Livreto To the lonely people that the world forgot

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Este livro foi confeccionado pela empresa e grá ica Graphos Pelotas em papel sul ite 140 gramatura para a Editora Galera Record, concluindo-se a impressão em abril de 2019.

to THE LONELY PEOPLE that the WORLD FORGOT

Tomada por uma ira que nunca havia sentido antes, segui rumo ao homem que um dia eu chamei de pai, lembrei-me de todos os momentos, quando criança, que havia tentado chamar sua atenção. Lembrei-me da morte de minha mãe, que depois descobri que havia sido arquitetada por ele, o que foi o estopim para minha fuga daquele monstro e daquele lugar que julgava ser meu lar. --- Saiba que, em primeiro lugar, meu ódio é o que domina meu corpo neste momento, mas saiba que não sou um monstro assim como você, papai, que planejou a morte de sua própria esposa, dominou terras que não era sua, assassinou e escravizou crianças e famílias inteiras. Você não merece a morte, merece algo pior, merece sofrer tudo o que eles também sofreram, mas saiba que aqui, hoje, sob esse alinhamento perfeito dos astros, juro que você terá o julgamento das estrelas. Via o medo em seus olhos, tentando correr, mas traído por suas próprias pernas, caiu sob si próprio. Então, começou a se rastejar como um rato fugindo de seu predador, mal sabia ele que a predadora não era eu, mas sim o próprio destino, o mesmo destino que se encarregaria de fazê-lo pagar pela morte de minha filha, sua própria neta. Só então vi que o que ele pretendia, com uma espada que encontrou no chão, mirou em seu pescoço e cortou, fazendo o sangue jorrar em meu rosto. Olhando em meus olhos, sussurrou um “perdão” e vi quando a vida esvaía de seus olhos. Ouvi o meu nome sendo chamado e só senti dois fortes braços me segurando enquanto eu caía. - Acabou, Elizabeth, finalmente acabou, minha doce heroína. E cansada caí, novamente, em um sono profundo...

Lucy como se zombando de meu status. - Muito obrigada, minha amiga, queira-me acompanhar aos meus aposentos, por favor, preciso urgentemente de meu vestido, não posso de maneira alguma ser vista assim pelos convidados da grande festa - digo tentando descontrair o clima que havia se formado ao avistarmos o local. Meu coração palpitava de tal forma que era possível ouvir suas batidas, sentia minhas pernas fraquejarem, flashes vinham a mim a cada passo que dava para mais perto do local que outrora chamei de casa. Só então notamos o silêncio do lugar, como se estivesse vazio. Com cuidado, mas corajosamente, caminhamos para dentro do castelo. Avistamos corpos de guardas caídos pelo chão, como se o próprio Diabo tivesse passado por ali, mas meu coração sabia que algo pior estava para acontecer, minhas pernas tomaram impulso para frente e começaram a seguir um caminho como se tivessem vida própria. Ouvia ao longe gritos de Lucy, mas não era capaz de pensar em nada naquele instante, só no fato de que meu coração batia cada vez mais rápido, como não julgava ser humanamente possível. Só então avistei uma grande porta tingida por sangue dos corpos que jaziam ao lado… com as mãos tremendo, eu então o vi. Alí na frente estava o homem de minha visão, apontando uma faca para um homem que estava ajoelhado à sua frente. - Jayce! - me vi gritando seu nome, mas não parecia ter surtido efeito - Jayce, sou eu! No momento em que nossos olhos foram de encontro um ao outro, senti um puxão em minha cabeça e revi meus momentos ao lado daquele homem que eu tanto amava, lágrimas se formou em nossos olhos, porém, no momento em que ele deixou sua faca cair, o homem de joelhos levantou-se e cravou a espada nas costas do ser que eu tanto amava. - NÃO! - me coloquei a correr e consegui chegar até meu amado. - Aguente firme, Jayce, você não irá morrer aqui, não pode fazer isso comigo. Lucy, venha aqui e tome conta dele, preciso resolver as coisas com meu… pai.

to THE LONELY PEOPLE that the WORLD FORGOT Lauren Kate

Editora Galera Record

© 2019 by Lauren Kate

consiga colocar fim a essa guerra, a única coisa que desejo é o cuidado de nosso povo, e sei que se existe alguém que pode intermediar os interesses, esse alguém é você. Abdico de minha coroa em função de meu povo, sei que seremos bem governados. Agora vá e lute por nossa gente, porque você, Elizabeth, é e sempre será como uma de nós. Temendo chorar e desistir do meu objetivo, peguei meus pertences, dei uma última olhada para aquela gente e parti, rumo ao desconhecido mais uma vez. [...]

Projetos grá icos e capa Fernanda Igarashi Kikuchi Preparação Fernanda Igarashi Kikuchi Revisão Matheus Henrique dos Santos Os personagens e as situações desta obra são reais apenas no mundo ictício criado, não se referindo a pessoas e fatos concretos da realidade.

[2019] Todos os direitos desta edição reservados à EDITORA GALERA RECORD LTDA. Rua do Paraíso, 139 04005-000 - Paraíso - São Paulo Telefone (11) 3285-2000 http://www.record.com.br/default.asp

Andando por horas, senti-me sendo observada, até que em posição de batalha perguntei altivamente quem era meu espião. Saindo de seu esconderijo, Lucynda vinha até mim com uma expressão de culpa, mas também de determinação pura. - Elizabeth, fomos criadas desde sempre juntas, nunca deixaria você correr esse risco por si só, nossa amizade é eterna, se uma está em perigo, a outra sempre fornecerá ajuda, não importa em que seja. Além disso, você precisará de ajuda para entrar no castelo, suas memórias ainda não voltaram, sei que serei de grande ajuda nesse aspecto, minha querida amiga. E, pelos deuses, me chame apenas de Lucy, é totalmente estranho aos meus ouvidos Lucynda, sabe que não gosto desse nome. - Tudo bem, peço desculpas, Lucy, mas agora vamos, não podemos perder tempo aqui, sinto que em breve encontrarei Jayce. Após esse breve encontro, seguimos rumo à minha casa, “Que estranho chamar de casa um lugar do qual nem me lembro, espero que lá eu consiga mais respostas do que puderam me oferecer aqui. Por mais que o sentimento naquele lugar seja acalentador, sinto que não é meu lugar…”. [...] Enfim avistei uma construção vitoriana, grandiosa, como se suas torres fossem capazes de alcançar os céus. - Bem-vinda de volta ao lar, Princesa Elizabeth - dissera-me

11 Andando pelo local, fui abordada inúmeras vezes por pessoas que tiveram a mesma reação que Lucynda tivera antes. Fui atualizada sobre o andamento da guerra e a falta de suprimentos do bunker no qual nos encontrávamos. Enquanto estivera em coma a situação tomou rumos horrendos, a Morte assolava o local, vi, então, que minha ausência proporcionou aquilo, vi que devia dar fim àquela guerra de uma vez por todas. - Atenção a todos, por favor, quero anunciar algo. Nesse tempo em que estive em coma, não fui capaz de oferecer ajuda a ninguém, pelo contrário, vocês foram meus braços, pernas e olhos, nunca serei capaz de retornar tal agradecimento como deve ser feito, mas posso colocar fim a essa guerra de uma vez por todas. Sou princesa dos Lancasters, ou Azuis, o trono é meu por direito, como vocês bem sabem, mas sei também que a tirania de meu pai tornou toda a situação insustentável, essa guerra já perpassa mais de 100 anos, está na hora de um fim. Não sou capaz de lembrar de todos, perdi minha memória, mas vos garanto que lembro o suficiente, recordo-me de meu papel nesse entrave e, mais que tudo, sei que isso deve ter um fim urgente. Sem mais mortes, sem mais sofrimento, sem mais guerra! Pelo canto de meus olhos, pude ver Lucynda com os olhos marejados, uma expressão que poderia ser orgulho, mas misturada com tristeza. Todos foram inflamados pelo meu discurso, vi que fui capaz de trazer esperança aquele povo tão carente de cuidados. O próprio imperador dos Vermelhos me olhava com admiração. - Minha filha, desejo sorte em sua jornada, espero que você

Can antbody hear me? Or am I talking to myself?

Capítulo 1 In this Search for Someone else

Capítulo 2 Cause you’re All I got

Capítulo 3 My mind is running Empty

Capítulo 4 I Lost all Signal

Capítulo 5 Are you out there?

Capítulo 6 Lonely People

Capítulo 7 Astronaut

CAPÍTULO 2 Cause you’re All I got

r

S u m á

i o

Mas o resultado desse íntimo sentimento veio após 8 meses, em uma cálida noite chuvosa, em formato de um lindo bebê, que vocês nomearam como Kayn, trazendo uma imensa felicidade para toda a população dos Vermelhos. Porém, não houve muito tempo para que tal sentimento fosse passado adiante, já que na mesma noite em que você entrou em coma, seu ilho fora assassinado a sangue frio, por isso Jayce prometeu a si mesmo que não descansará até conseguir vingança por vocês dois. Meus olhos vertiam grossas lágrimas, como eu não lembrava de meu próprio marido, de meu próprio ilho? Ó Deus, por que me deixarás? Por que me deixarás se sabia que eu não era deus? Não conseguia acreditar nessa situação, meus soluços icavam cada vez mais e mais altos a ponto de me agarrar àquela familiar pessoa e chorar por horas a io, ou foi o que parecera. - Elizabeth, no momento, o luto é seu pior amigo, seu ilho será lembrado por todos, mas não deixe esse sentimento tornar-se mais obscuro do que já é, lembre-se de que Jayce está por aí e está cada vez mais perto de consumar sua vigança, ele planeja assassinar o líder dos Azuis, ou seja, seu pai, você precisa reclamar seu trono enquanto isso não acontece, caso contrário, a guerra tomará proporções catastró icas, armas nucleares estão sendo apontadas nesse exato momento para ambas as nações, erga-se, minha amiga, use sua tristeza e traga a paz a esse mundo que outrora fora motivo de orgulho para todos nós. Após esse discurso, uma chama foi reacendida em meu inconsciente, fui capaz de ouvir aquele jovem menino em minha mente e suas últimas palavras, “[...] você é a única capaz.”, só então tomei consciência de minha importância alí e percebi que tudo aquilo precisava acabar, não importava a ausência de minhas memórias, eu era capaz de sentir meu ilho comigo, era capaz de sentir todo o amor que Jayce destinou a mim um dia. Tomada por uma imensa vontade, retirei as agulhas de meu corpo, levantei-me e me dirigi à porta do quarto. - Venha, cara Lucy, temos trabalho a fazer.

CAPÍTULO 1 In this Search for Someone else

1 Luzes passam pelas frestas de uma persiana mal fechada. Mal sentia meu corpo, era como se a gravidade não existisse no momento. Olhando pelo ambiente, vejo que estava presa a uma espécie de máquina, ouço o barulho incessante do monitor, as cores brancas ofuscam um pouco meus desacostumados olhos. Só então a porta se abre e uma mulher de baixa estatura me olha como se não acreditasse que eu estava viva. Lágrimas caem por sua bochecha esquerda, ela corre em minha direção como se me conhecesse há muito tempo, como se sua vida dependesse de tal ato. - Não é possível, como? Pensávamos que você nunca mais acordaria. - Quem é você? - faço a indagação à pequena mulher, já que não me recordara de nada desde que acordei naquele estranho ambiente, onde será que estava aquele estranho menino? - Não brinque assim, Elizabeth, não temos tempo para isso, seu povo precisa saber que você en im acordou, depois da explosão não sabíamos o que fazer, destroços do prédio caíram por cima de suas pernas, eu mesma iquei por um tempo recebendo auxílio, mas me recuperei na medida do possível. O país encontra-se cada vez mais desigual, seu pai trava a maior batalha desde que essa guerra teve início, como você pode não se lembrar de nada disso? - Desculpe, mas não sei onde estou, apenas me recordo de perambular por um lugar escuro e de conversar com um jovem menino, a inal, onde ele está? Quem é você, a inal? - já comecei a icar exaltada, o barulho no monitor começara a icar cada vez mais alto, mostrando minha total angústia e dúvidas acerca da situação.

- Tudo bem, acalme-se e irei contar tudo o que você quer saber, apenas peço compreensão. Meu nome é Lucynda White, mas você me chamava de Lucy, não se lembra? Você está em 2457, o ano da Besta, como alguns o denominam, por mais que eu ache exagero, se me permite dizer. O mundo encontra-se em guerra, dois continentes travaram uma batalha que já dura 116 anos em busca da hegemonia por recursos e poder, algo que tornou-se escasso nesse meio tempo. Porém, duas castas dominam essa guerra, York e Lancaster, ou como as chamamos, os Vermelhos e os Azuis. Você, Elizabeth, é a princesa dos Azuis, seu pai, o imperador, é temido por todos seus inimigos, por isso você decidiu fugir e se abrigar com o imperador bondoso, como é chamado o líder dos Vermelhos. Contudo, seu pai infelizmente adoeceu após sua saída e colocou todo o exército em função de sua busca, Elizabeth, o que nos remete à situação atual. Há alguns meses nós estávamos nos refugiando no acampamento dos Vermelhos que era em um prédio abandonado na periferia da cidade, quando fomos cercados pelos homens do exército de seu pai. Houve um entrave, quando, de repente, os Vermelhos utilizaram todo seu poderio militar e colocaram o prédio abaixo, matando muitos Azuis e nos colocando nessa situação. Desde então você está em coma, Jayce, eu e muitos outros pensávamos que você não acordaria mais. Ele está desolado, a cada dia que passa se coloca mais em perigo, metade de sua razão de viver morreu no dia em que você icou desacordada. Levei um tempo para processar toda aquela informação, não era capaz de acreditar que tudo aquilo que passei fora um sonho, todas aquelas sensações não foram reais, aquela angústia ainda preenchia meu âmago, minha respiração estava descompassada, aquele nome, Jayce, novamente vinha de encontro a mim. - Esse nome, quando eu estava em coma… foi o que me fez tomar consciência e lutar por algo que nem sabia o signi icado, quem ele é? E de quem era aquele bebê que eu vi em meu “sonho”? Vi quando a mulher em minha frente abaixou os olhos e apertou os dedos das mãos de tal forma que os nós tornaram-se brancos… - Jayce, Elizabeth, era seu amante, seu amigo, seu companheiro, era a causa de sua fuga, fora ele quem te ajudou a escapar de seu pai. Vocês se apaixonaram perdidamente, nunca a vi mais feliz em toda minha vida.
Livreto To the lonely people that the world forgot

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