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações.” A alternativa “D” é a CORRETA. Gabarito: “D”

QUESTÃO 33 PROVA BRANCA: As espécies tributárias são definidas pelo Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/1966). Na hipótese em que a Secretaria de Obras do Município pavimente uma determinada rua e desse fato seja gerada valorização imobiliária aos moradores daquela rua, a cobrança de qual dos tributos a seguir poderia ser ensejada pelo Município? A) Taxa. B) Imposto. C) Empréstimo compulsório. D) Contribuição de melhoria. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? Que assinalemos a opção de qual tributo poderia ser aplicado pelo município, em relação à pavimentação de rua e, como consequência, a valorização mobiliária. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Essa é outra questão teórica que basta ter o conhecimento “básico” de direito tributário para se dar bem... hehehe...

De acordo com o artigo 5º do Código Tributário Nacional (CTN), os tributos são impostos,taxas e contribuições de melhoria. Apenas esses três, e com isso, a gente já consegue eliminar a letrar “C”, pois “empréstimo compulsório” não é tributo. O CTN ainda nos traz a definição do que é imposto, taxa e contribuição de melhoria. Vejamos: “Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.” “Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.” “Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorravalorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.” Com isso, vemos claramente que se trata de um tributo de “contribuição de melhoria”. Gabarito: “D” QUESTÃO 34 PROVA BRANCA: Uma indústria produz um único produto e adota a análise de regressão linear para estimar os custos indiretos de manutenção fixos e variáveis. Ela fundamenta-se em dados históricos da sua capacidade normal de produção e utiliza a seguinte Função de Regressão Amostral (FRA):

Onde: 𝒀 = total dos custos indiretos de manutenção. 𝜷𝟏 = intercepto. 𝜷𝟐 = coeficiente angular. 𝒙 = volume de produção em unidades do produto.

𝒖̂ = termo de erro aleatório. É sabido que o setor da indústria passa por um momento de retração e a mesma vem produzindo, há vários meses, menos de 50% da capacidade normal, sem, no entanto, reduzir sua estrutura de custos fixos. No mês de maio de 2018, a indústria produziu 2.000 unidades de seu produto, equivalente a 40% da capacidade normal de produção. O total dos custos indiretos de manutenção incorridos no mesmo mês foi de R$ 1.700.000,00. Em sua última estimação baseada em uma série histórica com dados mensais de produção em nível de capacidade normal, a indústria encontrou 𝜷𝟏 = 𝟏.𝟎𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎 e 𝜷𝟐 = 𝟑𝟓𝟎, sendo estes dados utilizados para alocação de custos no mês de maio de 2018. Considerando-se apenas as informações apresentadas e de acordo com a NBC TG 16 (R2) – Estoques, assinale, entre as opções a seguir, o valor dos custos indiretos de manutenção fixos não alocados aos produtos que deve ser reconhecido diretamente como despesa no mês de maio de 2018. A) R$ 0,00. B) R$ 350.000,00. C) R$ 600.000,00. D) R$ 1.000.000,00.

Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar a alternativa que apresente o valor dos custos indiretos de manutenção fixos não alocados aos produtos e que deve ser reconhecido diretamente como despesa. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? O modelo Estatístico de Regressão Linear Simples pode ser usado neste caso pois, é possível supor que a relação existente entre o total dos custos indiretos, representado por Y e o volume de produção em unidades do produto, representado por x, é linear.

Nesse modelo temos que 𝜷𝟏 e 𝜷𝟐 definem a reta de regressão e o x será a variável regressora. O conceito de Intercepto na Matemática Estatística é o momento em que a reta cruza o eixo y e nesse momento x = 0, ou seja, se considerarmos o momento em que não há produção nenhuma, o valor total dos custos indiretos será de R$ 1.000.000,00, representado por 𝜷𝟏, como não há produção, podemos afirmar que esse valor é o dos custos indiretos fixos e é nesse parâmetro que devemos observar a disposição da NBC TG 16 - Estoques. De acordo com a norma, o valor do custo fixo alocado a cada unidade produzida não pode ser aumentado por causa de um baixo volume de produção ou ociosidade. Os custos fixos não alocados aos produtos devem ser reconhecidos diretamente como despesa no período em que são incorridos.

Se nos níveis normais da capacidade de produção o valor dos custos indiretos fixos é de R$ 1.000,000,00, quando a empresa produz o equivalente a 40% da sua capacidade normal, teremos: R$ 1.000.000,00 * 40% = R$ 400.000,00

Esse é o valor que teremos de usar na fórmula em substituição ao valor de 𝜷𝟏. O enunciado nos forneceu todas as outras variáveis, com exceção do termo de erro aleatório. Conceitualmente, o erro aleatório é a diferença entre o resultado da medição e a média que resultaria de um número infinito de medições da mesma grandeza que queremos medir. Os erros aleatórios são causados por flutuações desconhecidas ou imprevisíveis e é essa variável que queremos achar, pois no caso dessa questão, esse erro será o mesmo valor de custo fixo que deverá ser reconhecido como despesa por conta da retração da produção. Sendo assim, vamos substituir as variáveis da fórmula com os valores que temos:

1.700.000 = 400.000 + (350 * 2000) + 𝒖̂̂ 1.700.000 = 400.000 + 700.000 + 𝒖̂̂ 1.700.000 – 400.000 – 700.000 = 𝒖̂̂ 𝒖̂ = 600.000 Portanto, o valor que deverá ser reconhecido como despesa será de R$ 600.000,00 Gabarito: “C”

QUESTÃO 35 PROVA BRANCA: Em 04/04/2018, os clientes A e B compareceram à empresa Alfa e efetuaram compras de mercadorias. Essas compras foram realizadas da seguinte forma: Cliente A: o valor à vista de suas compras ficaria em R$ 3.000,00, mas ele optou em pagar uma entrada de R$ 289,25 e financiar o restante do valor da compra com acréscimo de juros compostos de 5,2% ao mês, ficando obrigado a pagar o valor nominal da dívida por meio de uma única duplicata com vencimento em 04/06/2018. Cliente B: o valor à vista de suas compras ficaria em R$ 6.000,00, mas ele também escolheu por pagar parcelado, no entanto, ficou obrigado a liquidar uma única duplicata com vencimento para 04/07/2018. A empresa Alfa cobrou 6,5% ao mês de juros compostos para o pagamento parcelado. Em 04/05/2018, a empresa Alfa foi ao Banco Beta e descontou as duas duplicatas informadas nas vendas acima. O Banco Beta utilizou a taxa de desconto racional composto (desconto financeiro) de 2,81% ao mês sobre o valor nominal de cada um desses dois títulos e, então, liberou à Empresa Alfa o valor deduzido os descontos. Com base somente nas informações apresentadas e desconsiderandose a incidência de tributos, assinale, entre as opções a seguir, o valor líquido aproximado liberado pelo Banco Beta em 04/05/2018. Admita o mês comercial de 30 dias em todas as situações apresentadas. A) R$ 9.695,18. B) R$ 9.774,92. C) R$ 9.967,60. D) R$ 10.086,29. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin:

1º) O que a questão pede? O valor recebido do banco pelas duplicatas descontadas, depois de ter o desconto racional composto (desconto financeiro). 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Bom, o desconto racional composto é o desconto obtido pela diferença entre o valor que seria pago no futuro e o valor atual (ou seja, valor presente). Então, se o enunciado quer saber o valor líquido recebido pelas duplicatas descontadas, logo, está querendo o “valor presente líquido” dessas duplicatas. Entretanto, como a empresa também vendeu a prazo aos seus clientes e também cobrou juros, temos que primeiramente calcular o “valor futuro” dessas duplicatas, para depois trazer ao “valor presente” pelo banco. Vamos então ao nosso passo-a-passo: Cliente A Valor futuro da dívida: Ele pagou R$ 289,25 à vista e o restante a prazo, com isso, o saldo devedor é: R$ 3.000 – 289,25 = 2.710,75. Esse saldo será pago depois de 2 meses, com uma taxa de juros compostos de 5,2% ao mês. Então será: Pela fórmula matemática: FV= VP*(1 + i)^n FV= 2.710,75*(1 + 0,052)^2 FV= 3.000,00 Ou... Pela HP12C: 2.710,75 CHS PV 2n 5,2 i FV = 3.000,00 Valor líquido descontado no Banco: Agora, pegamos esses R$ 3.000,00 e trazemos ao “valor presente”, considerando a antecipação de 1 mês e a taxa de 2,81%: Pela fórmula matemática: PV= VF/(1 + i)^n PV= 3.000/(1 + 0,0281)^1 PV= 2.918,00

Ou... Pela HP12C: 3.000,00 CHS FV 1n 2,81 i PV = 2.918,00 Agora, vamos para o Cliente B... Cliente B Valor futuro da dívida: O saldo devedor é R$ 6.000,00 e será pago depois de 3 meses, com uma taxa de juros compostos de 6,5% ao mês. Então será: Pela fórmula matemática: FV= VP*(1 + i)^n FV= 6.000,00*(1 + 0,065)^3 FV= 7.247,70 Ou... Pela HP12C: 6.000,00 CHS PV 3n 6,5 i FV = 7.247,70 Valor líquido descontado no Banco: Agora, pegamos esses R$ 7.247,70 e trazemos ao “valor presente”, considerando a antecipação de 2 meses e a taxa de 2,81%: Pela fórmula matemática: PV= VF/(1 + i)^n PV= 7.247,70/(1 + 0,0281)^2 PV= 6.856,92 Ou... Pela HP12C: 7.247,70 CHS FV 2n 2,81 i PV = 6.856,92 Com isso, o valor líquido das duplicadas descontadas no banco será:

Duplicatas Descontadas = Cliente A + Cliente B Duplicatas Descontadas = 2.918,00 + 6.856,92 Duplicatas Descontadas = R$ 9.774,92 Gabarito: “B” QUESTÃO 36 PROVA BRANCA: As características qualitativas da informação contábil-financeira útil traduzem os tipos de informação requeridas e consideradas mais úteis pelos usuários (investidores, credores por empréstimos, governo, funcionários, entre outros), existentes ou em potencial, para tomada de decisões acerca da entidade analisada. Nesse contexto, para ser útil a informação contábil-financeira necessita ser relevante e representar fidedignamente o que se propõe a representar e a utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for comparável, verificável, tempestiva e compreensível. De acordo com essa breve contextualização, analise as afirmativas, referentes às características qualitativas da informação contábil útil, marque V para as verdadeiras e F para as falsas. ( ) Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade contábilfinanceira retratada precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. ( ) Tempestividade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles. ( ) A verificabilidade significa que diferentes observadores, cônscios e independentes, podem chegar a um consenso, embora não cheguem necessariamente a um completo acordo. ( ) Os custos decorrentes da informação devem exceder os benefícios de produzila. A sequência está correta em A) V, V, V, F. B) V, V, V, V. C) V, F, V, F. D) V, F, V, V. Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para analisar as afirmativas apresentadas em verdadeiras ou falsas e depois identificar a alternativa que apresente a sequência correta.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Vamos utilizar como base a NBC TG – Estrutura Conceitual para analisar e julgar as afirmativas apresentadas. “QC12. Os relatórios contábil-financeiros representam um fenômeno econômico em palavras e números. Para ser útil, a informação contábilfinanceira não tem só que representar um fenômeno relevante, mas tem também que representar com fidedignidade o fenômeno que se propõe apresentar. Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. É claro, a perfeição é rara, se de fato alcançável. O objetivo é maximizar referidos atributos na extensão que seja possível.” Como podem ver, a primeira afirmativa é um trecho extraído do item QC12 da norma e, portanto, VERDADEIRA. “QC29. Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências.” O trecho acima é o item da norma que define o conceito de tempestividade. A segunda afirmativa do exercício apresenta, na verdade, o conceito da Comparabilidade e por isso é FALSA. “QC26. A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa fidedignamente o fenômeno econômico que se propõe representar. A verificabilidade significa que diferentes observadores, cônscios e independentes, podem chegar a um consenso, embora não cheguem necessariamente a um completo acordo, quanto ao retrato de uma realidade econômica em particular ser uma representação fidedigna. Informação quantificável não necessita ser um único ponto estimado para ser verificável. Uma faixa de possíveis montantes com suas probabilidades respectivas pode também ser verificável.” A terceira afirmativa é, também, um trecho extraído do item QC26 da norma e, portanto, VERDADEIRA. “QC35. O custo de gerar a informação é uma restrição sempre presente na entidade no processo de elaboração e divulgação de relatório contábilfinanceiro. O processo de elaboração e divulgação de relatório contábilfinanceiro impõe custos, sendo importante que ditos custos sejam justificados pelos benefícios gerados pela divulgação da informação. Existem variados tipos de custos e benefícios a considerar.”

A norma trata sobre esse assunto dos itens QC35 até o QC39 e o objetivo não é quantificar os benefícios obtidos e nem os custos incorridos para gerar e divulgar os relatórios. O tema é bastante subjetivo e os entendimentos sobre quantificar um ou outro podem variar, por isso a norma orienta apenas que os benefícios proporcionados pelos relatórios devem ser avaliados a ponto de justificar os custos para fornecer a informação. Dessa forma, podemos concluir que a quarta alternativa é FALSA. Assim, chegamos na sequência: V, F, V, F. Gabarito: “C”

QUESTÃO 37 PROVA BRANCA: Analise as asserções a seguir. I. “Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.” PORQUE II. “Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, deve-se atentar para a sua essência subjacente e realidade econômica e não apenas para sua forma legal.” Assinale a alternativa correta. A) As assertivas I e II são falsas. B) As assertivas I e II são proposições excludentes. C) A assertiva II contraria a ideia expressa na assertiva I. D) As duas assertivas são verdadeiras e a segunda afirmativa justifica e complementa a primeira. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? Que analisemos os dois itens apresentados sobre a definição de “ativo” e em seguida, que assinalemos a alternativa correta. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

Trata-se de uma questão de teoria básica da contabilidade, onde temos que ter claro as definições (e reconhecimento) de um “ativo”. A NBC TG Estrutura Conceitual nos traz essas definições, por isso, essa é uma norma muito importante e que sempre cai em questões do Exame de Suficiência. Na NBC TG Estrutura Conceitual nos diz o seguinte: “Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.” (item 4.4) “Ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, deve-se atentar para a sua essência subjacente e realidade econômica e não apenas para sua forma legal.” (item 4.6) Então, vemos claramente que ambos os itens do enunciado estão corretos, e o item II complementa o item I. Gabarito: “D” QUESTÃO 38 PROVA BRANCA: As características qualitativas de melhoria são atributos que melhoram a utilidade da informação que é relevante e que é representada com fidedignidade. As características qualitativas de melhoria podem também auxiliar a determinar qual de duas alternativas que sejam consideradas equivalentes em termos de relevância e fidedignidade de representação deve ser usada para retratar um fenômeno. Nesse sentido, pode-se afirmar que fora desse contexto conceitual encontra-se: A) Verificabilidade. B) Comparabilidade. C) Conservadorismo. D) Compreensibilidade. Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar a alternativa que esteja fora do contexto conceitual das características qualitativas de melhoria. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver?

A NBC TG – Estrutura Conceitual está dividida em capítulos, e no capítulo 3 estão definidas as características qualitativas da informação contábil-financeira útil. As características qualitativas de melhorias estão definidas entre os itens QC19 e QC32. E são elas: - Comparabilidade; - Verificabilidade; - Tempestividade; e - Compreensibilidade. Portanto, a única característica que está Conservadorismo.

fora

desse contexto é o

Gabarito: “C” QUESTÃO 40 PROVA BRANCA: Considere a hipótese em que um profissional contábil, com inscrição principal no Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro, tenha praticado ato destinado a fraudar rendas pública no Município de São Paulo. Considerando as normas da Resolução CFC nº 1.370/2011, a base territorial para instauração do processo administrativo de apuração da infração será: A) São Paulo. B) Rio de Janeiro. C) Distrito Federal. D) De livre escolha do CRC. Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar a alternativa que apresente a base territorial para instauração de processo administrativo de apuração da infração apresentada. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? A Resolução CFC Nº 1.370/2011 dispõe sobre o Regulamento Geral dos Conselhos de Contabilidade. No capítulo IV, a resolução disciplina as hipóteses das Infrações e Penalidades. O Artigo 25 regulamenta sobre as penas e o parágrafo 2º dispõe o seguinte:

“§2º Para conhecer e instaurar processo destinado à apreciação e à punição, é competente o CRC da base territorial onde tenha ocorrido a infração, feita a imediata e obrigatória comunicação, quando for o caso, ao CRC do registro principal.” O exercício narra a hipótese de um profissional com CRC inscrito no Rio de Janeiro e que tenha cometido fraude em São Paulo. De acordo com a Resolução, cabe ao CRC-SP instaurar o processo administrativo e comunicar o CRC-RJ. Gabarito: “A” QUESTÃO 41 PROVA BRANCA: Nos termos do Código de ética profissional vigente, no desempenho de suas funções, é VEDADO ao contabilista: A) Publicar ou distribuir trabalho científico ou técnico do qual tenha participado como coautor. B) Reter, em qualquer circunstância, livros, papéis ou documentos, comprovadamente confiados a sua guarda. C) Guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público. D) Assinar documentos ou peças contábeis elaboradas por outrem, alheio a sua orientação, supervisão e fiscalização. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? Que analisemos a alternativa que nos mostre o que é “vedado”, ou seja, proibido ao contabilista no desempenho de suas funções, de acordo com o código de ética. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Trata-se de uma questão muito simples sobre o código de ética que, pelo “bom senso” daria para acertar. No artigo 3º, item IV do Código de Ética, diz o seguinte:

“Art. 3º No desempenho de suas funções, é vedado ao Profissional da Contabilidade:... IV – assinar documentos ou peças contábeis elaborados por outrem, alheio à sua orientação, supervisão e fiscalização;...” Com isso, vemos que se trata da alternativa da letra “D”. Vale super a pena estudar o Código de Ética, pois além de ser bem “curtinho”, sempre caem questões sobre esse assunto. Gabarito: “D” QUESTÃO 42 PROVA BRANCA: Em 02/04/2014, uma empresa adquiriu um computador para ser utilizado por sua secretária por R$ 8.000. Na data, a empresa pagou R$ 100,00 de frete, R$ 300,00 para instalação dos programas necessários ao funcionamento do computador e R$ 200,00 para contratar um antivírus anual. Além disso, o computador veio com garantia de um ano e a empresa adquiriu garantia estendida por mais um ano, por R$ 100,00. A vida útil econômica do computador no momento da compra era de oito anos. No entanto, a empresa esperava utilizálo por cinco anos e depois doá-lo. Em 31/12/2016, a administração da empresa realizou o teste de recuperabilidade de seu computador. Nesta avaliação, ela constatou que o valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados pelo uso do computador era de R$ 2.970. Já o valor líquido de venda na data era de R$ 3.240,00. Assinale a alternativa que indica o valor contábil do computador em 31/12/2017 com base nas informações anteriores e de acordo com a NBC TG 27 (R4) – Ativo Imobilizado e a NBC TG 01 (R4) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos. A) R$ 1.620,00. B) R$ 1.800,00. C) R$ 2.100,00. D) R$ 3.240,00. Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar a alternativa que apresente o valor contábil do computador em 31/12/2017. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Primeiramente, vamos começar com o reconhecimento do ativo imobilizado de acordo com a NBC TG 27.

(a) (b) (c)

“16. O custo de um item do ativo imobilizado compreende: Seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; Quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; ...” De acordo com este item da norma, consideraremos como elementos do custo, o valor da compra do computador, o valor do frete e o valor para a instalação dos programas necessários ao funcionamento. Os valores pagos pelo antivírus e pela garantia estendida não irão compor o valor do ativo, pois não são necessários para o seu funcionamento, e assim, serão classificados como despesa. Portanto, o valor registrado no ativo imobilizado será: R$ 8.000 + R$ 100 + R$ 300 = R$ 8.400 Definido o valor reconhecido, temos agora que definir a vida útil desse ativo. “57. A vida útil de um ativo é definida em termos da utilidade esperada do ativo para a entidade. A política de gestão de ativos da entidade pode considerar a alienação de ativos após um período determinado ou após o consumo de uma proporção específica de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. Por isso, a vida útil de um ativo pode ser menor do que a sua vida econômica. A estimativa da vida útil do ativo é uma questão de julgamento baseado na experiência da entidade com ativos semelhantes.” Muito embora a vida útil econômica do computador seja 8 anos, a empresa pretende utilizar por 5 anos e depois doá-la. Por isso, nossa base de depreciação serão os 5 anos (60 meses). Com base nisso, vamos calcular a depreciação do computador até 31/12/2016. Calcularemos até essa data pois é o mesmo período em que a administração da empresa realizou o teste de recuperabilidade no ativo e precisaremos identificar se o ativo sofrerá alguma perda por redução ao valor recuperável. Trataremos os detalhes do teste mais adiante. R$ 8.400 / 60 = R$ 140/mês De abril a dezembro de 2014, consideraremos como 9 meses de uso e, consequentemente, de depreciação, isso porque a empresa comprou e colocou o computador em uso no dia 02/04 e sendo assim, consideraremos a depreciação do mês de abril como um mês completo.

Portanto, teremos 9 meses do ano de 2014, 12 meses de 2015 e 12 meses de 2016. 9 + 12 + 12 = 33 meses. Então, da data da compra até 31/12/2016, o valor da depreciação acumulada do computador será: R$ 140 * 33 = R$ 4.620 Para saber o valor contábil nessa data, teremos de subtrair o valor contábil inicial da depreciação acumulada: R$ 8.400 – R$ 4.620 = R$ 3.780 Pronto, agora que já temos todas as informações referentes à depreciação, vamos trabalhar com o teste de recuperabilidade e verificar se haverá redução ao valor recuperável desse ativo. A NBC TG 01 conceitua o valor recuperável do ativo da como sendo o maior montante entre seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso. Além dessa definição, ela aborda novamente o tema no item 18: “18. Esta Norma define valor recuperável como o maior valor entre o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa e o seu valor em uso.” O enunciado da questão nos informa que o valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados pelo uso do computador era de R$ 2.970 e que o valor líquido de venda era de R$ 3.240. Dos dois valores apresentados, iremos utilizar o valor justo líquido das despesas de venda de R$ 3.240, por ser o maior valor entre eles. Com essa informação, vamos observar outro item da NBC TG 01: “59. Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo.” Comparando o valor contábil que apuramos pela depreciação do ativo no valor de R$ 3.780 e o valor líquido das despesas de venda de R$ 3.240 e seguindo a NBC, verificaremos que será necessário realizar o reconhecimento de uma perda

por desvalorização do ativo de forma que o novo valor contábil desse ativo passe a ser de R$ 3.240. Nesse momento, o balanço patrimonial da empresa apresentaria a informação da seguinte forma: Imobilizado Computadores e Periféricos Computador (-) Depreciação Acumulada (-) Perda estimada ao valor recuperável

3.240 8.400 (4.620) (540)

A questão quer saber o valor contábil em 31/12/2017, ou seja, um ano após o reconhecimento dessa perda. Para identificarmos esse valor, teremos de calcular a depreciação referente a 2017, mas para isso, precisamos nos atentar a outro item da NBC TG 01: “63. Depois do reconhecimento da perda por desvalorização, a despesa de depreciação, amortização ou exaustão do ativo deve ser ajustada em períodos futuros para alocar o valor contábil revisado do ativo, menos seu valor residual (se houver), em base sistemática ao longo de sua vida útil remanescente.” Sabemos que a vida útil desse computador foi definida para 60 meses e que já foi depreciado por 33 meses. Agora teremos de calcular o valor da depreciação para os meses remanescentes da seguinte forma: 60 – 33 = 27 meses Usaremos o novo valor contábil para dividir pelo número de meses remanescentes de vida útil para encontrar a depreciação mensal. R$ 3.240 / 27 = R$ 120 Como precisamos calcular a depreciação por mais um ano, basta multiplicar esse valor por 12 para encontrarmos a depreciação acumulada referente a 2017: R$ 120 * 12 = R$ 1.440 Agora, basta subtrair o valor contábil de 31/12/2016 da depreciação acumulada de 2017 e teremos o valor contábil de 31/12/2017: R$ 3.240 – R$ 1.440 = R$ 1.800 Gabarito: “B” QUESTÃO 43 PROVA BRANCA:

Uma entidade apresentava em 31/12/2016 o seguinte Balanço Patrimonial: Caixa 100.000

Capital Social 100.000

Durante o ano de 2017, aconteceram os seguintes fatos na entidade:  Compra à vista de estoque por R$ 20.000.  Compra de moto para entregas por R$ 30.000. Metade do valor foi pago à vista e o restante será pago em 2018.  Pagamento do seguro da moto com vigência de dois anos, a partir de janeiro de 2017, no valor de R$ 4.800.  Os sócios integralizaram capital social em dinheiro, no valor de R$ 18.000.  Contração de empréstimo bancário no valor de R$ 5.000.  Pagamento de juros sobre o empréstimo bancário no valor de R$ 250.  Empréstimo feito à empresa controlada no valor de R$ 35.000.  Venda de metade do estoque por R$ 40.000 para recebimento em 2018.  Reconhecimento de despesas diversas no valor de R$ 30.000 para pagamento em 2018. Com base na NBC TG 03 (R3) – Demonstração dos Fluxos de Caixa, assinale a alternativa correta em relação à Demonstração dos Fluxos de Caixa da entidade em 31/12/2017, admitindo que ela siga os encorajamentos estabelecidos pela norma. A) A atividade operacional consumiu R$ 20.000. B) A atividade operacional consumiu R$ 24.800. C) A atividade de investimento consumiu R$ 50.000. D) A atividade de investimento consumiu R$ 54.800. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? Que analisemos a alternativa que nos mostre o resultado da Demonstração dos Fluxos de Caixa da entidade em 31/12/2017, mediante os fatos contábeis apresentados no enunciado. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Bom, se trata de outra questão envolve a Demonstração dos Fluxos de Caixa e vamos, novamente rever alguns conceitos básicos, descritos na NBC TG 03.

A DFC apresenta os fluxos de caixa classificados em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. A definição de cada uma dessas atividades, de acordo com a norma é: “Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades que não são de investimento e tampouco de financiamento.” “Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa.” “Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros da entidade.” Para resolver esta questão, vamos elaborar a DFC pelo método direto, classificando os fatos contábeis, analisando o impacto no caixa da empresa. Vejamos:  Compra à vista de estoque por R$ 20.000 = trata-se de atividade operacional e tem impacto negativo no caixa.  Compra de moto para entregas por R$ 30.000. Metade do valor foi pago à vista e o restante será pago em 2018. = trata-se de atividade de investimento e tem impacto negativo no caixa de metade do valor em 2017.  Pagamento do seguro da moto com vigência de dois anos, a partir de janeiro de 2017, no valor de R$ 4.800 = trata-se de atividade operacional e tem impacto negativo no caixa de metade do valor em 2017.  Os sócios integralizaram capital social em dinheiro, no valor de R$ 18.000. = trata-se de atividade de financiamento e tem impacto positivo no caixa.  Contração de empréstimo bancário no valor de R$ 5.000. = trata-se de atividade de financiamento e tem impacto positivo no caixa.  Pagamento de juros sobre o empréstimo bancário no valor de R$ 250. = apesar de poder ser classificado como atividade de financiamento, a NBC TG 03 encoraja que seja classificado como "atividade operacional" e tem impacto negativo no caixa.  Empréstimo feito à empresa controlada no valor de R$ 35.000. = tratase de atividade de investimento e tem impacto negativo no caixa.  Venda de metade do estoque por R$ 40.000 para recebimento em 2018. = trata-se de atividade operacional, mas não tem impacto no caixa em 2017.  Reconhecimento de despesas diversas no valor de R$ 30.000 para pagamento em 2018. = trata-se de atividade operacional, mas não tem impacto no caixa em 2017.

Separando agora os valores conforme as atividades e os impactos, teremos: Atividade Operacional = -20.000,00 – 4.800,00 -250,00 = (25.050,00) Ou seja, caixa consumido de 25.050,00. Atividade de Investimento = -15.000,00 – 35.000,00 = (50.000,00) Ou seja, caixa consumido de 50.000,00. Atividade de Financiamento = 18.000,00 + 5.000,00 = 23.000,00 Ou seja, caixa gerado de 23.000,00. Com isso, vemos que a alternativa “C” é a correta, pois a atividade de investimento consumiu caixa de R$ 50.000,00. Gabarito: “C” QUESTÃO 44 PROVA BRANCA Uma entidade efetuou as seguintes operações em 2017:  Receita de vendas: R$600.000.  Custo das mercadorias vendidas: R$250.000.  Receita com a venda de ativo imobilizado: R$80.000.  Custo do ativo imobilizado vendido: R$70.000.  Receita de equivalência patrimonial: R$150.000.  Despesa de salários de funcionários próprios: R$100.000.  Despesa de salários de funcionários terceirizados: R$40.000.  Despesa de aluguel: R$36.000. Com base nas informações acima e na NBC TG 09 – Demonstração do Valor Adicionado, assinale a alternativa que indica o valor adicionado total a distribuir, apresentado na Demonstração do Valor Adicionado da entidade em 31/12/2017. A) R$ 320.000. B) R$ 410.000. C) R$ 434.000. D) R$ 470.000. Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para identificar a alternativa que apresente o valor adicionado total a distribuir em 31/12/2017.

2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Em primeiro lugar é preciso saber a estrutura da DVA, de acordo com a NBC TG 09.

Sabendo a estrutura da DVA, vamos começar por identificar em qual item lançaremos cada uma das operações da empresa: Receita de vendas será lançado no item 1 Custo das mercadorias vendidas será lançado no item 2 Receita com a venda de ativo imobilizado será lançado no item 1 Custo do ativo imobilizado vendido será lançado no item 2 Receita de equivalência patrimonial será lançado no item 6 Despesa de funcionários próprios será lançado no item 8 Despesa de funcionários terceirizados será lançado no item 2 (entende-se como serviço tomado de outra empresa) Despesa de aluguel será lançado no item 8. Agora que já sabemos onde lançar cada item, vamos fazer os lançamentos e apurar o valor do item 7 que é o valor adicionado a distribuir

Portanto, o valor adicionado total a distribuir é de R$ 470.000,00 Gabarito: “D” QUESTÃO 45 PROVA BRANCA - AUDITORIA A NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente apresenta a determinação do tipo de modificação na opinião do auditor. Sobre este assunto, analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas. ( ) O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, concluir que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis. ( ) O auditor deve se abster de expressar uma opinião quando, em circunstâncias extremamente raras envolvendo diversas incertezas, concluir que, independentemente de ter obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas, não é possível expressar uma opinião sobre as

demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis. ( ) O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, concluir que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas nas demonstrações contábeis; ou não é possível para ele obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para fundamentar sua opinião, mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes, mas não generalizados. A sequência está correta em A) F, V, F. B) V, F, V. C) F, F, V. D) V, V, F. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? Que julguemos os 3 itens do enunciado e analisemos a sequência correta, mediante conhecimento da NBC TA 705 – Modificações na Opinião do Auditor Independente. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Se trata de uma questão teórica de auditoria, onde analisaremos e julgaremos cada item de acordo com a NBC TA 705. Item I: O auditor deve expressar uma opinião com ressalva quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, concluir que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis. Análise: é Falso, pois na NBC TA 705 diz o seguinte: “7. O auditor deve expressar uma “Opinião com ressalva” quando: (a) ele, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou (b) não é possível para ele obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para fundamentar sua opinião, mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes, mas não generalizados.” Item II: O auditor deve se abster de expressar uma opinião quando, em circunstâncias extremamente raras envolvendo diversas incertezas, concluir

que, independentemente de ter obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas, não é possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis. Análise: é Verdadeiro, pois está de acordo com o que a NBC TA 705 diz: “10. O auditor deve se abster de expressar uma opinião quando, em circunstâncias extremamente raras envolvendo diversas incertezas, concluir que, independentemente de ter obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre cada uma das incertezas, não é possível expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações contábeis. ” Item III: O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, concluir que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas nas demonstrações contábeis; ou não é possível para ele obter evidência apropriada e suficiente de auditoria para fundamentar sua opinião, mas ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas sobre as demonstrações contábeis, se houver, poderiam ser relevantes, mas não generalizados. Análise: é Falso, pois na NBC TA 705 diz o seguinte: “8. O auditor deve expressar uma “Opinião adversa” quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis.” (somente isto! Essa segunda parte do item riscado acima, misturou com opinião com ressalva) Portanto, a sequência será F, V, e F. Gabarito: “A” QUESTÃO 47 PROVA BRANCA – PERÍCIA

De acordo com a NBC TP 01 – Perícia Contábil, o planejamento da perícia é a etapa do trabalho pericial que antecede diligências, pesquisas, cálculos e respostas aos quesitos, na qual o perito do juízo estabelece a metodologia dos procedimentos periciais a serem aplicados, elaborando-o a partir do conhecimento do objeto da perícia. Em relação aos objetivos do planejamento da perícia, assinale uma alternativa INCORRETA. A) Definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos a serem aplicados, em consonância com o objeto da perícia. B) Estabelecer como ocorrerá a divisão das tarefas entre os membros da equipe de trabalho, sempre que o perito necessitar de auxiliares.

C) Conhecer o objeto e a finalidade da perícia, a fim de permitir a adoção de procedimentos que conduzam à revelação da verdade, a qual subsidiará o juízo, o árbitro ou o interessado a tomar a decisão a respeito da lide. D) Identificar e avaliar riscos de distorções relevantes que possam comprometer o andamento normal dos trabalhos de forma a não comprometer a emissão de opinião sobre as demonstrações contábeis e/ou laudo pericial. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? Que assinalemos a alternativa INCORRETA, em relação aos “objetivos do planejamento” da perícia contábil, conforme a NBC TP 01 – Perícia Contábil. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Trata-se de uma questão teórica de perícia, onde se faz necessário o conhecimento da NBC TP 01 – Perícia Contábil. De acordo com a NBC TP 01, em seu item 31 sobre os objetivos do planejamento: “Os objetivos do planejamento da perícia são: (a) conhecer o objeto e a finalidade da perícia, a fim de permitir a adoção de procedimentos que conduzam à revelação da verdade, a qual subsidiará o juízo, o árbitro ou o interessado a tomar a decisão a respeito da lide; (b) definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos a serem aplicados, em consonância com o objeto da perícia; (c) estabelecer condições para que o trabalho seja cumprido no prazo estabelecido; (d) identificar potenciais problemas e riscos que possam vir a ocorrer no andamento da perícia; (e) identificar fatos importantes para a solução da demanda, de forma que não passem despercebidos ou não recebam a atenção necessária; (f) identificar a legislação aplicável ao objeto da perícia; (g) estabelecer como ocorrerá a divisão das tarefas entre os membros da equipe de trabalho, sempre que o perito necessitar de auxiliares; (h) facilitar a execução e a revisão dos trabalhos.” Então, podemos perceber que a alternativa que está INCORRETA é a letra “D”. Gabarito: “D” QUESTÃO 48 PROVA BRANCA – PERÍCIA Segundo a NBC TP 01 – Perícia Contábil, ao ser intimado para dar início aos trabalhos periciais, o perito do juízo deve comunicar às partes e aos assistentes técnicos: a data e o local de início da produção da prova pericial contábil, exceto

se designados pelo juízo. Sobre este assunto, analise as afirmativas marque V para as verdadeiras e F para as falsas. ( ) Caso não haja, nos autos, dados suficientes para a localização dos assistentes técnicos, a comunicação deve ser feita diretamente às partes e/ou ao Juízo. ( ) O perito-assistente pode, tão logo tenha conhecimento da perícia, manter contato com o perito do juízo, colocando-se à disposição para a execução da perícia em conjunto. ( ) Na impossibilidade da execução da perícia em conjunto, o perito do juízo deve permitir aos peritos-assistentes o acesso aos autos e aos elementos de prova arrecadados durante a perícia, indicando local e hora para exame pelo perito-assistente. ( ) O perito-assistente pode entregar ao perito do juízo cópia do seu parecer técnico-contábil, previamente elaborado, planilhas ou memórias de cálculo, informações e demonstrações que possam esclarecer ou auxiliar o trabalho a ser desenvolvido pelo perito do juízo. A sequência está correta em A) F, F, F, V. B) F, F, V, V. C) F, V, V, V. D) V, V, V, F. Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para julgar as afirmativas apresentadas em verdadeiras ou falsas e depois identificar a alternativa que apresente a sequência correta. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? As afirmativas apresentadas na questão, tratam da execução dos trabalhos de perícia. De acordo com a NBC TP 01: “6. Ao ser intimado para dar início aos trabalhos periciais, o perito do juízo deve comunicar às partes e aos assistentes técnicos: a data e o local de início da produção da prova pericial contábil, exceto se designados pelo juízo. (a) Caso não haja, nos autos, dados suficientes para a localização dos assistentes técnicos, a comunicação deve ser feita aos advogados das partes e, caso estes também não tenham informado endereço nas suas petições, a comunicação deve ser feita diretamente às partes e/ou ao Juízo.

(b) O perito-assistente pode, tão logo tenha conhecimento da perícia, manter contato com o perito do juízo, colocando-se à disposição para a execução da perícia em conjunto. (c) Na impossibilidade da execução da perícia em conjunto, o perito do juízo deve permitir aos peritos-assistentes o acesso aos autos e aos elementos de prova arrecadados durante a perícia, indicando local e hora para exame pelo perito-assistente. (d) O perito-assistente pode entregar ao perito do juízo cópia do seu parecer técnico-contábil, previamente elaborado, planilhas ou memórias de cálculo, informações e demonstrações que possam esclarecer ou auxiliar o trabalho a ser desenvolvido pelo perito do juízo.” Percebam que de todos os itens que constam na norma, o único que se apresenta diferente é o item (a). E por isso, de todas as afirmativas apresentadas é a única que é Falsa. Portanto, teremos a sequência F, V, V, V. Gabarito: “C” QUESTÃO 49 PROVA BRANCA – PORTUGUES: Texto para responder à questão 49. A uberização do trabalho no século XXI Tarefas sob demanda ganham espaço em um mercado transformado pela automação e pela inteligência artificial Na primeira metade do século XXI, o mundo do trabalho está em ebulição. Os impactos das transformações provocadas pela automação acentuada e pela inteligência artificial ainda são difíceis de mensurar – as previsões vão de cortes de 10% a 40% dos empregos atuais. Uma situação, porém, já faz parte do presente: as tarefas sob demanda, tendência já batizada de uberização do trabalho. A carreira dentro de uma única empresa ficou para trás, e as funções de média gerência estão desaparecendo num processo considerado sem volta. O designer Wallace Vianna, de 50 anos, viveu 13 anos sob o regime da carteira de trabalho, nascido com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com horário fixo, férias e 13º salário. Atualmente, é empregado de si mesmo, administra quatro contratos simultaneamente, convivendo com oscilação de renda de um salário mínimo (R$ 954) a cinco salários (R$ 4.770). “Sou técnico, publicitário, contato, cuido da parte financeira e administrativa. Costumo oferecer um leque de opções para o cliente, como web designer, professor de design, cubro férias de profissionais da área. O trabalho pode ser com carteira assinada ou não. Depende do que aparecer”, afirmou o profissional, formado em design pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Nesse novo mundo do trabalho, os empregos típicos da classe média vão diminuir, dizem analistas. Até mesmo profissões com status de doutor, como a de advogado ou médico, vão sofrer baques na empregabilidade. Leitura de peças processuais e análise de exames clínicos se darão com base em gigantescos bancos de dados, o big data, eliminando uma etapa da preparação do processo na Justiça e no diagnóstico do paciente. “Está se criando um fosso entre os altamente qualificados e os de baixa qualificação. Cada vez se necessita menos dos médios qualificados. Onde havia gerentes que nos atendiam em agências de turismo e companhias aéreas, há sistemas. O trabalho das 9 horas às 18 horas tende a desaparecer. Vai ser controlado à distância, numa contratação mais precária, em prazos menores e com menos segurança”, disse o procurador do Trabalho Rodrigo Carelli, professor de Direito do Trabalho e de Direito e Sociedade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atualmente, no Brasil, de um total de 8,2 milhões de empresas, 4,2 milhões não têm empregados. No setor de serviços, onde o trabalho de autônomos é mais intenso, esses negócios individuais chegam a representar 59,2%. Nesses casos, as relações de trabalho viraram relações empresariais. (Cássia Almeida, com reportagem de Madson Gama. 28/05/2018. Disponível em: https://epoca.globo.com/tecnologia/noticia/2018/05/uberizacao-do-trabalhono-seculo-xxi.html.) Questão 49: O texto apresentado é construído a partir de elementos que se articulam de forma a obter um resultado comunicacional satisfatório considerando-se a situação de comunicação em que está inserido. Tendo em vista os aspectos linguísticos empregados e a produção de sentido que emerge a partir dos mesmos, analise as afirmativas a seguir. I. Recorre-se à utilização de estratégias que conferem credibilidade ao texto de modo recorrente. II. A criação de neologismo pelo autor demonstra uma crítica à nova demanda de que trata o texto que afeta o mercado de trabalho convencional. III. A utilização de verbos empregados predominantemente no presente do indicativo tem sua função relacionada à estrutura textual apresentada e seu objetivo comunicacional. IV. Pode-se afirmar que a sequência textual dominante se desenvolve a partir de argumentos que somados expressam um ponto de vista claro e definido em relação ao assunto apresentado. São consideradas corretas de acordo com o texto apenas A) I e III. B) II e III. C) I, II e IV.

D) II, III e IV. Resolução em texto elaborada pela Profª Yasmin: 1º) O que a questão pede? Que analisemos os 4 itens (afirmativas) para verificar se está de acordo com o sentido do texto. 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Vamos analisar cada item e confrontar o sentido de acordo com o texto: Item I: Recorre-se à utilização de estratégias que conferem credibilidade ao texto de modo recorrente. Análise: Está correta! Uma das estratégias é ter utilizado entrevista com pessoas que estão envolvidas com o assunto, e isto traz credibilidade. Item II: A criação de neologismo pelo autor demonstra uma crítica à nova demanda de que trata o texto que afeta o mercado de trabalho convencional. Análise: Está incorreta! O neologismo empregado no texto, no caso é a palavra “uberização”, não diz que foi uma palavra criada pelo autor. Sem falar que o autor não critica essa nova demanda, apenas relata fatos que estão acontecendo. Item III: A utilização de verbos empregados predominantemente no presente do indicativo tem sua função relacionada à estrutura textual apresentada e seu objetivo comunicacional. Análise: Está correta! O presente do indicativo é um tempo verbal utilizado para falar de uma ação que ocorre no momento da fala, e, como o autor relata fatos que estão acontecendo, os verbos empregados estão com esse objetivo comunicacional. IV. Pode-se afirmar que a sequência textual dominante se desenvolve a partir de argumentos que somados expressam um ponto de vista claro e definido em relação ao assunto apresentado. Análise: Está incorreta! Não mostra de maneira clara e definida qual o ponto de vista do autor, apesar dos argumentos utilizados. Sendo assim, estão corretos os itens I e III. Gabarito: “A” QUESTÃO 50 PROVA BRANCA – PORTUGUES:

Textos para responder à questão 50. A uberização do trabalho no século XXI Tarefas sob demanda ganham espaço em um mercado transformado pela automação e pela inteligência artificial Na primeira metade do século XXI, o mundo do trabalho está em ebulição. Os impactos das transformações provocadas pela automação acentuada e pela inteligência artificial ainda são difíceis de mensurar – as previsões vão de cortes de 10% a 40% dos empregos atuais. Uma situação, porém, já faz parte do presente: as tarefas sob demanda, tendência já batizada de uberização do trabalho. A carreira dentro de uma única empresa ficou para trás, e as funções de média gerência estão desaparecendo num processo considerado sem volta. O designer Wallace Vianna, de 50 anos, viveu 13 anos sob o regime da carteira de trabalho, nascido com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com horário fixo, férias e 13º salário. Atualmente, é empregado de si mesmo, administra quatro contratos simultaneamente, convivendo com oscilação de renda de um salário mínimo (R$ 954) a cinco salários (R$ 4.770). “Sou técnico, publicitário, contato, cuido da parte financeira e administrativa. Costumo oferecer um leque de opções para o cliente, como web designer, professor dedesign, cubro férias de profissionais da área. O trabalho pode ser com carteira assinada ou não. Depende do que aparecer”, afirmou o profissional, formado em design pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Nesse novo mundo do trabalho, os empregos típicos da classe média vão diminuir, dizem analistas. Até mesmo profissões com status de doutor, como a de advogado ou médico, vão sofrer baques na empregabilidade. Leitura de peças processuais e análise de exames clínicos se darão com base em gigantescos bancos de dados, o big data, eliminando uma etapa da preparação do processo na Justiça e no diagnóstico do paciente. “Está se criando um fosso entre os altamente qualificados e os de baixa qualificação. Cada vez se necessita menos dos médios qualificados. Onde havia gerentes que nos atendiam em agências de turismo e companhias aéreas, há sistemas. O trabalho das 9 horas às 18 horas tende a desaparecer. Vai ser controlado à distância, numa contratação mais precária, em prazos menores e com menos segurança”, disse o procurador do Trabalho Rodrigo Carelli, professor de Direito do Trabalho e de Direito e Sociedade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atualmente, no Brasil, de um total de 8,2 milhões de empresas, 4,2 milhões não têm empregados. No setor de serviços, onde o trabalho de autônomos é mais intenso, esses negócios individuais chegam a representar 59,2%. Nesses casos, as relações de trabalho viraram relações empresariais. (Cássia Almeida, com reportagem de Madson Gama. 28/05/2018. Disponível em: https://epoca.globo.com/tecnologia/noticia/2018/05/uberizacao-dotrabalho-no-seculo-xxi.html.)

O novo perfil de uma das profissões mais estáveis do Brasil São Paulo – Faça chuva ou faça sol na economia do país, quem trabalha com contabilidade parece estar sempre a salvo de turbulências. Mas toda essa lendária estabilidade da carreira não se traduz em ausência de novidades – ou de mudanças. A chegada de novas tecnologias está alterando a antiga profissão, e quem não acompanhar esse ritmo acabará ficando para trás, diz o professor Bruno Salotti, coordenador da graduação em ciências contábeis da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo). Foi-se o tempo em que o contador era o mero encarregado de registrar manualmente em livros cada ocorrência contábil do negócio. As atividades burocráticas da área passaram a ser cada vez menos feitas por humanos com a chegada da informática e, mais tarde, dos softwares especializados. “O profissional deixou de produzir os dados e passou a analisá-los, com o objetivo de prever o impacto contábil de cada decisão de negócios”, diz Salotti. Nesse sentido, deixou de olhar para o passado da empresa – o dinheiro que entrou e que saiu no mês anterior, por exemplo –, e passou a fazer projeções para seu futuro. A automatização de processos em contabilidade transformou um trabalho burocrático em analítico, o que também abriu espaço para que ele pudesse se tornar gerencial: há anos, grandes empresas já contam com a figura do CAO (Chief Accounting Officer), uma posição de diretoria alternativa à do tradicional CFO (Chief Financial Officer). “O contador tem sido trazido para o âmbito da gestão”, afirma o professor da USP. “Ele agora ajuda a desenhar operações para gerar economia fiscal, identificar as melhores áreas geográficas para expandir o negócio e delinear as estratégias da companhia de forma geral”. (GASPARINI, Claudia. 18/12/2017. Disponível em: https://exame.abril.com.br/carreira/o-novo-perfil-de-uma-das-profissoesmais-estaveis-do-brasil/.) Questão 50: Confrontando os textos apresentados “A uberização do trabalho no século XXI”, denominado o primeiro texto, e “O novo perfil de uma das profissões mais estáveis do Brasil”, denominado o segundo texto, é correto afirmar que: A) A citação de discurso alheio apresenta-se sob forma diversa e com propósitos distintos em ambos os textos, que em nada podem ser equiparados. B) Os sentidos dos textos apresentados, expressos a partir de informações consistentes, permitem que haja equivalência sobre determinado ponto de vista acerca dos assuntos tratados.

C) Tendo em vista os meios de circulação explicitados nos dois textos, pode-se afirmar que tanto a situação de comunicação quanto a linguagem utilizada distinguem-se em virtude do nível de formalidade exigido para cada um deles. D) A compreensão dos conteúdos apresentados conduz ao entendimento de que há uma relação explícita entre um e outro, revelando que os procedimentos argumentativos utilizados no segundo texto expressam uma refutação em relação aos apresentados no primeiro texto. Resolução em texto elaborada pelo Profº Thiago: 1º) O que a questão pede? Para analisar as afirmativas apresentadas e identificar a alternativa correta 2º) Qual estratégia vamos usar para resolver? Essa questão envolve interpretação. Por esse motivo, é possível que os julgamentos que vou apresentar abaixo sejam diferentes dos julgamentos feitos por vocês ao analisar cada uma das alternativas. Nesses casos não se trata de certo ou errado, apenas ter consciência de que é possível ter julgamentos diferentes sobre as afirmações e mesmo assim chegarmos a uma mesma conclusão. A alternativa “A” afirma que os textos não podem ser equiparados em nada. Essa informação é falsa, uma vez que ambos os textos tratam sobre mudanças no mercado de trabalho por causa da tecnologia. Considerei a alternativa “B” correta, pois entendo que de certo modo, há uma equivalência nos assuntos tratados. A alternativa “C” considera os meios de comunicação de cada texto para afirmar que a linguagem e a formalidade de cada um deles é diferente. Ambos os textos foram publicados em revistas de grande circulação, uma sendo a Época e a outra a Exame. Não consegui identificar níveis diferentes de formalidade e tampouco diferenças na linguagem, por isso considerei falsa. A alternativa “D” é falsa ao afirmar que o segundo texto apresenta ideia contrária ao primeiro. Considero mais que evidente que ambos os textos possuem linhas de raciocínio muito parecidas e por isso expressam ideias que se alinham. Por isso essa alternativa é falsa. Gabarito: “B”
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