Livro 02 - The Scars That Define Us

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M.N. Forgy #2 The Scars That Define Us Série The Devil's Dust

Two Worlds Colliding Copyright © 2014

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M.N. Forgy

SINOPSE The Devil's Dust MCtem uma lista de novas ameaças à vida do clube. Dani, para provar sua lealdade, está tentando abraçar uma parte de si mesma que ela nunca soube que existia até agora. Uma besta pecaminosa à espreita abaixo de sua superfície foi despertada e está pronta para eliminar qualquer um que fique em seu caminho. Olhando para as mãos manchadas com sangue sobre elas. Ela se resigna a inocência perdida e se congratula com sua sede de mais sangue. Depois de um turno de tirar o fôlego de eventos, Shadow está olhando para a vida de uma perspectiva diferente. Sem saber em quem ele pode confiar ou quem ele pode perdoar o deixou se sentindo desolado e sozinho. Enquanto Shadow está se preparando atrás de seu rifle, ele se pergunta se ele pode puxar o gatilho para eliminar a ameaça. Ele respira fundo e aperta o gatilho, o coice do rifle inflama o combustível que o impulsiona. Retaliações serão necessárias. Limites serão abalados. Redenção será perdida. A traição é tão profunda, mas eles ainda anseiam um pelo outro. Shadow pode ignorar as transgressões de Dani? Dani pode ignorar a desconfiança que Shadow colocou sobre ela?

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A SÉRIE The Devil's Dust – M.N.Forgy

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Capítulo Um DANI Um trovão irrompe de cima quando a escuridão sinistra do céu se abre, permitindo que faíscas caíssem em cascata para baixo. Eu pestanejo, a chuva apegada aos meus cílios enquanto olho para o clube de longe. O cheiro de asfalto molhado é pesado no ar enquanto a chuva bate contra o asfalto. Eu estive pensando nas minhas opções, o meu destino. Eu estive aqui de pé por uma hora, sabendo que a caminhada para o clube poderia selar o meu futuro com uma bala na cabeça, possivelmente por aquele que eu mais amo, Shadow, mas voltar para a vida que eu tinha antes, apenas me irá conceder o destino de sobreviver; eu não estaria vivendo. Eu estava tão chocada quanto o clube, quando minha mãe e o seu namorado Stevin, apareceram no show de motos com uma equipe de agentes federais. Não só eu me senti traída, como também me senti ferida. Como é que eu não sabia que minha mãe fazia parte do FBI? Aquela cadela me manteve presa durante dois dias e meio tentando arrancar informações de mim como testemunha. Depois que eles viram que não iam a nenhum lugar, eles tentaram me manter como possível suspeita. Stevin e minha mãe foram motivo de chacota pelos seus colegas de trabalho. — Olha, nós já desperdiçamos um monte dos nossos recursos nesse clube. Quando o informante foi baleado, tivemos que intervir, quebrando o nosso disfarce de seis meses nos El Locos. Apenas um dos membros do Devil tinha uma arma, e ele deu negativo nos testes para resíduos de pólvora. Nós não temos nenhuma evidência, e nós não vamos obter nenhuma; eles cobrem as suas bundas bem demais para serem pegos. Eu estou dando isto por terminado. — a conversa estava sendo feita por detrás da porta, o que levava a minha sala de interrogatório. O detetive parecia agitado, como aquele que tinha estado a me questionar todo o dia. — Eu sei que posso fazer ela falar. Apenas me dê mais algum tempo, — pediu a minha mãe. A sua insistência em me fazer o rato dela ~5~

me irritou. Isto também me mostrou o quanto minha mãe me odeia; ela só me manteve na sua vida para este propósito; derrubar o meu pai e o seu clube e fazer da sua filha, eu, aquela que o derrubou. Isso não vai acontecer, embora; eu vou morrer nas mãos do clube do meu pai e ser honesta ao invés de viver e ser um rato. — Ela é sua filha, Sadie, — disse o agente com desgosto. — O sangue não faz dela minha filha, — minha mãe falou asperamente. Isso devia doer, mas isso não aconteceu. — Nenhum juiz vai assinar a detenção dela por mais tempo, — disse o agente do FBI com firmeza. — Acabou, Sadie; é hora de deixar ela ir. Nós demos o nosso máximo. Eu dei tudo de mim, para você, — Stevin disse suavemente. Três horas depois, aqui estou eu. A chuva começa a bater nos meus ombros enquanto o vento passa, a sua velocidade é tão hostil que eu tenho que plantar firmemente meus pés no chão para não expelida. Isso não seria uma coisa ruim agora. Longe soa melhor do que aqui, mas não tenho mais para onde ir. — Você! Eu olho para cima e vejo o meu pai Bull Locks, e Bobby todos do lado de fora do clube. Merda, há quanto tempo eles estavam lá de pé? Bull está na frente dos outros com as mãos nos quadris, a chuva bate forte no seu colete de couro; seu colete o afirma como membro dos Devil’s Dust. O meu pai é o presidente do clube. Eu deveria estar bem, mas com o olhar que ele tem em seu rosto; eu não tenho certeza de que minha segurança esteja no topo das suas prioridades. Eu respiro fundo, possivelmente, pela última vez, e sigo em frente, hesitante. — Isso é longe o suficiente, — diz Bull, a sua voz fria e ameaçadora. Eu paro alguns metros à frente deles, meu corpo tremendo de medo. Eu me endireito para parecer que não estou afetada, mas não adianta. Eu estou morrendo de medo. — O que diabos você está fazendo aqui? Você tem o desejo de morrer? — Locks late, a mão firmemente plantada dentro do seu colete, sem dúvida, numa arma. Locks, sendo o vice-presidente, poderia atirar em mim aqui no pátio e nada aconteceria.

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—Eu— eu engasgo, — eu não sou uma deles, — eu digo timidamente. O vento é tão forte que é difícil falar sobre ele. Eu olho na direção de Bobby, curiosa para saber onde Shadow está. Ele deveria estar aqui me protegendo. Eu quero acreditar que Shadow vai me manter segura, que ele vai me proteger dos espasmos de violência do clube. No entanto, se eu fechar os meus olhos, ainda posso ver o seu rosto quando o olhar de desconfiança deslizou através dele. Bull me olha nos olhos ao longe, os olhos correndo para cima e para baixo tentando ler a minha linguagem corporal. Nós estamos em silêncio. O vento uiva e trovões rugem de cima. Meus olhos imploram para ele acreditar em mim, acreditar que eu não tenho nada a ver com a minha mãe e os seus planos para derrubar o clube. O meu maior medo é dele não me matar; e em vez disso, me mandar embora e eu vá ter que voltar para a minha mãe ou viver nas ruas. — Eu não tenho mais para onde ir, — eu choro acima do trovão. — Bobby, reviste ela. — Me revistar? Sem aviso, Bobby pisa para frente, agarra a barra da minha camisa, e a eleva, expondo o meu sutiã. A chuva fria explode contra a minha carne como lâminas de barbear, enquanto ele dá um tapinha nas minhas costas, pernas, cabeça, e em todos os outros centímetros do meu corpo. — Limpa, sem fios, — Bobby informa. Fios? — Eu não sou uma deles! — eu grito de frustração. O vento assobia, e a luz dos relâmpagos irrompe do alto, enquanto o meu coração sangra por eles não acreditarem em mim. — Vamos resolver isto lá dentro. — Bull acena com a cabeça na direção do clube. Bobby me empurra na parte lombar das minhas costas em direção ao clube, me fazendo tropeçar. Todo mundo me trata como um rato, o que me faz ponderar se devo entrar, mas pelo aperto que Bobby tem no meu braço, eu não acho que tenho muita escolha. ****** ~7~

Estou sentada no lugar na mesa de madeira onde eu sempre me sentei. Parece que eu estou sempre em apuros quando estou sentada nessa mesa. — Que porra você disse a eles? — o meu pai pergunta. — E, Dani, — ele faz uma pausa, — Eu quero tudo. — sua voz é exigente, e seus olhos ameaçadores penetram na minha alma. O pai amoroso se foi, ao contrário do que era antes, antes da minha mãe tentar trazer o clube para baixo. Eu não posso acreditar que ela teve a coragem de fazer parecer que eu fazia parte do grupo dela. Sua voz é fria e atada com o aviso, me fazendo pensar muito antes de responder. — Eles perguntaram se eu conhecia o Ricky, o namorado da mãe de Shadow, Cassie. Eu disse que não. O agente mostrou uma foto de Shadow me levando para fora da casa de Ricky e Cassie, quando vocês me salvaram de ser sequestrada, me fazendo parecer uma mentirosa. Então eu disse que eu acordei enquanto Shadow estava me levando e eu não nem me lembro de mais nada. — eu paro para olhar ao redor da mesa para Locks e Bobby, seus rostos não dando nenhuma indicação de que estão acreditando em mim ou não. — Eu não disse nada. Eu juro. — Ela é uma mentirosa, Prez, — Locks diz como se eu não estivesse na sala. Minhas mãos começam a tremer de medo; se o meu pai lhe escutar, eu não vou estar viva por muito mais tempo. — Ela é do meu sangue. — meu pai fala com emoção. Isso me acalma. Talvez eu ainda possa ter esperança. — Eu acho que ela está dizendo a verdade, — diz Bobby, olhando diretamente para mim, as palavras dele me fazem sorrir um pouco. — Que porra você sabe? — Locks cospe. — Eu conheço a vagalume um pouco, e eu acho que eu teria visto alguma coisa ao longo desse tempo que indicasse que ela tinha algo a ver com isto, e eu não vi, — Bobby insiste. O nome vagalume me pega de surpresa. Eu me lembro quando ele me deu e o quão ridículo soou. No entanto, eu me apaixonei por ele após Shadow me dizer que era perfeito para mim; que eu era a sua luz no seu cruel mundo escuro. Shadow. Onde ele está? — Votação, — demanda Lock. ~8~

Votar? O que diabos isso significa? Bobby e meu pai olham em sua direção, o rosto de Bobby ilegível e com raiva do meu pai. — Tudo bem, mas, até então, a leve para o seu quarto, Bobby. Coloque todos os caras a postos lá em cima. Eu quero essa merda tratada agora. — Bull move a sua mão em direção à porta, indicando Bobby para me levar embora. Me levanto, a cadeira raspando o piso de madeira com um guincho. Eu faço o meu caminho para fora das portas, sem olhar para trás para a mesa, onde se irá decidir o meu destino. — Eu não preciso ficar em seu quarto, Bobby. Eu posso ficar com Shadow no meu antigo quarto, — eu declaro, sacudindo o aperto do meu ombro enquanto nos dirigimos para o corredor. — Não, você precisa para ficar comigo, vagalume. É o melhor, — Bobby sussurra baixinho, enquanto ele tenta agarrar meu braço novamente. — Você pode enfiar isso que pensou na sua bunda, Bobby. Eu não vou ficar com você. Shadow não permitiria isso. — eu olho para ele por cima do ombro com as sobrancelhas levantadas. Ele parece chocado com o meu tom rude, mas se eu aprendi alguma coisa com tudo isso, é que você não pode ser suave. Suave significa que você é fraca e fraca pode quebrar você. Abro a porta do quarto meu e de Shadow, e o vejo deitado na cama nu, com um lençol amassado em torno da sua virilha. Há garrafas de cerveja vazias no chão, e o criado-mudo tem droga em todo ele. — Shad— Quem diabos é você? — uma voz feminina interrompe a partir do banheiro do quarto. Tirando o meu olhar de Shadow em direção a ela, e eu avisto uma mulher alta e magra. Ela tem cabelo castanhoescuro, que é longo e confuso; no geral, é simplesmente repugnante. Ela está amarrando o vestido em volta do pescoço como se ela estivesse nua apenas momentos antes. Meu olhar desliza de volta para Shadow, que parece que ele viu um fantasma. De repente eu me sinto mal do estômago, e eu quero agarrar o meu coração no meu peito a com a dor insuportável se começa a espalhar a partir dele. — Que porra é que ela está fazendo aqui? — Shadow pergunta a Bobby como se eu fosse um cão vadio que veio da chuva. ~9~

Essa é a primeira coisa que sai da sua boca? Não um ‘Eu sinto muito, babe; não é o que parece?’ Não, ele nem sequer tenta esconder que ele andou fodendo por aí. — Reunião agora, — diz Bobby, me puxando da porta. —Vamos, vagalume. — eu puxo meu braço dele e olho para Shadow, os meus olhos começam a revirar de lágrimas. Como ele pôde? Eu quero pular na cama e bater na cabeça dele com o despertador que está na mesa de cabeceira, mas eu nem consigo me mexer de tanta mágoa que irradia através de minhas veias. — Está tudo bem, vagalume. Eu tenho você. Vamos lá. — Bobby me puxa com um pouco mais de força para colocar os meus pés em movimento antes dele fechar a porta e abrir outra em frente ao corredor.

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— Você sumiu por alguns dias. Todo mundo pensou que estava dentro da armação, incluindo Shadow, — explica Bobby, enquanto eu sento na cama pasma. Seus jeans azuis penduram abaixo nos seus quadris, e sua camisa branca está dobrada para cima em seu estômago duro. Eu desvio meus olhos para o chão esburacado. — A minha mãe me manteve em interrogatório, tentando me usar como testemunha, — eu digo categoricamente. De repente com frio, eu aperto a minha jaqueta de couro com força em volta do meu corpo. Bobby acena com a cabeça em compreensão enquanto ele coloca os dedos nas presilhas. — Inferno, eles deixaram os irmãos ir embora assim que não conseguiram provar que eles tinham alguma coisa a ver com a morte de Cassie. Eles não tinham merda nenhuma, — disse Bobby, cruzando os braços e ampliando a sua postura. Eu esqueci que eu o vi correndo com uma arma após que a mãe de Shadow, Cassie, havia sido baleada. Eu acho que ele fugiu. Eu ainda estou em estado de choque, a minha mãe usava Cassie como informante criminal. A minha mãe é como uma cobra venenosa, deslizando o seu caminho de qualquer forma que ela veja um ajuste. Cassie quase me matou, chateada porque Shadow tinha matado o seu namorado, Ricky. Ela queria levar o único amor de Shadow, eu. Ela teve o seu desejo realizado, só que foi a minha própria carne e sangue que me derrubou.

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— Você matou Cassie, — afirmo. Bobby encolhe os ombros e olha para outra direção. — Você salvou a minha vida, obrigada, — acrescento calmamente. — Eu fiz o que tinha que ser feito. — ele olha diretamente para mim, seu olhar me avisa que foi pelo clube, não por mim. Estamos aqui sentados em silêncio, o ar cheio de tantas perguntas, mas o silêncio enche o desconhecido em seu lugar. — Eu só preciso dizer a Shadow que eu não tenho nada a ver com os planos cancerosos da minha mãe. Tudo vai voltar a ser do jeito que era, — eu digo para mim mesma mais do que para ele. Eu estou delirando com esperança, não vendo claramente a traição das ações de Shadow. — Você realmente não acredita nisso, não é? — Bobby olha para mim como se eu fosse uma idiota. Eu dou de ombros, sabendo que isso não vai ser um processo simples de perdoar e esquecer com Shadow. A sua mãe arruinou a sua confiança e a capacidade de amar facilmente, o negligenciando e o fazendo cuidar de si mesmo em uma idade tão jovem que fez ele questionar em quem ele pode confiar neste mundo, se ele não pode nem mesmo depender da sua própria mãe. —Não, — eu respondo, jogando minha cabeça em minhas mãos. — Olha, fica aqui, toma um banho e eu vou voltar e falar com você mais tarde, — explica Bobby, agarrando a maçaneta da porta de madeira velha. Eu olho ao redor do quarto. Está uma bagunça. Tenho certeza de que o banheiro não está melhor. Antes de dizer outra palavra, Bobby sai e fecha a porta atrás de si. Olhando para o quarto sujo em volta de mim, o meu coração de repente deixa de bater. Um soluço escapa da minha boca quando eu percebo a extensão do inferno que a minha mãe deixou para eu suportar. Se eu a ver novamente, eu poderia matá-la, fazê-la sangrar como meu coração está sangrando agora e Shadow, ele apenas brincou comigo sem um pingo de vergonha. Eu olho para os meus braços e vejo a jaqueta de couro de reinvindicação, minha jaqueta me afirmando como propriedade de Shadow, dizendo ao mundo que eu sou a sua old lady. O meu peito parece pesado e começo a suar. Eu estou sufocando. Eu puxo a jaqueta de couro, arranhando e gritando para tirar a maldita coisa. Eu não sou nada de Shadow mais. Eu tiro e jogo em todo o

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quarto como se fosse uma praga. Um grito violento irrompe da minha garganta em desespero. Vá se foder Shadow!

SHADOW Meus pulmões levam um segundo para recuperar o fluxo de ar enquanto Bobby fecha a porta. A última fodida pessoa que eu pensei que iria ver quando entrei no meu quarto, Dani. Eu acho que ela estava na armação com a mãe dela, me usando para obter informações sobre o clube e me usando para se vingar de sua mãe no processo. Mesmo com tudo isso, eu não consigo tirá-la da minha cabeça. Eu ainda amo a mulher que me usou e traiu o meu clube. Como vou lidar com esse sentimento de traição? Da única maneira que eu sei: com drogas e mulheres. Não está funcionando, no entanto. Costumava funcionar antes de eu encontrar Dani, antes dela se tornar a minha vagalume, iluminando o tormento escuro que estava guiando na minha auto aversão. Ela era a minha droga, em vez da droga de matar. Matar me deu o controle, me fez sentir como se eu tivesse uma mão em mim mesmo, na minha vida. Agora, nada ajuda, não importa quantas drogas eu tomo ou a quantidade. Eu cheirei tanta cocaína ontem que meu nariz sangrou e a visão das mulheres só me deixava com raiva. Nada pode me fazer sentir como Dani fazia, e nada pode anestesiar a dor que ela causou. — Era a sua garota? — Mandy ou Sandy, me pergunta. — Pegue suas coisas e saia, — eu digo, me sentando na cama. Apenas vê-la já faz com que a minha mandíbula aperte. — Ela é a razão porque você não pode levantá-lo? — pergunta ela, com as mãos nos quadris. Como eu disse, até mesmo a miragem de outras mulheres me irrita. Eu ainda tento entreter a ideia que eu quero buceta, mas uma vez que as tenho nuas, eu não consigo olhar para elas. Sabendo que não é Dani e do fato de que a única mulher que eu quero é a porra de uma traidora, faz o meu estômago revirar. Depois que eu comecei com essa puta aqui, eu não consegui nem tocá-la, ficando raiva de mim ~ 12 ~

mesmo. Dani fez isso comigo. Ela me quebrou além do reparo. A porra da minha vagalume me jogou em uma escuridão que eu não consigo escapar. — Vadia, se você sabe o que é bom para você, você vai dar o fora, agora. — eu aponto para a porta. — Só a sua presença me faz querer te matar, esqueça a ideia de te foder, — eu digo friamente. Sua boca forma um ‘O’ perfeitamente escancarado; tenho certeza que ela daria um perfeito boquete. Eu assisto ela ficar com raiva quando bate a porta atrás dela. Me levanto, visto as roupas de ontem e coloco o meu colete. Passo as minhas mãos pelo meu cabelo, que tem uma necessidade desesperada de um corte e água e saio pela porta do quarto. Eu paro e olho para a porta do outro lado do hall, sabendo que detém Dani, o remédio para a minha dor, mas uma toxina para a minha mente. Como ela me pôde enganar tão bem? Eu nunca vou esquecer a sensação que eu tive quando a sua mãe a pegou do chão gritando que ela era uma testemunha. Me foi dito que Dani estava dizendo a eles tudo, mas eu esperava que fosse uma mentira e que eles estivessem apenas tentando fazer com que eu me dedurasse. Não há palavras para descrever isso, mas o que confunde a minha mente mais do que tudo é por que Dani voltou?

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Me sento no meu lugar à mesa e, instantaneamente, sinto o perfume de Dani. Seu cheiro de pêssegos enche o ar, fazendo com que o cabelo do meu pescoço fique em pé. Eu olho sobre a mesa e vejo Bobby olhando para mim, com o rosto em uma careta. Tenho certeza de que ele não está feliz, visto que ele e Dani acabaram de me encontrar no que parecia eu fodendo. Ele que se foda. — Dani está aqui, — diz Bull, duramente enquanto acende um cigarro — O quê? — a voz áspera de Hawk pergunta, junto com todos os outros que também estavam surpresos. — Sim, aparentemente, ela estava tão fora sobre todo o tipo de travessuras que a sua mãe tinha na manga como nós estávamos, — Bull nos informa enquanto dá uma tragada em seu cigarro.

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— Eu acho que ela é uma ameaça para o clube. Ela precisa ser vigiada, — diz Locks, repugnância alta em sua voz. No mesmo instante, me lembro de que Dani conhece a escuridão, o que me seduz. Se ela disse alguma coisa para os federais, eu vou estar no corredor da morte, com certeza. — Você sabe o que fazer com as ameaças. — Old Guy acena em minha direção, indicando que eles me enviam após receberem ameaças, para garantir que eles nunca têm a chance de falar. Eu os mato e, por mais sádico que pareça, eu costumo aproveitar. — Vagalume não é uma ameaça, — cospe Bobby, de olho em Old Guy. O que estava pensando Dani para voltar aqui? Eu mato ameaças. Se isso vai em frente, Bull poderia me pedir para matar Dani. Conseguirei matá-la? — Independentemente da sua mãe, Dani não é como ela. Ela tem Devil’s Dust nela. Nós todos a vimos enquanto ela esteve aqui, — diz Bull, chamando a atenção de todos. — A luta entre a sua mãe e ela naquele dia foi intensa. Dani é o meu sangue e ela não tem para onde ir. Eu sorrio com a memória. Dani quase matou a sua mãe naquele dia. Foi ótimo vê-la cuidar de si mesma; quem diria que uma beleza como ela poderia ser tão brutal. Todo mundo fica em silêncio enquanto Bull olha para mim. Ele sabe a merda em que eu mergulhei no último par de dias. Vendo como ele acha que Dani é inocente, eu estou, sem dúvida, na sua lista de merda. — Dani não é como a sua mãe. Posso dizer isso, — Bobby diz sorrindo. O que ele sabe? Por que diabos ele está protegendo ela tanto? — Então, o que você quer de nós? — Hawk pergunta. Bull se senta, esfregando o queixo desalinhado enquanto pensa. — Depois da tempestade, ela vai, — Bull faz uma pausa e olha para mim. — Ela pode ficar com Bobby, por enquanto, ajudando a se compor. Eu vou mantê-la longe do clube até que todo mundo se sinta confortável com a sua presença, — Bull diz a Bobby, que acena com a cabeça em concordância. — Eu vou ter Tom Cat a levando para onde ela precise ir. — Bull olha para mim, com os olhos irritados e esperando que eu proteste. Eu olho para longe e comtemplo a parede, não sei o que estou sentindo. — As coisas virão à tona se ela estava envolvida ou

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não. Se ela esteve, — Bull me olha com tristeza, — então nós vamos lidar com isso. Todos a favor? — pergunta ele. Todo mundo diz aye exceto Locks e eu. Eu suspiro em voz alta; toda esta situação é um tornado de merda. E se eu for enviado para garantir o seu silêncio? O pensamento me dá raiva e me assusta ao mesmo tempo. Eu não sei se posso confiar em Dani, e se ela for responsável por tentar derrubar o clube? Eu não sei se eu posso permitir que alguém machuque Dani se essa for a ordem para resolver a situação, me fazendo ir contra a minha irmandade para salvar Dani. Bull bate o martelo, declarando o voto final. — Isso é besteira, — Locks fole, franzindo o rosto com raiva enquanto ele se aproxima de Bull com descrença. O rosto de Locks está alucinantemente vermelho, fazendo o seu cabelo longo, loiro e bigode parecer mais claro contra a sua pele. Eu não sei por que eu não concordo inteiramente. Talvez porque a minha cabeça esteja me dizendo que eu preciso lavar as mãos de Dani por ser uma ameaça, mas minha alma ainda me puxa para ela. Até que eu saiba a verdade sobre o seu envolvimento com a mãe, eu preciso manter o seu rabo traidor longe de mim. Mantendo na minha cabeça que ela é uma ameaça e nada mais.

DANI Dentro do banheiro sujo de Bobby, que é tudo menos sanitário, eu pego um frasco de xampu para lavar o meu cabelo. Libera um cheiro de baunilha e coco; cheira como Bobby. Eu lavo o meu cabelo e corpo, me perguntando como eu me permiti entrar nessa confusão. E se o voto for contra mim? Será que alguém me arrastará para fora do chuveiro pelo meu cabelo molhado e vai me atirar no pátio? Eu gemo com o pensamento e desligo a água. Eu empurro a porta do chuveiro e agarro a toalha vermelha pendurada no porta-toalhas. Envolvo em torno de mim e observo que está esfarrapado e o tamanho é pequeno. Gostaria de saber se tem alguma das camisas de Bobby limpas para me emprestar até eu pegar minhas coisas. Eu ando para fora do banheiro e percebo Bobby entrando pela porta do quarto com uma mala na mão.

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— Merda. Desculpe, vagalume, — Bobby diz, notando que eu estou indecente. Seu tom é apologético, mas seus olhos nunca deixam o meu corpo seminu. Corando, eu tento puxar a toalha pequena apertada. — Aqui estão algumas coisas que eu peguei do apartamento. Vou te dar um minuto para se vestir, então vamos conversar. — ele me dá um último olhar, seus olhos piscando com o desejo. Minha boca abre com surpresa. — Bobby! Ele sorri e fecha a porta. Abrindo a mala, acho as minhas coisas jogadas lá dentro, sem dúvida, por Bobby. Eu noto um saco de papel branco desconhecido e o agarro. Eu esvazio o seu conteúdo no chão e encontro um pacote de anticoncepcional. O pacote rosa me lembra que Shadow ia pedir a Bobby para a doutora me prescrever uma receita algumas semanas atrás. Pobre doutora, eu aposto que ela se cansa de trabalhar como médica para o clube. Eu me pergunto quantas garotas que rastejam por aqui é que ela coloca no controle de natalidade. Eu jogo o pacote na bolsa. Eu comecei o meu período alguns dias atrás, e com os recentes acontecimentos, eu não vou estar tendo sexo tão cedo, então qual é o ponto de tomá-los? Eu encontro um sutiã preto com calcinha combinando, e um top cinza com shorts rasgados e rapidamente os coloco, não tendo a certeza quando Bobby vai arrebentar a porta novamente. — Ei, — diz Bobby, entrando no quarto, logo que eu coloquei a minha última peça de roupa. — Ei, — eu respondo, jogando meu cabelo em um rabo de cavalo bagunçado. — Então, parece que você vai ficar aqui até a tempestade passar, — Bobby afirma, cruzando os braços, com os braços nus cobertos de músculo tatuado. — Tudo bem, — eu digo, meu tom o incentivando a continuar. — Depois disso, você vai comigo de volta para o apartamento até que tudo seja planejado. Ele quer dizer até que o clube esteja convencido que eu tenho alguma coisa a ver com o FBI ou não. — E quanto a Shadow? — pergunto, curiosa para saber o que ele pensa de tudo isso. ~ 16 ~

Bobby vira a cabeça para olhar para a parede. — O quê? — eu questiono, sentindo que algo está errado. — Como é que a votação foi? — Você está aqui, não é? — ele pergunta, pegando algum lixo do chão. — Sim, mas Shadow votou a meu favor, ou o que vocês estavam votando? — eu pergunto, curiosa. Bobby para e olha para mim, seus olhos azuis escondendo a verdade que ele não quer me dizer. — Eu não posso falar com você sobre negócios do clube, vagalume, — diz ele, virando a cabeça rapidamente. Sua evasão me diz o que eu já sei; Shadow votou contra mim, mas qual foi o voto? Será que ele votou para me matar? Será que ele quer que eu saia daqui? Dirijo o meu olhar em direção ao chão e fecho os olhos com mágoa. Esta dor no meu peito está realmente começando a se tornar insuportável. Toda a vez que Shadow me dá um golpe, o meu coração se estilhaça um muito mais. — Você votou contra mim? — eu pergunto, olhando para Bobby, me perguntando se eu tinha um amigo neste inferno. Bobby olha para mim e sorri, minha persistência o faz balançar a cabeça, mas o sorriso dele me deixa saber que ele que me protege.

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Durante o resto do dia, Bobby insiste eu ficar no seu quarto. Sabendo que há uma possibilidade de Shadow ter votado contra mim, que ele pode ser incumbido de me matar, ou até mesmo que queira que eu deixe o clube, me corrói. Apesar de me manter tão ocupada quanto posso no quarto de Bobby, os meus pensamentos vão constantemente para ele, mas eu ainda quero dar um soco na cabeça dele por ser um canalha. As luzes piscam, me puxando de meus pensamentos, o quarto escurece segundos de cada vez enquanto a tempestade continua ao redor do estado. A porta range aberta, aquela coisa mal está pendurada nas suas dobradiças. ~ 17 ~

— Ei, você? Tudo certo? — pergunta Bobby, entrando no quarto. — A tempestade parece muito ruim, — eu digo, apontando para a oscilação de luz acima de nós. — Sim, está muito desagradável, — ele responde, jogando alguns lençóis pretos na cama. — Aqui estão alguns lençóis limpos. — Obrigada, — eu digo, tocando o tecido escuro de malha jersey. — Onde está Shadow? — eu digo, quase vomitando. Bobby para no seu caminho. — Ele está em seu quarto. — sua voz é hesitante. Posso dizer que ele quer que eu mantenha a minha distância. — Oh, — é tudo o que eu consigo dizer. Eu sei que eu deveria ficar longe de Shadow, mas eu não consigo, quero correr para o seu quarto e ficar com ele. A minha cabeça e o meu coração estão em conflito. — Tudo bem, boa... noite, vagalume, — diz ele, dando um passo para fora do quarto. — Espere. Onde você está indo? — pergunto. Eu odeio estar presa neste quarto sozinha. — Vou dormir no sofá. Vou te deixar ter a cama para si mesma. — Oh, obrigada. — eu sorrio em apreciação. — Boa noite, vagalume. — Boa noite, Bobby.

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Eu acordo com um suor quente, o vento assobiando contra o edifício e as rajadas do trovão. Os pesadelos de sequestro ainda me assombram quando eu durmo. Gostaria de saber quando é que vou ser capaz de finalmente dormir a noite toda sem a lembrança da voz de Ricky. Eu escorrego para fora da cama, sem fôlego e acendo o interruptor, mas ele só pisca e desliga. A energia elétrica é instável devido a tempestade violenta. Isso explica por que está tão abafado aqui. Eu abro a porta e espreito, mas não vejo nada, apenas escuridão. — Bobby! — eu sussurro em voz alta, mas não há resposta. Eu poderia ~ 18 ~

correr, basta pegar meus sapatos e fugir daqui. Eu olho em frente no hall em frente a porta de Shadow e sei que não posso sair daqui. Se eu sair, vou parecer culpada, e eles vão me encontrar. Eu ando na ponta dos pés para a escuridão, a minha mão se arrasta contra a parede para me ajudar a guiar durante o caminho. As luzes acendem e apagam, me dando a oportunidade de navegar pelo corredor e entrar na cozinha. Acho a pia por acaso e trilho minhas mãos ao longo do balcão com pratos limpos. Eu toco num copo que estava no escorredor, encho com água e depois me encosto na pia e desfruto do líquido frio na minha garganta. Meu corpo está coberto com suor. Como é que alguém consegue dormir? Está tão quente. — Luzes do caralho! — ouço Shadow dizer quando abre a porta da cozinha. Nós dois paramos e olhamos um para o outro enquanto as luzes piscam e desligam. Meu corpo fica rígido, e meu coração dispara enquanto Shadow olha de volta para mim, seus olhos sinistros e escuros, me perfurando. Um trovão rebenta e as luzes se apagam. Assustada, eu lanço meu copo na pia, o vidro estilhaça quando atinge o aço inoxidável. Eu faço o meu caminho rapidamente na escuridão em direção às portas da cozinha para fugir. O último lugar que eu quero estar é numa sala escura com Shadow. Eu tropeço num banquinho enquanto as luzes piscam de forma breve, as minhas mãos caem contra o chão empoeirado com força, fazendo com que as palmas das mãos queimem do impacto. Eu olho para cima e percebo Shadow perto da pia onde eu estava antes, as luzes dando a minha localização. Os seus olhos pegam os meus antes do lugar ficar preto novamente, e eu rastejo em direção a porta na escuridão. Quando minha mão toca, as luzes piscam e Shadow está de pé onde a minha mão está tocando em vez de estar na porta. Abro a boca para gritar, e ele coloca a mão contra a minha boca para me acalmar enquanto me puxa para cima violentamente e me empurra contra o seu peito.

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Capítulo dois DANI — Não grite, — sussurra Shadow no meu ouvido, seu tom é alarmante e ameaçador. — Você entende o que eu disse para você? Se eu deixar você ir e você gritar, você não vai gostar do que eu vou fazer em seguida. Concordo com a cabeça em compreensão, o meu coração bate contra o meu peito com medo. Ele libera lentamente a mão da minha boca. Eu tiro o braço que ele me está segurando contra ele, e fujo para longe dele. Ele está vestindo shorts pretos, sem camisa, e o seu cabelo escuro está colado na testa pelo calor. Mesmo que eu não esteja cem por cento certa de que ele não vá me matar, eu me encontro a pensar que ele é digno de lamber. Seu peito brilhando por pequenas gotas de suor que se formaram a partir do calor. — Por que você veio aqui, Dani? — ele pergunta, em tom áspero. As luzes piscam, dando a ele um brilho estranho. Um lado do rosto está sombreado com o escuro enquanto o outro brilha com o pequeno brilho de luzes, que ligam e desligam brevemente. Seu rosto é desenhado para baixo, seus olhos cobertos com um olhar de morte iminente. Seus lábios sorriem para o lado enquanto ele lê a minha linguagem corporal assustada. Eu endireito as minhas costas e tento agir de forma não afetada. — O que eu deveria fazer? Voltar para Nova York com a minha mãe? — eu não tento esconder a amargura no meu tom. — Vir para cá foi estúpido. A única razão pela qual você ainda está aqui é porque o seu pai é o presidente. Caso contrário, o seu rabo traidor estaria a seis pés debaixo do solo. — as palavras de Shadow acertam o que restou do meu coração. Eu posso literalmente sentir o meu coração despedaçado levantar muros de defesa e abrir cicatrizes feitas de amor. — Vá se foder, Shadow. Eu não sou um rato, — eu cuspo.

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— Certo, — Shadow diz sarcasticamente. — Então, eu tenho que acreditar que você não contou nada á sua mãe? — ele incha o peito suado e coloca os polegares no elástico dos calções. — Você quer saber se eu disse que você é um assassino? —, pergunto carrancuda. — Se eu tivesse, você ainda estaria aqui de pé? Shadow bufa com a minha declaração; ele claramente não acredita em mim. — Então, eu deveria apenas confiar em você? — Shadow zomba. — Confiar na menina que foi arrastada pelo FBI, que alegou que ela era uma testemunha. Confiar na menina que tomou a minha alma e a sufocou com as suas mentiras? — ele inclina a cabeça para o lado e sorri. — Eu acho que não, babe. Vacilo com suas palavras cruéis, sentindo a pressão da minha última carência. Eu sorrio, desgostosa pelas suas palavras ofensivas. — Shadow, para começar, eu nunca tive a sua confiança, por isso acredite no que diabos você quiser. O rosto de Shadow muda de diversão para uma expressão de raiva. Sua mandíbula endurece, e as suas sobrancelhas se estreitam. Eu tremo, lamentando a minha súbita bravura. — Dani, eu te vou dizer isto. Você não quer me irritar, — diz ele com olhos vidrados. — Certeza que eu já irritei. — eu olho feio para ele, dizendo o que nós dois já sabemos. Eu sou o inimigo, não só para ele, mas também para toda a gente neste clube. Ele olha para mim, com um poder sinistro em seus olhos. Gostaria de saber como eu me meti nessa situação. Como é que eu acreditei que Shadow e eu seríamos mais do que um acidente de trem? — Você me prometeu que não seríamos esse casal, — eu digo, tentando esconder a dor dele me trair, mas eu não sou forte o suficiente. Eu mexo os meus pés e inclino a cabeça para o lado, olhando para o chão, que se acende e fica escuro por alguns segundos de cada vez. — Você disse que você não era aquele cara, — eu continuo. Eu olho para ele, esperando pelo que ele tem a dizer sobre sua promessa quebrada. Os seus olhos mudam para aqueles de pesar, antes de endurecer tão rapidamente que eu questiono se isso aconteceu mesmo ou se eu apenas imaginei.

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Shadow ri, ampliando a sua postura e cruzando os braços sobre o peito suado. — Você quer dizer que um bandido de um clube quebrou uma promessa? Mentiu para você? — ele ri. — Isso é um choque. Meu corpo é atingido com uma onda de adrenalina diretamente no coração. Pensei que Shadow era diferente, que ele era o tal, mas eu estava claramente errada. Ele é o oposto. Ele é apenas a pessoa que quebrou o meu coração. — Vagalume, você está aqui? — Bobby pergunta, empurrando as portas da cozinha. Bobby olha entre Shadow e eu. — Você está bem, vagalume? — Bobby pergunta com preocupação, os lábios e os olhos levantados com preocupação. Shadow encara Bobby quando ele entra na cozinha. — Sim, eu estou bem. — eu faço o meu caminho para as portas, mas paro em frente a Shadow. — Vá. Se. Foder, — eu sussurro. Shadow morde o lábio inferior enquanto franze as sobrancelhas, fazendo uma leve ruga entre eles. Bobby empurra as minhas costas e me dirige de volta para a minha prisão.

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No dia seguinte, a maior parte da tempestade já passou. Alguns burburinhos de trovão ainda se ouvem, mas já temos a eletricidade completamente funcionando e o ar condicionado está de volta. Bobby me trouxe café da manhã e almoço, juntamente com uma toalha limpa para tomar banho. Eu estou esperando que amanhã a gente possa ir para o apartamento; eu não quero estar perto de Shadow ou deste clube por mais tempo. Depois de olhar para a minha sexta revista de motos, eu tive o suficiente de ficar presa neste quarto. Talvez Bobby possa me arranjar uma das suas bebidas com whisky ou algo assim. Passar o dia entorpecida e bêbada não soa ruim. Eu olho para a cômoda de Bobby e procuro algum tipo de arma, no caso de me deparar com Shadow novamente. Eu não sei se consigo machucá-lo, mas eu gostaria de pensar que eu o faria se eu precisasse muito. Merda. Não há nada além de balas nas suas gavetas. Depois de ficar de mãos vazias, e sem nada

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para usar como arma, eu abro a porta devagar e coloco a cabeça para fora, à procura de qualquer sinal de Shadow. Eu não ouço nada. Está tudo completamente em silêncio, o que é estranho; geralmente há caras gritando e meninas rindo. Eu entro na olhando para uma cachos se jogando manga longa, preta usar - estranho.

área do bar e Babs está de pé atrás do balcão revista. O seu cabelo vermelho está preso e tem em toda parte. Ela está vestindo uma camisa de com calças pretas. Não é algo que eu pegaria para

— Ei, você aí, como vai você? — pergunta ela, fechando a revista. Seus olhos e tom pareceram surpresos ao me ver. — Eu poderia estar melhor, — eu digo, me sentando, não tendo certeza se posso confiar nela. Ela parece desempenhar o papel de mãe do clube e é mal-humorada com sua atitude implacável. Eu não duvido que ela por um segundo possa querer tentar me eliminar por ser uma possível ameaça para o clube. — Onde estão os meninos? — eu pergunto, olhando ao redor do espaço vazio. — Numa corrida, — diz ela, sem rodeios. — Uma corrida? Ainda está trovejando, — eu digo, apontando para as portas de vidro. — Isso não vai impedir os idiotas, — diz ela com um sorriso. As portas da cozinha de repente se abrem. — Tudo bem, estamos prontos. Você está pronta? — diz Vera, indo para o lado de Babs com um conjunto de chaves na mão. O cabelo castanho-avermelhado de Vera está puxado para cima num rabo de cavalo alto. A sua camisa preta, apertada está rasgada curta, shorts rasgados, que estão cobertos com patch de propriedade de Old Guy. Eu só encontrei Vera uma vez, logo antes do rally de motos, onde tudo foi a merda. Ela não foi muito simpática se bem me lembro. Old Guy, seu homem, eu conheci antes também. Ele não tentou esconder a sua atração por mim quando nos conhecemos, ele estava muito a frente em seus avanços. Os olhos de Vera preguiçosamente me encontram sentada no bar antes de fazer cara feia. — Ótimo, o que vamos fazer com ela? — pergunta ela, seus olhos nunca deixando os meus.

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— O quê? — eu pergunto, soando um pouco nervosa. Babs sorri maldosamente. — Levamos ela junto. — O quê? — Vera pergunta, confusa. — Ela diz que é inocente, e que é uma de nós. Faça ela provar a sua lealdade, — diz Babs, olhando para Vera. Vera sorri. — Pra gente, pelo menos. Os meninos terão que decidir se ela é leal por conta própria. — Você quer me por a par do que vocês estão falando? — eu pergunto, ficando um pouco irritada por estarem falando como se eu não estivesse sequer na sala. — Eu tenho uma sobrinha que tem quase dezoito anos. O seu nome é Silvia. Ela acabou de sair do hospital na noite passada porque o namorado decidiu usá-la como saco de pancadas, — diz Babs, balançando a cabeça em consternação e, lentamente, deslizando a língua sobre o lábio superior vermelho. — Deslocou a mandíbula, — diz Vera, pisando em torno do bar. — Babs trouxe a atenção de Locks, para que ele pudesse trazer isso para a mesa, mas ele disse que não. — o tom de Vera está irritado e hostil com a decisão de Locks. Parece que Vera apoia Babs, e não gostou de Locks não ter cedido ao pedido de sua esposa para envolver o clube. — E então, o que isso tem a ver comigo? — eu pergunto, encolhendo os ombros. — Nós, e agora você, estamos indo mostrar a esse imbecil o que acontece quando você fode um dos nossos, — diz Babs, colocando as mãos nos quadris, seu tom orgulhoso. — E o papai e o namoradinho não podem descobrir sobre isso, — Vera enfatiza. Eu olho para as duas, considerando as minhas opções. Eu poderia usar isto com as senhoras em meu favor neste momento. Não vai convencer Shadow de nada, mas pelo menos eu vou ter o meu pé na porta. Mostrando as old ladies que consigo manter um segredo fazendo exatamente isso, e se alguma coisa ilegal estiver prestes a acontecer, elas vão provar que eu não estou com a minha mãe e seu clã de agentes.

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— Estou dentro, — eu digo, de pé. — Como se você tivesse escolha, — Babs ri. — Se você dissesse o contrário, eu teria que bater em você e te jogar no armário até estarmos de volta, — diz Vera, seu tom sério. — Vera! — Babs adverte.

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Estou sentada num banco na parte de trás de uma das vans pretas do clube, com um par de old ladies vestindo os seus coletes. Babs está dirigindo e Vera está no lado do passageiro. Eu estou sentada ao lado de Cherry, Molly e Pepper sentadas em frente a nós. Me lembro de vê-las brevemente antes do rally de motos, quando o ataque aconteceu, mas eu não sei muito sobre elas. — Você está legal? — Molly pergunta, jogando o seu cabelo marrom em um coque apertado. Concordo com a cabeça, sem saber o que dizer ou esperar. — Ela está bem, — diz Cherry, me cutucando no meu ombro. — Ela tem isto em seu sangue. — Sou a old lady de Phillip, a propósito, — Cherry diz, estendendo a mão para cumprimentar. Eu aceito. — Eu acho que não conheço ele, — eu respondo, tentando colocar uma cara ao nome. — Sim, ele está cumprindo pena agora, — diz ela, olhando para baixo. O seu cabelo está espalhado em todo o seu rosto, escondendo os seus olhos gentis. — Oh, eu sinto muito, — eu respondo, tentando soar tão simpática quanto possível. Eu me questiono o que ele fez, mas eu não pergunto. — Não se preocupe, ele deve sair em alguns meses. — Essa merda em que você estava metida, — Pepper acrescenta, apontando para mim. — Eles dizem que você não tem nada a ver com isso. Você tem? — pergunta ela, sem rodeios.

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Eu balanço a minha cabeça. — Não, isso foi tudo trabalho da cadela da minha cadela mãe. — eu rolo os meus olhos. Todas as meninas começam a rir, me pegando de surpresa. — O quê? — eu pergunto, confusa. — Você parece exatamente como ele, — diz Cherry, com um sorriso enorme. — Como quem? — eu pergunto, olhando em volta para as outras meninas. — Como Shadow, — diz Molly, rindo. Eu olho para as minhas mãos. Shadow. Só o seu nome é como um soco no estômago e isso dói. — Nós chegámos, senhoras! — Babs grita por cima do ombro. — Onde? — pergunto. — Silvia disse que este é o lugar onde o fodido faz os negócios. — Bab explica, a palavra negócios pega a minha atenção. Como, traficante de drogas? Meus olhos se arregalam com medo, querendo saber o que vamos enfrentar quando sairmos da van. Nós sentamos em silêncio por alguns momentos enquanto Babs e Vera exploram o lugar. A van não tem nenhuma janela, então eu não consigo ver nada. — Por que ele bateu nela? — pergunto a ninguém em particular. — Ele precisa de um motivo? — Pepper aponta. — Não, eu só estou dizendo— Ele a acusou de pegar as suas drogas, exigiu que ela pagasse pelo que ela tomou. Ela jurou que ela não tinha nada, e ele retrucou: — Babs informa. — Lá está ele. — Vera aponta o para-brisa dianteiro. Molly puxa a porta dos fundos da van e saltamos para fora. Meu coração está batendo tão forte que eu posso ouvir o barulho de acúmulo de sangue em meus ouvidos enquanto eu ando. O fluxo de adrenalina se espalha através de mim como um vírus, consumindo minha educação justa, aplicada pela minha mãe. Eu sorrio para a intrusão de corrupção, congratulando o sentimento de ser mal-intencionada. Eu

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olho em volta e percebo que estamos por trás de um grande edifício. Batidas de música tocam a partir do interior, que é uma espécie de boate com luzes verdes que contornam o telhado. O céu ilumina com luz remanescente e com os rasgões de trovões, a tempestade nos lembrando da sua presença. Eu sigo as meninas que estão se aproximando de um cara mais jovem. Tem uma bandana verde puxando o cabelo para trás com uma camiseta branca suja e jeans largas. — Você é Darin? — Babs pergunta, apontando um bastão para ele. — Que porra é essa? — ele diz, inclinando a cabeça erguida, com a mão na cintura da calça jeans. — Isto é pela Silvia! — Babs grita enquanto balança o bastão tão ferozmente que as mechas de seu cabelo caem soltas. Ele cai no chão, desmaiado. — Dani, pegue a arma dele, — Babs ordena, apontando para virilha do rapaz com o bastão. Hesito enquanto fico olhando para o sangue escorrendo da cabeça de Darin e pelo seu rosto. — Faça isso! — Vera grita, me sujando de sangue. Eu salto para frente, chego em seus jeans e puxo uma arma polida. É pesada, e parece poderosa apenas pousada em minhas mãos ociosas. — Meninas, peguem os pés dele. Vera e eu vamos pegar os seus braços. Dani, abre a porta da van, — comanda Babs, me entregando o bastão. Eu carrego o bastão e a arma; a pressa do perigo correndo através de cada uma das minhas mãos faz com que minhas mãos tremem. Uma vez que colocamos Darin inconsciente na parte de trás da van, nós dirigimos para longe como um morcego saindo do inferno. Babs está dirigindo tão rápido que eu quase voamos ao redor da van em. Nós dirigimos por cerca de vinte minutos antes de Babs encostar e pular para fora. Desço da van, ouço as ondas quebrando, e sinto o cheiro de sal. Eu olho em volta e percebo um edifício em ruínas, mas não muito mais. Babs estala os dedos para mim, para que eu lhe entregue o bastão enquanto seguro a arma.

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Babs agarra Darin ainda inconsciente e o arrasta pelos pés, com a cabeça dele batendo no chão com um baque forte. Um gemido baixo escapa de seus lábios quando ele acorda. — Que diabos?— Darin geme, alcançando suas calças. Com uma súbita sensação de coragem impressionante, eu dou um chute firme nele. — Procurando por isso?— pergunto. O pensamento de que um cara poderia fazer tais danos a uma menina me faz sentir enjoada. — Você é uma cadela morta, — diz ele, olhando para mim com um sorriso promissor. Seu sorriso é grande, mostrando os dentes sangrentos, para onde o sangue de seu ferimento na cabeça escorreu, mas seus olhos estão estreitos em advertência. A sua ameaça me faz pulsar com raiva; estou cansada de ameaças. — Então, você gosta de bater em meninas? — pergunta a Vera. Darin ri maliciosamente. — Essa cadela já sabia o que lhe esperava. Ela sabia que não devia pegar o meu estoque, — diz ele com naturalidade. — Dani, cale ele, —, diz Babs. Eu olho para ela, chocada. Será que ela quer que eu atire nele? Pensando comigo mesma, eu aperto a arma e bato duramente na boca dele. O som de metal batendo em sua mandíbula faz o cabelo do meu pescoço levantar. Ele grita de dor, agarrando o seu lábio cortado pelo impacto. — O que está errado? Eu pensei que você gostava de lutar? — eu pergunto, uma onda de bravura subindo, fazendo as minhas mãos tremerem de excitação nervosa. Ele olha para mim a partir do chão. Seus olhos sem vergonha me mantêm no lugar enquanto ele limpa o sangue da sua boca com as costas da mão e começa a rir. Isso me irrita. Violência arrasta o seu caminho em meu sistema, ansiosa para mostrar as minhas cores verdadeiras, não só para as meninas, mas para mim mesma. — Caramba, menina, — Cherry ri. — Eu posso ver porque eles te chamam de vagalume, — diz ela, olhando para mim com um sorriso. — Silvia sabe que se ela quiser drogas, pode pedir para mim. De qualquer maneira, você não bate em meninas. Especialmente aquelas associadas com os Devil’s Dust, — diz Babs, chutando ele nas costelas.

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— Dani, você quer provar a si mesma? Mostre a ele o que acontece quando você mexe com os Devil’s Dust, — diz Babs, me entregando o bastão. Eu entrego a ela a arma e pego o bastão com força, meus dedos deslizando com o suor das minhas palmas das mãos. Eu olho para o cara que está sangrando; seus olhos pesados pelas drogas. Ele me lembra Ricky e Cassie que me sequestraram. Me sequestraram por causa da minha mãe que fez a mãe de Shadow uma informante criminal. O meu sangue ferve na conexão; talvez eu precise de terapia depois da experiência traumática que eles me fizeram passar. Eu balanço o taco com um emocional gritando enquanto eu estalo, dividindo a sua rótula. Darin se eleva e agarra o seu joelho, gritando de dor. Eu sorrio, sentindo alívio, que se foda a terapia, isto vai servir. — Essa é uma menina! — Molly ri, chutando o cara no intestino. Eu aperto o bastão mais forte e bato em seu braço, sinto a adrenalina como uma droga. Depois de uma surra que o cara nunca vai esquecer, todas nós saltamos de volta na van e voltamos para o clube, deixando um sangrento bandido inconsciente num estacionamento vazio, sem saber se ele está vivo ou morto. Na viagem de volta, as meninas começam a repetir tudo o que aconteceu, mas tudo o que eu sinto é vergonha. Saindo da excitação da raiva, eu sinto a culpa comer no meu consciente. O que diabos eu acabei de fazer? Babs estaciona a van ao lado da garagem e todas nós saltamos para fora. — Você foi bem garota, — diz Vera, me dando tapinhas nas costas. — Sim, essa merda com sua mãe vai desaparecer em breve, — Cherry observa docemente. — Bem-vinda ao grupo, — diz Pepper, batendo na minha bunda. Eu sorrio levemente enquanto todas elas caminham para o clube, agindo como se nada selvagem tivesse acontecido. É uma loucura quando você pensa sobre isso. A barreira de abandono na vida nos deixa cicatrizes, acordamos todos os dias na esperança de redenção, de hoje ser melhor, mas é uma mentira. Na realidade, você tem que nadar para sobreviver, mesmo que isso signifique afogar os inocentes para chegar à costa da esperança.

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Vou para o quarto de Bobby e vejo sangue em minhas mãos, então eu ando até o banheiro e ligo o chuveiro quente. O quarto se enche de vapor, enquanto eu olho para o espelho e percebo manchas de sangue por todo o meu rosto e roupas. Eu me dispo rapidamente e salto no chuveiro para enxaguar. A água quente corre para baixo do meu corpo, lavando os vestígios de sangue como se não tivesse acontecido. Olhando para a água de sangue e pecados correndo pelo ralo, eu penso em minha mãe, quão perturbada ela ficaria se ela descobrisse que eu fiz parte de um sequestro, agressão e assalto, e possivelmente de um assassinato. Quebrando a educação de uma filha inocente. Um riso escapa da minha boca, um riso cruel tão forte que causa cãibras na minha barriga. Meu riso começa a vacilar, pois entendo que ao me provar para as meninas hoje à noite, desencadeei algo muito mais escuro do que eu poderia ter imaginado. É perigoso, maníaco, e ele anseia por espasmos de violência. É exatamente o que a minha mãe tentou me impedir de descobrir toda a minha vida.

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Ao acordar de manhã, eu me sento diferente. Eu sento a inocente, a mente frágil, que era a minha normalidade desaparecer com o vento, como pétalas de um dente-de-leão sopradas para a escuridão e pousando num mundo de angústia e bravura. As asas brancas que uma vez foram o meu sinal de inocência, viraram penas escuras, sinistras, arrancadas uma por uma. Bobby me leva para o apartamento logo cedo; felizmente eu não encontro com Shadow. Quando eu entro no apartamento, está muito mais limpo do que a última vez em que estive aqui. Me lembro de vir aqui depois de Shadow e eu termos viajado; o lugar estava todo destruído por Bobby. Eu fecho os meus olhos com força tentando empurrar para longe as imagens de Shadow e eu na casa de praia. Será que a dor da traição nunca vai desaparecer? — Então, eu vou colocar as suas coisas no meu quarto apenas no caso de Shadow decidir aparecer, — diz Bobby, e vai arrumar a porcaria em seu quarto. Eu o sigo e percebo que o seu quarto tem um layout semelhante, apenas com cores diferentes do de Shadow. A cama de Bobby está desfeita e tem uma colcha vermelha com lençóis brancos, e seu tamanho é tão grande quanto a de Shadow. A cômoda de Bobby é branca com um enorme espelho por trás e o seu quarto tem roupas

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jogadas de um lado para o outro. Eu não posso mesmo dizer a cor do tapete que ele tem, ou se ele ainda tem tapete. É apenas um mar de roupa suja. — Precisa de limpeza, mas é um lar, — diz ele, sorrindo. — Obrigada, Bobby. Você tem sido um salva-vidas em tudo isso, — eu digo, meu tom apreciativo. Bobby balança a cabeça. — Só estou fazendo o que foi solicitado. — ele olha para mim com um olhar indecifrável. — Então, o primeiro passo é obter um emprego, — diz Bobby, esfregando as mãos. — Oh, deus, — eu digo de forma dramática. — Eu vou pegar alguns jornais da cidade, ver se alguma coisa desperta o seu interesse, — diz ele, sorrindo. — Isso seria ótimo, obrigada. — eu inclino minha cabeça para o lado com um sorriso de agradecimento. — Sim, não há problema, — diz Bobby, sorrindo um sorriso de fazer cair calcinha. Ele coça o peito, o ato trazendo sua camisa para cima e mostrando os seus abdominais duros. Eu chupo uma respiração apertada e olho para a roupa suja em torno de meus pés; qualquer coisa para manter a minha mente longe do tesão que sinto e em como Shadow não está aqui para aliviá-la. A minhas bochechas coradas denunciam o quanto eu acho Bobby atraente, ele ri e entra na sala de estar. Eu respiro firme e sigo. — Deve haver comida e merdas na geladeira, se você ficar com fome. Volto mais tarde, — diz ele, indo em direção a porta. — Oh, e vagalume, — ele hesita, parando na porta. — Sim? — eu viro o meu olhar da geladeira até á porta, onde ele está parado. — Mantenha sua bunda neste apartamento, — manda Bobby, com a mão apontando para o chão, seu tom áspero me faz pular. Antes que eu possa perguntar por que, ele bate a porta fechada.

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Capítulo três SHADOW

Eu tiro minha .45 e acerto o alvo em todo o campo gramado, respire fundo e faço pressão no gatilho. Instantaneamente, a arma atira, me dando um breve segundo de alívio, mas não o suficiente para a minha ânsia escuridão: matança. — Ei, filho da puta. Eu olho por cima do meu ombro e vejo Bobby andando atrás de mim. Eu aceno para ele e aponto minha arma de volta no alvo. — Você vai me ignorar para sempre? — ele pergunta. Irritado, eu abaixo minha arma e faço cara feia para ele. — Eu não estou ignorando você, apenas tenho estado ocupado, — eu respondo, mas é uma mentira. Desde que ele assumiu Dani sob sua asa, eu tenho evitado ele a qualquer chance que eu poderia. — Sim, que seja, — diz ele, pegando a arma para carregar. — Qual é o negócio com você e vagalume? — ele pergunta. Eu olho para ele, incrédulo. Como diabos ele está me perguntando isso? Especialmente quando eu tenho uma arma carregada na minha mão. — Não há muito a dizer; ela é um fodido rato, — eu declaro, disparando a arma para o alvo. Só em dizer essas palavras faz meu estômago dar um nó. Eu não tenho certeza se é porque eu sinto que é muito longe da verdade ou porque eu sinto que ela pode muito bem ser uma ameaça. De qualquer forma, eu tenho que tentar manter minha cabeça focada; ela não vai ser confiável. — Você ainda acha que ela não está dizendo a verdade? — Bobby pergunta, mirando o alvo e disparando. Olhando para Bobby, não posso deixar de notar que seu alvo está um pouco fora. — Levante sua arma para cima uma polegada, — digo a ele.

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— Eu vi como cadelas manipulam e enganam para conseguir o que querem. Me enganaram uma vez. — eu aponto a minha arma para o alvo. — Isso é tudo o que você tem, — eu sussurro. Eu disparo o resto das minhas balas em uma raiva, acertando o alvo cada vez. É a verdade; as mulheres vão fazer qualquer coisa, usar qualquer arma que entenderem para conseguir o que querem. Eu não. Eu não vou ser um daqueles caras deixados no meio da tempestade por uma fêmea enganadora. Bobby balança a cabeça. — Eu acho que você está errado, meu irmão. — Não me importo pelo que você acha, Bobby, — eu cuspo, sua atitude provocando chamas de raiva incontrolável. — Certo, então a briguinha entre você e Tom Cat não era nada? — Bobby estala. Eu me viro e encaro ele, é claro que ele teria visto isso. Depois de Bull nomear Tom Cat para transportar Dani, eu vi Tom ir para o quarto de Dani mais tarde naquela noite. Eu não consegui parar, mas fui até lá pra ver o que diabos ele estava fazendo no quarto dela. Dani estava sentada na cama, seu corpo caído sobre ela. Ela parecia muito triste, e isso me matou. Eu sei o que a deixou triste, uma parte de mim queria confortá-la. Mas eu não poderia passar por cima de que ela poderia ser uma ameaça. Tom Cat descansou a mão no ombro de Dani, ganhando sua atenção. O toque inocente provocou um ataque de fúria dentro de mim. Ele se apresentou, seu tom alegre, e amigável. Ele me irritava. Depois dele sair do quarto, eu o segui até o pátio. — Tom Cat, eu posso ter uma palavra? — pergunto. — Ei irmão, que está acontecendo? — ele pergunta, colocando as mãos nos quadris. — Você circulando ao redor de Dani, hein? — Sim, aparentemente, — diz Tom Cat, sorrindo de orelha a orelha. Ele levanta as sobrancelhas em um gesto que me deixa furioso. Eu sinto ciúmes e raiva, e eu odeio isso. Eu ponho minha mão sobre seu ombro, e cavo meus dedos profundamente em sua carne. — Não pense em tentar qualquer coisa,— eu fervo. — Você vai levar Dani onde ela precisa ir, e manter a boca de merda fechada merda, — eu sussurro, meu tom áspero e ameaçador. Eu aperto meu aperto em seu

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ombro, fazendo com que meus dedos fiquem brancos pela pressão. — Você entende? — pergunto. Tom Cat estremece sob meu aperto. — Sim, cara! — ele fole com dor. — E se você vir alguma coisa sobre a mãe dela, você vem a mim primeiro, — eu exijo. Tom olha para mim como se eu fosse louco, os olhos arregalados com a incerteza. Eu encaro e aperto ainda mais. Os joelhos de Tom se curvam pela força, fazendo ele finalmente acenar em concordância. Eu libero o meu domínio sobre ele, e vou embora. Eu ainda me preocupo com Dani e isso dói. — A mesma merda de sempre, cara, — diz Bobby, me quebrando do meu pensamento. Ele joga as mãos para mim e vai embora. Fodida Dani. Se já não fosse ruim o suficiente, agora ela está virando porra meu irmão contra mim. Nunca deveria ter me envolvido com sua bunda.

DANI Uma semana se passou e eu tenho estado trancada no apartamento maldito como uma prisioneira. Bobby me trouxe todos os tipos de jornais e eu ainda olhei na internet para um trabalho, mas a menos que eu queira ser uma dog walker 1 ou recepcionista em um salão de bronzeamento, eu não consigo encontrar nada que acende o meu interesse. Não para uma carreira, de qualquer maneira. Eu limpo o apartamento de um lado para o outro, tudo, exceto o quarto de Shadow; eu não posso suportar entrar lá. Basta olhar para a porta e faíscas de imagens de Shadow e me põe em êxtase para um amante.

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Uma pessoa que leva os cachorros para passear. ~ 34 ~

Eu empurro pelas portas duplas, que levam à varanda do apartamento e sento na espreguiçadeira. A única vantagem de estar aqui é a de tomar banhos de sol na varanda. Eu posiciono meu top de biquíni preto e noto que eu tenho marcas de biquíni. Deito na minha barriga e desato parte de trás do meu top em tentativa de obter meu bronzeado uniforme. Eu realmente desejo ter conseguido encontrar o meu iPod. Minhas emoções estão funcionando no quente e frio e eu não posso distinguir como me sinto sobre qualquer coisa em minha vida. Música iria ajudar a resolver os meus pensamentos de fugir.

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— Ei, eu trouxe comida chinesa. — eu me levanto ao som de uma voz e vejo que o sol está se pondo e Bobby está segurando um saco de papel marrom. — Porra, — ele murmura, olhando para mim com os olhos pesados. Olho para o que ele está encarando e noto o meu topless. — Merda! — eu grito, agarrando o meu top. Eu pressiono para o meu peito e corro em direção ao quarto. — Merda. Merda, merda, — eu me castigo, correndo para o quarto e batendo a porta. Eu pego uma camisa vermelha do armário e coloco. Ele trava do meu ombro e vai para meus quadris. — Ái! — eu grito pela queimadura proveniente do tecido arranhando a minha pele. Eu vou ao banheiro e olho para o espelho. Percebendo que meu rosto está um pouco vermelho, eu viro e puxo a camisa para cima e ver que as minhas costas estão realmente vermelhas. Eu não posso acreditar que eu adormeci lá fora; agora estou queimada como uma batata frita. — Tudo bem, vagalume? — o tom de Bobby está preocupado quando ele entra no quarto. — Sim, eu sou apenas queimada, — eu digo, abaixando minha camisa. Bobby entra no banheiro, seu grande corpo tomando o lugar. Ele se inclina para baixo, abre o armário abaixo da pia e pega uma garrafa de aloe vera.

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— Vira, — Bobby exige, girando o dedo para eu virar de costas para ele. Me viro lentamente, ainda um pouco envergonhada dele ter acabado de ver meus seios nus. Bobby puxa a parte de trás da minha camisa para cima e passa suas grandes mãos nas minhas costas. A geleia verde parece como o gelo, fazendo meu corpo estremecer em seu toque. — Desculpe, — ele diz, esfregando o aloe. — Adormecer no deck é fácil de fazer. Eu fiz isso uma ou duas vezes, — diz ele, esfregando a geleia. Meus olhos pegam os dele no espelho; seus olhos azuis estão olhando para mim. Minha respiração trava quando seus dedos pastam pelo tecido mole do lado do meu peito. Eu olho por cima do meu ombro, olho para Bobby, seus olhos ousados e encapuzados. Meu estômago vira ao pensar que Bobby poderia me achar atraente, que ele me quer, mas com a bagunça em que estou, eu não posso baixar a guarda e por mais confuso que pareça, eu ainda amo Shadow. Como se Bobby pudesse ler meus pensamentos, ele se afasta ao mesmo tempo que eu. Bobby limpa a garganta quando ele limpa as mãos nos jeans. — Eu trouxe comida, está com fome? — Sim, morrendo de fome, na verdade, — eu respondo. A situação parecendo desconfortável, faço o meu caminho para fora do banheiro. Eu entro na sala e me sento no chão quando Bobby me entrega um recipiente de comida chinesa. Ele se senta ao meu lado no chão, cruzando suas longas pernas na altura dos tornozelos enquanto ele mergulha o garfo em seu próprio recipiente. — Trouxe alguns filmes. Supostamente comédia, — diz ele, agarrando o controle remoto do sofá. — Eu poderia usar de umas risadas, — eu digo, olhando para o meu recipiente de plástico, encontrando macarrão Lo Mein, o meu favorito. Nós sentamos em silêncio, assistindo TV e comemos o jantar. De vez em quando, um de nós ri quando alguma coisa boba acontece no filme. — Quer uma bebida, vagalume? levantando e indo em direção à cozinha.



Bobby

pergunta,

se

— Sim, claro, — eu digo, chupando um macarrão na minha boca.

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Bobby me entrega uma cerveja e se senta no chão. — Obrigada, Bobby, — eu digo. — Bobby, é esse seu nome verdadeiro? — pergunto, dando outra mordida. — Não, — ele responde sorrindo. — Não sou fã do meu primeiro nome. Essa é a razão pela qual todo mundo me chama Bobby, — explica ele, dando um enorme gole de sua cerveja. — Ah, vamos lá, me diz. — eu cutuco seu ombro, tentando incitálo a se abrir. Bobby ri. — Robert, — diz ele, a boca cheia de macarrão. — Robert? — eu questiono com uma sobrancelha levantada. Bobby balança a cabeça com os lábios franzidos. Eu observo suas feições, seu cabelo loiro ondulado estilo surfista e olhos azuis; seus grandes braços musculosos com tatuagens; eu nem percebi seus grandes lábios macios. — Sim, você não parece como um Robert, — eu rio com o rosto amassado. — Sim, meu nome todo é Robert Zane Whitfield, — diz ele com desgosto. — Eu gosto de Zane, mas não sou fã de Robert, — eu digo sorrindo. — Eu já fui chamado de coisas piores, — ele brinca. Sentado calmamente, eu noto que eu não vi a doutora ao redor, ou ouvi Bobby falar muito sobre ela, também. — Onde está a Doc? Bobby balança a cabeça. — Ela é complicada. — Mais complicado do que Shadow e eu? — eu pergunto com um sorriso. Bobby ri. — Possivelmente. Ele coloca seu prato vazio ao lado do sofá atrás dele enquanto ele limpa a boca com a mão, o som da nuca esfregando contra a palma da mão. — Começamos a ficar bem, mas ela sempre puxa para trás. — o tom de Bobby soa derrotado, como se ele não pudesse descobrir isso.

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— O que aconteceu? — eu pergunto, colocando meu recipiente vazio para baixo. — Eu disse a ela que queria conhecer sua filha um dia. — ele olha para mim com um olhar lunático. — Ela congelou, me disse que não estava em seu melhor interesse para me permitir me envolver com a filha ou que nós fôssemos tão longe em tudo o que temos. — ele estala os nós dos dedos, o som disso fazendo meu corpo tremer. — Isso é péssimo. — eu tento oferecer algo mais compreensivo, mas realmente eu posso entender sua decisão. Bobby está envolvido em um clube, é criminoso e faz inimigos a torto e a direito. — Acho que sou apenas um amigo de foda pra ela, — diz ele, passando as mãos pelo seu cabelo dourado. — Por mim tudo bem, — Bobby ri, ganhando um revirar de olhos de mim. Dando um olhar para ele, percebo seus olhos apertarem com preocupação. Eu me pergunto qual é a história deles. Nós terminamos nossas cervejas enquanto continuamos o pequeno bate-papo. Eu aprendi que Bobby odeia surf, ama futebol, mas odeia beisebol. Ele adora animais e come praticamente qualquer coisa. Toda a sua atitude é diferente da de Shadow; Bobby é despreocupado e animado, onde Shadow é escuro e complicado. Após o terceiro filme, eu mal posso manter meus olhos abertos e começo a cochilar. Eu acordo com grandes braços sob minhas pernas e pescoço, me levantando do chão. — Onde você está me levando? — pergunto meio adormecida. — Te levando para a cama, vagalume, — diz Bobby, sua voz acordado e alerta. Eu sinto meu corpo relaxar a cada passo. Seu corpo é duro contra o meu, me fazendo me sentir pequena. Eu não posso deixar de notar o cheiro de coco na curva do pescoço dele. Eu sinto meu corpo ser colocado na cama e puxo o cobertor em cima de mim. — Eu gostei de hoje à noite, Bobby. Obrigada. — murmuro. Foi bom ter algum tipo de interação humana. Por mais que eu gostaria que fosse Shadow, eu acho que é hora de perceber que Shadow e eu não seríamos nada menos do que carnificina.

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— Sim, nós devemos fazer isso novamente, — diz Bobby, seu tom sincero. Ele se dirige para a porta e começa a fechar. — Noite, Vagalume.

SHADOW Sento no meu lugar habitual, longe de outros clientes e da ação. O couro está rachado em minha cadeira e cheira a perfume barato, mas o som não é tão alto aqui. Realmente não importa onde eu me sento, porque as meninas sempre parecem vir em hordas em direção a mim. A iluminação é esmaecida para um brilho sedutor, o ar cheio de nevoeiro e a sala repleta de meninas seminuas, homens cheios de tesão, e música alta. — Ei, Shadow, — uma das strippers diz, andando em minha direção. — Ei, Jasmine, — eu digo casualmente. Jasmine tem o cabelo escuro, olhos verdes e está vestindo um vestido preto sobre seu corpo nu. Ele não deixa muito para a imaginação, como eu posso ver tudo. Percebo Bobby sentando na cadeira ao meu lado. Eu olho e dou a ele um aceno de cabeça enquanto ele olha fixamente em Jasmine. — Não vi você aqui por um tempo, — diz Jasmine, sentada no meu colo sem ser convidada. Eu olho para o rosto dela enquanto ela se vira e sorri para mim, seus olhos verdes me pegando pelas bolas. Eu vim aqui na esperança de escapar de Dani, e eu me viro e caio de cara nela. — Ei, babe, por que você não trás pra gente a bebida de costume? — Bobby sugere a Jasmine. Jasmine se levanta do meu colo instantaneamente. — É isso aí, babe, — ela lança sobre o ombro enquanto seus olhos flertam com Bobby. Seus olhos verdes me fazem ver Dani em vez da stripper sacana. Eu aperto meus olhos fechados e tento afastar qualquer coisa sobre Dani da minha cabeça. — Você me pediu para vir aqui, Bobby, então o que está acontecendo? — eu pergunto, olhando para as meninas no palco

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dançando por um dinheirinho rápido. Uma garota peituda loira pisca para mim quando ela agarra o pole de cromo e balança as pernas em torno dele, fazendo com que todo o corpo dela circule. — Apenas preocupado com você, cara; pensei que fazia bem você sair, — ele diz com sinceridade. Eu não preciso da empatia dele. — Se preocupe com a sua própria merda, eu estou bem, — eu digo, meu tom frio e com raiva. — Como você quiser, irmão, — Bobby ri. Ele sabe que eu não estou nada bem; às vezes eu odeio o quão bem nós nos conhecemos. — Como é que Dani está indo? — pergunto. — Ela está bem. Ela está tentando conseguir um emprego agora, — diz Bobby, ajustando suas calças enquanto a loira mói o pole no centro do palco. — Não é possível encontrar um? — eu pergunto, olhando em sua direção. Acho difícil acreditar que ela não pode conseguir um emprego. Nós temos conexões em todos os lugares. — Nah, não qualquer que ela queira, — Bobby responde. — Acho que ela está à procura de um trabalho que ela pode se estabelecer e fazer uma carreira, eu não— Ela quer dançar, — eu digo, interrompendo Bobby. Ele me olha sem jeito. — Tipo ballet. Ela me disse que adora dançar ballet. Ela ajudava a ensinar crianças pequenas ou alguma merda assim em Nova York antes da sua mãe aparecer. — eu olho e vejo Jasmine entregar a Bobby sua bebida antes de entregar a minha. — Então, Shadow, você vai me levar em suas costas e me mostrar diversão? — Jasmine pergunta, me olhando com aqueles olhos verdes. Olhando para essas piscinas verdes, tudo que eu posso pensar, tudo o que posso ver é Dani. O quanto eu sinto falta dela. Como eu quero sentir seu aroma de pêssegos e senti-la em volta do meu pau. — Sim. Vamos, — eu digo, me levantando. Ela vincula os dedos pequenos e magros nos meus e me puxa para a parte de trás em uma sala privada.

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DANI O sol está fora queimando e brilhante quando nós montamos para a cidade. Bobby me acordou depois de dormir até meio-dia, me dizendo que ele tinha um trabalho marcado para mim em algum lugar. Estou nervosa; quem sabe que tipo de trabalho Bobby encontrou. Eu não posso deixar de notar o desconforto que sinto andando na traseira de sua moto. Eu odeio me sentir como se eu estivesse quebrando uma lei do clube quando eu nem sequer pertenço a Shadow mais. A moto ruge para frente, me tirando dos meus pensamentos quando entramos em um estacionamento cheio de empresas. Eu escalo para fora da moto e entrego a Bobby meu capacete. — Aí está, — diz Bobby, apontando através do lote. Eu olho nessa direção e noto um prédio de dois andares. Tem uma grande frente de vidro e a base é feita de tijolos cor de barro. Eu olho para o sinal e quase perco o meu almoço. „Of The Ballet‟ É um estúdio de balé. — Shadow mencionou algo sobre você gostar de balé, portanto, algumas cordas foram puxadas para que você tivesse o trabalho, — diz ele, colocando o capacete na moto. — Quem mexeu uns pauzinhos? — pergunto quando eu olho para o edifício em reverência. — Vamos lá, você vai se atrasar, — ele afirma, puxando meu braço e ignorando a minha pergunta. Eu caminho até a porta e um grupo de meninas em collants, sorrindo e rindo, correm para fora com seus pais. Percebo espelhos colados nas paredes, com barras de balé ao longo deles. O teto é alto, com janelas ao longo do topo, filtrando uma generosa quantidade de luz solar. À direita de nós fica um balcão curvo com um par de sapatilhas de balé pendurados em uma vitrine na parede entre medalhas e prêmios. — Ah, você deve ser Dani? — uma voz atrás de uma mesa pergunta. — Sim, — eu digo, sorrindo, de pé na ponta dos pés para ver sobre a mesa.

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Uma mulher está por trás da mesa e caminha em direção a mim. Ela é alta e magra, com uma tez pálida. Seu cabelo loiro está puxado em um coque apertado, e ela tem olhos cor de mel. — Prazer em te conhecer. Eu sou Mila. — ela estende mão fina. — Oi, — eu digo, balançando a mão. — Você está aqui sobre o trabalho, certo? — ela pergunta. — Sim, — eu respondo com um sorriso amável. Ela se inclina para o lado e olha Bobby pé atrás de mim antes de olhar para mim. — Você tem alguma experiência? — ela pergunta. — Tenho praticado balé desde que eu era uma garotinha, — eu informo. — Certo. Me mostre, — diz ela, cruzando os braços, nenhum humor a ser encontrado em seu tom. Eu olho por cima do meu ombro e vejo Bobby ali de pé me olhando, então eu olho de volta em Mila e respiro fundo. Eu estou na posição, os lados do meu pé tocam e os dedos dos pés apontam para o calcanhar do pé oposto. Equilibro na minha perna esquerda e lentamente levanto meu pé direito do chão em um ângulo de quarenta graus. Eu desloco meu quadril direito e endireito o meu joelho direito. Então, eu me levanto para estar no meu pé, meu pé esquerdo em um en pointe - tanto quanto eu pusso, sem os sapatos adequados enquanto eu aponto os meus dedos no meu pé direito. Eu levanto o braço para cima, enquanto curvo o outro para fora do meu corpo. Eu sorrio porque, mesmo depois de não praticar durante o tempo que eu tenho, meu corpo se lembra imediatamente. Eu deixo o meu quadro de facilidade quando meu pé gritos da minha en pointe, e minhas panturrilhas queimam de não está sendo usado em um tempo. — Arabesque, muito bom, — diz ela, sorrindo. — Temos diferentes sapatilhas de balé na parte de trás que você pode usar, juntamente com um collant até que você possa comprar o seu próprio, — diz ela, apontando para uma porta para o lado de nós. — Eu vou começar com as meninas mais jovens, três vezes por semana. Quando precisamos preencher, você trabalha com as garotas mais velhas. Você começa amanhã, — ela explica, me entregando papéis para preencher. — Muito obrigada! — eu digo entusiasmada, sacudindo a mão um pouco ansiosa demais. Eu não posso acreditar que eu acabei de

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consegui meu emprego dos sonhos, finalmente começando a fazer o que eu amo. Eu nunca pensei que eu iria usar outro par de sapatilhas de balé novamente. — Bem-vinda. Traga esses papéis preenchidos antes de você voltar, Dani. — ela se vira e caminha de volta para trás de sua mesa, assim quando o telefone dela começa a tocar. — Sim! — eu grito e dou um tapa no braço de Bobby. — Eu consegui o emprego. Eu não posso acreditar. — eu digo, deixando escapar um suspiro quando nós saímos do estúdio. — Parece que temos de comemorar, Vagalume, — diz Bobby, sorrindo esfaimadamente. — Inferno sim! — eu digo, rindo.

SHADOW Olhando para o reflexo no espelho, tudo o que vejo é um monstro olhando para mim, um arrependimento feio olhando de volta. Quando Jasmine me levou na sala atrás do clube de strip na noite passada, tudo o que eu podia ver era os olhos verdes de Dani, olhando por cima do ombro de uma aparência que me fez lembrar da minha vagalume. Fechei os olhos e imaginei ela rindo, seu sorriso e a boca inteligente. Em seguida, a cadela falou, e eu abri meus olhos e vi nada, não vi Dani; eu vi um erro sorrindo para mim. Eu puxei as minhas calças para cima e consegui dar o fora de lá, deixando Bobby pra trás. Vim direto de volta ao clube onde me afogado em uísque e cocaína. Sem Dani, meus dias parecem frios e longos, acordando com um vazio constante em torno da minha alma. Eu sei que eu ainda amo Dani, mas minha cabeça não pode se locomover se posso confiar nela ou não. Eu tento me entorpecer da verdade, mas eu não consigo superar este obstáculo de traição persistente profundo dentro da minha alma fodida. Eu olho da pia e vejo os meus olhos azuis no espelho. Olhando para eles, eu imagino os ferozes olhos verdes de Dani. Eu rujo de raiva e bato meu punho no espelho. Minha imagem quebra em pedaços, caindo na pia. Explosões de ardor e queimação preenchem minha mão instantaneamente; eu olho para baixo e vejo ~ 43 ~

rastros de sangue escorrendo de minha mão. Eu saboreio a sensação de dor em algum lugar além do meu peito, quando o sangue me faz lembrar Eu ainda estou vivo, embora eu me sinta como um cadáver ambulante. Eu quero Dani, mas eu tenho que saber que ela não é uma ameaça. Não é um destino selado a linha prisão ou morte, porque uma vez que eu a tiver outra vez, não há nenhuma maneira que eu posso segurar. Eu ando para o corredor em busca de uma toalha para embrulhar ao redor da minha mão sangrando quando a voz da Bull me para. — Então, ela conseguiu um emprego, hein? — ele faz uma pausa; ele deve estar falando sobre Dani. — Isso é uma grande notícia. Você vai voltar aqui mais tarde? Penso que nós estamos indo deixar a coisa solta; os irmãos poderia usar isso depois de tudo que está acontecendo. — ele faz uma pausa novamente. — Como vocês vão comemorar? Eu estou supondo que Bobby vai levar Dani para felicitá-la por conseguir o emprego, e o pensamento me irrita. — Bem, parece divertido. Me deixe falar com ela. — ele faz uma pausa. — Ei, boneca, eu ouvi dizer que você conseguiu um emprego. Eu não poderia estar mais feliz por você. Eu vou tentar passar aí algum tempo e te ver, — diz ele em voz baixa antes de desligar. Eu viro a esquina, esperando que o ato de minha espionagem não seja aparente. — O que diabos aconteceu com a sua mão? — Bull pergunta, apontando para minha mão manchada de sangue. — Nada, — eu respondo friamente.

DANI Assim que saímos do balé, Bobby nos levou para beber, onde me disseram que eu não tinha permissão para escolher, porque aparentemente eu tenho um gosto fodido para álcool e escolho bebidas fracas. Ele pegou duas garrafas, uma de cor âmbar e outra de algum tipo de tequila. Paramos e pegamos comida antes de voltar para o apartamento. Estou contente pelo destino ter decidido finalmente me

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entregar uma pilha de cartões em meu favor. Desembarcar neste trabalho pode me permitir finalmente por a minha vida no caminho certo e seguir em frente. Meu peito aperta; o pensamento de ter que avançar sem Shadow no jogo dói. Eu não entendo como ele pode simplesmente lavar as mãos de mim tão facilmente; ele não sente nada por mim? Nós nos apaixonamos um pelo outro muito rapidamente. Como assim você pode esquecer alguém em curto espaço de tempo? — Aqui, tome esta dose, vagalume. — Bobby me dá um copo de tequila entre devorar macarrão de minha caixa. Nós estivemos no apartamento por cerca de uma hora, e nós não paramos de beber desde que entramos. — Esta é a minha terceira. Você se lembra do que aconteceu da última vez que você me entregou dose após dose? — eu o lembro quando eu jogo o fogo na minha garganta. Eu fiquei tão bêbada da última vez, mas foi uma experiência que eu nunca vou esquecer. — Sim, isso foi alguma merda engraçada, — diz ele, rindo para si mesmo. — Oh, eu tenho algo para você, — diz Bobby, pegando seu colete pendurado na parte de trás do sofá. — Ah, é? — eu pergunto animadamente. Eu o sigo em direção ao sofá com uma dose na mão. — Para te manter segura, — diz ele, me entregando uma pistola preta lustrosa. Eu coloco o copo na mesa de café e pego arma, minha mão suando instantaneamente. — É uma pistola indetectável, não dá pra ser pega com isso, — diz ele, sorrindo. — Aqui está como você destrava a segurança. — ele clica em um botão no lado e olha para mim para ver se eu entendi o que ele fez. Ele, então, puxa a parte superior dela para trás, fazendo um estalo alto. — E é assim que você carrega, — ele instrui, entregando de volta para mim. — Nunca aponte para alguém a menos que você tenha toda a intenção de matar, — diz ele sério. — Eu vou tentar te levar para o campo de tiro para disparar em algum momento. — ele se senta novamente no chão, onde eu estava sentada momentos antes. Eu olho a arma colocada na minha mão. Isso me deixa nervosa segurando isso, mas eu me sinto poderosa com ela. Eu seguro o destino de outra pessoa em minhas mãos com esta arma.

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Eu coloco a segurança de volta e ponho a pistola em cima do balcão por agora. — Eu não posso acreditar que você passou a festa para ficar e se misturar com a minha bunda lamentadora, — eu digo a ele, bebendo outra dose. Eu estremeço de seu ataque brutal na minha garganta, ganhando um riso de Bobby. — Gah, eu vou me arrepender disso na parte da manhã, — eu digo, batendo meus lábios. Eu posso sentir a dormência subindo plos lados da minha boca a partir do álcool, me deixando saber que está tendo efeito. — Minha mãe sempre tinha um ditado: sem arrependimento na vida, nenhum medo no amor. — seu rosto se ilumina quando ele fala. Ele segura um copo num brinde antes de jogar o líquido âmbar na boca. — Sua mãe? — pergunto. — Sim, ela e os meu pops faleceram em um acidente de carro há um tempo atrás, — diz ele com tristeza. — Sinto muito por ouvir isso, Bobby. Vocês eram próximos? Bobby acena com a cabeça. — Muito. Meu pop diria, ‘viva a vida ao máximo e nunca veja algo como um lamento, mas como uma lição. Quando você amar, ame descaradamente e não com medo’. Então, eventualmente, o meu pai dizia: ‘nenhum arrependimento na vida’ e minha mãe iria gritar, ‘nenhum medo no amor’, — diz Bobby, seus lábios se curvando em um sorriso. — Mas estamos aqui para comemorar, vagalume. Agora, beba, — ele ordena, me entregando outra dose. Eu levanto. — Sem arrependimento na vida. Sem medo no amor, — eu canto quando eu tomo e grito pela queimadura deslizando pela minha garganta. Meu corpo está começando a desacelerar, e eu sinto minha temperatura subir. Eu assisto Bobby puxar sua camisa quando ele está começando a sentir o álcool produzir efeitos e fica com calor, também. Ele vai para o aparelho de som e liga a música. Justin Timberlake rasga através dos altifalantes quando Bobby desliza para a esquerda, a mão cobrindo a virilha vestida de jeans enquanto ele canta com a música. Eu não consigo parar, mas rio dele. Vendo um homem tão musculoso como Bobby, coberto de tatuagens, dançar para Justin Timberlake é um espetáculo para ser visto, mas Bobby não parece outra coisa senão muito sedutor no meu estado de espírito tonto.

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— Vamos, vagalume. Levante-se e dance comigo, — ele acena, segurando sua mão para fora. Eu subo na minha vertigem e começo a cantar com ele, mas as minhas palavras são arrastadas e os meus pés tropeçam. Suas mãos reivindicam meus quadris enquanto nós dançamos a música. Quatro doses e três cervejas mais tarde, eu estou despedaçada. Bobby, que teve muito mais do que eu, está ainda pior. Ele se vira e puxa uma caixa de madeira marrom de debaixo do sofá depois de jogar uma garrafa de cerveja vazia aleatoriamente pelo chão. — O que é isso? — eu pergunto, minha visão começando a se confundir. Na verdade, tem sido um pouco confuso por um tempo, agora que penso nisso. — Isso? — ele pergunta de volta. Concordo com a cabeça fortemente. Ele abre a tampa, e eu tenho que olhar de perto por causa da minha visão embaçada. Eu vejo um cachimbo de vidro azul e branco e um pacote contendo o que eu acho que é maconha. — Já tentou, vagalume? — pergunta ele, embalando o vidro com o material verde do pacote. — Não. — eu balanço minha cabeça, fazendo a sala girar. Eu fecho meus olhos esperando que quando eu os abrir, tudo tenha parado de rodar. Ele acende o pequeno vidro e suga a fumaça do outro lado. — Aqui, — diz ele, com a voz estridente expulsando a fumaça. — Uh, eu nunca usei drogas antes. Eu não sei, — eu hesito, mordiscando meu lábio inferior. — Se você não quiser, eu não vou te forçar, — diz ele calmamente, soltando uma nuvem de fumaça. — E se o meu trabalho tem testes de drogas? — eu pergunto. Bobby quase engasga com a fumaça que ele está segurando. — Nah, eu duvido, — ele ri. — Mila mergulha seus dedos em muito pior do baseado. Eu nunca tentei maconha, mas eu sempre quis. O que eu tenho a perder? Eu pego o tubo de vidro e inalo profundamente.

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— Lá vai você, vagalume. Deixe sua bandeira arrepiante voar, — ele ri. Eu prendo a fumaça em meus pulmões, sentindo o aumento da queimadura lentamente. É duro com meus pulmões e parece como fogo na minha garganta, me fazendo exalar a fumaça. Eu começo a asfixiar, a queimadura em minha garganta não parando. — Isso foi uma grande tragada, — diz ele, colocando as coisas de volta na caixa. — Isso é ruim? — eu pergunto, ainda tossindo. — Nah, mas você provavelmente vai estar alta como uma pipa, — ele diz. Me sento para trás, meu corpo parecendo voar e tonta. Eu sinto que meu estado de embriaguez aumentar pelos efeitos da erva, se tornando difícil não vomitar ou desmaiar. Eu fecho meus olhos e tento me concentrar em onde eu estou sentada, dizendo a mim mesma mentalmente que a sala não está girando. Eu afogo nos efeitos de sentir como se eu estivesse flutuando em uma piscina de nuvens e mergulho na escuridão. Meu corpo entorpecido cai para frente com um golpe duro, mas eu não tenho isso em mim para dar a mínima.

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Capítulo quatro DANI Eu acordo pela luz do sol entrando na sala de estar. Eu estou deitada no sofá com um cobertor jogado sobre mim. Eu me puxo para uma posição sentada e gemo pela dor passando através do meu ombro. Quando eu olho, vejo uma contusão de bom tamanho. — Você fez isso quando você desmaiou ontem à noite, — diz Bobby. Espio para cima e o vejo encostado no batente da porta. Seu cabelo loiro está molhado e seu peito está nu; a única coisa que ele está usando é uma toalha branca enrolada na cintura. — Minha cabeça dói tanto, — eu coaxo. Eu bato meus lábios juntos e engulo; minha boca fica seca e pegajosa. — Aqui, beba isso, — Bobby ordena, colocando um copo cheio de líquido vermelho na mesa de café. — Que diabos é isso? — eu pergunto, apontando para o vidro. — O seu remédio para ressaca. Beba, tome um banho, e você vai se sentir melhor, — diz ele, rindo. Eu estico e pego o copo frio. Eu cheiro e sinto o cheiro de tomate e limão. Eu engasgo instantaneamente. Bobby ri e caminha pelo corredor. Eu respiro fundo e tento tomar um gole. Assim que o líquido frio atinge a minha boca, eu sinto o vômito subir na minha garganta. Me levanto e decolo em direção ao banheiro, passando Bobby para chegar a ele.

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É o meu primeiro dia no meu novo trabalho e eu adoro isso. As meninas são tão bonitas. Digo a elas para fazer uma posição e elas só giram e perguntam se elas se parecem com uma princesa. Eu não posso deixar de rir e torcer com elas. Felizmente, eu não tenho uma ressaca e me sinto bem para girar. Bobby teve que me alimentar com o suco vermelho gole por gole esta manhã, mas ele conseguiu me fazer tomar e eu comecei a me sentir melhor. — Você não é um pouco velha demais para ser uma fada açucarada? Me viro a partir das meninas dançando e vejo um senhor vestido com um terno muito caro. Ele tem cabelo castanho-claro curto e olhos castanhos vibrantes, um queixo talhado e lábios grossos. Seus braços são magros, e seu quadro parece um pouco musculoso, mas não muito. — Como? — pergunto, a cabeça inclinada. — Eu sou o pai de Kelsey, Parker, — diz ele, passando as mãos pelo seu cabelo com um sorriso. Seu tom é suave e acentuado. — Eu sou Dani, — eu sorrio. — Essa é uma abreviação de Danielle? — ele pergunta com um sorriso bonito. — Sim, é. Parker me olha da cabeça aos pés em meu collant; seus olhos de chocolate absorvendo tudo, me fazendo morder o lábio inferior, desconfortável. — Bem, Danielle, eu adoraria jantar com você em algum momento, — diz Parker, seu tom flertador e seus olhos escuros intimidantes. Ele caminha para sua filha Kelsey e agarra sua mão. — Eu não sei... — Não pense nisso como um encontro. Apenas uma noite para se divertir, — Parker interrompe, caminhando até mim. Seu passo é preciso e calculado, seu tom profundo e reconfortante. Seria bom sair e tirar Shadow da minha mente, juntamente com o clube. Olhando para a forma como as coisas estão indo com o clube e o fato de que não há nenhum sinal de eu ganhar a confiança deles, eu deveria pensar em seguir em frente. Olho para Kelsey que está girando para trás e para frente, seu pai segurando sua mão com firmeza.

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— Isso soa muito bom, — eu digo com um engolir em seco. — Perfeito, — ele exclama, com a boca girando para cima em um sorriso lindo. Ele desliza a mão ao longo do lado da cabeça, alisando os cabelos, tentando enrolar um pouco acima da orelha. — Onde eu deveria buscá-la? Vou até a mesa, anoto o endereço do apartamento e entrego a ele. — Eu vou te ver amanhã, às oito, Danielle. — ele se inclina e bica meu rosto levemente. Eu não posso evitar, mas sinto seu cheiro de menta e loção pós-barba quando ele se inclina para trás. Ele pisca para mim e sai quando Bobby está entrando. — Quem é esse babaca? — Bobby pergunta em voz alta, não se importando se Parker ou as meninas ouçam. — Uma noite fora, — eu digo, levantando minha sobrancelha. — Não me diga? — Bobby pergunta, recuando em direção à porta para obter outro olhar para Parker. — O filho da puta tem dinheiro. Eu ando até a porta e olho para fora. Parker e sua filha estão subindo em um carro preto e elegante de aparência agradável. — O nome dele é Parker, e é apenas uma noite, — eu digo, me tranquilizando que não é nada mais. — Isso é um Aston Martin, muito caro, — afirma Bobby, tocando os dedos sobre o vidro. — O que você vê naquele idiota? — pergunta ele, seu tom atado com repulsa. Olhando para Parker, ele seria a fantasia de qualquer menina. Ele é bonito, parece ser um cavalheiro, e parece inteligente. Por que eu não estou vendida na ideia tem me intrigado. — Eu não sei, — eu sussurro contra a janela, minha respiração embaçando o vidro quando eu respiro contra ela. Eu sinto Bobby olhando para mim, mas eu não olho de volto. Acabo de assistir Parker sair do estacionamento, perguntando o que diabos eu estou pensando. — É bom para você sair. Tenho certeza que você vai se divertir, — comenta Bobby, sua mão acariciando minhas costas. Seu incentivo para sair me tem puxando a partir do vidro e olhando para ele um pouco chocada. ~ 51 ~

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Eu coloco um vestido vermelho com um decote alto, a bainha parando logo acima do meu joelho. Shadow comprou para mim na nossa viagem; ele disse que eu iria parecer sexy como o inferno em vermelho. Eu suspiro. Esta noite é para esquecer Shadow, simplesmente esquecer a dor. Ouço batidas vindas da porta, então eu pego meus saltos prata e os deslizo quando eu faço me caminho para atender. — Ela não está pronta, — ouço Bobby dizer na sala de estar, com a voz fria e gotejando com ódio. — Tudo bem, — Parker arrasta para fora. — Eu estou aqui, — eu digo, correndo para a sala. — Danielle, você parece impressionante, — exclama Parker, suas mãos estendendo para mim. Ele segura minha mão e a vira, beijando o topo da suavemente. — Você parece bonito, Parker, — eu digo em troca. Ele tem o cabelo curto, castanho segurado para trás com gel, e ele está vestido em um terno cinza que abraça bem os ombros. — Onde você está levando ela? — Bobby pergunta, em pé de perto, seus olhos esfaqueando Parker. O musculoso corpo de Bobby toma conta da sala, fazendo Parker parecer pequeno em comparação. Olhando para Parker, eu não tenho certeza que ele tem qualquer músculo agora. — Hum, — Parker hesita. Posso dizer que ele está tão satisfeito com Bobby como eu estou. Eu levanto uma sobrancelha para Bobby, meu olhar de morte tentando dizer a ele para cortar as besteiras paternais. — Vou levá-la para o Short Vine, — afirma Parker, me puxando em direção à porta, seu tom pesado com irritação. Bobby faz careta enquanto ele se senta no sofá de couro. — É claro que você vai, — diz Bobby, seu tom ilegível. Eu posso ver Parker bufar com raiva.

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— Vamos, — digo a ele. Se eu não conseguir nos tirar daqui, eu sei de fato que Bobby vai causar problemas. — Sim. Vamos, — diz Parker, de olho em Bobby com uma sobrancelha levantada. — Tenha uma boa noite, — Bobby canta, seus olhos azuis vagando em Parker quando nós caminhamos para fora da porta. À medida que saímos para o bonito carro preto, eu posso literalmente sentir a raiva vibrando de Parker. — São esses o tipo de pessoas que você sai? — Parker pergunta, seu tom de voz gotejando com nojo. Eu paro antes de atingir a maçaneta da porta e olho para ele. ‘Essas pessoas’ que ele está falando são a minha família, mas eu posso ver por que ele acha que Bobby é algum tipo de animal. Uma vez eu costumava pensar a mesma coisa. — Eles não são ruins, uma vez que você começa a conhecê-los, — eu digo com um sorriso amável. Parker sorri e abre a porta do carro para mim. Subo no assento de couro caro, envolvendo meu corpo como uma luva quando Parker fecha a porta do passageiro. Um console fica entre o banco do motorista e do meu próprio, preenchido com uma marcha e muitos controles. Segundos depois, Parker sobe ao volante. Seus olhos cor de chocolate me levam da cabeça aos pés, fazendo minhas bochechas corarem. — Linda, — diz Parker, balançando a cabeça como se ele não conseguisse acreditar. Quando chegamos ao restaurante, eu me sinto fora de lugar instantaneamente. Só de olhar para o lugar do lado de fora, parece elegante e com classe. Há vinhas varrendo o pátio onde os casais estão comendo, os escondendo dos olhos do público. A porta está brilhando com pequenas lâmpadas, que cercam a sua entrada, emitindo luz apenas o suficiente para ver a passarela de pedra. Quando entramos, a iluminação é fraca e há prateleiras de cristal e garrafas de vinho elegantes colocados para exibição com um bar estabelecido a direita e as mulheres e homens o rodeando. Somos estabelecidos imediatamente por uma jovem senhora vestida com um vestido de cocktail preto com pulseiras de ouro. Ela não fala; ela apenas sorri e olha Parker como sobremesa. Ela nos mostra a nossa mesa e pisca a Parker um sorriso.

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— Você vem muito aqui? — eu pergunto, observando o olhar da menina sobre o ombro para Parker quando ela retorna à seu pódio. — Uh, às vezes, — diz Parker, tropeçando em suas palavras. A mesa é elegante com uma toalha branca e um pouco de luz no meio, emitindo uma energia romântica. Um garçom vestido para impressionar em um smoking preto nos entrega menus antes de se curvar e se afastar. Este lugar é um exagero e me faz sentir extremamente mal vestida. Eu começo a bater o meu pé, me sentindo ansiosa e desconfortável, e abro o menu. Meus olhos se arregalaram e eu quase tenho um ataque cardíaco com os preços. Parker dá uma risada leve com a expressão no meu rosto. — Peça o que quiser, Danielle. — eu sorrio levemente e olho para a coisa mais barata no menu; o dinheiro não me impressiona. Depois de temos pedido e estamos saboreando algum vinho muito saboroso, eu olho para Parker, que está me olhando atentamente. Eu engulo o gole de vinho escuro e sorrio nervosa. — Você é muito bonita, Danielle. Alguém já te disse isso? — Parker pergunta. Eu giro o vinho no meu copo, olhando para as ondas roxo-escura ao lado do cristal. — Sim, já disseram, — eu sussurro. Shadow vem à mente, me levando a partir do jantar caro com a intenção de me impressionar para o primeiro encontro meu e de Shadow. Ele fez sanduíches e me levou para a praia; eu amo a praia. Foi muito melhor do que isso. Eu balanço minha cabeça de Shadow e bebo o resto do meu vinho. Durante o jantar, eu aprendo que Parker tem uma carreira de sucesso como advogado, seu carro é o seu bebê, e ele está divorciado recentemente. Finalmente, depois de pagar a conta, voltamos para o seu carro de luxo. Quando eu chego para a porta, Parker pega a minha mão com força, a puxando para longe da maçaneta da porta. — Deixe-me, — diz ele sem problemas, seu corpo está tão perto do meu que eu posso sentir o calor vindo de cima dele. Ele abre a porta, mas a prende, então não posso entrar. — Você está em uma corrida para ficar longe de mim? — ele sussurra em meu ouvido. Eu não digo nada, porque eu não posso. Meu coração está batendo tão rápido, e minhas mãos estão começando a suar. Seus olhos estão encapuzados e marcados com a luxúria, me dizendo que ele me quer para a sobremesa. Ele enfia o dedo no meu queixo e levanta a minha cabeça e eu tento puxar de suas mãos, mas ele aperta seu aperto

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no meu queixo dolorosamente. Ele aperta seus lábios nos meus suavemente antes de me deixar ir e abrir a porta do passageiro. — Puta merda, — murmuro. Eu pensei que isto não era suposto ser um encontro, mas realmente parece como se fosse. Isto é muito rápido.

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Ele dirige pelo trânsito, seguindo precisamente todas as leis de trânsito. Ele aproxima a sua mão tão bem cuidada e enlaça com a minha. — Eu posso ver que algo está prendendo você de mim, Danielle, e isso está perfeitamente bem. Vou esperar, — diz ele, dando um aperto de mão leve antes de colocá-la de volta no volante. — Você não sabe nada sobre mim, — eu respondo, olhando pela janela. Como pode um cara esperar por alguém que ele não sabe nada? — Estou ansioso para te conhecer melhor, — diz ele, rindo. Eu tiro os meus olhos da janela e olho para ele, um pouco chocada. Ele tira os olhos da estrada e olha para mim, seus olhos chocolates olhando profundamente nos meus. — Você tem os olhos mais verdes que eu já vi, Danielle, — Parker declara sinceramente quando ele observa a minha cara. Eu puxo o meu olhar do dele e olho para fora da janela. Quando Shadow testemunhou meus olhos verdes, pela primeira vez, ele ficou chocado. Tendo olhos de cores vibrantes como o meu pai, entregando o presidente dele e eu somos relacionados, isso assustou Shadow. A memória me faz sorrir. Nós paramos do lado de fora do apartamento de Bobby e Shadow, o carro sexy ronrona quando você acelera, chegando a um zumbido baixo antes dele desligar o motor. — Eu tive um grande momento esta noite, Danielle. Eu não tenho saído muito desde o meu divórcio. Eu adoraria que você se juntasse a mim para o almoço. Me dê a oportunidade de te conhecer melhor, — diz ele, esfregando o lado do meu rosto com os dedos moles. Viro a cabeça e olho em seus olhos escuros. Isso dói, estar aqui com outro cara, aquele que é qualquer coisa, mas não Shadow. Onde Shadow é áspero, Parker

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é suave. Shadow tem um vocabulário colorido, onde Parker é muito comportado e educado. Eles são preto e branco. Eu olho para fora da janela e para o apartamento antes de olhar para Parker. Almoço; o que poderia machucar? Almoçar com Parker, eu sei que não tenho que me preocupar em ser arrastada para um local isolado e ter minha boca costurada por ser um rato. Ele é seguro. — Sim, com certeza. — Que tal amanhã? — Parker pede ansiosamente. — Claro, — eu respondo, abrindo a porta do carro. Eu saio e ouço Parker deixando o carro, também. Viro-me um pouco, surpresa; Eu pensei que a noite terminou. — Gostaria que eu a levasse à sua porta? — Pergunta ele, andando perto de mim. — Não. Eu vou ficar bem, — eu digo a ele, dando um passo em direção à calçada. Parker, de repente pega a minha mão e me puxa para ele. Seus rosto a centímetros do meu, ele se inclina para frente lentamente e beija meus lábios com ternura. Seu toque é tão suave, eu não tenho certeza se ele realmente está me beijando, então eu abro meus olhos. — Boa noite, Danielle, — diz ele docemente. — Boa noite, Parker, — eu respondo atordoada. Eu faço o meu caminho até o apartamento, a noite inteira passando em minha mente. Parker é um príncipe encantado. Ele é gentil e doce, mas eu não me vejo de ponta-cabeça para ele. Seu toque é muito mole, como se ele estivesse com medo de que eu vá quebrar, e seu dinheiro não me impressiona. Eu abro a porta e entro no apartamento, que tem cheiro de pizza e cerveja. Eu acho o cheiro convidativo ao invés do cheiro de vinho caro e couro. Bobby entra na sala, vindo da varanda. — Isso não é como você beija uma mulher, — diz ele, com um sorriso. Ah merda. — Como foi o encontro com o menino bonito? — Bobby pergunta, se estatelando no sofá.

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— Eh, bem, — eu respondo, tirando meus saltos. — Você não parece muito impressionada, — Bobby sugere. — Eu não sei. Ele é bonito e doce; talvez doce demais. Eu não sei por que eu não estou louca por ele; ele seria um excelente partido. Talvez eu só precise entrar lentamente. Essa coisa toda com Shadow vai levar tempo para superar, — eu digo, me sentando ao lado de Bobby. Bobby bufa. — Isso vai levar a vida inteira, vagalume. Eu pego a cerveja de sua mão e tomo um gole com um olhar interrogativo no meu rosto. — Você nunca vai se apaixonar por esse cara; ele é um maricas. Eu vi o olhar em seu rosto quando ele beijou você. Você quer alguém para te agarrar pelo seu cabelo e te beijar como se eles quisessem fazer isso, — Bobby especula, pegando a cerveja de minhas mãos. Eu me recuso a acreditar, mesmo que isso possa ser verdade. Me levanto e pego a cerveja da mão de Bobby com força, quase a derramando no colo dele. — Não, eu só estava chocada, é tudo. — eu fiquei chocada, mas eu não desfrutei do beijo. Não houve faísca, nenhum desejo de esperança de que Parker iria levar mais longe. — Diga isso a si mesma, — Bobby grita quando eu ando pelo corredor.

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Capítulo cinco SHADOW Caminhando para fora do meu quarto esta manhã, noto que o clube está repleto de copos vermelhos e o cheiro de cerveja velha é esmagadoramente doentio. Eu festejei sozinho, debatendo se eu deveria ir ver Dani ou não. Eu não fui; ela não gostaria de me ver. Eu tenho tanta agressão acumulada, minha besta almejando o derramamento de sangue, e minha confusão com Dani não ajuda. Minhas emoções e pensamentos têm estado tão fora de controle aqui ultimamente. Eu posso literalmente sentir minhas extremidades esgarçando para o controle que eu tão desesperadamente desejo. Eu sigo em direção a garagem para levantar pesos, fazer meu sangue bombear. Eu estava nas minhas costas e levantando, os pesos pesados de modo que eu sinto a queimadura em meu bíceps instantaneamente. Tendo dor em algum lugar diferente do que o meu peito é acolhedor. Após cerca de quatro sets, eu ouço botas batendo em minha direção contra o pavimento. Eu olho e vejo Bobby sentar em alguns blocos de concreto e levantar pesos, com o braço esquerdo. — Escutei que Dani começou o trabalho. Vocês vão comemorar ou algo assim? — eu questiono quando eu continuo a levantar, o pensamento que eu deveria ter estado lá para comemorar com ela suprime a dor no meu bíceps. Inferno, foi eu que consegui a porra do trabalho dela; assim que eu consegui voltar para o clube após o clube de strip, eu pedi um favor. Eu disse a Mila que eu socorreria a mãe dela fora da prisão e a colocaria numa clínica de reabilitação, se ela desse a Dani um emprego. Mila e eu vamos a muito tempo atrás, e ela mesma tem algumas tendências de drogas, mas não é tão grave como o vício de sua mãe. Eu não comi Mila, também; ela é muito puta para o meu gosto. Nós apenas fomos para a escola juntos. Bem, pelo tempo que eu fui para a escola de qualquer maneira.

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— Sim. Vagalume é selvagem, — diz Bobby, rindo. Eu cerro os dentes de raiva; eu confio em Bobby, mas eu não gosto dele em torno de Dani. — Bom para ela, — eu corto. Bobby me olha de lado. — Você ainda nessa viagem sobre ela ser uma ameaça, né? — Nada mudou para eu acreditar no contrário, — eu chio, sem ar, quando eu levanto os pesos. Quero Dani, mas é como se eu tivesse TOC e não vou me permitir tê-la até que eu saiba que ela está dizendo a verdade. — Eu sabia que você ia foder isso. Essa menina não vai ser uma daqueles que se senta ao redor e espera por você descobrir sua merda, — Bobby informa, seu tom mostrando o quão irritado ele está. — O que diabos você está falando? — eu pergunto, colocando os pesos em seu local de origem. — Dani foi a um encontro, — Bobby responde com um sorriso, seu tom de irritação se foi. Eu levanto, imediatamente chateado. — O quê? — Você me ouviu. Ela conheceu um cara nesse trabalho de ballet, e ele a pegou na noite passada. O filho da puta é carregado com dinheiro e é chique como a merda, — Bobby ironiza, esfregando as mãos pelo cabelo. Meu queixo dói. Estou apertando até o ponto que estou prestes a esmagar os meus dentes. — Por que você a deixou ir a um encontro? — eu exijo. Dani é uma ameaça para o clube; ela deve estar indo para o trabalho e do trabalho para casa, em nenhum outro lugar. — Eu não sabia que era para eu amarrá-la na cama e mantê-la cativa. Sinto muito, — Bobby diz sarcasticamente, me irritando mais. — Ela é uma ameaça para o clube; ela não deveria estar indo a qualquer lugar! — eu grito. — Ela poderia falar, — eu o lembro. Bobby zomba como se eu tivesse acabado de dizer a coisa mais ridícula.

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— Bem, ela vai almoçar com ele hoje, — Bobby continua com um sorriso. — Além disso, considerando que você já tenha jogado ela para o lado, eu acho que é melhor ela ficar tão longe de você quanto possível. — Bobby incha o peito para fora, se preparando para a minha raiva. — Eu disse a ela que era uma boa ideia, — ele dá de ombros. Eu aperto meus punhos fechados com raiva. Como diabos ele incentiva ela a me deixar? — Pela aparência do beijo na noite passada, eu repensariaAntes de eu deixar ele terminar a frase, eu bato meu punho ao lado de sua mandíbula tão duro quanto eu posso. Minha força faz com que ele tropece para trás, e meu punho começa a irradiar com a dor. — Porra! — Bobby grita, agarrando sua mandíbula, o movendo lado a lado. — Que diabo, cara? Eu não posso ter o pensamento de Dani com outra pessoa; ela não pode seguir em frente. Eu não posso lidar com a ideia de que alguém a beijou, e acima de tudo, eu não posso aceitar a ideia de que Bobby a encorajou. Enfio minha mão em seu intestino, fazendo ele dobrar durante e tossir. A raiva da situação me tem pensando irracionalmente. Me dirijo para longe dele, jogando minhas duas mãos sobre minha cabeça, e respiro estável. — Quem é esse idiota? — pergunto a Bobby. — Seu nome é Parker. Ele dirige um Aston Martin e deve ir buscála para o almoço de hoje, — Bobby silaba. — Por que você a deixou ir? Por que você não me disse antes? — eu questiono. — Você deixou claro que não queria Dani! — Bobby grita, curvado. — Tem mais alguém chegado perto dela, colocando a porra de um dedo sobre ela? — eu questiono, minha voz tremendo de raiva. Bobby olha para o chão, sua hesitação me deixando nervoso, e me irritando mais. — O que você não está me dizendo? — pergunto.

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— Não foi nada, mas eu ajudei Dani a colocar a loção em suas costas queimadas e minha mão deslizou contra o peito dela. Meu corpo se eleva com raiva incontrolável e meu coração pula tentando se manter com a quantidade de fúria pulsando através de mim. — Eu me sinto mal por isso, cara. Eu não deveria ter cruzado a linha, eu penso em Dani como uma irmã. — Bobby olha para o chão balançando a cabeça. Eu não posso evitar, mas dou um soco diretamente em seu rosto montado com culpa, a cabeça dele estalando para trás quando ele leva o golpe. Eu o agarro pela cabeça e passo meu braço em torno de seu pescoço em um bloqueio de cabeça, meu braço constringindo seu pescoço. — Eu nunca removi minha reivindicação dela como minha old lady, — eu grito. A lei é, uma old lady é sua a menos que você remova a reivindicação dela. Ela não tem uma palavra a dizer sobre o assunto; ninguém tem. Bobby de repente me chuta atrás dos joelhos, fazendo minhas pernas dobrarem e me fazendo cair duro na minha bunda. Levanto, pronto para matar o filho da puta, mas sou parado por seu punho batendo na lateral do meu olho. A minha visão fica branca brilhante por um segundo com um grito de toque no meu ouvido a partir do impacto. Eu uso a palma da minha mão para limpar o sangue jorrando da minha sobrancelha e encaro Bobby. Bobby levanta, bufando. — Que porra é essa que você está pensando, Shadow? — pergunta ele, sem fôlego. — Você está fodendo ao redor dela, alegando que ela é um inimigo, mas não deixa ela ir. — ele encolhe os ombros em confusão. Eu olho para o chão. Suas palavras são verdades, mas se eu não posso ter Dani, ninguém pode. — Eu entendo que você se afastou porque você poderia ter tido que escolher o clube sobre Dani, se ela era de fato uma ameaça— Eu escolhi o clube sobre Dani, — eu interrompo, minhas ações em fazer isso como peso pesado na minha consciência.

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— Mas essa besteira subjacente de confiança que você tem em curso tem que ir, irmão, — Bobby acaba. Eu olho para longe, sabendo que ele está certo, e eu o odeio ainda mais por isso. Eu amo Dani, e eu odeio que eu amo ela, ao mesmo tempo. Eu aperto meus olhos, a dor do meu corte na sobrancelha começando a subir. — Ela ainda o ama, você sabe, — Bobby aconselha, me olhando de lado. Eu faço careta em sua observação. Foda-se o amor. — A única razão pela qual ela está com esse cara é porque ele é um rebote. Ela parece repelida por ele. — a confissão de Bobby me faz ver vermelho, mas o pensamento que Dani ainda pode ter algum tipo de sentimentos por mim está substituindo a minha raiva com esperança. Talvez ela esteja tentando seguir em frente, mas não pode. Eu posso entender. — Por que eu me importo? — eu pergunto, tentando obter um controle de mim mesmo. Bobby olha para mim com um sorriso arrogante, sabendo que eu me importo e isso está me irritando. Eu rosno em frustração. Eu não consigo superar a ideia que Dani tentar seguir em frente; dói mais do que qualquer coisa que eu já senti antes. Eu prefiro ficar com Dani e tê-la arrancando meu coração por me entregar do que viver nesta dor sem ela. Eu não posso viver com a ideia de encontrar ela na rua em algum lugar com outro homem. Eu sei profundamente isso neste exato momento, que me voltaria contra o clube para proteger Dani se necessário, me fazendo sentir como um traidor da minha própria irmandade. Se eu tiver que escolher Dani sobre o clube, poderia me matar. — Você está fodidamente com sorte de eu não ter a minha pistola, ou eu iria atirar em você no pau, — eu digo, apontando para sua virilha. — Por que isso? — Bobby pergunta, seu tom exasperado. — Você me traiu, — murmuro. — Você fodeu e você sabe disso. Dani não tem nada a ver com a mãe dela e ainda assim você a colocou de lado, — ele declara, enquadrando seus ombros. — Ela merece ir em frente. Não é culpa dele que você está tão fodido que você não pode ver uma coisa boa quando está de pé na frente de você! — ele grita.

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Foda-se ele. Se eu tivesse a minha arma, eu realmente teria atirar nele.

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Eu assisto Parker pegar Dani do apartamento para o almoço. O tempo todo, eu estou segurando o guidão de minha moto com tanta força que meus dedos estão brancos. Juro por Deus, se ele a beijar, eu vou matá-lo. Eu estaciono em frente à lanchonete onde ele leva Dani para o almoço e fico esperando eles sair. Eu puxo o meu telefone para fora e olho para o tempo; eles estiveram lá por trinta minutos. Quanto tempo leva para comer a porra de um sanduíche? Eu olho para cima e os vejo sair, finalmente. Ele está vestido com um terno, e seu cabelo está varrido para trás. Ele se parece com alguém que deveria estar com Dani; não há como negar que ela merece melhor do que eu. Dani está linda, como sempre, vestindo jeans rasgado e um sexy top vermelho. Meu corpo vibra com hostilidade de apenas os ver juntos. Ele estica e agarra a mão de Dani. Eu posso ver seu corpo enrijecer e seu rosto ficar pálido. A ideia dela desconfortável com esse cara me faz sorrir. Ela não está seguindo em frente. Ela está apenas tentando enganar sua mente em pensar que ela está. Parker se estica e abre a porta do carro para Dani, a deixando entrar. Que maricas! Eu teria, pelo menos, batido em seu rabo antes dela entrar. Ele dá a volta no corro e ajusta seu pinto, vestindo um olhar orgulhoso no rosto. Ele não parece muito educado no momento; ele está fingindo todo esse ato de cavalheiro. Ele sobe no carro e lentamente puxa para a estrada. Eu ligo a minha moto e sigo. O que Dani viu neste imbecil? Eu fico alguns carros a distância para que eu não seja notado e o vejo deixar Dani no apartamento. Eu não posso ver o interior do carro, porque eu estou longe, mas isso é provavelmente uma coisa boa. Normalmente, quando você deixa um encontro em casa, você as beija em um adeus. Eu fico olhando para o carro preto, esperando por ela para sair. Eu gemo muito e olho para o céu. Perseguindo uma exnamorada, é um novo padrão para mim. Dani sai do carro e quase corre em direção a porta da frente do prédio. — Aqui vamos nós, — murmuro. Eu ligo a minha moto e sigo Parker para a estrada. Gostaria de ir para dentro e agitar Dani como uma boneca de pano, perguntando o que diabos ela está pensando, mas estou intrigado com este Parker. Ele se lança fora para a estrada e fora ~ 63 ~

da rampa de saída; não há nada neste lado da cidade além de bares e clubes de strip. Não é algo que eu imagino para o Sr. Extravagante. Ele estaciona no estacionamento do Dirty Barrels e sai. Sento na minha moto e assisto, interessado no que sua espécie estaria fazendo em um bar tão barato. Imagino ele mais para um filho da puta de tipo de coquetéis e Bloody Mary. Depois que dez minutos já passou, ele sai com uma morena, que cambaleia e oscila quando ela anda em direção ao estacionamento. Ele aponta para o seu carro, a menina bêbada acende. Ela caminha mais rápido em direção a ela e começa a correr a mão sobre o capô. Ele chega por trás dela e agarra sua parte traseira, fazendo a menina empurrar a bunda dela para ele. Ele a agarra pelos pulsos e a empurra para a porta do carro de passageiro, abre e a empurra para o banco de trás com força antes de subir. Eu suspiro e olho para longe. Este idiota não é quem Dani pensa que ele é, e eu serei amaldiçoado se eu o deixar perto dela. Após dez minutos do carro balançando, a porta se abre, a menina é empurrada para fora. Ela tropeça para o estacionamento sujo, rolando de costas; ela está realmente bêbada. Parker sai, puxando as calças o resto do caminho para cima antes de usar o pé para rolar grosseiramente a menina a poucos metros de seu carro. Em seguida, ele sobe em seu carro e sai, jogando terra e cascalho sobre a menina. Eu balanço minha cabeça e coloco meu capacete de volta antes de seguir. Ele se dirige para o lado bom da cidade, onde as casas são grandes e você está pagando para que seus vizinhos sejam mais do que a qualidade de uma casa. Quando ele estaciona em uma garagem, eu encosto e o vejo entrar. Sua casa é enorme e pode ser vista a partir da estrada; não há como negar que ele tem dinheiro.

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Eu espero no carro, inclinando contra ele com as pernas cruzadas na frente. Eu vou garantir que ele nunca veja Dani novamente. Cerca de uma hora depois que ele entrou, Parker deixa sua casa e caminha em direção ao carro que eu estou esperando. — Saia do meu carro, idiota, — ele grita, apontando sua pasta para mim.

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Eu olho para trás no carro, em seguida, de volta para ele. — Você quer dizer este carro? — eu insulto. — Sim, este carro, — diz ele, em tom irritado. Eu sorrio e ando para frente, os meus passos de uma promessa mortal. — Se você não sair da minha propriedade agora, eu vou chamar a polícia, — ele rosna. Sua testa começa a suar, fazendo com que seu cabelo se enrole em torno de sua testa. Assim que ele está ao meu alcance, eu o agarro pela parte de trás de sua cabeça e o puxo para perto. — A polícia não pode te salvar, garoto bonito, — eu ranjo, meus dentes cerrados de raiva. Eu aperto forte na parte de trás do pescoço dele e o levo até o carro dele com força. Com um golpe violento, eu bato o rosto dele no espelho lateral. Seu rosto quebra o espelho completamente, o fazendo gritar de dor. Seu corpo cai no chão, com o rosto ensanguentado e seu nariz provavelmente quebrado. — O que você quer de mim? Você quer dinheiro? Posso conseguir o dinheiro! — ele pergunta, segurando o nariz sangrando. Eu inclino minha cabeça para o lado e rio. Em seguida, o chuto no intestino tão duro quanto eu posso. Ele grunhe em dor e começa a tossir. — Eu acho que faria bem você ficar longe do que é meu, — eu zombo, o puxando pelos cabelos com gel. Seu rosto mutilado olha para mim quando eu o ameaço. Eu o jogo sobre o capô de seu carro, o peso de seu corpo amassando quando ele cai para fora do capô. Eu ando ao redor, não terminando. — Ela veio em cima de mim, perguntou se poderíamos brincar na parte de trás do meu carro, — ele justifica, falando sobre a garota que ele mexeu mais cedo. — Eu não estou falando sobre essa menina, mas você deve ser chutado na cabeça por isso. Você ia tratar Dani assim? — eu agarro. — Dani? — ele questiona. Seus olhos assumem um olhar confuso antes de clarear. — Você quer dizer Danielle. — ele olha para o chão e balança a cabeça. — Eu deveria saber, — ele murmura. — Não, é por isso que eu encontrei alguma zé ninguém em um bar. — ele faz uma pausa e limpa o sangue do rosto com um lenço. — Eu não faria mal a Danielle. — o nome de Dani na boca dele me faz explodir com ódio para este filho da puta.

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— Tisk, tisk. Você deve saber, ela é propriedade do Devil’s Dust, — eu o informo. Eu o agarro pelo colarinho e o arrasto de pé. — Você vai ficar longe dela e nunca falar com ela novamente, — eu exijo. — Danielle é grande o suficiente para decidir por si mesma com quem ela quer estar, — afirma Parker, sua voz calma. Eu tentei ser bom em dar a ele a opção de deixá-la em paz. Eu o agarro pela camisa e o puxo para perto. — Resposta errada, idiota. Eu puxo o meu punho para trás e o bato em seu olho, marcando o rosto com o impacto da minha mão. — Ok. Ok. Eu não vou falar com ela novamente. Vamos apenas voltar e pensar as coisas, — diz ele pateticamente. Ele é um mentiroso. A primeira chance que tiver, ele vai estar de volta cheirando o caminho de Dani como um predador. Eu puxo seu rosto perto do meu. — Não há como voltar atrás, — eu sussurro. Eu o agarro pelo pescoço e bato a cabeça dele na janela do lado do passageiro, a força quebrando o vidro quando ele cai no chão, inconsciente. Eu puxo a minha arma do meu coldre e a aponto na parte de trás de sua cabeça. Quando o meu dedo toca o gatilho, eu ouço um grito agudo vindo de sua casa. Eu olho e vejo uma mulher de idade frenética vestida como uma empregada me olhando com medo. Merda. Eu coloco minha arma no coldre e apressadamente caminho de volta para a minha moto. Eu fui desleixado; Dani me deixa desfocado e descuidado com o que eu faço melhor. Eu olho para trás antes de me retirar e vejo a velhinha correndo para o corpo inerte de Parker.

DANI Uma semana se passou, e eu não vi Parker. Ele também não pegou sua filha do ballet ou me ligou.

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Pego minha bolsa e saio do trabalho. Um prospecto chamado Tom geralmente aparece para me levar para o trabalho e me pega depois. Eu não sei como ele sabe a minha agenda; eu não sei se ele até mesmo fala. Ele está sempre à espera do lado de fora em sua moto com óculos de sol e um capacete, vestindo uma jaqueta do Devil’s e calça jeans. — Obrigada, Tom! — eu grito por cima do meu ombro, entrando no apartamento depois de um longo dia ensinando meninas para dançar en pointe. Quando eu entro no apartamento, vejo Bobby sentado no sofá assistindo TV. — Oh, olá, — eu guincho, chocada com a presença de Bobby. Eu não o vi em cerca de uma semana, também. — Ei, — ele responde, levantando de sua posição relaxada. — Você sumiu, — eu digo, puxando minhas chaves da porta. — Sim, fui em uma corrida, — ele responde. Coloco a bolsa contendo o meu collant e vou para a geladeira. — Shadow sabe, — Bobby me diz calmamente. — Sabe o que? — eu pergunto, mas eu já sei. Bobby abriu a maldita boca sobre Parker e eu. Aposto que essa é a razão pela qual eu não o vi por aí. — Ele sabe sobre você e menino bonito, — ele me informa. Isso me chama a atenção, eu ando de volta para a sala e me sento ao lado dele. — Como é que ele levou? — pergunto. — Não bem, confia em mim, — Bobby sorri. — Então, o que aconteceu? — meu tom o empurra a me dizer mais. Ele olha para mim, segurando meu olhar por um momento antes de se levantar do sofá. — Vocês realmente precisam trabalhar essa merda. Apenas fale com ele, porra. — ele pega sua jaqueta do sofá e sai. Eu caio de volta contra o sofá com um suspiro. A última vez que falei com Shadow não foi muito bem. Este mundo não é para mim; eu não posso lidar com a vida de ser uma old lady. Qualquer lugar onde o amor de sua vida toma o lado dos homens que podem matá-lo e traem

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suas mulheres em uma base diária não é algo que eu tenho na loja para mim.

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É tarde da noite e eu acabo de imergir meus pés doloridos no gelo enquanto assisto histórias de amor bobas. Elas parecem ser a única coisa passando agora. Eu começo a apagar as luzes e vou para a cama quando a porta se abre. Faço uma pausa de desligo a última lâmpada no apartamento. Shadow entra pela porta, fazendo a minha boca abrir com medo. Ele está vestindo jeans rasgado; uma camisa branca confortável; e, claro, a sua jaqueta, o fazendo parecer durão. Engulo em seco ao vê-lo. Seus olhos travam com os meus, o tormento neles me segurando parada. Ele franze a testa, os olhos estreitando com raiva, me lembrando que Bobby disse a ele sobre Parker e eu. Com isso, eu esqueço a lâmpada e vou em direção ao quarto rapidamente. Medo passeia pela minha espinha, esperando que eu possa chegar a ele e tranco a porta antes que Shadow possa me alcançar. Ele salta sobre a mesa do café e me agarra pelos cabelos, me fazendo gritar de dor. Em seguida, ele puxa minha cabeça para trás em direção ao seu rosto, o cheiro de graxa e colônia me despertando enquanto os cabelos do meu pescoço sobem em medo. — Ouvi dizer que você estava com alguém. Pensando em me deixar, vagalume? — ele fala baixinho no meu ouvido, mas seu tom de voz não é nada gentil. — Como se você não arrumasse outras? — eu fervo, os dentes cerrados. A minha escolha de palavras não está ajudando a minha situação. Shadow sacode o meu cabelo mais apertado com raiva, me fazendo gemer. — Parker não vai incomodar você mais, confie em mim, — Shadow declara, suas palavras afiadas e ferozes. Eu tento girar em suas mãos para ver o rosto dele, para ver se ele está sério, mas ele me puxa para perto. — Você é minha, Dani, — ele sussurra, o cheiro forte de álcool em seu hálito. Suas palavras me irritam; eu me recuso a deixar que ele me possua e me use apenas quando lhe couber.

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— Vá pro inferno. — eu levanto a minha voz quando meus dedos tentam erguer as mãos dele do meu cabelo. Eu queria ser de Shadow, ser seu tudo. Eu vim para ele duramente quando nos conhecemos. Não havia como negar a nossa ligação, mas após os recentes acontecimentos, eu não tenho tanta certeza de mais nada. — Você é minha propriedade até que eu diga que não, — diz ele asperamente. Eu posso ouvir seus dentes rangerem com raiva quando eu o desafio. — Foda. Se. — eu anuncio cada palavra com ódio. Shadow ri maliciosamente. — Já fiz isso. — ele diz isso como se eu não fosse nada, me machucando mais. Eu faço careta de seu comentário, tentando agir como se suas palavras não me afetassem. — Não tente agir como se você não me quisesse, — ele provoca, beliscando meu ouvido duramente. Eu mexo e tento puxar de seu aperto, mas não adianta; ele é muito forte. — Talvez eu devesse te lembrar como é estar com um homem de verdade, — diz ele, arrastando a língua até a borda do meu ouvido, deixando um rastro úmido. Sua outra mão brinca com o elástico da minha calcinha branca de renda, fazendo molhar com excitação. Seu jeito alfa-macho me faz entrar em erupção de raiva, mas mais do que tudo, eu quero que ele me jogue no chão e coloque a reivindicação no meu corpo, que me deixa ainda mais furiosa. Por que eu não posso escapar do aperto voraz que Shadow tem em mim? Não mereço melhor? Eu mereço algum príncipe encantado que você lê nos livros. Ele segura meu peito grosseiramente com a mão livre, me fazendo suspirar. Seu toque é como uma antiga paixão, e inflama minha excitação sem a minha submissão. Meu corpo cantarola com medo, mas aquece com seu toque. Eu mordo minha bochecha e prendo a respiração, tentando controlar o meu suspiro e gemido de luxúria. — Você e eu sabemos que você nunca vai escapar do meu inferno. — Shadow empurra sua virilha na minha bunda, me fazendo gemer ligeiramente.

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Eu engulo o caroço se formando na minha garganta pela minha respiração pesada. — Eu vou encontrar um caminho, — eu sussurro. — Eu não contaria com isso, — Shadow sibila, o som de sua voz áspera me faz apertar minhas coxas com força. — Não vai ser com Parker. Posso te assegurar isso, — ele zomba. — Príncipe Encantado gosta de encontrar meninas bêbadas em bares e empurrá-las em bancos traseiros de seu carro. Eu não estou totalmente certo se aquela pobre menina consentiu ou não, — diz ele no meu ouvido. Meu corpo, quente do toque de Shadow, agora esfria. Parker não faria algo assim; Shadow está mentindo. — É mentira, — eu rosno sob a minha respiração. — Acredite no que quiser. — ele dá de ombros, puxando minha cabeça para o lado pelo meu cabelo. — Mas acredite nisso, você é minha. — seu tom é promissor e ameaçador, mas reconfortante. Cedendo, Shadow me empurra para frente. — Com quantos outros homens você esteve? — ele questiona, entrando na cozinha com seus ombros enquadrados e corpo inchado. Seus olhos azuis brilham no quarto escuro quando ele acende a lâmpada, dando a ele o olhar de um animal temível, pronto para desmantelar sua presa. — Como? — eu falo, humilhada. — Você me ouviu. Você dormiu com aquele cara? — ele escava suas garras em mim. — Não é da sua maldita conta, — retruco. — Oh, mas é. — ele sorri um sorriso tão diabólico que faz meu corpo tremer. Minha cabeça gira quando batidas soam na porta. Curiosa de quem estaria batendo a esta hora tardia, eu ando e a abro. Duas garotas seminuas estão na porta, com uma expressão de mau gosto em seus rostos. Uma delas é uma loira com seu cabelo trançado em chiquinhas, vestindo uma saia pavão-colorida com um top verde. A outra é uma ruiva encaracolada com uma saia rosa e blusa rosa decotada. Me viro e inclino a minha cabeça para o lado. — Amigas suas? — pergunto a Shadow, a minha língua na bochecha.

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— Shadow, baby, — uma das meninas anuncia quando entram no apartamento, sem ser convidadas. — Meninas! — Shadow diz animadamente, seus olhos nunca deixando os meus. Eu nem sequer tento esconder a dor em meus olhos. Em vez disso, eu olho para seus olhos azuis vingativos e lhe mostro o dano que ele está causando. Eu olho para as meninas, me olhando como se eu fosse a única fora do lugar. Eu dou a Shadow uma última olhada antes de fazer o meu caminho para o meu quarto. Uma vez lá dentro, eu bato com a porta e deslizo para o chão. Eu ouço as meninas dando risinhos enquanto eu tento esconder meus soluços com a palma da minha mão. O som me faz mal. Por que Shadow me faz tão fraca? Eu mereço isso. Fui avisada da vida que o clube viveu. Eu criei este inferno que agora é meu.

SHADOW Eu fico olhando para a porta de Bobby, a porta que impede a garota que eu quero estar, mas estou em conflito. Ao ouvir que ela estava com outro homem me deixou pensando coisas impensáveis. Eu quero matar alguém; quero marcar Dani para que todos no mundo saibam que ela é minha. Mas de alguma forma, eu ainda sinto a necessidade de mantê-la no comprimento do braço. Eu balanço minha cabeça, chateado que eu fiz isso para mim mesmo. Eu tinha um código, regras que eu vivia religiosamente para ter certeza que eu nunca me sentisse assim, mas Dani deslizou seu caminho com sua inocência e desafio subjacente, me fazendo sentir como se eu pudesse ser normal, confiar e amar alguém. Eu zombo de mim. Confiança. Amor. Me escute; eu soo fraco para caralho. Eu fecho meus olhos e arrasto as minhas mãos pelo meu cabelo. Fraco é o que eu me tornei, no entanto. O amor de Dani é como uma praga, me matando lentamente, me fazendo impotente. Me fazendo pensar irracionalmente, me dando falsa esperança do que poderia ser. É veneno. — Você está bem, baby?

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Abro os olhos para ver duas vadias em pé na minha sala de estar, me olhando com preocupação. Eu queria machucar Dani, queria machucá-la como ela fez quando eu soube que ela estava seguindo em frente. Mas depois de ver a dor em seus olhos, vendo-a quebrar mais longe do que ela pensou que ela poderia cair, senti pesar. Eu me sinto como um idiota. Eu cerro os dentes. Eu me sinto dessa maneira porque eu estou apaixonado por Dani. Se eu estava pensando claramente, eu iria arrastar essas meninas na parte de trás e fodê-las, vê-las foder uma a outra e, em seguida, fodê-las novamente, fazendo elas gritarem meu nome. Mas eu não posso. Eu levanto, bato meu caminho em direção ao sofá e entrego uma das meninas a sua bolsa. — Saia, — eu lato, a imagem delas me irritam. — Mas acabamos de chegar aqui, — uma diz, tentando soar flertadora. Poderia ter sido sexy no bar, mas agora é repulsivo. Essas meninas não conseguem segurar uma chama para Dani; elas são apenas lixo. Eu aponto para a porta. — E agora vocês estão saindo. Caiam. Fora. Porra! — grito. — Você é um idiota, você sabe disso? — uma faz escárnio, atirando sua bolsa enorme sobre seu ombro. Ela não está me dizendo nada que eu já não sei, no entanto. Eu pego a minha cerveja, que eu provavelmente não preciso e caminho de volta para o corredor lentamente, de pé contra a parede em frente à porta que detém uma Dani quebrada. Eu deslizo para baixo da parede em derrota, minhas emoções por essa mulher me matando de dentro para fora. Eu estou condenado em nos destruir e eu sou incapaz de preservar um relacionamento normal. Eu sou como um menino manuseando uma borboleta muito bruscamente, batendo a poeira vibrante de cor que a torna única, soltando, em seguida, puxando suas asas, uma por uma, a mantendo de ser livre e tornando uma prisioneira de voar. Eu coloco a mão no bolso e tiro o iPod de Dani. Eu não sei por que eu guardei. Eu poderia comprar o meu próprio, colocar melhor gosto de música nele, mas por alguma razão, toda noite eu me acho ouvindo isso. Eu coloco os fones de ouvido e o ligo ‘Torn to Pieces’ de Pop Evil. A canção é mais adequada, descrevendo minha vida com tanta precisão.

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Capítulo seis DANI Eu abro a porta e encontro Shadow dormindo no chão em frente ao hall esta manhã. Ele parece doce e em paz quando está dormindo. Olhando para ele com o seu colete, tatuagens que espreitam para fora sob a camisa, eu percebo por que eu não posso ter um príncipe encantado; eu caí de amores por um vilão. Viver a vida na borda e quebrando todas as regras, eu quero encontrar a redenção em nós. Nosso amor não era para acontecer, mas acordou por acaso. Só o tempo dirá se a esperança nos leva a qualquer lugar ou se é apenas uma palavra que eles ensinam as pessoas que estão desistindo. Olhando para ele, o iPod na sua mão me chama a atenção, o meu iPod. Que idiota, eu estive procurando em todos os lugares por essa coisa. Eu gentilmente agarro e olho sobre ele, em seguida, olho de volta para Shadow, observando ele dormir. Seu rosto é suave enquanto ele está dormindo. Eu não entendo ele e nem nos entendo. Eu o ouvi gritar para aquelas meninas saírem ontem à noite, mas por quê? Ele claramente as trouxe aqui para me fazer ciúmes, para assistir a minha dor. Eu olho para o meu iPod e encontro ‘Not A Bad Thing’ de Justin Timberlake e coloco no repeat. Coloco de volta para baixo ao lado da sua mão e sigo em direção à cozinha. Eu quero que ele saiba que me amar não é uma coisa ruim; é um tremor de terra. Por mais difícil que seja aceitar, Shadow será sempre uma parte de mim. Ele trouxe à tona um lado meu que foi acorrentado e mantido prisioneiro. Eu fui libertada quando conheci Shadow, libertada da agonia de mentiras detidas e voei para a verdade escura do que está debaixo da minha superfície. Agarro a minha tigela do café da manhã quando ouço Shadow gemer quando acorda no fundo do corredor. Ele entra e imediatamente o meu corpo está vivo com a sua presença. Ele se inclina contra o balcão e me olha com os seus tempestuosos olhos azuis. Eu olho para longe, tentando lutar contra a batalha interna que o meu corpo está tendo com a minha mente.

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— Eu não dormi com elas, — diz ele a grosso modo, com a voz ainda sonolenta. Ele está falando sobre aquelas duas meninas da noite passada. Eu sei que ele não dormiu com elas, mas eu não vou dizer isso. — Parabéns, você se salvou de uma DST ou duas, — eu respondo com condescendência. Shadow sorri, mas os seus olhos seguram alguma tristeza. Tristeza de quê, de nós? De eu ter tentando seguir em frente com a minha vida? Nós sentamos em silêncio, nossos corpos gritando para nos atirarmos um para o outro, querendo compensar o dano que causámos. — Eu só queria sair, fugir da ideia de ser uma prisioneira. Parker parecia bom, — eu balbuciei, quebrando o silêncio. Não havia nenhuma chance de eu ter ficado com Parker; estar ao lado de Shadow e da maneira como ele faz o meu corpo se sentir vivo confirma isso. — Eu só queria falar com alguém que não me visse como uma inimiga, — eu sussurro. Shadow recua com as minhas palavras como se eu apenas tivesse estendido a mão e lhe tivesse dado um tapa. Ele esfrega as mãos para cima e para baixo no seu rosto enquanto geme em frustração. Sua reação me mostra que eu fiz exatamente isso, no entanto. Eu o feri. Ele me machucou também. — O que estamos fazendo, Shadow? — eu pergunto, plantando minhas mãos sobre o balcão. — Estou cansada desta charada. Se você me quer, então esteja comigo. Se não... Shadow olha para mim, os olhos duros e com raiva. — Você é a minha old lady até eu dizer o contrário, — ele sibila, suas palavras cortadas. Eu olho em seus olhos danificados; imagens de nós juntos antes do redemoinho incrustar nas profundezas deles. Ele balança a cabeça do nosso silêncio, me encarando e abruptamente se dirige para a porta. — Shadow! — eu grito. Ele para e olha para mim, nossos olhares de confusão e de dor tentando falar silenciosamente um com o outro antes dele fechar a porta.

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— Muito bom, meninas: — eu elogio, tentando incentivar as meninas que tentam aprender a dançar en pointe. Eu olho para o relógio e vejo que já passou das seis horas, hora de ir embora. — Tudo bem, vamos terminar por hoje e eu vejo vocês na próxima semana, — comento alegremente e sigo em direção à porta. Fico feliz que é hora de terminar o dia; meus pés estão me matando, e eu tenho certeza que parti uma unha. Meus pés estão realmente levando uma surra. Eu dispo o meu collant e coloco uns shorts largos e uma blusa branca. Quando eu tiro os meus sapatos de ballet, um dos meus dedos dos pés está pegajoso com sangue seco. Merda. Eu manco até ao banheiro e limpo o meu pé antes de tentar colocá-lo no meu sapato. Colocar os meus sapatos é mais difícil do que eu imaginava com a dor irradiando pela minha perna enquanto eu aperto o meu pé. Eu manco para fora e tranco as portas atrás de mim. Tom está geralmente esperando por mim diante das portas, mas eu não o vejo hoje à noite; ele deve estar atrasado. Eu sento e espero, porque em pé é muito doloroso. Uma porta de carro fecha, pegando a minha atenção do outro lado do estacionamento. Eu mal posso ver o carro, uma vez que está escondido nas profundezas da noite, ocultando a sua presença. Eu estreito o olhar na figura sombria andando na minha direção, tentando descobrir quem é. — Eu imaginei que eu iria te encontrar brincando de bailarina, — diz a minha mãe, seu tom áspero. Eu me levanto imediatamente e congelo. — O que diabos você está fazendo aqui? — eu exijo, dando um passo para trás e segurando a minha bolsa mais apertada contra o meu corpo. Os postes de luz a iluminam enquanto ela anda em frente; ela está vestida para impressionar, como de costume. Ela tem umas calças pretas com uma blusa branca de botões, o cabelo dela apanhado com um penteado fino. Parece que ela não perdeu um pouco de sono, mesmo depois de tudo o que ela fez ao clube e a mim. Vai entender. Cadela sem coração.

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Ela olha para o tráfego na estrada ao longe. — Eu pensei que conseguiria colocar algum juízo em você antes eu ir para Nova York. — Você está desperdiçando o seu tempo. Vá embora, — eu ordeno, apontando para o carro preto em que ela chegou. Ela ri, me irritando. Ela é estúpida se ela acha que eu não estou falando sério. — Você não sabe o que está fazendo, Dani, — afirma ela, seu tom condescendente. — Você sabe que tipo de inferno você deixou para trás depois da porcaria que você fez? — pergunto com raiva. — Você é mais burra do que eu pensava por voltar a esse clube. Estou surpresa por não terem matado você. — ela bufa seu último comentário. — Eles nunca vão confiar em você, — diz ela, colocando as mãos nos quadris. Eu dou de ombros em sua tentativa de me assustar. — Pegue suas coisas e vamos voltar para Nova York, Dani. Onde você pertence, — ela insiste, dando um passo em minha direção. Eu recuo em direção à porta. — Eu não vou a lugar nenhum. — a única razão pela qual ela quer que eu vá com ela é para tentar quebrar o meu pai na próxima vez. Ela avança e agarra o meu braço ao ponto de fazer contusões, as unhas cavando profundamente em minha carne. — Sim, você vai. Você vai voltar para Nova York, quer você goste ou não, — ela exige, me arrastando pelo estacionamento. Eu rasgo o meu braço do seu aperto e as suas unhas cortam a minha pele. Ela tenta pegar o meu braço novamente, mas falha quando eu a empurro com força. Seus pés tropeçam, a fazendo desequilibrar, mas ela pega o seu equilíbrio antes de cair e me olha com fogo em seus olhos. — Sua vadia! — ela grita, e me dá um tapa forte no rosto. Minha cabeça lateja com a dor a partir do contato duro. Ela agarra meu braço novamente e começa a me puxar para o seu carro. Meu raciocínio dispersa e meu corpo vibra com raiva súbita. Eu agarro seu braço e a puxo para mim antes de eu cerrar o punho e bater tão duro quanto eu podsso em seu olho. Ela grita de dor, soltando meu braço.

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— Você quer jogar duro? — ela zomba, segurando seu olho. Antes que eu possa processar o que ela diz, ela me chuta forte no estômago, me fazendo cair no chão sem fôlego. Ela se inclina para baixo na minha cara. — Você é igual ao seu pai. Fraca, — ela cospe, seu tom atado com nojo enquanto ela agarra meu braço com força. Pensando rapidamente, eu pego seu cotovelo e a puxo para o chão, com um puxão forte. Ela chega para trás e agarra meu cabelo, o puxando duramente. Eu tento me afastar, tentando chegar a minha bolsa, que está a metros de distância. Ela alcança as minhas costas, puxando o meu cabelo duro enquanto eu rastejo em direção a bolsa, mas meus seios arranham contra o asfalto quebrado, se tornando doloroso. Eu engatinho para o chão, tentando me levantar com o peso da minha mãe em cima de mim quando um pedaço quebrado de asfalto solta sob meus dedos. Eu o aperto com força e empurrou para trás em direção a cabeça da minha mãe. Ele se conecta com o seu couro cabeludo de forma dura, a fazendo dar um grito de dor quando me solta e agarra a sua cabeça. Eu tropeço para frente, a empurrando de cima de mim no processo, e pego a minha bolsa. Eu puxo os botões, procurando a arma que Bobby me deu. Eu olho por cima do meu ombro e a vejo correr para mim, sangue escorrendo pelo rosto, então eu tiro a trava de segurança e aponto para a sua cabeça em uma fração de segundo. Dani, espere, — ela comanda lentamente. Sua sobrancelha está sangrando onde eu bati nela, e ela tem um corte enorme na parte superior da testa pela rocha que eu bati na cabeça dela. — Eu te odeio, — afirmo com calma, meu tom ameaçador. Ela dá um passo para trás, seus olhos olhando diretamente nos meus. — Você fodeu a minha vida o suficiente. Volte para New York e nunca mais volte aqui de novo, — eu exijo, ainda apontando a arma para ela. — Dani, você não é uma deles. — ela pega o braço que segurava a arma, mas o meu dedo puxa o gatilho para trás sem pensar duas vezes e uma bala atinge o solo ao lado dos seus pés. Ela olha para onde a bala bateu e depois de volta para mim. — O próximo vai na sua cabeça: — eu advirto, mas eu não tenho certeza se o meu objetivo vai justificar a minha ameaça. — Isto, — eu aceno a arma entre nós duas, — acabou.

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Ela morde o lábio e sorri. Então minha mãe lentamente caminha de volta para o seu carro e bate a porta, assim que entra e sai do estacionamento. Ela vai voltar, eu sei disso. Deixo escapar um suspiro quando o seu carro está completamente fora de vista. As palavras de Bobby se fundem em meus pensamentos. „Nunca aponte uma arma para alguém, a menos que você tenha toda a intenção de matá-lo‟. Eu mordo meu lábio, tentando segurar o soluço que quer desesperadamente fugir com o pensamento de que eu queria matar a minha própria carne e sangue e me faz sentir mal. Eu mando um suspiro firme, tentando segurar as minhas emoções, coloco a segurança de volta na arma. Pego minha bolsa do chão e coloco a arma de volta nela. — É melhor você ir; a polícia vai estar aqui em breve. Eu chicoteio a minha cabeça ao redor e vejo Shadow na sua moto ao lado do edifício. — Há quanto tempo você está aí? — pergunto, não pensando em olhar para lá enquanto eu ando para longe. — Tempo suficiente para saber que alguém certamente denunciou aquele tiro, — responde ele, segurando um capacete para eu pegar. — Suba. Eu pego o capacete e balanço a perna em torno dele na sua moto. Meus braços envolvem a sua cintura como nos velhos tempos e o meu corpo molda ao seu na perfeição, aquecendo com o toque do seu contra o meu, e eu não posso evitar, a não ser encontrar conforto no cheiro do seu colete de couro. Eu odeio quão perfeito me faz sentir, porque eu sei que estamos longe de ser perfeitos juntos. Meu corpo começa a tremer pela adrenalina sumindo, o que torna difícil me segurar enquanto nós dirigimos pela estrada.

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Chegando de volta ao apartamento, Shadow entra no seu lugar de estacionamento designado após parar o motor da sua moto. Eu saio da garupa e assim que meus pés tocam o chão, o meu peso assenta, me

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fazendo tremer de dor. Eu dou a Shadow o meu capacete e começo a mancar até à porta. — O que há de errado? — Shadow pergunta, olhando para o meu caminhar instável. — Nada, — eu minto. Sem outra palavra, Shadow me levanta como uma noiva. — O que diabos você está fazendo? — eu dou um tapa no ombro dele, tentando me erguer de suas garras. — Te levando, o que é que parece? — ele afirma, entrando no elevador. — Eu posso andar por mim mesma, — eu digo a ele, apertando meu queixo. — Não muito bem, — ele ri. Eu suspiro em derrota e o deixo me levar para dentro do apartamento. Assim que entramos, ele me coloca suavemente sobre os meus pés. — Você vai me dizer porque você não consegue andar? — ele pergunta, apontando para os meus pés. — Você torceu o tornozelo na briga com a sua mãe? Eu olho para os meus pés. — Eles estão apenas doloridos é, tudo. Eu não danço há algum tempo e eles não estão se adaptando bem. — Como é que o trabalho está indo? — ele questiona. Eu não posso evitar o olhar de surpresa no meu rosto. O fato de Shadow querer fazer a coisa de bate-papo põe a minha mente em um turbilhão completo. — É...— eu tropeço em minhas palavras, — bem. Eu adoro ele, — eu finalmente respondo, sendo verdadeiramente honesta. — Eu imaginei que você iria, — diz ele, olhando para baixo com um sorriso, enquanto sua mão desliza pelo seu cabelo daquele jeito sexy que ele faz. — Você me arranjou o trabalho. — eu estou declarando um fato, em vez de questioná-lo.

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Shadow dá uma encolhida evasiva de ombros e avança através da sala para a cozinha. Ele abre a geladeira e mergulha dentro, puxando uma cerveja. Então, ele dá de ombros para fora do seu colete e o coloca na parte de trás do sofá, revelando sua camisa preta confortável em seu torso. O olhar dele faz o calor do meu corpo subir para níveis perigosos. Ele olha para mim com olhos que prendem o olhar de cobiça e perigo com a maneira como ele franze as sobrancelhas e os abre os lábios. O peso do seu olhar me faz sentir vulnerável, então eu ando em direção ao sofá, quebrando o contato visual. Eu puxo meus sapatos devagar e observo que a minha meia está encharcada de sangue. — Merda, — eu sussurro enquanto eu descalço lentamente a meia do meu pé. — Porra, Dani, — Shadow observa, andando na minha direção. — Sim, está tão ruim quanto parece, — eu admito, olhando para a unha do pé rachada. Shadow coloca a sua cerveja na mesa do café e caminha até a cozinha. Ouço as portas do armário batendo e água correr na torneira, antes dele estar de volta onde eu estou sentada. Ele se senta na mesa de café diretamente na minha frente e começa a limpar suavemente o meu dedo do pé sangrento. — Eu posso fazer isso, — digo a ele, estendendo a mão para a toalha. Ele puxa para fora do alcance. — Eu consigo, — diz ele, enxugando o meu pé de novo. Por que ele está sendo tão doce? — Parece uma merda. Talvez você deva tirar uma semana e deixálo curar, — sugere ele, seu tom atado com sinceridade. Sua mão esfrega o calcanhar do meu pé e a tensão libera instantaneamente, me fazendo gemer involuntariamente. A cabeça de Shadow contorce com o som lascivo não intencional deixando minha boca. Eu mantenho os lábios fechados e olho para os olhos azuis famintos olhando de volta para mim. Sua mão viaja até minha panturrilha, esfregando ao longo do caminho, e merda, se isso não é fantástico. Eu posso sentir meu corpo ganhar vida sob o seu toque mágico, minhas pernas querendo abrir

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mais amplamente, o convidando. Eu cerro as coxas para ajudar a sufocar o desejo crescente entre elas. Quero Shadow. Eu sempre o quis. A ideia de que eu pudesse seguir em frente sem ele me faz rir por dentro. Shadow me arruinou para qualquer um. Os olhos de Shadow estudam lentamente o meu rosto, e ele lambe os lábios lentamente antes de deixar cair a minha perna suavemente. A perda de seu toque faz a minha pele queimar. Ele se levanta e vira as costas para mim. Eu posso ver o seu corpo levantar com a respiração constante. Eu fecho os olhos e respiro fundo eu mesma. — Eu só estou indo para a cama, — afirmo categoricamente enquanto começo a mancar em direção ao quarto. Esta atração irresistível por Shadow está quebrando meu coração mais do que posso suportar. Sem mencionar as cólicas menstruais escavando profundo em meu abdômen. — Dani, — Shadow chama, o desespero em sua voz. Abro a porta do quarto e entro. Quando eu me viro e olho para trás, Shadow está de pé lá, segurando o pano sangrento, com desespero escrito em seu rosto. — Boa noite, Shadow, — eu digo docemente antes de fechar a porta.

SHADOW Eu deixo cair o pano molhado e cambaleio pelo corredor, deslizando contra a parede até a minha bunda bater no chão. Eu olho para a porta fechada, a mesma porta que eu olhei ontem à noite durante horas. Vi Dani dançando com aquelas meninas hoje à noite; ela parecia tão angelical, tão inocente. O sorriso que ela tinha, a energia que ela tinha, ela estava realmente perdida em seu próprio mundo. Vi sua mãe chegar e esperar por ela, e então eu vi toda a altercação. Eu não a parei ou entrei em cena, porque eu sabia que a minha questão de saber se Dani era uma ameaça ou não seriam respondidas assim que ela saísse daquele estúdio de dança. Eu não esperava que Dani tentasse matar a mãe dela, no entanto. Eu tive que me afastar dela quando ela retornou ao clube, sem saber se eu poderia

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ir contra o meu clube cem por cento. Eu não seria a pessoa segurando a arma fumegante que tirou a vida da única garota que eu já amei. Sabendo que ela não estava envolvida, sabendo que era tudo obra da sua mãe agora, eu não sei o que está me impedindo de entrar naquele quarto e reivindicar o corpo de Dani como meu mais uma vez. Talvez seja o fato de que eu não sei se ela quer mais estar comigo. Eu corro minhas mãos sobre meu rosto. De quem a culpa por ela não querer ficar comigo? Que tipo de homem alega que ele ama uma mulher, mas não fica do seu lado, não confia nela? Eu deveria ter agarrado Dani e fugido para longe com ela, a protegido. Eu alcanço o meu bolso e retiro o seu iPod, colocando os auscultadores em meus ouvidos, ouvindo Justin Timberlake, e ‘Not A Bad Thing’ começa a tocar. Olho para o iPod, pasmo. Eu sei de fato que eu não estava em nenhum lugar perto desta canção. Eu fico olhando para a porta segurando minha vagalume, esperança aumentando dentro de mim de que talvez ela colocou a música só para eu ouvir. De qualquer forma, vou fazer isso por Dani de alguma forma. Eu deveria ter confiado nela. Eu deveria ter escutado ela, mas eu não o fiz. Tomei o caminho da desconfiança e danifiquei a nós dois. Agora eu vou ter que ganhar a confiança dela mais uma vez.

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Estou sentado à mesa, na missa, onde temos todas as nossas reuniões. Estive aqui durante toda a manhã, esperando para que todos possam arrastar suas bundas preguiçosas até aqui para que eu possa dizer a eles o que rolou entre Dani e sua mãe na noite passada. Eu nem sequer fui dormir. Em cima disso, tudo o que posso pensar é Dani. — Shadow, você madrugou, — comenta Bull, sentado em sua cadeira com uma xícara de café, os outros caras seguindo de perto. — Eu tenho algumas informações importantes, — eu digo, me sentando na cadeira. — Eu espero que sim. Você me chamou para uma reunião às três da manhã, filho, — observa Bull, tomando seu café. — Você parece uma merda! — Hawk brinca, seus velhos olhos enrugados olhando diretamente para mim.

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— Ya, eu não dormi muito, — eu digo, frustrado. Quem dá a mínima para o que eu pareço? Eu só disse que eu tenho uma notícia importante. — Tudo bem, derrama, — Bull implora, acendendo um cigarro. — Ontem à noite, fui buscar Dani, e a sua mãe parou para uma visita. — todo mundo começa a falar entre si. — Porra, eu disse a você, — diz Locks, apontando para mim com um cigarro na mão. — Vá em frente, — Bull insiste, se sentando ereto na cadeira. — Ela queria que Dani se voltasse contra nós. — eu explico. — O que ela disse? — Bobby interrompe. Eu olho para longe de Bull para encarar Bobby. O fodido ainda está na minha lista de merda. — Dani disse que não e quando sua mãe não a deixou ir, Dani tentou matá-la. Disse a ela para voltar para Nova York e se ela voltasse, ela iria matá-la. — eu libero a respiração que eu estava segurando desde o momento em toda a merda aconteceu na noite passada. — Bem, eu vou, — exclama Bull, esfregando as suas bochechas. — Isso não prova merda nenhuma, — diz Locks, batendo com o punho na mesa. Bull revira os olhos, mas antes que ele possa chegar em Locks, uma batida pequena chega às portas. — O quê! — Bull ruge. Babs avança com um sorriso de orelha a orelha. — Ei, rapazes. Eu só queria lembrá-los que a festa do quatro de julho é no próximo fim de semana, por isso não se esqueçam. — ela sorri um último sorriso e fecha a porta. — Você está brincando comigo? — diz Locks, apontando para a porta. As mulheres não têm permissão para interromper uma reunião a menos que seja importante, mas não é nenhuma surpresa que Babs pode tudo. Eu não ficaria chocado se ela estivesse flertando com Bull da maneira como ele a vê acima de todas as outras mulheres, mas o que eu sei? Eu não posso avaliar o meu próprio relacionamento agora, e muito menos o de outra pessoa.

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Bull começa a rir. — Malditas mulheres. — ele se volta para a mesa. — Certifique-se de que Dani esteja naquela festa. Ela é livre de quaisquer ameaças potenciais para o clube, então vamos trazê-la de volta aqui e começar a fazê-la se sentir como família, — ele ordena, apagando o cigarro. — Que diabos, Prez? — Locks pergunta, olhando para Bull como se ele fosse estúpido. — Você não está pensando claramente. Esse menino é apaixonado por ela. Ele vai dizer tudo! — Locks grita para todos na mesa, com a mão apontando para mim. Seu tom está me irritando, e eu cerro os dentes. — Ela não fez porra nenhuma errada, Locks. Nós fizemos, por não confiar nela. É melhor você tirar o pé para fora de sua bunda e começar a mostrar a ela algum maldito respeito agora, porra! —Bull rosna, a sua voz ecoa pela sala. Locks se levanta, batendo sua cadeira contra a parede. — Danese essa merda, — ele ruge antes de sair do quarto. — Eu vou dar uma olhada nele, — Old Guy diz, o seguindo. — Eu juro que você tem um monte de bucetas neste clube. Um grupo de mulheres birrentas, — grunhe Hawck, ganhando um suspiro de Bull.

DANI Eu acordo grata por ter um dia de folga; meus pés doem inacreditavelmente. Eu abro a porta devagar para ver se Shadow está dormindo em frente ao hall de novo, mas vejo um local vazio. No interior eu estou fazendo beicinho, mas na minha mente eu estou grata. Quanto menos de Shadow, melhor, até que eu possa fazer a minha mente sobre ele. Eu faço o meu caminho para a cozinha e paro completamente. Em cima do balcão da cozinha está uma cesta de vime de madeira cheia de cremes de pés, compressas de gelo, analgésico e bem no meio, meu iPod. Eu não consigo evitar o sorriso que se arrasta no meu rosto com o gesto. Eu pego o iPod, vejo uma determinada canção e faço uma pausa, então eu coloco os fones de ouvido em meus ouvidos e ouço ‘The Reason’ de Hoobastank. Eu sorrio quando penso Shadow e eu. Deus,

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como eu sinto falta dele, e com esta cesta e essa música, eu acho que ele sente falta de mim, também. Passo a maior parte do meu dia sentada no sofá assistindo TV, usando o pacote de cuidados que Shadow me deixou para recuperar os meus pés. Já para não falar que eu escutei a música que Shadow me deixou na repetição quase vinte vezes. Não comi muito no café da manhã ou almoço, eu decidi dar descanso à TV e fazer uma refeição real. Eu faço o meu caminho para a cozinha quando a porta do apartamento se abre e Shadow entra. Ele está carregando uma caixa de pizza em um braço e uma Pepsi de dois litros debaixo do outro. — Eu trouxe o jantar. Sente-se, — ele exige, colocando a caixa de pizza no balcão ao lado da Pepsi. — Tudo bem. Eu vou fazer o meu próprio jantar, — eu respondo, trazendo uma bandeja do armário. É doce, ele me trouxe o jantar, mas a última coisa que eu preciso é que ele me sinta dependente dele. — Não, você não vai, — responde ele, agarrando a panela, colocando-a de volta em seu lugar original. Eu suspiro com o seu comportamento controlador. Jogo a panela de volta para baixo e a coloco sobre o fogão. — Sim. Eu acho que eu vou, — eu digo, levantando a minha voz. Shadow abaixa a cabeça e dá grunhidos. Seus olhos estão cobertos com raiva quando ele me agarra pela cintura, me jogando por cima do ombro. — Shadow, me coloque para baixo! — eu grito, minhas mãos batendo em suas costas. Ele me deita no sofá e aponta para mim. — Não se levante ou eu trarei sua bunda de volta aqui. Te trouxe o jantar, então você pode ficar fora de seus pés, — diz ele, abrindo a caixa de pizza. Eu gemo de frustração e sento no sofá. Ele pega uma fatia da caixa e entrega para mim. — Coma, — ele exige. — Sem prato? — eu pergunto.

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Shadow me olha como se eu tivesse perdido a minha mente. — Prato? É comida de dedo. Eu dou de ombros e dou uma mordida da pizza. Eu nunca soube que a pizza era um alimento de dedo. Minha mãe sempre me fazia usar um prato para tudo o que comíamos, mesmo que fosse batatas fritas, tínhamos que colocar em uma tigela. — Como estão os pés? — pergunta ele, mastigando sua própria fatia de pizza. Olho para eles e percebo que parecem melhor do que antes. — Melhor. Obrigada, — eu respondo com gratidão, evitando o contato visual. Isto é tão estranho; há tanta coisa que precisa ser dita, mas não é. — Por que você está fazendo tudo isso? — eu pergunto, antes de terminar a minha fatia de pizza. — Tudo o quê? — Shadow pergunta, esfregando as mãos gordurosas em seus jeans. — Você quer jogar esse jogo? — eu me levanto, irritada por ele não falar comigo. Eu gemo de frustração e caminho em direção à cozinha para pegar um copo, mas não consigo passar por Shadow. — Dani, — Shadow diz, agarrando o meu braço, me parando. Eu olho para ele, esperando ele explicar por que temos que ser quebrados e incivilizados um com o outro. Seu rosto fica olhando para as minhas pernas antes de ele levantar lentamente o seu olhar para cima. Ele solta o meu braço e suspira: — Eu não sei nem por onde começar a fazer as coisas direito entre nós. Meu coração palpita contra meu peito, e minha respiração se acelera. Eu não sei o que dizer sobre isso. Ele apenas admitiu que ele queria que as coisas se tornassem boas entre nós. Se eu for honesta, eu admito que não quero seguir em frente com o clube ou Shadow. Quão estúpido isto parece, eu estou apaixonada pelo diabo e eu não posso escapar do porão que ele tem em mim, mesmo que me esmague. — Experimente, — exorto, me sentando no sofá. Shadow se senta na mesa de café, apoiando os cotovelos sobre os joelhos e suspirando profundamente, suas costas levantando enquanto ele inala.

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— O clube tem sido a minha vida mesmo antes de eu conhecer você. Eles me levaram para dentro e se tornaram a minha família quando eu não tinha nada, — diz ele, dando um longo suspiro. — Se o clube não acredita em você, — ele faz uma pausa, — quem sabe qual seria a ordem? Eu não poderia lidar com o pensamento do clube te machucando, e eu não podia aceitar a ideia de que eu poderia ter escolhido ir contra o meu clube para te salvar. O pior de tudo, quem sabe se eu teria sido encarregado das ordens. Suas palavras sugam o ar dos meus pulmões. Eu sabia que clube poderia ter me achado culpada por estar envolvida com o FBI, eu sabia que as ações contra mim poderiam ocorrer. Eu só não sabia quão perto da realidade essa possibilidade era até agora. Eu levanto começo a andar, pensando no que ele acabou de dizer.

o e o e

— No início, eu pensei que você estivesse dentro com a sua mãe, mas depois que você voltou. Mesmo com os meus problemas de confiança, o pensamento de prejudicar você estava me sufocando. — ele diz isso com tanta tristeza, os olhos piscam causando rugas nos cantos. Eu não posso evitar a crescente raiva dentro de mim. — Meu pai nunca iria deixar que nada acontecesse comigo, — eu sussurro, emoção pesando na minha voz. Eu pisco as lágrimas caindo dos meus olhos, se tornando difícil de ver. — Dani, — Shadow faz uma pausa, — ele teria sido o único a dar a ordem. Eu caio no chão, o peso da situação demais para me mexer. Shadow cai de joelhos na minha frente. — Dani, — ele murmura baixinho. — Depois de ontem à noite, eu assegurei o clube que você não é uma ameaça. O clube fodeu tudo por não confiar em você, e todo mundo quer mostrar o seu pedido de desculpas e recebê-la de volta. Eu fodi tudo, — ele sussurra. — Eu deveria ter confiado em você, mas o laço que você tem sobre mim me deixou morrendo de medo de deixá-la entrar de volta. Aquela sensação quando você foi levada como testemunha foi aterrorizante. Eu nunca me senti tão quebrado na minha vida. Tudo o que posso fazer é soluçar, tentando lutar contra as lágrimas de medo. Ele fala sobre como fosse difícil confiar nas pessoas, mas como eu posso confiar que ele não vai mudar de ideia e me matar durante o meu sono?

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— Este é o nosso mundo, Dani, — diz ele, seu tom soando como se estivesse tudo bem. Como se isto fosse normal. — Eu não sei se eu posso viver neste mundo. Como é que eu sei que posso confiar em você? — eu pergunto, enxugando as lágrimas de meu rosto. — Se você quiser sair, vamos fazer as malas agora e fugir, — responde ele, roçando uma lágrima do meu rosto. Minha cabeça se levanta, pegando o que ele disse na sua declaração. Ele deixaria o clube e tudo o que tem para trás, por mim? O raio de esperança de que Shadow e eu pudéssemos ser capazes de resgatar o que sobrou de nós faz com que as minhas esperanças subam. Os olhos azuis de Shadow bloqueiam os meus. — Você está louca se pensa que eu vou deixar você ir assim tão fácil, — ele me informa, com o rosto sério. Ele se inclina e beija meu lábio inferior suavemente. — Eu disse que no começo você iria me odiar mais do que gostar de mim, mas eu serei amaldiçoado se eu te deixar ir de novo, — ele sussurra contra os meus lábios. A minha boca se abre em descrença, suas palavras batem no meu coração em todos os lugares certos. — Eu quebrei as leis do clube ao sair com esse cara, não é? — assim que a questão deixa a minha boca, eu me arrependo. A cara de Shadow aperta e fica vermelha. — Sim, bem, eu não tenho sido um anjo, — ele afirma, justificando minhas ações. Eu tremo ao ouvir suas palavras. Eu não quero saber com quem ele dormiu. Não agora, de qualquer maneira. — Não significa que eu não estou chateado com isso, mas nós dois estamos fodidos, — diz ele, passando as mãos pelos cabelos. — Somos tão confusos, — murmuro. Que casal tem uma conversa como essa? — Sem argumentação, — Shadow observa, encostando na parede. Eu coloco minha cabeça contra a parede, também, e me viro para olhar para o seu perfil bonito, perguntando por que ele estava sentado

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em sua moto na noite passada e deixou que as coisas escalassem entre a minha mãe e eu. — Na noite passada, com a minha mãe... — eu começo, enxugando as minhas lágrimas do meu rosto. — O que tem ela? — pergunta ele. — Você viu o que estava acontecendo, então por que não tentou parar com isso? Ou melhor ainda, por que você não tentou me impedir de matar um agente federal? — eu questiono, levantando a minha voz. Shadow sorri e olha para mim, como se eu conseguisse saber porque ele tinha aquele sorriso no rosto. — O quê? — pergunto. — O jeito que você estava segurando a arma, não havia nenhuma maneira de você acertar em nada, — ele ri, me fazendo rir junto com ele. — Sim, bem, Bobby era para me ensinar a atirar, — afirmo com naturalidade. — Bobby não estará te ensinando qualquer coisa, — ele zomba friamente. — Eu vou te ensinar. — ele se levanta e olha para mim, brincando com os seus lábios. — O quê? — pergunto. — Se você não fosse uma merda na pontaria e pudesse fazer tudo de novo, teria matado a sua mãe? — ele pergunta, olhando para mim com as sobrancelhas franzidas. Eu penso sobre tudo: a forma como a minha mãe me odiava enquanto eu crescia, ela nunca esteve ao redor e eu nunca fui o suficiente para ela. Ela só me mantinha por perto para destruir o clube, nunca me amou, nunca se importou. Quando eu encontrei o amor, encontrei o meu lugar no mundo, e ela tentou estragar tudo. Eu olho para Shadow, e a resposta é clara. — Absolutamente.

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Capítulo sete SHADOW Eu entro com o meu carro no estacionamento atrás de um posto de gasolina, pego a minha mala com o rifle, e a coloco ás costas para a caminhada ao longo do gramado. Os meus pés fazem barulho a cada passo que dou no gramado; o sol tem estado quente e brutal neste verão, matando tudo no seu caminho. A camisa de manga comprida que estou usando para cobrir as minhas tatuagens começa a ficar colada ao meu corpo, com a transpiração da caminhada; esta porra está um calor ridículo. Eu finalmente chego ao topo da colina e ponho a minha bolsa no chão. Eu olho em toda a rodovia e miro o hotel sujo a cerca de quatro centenas de metros de distância. Uma coisa que eu sou bom é matar, e é isso que eu vou fazer com prazer. Eu defino o bipé para o meu sniper e carrego o rifle com as balas, pegue os binóculos para dar uma olhada melhor no hotel e o espaço da área circundante. Desde que Dani me disse que queria a sua mãe morta há alguns dias atrás, eu percebi que eu faria a honra de conceder a ela esse desejo. Não só isso, mas eu não tenho nenhuma dúvida na minha mente de que Dani iria matar a mãe dela na próxima vez que a visse. Isso não é algo que eu queira para Dani. Ela pode ter um traço escuro, mas eu não tenho certeza de que ela pode lidar com o peso de matar a sua mãe. Além disso, ela iria fazer uma bagunça com a situação, deixando DNA ou testemunhas. Eu sou grato a Bobby por me salvar da dor de matar a minha mãe. Eu ainda gostaria de ter sido eu a acabar com a sua vida, mas, por outro lado não. Já que ela está morta, eu esqueço a prostituta desagradável que ela foi e me lembro dos momentos em que ela foi realmente uma mãe, antes das drogas, bebidas e negligência começarem. Balanço a cabeça das memórias e olho para o hotel - com certeza é um lugar de merda. Eu rio. Aposto que a Lady pensou que ela estava a salvo em um hotel abandonado fora de suspeitas. Ou isso, ou ela é tão burra que ela pensou que iria sair da cidade viva sem retaliação por parte do clube. Eu olho pelo binóculo para o quarto dela,

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ela tem estado no quarto número nove. Eu sei porque eu a persegui ao longo dos últimos dois dias, vi por onde ela tem andado e com quem ela tem falado. Ela principalmente tem estado fora ao redor do clube e ao redor do meu apartamento, circulando Dani como um tubarão. Eu sei no meu interior que ela vai foder com Dani, usá-la a seu favor. Eu não posso permitir que isso aconteça, considerando que é um milagre o clube não ter matado Dani. Se algo der errado de novo, eu não estou tão convencido de que ela vai sair desta viva. Eu olho para longe do binóculo e suspiro. Estou matando pela Dani ou pelo clube? Eu não sei pra qual dos dois. Estou com Locks de que Bull coloca a família acima do clube, então matar Lady (que costumava ser sua ol'lady) pode não acontecer muito bem com ele. Da mesma forma, dizer a Dani que eu matei a sua mãe iria irritá-la, porque eu não a deixei fazer isso. Eu me ajusto atrás do rifle e olho para baixo pelo monóculo. Ela não entende que matar a sua mãe iria matar um pedaço dela. Meu corpo tem tido tiques da falta de controle que tive ultimamente, tremendo pelo desejo de assumir a responsabilidade e puxar o gatilho. Eu miro em Lady, sentada na cama, escovando os cabelos; parece que ela está se preparando para sair. Meu dedo encontra o gatilho quando ouço passos esmagando a grama atrás de mim, fazendo o meu sangue correr para os meus ouvidos. Alguém já me viu. Eu olho por cima do meu ombro e vejo pela luz da lua que alguém está andando na minha direção. Eu alcanço a minha cintura e puxo a minha pistola. Parece que eu estou me livrando de duas pessoas esta noite. Assim que a pessoa entra na luz onde eu possa vê-la, eu aponto a minha arma, diretamente para ela. — Que porra é essa? — Bobby exclama, levantando as mãos no ar. — Puta que pariu, Bobby! — eu sussurro; o filho da puta fez o meu coração acelerar. — Você tem agido sorrateiramente nos últimos dois dias, então eu segui você até aqui, — ele explica, de cócoras. — Eu poderia ter atirado em você, — eu o repreendo em um sussurro baixo. — Quem você está mirando? — pergunta ele, agarrando os binóculos do chão e ignorando a minha raiva. Eu espero por isso, ridículo como ele é, ele late para mim quando ele vê Lady. Seu quarto é o único iluminado e aberto para o mundo ver.

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Ele varre o hotel mais uma vez antes de parar. Ele puxa os binóculos para baixo e me olha com olhos acusadores. Sua mandíbula está contraída e a sua testa franzida. — Bull ordenou isso? — ele pergunta. Eu olho sobre a rodovia no hotel. — Não. Eu espero por ele tentar me convencer do contrário. Não vai funcionar, no entanto. Lady precisa morrer por várias razões. A maior delas é que ela é cancerígena para o bem-estar de Dani, e nós nunca vamos estar juntos enquanto ela estiver viva. — Dani? — ele questiona, querendo saber se eu disse a Dani os meus planos de assassinar a sua mãe. — Não, ela não sabe, — eu respondo desafiadoramente, levantando o meu queixo, pronto para a batalha. Bobby suspira alto e se deita em sua barriga, ficando confortável. — O que você está fazendo? — eu pergunto, minha voz baixa para que ninguém me ouça. — Ajudando você a manter a vigília, o que é que parece? — diz ele, olhando para o quarto de hotel. Bobby e eu temos feito isto um monte de vezes, principalmente para o clube. Ele nunca veio comigo em um trabalho de fora. Eu nunca precisei, mas eu não iria mandá-lo embora se ele quisesse vir. Ele me entende e ele não julga. — Pena que ela não está nua. Aposto que ela tem uns belos seios, — ele brinca, olhando satisfeito pelos binóculos. Eu miro e me posiciono atrás do rifle, respirando estável enquanto o meu dedo encontra o gatilho novamente. Eu assisto Lady de pé e se movendo em direção à porta. — Ela está indo para a porta, — Bobby sussurra. — Eu vi, — eu confirmo. Ela abre a posta, tentando segurá-la com o pé, mas a sua força continua empurrando seu pequeno corpo de volta. Eu libero a minha respiração com firmeza e pressiono levemente sobre o gatilho.

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— EsperaEu salto ao som da voz de Bobby enquanto puxo o gatilho. O rifle recua de volta para o meu ombro enquanto eu continuo a olhar na lente. Lady é sacudida para trás e cai no chão. Eu observo o seu pé em movimento perto da porta. Ela ainda está viva. — Porra, Bobby. Você me fez perder a minha chance! — eu grito, me levantando. — Eu pensei que alguém estava andando no estacionamento, mas foi um maldito gato. Desculpe, cara, — Bobby pede desculpas, se levantando. Eu desmonto o meu rifle enquanto Bobby vigia. Eu o coloco de volta na bolsa, fecho e jogo por cima do meu ombro antes de me dirigir para o carro rapidamente. Eu começo a andar mais rápido em direção ao meu carro, a grama esmaga alto enquanto eu ando. Eu passo pela moto de Bobby estacionada à direita ao lado do carro roubado. Eu jogo a mala da arma no banco de trás e pego a minha bolsa, em seguida, pego uma máscara, luvas extra e jogo para Bobby colocar. Alcanço, pego o silenciador, e aperto no final do cano da minha pistola e em seguida, subo no volante enquanto Bobby monta no passageiro. Nós dirigimos através do viaduto para o hotel fodido, esperando que ninguém reconheça o carro roubado. Felizmente, já é tarde e não existem muitos carros passando nesta área. Eu puxo a minha máscara sobre o meu rosto e aperto as luvas nas minhas mãos antes de sair e caminhar em direção ao quarto onde Lady está escondida. O seu pé está preso na porta, deixando ela ligeiramente aberta. Eu chuto o pé enquanto entro e a porta bate depois de Bobby entrar. Lady está deitada de costas com um tiro no peito e está com falta de ar. Eu não posso deixar de sorrir. Eu ando até ela e olho na sua linha de visão, apontada para o teto. Eu puxo a minha máscara até ao meu cabelo e sorriso. Seus olhos baços se acentuam com medo. — Eu aposto que eu era o último filho da puta que você pensou que iria ver de novo, — eu zombo, com um sorriso de lobo. Ela tenta falar, mas nada mais que um mero sufoco vem para fora, sangue escorre pelo seu queixo. Eu agacho, puxo a minha arma da minha cintura, e coloco contra os seus lábios sangrentos. — Shhhh, — eu sussurro. A arma contra a sua boca abafa os seus gritos estrangulados.

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— Você não pode machucar Dani mais, — eu digo baixinho. Ela começa a choramingar e tenta se afastar de mim, mas ela está muito fraca para fazer muito esforço. Me levanto, aponto a arma para a cabeça e puxo o gatilho. A bala rasga em seu crânio, jogando pedaços de cérebro em cima de mim. — Aqui estão as chaves dela, — aponta Bobby, se inclinando para pegar as chaves do chão, que estão jogadas ao acaso no tapete. Eu coloco a minha arma de volta na minha cintura e pego o seu corpo, a jogando por cima do ombro de forma fácil e caminhando até à porta. Eu tento abrir a porta, mas tem uma mola a fazendo fechar, o que torna quase impossível manter aberta. — Você vai abrir a merda da porta? — pergunto a Bobby, que está olhando para fotos dos sócios do clube jogados sobre a cama. — Merda. Desculpe, irmão, — ele pede desculpas, correndo em direção à porta. É incrível que ele não é um prospecto ainda. Ele mantém a porta aberta enquanto eu passo. — É com mola, — explica Bobby, empurrando a porta para trás e para frente, fascinado pela mola de prata na parte superior da porta. — É bom saber, — eu falo, lutando com o corpo mole de Lady. — Porta malas, — eu o lembro. Ele tem as chaves na mão e aperta o botão na chave. Ela se abre com um flash de luzes. Quando eu disse que eu não me importo de ter Bobby comigo nesses tipos de passeios ao fim da noite, eu retiro tudo o que disse. Eu lanço o corpo sem vida de Lady na parte traseira do carro e o fecho. Eu reentro no quarto e corto a carpete que tem o seu sangue. Abaixo disso tem concreto, eu retiro uma pequena garrafa de água sanitária das minhas calças cargo e a derramo em todo o concreto e tapete circundante, na esperança de eliminar qualquer vestígio de sangue. Tenho a certeza que se alguém visse a peça faltando, eles saberiam o que aconteceu. Ainda assim, sem evidência, sem prisão. — Vamos, antes que alguém nos veja, — eu digo, abrindo a porta. Eu ando casualmente para o carro roubado e entro enquanto Bobby fica no carro de Lady. Nós dirigimos para fora da rampa de saída em busca de uma área abandonada.

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Cerca de uma hora depois, eu viro debaixo de uma ponte. Não vi ninguém nos últimos trinta minutos, e eu não vi qualquer tráfego na ponte. Eu paro sob ela e vejo os faróis do carro preto de Lady quicando no espelho retrovisor, puxando para cima atrás de mim. — Que porra de passeio, — diz Bobby, batendo a porta do BMW preto. Ele agarra a parte inferior de sua camisa, a puxa sobre a sua cabeça, e joga por cima do ombro. Ele abre tanque de gasolina e encharca a camisa. Então enfia a mão no bolso da calça e tira um isqueiro, acendendo a ponta da camisa em chamas antes de fugir. — Isso é bom, — afirma Bobby, cavando nos bolsos. — O quê? — pergunto. — Você e eu, de volta aos nossos velhos hábitos, — diz ele, sorrindo com um sorriso pateta. Eu continuo a olhar fixamente para a chama crescendo. — Não há nenhum nós, e nós não estamos voltando com qualquer coisa, — eu digo friamente. Eu sinto o ar pegar tensão quando Bobby percebe que eu não o perdoei tão facilmente por ele não ter me apoiado com Dani, mesmo que ele estivesse certo. Já para não falar que ele pôs as mãos sobre ela. — Shadow, eu só quero o que é melhor para vagalume, — ele diz isso como se ele se importasse e acredito que ele se importa, mas eu não poderia me importar menos. A sua transgressão apodrece dentro de mim até que eu possa encontrar uma forma de vingança. — A menos que você queira acabar no porta malas também, essa conversa acabou, — eu declaro, olhando para ele. — Tudo bem, acabou, — Bobby cospe. — Mas, sério, — continua ele, inclinando a cabeça para o lado, não querendo desistir do assunto. — Bobby! — eu grito, esperando que a minha ascensão na voz vá calá-lo. — Tudo bem, — diz ele com um suspiro. O carro explode, jogando um som na nossa direção e estilhaços por toda parte.

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— Porra, isto nunca fica velho, — Bobby ri. Ele coloca um baseado na boca e caminha até o carro em chamas, se inclinando para a chama tentando acendê-lo. — Você vai queimar seu rosto, — eu rio. — Nah, — diz ele, dando um passo para trás e soprando a fumaça. — Vamos sair daqui, — eu digo, voltando para o carro roubado.

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Ao acordar esta manhã, senti o cheiro de produtos de limpeza e de fogo. Passou uma semana desde que eu disse a Dani tudo, o que foi a coisa mais difícil que eu acho que eu já fiz. Vê-la quebrar me fez perceber o quão frágil ela é, e isso me fez querer abrigá-la e protegê-la do perigo. Se ela quisesse fazer as malas e ir embora, eu teria ido. Eu já fodi as coisas uma vez ao escolher o clube e os meus irmãos em vez dela. A partir de agora, ela vem em primeiro lugar. Ela trabalhou duas vezes esta semana, e ambas as vezes eu a levei e busquei. Nós assistimos TV e falamos sobre merda sem sentido. No entanto, tudo o que posso pensar é em atirar Dani sobre o balcão e transar com ela, reivindicando o que é meu, mais uma vez, lembrando de que ela é minha por toda a eternidade até que eu diga o contrário, mas a gravidade da nossa situação me tem feito questionar se ela me quer. Não me leve a mal, se eu quisesse a Dani, eu poderia facilmente tê-la, quer ela quisesse ou não; afinal de contas ela é a minha old lady, mas não seríamos nós. Não seria a vagalume, a menos que eu saiba que ela confia em mim. Eu não quero a metade da Dani - eu quero ela toda. Eu quero que ela grite que me pertence, arruiná-la para qualquer homem que possa estar por trás de mim. Dada a minha natureza, existe uma forte possibilidade de que eu vá foder esse relacionamento novamente. Conhecendo a natureza angelical de Dani em nosso mundo, haverá de certeza homens atrás de mim. Independentemente do que Bobby diz, e ao contrário do que ele pensa, ele estaria na fila para tomar Dani como sua; ele seria estúpido se não o fizesse. Me tirando dos meus pensamentos, Dani chega com uma toalha enrolada a sua volta, cantando alguma canção de menina enquanto se inclina sobre nas sacolas de compras no balcão. A toalha levanta ~ 96 ~

quando ela se inclina sobre o balcão, mostrando a bunda dela, o cabelo escorrendo pelas costas. Eu não consigo evitar o gemido que sai do meu peito. Dani vira e agarra a toalha em seu peito. — Merda. Eu não sabia que você estava de volta, — ela engasga com surpresa. — Sim, acabei de voltar, — eu respondo, ajustando o meu pau, sua pele bronzeada do sol gritando para a minha boca devorá-la. Dani olha para si mesma. — Eu vou me trocar, — diz ela mansamente, antes de decolar. Ela foge pelo corredor e leva tudo de mim para não segui-la como um adolescente com tesão. Eu quero ver o corpo dela novamente. Com esse pensamento, o meu pau contrai, me fazendo rosnar em frustração. As coisas foram ficando um pouco melhor entre Dani e eu, mas eu ainda posso sentir um pouco da tensão no ar entre nós, e eu não tenho certeza se é porque eu admiti que eu escolhi o clube sobre ela, ou se é sexual. — Então, quais são os planos para o fim de semana? — pergunta ela, se estatelando no sofá ao meu lado, seu cheiro de perfeição me lembra o que eu quero e não posso ter. Ela está usando um top solto cor de pêssego que paira fora do seu ombro com shorts que antes eram calças de malhar, cortados muito curtos. — Hum, — suas palavras arrastam na minha garganta enquanto eu a olho com tesão, — hoje à noite, eu pensei que nós poderíamos apenas relaxar. Em dois dias, há a festa do Quatro de Julho na praia, — eu a informo, tentando olhar para qualquer coisa, para além dela, mas não está funcionando. — Oh, sim, que horas vai ser? — ela questiona, pegando o controle remoto da mesa de café. Quando ela se inclina para agarrá-lo, a sua camisa balança solta, me dando um vislumbre dos seus seios rosados. Meu pau incha com a visão. Eu olho para cima e a vejo olhar para mim, um leve sorriso cruzando seu rosto enquanto ela se inclina para trás no sofá e muda os canais. Ela está me provocando. — Costuma começar à tarde, mas eu só costumo ir à noite, — eu digo, tentando pensar em qualquer coisa, exceto em sexo.

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— Por que isso? — pergunta ela, ainda olhando para a tela. — É quando os pecadores saem à rua. — eu olho para expressão atordoada de Dani, seus olhos verdes vívidos arregalados de surpresa, e eu pestanejo.

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Eu deslizo a minha cerveja vazia em frente ao bar para Babs. Eu tive que fugir de Dani; aqueles peitos sensuais dela estavam gritando para minha boca levá-los todo a dia, e minhas mãos tremeram com a vontade de agarrá-los. É estranho não ter a confiança de outra pessoa e, na verdade, ligar para isso. — Temos um problema, — afirma Bull, entrando na sede do clube. Eu vejo Bull frustrado, inclinado contra o bar. Ele pega o lado do balcão com as duas mãos e arqueia as costas olhando para o chão. — O que está acontecendo? — Bobby pergunta estalando a tampa sua cerveja com o lado do balcão do bar. — Locks acabou de me ligar. Ele disse que a sua moto pegou fogo, — confidencia Bull, olhando para nós, com o rosto parecendo cansado e desgastado. — Puta merda. Ele está bem? — Bobby pergunta, dando um gole de cerveja. — Sim, ele estava dentro da loja quando pegou fogo, — Bull confirma com uma sobrancelha levantada. — Alguém ateou fogo? — pergunta Bobby. Eu me viro para olhar para Bull, curioso. Parece que temos feito nada além de irritar as pessoas aqui ultimamente; não me surpreenderia se essa lista cresceu. — Vamos chegar lá e conferir, — ordena Bull, empurrando para fora do balcão. — Tom Cat, dirija o caminhão até lá, — ele grita com o nosso mais novo prospecto. Vamos apenas dizer que o nosso último, Charlie, não fez o que devia depois que ele deixou Dani ser sequestrada.

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Nós vamos até à tabacaria onde Locks compra o seu tabaco; ele enrola os próprios cigarros, por isso ele está sempre aqui comprando suprimentos. Quando entro no estacionamento, há peças de moto em todo o lado. No meio está o que sobrou da moto com fumaça em torno dela. É um desastre, e parece mais como se ela tivesse explodido do que pegado fogo. Posso ver uma roda contra a loja, que foi soprada da moto, e eu tenho que desviar os pedaços de estilhaços por toda parte. A apenas alguns metros da moto desfeita está Locks. Ele está sentado contra um poste de luz que está no estacionamento, uma perna dobrada, enquanto a outra está em linha reta. Ele parece completamente relaxado para alguém que apenas teve o seu orgulho e alegria arrancada de suas mãos. — Isso não é um fogo casual, meus amigos. Isto é cem por cento vá se foder, — Bobby ri. — Isso é o que eu temia. — Bull balança a cabeça, jogando a perna por cima da sua moto. — O que diabos aconteceu? — eu pergunto, passando por cima da parte de um tubo de escape. — Eu não sei. A maldita coisa tem tido um vazamento de combustível, tenho pensado em consertá-la. — Locks joga um pedaço de cascalho. — Você deixou isso funcionando? — Bull pergunta, examinando o caroço queimado de moto. Locks olha para Bull. — Não, mas o motor estava quente. — Nhaa, eu estou pensando que isto é uma mensagem, — Bobby conclui, chutando o asfalto carbonizado. — Eu concordo. Você irritou alguém ultimamente? — eu pergunto. — Não. Eu não irritei, — Locks me encara, franzindo os olhos com raiva na minha direção. — No entanto, eu tenho uma forte ideia de que alguém ouviu que tivemos o FBI na nossa bunda, para não mencionar que nós deixamos a porra de um rato no nosso clube. Isso pode não cair muito bem para os outros clubes, — Locks cospe enquanto se levanta. Bull olha para Locks e o encara, e me encontro olhando para ele também. Eu não consigo evitar, mas me sinto protetor de Dani, e ouvir Locks falar merda sobre ela me deixa furioso. Dani não é uma ameaça; ~ 99 ~

ela mereceu a confiança. Aparentemente, nem todo mundo pensa assim. Eu posso sentir meus dedos apertarem com o impulso de levar o meu punho na boca de Locks por falar mal sobre Dani. Eu estou começando a questionar o seu compromisso com a fraternidade ultimamente. — É um aviso, — Bobby afirma, olhando para Locks. Bobby está certo. Isto não foi um acidente. Isto foi de propósito, e quem fez isto enviou como um aviso. Eles estarão de volta e, de surpresa. Ouvimos sirenes soarem atrás de nós, e virando encontramos um carro da polícia preto e branco estacionado a metros de distância. Eu nem sequer ouvi a maldita coisa chegar; os caras são sorrateiros. — Merda, — resmunga Bobby. — Bem, olá, rapazes. Skeeter fecha a porta do carro da polícia e coloca a mão no coldre. Ele tem cabelo curto, preto, que sempre parece que ele colocou de alguma forma demasiada merda nele, e um bigode estúpido - ridículo sobre o lábio superior. Ele é alto e muito rápido. Eu sei, porque eu tive que fugir dele algumas vezes. Policiais são uma raça com sombra, mas quando você conhece um policial corrupto, ele é mais escuro do que uma sombra. Skeeter costumava estar nos nossos bolsos à cerca de um ano atrás, mas ele ficou ganancioso. O preço das suas recompensas ficaram ridículas, e em cima disso, ele começou a pedir um por cento de nossas vendas. Me ofereci para levar o filho da puta para fora da grade, mas Bull disse que era ruim para os negócios. Em vez disso, nós mudamos todas as nossas mercadorias e ficamos limpos de qualquer corrida ilegal por alguns meses. Quando Skeeter percebeu que não estávamos correspondendo às suas demandas, ele fez exatamente o que nós pensamos que ele iria fazer, ele foi chorar para os seus amigos policiais. Disse a eles que estávamos traficando armas e drogas e ele sabia exatamente onde tudo estava sendo realizado. Depois de um mandado de busca que não deu em nada, Skeeter perdeu as conexões na policia e, infelizmente, ele nos colocou em sua lista de merda. — O que temos aqui? — Skeeter pergunta, olhando a cena.

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Outro policial sai do lado do passageiro do carro-patrulha. Ele é careca, pálido e sardento e parece jovem e assustado com a visão de um grupo de motoqueiros. — Vazamento de gasolina, está tudo certo, — afirma Bull, dando um passo à frente de Skeeter. — Estará tudo certo quando eu disser que está. Agora, cheguem para o lado, — Skeeter ordena arrogantemente enquanto aponta para Bull se afastar quando ele se volta para o policial em treinamento. — Oficial Manny, mantenha um olho neste. — Vocês se multiplicam como baratas, — Bobby brinca, me fazendo rir. Skeeter chicoteia a cabeça na direção de Bobby. — Cuidado, menino. Bobby bufa e cruza os braços. Skeeter caminha até o que sobrou da moto e se agacha. — Vazamento de gasolina, você diz? Deve ter sido um inferno de um vazamento. — Sim, — Locks concorda. — Como eu disse, está tudo certo, — afirma Bull novamente, cruzando os braços na frente do peito. — Vocês conduzem por estas ruas sem terem em conta a segurança dos outros, indo rápido demais, desobedecendo as leis de trânsito. Não é de admirar que uma dessas engenhocas mortais tenha pegado fogo. — Skeeter fala enquanto mastiga e cospe no lado da boca. Eu assisto quando ele cospe perto das botas de Bull e o desrespeito me faz ferver. Eu avanço pronto para um mano a mano, mas Bobby puxa o meu ombro, me segurando. — Seria um dia para marcar no calendário se todas as suas motos de merda pegassem fogo. — Skeeter ri enquanto mastiga restos de tabaco. — Estamos terminados aqui? — Bobby pergunta, rodando os ombros com raiva. Skeeter zomba enquanto anda no cenário. — Era a sua moto, Locks? — ele questiona.

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— Sim, — responde Locks, esfregando a parte de trás do seu pescoço. — Eu vou ter que escrever uma multa. — Skeeter puxa um caderno do bolso de trás. — Por quê? — Bull pergunta com descrença. — Operação insegura de um veículo a motor, — vem a resposta de Skeeter enquanto escreve em seu livro de multas. — Você está brincando comigo? — eu cuspo fora. Certamente, ele pode chegar a algo melhor do que isso. — Você quer dar um passeio até o posto? — Skeeter pergunta, levantando seu peito para fora. Dou um passo à altura do desafio, pronto para dar um soco. — Eu acho que você acabou de agredir um oficial, — Skeeter mente, tirando um par de algemas cromadas da cintura. — Você viu isso, não é, oficial Manny? — eu olho e vejo um Manny pálido parecendo morrendo de medo com a situação que se desdobra. — Mentira de merda, — Bobby grita, se aproximando, pronto para enfrentar Skeeter por tentar me prender. Se Skeeter vai mentir e afirmar que eu o agredi, ele vai conseguir o que ele deseja. — Tudo bem, vamos acalmar, — ordena Bull, deslizando a mão entre mim e Skeeter. — Locks, pague a porra da multa. Nós vamos limpar toda esta bagunça, Skeeter. Não há necessidade de prender ninguém, — Bull tenta acalmar as coisas. — Eu não gosto do seu tom. É melhor tomar cuidado, rapaz. Eu acho que você esqueceu cuja cidade você está, — Skeeter afirma, levantando a sobrancelha. Meus dentes rangem com raiva, algumas noites na prisão por agredir um policial, Skeeter em particular, não soa muito ruim no momento. Ele rasga o papel do bloco e joga em direção Locks. — Aproveite o resto do seu dia, — Skeeter praticamente canta antes de caminhar de volta para o seu carro. — Palhaço fodido, — eu murmuro com raiva. — Você está tentando ficar na prisão? — pergunta Bull. ~ 102 ~

Eu dou de ombros e murmuro, — Valeria a pena. — Locks, eu disse para Tom trazer o caminhão, volte ao clube com ele. Vou ligar para um grupo de rapazes para limpar isto, —diz Bull, subindo em sua moto. — Eu tenho que andar naquela merda? — Locks pergunta, apontando para o SUV. Ele odeia veículos; eu o vi andar de moto em todo tipo de clima só para evitar estar em um veículo. — A menos que você queira montar de cadela? — Bull ri. Locks anda até ao SUV e sobe, balançando a cabeça em maldição. Eu não sei o que aconteceu com a moto dele, mas eu sei que não pegou fogo por um vazamento de gasolina. Ele cuida daquela coisa bem demais para deixar algo assim passar.

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Depois de voltar para o clube, eu estou pronto para outra cerveja. Mas quando eu encontro Locks sentado no bar tomando drinques na sede do clube, eu não consigo lidar com a tentação de estrangulá-lo e preciso ir para outro lugar. Eu não me esqueci como ele desrespeitou Dani tão facilmente. — O que vai ser, babe? — a bartender pergunta, seu cabelo vermelho enrolado e aderindo a testa suada. Quando apenas nós meninos estamos pensando em sair para beber pouco de cerveja fresca, nós vamos até este bar buraco de merda. Eu nem sei se ele tem um nome, além de Bar. — O costume, — eu respondo, quebrando um amendoim pela metade. — Me dê uma também, babe, — Bobby diz na direção dela, deslizando para um banquinho ao meu lado. — Você me seguiu de novo. — eu digo, em vez de perguntar, jogando o amendoim na minha boca. — Sim, eu quero limpar o ar entre nós, — diz ele, tomando a sua cerveja da bartender.

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— Não há nada para falar, — eu digo, agarrando a minha cerveja, também. — O caralho que não. Eu olho para a TV e vejo o anúncio do desaparecimento de Parker entre os comerciais. Eu sorrio, eles nunca vão encontrar Parker. Eu posso ou não ter feito uma visita durante a noite recentemente. Eu nunca deixo um trabalho inacabado. — Ei, eu sou Heather. — eu olho e vejo a pequena menina loira deslizando até o lado de Bobby. Ela tem meias arrastão rasgadas com uma saia vermelha e um espartilho preto. — Bem, ei, boneca,— Bobby sorri, deslizando a mão para baixo sobre a sua bunda contornando e dando a ela um aperto. — Heather, vamos embora. Temos negócios. — outra garota vestindo da mesma roupa grita da porta. — Merda, eu tenho que ir, — diz Heather, puxando do aperto de Bobby e caminhando em direção à porta. Eu não consigo evitar, mas continuo a julgar Bobby, o meu olhar revoltado diz a ele exatamente isso. Essa menina seria nojenta, mesmo que eu estivesse fodidamente bêbado. — O quê? Qualquer coisa vai com putas, — Bobby ri. — Isso é repulsivo. Você não tem nenhum padrão? — eu pergunto, estalando um amendoim na minha boca. — Eu não teria dormido com ela, — Bobby me diz, em tom sério, enquanto ele racha um amendoim. — Mas eu não vou ser um idiota com ela também, — continua ele, com sinceridade. — Certo, — eu zombo. Eu não posso deixar de ficar chateado com Bobby, já que ele incentivou Dani a seguir em frente sem mim e colocou as mãos sobre ela. — Ei, idiota! — Bobby e eu olhamos por cima dos nossos ombros para ver três homens de pé na porta, aquele que está na frente apontando para Bobby. Ele tem calças largas e uma camisa sem mangas, sua cabeça é calva e brilhante. Os dois atrás dele, um tem uma camisa de flanela com as mangas arrancadas e o outro está vestindo uma camisa branca com buracos por toda parte. Todas as esferas da vida neste bar.

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— Eu? — pergunta Bobby, apontando para si mesmo. — Você mexe com as minhas meninas, você paga, — o homem careca ruge, batendo no peito com um latido alto. — Eu não mexi em nada, e é melhor você ver com quem está falando, — Bobby retruca, apontando para o homem. — Isso não é o que a minha menina disse, você está chamando ela de mentirosa? — o homem careca caminhada até Bobby. De repente, Bobby é arrancado do seu banco e jogado no chão. O careca atravessa ele e dá um soco quadrado no rosto de Bobby. Eu me inclino ligeiramente no meu banquinho para ter uma melhor visão da ação. Ninguém parece notar a luta; todo mundo está ocupado com os seus próprios negócios, bebendo, dançando e jogando sinuca. As brigas neste lugar não são incomuns. Bobby leva e lança seu próprio soco, fazendo com que o cara caia. Então Bobby rola e soca o cara no rosto de novo; ele pode realmente ganhar essa luta. O careca cospe sangue para o lado e sorri para Bobby maliciosamente. Os dois rapazes que seguiam o careca de repente pegam Bobby pelos cotovelos, um de cada lado, e o puxam até ao cara no comando. Ele se levanta e limpa o sangue de seu lábio antes de dar um soco no estômago de Bobby sem aviso prévio. Bobby grunhe de dor quando o homem joga outro. — Uma ajudinha aqui, cara, — Bobby geme. Eu racho um amendoim e assisto os dois caras que prendem Bobby enquanto o careca dá um soco nele novamente. Sim, eu deveria ajudá-lo, e em qualquer outro momento eu o faria. Eu teria a certeza que estes três idiotas perderiam os dentes. Mas vendo como Bobby é um traidor e eu realmente ainda não apliquei a minha vingança nele, isto vai ter que servir. Eu pisco um sorriso e atiro um amendoim. — Eu deveria ter tido a minha volta com Dani. O que você fez não foi a coisa mais fraternal de se fazer; tocar o que não era seu, irmão, — eu zombo. O cara joga outro soco no estômago de Bobby antes dos dois cães soltarem os cotovelos, o deixando cair de joelhos. — Pague! — um deles grita, colocando a palma da mão para cima na cara de Bobby.

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Bobby tosse e pega a sua carteira no bolso de trás, puxando uns vinte dólares e jogando no chão. O careca pega o dinheiro e enfia no bolso antes de prosseguir para fora do bar. — Que porra é essa, cara? — Bobby pergunta, deslizando para o banco bar lentamente, segurando o estômago e tossindo enquanto toma um gole de sua cerveja. — Você mereceu, — eu dou de ombros. — Você me deve sessenta dólares, — diz ele, segurando sua barriga de dor. Me viro e olho para Bobby. Sua boca está aberta e sangrando e ele está curvado, agarrando seu estômago. Me faz sorrir vê-lo com tanta dor.

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Capítulo oito DANI Eu acordei sozinha esta manhã. Passei o dia inteiro com Shadow ontem. Ficamos no apartamento, sentados comendo comida e assistindo TV. Eu descobri que ele é sensível sob as axilas, e em troca ele descobriu que eu sou sensível em todos os lugares. Foi bom não pensar sobre o peso do clube ou nossos problemas de confiança. Era apenas a nós e nada do lado de fora interferindo com isso. Hoje fui ao supermercado e eu parei pelo estúdio de dança para ver as meninas mais velhas ensaiarem para a Swan Lake. Eu volto para o apartamento quando o sol começa a se pôr, na esperança de ver Shadow, mas está vazio. Eu faço pipoca e sento no sofá para pintar os dedos dos pés. Depois de surfar pelos canais e chegar com nada, eu desligo, entediada. O meu telefone vibra no balcão, pegando a minha atenção, e eu atendo sem olhar para o identificador de chamadas. Agora eu falaria até com uma pessoa de vendas de tão entediada que eu estou. — Ei, garota! — Cherry diz na outra extremidade da linha. — Uh, hey, — eu respondo, surpresa ao receber uma ligação dela. — Você está fazendo alguma coisa hoje à noite? Eu e um par de as meninas estamos indo para um clube onde meu irmão está de JD. — Isso soa muito bom, — eu respondo, animada. — Ótimo, vamos estar lá em breve, — diz ela, desligando o telefone. Eu bato palmas animada e fujo em direção ao quarto, indo para o armário e pego um vestido preto sem alças que cai no meio da coxa. É sexy e provocante, e eu não posso esperar para usá-lo. Eu jogo meu cabelo em um frouxo rabo de cavalo; aplico uma sombra esfumaçada olho, gloss e uma borrifada de perfume pra finalizar. A porta bate

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quando eu estou colocando saltos pretos; meus pés doloridos nem parecem se importar com o aperto. — Uau, você está gostosa! — diz Cherry, me olhando quando eu abro a porta. Ela está usando um vestido roxo curto que amarra na nuca, e seu olho tem sombra combinando. Ela também está vestindo seu colete de propriedade sobre seu vestido, que faz seu look parecer feroz. Eu a sigo até o estacionamento quando ela pula em um carro vermelho. Quando eu subir no lado do passageiro, Babs e Molly estão sentadas na parte de trás sorrindo para mim. — Ei, menina, — Babs sorri. — Eu não esperava que você fosse uma festeira, — eu brinco com Babs. — Ugh, Locks sumiu por dias, eu estou entediada como o inferno, — ela responde, revirando os olhos. Cherry acelera para fora do meio-fio, fazendo com que as garotas guinchem de volta. Ela transpassa por dentro e fora do tráfego. Como ela teve sua licença eu não sei; ela não poderia estar usando outra coisa agora, porque a menina é a morte sobre rodas. Nós estacionamos na frente de um edifício que brilha em luz brilhante dourada em torno das portas. — The Rogue? — eu questiono, lendo o letreiro do clube. — Sim, é a sensação do momento agora, — responde Cherry, saindo do carro. — Meu irmão Tyler está em êxtase por ser DJ aqui, — continua ela, torcendo o rosto em humor. — Não é de todo ruim. Ficamos com bebidas gratuitas e entramos de graça. — ela aponta para uma fila de pessoas à espera para entrar. Nós caminhamos até o segurança que está vestindo um terno preto, com a cabeça raspada. Ele é enorme e se parece com alguém que você veria jogando futebol profissional ou luta livre. — Nomes? — pergunta o segurança, olhando para a multidão. Ele nem sequer olha para as meninas e eu. Ele não tem uma prancheta ou qualquer coisa; ele deve ter a lista de convidados memorizado. — Nome é Cherry. Estou com Twistin Tyler, — ela grita, a música estridente das portas do clube tornando difícil de escutar.

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Ele olha longe do clube e de volta para nós. — Você vai nos deixar entrar ou o quê? — Cherry guincha, colocando a mão em seu quadril. O segurança musculoso se move para o lado, abrindo um caminho para as portas que levam para o clube batendo. — Idiota, — diz ela, passando por ele. — Yo, assume para mim. — o segurança grita com um cara vestindo um terno preto combinando, ele parece tão intimidante. Caminhando para o clube é uma loucura como nada que eu já vi antes. Há sacadas com cortinas para festas particulares e cabines em torno das paredes com lâmpadas douras postas encima das mesas. A iluminação é fraca, exceto as cores de holofotes acima do palco e ao redor das pessoas na pista de dança. Um grande bar fica ao lado da estação de DJ na extremidade do clube, e meus olhos estreitam para o que está no bar. Ele tem uma gaiola de prata descansando em cima com uma garota em um brilhante biquíni dourado dançando nela. Seguimos Cherry sobre um guichê ao lado da estação de DJ. — Ei, eu vou dizer ao meu irmão que eu estou aqui rapidinho e depois vamos dançar, — diz ela, saindo. Eu deslizo para o centro da cabine, abrindo espaço para as meninas. — Ha. Eu não vou dançar, mas eu vou beber, — Babs nos diz, apontando para o bar. — Eu vou te acompanhar, — diz Molly, me deixando sozinha. Eu bato meus dedos contra a mesa enquanto eu assisto Molly e Babs pedir drinques quando, de repente, uma bebida azul é colocada em minha linha de visão. — Isto é do Sr. Ross, — a garota diz. Ela está usando um vestido dourado brilhante, e seu cabelo ondulado preto oscila pelas costas. — Quem? — pergunto, confusa. — Sr. Ross, — ela responde, apontando para uma cabine em frente. Eu me esforço para olhar sobre a multidão e vejo um homem vestindo uma camisa de botão branca. Ele tem o cabelo escuro e parece ser de meia-idade. Eu nunca o conheci antes. Eu olho para a bebida. Não é suposto você rejeitar bebidas de estranhos em um bar, ou eu assisto CSI demais?

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— Uh, não, obrigada, — eu respondo, empurrando a bebida de lado. A menina olha para mim surpresa, em seguida, dá de ombros, levando a bebida para longe. Molly e Babs voltam para a cabine com bebidas na mão, rindo de alguma coisa. — Então, eu ouvi que você foi a um encontro com um cara rico, — diz Babs, tomando um pequeno gole do copo e dançando de volta para a cabine. — Sim, eu fiz. Ele era um cavalheiro. Bem, pelo menos eu achava que ele era. — eu dou um sorriso fraco. Eu continuo a achar que é difícil acreditar que Parker iria tratar uma mulher daquele jeito, mas Shadow insistiu que ele viu com seus próprios olhos. Babs em histeria. — Eu aposto que Shadow foder esse cara. — Esse rapaz deve ter tido suas bolas arrancadas por ter mexido com propriedade de um Devil, — diz Molly com um sorriso. Eu gemo de frustração. Apenas o próprio Diabo sabe o que aconteceu com Parker, e eu não estou prestes a perguntar a ele. — Vamos dançar; ele está tocando minha música daqui a pouco, — diz Cherry, agarrando minha mão e me puxando para fora da cabine. Ela me arrasta através de corpos suados em uma pequena abertura na pista de dança. O clube ruge as letras de ‘Turn Down For What’ por DJ Cobra & Lil Jon, e Cherry começa a jogar os braços para cima com a batida. Ela dobra seus joelhos e balança seus quadris, dançando como ninguém. Eu, por outro lado, fico lá, não sabendo o que fazer. Eu nunca fui a um clube; minha mãe nunca permitiu. — Só se solte. Ninguém está te olhando! — Cherry grita acima da música. Eu começo a balançar minha cabeça para a música, tentando seguir seu conselho. De repente, Cherry me agarra pela cintura e se mói sobre a minha pélvis. — Assim, — diz ela, me mostrando como mover meu corpo sedutoramente.

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Ela me agarra ao redor do meu pescoço, e seu perfume floral me sufoca. Seu corpo rola contra o meu como se estivéssemos no abraço de amantes. Eu a levo e começo a torcer meu corpo contra o dela como ela me mostrou. — É isso aí, — ela sorri. Eu sorrio de volta e agarro seus quadris, sentindo como se eu tivesse o jeito das coisas quando eu moo contra seu quadril enquanto ela continua a dançar. Sentindo a confiança substituir minhas inseguranças, eu me solto e me divirto. Eu bombeio minhas mãos na frente de mim enquanto balanço minha bunda. A batida é tão alta que vibra através de meu peito e pelas minhas pernas. Eu passo meus dedos no meu cabelo e atiro minha cabeça para trás e para a frente na música. ‘Animals’ por Martin Garraix toca em seguida, e eu fecho os olhos e continuo a dançar. Eu me sinto livre e sexy. Este é exatamente o que eu precisava, apenas sair e se divertir com algumas meninas. Mãos captam em torno de meus quadris e me batem em um corpo duro, e de repente eu sinto o cheiro de maconha e álcool. Meu corpo enrijece, e meus olhos se abrem. Eu me afasto do corpo estranho pressionado firmemente contra o meu traseiro e giro ao redor para ver o cara do outro lado do clube, o Sr. Ross. Ele desliza suas mãos sobre a minha bunda e bate o meu corpo contra o dele. — Eu não quero dançar. Obrigada. — eu me contorço, tentando me erguer de seu alcance, sem sucesso. — Eu te mandei uma bebida, e você recusou. Isso não foi muito bom, — afirma contra o meu ouvido, seu aperto áspero. — Foda-se você e sua bebida. — eu cuspo, empurrando ele para longe. Eu olho em volta para Cherry freneticamente, mas não a vejo em qualquer lugar. Eu mergulho em toda a pista de dança lotada, tecendo através das pessoas para fazer o meu caminho de volta para a cabine. — Sua fresca! Tome isso! — Babs grita com Molly, entregando a ela um copo com uma dose quando eu deslizo para dentro da cabine. Me sentindo um pouco paranóica, eu olho para a multidão à procura do Sr. Ross.

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— Eca, você está todo suada, — diz Molly, cutucando meu braço com um dedo. — Sim, eu dancei um pouco, — peço desculpas, tentando sorrir. — Ei, você! Vai tocar uma ótima música agora, — Cherry me diz, agarrando minha mão e me puxando da cabine. — Venha. Você pode descansar quando você estiver morta! Cherry percebe minha hesitação e para, olhando para mim. — Você está bem? — Havia um cara assustador lá. Ele me deu uma vibração estranha, — eu admito, olhando para as meninas, me perguntando se eu estou sendo ridícula ou não. — Que cara? Eu vou acabar com ele, — Babs ameaça. — Você apenas tem que ser firme com eles. Então eles te deixem em paz, — Cherry aconselha, me puxando para frente. — Isso acontece o tempo todo, — ela grita por cima do ombro. Eu sigo Cherry na pista de dança - na verdade, eu sou arrastada. Eu procuro o Sr. Ross porque algo sobre ele me assusta. Ele não parece ser um cara normal, tentando ter sorte, seus olhos escuros e tom solene me dão arrepios. ‘No Hands’ de Waka Flocka Flame começa a tocar e Cherry começa a saltar para cima e para baixo com entusiasmo. Olho ao meu redor, sem saber; eu sinto que ele está me observando. — Você está bem, — diz ela, batendo em meu ombro. De repente, me sinto boba; isso acontece o tempo todo em clubes e os homens são um pouco ansiosos demais para conseguir mulheres. Eu preciso soltar e me divertir. Eu jogo minhas mãos para cima e começo a cantar as letras como Cherry grita de volta para mim. Cherry começa a sacodir seus ombros quando outra menina loira aparece e começa a dançar com ela. Eu esqueço tudo sobre o cara assustador e começo a dançar e cantar com elas. De repente, eu sinto o cheiro de álcool e de maconha fortemente novamente; eu cheiro Sr. Ross. Eu paro de dançar e olho ao redor de mim, mas tudo que eu vejo é uma massa de pessoas dançando suadas. Meu corpo trava e frio desce quando meu coração bate com medo. — Procurando por mim? — uma voz atrás de mim sussurra em meu ouvido. Meu sangue corre frio quando meu corpo trava. Ele escava

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os dedos em meus braços tão forte que eu sinto como se eles fossem penetrar. — O que você quer de mim? — eu pergunto, sem saber se ele me ouve pela música alta. Meu instinto de lutar sobe de meu medo; eu sou forte e não vou me permitir vacilar. Eu começo a procurar uma arma, meu salto alto, a única coisa que vem à mente. O cara ri. — Basta tomar um drinque comigo. Apenas um e- — ele para de falar e a música trava instantaneamente a um impasse. Cherry se vira para mim e seu rosto fica pálido como se ela tivesse visto um fantasma. Eu ouço uma menina gritar a distância, enquanto a multidão começa a embaralhar. Eu lentamente viro e vejo o que está olhando para Cherry, por que a música parou, e por que todo mundo tem o olhar de medo escrito em seus rostos. Um grupo de motoqueiros empurram seu caminho através da entrada – Devil’s Dust, para ser exata - e Shadow. Sua mandíbula se aperta, com o rosto vermelho de raiva. Shadow aponta para o Sr. Ross enquanto ele caminha para frente. O idiota coloca as mãos em sinal de rendição e abre a boca para falar, mas antes que possa dizer uma palavra, Shadow o agarra pela camisa e o joga em suas costas. Sr. Ross pousa no chão sujo com um baque forte, e todo mundo engasga e mais pessoas começam a correr para fora do clube. — Ouvi dizer que você coloca as mãos onde elas não pertencem! — Shadow rosna. Ele atravessa o Sr. Ross e impulsiona o punho direito em sua boca, fazendo sangue jorrar, quando suas mãos fazem contato. Shadow se inclina e bate a bota nas costelas do cara, fazendo o Sr. Ross gritar de dor. Bobby anda para frente e puxa o ombro de Shadow, o agarrando do lugar escuro que ele está caído e de volta à realidade. Eu não posso deixar de notar que Bobby tem um lábio partido quando ele está puxando Shadow para fora do cara. Que diabos aconteceu com Bobby? Shadow bufa e esfrega a parte de trás do seu pescoço, tentando recuperar a compostura antes de olhar para mim. Suas sobrancelhas sulcam, dando aquela pequena linha que sempre fica quando eu estou o irritando.

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Ele pisa sobre Sr. Ross, que está deitado no chão com dor, me agarrando pelo braço com uma mão e na cintura com a outra, me jogando sobre seus ombros. Quando eu sou empurrada para cima, eu sinto meu sapato sair do meu pé. — Você perdeu a cabeça? — eu grito com Shadow. Esta é a coisa mais humilhante que já aconteceu. Shadow finalmente me coloca no chão assim que saímos do clube, sua moto estacionada à direita ao lado da porta, juntamente com todas as outras. — Leve a sua bunda até a moto, Dani, — ele exige, me entregando um capacete. — Eu não estou recebendo ordens de você, — eu assobio, chateada com ele. — Dani! — Cherry grita, saindo das portas clube, meu sapato preto na mão. — Obrigada, — eu digo, agarrando o sapato dela, meu rosto ficando vermelho com humilhação. — Por que você não está vestindo seu colete de propriedade, porra? — Shadow me pergunta quando ele olha para Cherry, o colete dela difícil de passar despercebido. — Você está brincando comigo? — eu estalo. Ele não pode estar falando sério. Eu não usava esse colete de propriedade desde que eu peguei ele com outra garota. Shadow bufa com a minha resposta. — Suba na moto, ou eu vou colocar você na porra da moto. Eu sei que ele vai, e eu tive vergonha o suficiente para uma noite. Eu coloco meu sapato no meu pé e arrebato o capacete dele. — Como eu vou montar neste maldito vestido? — eu jogo minhas mãos para fora, apontando para a minha roupa. — Suba. Na. Porra. Da. Moto. — grita Shadow quando ele liga a moto. Eu rosno de raiva, bato com o capacete na cabeça e subo na maldita moto. A viagem de volta para a casa é rápida e furiosa.

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Assim que estamos no apartamento, eu me inclino para baixo, puxo meu salto esquerdo para fora do meu pé e jogo em Shadow. Erro inteiramente, o calçado bate contra a parede atrás dele quando ele olha para mim surpreso. — Você está jogando esses malditos sapatos em mim? Eu me abaixo, retiro o direito e jogo nele, também. Ele rebate a antes de cair no chão. — Eu nunca fui tão humilhada na minha vida! — eu grito, caminhando em direção ao quarto. — Ser apalpada por um idiota não é? — ele grita, me seguindo pelo corredor. Eu olho feio para ele. — Eu posso me cuidar. Eu admito que eu estava pirando quando o cara, Ross, me agarrou. Meu único pensamento era de esfaqueá-lo no olho com o meu salto alto, mas eu poderia ter manipulado ele se as coisas piorasse. — Sim, claramente. Se isso fosse verdade, o segurança não teria chamado seu pai, — diz Shadow. Eu me viro em choque. — O fodido segurança? Existe alguém nesta cidade que não beija a bunda do clube? — Claro, Cherry vestindo o colete de propriedade foi uma oferta inoperante. Eu acho que com Cherry vestindo o colete e eu estando lá com ela, o segurança não queria deixar nada ao acaso quando ele ligou para meu pai. Shadow ri. — Não realmente. Eu vou até o zíper na parte de trás do meu vestido, mas eu não consigo puxar. — Me deixe, — oferece Shadow, andando atrás de mim e segurando o zíper. Me viro e enfrento o espelho na minha frente, meus olhos olhando para os seus no reflexo. Ele puxa lentamente o zíper para baixo até os montes de minhas nádegas, seus dedos fazem cócegas minha espinha e seus olhos nunca deixam os meus. Eu ligeiramente torço meu corpo, deixando o vestido cair para o chão, se reunindo em torno de meus pés. Meu sutiã preto sem alças e calcinhas são a única coisa que eu estou vestindo. Os olhos de Shadow deixam os meus, olhando para o reflexo do meu corpo no

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espelho. Seus olhos se tornam encapuzados com o desejo e ele inala acentuadamente. Meu lábios abrem em antecipação, esperando que ele vá me tocar mais. Ele desliza um de seus dedos calejados na minha espinha, o simples toque me fazendo gemer. Após o abandono de nosso relacionamento, a reconexão faz meu corpo vibrar de desejo. Shadow empurra a frente de seu corpo contra as minhas costas e quebra a mão ao redor da minha frente, agarrando meu pescoço, ele puxa suavemente a cabeça para olhar para o nosso reflexo no espelho. — Minha, ele sussurra em meu ouvido, sua quente respiração pegajosa me deixando cheia de tesão. Ele morde meu pescoço, seus dentes raspando a carne sensível enquanto um gemido escapa de meus lábios quando os meus olhos pegar os seus. Estrangulando os meus sentidos, eu arqueio minhas costas para ele, querendo mais. Seu olhar duro amacia antes dele apertar os olhos fechados como se estivesse com dor. Ele se afasta, me deixando ofegante para mais. Então ele me olha uma última vez antes dele me deixar em um frenesi de emoções. Eu não entendi; ele diz que eu sou dele, mas ele não me trata como sua. Não é como ele costumava fazer, de qualquer maneira. Eu olho para o espelho e vejo as minhas bochechas coradas e lábios inchados com antecipação. Eu pareço uma bagunça.

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Eu durmo bem na manhã e no período da tarde. Depois de um longo banho, eu olho através do armário, à procura de algo provocativo, mas não óbvio. Shadow queria ir mais longe na noite passada, mas algo o deteve. Eu trago o pensamento para baixo e começo a lançar através das minhas roupas. Pego uma camisola de seda preta, que vai para as minhas coxas, e opto por não usar calcinhas. Ok, talvez por isso seja um pouco óbvio, mas eu preciso de respostas. Agora que está tudo no ar, eu quero seguir em frente. Eu olho no espelho na parte de trás da cômoda e despenteio o cabelo longo e escuro. Eu belisco meu rosto para cor e caminho para fora do quarto em busca de Shadow. Ele está sentado no sofá com as pernas apoiadas na mesa de café. Sinto o cheiro de comida e noto um balde de frango no balcão. Eu pego um prato e finjo derrubar acidentalmente, o prato fazendo barulho no chão e pegando a sua atenção. Eu me posiciono

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para onde minha bunda está enfrentando Shadow e lentamente abaixo para pegar, a minha camisola de seda subindo no processo, deixando minha bunda nua por baixo. Ouço Shadow levantar sofá e antes de eu estar em linha reta, suas mãos apertam meus quadris duramente. Ele puxa a minha bunda com força contra sua virilha e move o meu cabelo para o lado do meu pescoço para descansar no meu ombro. — Eu sei o que você está fazendo, — ele rosna no meu ouvido. sua mão desliza lentamente debaixo da minha camisola e derrapa o seu caminho através do meu quadril e para baixo sobre o ápice das minhas coxas, fazendo minha cabeça cair para trás com prazer. — O que você quer dizer? — eu sussurro, minha respiração se tornando irregular. — Você sabe exatamente o que quero dizer. Você esteve me atraindo durante dias, — ele responde, empurrando seu comprimento duro contra o meu traseiro, o sentimento divino. — Eu realmente não sei o que você está falando, — eu digo em um sussurro, esperando que ele mova sua mão um pouco mais para baixo. — Certo, — Shadow diz sarcasticamente, me deixando ir. Nossos olhos se seguram por um momento enquanto ele libera uma respiração estável. — Eu recebi uma ligação para fazer uma corrida esta noite. Eu não sei quando eu estarei de volta. — ele pega uma coxa de frango do balde e dá uma mordida. Então ele me olha para cima e para baixo como se ele estivesse me programando para a memória antes de caminhar até a porta e sair. — Droga, — murmuro.

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Depois de ter que me aliviar a última noite da tortura sexual entre Shadow e eu, eu finalmente caio no sono. Acordo hoje, eu percebo que é o quarto de julho. Estou ansiosa para sair da casa, então eu chamo

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Tom para vir me pegar e me levar para a festa do clube está acontecendo. Pego meu biquíni de couro preto, esperando que ver Shadow. Eu sei que este é o seu biquíni favorito e eu estou esperando que seja a última gota em sua abstinência. Depois de chegar à praia e me trocar, eu saio para a areia quente e detecto imediatamente o meu pai. Sua presença não é tão cativante, sabendo que ele poderia ter dado ordens violentas para garantir meu silêncio para o clube. O fato de que ele poderia ter enviado Shadow é o pior. — Dani, querida, — chama meu pai, andando em minha direção. Ele joga seu braço corpulento em volta dos meus ombros e me dá um grande abraço, o cheiro de bebida mais forte do que sua loção pósbarba. De repente, ele recua e os olha meu biquíni. — Você não pode usar isso, — declara ele, apontando para mim. — O quê? — eu olho para mim mesma. — Vá trocar, — diz ele sério, apontando para os banheiros em toda a praia. — Oh, deixe a garota em paz, — Babs diz a ele, andando atrás de meu pai. — Você vê a merda que ela está vestindo ou não se importa? — ele aponta, seu tom soando frustrado. — Ela parece bem, Bull. É uma festa na praia, — ela responde, colocando as mãos nos quadris. Meu pai suspira em derrota e vai embora, balançando a cabeça em consternação. — Como vai você, boneca? — diz Babs, mascando seu chiclete. — Eu estou bem, — eu sorrio. — Isso é bom. É melhor você se acostumar com seu pai tentando fazer você usar um saco de papel, — ela ri. — Divirta-se, ouviu? — ela grita por cima do ombro enquanto ela caminha até a mesa cheia de comida.

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Eu lanço minha toalha para baixo e coloco sobre a areia, ouvindo as crianças gritar e brincar na água e as old ladies rindo umas com as outras no fundo. — Ei. — meu pai se senta ao meu lado. — Ei, pai, — eu digo, me sentando. — Eu não tive a chance de chegar até o apartamento e te ver. Tem sido uma loucura no clube, — ele pede desculpas, tomando um gole de uma lata de cerveja. — Eu entendo, — eu sorrio. — Estou orgulhoso de você, no entanto. — ele sorri para mim. — Saia e arrume um trabalho que você goste, fazendo algo de si mesmo. — ele levanta a lata, derramando a última gota da cerveja na sua boca. — Eu sinto muito, Dani, — ele diz com tristeza. Eu olho sob meus cílios para ele, observando seu rosto com pesar e tristeza. — Sinto muito sobre a forma como as coisas foram tratadas quando você voltou. Eu tinha minhas dúvidas sobre isso, mas porque eu sou o presidente, eu tenho que dar o exemplo. Eu olho para o sol poente, a pergunta que eu quero perguntar tocando na minha cabeça. — E se eu tivesse sido culpada de conspirar com a minha mãe ou se você não pudesse provar que eu não era? Você ia me matar? — Eu questiono, estreitando meus olhos. Ele suspira profundamente, olhando de voltar antes de se inclinar em mim. — Eu sabia que você não era uma ameaça quando você voltou, independentemente se você estivesse dentro disso com sua mãe ou não, — responde ele, beijando minha cabeça. — Mas o clube tem regras, e eu tenho que ir em frente com as regras. Eu sabia que sua inocência subiria em breve; eu só precisava de você fora do clube até que acontecesse, para sua proteção, — continua ele, levantando o meu queixo para olhar para ele. — Sua inocência mostra que você tem esse clube de volta e este clube estará para sempre em dívida com você, Dani. — ele olha para mim com os olhos brilhantes e sorri. Eu penso sobre isso por um segundo, sabendo que o mundo em que eu costumava viver na era duro e vil. Não importava quantas vezes eu me impus a ele; era implacável, sempre voltando para te morder na

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bunda. Sabendo que eu me provei aos Devil’s Dust e, ouvir que eles sempre estarão a minha volta é um alívio. — E de jeito nenhum eu teria deixado alguém te machucar, — diz ele em voz baixa. Meus olhos se arregalam, não esperava ouvir isso. — Se chegasse a hora, eu teria enchido seus bolsos com dinheiro e te mandado correr. O clube deve vir em primeiro lugar, eu sei, mas a última vez que eu coloquei o clube antes da minha família, eu perdi a sua mãe. Algo que eu nunca vou voltar a fazer. — ele amassa a lata de cerveja vazia na mão. — Não me interprete mal: eu vou morrer por este clube, e essa fraternidade é tudo o que tenho. — ele enrola sua grande mão no meu cabelo, olhando para mim com um olhar sincero. — Mas não de jeito nenhum eu poderia deixar alguém te machucar, — ele me diz, seu tom de voz grave, as sobrancelhas franzidas com força. — E eu sabia que Shadow não iria te machucar, não fisicamente, de qualquer maneira. Esse menino está caindo em você, — diz ele com uma risada quando ele se levanta, se inclinando para me beijar na minha testa suavemente. — Se divirta, Darlin, — ele termina, caminhando até Babs e o grupo.

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— Você está um pouco queimada. — eu abro meus olhos para ver Tom, só que ele parece diferente agora que ele não está se escondendo sob um capacete e óculos de sol. Eu posso ver seu cabelo, que é castanho e curto, e seus olhos são marrons claros e convidativos. A única coisa que ele está usando é um short azul listrado. Ele tem pele bronzeada e é um pouco fino no tronco, em vez de construído. Me sento e percebo que está escuro. Tenho estado aqui tomando banho de sol e ouvindo a todos por mais tempo do que eu pensava. — Você tem cabelo, — eu comento, despenteando o topo da cabeça de Tom. — Sim, eu tenho, — diz ele, olhando para a minha mão com um sorriso quando ele me dá uma cerveja gelada. — Trouxe uma cerveja. — Obrigada, — eu respondo, pegando a lata fria dele. Eu abro e bebo um pequeno gole.

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Eu olho para fora e vejo que todas as crianças sumiram. Meus olhos caem sobre Shadow de frente à praia, ao redor de uma pequena fogueira. Seu olhar ardente me penetra. — Onde estão todas as crianças? — pergunto. — O sol desaparece, hora da família acaba, — Tom sorri. — Isso é o que me foi dito de qualquer maneira, — diz ele. — Mesmo para o quarto de julho? É quando todas as peças emocionantes acontecem. — eu levanto minha sobrancelha. — Sim, eles vão para casa, — diz ele, bebericando sua cerveja. Eu olho através da fogueira e vejo o meu pai dar um tapinha nas costas de Shadow, rindo como se Shadow tivesse acabado de contar uma piada, me fazendo sorrir. Ele é como o pai que Shadow nunca teve. Me levanto e me dirijo para a fogueira, que parece como se ela tinha acabado de ser iniciada. — Obrigada pela cerveja, — eu digo a Tom, em pé. Eu posso sentir Shadow olhando para mim, os olhos azuis atormentados causando arrepios contra a minha espinha. Eu olho para onde ele estava e vejo Candy em um maiô brilhante-rosa andando na direção dele. Minhas garras se abrem imediatamente, querendo arranhar a cara dessa vadia. — Dani! — Alguém grita, chamando minha atenção. Eu olho e vejo Doc tropeçar seu caminho até mim. Bobby chega por trás dela, envolvendo o braço em volta da cintura dela tentando estabilizá-la. — Sim, Doc bebeu um pouco demais, — explica ele, olhando por cima do meu ombro. Eu olho para ver o que Bobby está olhando e vejo Shadow caminhando em nossa direção. — Quanto você bebeu? — eu pergunto, olhando de volta em Doc. Ela vira seu cabelo longo e louro por cima do ombro e ri como se eu tivesse feito a pergunta mais engraçada. — Parece que Bobby gosta de meninas bêbadas, — Shadow diz friamente atrás de mim. Doc ri e balança a cabeça em concordância.

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— Vamos, — Bobby ordena Doc enquanto seus olhos estreitam com raiva em Shadow. Eu assisto Bobby ajudar uma Doc tropeçando em direção ao estacionamento. Eu simpatizo com ela. Bobby pode ser mais do que animado com suas bebidas alcoólicas; nenhuma menina poderia dizer não a ele. — O que você e Tom tem pra falar? — Shadow pergunta, tomando um gole de sua garrafa de cerveja casualmente. Eu olho para ele. — Por que, com ciúmes? Shadow cerra o maxilar enquanto seu dedo desliza para baixo em minhas costas, seu toque dispara faíscas através de mim. Meu corpo quer ele mais do que eu já quis algo, a privação se tornando insuportável. — Você não tem que me seduzir, Dani, — adverte ele, ignorando a mão para baixo e agarrando minha bunda com firmeza. Eu suspiro do contato; meu corpo quer mais dele, mas Shadow não vai ceder. Ele caminha para longe de mim, e olhando para trás, ele sorri, fazendo meu biquíni derreter. Sentindo a vontade de fazer xixi, eu começo a fazer o meu caminho para o banheiro; no meu caminho, eu ouço um gemido alto e respiração ofegante. Eu olho para a escuridão onde o barulho está vindo, a lua brilhante iluminando a noite para que eu apenas mal possa ver. Eu vejo Locks sentado no chão com as calças puxadas até os tornozelos, Candy moendo em cima dele. Ele traz Candy para mais perto, mordendo em seu ombro quando seu olhar pega o meu. Eu rapidamente desvio os olhos para o chão e continuo. Ver ele traind Babs me deixa enojada. Onde inferno está Babs? Certamente ela ficou? Depois de fazer o meu negócio no banheiro molhado, eu saio e sou arrebatada para o lado do prédio. Minha boca se abre, pronta para gritar, mas é golpeada com uma mão fechada e musculoso. Meus olhos piscam com medo e eu noto Shadow, cujo rosto está cheio de humor rindo de mim. — Idiota! — eu grito, batendo o braço com raiva. Shadow rosna e me puxa para mais perto. — Seu temperamento tem uma maneira de me excitar, — ele sussurra contra minha clavícula.

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Ele corre o nariz pelo meu pescoço, fazendo minha cabeça cair para trás contra a parede de tijolos. Ele desliza as mãos pelo meu corpo até que elas atinjam a minha bunda onde ele cava os dedos em minha carne. A sensação de seu alcance áspero me faz gemer e meu corpo faíscas vivas, querendo mais. — Cara, eu sinto falta disso, — ele geme, apertando seu aperto no meu traseiro com um globo em cada uma das suas grandes mãos. Minha respiração se torna pesada com a luxúria, eu trago a minha boca para Shadow e esmago meus lábios nos dele, exigente. Ele imediatamente belisca meu lábio com os dentes e desliza sua língua em minha boca, devorando meus sentidos. Essa sensação que tenho quando estou com Shadow me bate, a sensação de que nada mais importa. Ele é o ar que enche meus pulmões, e cada vez que ele se afasta, sou privada da respiração refrescante que me mantém viva. Minhas mãos arrastam para baixo em seu peito nu até seus calções vermelhos, sua excitação me pressionando contra o tecido. Um grande estrondo explode no céu, e cores vermelho, azul, branco nos ilumina, nossos corpos emaranhados em uma exibição de quarto de julho ao redor. Shadow trilha seu dedo pelo meu estômago sobre o meu umbigo e brinca com o elástico do meu biquíni. Meu corpo vibra com o desejo, o desejo por ele para ir mais longe. — Você em couro é muito tentador, — sussurra Shadow em minha boca quando ele continua a me beijar. Eu sorrio contra seus lábios; meu plano para trazer Shadow de joelhos com o biquíni de couro está funcionando. Assobios estridentes soam a distância, captando a nossa atenção. Ele rompe com o nosso beijo e olha para os fogos de artifício iluminando o céu noturno antes dele soltar seu aperto em mim e se afastar. Eu suspiro de frustração, chateada dele se abster de fazer qualquer coisa comigo quando ele claramente quer. — Por que vocês está resistindo? — eu pergunto, minha voz pesada com a luxúria. Shadow sorri enquanto ele corre as mãos pelo cabelo preto, ondulado. — Seu corpo pode me querer, mas eu sou ganancioso. Eu preciso de você por inteira, Dani, — responde ele sombriamente. — Incluindo o seu coração.

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Eu engulo o nó se construindo na garganta; eu sempre amei Shadow, mesmo quando ele quebrou meu coração. Se eu odiei alguém, era eu mesma por não ser capaz de odiá-lo. — Eu sempre amei você, Shadow, — eu sussurro candidamente, emoção abafando a minha voz. Shadow anda para perto, agarrando a nuca do meu pescoço e me forçando a olhar para ele. — Como você pode me amar? Como você pode me amar quando eu abandonei você quando você precisou de mim? — pergunta ele, seu tom profundo e com raiva, me dando a impressão de que ele não se sente digno do meu amor. O que eu devo dizer sobre isso? Ele está certo. Eu deveria odiá-lo, devia traçar a minha vingança selvagem que flui como um rio caudaloso, mas eu o amo. Eu estou tão danificada que eu posso olhar o passado, a besta maníaco diante de mim e ver o homem carinhoso que ele quer ser. Acima de tudo, eu posso relacionar a sua escuridão, nosso desespero é tão espesso que vou fazer de tudo para sentir algo além da dor venenosa que consome nossas vidas. — Você ainda me ama? — pergunto. Shadow olha para os fogos de artifício que florescem no céu da noite, seus olhos estreitando enquanto ele está fundo em pensamentos. Ele se vira e olha para mim com uma cara séria, uma ruga aparece entre os olhos. — Eu nunca parei. Meu coração salta uma batida quando suas palavras se definem. — Eu te amo do mesmo jeito que você me ama. Não importa o que fazemos para quebrar um ao outro, somos irreparáveis sem o outro, — eu sussurro. Ele roça um dedo calejado por cima do meu lábio inferior, em seguida, corre ao longo da minha bochecha enquanto sua boca se levanta levemente em um sorriso. — Está tarde. Você quer que eu te leve para casa? — pergunta ele, como se não estivéssemos apenas tendo uma conversa profunda. — Eu posso pedir a Tom para me levar. Você pode ficar e se divertir, — eu respondo, empurrando da parede. Shadow bufa. — Isso não vai acontecer. Eu me viro para discutir, mas sou interrompida. — Vocês viram Babs? — meu pai pergunta. Ele olha para mim e Shadow e aperta os

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olhos com raiva. Shadow e eu escondidos atrás do balneário provavelmente não parece bom. — Não, por quê? — eu pergunto, em causa. — Ela saiu para buscar comida há uma hora e ninguém ouviu falar dela, — ele responde, puxando o seu telefone para fora, claramente tentando ligar para ela. Os cabelos em meu braço sobem com alerta. Algo parece fora e eu sei que não pode ser bom. — Desculpe, meu irmão. Eu não vi, — diz Shadow, agarrando minha mão. — Eu vou levar Dani para casa.

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Capítulo nove SHADOW Depois de um longo banho frio, eu estava deitado na cama pensando sobre Dani nesse biquíni de couro preto de merda. Não me ajudando com esses pensamentos, eu acabo em outro banho de água fria. Eu sabia que o remédio para meu pau estava no outro quarto, e esse pensamento ainda me irrita. Eu saio da cama e vou para o quarto de Bobby. Ao entrar no quarto, eu vejo as luzes apagadas e Dani dormindo na cama. Sua camisa está esfarrapada, grande demais para ela, e está puxada para cima mostrando seu estômago e uma espiada no seu seio direito, o mamilo rosa mal aparecendo. Eu jogo minha cabeça para trás e gemo na dor pulsante no meu pau. Quero Dani, e eu quero ela tanto. Mas não vai ser hoje a noite, não quando ela está meio adormecida: eu quero sua atenção total. Eu quero saber que ela sabe qual é a minha vontade e eu quero saber que ela confia em mim. Eu puxo sua camisa sobre a calcinha-rendada-rosa que não ajuda com as minhas bolas azuis no momento e a levanto da cama. Ela se aconchega contra o meu peito e geme meu nome. Meu nome em seus lábios é bem vindo. Eu a deito na minha cama e a puxo para perto, seu corpo se encaixando no meu como uma luva. Eu acaricio seu cabelo e cheiro seu aroma de pêssegos, perguntando como eu poderia pensar em possivelmente prejudicar ela. Olhando para trás, eu sei que eu não poderia ter puxado o gatilho para Dani. Eu quero acreditar que eu faria isso pelos meus irmãos se tivessem pedido, mas considerando quão confuso sou sobre ela, eu sei que eu nunca poderia machucá-la.

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— Acorde. — eu sussurro, puxando os lençóis de Dani. Ela se estende e geme, sua camisa caindo do seu peito novamente, me lembrando do que eu quero e não posso ter. — Espere. Como eu cheguei aqui? — pergunta ela, puxando o lençol para se cobrir. Eu sorrio com a reação dela. Eu podia foder com a sua cabeça, mas eu não vou. — Não se preocupe, você saberia se nós transamos. — eu digo piscando, ganhando um revirar de olhos dela. — Vista-se. — eu exijo. — Por quê? — pergunta ela, olhando para o relógio. — Porque eu estou ensinando como atirar com uma arma corretamente hoje. — ela olha para mim pasma, me fazendo pressionar os meus lábios para não rir.

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Dani não poderia fazer isso mais difícil para um homem. Ela sai do quarto com os cabelos em tranças, vestindo uma blusa apertada preta com shorts rasgados. A viagem para o clube de arma era mais do que desconfortável com meu pau tão duro que eu pensei que iria furar o tanque de gasolina. — Não preciso de tampões de ouvido ou algo assim? — pergunta ela, olhando para os alvos. — Você vai para puxar os seus tampões e colocá-los antes de atirar no seu atacante? — eu me oponho, carregando a arma. — Não. — responde ela, revirando os olhos. Eu estendo a mão e bato na bunda dela, recebendo seu grito no contato. — Ái! — ela grita, esfregando a bochecha da bunda. — Role seus olhos outra vez. — eu ameaço. — Eu não acho que eu quero. — diz ela, sorrindo. — Ok, me mostre como segurar uma arma. — eu ordeno, lhe entregando a arma.

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Ela pega a arma e aponta para o alvo, bloqueando os dois braços em linha reta na altura do cotovelo, as pernas tão largas que eu poderia rastejar entre elas. — Errado! — Bem, nós estabelecemos que eu não sei o que diabos eu estou fazendo. — ela fala, abaixando a arma e franzindo aqueles lindos lábios para mim. Eu mordo meu lábio para não sorrir com sua atitude atrevida. — Suas pernas precisa estar na largura dos ombros. — eu explico, chutando seus pés. Eu caminho logo atrás dela e destravo seu braço direito levemente. Então eu dobro o cotovelo esquerdo e ajusto a sua mão direita para segurar a arma. Sua mão esquerda apoia na aderência, e seu dedo indicador da mão direita fica ao lado do gatilho. — Puxe o gatilho com o dedo direito quandoUm estrondo ecoa através da área, me interrompendo. — Merda! — Você disse para puxar o gatilho. — ela sorri, levantando a sobrancelha de forma maliciosa. — Eu ia dizer puxe o gatilho quando estivesse pronta. Você nem sequer apontou. — eu digo, apontando em direção ao alvo. Ela revira os olhos para mim e se vira para o alvo. Rangendo os dentes, eu bato na sua bunda mais forte que antes. — Ái! — ela grita, se virando para mim. — Com arma ou sem arma, você não revira os olhos para mim. — eu respondo. Me coloco atrás dela e ajudo ela a segurar a arma novamente. — Firme sua respiração, e quando você estiver pronta, puxe o gatilho em uma expiração — eu sussurro em seu ouvido. Eu sinto seu corpo inalar enquanto estuda o alvo, e com um grande estrondo, ela libera o fôlego. — Eu acertei? — ela pergunta. Eu estreito meus olhos e olhamos para o alvo. — Eu não posso dizer. Atire mais algumas vezes e vamos olhar. — eu lhe digo.

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Ela coloca seus pés, como eu disse a ela, agarra a arma como uma profissional, aperta os olhos e começa a atirar. — Puta merda. — eu digo para mim mesmo. — O quê? — pergunta ela, sem tirar os olhos do alvo para olhar para mim. — A visão diante de mim faria uma freira chorar. — eu respondo com sinceridade. Sua boca se transforma em um sorriso enquanto ela atira. Como se ela tivesse feito isso toda a sua vida, ela atira até o pente estar vazio. Meu ouvido vibra a partir dos estrondos altos, mas não há nada que eu queria mais do que recarregar o pente em um piscar de olhos para vê-la atirar novamente. Ela se vira para mim e sorri, me tirando dos meus pensamentos. — Vamos ver como você fez. — eu digo, caminhando para o campo. — Uau. — eu sussurro, olhando para o alvo. Ela só perdeu o centro do alvo uma vez. Eu nunca vi uma mulher atirar tão bem. — Deus, você é fodidamente incrível. — eu sussurro, espantado com a mulher atrás de mim. Não sendo capaz de reter meus impulsos mais, eu pego a arma dela e a atiro no chão ao nosso lado, vendo como seu corpo incha com o reconhecimento do meu desejo por ela. Eu a agarro pela cintura e nos empurro para o chão. Ela empurra as mãos no meu cabelo e os puxa firmemente. Cara, eu perdi as mãos no meu cabelo; eu sentia falta dela, tanto. Meus lábios beijam seu pescoço, mordendo, beliscando e sugando; o gosto dela é uma droga, uma maldição, a minha fraqueza. Suas unhas cavam em minhas costas enquanto ela balança os quadris em mim. Eu puxo os laços de seu cabelo, liberando suas tranças; eu quero sentir seu cabelo sedoso em minhas mãos. Ela geme enquanto nossos lábios se acariciam um ao outro, nossas línguas reivindicando o que era deles antes. — Me tome, Shadow. — ela ordena. — Você confia em mim, Dani? — eu sussurro contra seus lábios. Eu preciso saber que ela confia que vou protegê-la a todo o custo, não vou cometer o mesmo erro novamente. Ela se afasta e olha para mim, seus olhos verdes me atormentando com sua hesitação.

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— Eu confio. — ela responde baixinho, os olhos verdes pesados com o desejo. Eu a agarro pelos quadris e desabotoo seus shorts, empurrando eles e sua calcinha até os tornozelos, nossas ações apressadas com a antecipação. Eu queria ir mais devagar e tomar meu tempo quando eu tivesse Dani, mas ao tê-la debaixo de mim e eu não posso evitar a vontade de estar dentro dela. Ela empurra o meu jeans e cuecas para baixo em uma corrida. Eu chuto as minhas botas e puxo minha calça o resto do caminho livre, meus olhos nunca deixando seu corpo lindo. Ela puxa a calcinha e shorts emaranhados em torno de seus tornozelos, e como um fogo que necessita do calor, seu corpo bate no meu, seus lábios me beijando em todos os lugares a vista. Ela agarra a barra da minha camisa e a puxa para cima e eu levanto os braços, a ajudando a tirá-la. Eu agarro sua camisa rudemente e a retiro dela não tão gentilmente, não sendo capaz de esperar mais. Eu coloco a mão em suas costas e gentilmente a deito de costas na grama enquanto ela abre as pernas, me convidando. Sem pensar duas vezes, eu mergulho meu pau mais-que-pronto profundamente dentro dela. Ela arqueia as costas e geme alto com prazer, os nossos corpos finalmente ligados, nos dando uma alta dose do que tanto ansiávamos. Minha cabeça cai para trás com o calor úmido que envolve minha dureza. Eu tenho saudades dela. Eu senti falta disso. Nenhuma mulher jamais poderia se comparar com Dani; ela é para mim. Eu começo a me empurrar nela devagar, querendo saborear tudo o que ela tem a oferecer. Me sento e coloco minhas mãos sobre os joelhos, olhando para a menina que me tem mudado de maneiras que eu não entendo. Eu nunca entendi o perdão, nunca me importei se alguém confiava em mim, nunca precisei, até ela. Seus olhos verdes abertos com a luxúria e eles são cativantes, me lembrando por que eu me apaixonei por ela, primeiro. Eu me abaixo para o chão, coloco meus braços ao lado da sua cabeça, e começo a beijá-la. Ela arrasta as unhas em minhas costas enquanto ela aprofunda o beijo, sua língua deslizando contra a minha. — Eu senti sua falta, Shadow. — ela sussurra em minha boca. Sentindo minhas bolas apertar pelo prazer, eu acelero o ritmo, descendo a minha mão e agarrando a parte de trás da sua coxa, a puxando mais para mim. Eu vou de lento para urgente, batendo nela, os seios empinados saltando para fora de seu sutiã preto a partir dos impulsos urgentes. Ela arqueia as costas e começa a gemer, as paredes

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de sua vagina apertando meu pau. Sua boca se abre e se fecha como se ela engasgasse para respirar quando o pico de seu orgasmo começa a vir à tona. Sem querer, eu puxo para fora, a privando do que ela precisava para cair sobre a borda. Eu não estou plenamente convencido de que ela sabe que é minha e eu não vou continuar até que eu esteja convencido. Ela coloca a cabeça ereta, puta, ela se puxa sobre os cotovelos e fecha a cara para mim. —Que diabos? — ela rosna, irritada e sem fôlego. —A quem você pertence, Dani? — eu a agarro pelo cabelo grosseiramente e puxo seu rosto perto do meu. Ela olha para mim chocada, com os olhos arregalados e boca aberta. — A quem você pertence? — repito, apertando a minha mão em seu cabelo com mais força. — A você. — ela choraminga. — Isto. — eu pego sua umidade com a minha mão e deslizo dois dedos, a fazendo gemer. — A quem isso pertence? — eu pergunto, deslizando os dedos dentro e fora. — Oh, Deus. — ela sussurra alto, jogando a cabeça para trás em êxtase. Eu paro e espero por sua resposta. — A você, — diz ela, tentando montar minha mão. — É isso mesmo. — eu concordo, puxando meu dedo dela e batendo meu pau de volta em seu lugar, o contato a faz gemer, é o som mais sexy que eu já ouvi. Ela envolve as pernas ao redor dos meus quadris e atende minhas estocadas com as dela própria, o aperto em minhas bolas retornam enquanto eu continuo a deslizar para dentro e para fora dela. — Eu sempre amei você. — ela geme, sua voz suave com prazer. Eu sinto seus muros apertando meu pau como um vício enquanto seu gemido aumenta a solta um grunhido animalesco. Com isso, os meus joelhos começam a tremer quando minhas bolas puxam e eu gozo. Gozo tão duro. Eu sinto como se meu pau pudesse explodir. Eu rosno para o sentimento de realização da liberação e colapso em seu peito, nossos corpos arfando pelo esforço e da montanha-russa emocional que colocamos na frente do outro.

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— Eu me levanto do seu corpo e rolo sobre a grama morta. Estamos ali fora ao ar livre, olhando para o céu azul e as nuvens que passam, quando meu telefone toca. — Merda. — eu solto para cima, procurando por meus jeans. Os acho ao avesso, enfio a mão no bolso para tirar o meu telefone. — O que está acontecendo? — eu questiono, tentando firmar minha respiração. — É Babs. — diz Bull. — O que tem ela? — pergunto um pouco irritado em sua imprecisão. — Ela está no hospital. — eu olho para Dani que sente que algo está errado pelo olhar em seu rosto. — O que aconteceu? — eu questiono, ainda olhando para Dani. — Atropelamento e fuga. Traga seu rabo no clube, agora. — ele comanda antes de desligar.

DANI A viagem para o clube é rápida e apressada. Eu posso sentir o aumento da tensão nos braços de Shadow quanto mais nos aproximamos. Aparentemente, Babs está no hospital por conta de um atropelamento. Eu não posso acreditar nisso; este mundo está virando uma porcaria. Shadow chega na parte de trás e coloca a mão na minha perna, me afirmando como a sua. Eu não posso ajudar o sorriso que corre no meu rosto. Sentindo esta conexão mais uma vez com Shadow é a melhor que o céu e o Inferno têm para oferecer. Nós paramos no clube e descemos da moto. Olhando em volta, vejo um monte de motos e carros estacionados, todos aleatoriamente em todo o lugar. — Vamos lá. — diz Shadow, me empurrando pelas minhas costas. Andando através das portas do clube, vejo as meninas pelo bar. Eu noto Cherry chorando e fungando em um banquinho do bar ~ 132 ~

enquanto Vera senta do outro lado, fumando um cigarro. Vera não está chorando, mas você pode sentir sua inquietação pelo olhar em seu rosto. Ela tem essa carranca que estreita todo o seu rosto para baixo. — Vou sair daqui a pouco. — Shadow diz, dando a minha bunda um tapa enquanto ele me beija apaixonadamente, não se importando se o seu clube vê sua demonstração de afeto. Eu odeio como eu me sinto nas nuvens enquanto uma situação terrível está se desdobrando à nossa frente. — Parece que você e o conquistador estão de volta às boas graças. — Vera diz enquanto ela sopra fumaça de cigarro no ar. Acabei de lhe dar um sorriso amável e me sento ao lado de Cherry. Ela está pendendo para frente com as mãos em seu cabelo cor de morango, que está atuando como uma cortina, protegendo o rosto de todos. — É tão horrível. — lamenta Cherry, se virando para mim. Seus olhos estão vermelhos e inchados enquanto rímel está manchando pelo seu rosto. Eu esfrego as suas costas e dou um meio sorriso. — Ela vai ficar bem, — eu a tranquilizo. — Ela está em um fodido coma. Como é que ela vai ficar bem? — Vera cospe. — Ela está em coma? — pergunto chocada, ao saber a informação. — Eles a encontraram na rua com sacos de batatas fritas em todos os lugares em uma confusão mutilada. Ela tem um batimento cardíaco, mas está em coma. — explica Vera, acendendo um cigarro com um cigarro. — Merda. — eu digo, pensando na pobre Babs. — Você sabe quem fez isso. — Cherry declara, olhando para Vera. — Cale a boca, Cherry. Você não sabe de nada. — Vera exige, batendo um dos cigarros em um cinzeiro. Cherry despenca para frente novamente e começa a soluçar. Eu dou a Vera um olhar confuso quanto ela olha para mim irritada. — Quem? — eu pergunto, quem Cherry acha que fez isso com Babs. — Ninguém. — Vera responde. ~ 133 ~

SHADOW — Então, a gente não sabe quem bateu nela? — pergunto a Locks do outro lado da mesa e todo mundo olha para ele, esperando por sua resposta. Ele olha para o chão. — Eu não sei, provavelmente apenas algum bêbado sem prestar atenção. — ele responde casualmente. Eu não posso evitar o olhar de incerteza no meu rosto. Por que ele não está pirando, gritando por causa do sangue da pessoa que fez isso com sua old lady? — O que a polícia disse? — Bull pergunta, batendo os dedos na mesa. — Oh, você sabe, a mesma besteira que eles dizem a todos. — responde Locks, esfregando a barba. — Que é? — eu empurro, irritado. Locks olha para mim, contraindo seu bigode loiro salpicado de branco com irritação. — Que eles farão o seu melhor. — Quem a encontrou? — Bobby pergunta. — Alguns passantes, — Bull responde. — Qualquer câmera de segurança ao redor da área? — Old Guy pergunta. — Sim. Mas ele só mostra um carro branco com excesso de velocidade como um morcego saindo do inferno. Não pode ver nada além de um borrão branco. — Locks anda, sua voz vacilante. Bobby olha para mim do outro lado da mesa, sua sobrancelha levantada. — Certo. Bem, eu vou lá ver ela. — Bull diz, batendo em Locks no ombro. — Nós vamos chegar ao fundo da questão, Locks. — talvez eu esteja sendo irracional, mas eu sinto que há algo que Locks não está nos dizendo. ~ 134 ~

DANI A porta bate aberta e botas masculinas saem para fora. — Vamos. — Shadow chama, dando aos meus ombros um leve aperto. Eu esfrego suavemente as costas de Cherry antes de escorregar do meu banquinho. Shadow pega a minha mão e me puxa para baixo no corredor até seu quarto, longe da multidão. Ele fecha a porta atrás de nós e passa as mãos sobre o rosto com irritação. Eu cruzo meus braços sobre meu corpo enquanto eu olho para o banheiro; a última vez que estive aqui, uma puta estava lá dentro. Eu fecho meus olhos, sentindo a tensão da dor, que residia na minha cavidade torácica tentando ressurgir. — O que há de errado? — Shadow pergunta. — Eu não sei se eu posso estar aqui. — eu respondo sinceramente, olhando de volta para o banheiro. Shadow zomba. — Por que, porque eu tinha uma menina aqui? — ele exige arrogantemente. — Sim, é exatamente por isso. — eu respondo, descruzando os braços e me sentindo defensiva. Ele cai de costas. — Inacreditável. — ele sussurra. Ele se senta nos cotovelos e fecha a cara para mim. — Você está chateada porque eu te trouxe aqui, porque eu posso ou não ter fodido outra mulher aqui? — Sim, eu não preciso de você esfregando isso na minha cara, acredite em mim. Eu levanto as sobrancelhas; agora eu estou chateada. Ele rosna em frustração e dá um tapinha na cama ao lado dele para eu sentar. Eu vou hesitante, e ele me agarra pela cintura e me puxa para cima dele. Montada nele, eu coloco minhas mãos no peito dele para me manter.

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— Vamos deixar o passado no passado. Olhar para trás não faz nada para o futuro. Especialmente para nós. — diz ele, arrastando os dedos para cima e para baixo no meu braço. Seu toque levanta pequenos arrepios na minha pele morena, e eu saboreio a sensação do seu toque. — Com quantas mulheres você dormiu? — pergunto. Eu não posso deixar isso no passado, até que eu saiba o que estou deixando para trás. — Nenhuma. — diz ele, sem rodeios. Meus olhos quase travam em choque. Eu certamente pensei que ele tinha voltado aos seus antigos caminhos, dormindo com inúmeras mulheres. — Nenhuma? — eu repito, perguntando. — O que, chocada? — ele zomba, sentando sobre os cotovelos e olhando para mim. — eu não poderia tirar sua inocência, seu rosto, ou esses malditos olhos da minha cabeça. — ele balança a cabeça como se ouvir isso em voz alta parecesse uma loucura. — Ninguém pode se comparar a você. — explica ele me puxando para me colocar em cima dele. Deito em seu peito, ouvindo seu batimento cardíaco embaixo de mim. Por que ele sente que eu sou tão inocente, tão angelical, digna de nunca fazer nada de errado? Vivendo em um pedaço do estilo de vida do Devil’s Dust me ensinou uma coisa: eu não sou nenhum anjo. Longe disso até. Eu quebrei a lei do clube, indo naquela festa, usei drogas, tentei matar a minha mãe, e eu praticamente bati em um cara até a morte. — Shadow? — pergunto, para sua atenção. — Sim? — ele questiona, sua voz retumbante dentro de seu peito contra o lado do meu rosto. — Eu não sou tão inocente como você pensa. — eu afirmo, olhando para a parede. Shadow ri. — Eu sei. É por isso que a nossa relação é ideal. — Eu não posso acreditar no que aconteceu com Babs. E Locks. — eu sussurro. — O que tem ele? — Shadow pergunta. Eu olho para cima, surpresa que ele me ouviu.

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— Nada. — eu digo, me sentando. Shadow me pega pela nuca, me forçando a olhar para seus olhos azuis de raiva. — Não mantenha porra segredos de mim, Dani. — sua voz é fria e com raiva, não me fazendo sentir melhor sobre qualquer um dos segredos que eu tenho. Mas o que é o pior que poderia acontecer? Além disso, trair old ladies é normal por aqui. — Não é nada que já não aconteceu por aqui, mas quando todo mundo estava preocupado sobre onde Babs estava, Locks estava ocupado brincando com Candy. — Tem certeza? — pergunta ele, se sentando nos cotovelos. — Sim. — eu lembro de ter visto meus olhos capturando os de Locks; eles eram estranhos e hostis. Shadow balança a cabeça em compreensão. — Eu entendo porque você está chateada, mas você precisa se manter fora disso. — ele ordena com tanta sinceridade que ele pode, mas ainda atinge um nervo. — Filha ou não do presidente, você não pode sair por aí mexendo com coisas como essa. Eu vou lidar com isso. — ele termina, passando as mãos pelo meu cabelo.

SHADOW — Eu vou entrar e vê-la. — diz Dani, beijando minha bochecha. — Sim, vá em frente. — eu incentivo, ficando para trás esperando no corredor. Hospitais me deixam inquieto. Eu olho para cima e vejo Locks digitando em seu telefone com um sorriso no rosto. Ele está me irritando. — O que diabos você está rindo? — pergunto, levantando da parede. Ele olha para mim por um segundo antes de guardar o seu telefone no bolso. — Qual é a porra do seu problema? — Locks pergunta.

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— Você é minha merda de problema. — eu cuspo, meu tom irritado e grampeado. Eu caminho para frente do seu rosto, o meu sangue pulsando através do meu corpo com tanta força que pulsa em minhas têmporas. — E por que isso? — ele responde, colocando seu peito para fora. — Que porra é essa que você está fazendo quando Babs desapareceu? — Eu estava— Me diga, por que estamos todos preocupados com ela, enquanto você está aqui sorrindo em seu telefone em vez de estar lá com ela? — eu questiono, ganhando a atenção do posto de enfermagem. — Com quem você estava quando sua esposa quase morreu? — eu rujo. Estou com tanta raiva. Eu posso sentir as veias do meu pescoço aparecer. Babs tem sido como uma mãe para mim desde que entrei neste clube, e é hora dela receber o respeito que merece deste imbecil. — O que diabos está acontecendo aqui? — Bull pergunta, deixando o quarto do hospital com Dani o seguindo. — Seja o que for que a sua namoradinha de merda disse, é uma mentira de merda! — grita Locks. — Ou você esqueceu que ela é o inimigo quando você estava transando com ela? — continua ele, seu tom paternalista. Sem pensar duas vezes, eu golpeio meu punho em seu rosto. Com quem diabos ele pensa que está falando? Bobby chega e me agarra por trás quanto Bull pega Locks. — Você tem a porra das prioridades desarrumadas, irmão. Isto é o que essa cadela está tentando fazer, acabar com o clube! — Locks grita enquanto ele limpa o sangue de seu lábio cortado. — Deixa para lá, irmão. — Bobby sussurra em meu ouvido. Ele me empurra para fora das portas do hospital antes que eu possa virar e colocar Locks na porra do chão. — Temos certeza que sabe como fazer uma impressão, não é? — Bobby ri, mas eu não estou rindo. — O que diabos foi isso? — Bobby pergunta. — Ele está escondendo alguma coisa. — eu anuncio, flexionando os dedos por causa da dor subindo em meus dedos. A contusão já está se formando por bater em Locks.

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— Ya, eu peguei isso. — afirma Bobby. — Você acha que Bull notou? — pergunto. — Sim. — Bull responde, saindo do hospital. Bobby e eu olhamos em sua direção. — Até eu descobrir isso, você precisa manter a calma. — comanda Bull, apontando para mim. Eu zombo dele. — Onde está Dani? — eu não posso levar a raiva que senti quando Locks a amaldiçoou para fora da minha mente. — Ela está no banheiro. — diz Bull. — Algo não está certo com Babs sendo atropelada. Um pedaço do quebra-cabeça está faltando. — murmura — Idiota. — Dani diz baixinho, xingando Locks quanto ela sai do hospital. Sua atitude de cabeça quente traz um sorriso ao meu rosto. — Por que você não fica no clube, apenas por alguns dias? — Bull pergunta a ela. — Sim, claro. — ela concorda, olhando com os olhos contra o sol.

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Capítulo dez DANI Depois de parar no apartamento para pegar algumas das minhas roupas, chegamos na sede do clube, mas é praticamente uma cidade fantasma. Com o acidente de Babs, ninguém está no clima para companhia. Isso mostra que Babs é verdadeiramente a cola desta família. — Eu tenho que ir ver alguma merda. Eu vou estar de volta. — Shadow diz, deixando cair a minha mala em cima da cama. Eu sei que é melhor não perguntar, então eu apenas assinto. — Não deixe o clube. — ele ordena, dando a minha cabeça um leve beijo antes de sair. Tudo isso parece tão surreal; eu nunca pensei nem por um segundo que Shadow e eu acabaríamos voltando pra cá. Guardo minhas coisas e me limpo no banheiro. Ainda à espera de Shadow voltar, eu vou para a cozinha para comer alguma coisa. O lugar está estranhamente silencioso e me deixa nervosa. Pego algumas massas que Babs deve ter feito recentemente e as jogo no micro-ondas para aquecer antes de voltar para o meu quarto. Eu como minha massa e deito na cama, olhando para o teto lascado, querendo saber se é isso tudo que ele tem visto em anos. Em algum momento, eu devo ter dormido na noite passada, e eu acordo com o sol brilhando, esta manhã. O clube ganhou mais pessoas, mas não muitas. Meu pai pegou uma garrafa de bebida alcoólica e se recolheu no seu quarto na última vez que o vi. Ele parece estar mais afetado pelo acidente de Babs do que todo mundo. Eu noto Old Guy perseguindo uma garota que não é sua old lady pelo corredor em um quarto, e Hawk tem olhado para o mesmo jornal por mais de uma hora. Eu caminho para o meu quarto e deito na cama, esperando o retorno de Shadow. — Vejo que você conseguiu achar o seu caminho de volta. — Candy diz, sua voz irritante. Eu viro e a noto encostada no batente da porta. ~ 140 ~

Me sento na cama devagar e percebo sua roupa habitual de vadia. Seu cabelo loiro está em ondas e ela está usando um vestido rosa que é curto demais e mostrando muita pele. — O que você quer? — pergunto irritada. — Você sabe que a única razão pela qual você está de volta é porque você é pequena princesa do papai? Caso contrário, o homem que você está fodendo teria colocado uma bala em sua cabeça. — ela responde com um sorriso. Meu temperamento subindo, eu pulo para os meus pés. — Você não sabe nada. — eu cuspo. Ela ri, o som dela me deixando mais irritada. Eu vou em sua direção. — Eu sei que você está transando com Locks. — eu digo em defesa. — Sim, e daí? — ela questiona, rindo. Será que ela não tem nenhum remorso por estar com ele na noite do acidente de Babs? Eu sinto meu punho coçando para desmantelar seu rostinho bonito. — Você vai me dedurar para Babs? Ouvi dizer que é o que você faz de melhor: Delatora. Agarro a garganta de Candy, a ação me pega de surpresa, mas eu não retiro minha mão, no entanto. Seus olhos se arregalam quando meus dedos começam a aplicar uma leve pressão. Eu deveria sentir o medo dela e soltar, mas tudo o que eu sinto é a raiva tamborilando pelo meu corpo e a pulsão no pescoço de Candy sob meus dedos. Como um animal que se alimenta do medo nela, eu gosto disso e tenho sede por mais. Minha visão começa a se confundir com a raiva e minha temperatura corporal aumenta rapidamente, fazendo com que as gotas de suor se formem entre os meus seios. Meu top se gruda à minha pele enquanto meu aperto se intensifica. O olhar de medo esculpido no rosto de Candy se torna um olhar de uma alma cuja vida acaba de passar diante de seus olhos. Suas mãos começam a arranhar as minhas, deixando pequenas marcas vermelhas em meus dedos. Seu rosto começa a avermelhar, mas eu não posso deixar ir nem se minha vida dependesse disso. Eu quero, mas meus dedos não vão obedecer. — Dani! Me tirando do meu estado induzido pelo fúria, eu olho e vejo Shadow de pé ao meu lado. A raiva foge do meu sistema e minha visão ~ 141 ~

se torna clara. Eu viro em direção a Candy e noto que ela está uma tonalidade de vermelho e roxo sob o meu aperto de morte. Minha respiração engata com o que eu estou fazendo, mas eu ainda não a solto. Minha mão é arrancada da garganta de Candy, enquanto eu assisto, seu corpo em colapso no chão como um barulho. Ela pega em sua garganta e faz um som ofegante horrível. — Você poderia ter me matado, cadela. —Candy golpeia, com a voz rouca e tensa. Ela está certa. Eu poderia ter matado Candy; minhas ações foram maníacas e imprevisíveis. — Nunca chegue perto de mim de novo. — eu ameaço em voz baixa. Ela olha para mim, seus olhos derramam lágrimas, mas eu não tenho pena dela. Ela tira as mãos de sua garganta e eu instantaneamente vejo hematomas, me fazendo me sentir enjoada que eu seja capaz de uma coisa dessas. — Dê o fora daqui, Candy. — Shadow fala, apontando para longe. Candy rasteja aos pés dela e foge, soluçando. — O que diabos foi isso? — Shadow rosna. Eu balanço a cabeça, sem saber. Eu estive no clube a um mês e eu já quase matei três pessoas. Se Shadow não tivesse aparecido, eu sei que eu a teria matado. — Eu não sei o que me tornei. — eu sussurro, chocada com o meu comportamento. Eu olho para baixo e percebo minhas mãos trêmulas com o choque. As imagens de manchas de sangue do cara que eu bati aparecem através das minhas mãos e eu fecho meus olhos, tentando lavar as imagens para longe. Por que eu não posso deixar pra lá? Shadow me leva para o quarto. — Você é Devil's Dust. — eu olho para ele, sem saber o que isso significa. — Você tem a fúria do inferno dentro de você; que possui você e consome seus pensamentos. Não há como escapar disso. A raiva e a escuridão que se abriga dentro de você irá te surpreender, marcando a sua presença quando considerar apropriado. — Shadow explica. — Fora da Devil's Dust, onde a civilização molda pessoas como nós, porque eles não nos entendem – essa é a prisão deles. Aqui com a gente, este é o lugar onde você é livre; esta é a sua família, onde nós somos iguais e temos um ao outro. — Shadow coloca as mãos do lado do meu rosto e traz sua testa para a minha.

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— Eu me sinto como um monstro, como se eu estivesse fora de controle. — eu sussurro. Eu sinto as lágrimas caírem ao longo da minha bochecha e deslizar em meus lábios. Shadow levanta meu queixo para que eu seja forçada a olhar para ele. — Somos mais parecidos do que você jamais saberá. — ele murmura, olhando nos meus olhos. Eu posso ver, o animal que se alimenta de sangue, o meu outro lado que está dizendo que a criatura escura que reside dentro de mim, que acabou de começar a ressuscitar e Shadow não são tão diferentes um do outro. Meu lábio inferior começa a tremer só de pensar que eu sou capaz de tirar a vida de outra pessoa. — E se eu tivesse a matado? — eu questiono. — Você não é uma assassina. Uma lutadora, sim, mas não é uma assassina. — ele corre as mãos para cima e para baixo nas minhas costas. — Se você não aparecesse, eu poderia ter matado ela, Shadow. — eu insisto, a minha voz severa. — Eu vou te ensinar a controlar. — Shadow responde, mordiscando meu lábio trêmulo. A sua ligação é o meu conforto. Eu chupo em seu lábio inferior e o beijo apaixonadamente. Shadow me agarra pela cintura e apoia minhas costas contra a parede enquanto eu me atrapalho com o botão de sua calça jeans, tão desesperadamente precisando da conexão. Shadow puxa minha camisa e a joga para o lado rapidamente, e então pega meu shorts. O ajudo em um transe apressado, eu os puxo para baixo junto com minha calcinha em um movimento rápido. Eu me estico e pego em suas bochechas enquanto eu bloqueio os meus lábios com os seus fervorosamente. Shadow agarra a bainha de sua camisa e a puxa sobre a sua cabeça, quebrando nosso beijo momentaneamente. Em poucos segundos, ele traz os lábios macios de volta para os meus e me agarra pelos quadris. Eu envolvo minhas pernas em volta da sua cintura enquanto ele nos vira e nos derruba em cima da cama. Eu sinto seu comprimento, a prova da sua excitação deslizando pela minha perna enquanto ele se move sobre mim, deixando um rastro de emoção para trás. Shadow se senta e desliza a cabeça contra a minha abertura, me provocando. Eu fecho os olhos e gemo de frustração.

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— Olhos. — Shadow exige. Eu os abro e vejo seus penetrantes olhos azuis se trancarem com os meus. — Não seja gentil. — eu sussurro. Eu me estico e enfio os dedos em seu cabelo espesso. Eu preciso da dor. Eu preciso saber que estou viva e que não sou um fantasma andando sem alma, incapaz de remorso. — Eu não estava planejando isso. — Shadow afirma ferozmente, batendo em mim tão profundo que ele está enterrado até o punho. Eu arqueio em resposta, e eu suspiro alto com satisfação. Shadow desliza o peito duro sobre o meu e puxa o meu cabelo grosseiramente, movendo a minha cabeça para o lado. Ele mergulha sua boca e morde meu ombro, fazendo meu prazer aumentar a novos níveis. Fazendo as coisas que eu fiz, os desumanos atos selvagens, o que deveria fazer uma pessoa normal sentir dor, quando quase matou alguém, não me afetaram dessa maneira. Não até que o pior já tinha passado, de qualquer maneira. Caso contrário, eu teria soltado Candy e eu não fiz. Eu sei que não teria se Shadow não tivesse aparecido. Eu estendo meus braços, tanto quanto eles vão e agarro suas nádegas firmes, o empurrando ainda mais dentro de mim, querendo que ele bata no fundo da minha buceta. O sentindo de bater até onde ele pode ir me faz gemer de dor. Shadow tenta parar, mas lhe peço para continuar, empurrando sua bunda para frente com as mãos. — Não pare. — eu exijo, minha voz estrangulada com a falta de ar que entra meus pulmões. Shadow chupa meu peito direito duro, enquanto ele enfia em mim implacavelmente. — Porra, sim. — Shadow rosna quando minhas unhas cavam em suas costas. Seus quadris começando a ir mais rápido, e minha respiração se tornando irregular enquanto eu sinto o meu núcleo interno aquecer. Meus dedos dos pés começam a enrolar e meus olhos se apertam fechados quando eu sinto o pico do meu orgasmo chegar a superfície. Um tapa soa através da sala, seguido por uma sensação de queimação poderosa no lado direito da minha coxa. — Mantenha os olhos abertos. — grunhe Shadow, minha dor se tornando prazer quando eu sinto que ele começava a pulsar dentro de mim, a sua velocidade pegando quando eu começo a gemer com cada

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impulso poderoso. Há uma formigamento de calor na minha coxa, antes de um tapa alto ecoar no quarto por Shadow bater na minha coxa, mais uma vez. Sensações da minha libertação começam dos meus pés e se estendem a todas as terminações nervosas do meu corpo quanto um estrondo explode entre minhas pernas. Ao ver minha ruína, ele goza rapidamente, gemendo profundamente na curva do meu pescoço. Ele empurra mais algumas vezes antes de cair ao meu lado. Eu olho e o vejo sorrir para minha energia gasta e incapacidade de me mover. — O sexo ajuda. — eu digo com um sorriso. — Sim, é verdade. — ele concorda com olhos fechados.

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Shadow me leva ao trabalho hoje. Ele parece mais aberto comigo desde que ele descobriu que eu não sou tão diferente dele. Essa última barreira de confiança que eu sinto que não poderia romper, desde que bati contra a minha escuridão. Agora nós temos um ao outro para puxar através das profundezas de violência e talvez juntos vamos descobrir uma maneira para ter misericórdia de quem cruzar a linha de Devil’s Dust. — Ei, na próxima semana há uma festa beneficente. Eu preciso de você para trazer um encontro vestido em algo agradável, — informa Mila, refazendo seu cabelo loiro em um coque apertado. — Uma festa beneficente? — eu questiono, tirando meus chinelos. — Sim. Eu tenho parceria com outro estúdio de balé na cidade, e uma vez por ano temos uma festa assim juntos. O governador estará lá junto com muitos outros perfis de alta, então você tem que estar lá, — ela responde, desligando as luzes para o estúdio. — Sim, eu vou pensar em alguma coisa, — eu digo insegura. Eu termino de arrumar, o tempo todo perguntando como eu vou trazer um encontro pra isso. Shadow não vai querer ir. Eu ando para fora e o vejo limpar as unhas com uma faca. Quando ele olha para cima e me vê andando na direção dele, seu rosto se ilumina. — Alguém está feliz em me ver, — eu repreendo.

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— Você tem um decote agradável, e eu não iria sorrir, — Shadow diz arrogantemente. Eu rio e pego o capacete dele antes de balançar a minha perna sobre sua moto. Na viagem para o apartamento, eu penso em como eu vou pedir um motoqueiro fora da lei para participar de uma festa beneficente de ballet, e se vestir em um smoking para esse assunto. Minha mente está completamente em branco; eu não tenho nenhuma ideia de como isso vai acontecer. Eu vou ter que ir a isso sozinha. Eu saio da moto e entrego a ele o meu capacete. — Onde está sua mente? — pergunta ele, agarrando meu pulso quando eu começo a me afastar. Eu olho para ele, pasma. Como ele faz isso? — Eu tenho que ir a uma festa beneficente na próxima semana, — digo finalmente. — Então? — ele pergunta, calmo. — Eu tenho que trazer um encontro. — Shadow me olha com curiosidade. — E é um evento vestido-para-impressionar, — eu coaxo. — Porra. Isso, — diz Shadow, correndo por mim. — O governador vai estar lá junto com outras pessoas importantes. — Shadow para de repente e olha para mim com aqueles olhos azuis lindos. — Eu entendo se você não quiser ir, mas eu tenho que, — eu dou de ombros. Shadow olha a distância, o vento soprando o cabelo de preto em volta, ele coloca as mãos nos quadris. — O que, e deixar uma daquelas ferramentas ricas tentar te abocanhar de novo? — ele pergunta, olhando para mim com um sorriso fatal. Eu sorrio estupidamente junto com ele. — Então, você vai? Shadow sorri ainda mais. — Sim, eu vou. Não sendo capaz de conter a minha emoção, eu guincho com prazer e salto para ele. Ele me pega com seus braços musculosos e esmaga seus lábios nos meus. — Só você poderia me fazer vestir um fodido smoking, — ele sussurra contra os meus lábios. ~ 146 ~

SHADOW — Acorde, Shadow! — Vá embora, — murmuro no travesseiro debaixo da minha cabeça. A porta está escancarada e bate contra a parede. — Você vai perder a missa de novo, — Bobby lamenta. Eu quase caio da cama tentando encontrar minha roupa, mas em última análise, acho minhas calças e as puxo. Abotoando, Bobby joga uma camisa do chão para mim. Eu pego minhas meias e coloco, juntamente com minhas botas sem amarrá-las. Me inclino e dou um beijo em Dani sobre a cabeça enquanto ela dorme, então eu pego o meu colete e faço o meu caminho para a missa. Me lembro de Bull comer minha bunda por ter faltado ontem, ele não vai ficar feliz se eu fazer isso hoje. Os últimos três dias foram uma bagunça. No outro dia, eu quase perdi uma corrida com os meninos, porque Dani e eu ficamos na praia por muito tempo. Eu faltei a missa ontem, porque Dani e eu ficamos acordado a noite toda jogando strip poker, e ontem à noite fomos até a noite toda fodendo, algo que eu nunca vou cansar Antes de Dani, houve noites que eu não dormi, em vez disso, eu estava fazendo corridas ou festas. Mas ela é, de longe, a minha razão favorita para não dormir. Ela tem o meu foco em outro lugar e é uma grande distração, mas eu não posso dizer que eu odeio. Eu empurro as portas abertas lentamente, esperando que eu possa deslizar despercebido quando eu acabo tropeçando. Merda. Sento na minha cadeira e olho ao redor da mesa, todos os olhos estão em mim. Meus olhos param de digitalizar os irmãos quando me deparo com o rosto de Bobby cheio de humor. Ele aponta para o meu colete como se algo está errado. Eu olho para baixo e noto que eu coloquei ao avesso, então eu retiro e coloco no lado direito. — Como eu estava dizendo, — Bull continua, com os olhos levantados com aborrecimento quando ele olha para mim, — nós não temos nenhuma pista sobre a batida de Babs e aparentemente Locks ~ 147 ~

não dá a mínima. — eu olho para o lugar de Locks na mesa e vejo que ele está faltando. Ele nunca perde uma missa, que inferno? — Eu tenho uma cópia da fita da câmera, Prez, e você não pode ver nada, — Old Guy admite, arranhando seu peito. — Que ótimo, — Bull exala com uma respiração pesada, esfregando as mãos para cima e para baixo em seu rosto. — Bem, nada sugere que este é um ataque contra o clube, mas prestam atenção a suas costas por precaução. — ele bate o martelo para baixo, descartando todos. — Shadow, fique, — ruge Bull. Eu olho para cima e vejo Bobby rindo, claramente divertido que eu estou prestes a ter a minha bunda mastigada. Todo mundo sai e eu espero pelo meu sermão. — Você está desfocado e desleixado, por quê? — Bull pergunta, olhando diretamente para mim com seus olhos verdes. Eles são como os de Dani, mas os dela são mais vibrantes com a juventude. O que posso dizer? Eu estou tão confuso da cabeça com sua filha que eu me tornei descuidado? — É minha filha, não é? — ele contrapõe, esfregando a barba que ele deixou crescer. Eu não respondo. — É por isso que eu não queria você com ela. — ele suspira. — Eu preciso de você focado e no jogo, mas eu quero ver minha filha feliz, também. Me diga, o que eu devo fazer? — Isso não vai acontecer de novo, — eu minto, sabendo muito bem que sim. — Certo, — diz Bull com uma sobrancelha levantada. Ele sabe que eu estou mentindo. — Fique focado, filho, — ele resmunga.

DANI

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O próximo par de dias são preenchidos com muito sexo; é a nossa maneira de compensar o tempo perdido. Nossos corpos anseiam um ao outro, precisando do contato humano para nos lembrar que estamos vivos. Tenho visto Babs algumas vezes, mas ela apenas fica lá. Às vezes, ela geme e eu subo na emoção que ela pode acordar, mas ela nunca acorda. Todo dia eu fui lá ver ela e eu não vi Locks nenhuma vez, mas Babs é uma mulher forte. Ela é a cola para uma família quebrada que precisa de sua força para mantê-los juntos. Eu entro na cozinha e vejo Shadow encostado na pia em nada além de sua cueca. Seus pés estão cruzados nos tornozelos e ele está comendo de um pote de sorvete de chocolate. Eu sorrio quando eu ando até a geladeira e pego um pouco de suco. — Você quer que eu faça alguma coisa? — pergunta ele, colocando o pote de volta para a geladeira. O pensamento de alimentos tem me fazendo mal. — Yuck. Não, eu vou ficar com meu suco, — eu digo, bebendo. — Eu tenho que ir para fora da cidade alguns dias, — diz ele em voz baixa. — Sério? — eu coloco o meu copo na pia. — Sim. Eu estou esperando estar de volta a tempo para o evento, mas eu não posso prometer nada, — ele admite, balançando a cabeça. Eu não posso nem esconder a decepção no meu rosto. Shadow me agarra pela cintura. — Vou tentar como o diabo voltar a tempo, — ele promete, beijando minha testa. Coloco um sorriso falso quando eu ponho minha cabeça no peito dele. — Está tudo bem. Quando você vai? — Agora. Eu fecho meus olhos e respiro pesado. Acho que vou ter que me acostumar a ele saindo a qualquer momento. — Quais são seus planos para o dia? — pergunta ele, enredando os dedos pelo meu cabelo. — Trabalho, talvez ir às compras por um vestido, — eu respondo. Mesmo que ele não pode conseguir ir para o evento, eu ainda tenho que ir. ~ 149 ~

— Eu não quero você fazendo compras sozinha, — ele exige, em tom sério. Eu rolo os olhos para sua superproteção. — Estou falando sério, Dani, — insiste ele, levantando o meu queixo com o polegar e o indicador. — Bem. Vou levar Cherry. — Bom. — ele sorri, batendo meus lábios com os seus. Sua língua tem gosto de chocolate quando ele desliza ao longo da minha com ânsia. Shadow olha para mim enquanto ele caminha até a porta. — Oh, e vista seu colete de propriedade, caramba! — ele rosna antes de fechar a porta.

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Ei, quer ir às compras para um vestido hoje à noite? - Dani Oh sim! - Cherry Eu estou no trabalho agora, mas eu saio em uma hora. - Dani Eu vou te buscar. - Cherry

Depois de uma hora ensaiando as crianças pequenas a dançar balé - o que geralmente acaba por elas girando muito rápido em um círculo - eu sento e espero por Cherry. Eu ouço música em alto volume enquanto seu Bug vermelho vem voando para dentro do estacionamento. — Entra aí, cadela! — ela ri, puxando seus óculos de sol para o nariz. Eu sorrio e pulo no carro enquanto ela diminui a música e me olha. — O quê? — eu pergunto nervosamente. — Eu vejo que você está vestindo seu colete de propriedade, — ela sorri, sua mão apontada para minha jaqueta de couro. ~ 150 ~

Eu olho para fora da janela, e não sabia o que dizer. — Estou feliz por vocês. Eu estava torcendo por vocês dois, — admite ela, observando o tráfego. Eu olho para ver se ela está séria ou sendo sarcástica, mas realmente não posso dizer. — Então, um vestido, hein? — ela pergunta. — Sim. Eu vou a uma festa beneficente para o meu trabalho. — Shadow vai? — ela pergunta. — Ele ia até que ele foi colocado em uma corrida hoje, — eu digo com um suspiro. — Muito ruim. Eu adoraria ver um motoqueiro em um terno, — ela ri. — Cara, eu teria gostado de ter visto isso, — eu concordo, rindo. Cherry puxa estaciona na frente de uma pequena loja na faixa principal. — Eu amo este lugar. — ela sai do carro, olhando para a frente da loja. — Eu acho que as pessoas famosas compram aqui. Eu rapidamente salto para fora e olho para a pequena loja de tijolo elegante. — Vamos, — ela chama, abrindo a porta da frente. Cherry me olha do busto até a cintura e começa a agarrar vestidos das prateleiras à medida que caminhamos através da loja. — E esse aqui? — eu pergunto, apontando para um vestido rosa que flui com flores impressas tudo sobre ele. — Você não vai à igreja. Você tem que se vestir algo um pouco menos... infantil, — ela zomba, olhando para o vestido que eu acabei de apontar com nojo. Depois que seus braços estão completamente cheios de vestidos, nos dirigimos para o vestiário. Eu começo a olhar através dos vestidos que ela escolheu: um muito curto preto, decotado demais. Cherry tem peitos grandes e ficaria de morrer nestes, mas eu não tenho tanta certeza que eu faria.

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— Eu não acho que qualquer um deles ficaria bem em mim, — eu protesto, olhando através da pilha uma última vez. — Aqui, tente este. — ela dá um tapa em um vestido por cima da porta. É de cor champanhe e tem pequenas flores de renda na frente com um laço na lateral. É sem alças e passa um pouco dos meus pés, arrastando atrás dele. — Eu amo este, — exclamo, olhando para o preço. Eu pego um calçado que combina e compro. — Vamos conseguir alguma comida. Estou morrendo de fome, — Cherry diz, correndo em frente a uma lanchonete, indo para o pátio. Eu pego o menu, à procura de algo para pedir, quando é arrancado de minhas mãos. — Você tem que pedir batatas fritas daqui. É delicioso. — ela revira a língua sobre os lábios. — Parece bom, — eu rio. Meu telefone emite um som, pegando a minha atenção. Encontre um vestido sexy? - Shadow Muito sexy. - Dani Não muito sexy, embora. - Shadow De tremer a terra. - Dani Então você não vai - Shadow Eu rio. Boa tentativa. - Dani — Cara, eu sinto falta de Phillip, — Cherry confidencia, mexendo a colher em sua xícara, com o rosto triste me lembrando que Phillip foi para a cadeia e aqui estou eu, sorrindo como uma idiota para o meu telefone, dando claramente a entender que eu estava conversando com Shadow. Enfio meu telefone no meu bolso, me sentindo como uma cadela. — Por que ele foi para a cadeia? — pergunto.

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— Eu não sei totalmente, — admite ela, organizando os pacotes de açúcar. — O clube entrou em alguma merda em uma corrida, ele assumiu a culpa por Bull, é tudo que eu sei. — Uau, isso parece uma merda, — eu respondo. — Phillip fez o que tinha que fazer. Ele protegeu o seu presidente e, para isso, Bull terá sempre a sua volta, — afirma ela, movendo as mãos para o garçom para colocar a nossa comida na mesa. — Esta vida é difícil, mas é um inferno de um passeio, — ela me diz com um sorriso de Cheshire. — Como você e Phillip se conheceram? — eu pergunto, levando uma mordida de minhas batatas fritas. Ela ri ao olhar para a multidão. — Eu costumava ser uma criança selvagem antes de conhecer Phillip. Você e Shadow não são os únicos que cresceram com infâncias difíceis. — ela mexe a sua salada com o garfo enquanto ela fala. — Eu deixei minha casa quando eu tinha quatorze anos. Meu pai era um bêbado abusivo e minha mãe foi embora quando eu era apenas um bebê. — ela olha para as suas batatas fritas enquanto ela continua. — Eu tinha que fornecer meu próprio modo de viver, e vamos apenas dizer, não era honesto. — ela olha para cima e sorri para mim esfaimadamente. — Uma das maneiras que eu conseguia dinheiro era furto; eu usava quase nada e fingia que meu carro quebrou na estrada. Um dia, Phillip apareceu para me ajudar com o meu carro, e eu roubei sua carteira. — ela sorri enquanto ela joga o cabelo por cima do ombro. — Você não estava com medo dele? — eu pergunto, chocada. Não haveria nenhuma maneira no inferno que eu poderia pensar sobre roubar um motoqueiro. — Onde eu cresci, homens como Phillip eram seus vizinhos, — ela responde, seu rosto não revelando nada que ela poderia estar brincando. — De qualquer forma, isso não foi muito longe antes dele perceber que eu surrupiei. Inferno, eu nem tinha puxado para a estrada antes dele voltou pedindo por isso. Eu tentei fingir que eu não fiz nada, mas ele me se inclinou sobre o capô do meu carro e puxou do meu bolso de trás. Antes dele subir na moto e ir embora, ele pediu meu número. — seu rosto se ilumina em um grande sorriso feliz depois que ela termina sua história, me fazendo sorrir para ela. ~ 153 ~

— Não é a melhor história para dizer a seus filhos de como seus pais se conheceram, mas é nossa, — ela termina, levando uma mordida de suas batatas fritas. Ela joga o cabelo sobre o ombro e olha para mim, esperando minha resposta. — Eu amo isso. Não é qualquer besteira fingida que acontece nos filmes ou nos contos de fadas que você lê quando pequena. É real e é crua, exatamente como o amor é suposto ser: Inesperado e impronunciável Ela balança a cabeça. — Exatamente. Nós fomos duas almas danificadas que encontraram um ao outro.

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Capítulo onze DANI O resto da semana passou voando. Shadow manda mensagens quando pode, mas ainda era solitário como o inferno. O que você está vestindo? - Shadow. Uma camiseta rasgada da Budweiser e calcinha branca. Sexy, certo? - Dani Parece quente, me mostre. - Shadow. Eu mordo meu lábio de vergonha enquanto eu ajusto o telefone e tiro uma selfie. Eu vou usar isso mais tarde. - Shadow. O que você está vestindo? - Dani Segundos depois, meu telefone toca. Eu o abro e vejo um Shadow nu contra um fundo branco. Eu vou usar isso mais tarde, também. ;) - Dani É melhor não; você vai esperar por mim. - Shadow Vamos ver. Esta noite é a festa para arrecadar fundos, e não estou com vontade de ir. Eu tomo um banho longo e, finalmente, decido me vestir. Eu pensei que se eu levasse o meu tempo me preparando, talvez Shadow fosse aparecer, mas eu vou me atrasar se esperar por mais tempo. Eu deslizo meu vestido que abraça minhas curvas e enrolo meu cabelo escuro. Eu puxo meus saltos cor de champanhe e saio pela porta. Não tendo certeza de como eu vou chegar ao evento, então eu tiro o meu telefone da minha bolsa para chamar um táxi; eu realmente preciso tirar carteira. Enquanto eu estou procurando o meu telefone, uma longa e elegante limusine preta aparece. O motorista, vestindo um terno, sai e abre a porta dos fundos, as luvas brancas se destacando entre a noite. Eu fico lá olhando estranhamente; não pode ser para mim. ~ 155 ~

— Lexington? — o motorista pergunta com um forte sotaque. Concordo com a cabeça e sigo para a porta que se abriu. Eu deslizo para dentro da limusine e vejo uma rosa negra em cima do banco com uma carta sob ela. “Você disse que apenas as pessoas mais importantes apareceriam. Você, sendo a mais importante, deve chegar com classe.” — Shadow. Eu não posso evitar a risada alta que me escapa, mas ver a rosa e a carta me faz sentir falta de Shadow ainda mais. A limusine é luxuosa, com assentos de couro em toda a volta e luzes douradas ao longo do teto. Tem uma pequena TV, que está desligada perto da frente, e além disso há um pequeno mini-bar. Eu nunca estive em uma limusine, nem mesmo para um baile. Chegamos ao grande evento e estou nervosa. É um enorme edifício com uma cúpula de vidro redonda no centro, e há luzes piscando de câmeras e limusines de um lado para o outro. O motorista se aproxima até o tapete vermelho e alguém abre minha porta. Eu coloco meu pé para fora e imediatamente câmeras começam a piscar para mim. Eu não sei por que eles estão tirando fotos minhas; eu não sou famosa. Eu protejo os olhos com o braço, tentando passar pelo amontoado de pessoas, orando para não tropeçar no meu vestido longo, quando alguém entrelaça o braço com o meu e gentilmente me puxa para frente. — Obrigado. Isso foi uma loucura, — eu ri, endireitando o meu vestido. Eu olho para a pessoa que me resgatou para encontrar um Shadow muito bonito vestindo um smoking. — Você conseguiu, — eu digo com um sorriso. — Sim, — ele responde, sorrindo. — Você parece gostosa nesse vestido. Não é de couro, mas para mim parece tão bom como renda, — ele sussurra em meu ouvido, sua voz ainda conseguindo ser profunda e sexy, fazendo a minha pele aquecer com afeição. Ele parece quente, vestido com um terno preto e branco com um laço vermelho. — Você não parece tão ruim, — eu admito, tentando disfarçar o desejo em meu tom.

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— Eu conheço esse olhar, — diz Shadow com uma sobrancelha levantada. Viro a cabeça para longe, presa em meus planos impertinentes. — Finalmente, — Mila chora, caminhando em nossa direção. — Shadow, você está deslumbrante. — ela o olha, avaliando. Shadow acena com a cabeça com seu jeito masculino. — O governador está prestes a fazer seu discurso, por isso, encontrem a sua mesa, — Mila pleiteia, nos empurrando. Nós andamos até as portas duplas que entram na cúpula, mas um grupo de pessoas que pararam para conversar entre si, bloqueiam a passagem, tornando difícil para qualquer um entrar. Eu olho em todo o caminho e vejo uma mulher de cabelos negros, com o rosto parecendo familiar para mim. Ela está usando um vestido vermelho apertado, que se arrasta atrás de si, e seu cabelo escuro cai sobre os ombros. Ela joga a cabeça para trás numa gargalhada, e quando ela vira a cabeça para a direita, os seus olhos encontram os meus. Ela aperta os olhos e então eles ficam arregalados. Ela me conhece, mas como vou saber quem é ela? Ela sussurra algo para o homem de pé ao lado dela e caminha em direção a Shadow e eu. — Shadow, o que você está fazendo aqui? — pergunta ela, cruzando os braços e olhando em volta como se estivesse desconfortável. — Chelsea? — Shadow pergunta, surpreso. Chelsea, agora me lembro. Ela era a garota na festa de um tempo atrás. Eu fiquei bêbada com Bobby para me impedir de mata-la. Ela estava vestindo roupas de couro e me fez sentir inadequada e como se Shadow estivesse fora do meu alcance. Ela estava toda sobre Shadow naquela noite e eu queria chutar a bunda dela, mas Bobby me disse que se eu fizesse uma cena, ela iria trazer meu segredo e o de Shadow a tona. Ela parece diferente agora: ela tem a maquiagem glamorosa, joias e aplique de cabelo caros, o que deixa o seu cabelo preto abaixo dos ombros. — O que vocês dois estão fazendo aqui? — ela sussurra. — O que diabos você está fazendo aqui? — Shadow pergunta ao mesmo tempo. — Aí está você, Chelsea, minha querida. Quem são seus amigos? — um senhor mais velho empurra o seu caminho através da multidão e desliza o braço em volta da cintura de Chelsea, reivindicando-a. ~ 157 ~

Ele é mais velho, muito mais velho do que ela. Ele é calvo e tem cabelo branco e rugas, e eu acho que ele está em torno de cinquenta anos de idade. Ele está vestindo um terno, também, com um relógio que brilha quando as luzes o tocam. — Estes são alguns convidados Eu estava apenas jogando conversa fora, querido. — ela se vira para ele, com um grande sorriso. — Bem, você não vai me apresentar? — ele insiste com um sorriso. — Estes são Shadow e Dani, — Chelsea diz a ele, apontando para nós. — Dani e Shadow, este é o meu marido, Sir Franklin. — Casados? — questiona Shadow. — Sim, por quatro anos, — diz Sir Franklin, puxando Chelsea para perto e beijando ela na cabeça. — É difícil de acreditar que eu poderia conseguir manter algo tão bonito por tanto tempo. — ela olha para baixo, suas bochechas ruborizadas de vergonha. Um homem magro em um terno vem se apressando em direção a Sir Franklin e sussurra em seu ouvido. Quando ele balança a cabeça, o homem magro se retira. — Prazer em conhecê-los, mas com sua licença, eu tenho que ver o meu irmão dar um discurso agora, — diz ele, puxando o braço de Chelsea. — Você tem que estar brincando comigo, — murmura Shadow sob sua respiração. Quem imaginaria que Chelsea sairia com bandidos, vivendo uma vida dupla, traindo o marido nos finais de semana, sendo uma glamourosa caçadora de ouro nos dias de semana? Eu agarro a mão de Shadow e procuro por nossa mesa. A sala está cheia de pequenas mesas de um lado ao outro, todas cobertas com toalhas brancas elegantes. Há pequenas luzes amarradas ao longo da parede e candelabros nas mesas. Eu encontro nossos nomes escritos em letra cursiva em pequenos cartões em uma mesa e sento. Eu não posso evitar de olhar para Shadow; ver ele em um terno é a coisa mais erótica que eu já vi. As mangas são apertadas onde eu sei que embaixo está o seu tonificado bíceps, e minhas mãos se contorcem para puxar o laço em torno do seu pescoço.

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— Obrigado, Senhoras e Senhores Deputados, — o governador diz, interrompendo meus pensamentos sinistros. — É uma honra estar aqui esta noite, para ajudar a fazer... Eu perco o foco sobre o que o governador está dizendo quando eu sinto a mão Shadow escorregar até minha coxa, meu vestido longo não o impede quando ele começa a esfregar entre as minhas coxas. Eu deslizo minha mão debaixo da mesa e alcanço a perna da sua calça em troca. Quando a minha mão alcança sua virilha, eu encontro com uma protuberância dura. Meus olhos deslizam do governador para Shadow que arrogantemente sorri. Ele agarra minha mão com força, me puxa da minha cadeira, e se dirige para as portas. — Para onde estamos indo? — pergunto, meus saltos clicando contra o chão de azulejos. — Estamos indo para o banheiro. O governador está me chateando, — Shadow me informa, me puxando mais rápido. Ele me puxa para o banheiro das mulheres e fecha a porta. — Você não vai trancar? — pergunto. — Onde está a diversão nisso? — Shadow sorri. Ele pega a barra do meu vestido e começa a puxá-lo em torno de meus quadris enquanto ele me ergue para cima do frio balcão de granito. Ele procura por minha roupa de baixo para descobrir que não estou usando. — Sem lingerie? — Shadow pergunta, chocado. Ele aperta os olhos e sorri. — Que menina má. — ele desliza o dedo em minha buceta já molhada, fazendo minhas pernas vibrarem de prazer construindo entre elas. Eu o agarro por sua gravata e puxo sua boca para a minha, então mordo o lábio inferior e sussurro contra seus lábios macios. — Eu não sei se você notou, mas eu não sou muito boa menina. Eu coloco meus pés na beira do balcão, enquanto Shadow puxa o seu comprimento duro de dentro do zíper de suas calças. Ele me agarra pela cintura e puxa minha bunda até a borda antes de se empurrar profundamente dentro de mim. Eu lanço minha cabeça para trás, a sensação dele dentro de mim e o pensamento de que poderíamos ser pegos é tudo muito erótico.

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Ele se inclina para baixo e empurra o nariz na curva do meu pescoço antes de morder forte. Eu gemo pela dor penetrante consumindo a área enquanto ele continua a empurrar seus quadris para frente. — Sim, — eu gemo alto. Shadow aperta sua mão sobre a minha boca com um sorriso. Meu êxtase borrando minha racionalidade de onde estou. Eu agarro seu cabelo para me segurar, enquanto eu sinto seu pau começar a se contrair. Sabendo que ele está perto, eu me concentro na sensação dele deslizando dentro e fora de mim. Shadow começa a pegar o ritmo, fazendo minhas costas baterem contra o espelho colocado ao longo da parede. Sua força me faz desequilibrar e meu pé escorrega, fazendo com que o salto caia do meu pé. Shadow me agarra rudemente, enquanto ele começa a rosnar com a sua libertação, a sensação dele gozar dentro de mim me empurrando para a borda alguns segundos mais tarde. Tentando manter a calma da eletricidade esmagadora espalhada através de meu corpo, eu aperto meu queixo com força, esperando o desaquecimento antes de eu abrir meus dentes cerrados. Eu me puxo da minha posição e caio de cima do balcão. Meu cabelo tem que ser um emaranhado de onde eu estava pressionada contra o espelho, e meu vestido ainda está erguido até o meu estômago. Shadow se abaixa, pega o meu salto do chão, e o entrega para mim. Eu o coloco de volta no meu pé enquanto ele se enfia de volta em suas calças. Eu pulo fora do balcão e endireito o meu vestido enquanto Shadow estica o se braço. — Vamos? — pergunta ele com uma risada. Eu enrosco meu braço com o seu e saímos do banheiro. — Dani, eu posso ter uma palavra? — Chelsea pergunta, encostada na parede ao lado do banheiro. Há quanto tempo ela estava aqui? Será que ela nos seguiu até o banheiro e viu eu e Shadow? Ele olha para mim, questionando. — Eu estarei lá, — digo a ele. Eu poderia usar o banheiro de qualquer maneira; eu posso sentir a umidade de Shadow escorrer para baixo da minha coxa.

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Shadow olha Chelsea com desgosto antes de caminhar em direção a nossa mesa. — Podemos? — Chelsea aponta para o banheiro. Concordo com a cabeça e a sigo ao banheiro que eu estava dentro agora a pouco. Eu olho no espelho e percebo minhas bochechas coradas e o rímel manchado. Eu pareço completamente fodida. — Eu não sei por que você está aqui, ou o que você acha que sabe, mas você não diz nada para o meu marido, — ela exige, batendo a mão no balcão. Eu paro de tentar domar meus cachos e olho para ela. — Você quer dizer sobre sua vida dupla? Ela aperta os lábios com força. — Você não sabe de nada sobre a minha vida. Eu suspiro, sabendo que este bate-papo não vai acabar bem, e vou em direção a um cubículo para me limpar. — Eu sei o suficiente para saber que você é uma mentirosa, cadela trapaceira. Eu não preciso saber muito mais, — eu grito, esperando que ela me ouça do outro lado do cubículo. Ela permanece em silêncio, e como eu quero saber se ela ainda está lá, eu abro a porta para ver uma Chelsea afobada. Ela flexiona as mãos como se quisesse me bater, o que me faz sorrir; eu estou fazendo ela perder o controle. Eu ando até o balcão e enxugo o pouco de rímel que escorreu debaixo do meu olho. — O que eu quero saber, é se você teria conseguido um colete de propriedade, mulher de um motoqueiro nos finais de semana, e a esposa que faz biscoitos durante a semana? — eu zombo. Ela fica de um vermelho vibrante e me dá um tapa forte no rosto. Minha cabeça chicoteia para o lado com a queimadura rastejando para o meu rosto. Eu levanto minha mão e a estapeio de volta tão duro quanto eu posso, fazendo ela arremessar cabeça para o lado. Ela engasga, segurando seu rosto, onde eu bati nela com choque estampado em seus olhos. — Me bata de novo e eu vou arrancar cada uma desses cabelos falsos da sua cabeça: — eu ameaço, levantando o meu queixo.

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— Fique longe de mim, — ela exige, segurando seu rosto com a palma da mão. — Você queria falar comigo, lembra? Eu vou ficar longe de você, enquanto você ficar longe do meu clube. — ela levanta uma sobrancelha, como se ela não pudesse acreditar no que estava ouvindo. — Você me ouviu. Vá encontrar outro lugar onde você pode fingir que você não odeia sua vida. Aparece no meu clube de novo e você vai desejar nunca ter aparecido, cadela, — eu fervo de raiva. Ela dá um tapa no balcão de raiva antes de sair do banheiro. Eu olho no espelho para o meu reflexo, uma imagem de perigo e satisfação olhando de volta. Eu sorrio maliciosamente; Devil’s Dust fica bem em mim.

SHADOW O sol está lançando um brilho em toda a pele impecável de Dani e incapaz de dormir, eu fico observando ela. Minha camisa branca de botões é grande demais para ela, escondendo sua forma minúscula dentro dela. Ela parece adorável como o inferno esta manhã. Ela está diferente de quando a conheci. Uma vez uma menina ingênua, agora ela é uma mulher tão danificada quanto eu, sua inocência e sedução sua arma de escolha. Quem sabe o que esta bela criatura é capaz de fazer? Ela era tudo que eu conseguia pensar em nossa corrida. Com Bull ganhando mais conexões, tivemos de nos encontrar pessoalmente para assegurar que a merda desceu bem com o novo comprador. Os caras ficaram, recebendo presentes de outro clube, o que implicou em drogas e sexo. Eu pulei fora. Dani começa a gemer enquanto ela acorda, fazendo meu pau inchar. — Há quanto tempo que você está acordado? — pergunta ela, com a voz estrangulada com o sono.

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— Não muito tempo, — eu minto. — Você se divertiu na noite passada? — eu pergunto a ela, escovando o cabelo longe de seus olhos. A marca vermelha de seu rosto agora desapareceu. Eu estava sentado do lado de fora do banheiro esperando por ela quando a furiosa Chelsea saiu do banheiro, segurando seu rosto. Eu estava preocupado que algo tinha acontecido com Dani, então eu corri para o banheiro, apenas para descobrir Dani sorrindo com uma marca vermelha em sua bochecha, mas de um tom mais claro. — O que aconteceu? — eu tinha perguntado a ela. — O que tinha que acontecer para manter você e meu clube seguro, — disse ela ajeitando o cabelo. Eu sabia que eu estava mais apaixonado por ela do que nunca, e confiava nela mais do que eu jamais pensei que faria. — Estou dolorida, — ela ri, me levando dos meus pensamentos. Não só transei com ela no banheiro do evento, então eu a levei para casa e a peguei no balcão da cozinha, ainda de saltos e vestido; ela parecia um anjo em rendas. Gosto de vê-la em couro, mas eu poderia ter uma coisa para ela em rendas, também. É um dos dois mundos, Céu e Inferno. — Se você ficar gemendo assim, eu vou te foder novamente esta manhã, — eu ameaço. — Eu acho que eu vou me vestir e ir ver Babs, — ela contraria, se sentando. — Você já esteve lá todos os dias, querida. Ela pode não acordar por um longo tempo. — eu sei que ela se importa com Babs - todos nós nos importamos e o que aconteceu foi uma coisa de merda, mas ela não pode continuar fazendo isso para si mesma, não é saudável. — Eu vou, — ela diz num estalo. Eu olho feio para ela, seu tom de voz errado. — Talvez eu devesse te lembrar de com quem você está falando, — Eu castigo, a rolando em seu estômago. Ela espia aqueles olhos cor de esmeralda por cima do ombro. Eu puxo a camisa de sua bunda e em torno de sua cintura e dou a ela um tapa na bunda. Ela geme com o contato áspero e olha por cima do ombro de novo, os olhos verdes cheio de ousadia. — Eu disse que eu vou. — sua voz é forte e desafiadora.

~ 163 ~

Eu dou a bunda outro tapa, desta vez um pouco mais forte. A impressão da minha mão subindo em sua pele oliva deixa meu pau duro. Ela pula debaixo de mim. — Você está indo para onde? — pergunto. Ela olha por cima do ombro, sua respiração pesada de desejo. — Eu estou indo para ver Babs! — ela grita. Eu deslizo minha mão para baixo entre o monte de sua bunda e deslizo o dedo para dentro dela. Dou outro tapa duro em sua bunda, fazendo sua cabeça empurrar para trás com um gemido alto. — Você não pode me controlar, — ela geme, com a voz vacilante. Eu deslizo os dedos para fora e os posiciono sobre a abertura de sua bunda. Seus olhos estão nublados por cima do ombro com o choque escrito em seu rosto. Nunca a tomei aqui, mas cara, como eu quero. Eu empurro meus dedos dentro e fora de sua buceta devagar, sentindo o aperto no meu dedo, então eu sei que ela está perto. Dou a ela outro tapa na bunda para ajudar a estimulá-la. — Por favor, posso ir? — ela suspira, se submetendo a mim. Eu dou a bunda dela um último tapa, observando sua pele brilhar vermelho brilhante. Eu aplico lentamente pressão com o dedo na abertura de sua bunda, seu prazer subindo enquanto ela geme alto. Ela aperta o rosto no colchão enquanto monta seu orgasmo, e eu sei que ela está saciada.

DANI Eu ando no quarto do hospital e vejo que Babs está acordada. — Você está acordada? — exclamo. Ela sorri sem entusiasmo. — Há quanto tempo você está acordada? — eu pergunto, me sentando ao lado dela.

~ 164 ~

— Eu acordei... — ela faz uma pausa. Sua voz soa horrível e é difícil de entender o que ela está dizendo. Seu cabelo vermelho está emaranhado em um ninho em torno de sua cabeça, e seu rosto está cortado. Ela tem hematomas de cor feia manchando todo o seu rosto e a testa. Ela parece terrível. — Ontem à noite, — diz ela, lutando com as palavras. Meus olhos se enchem de lágrimas; suas palavras são estranguladas com força. — Vejo que temos visitantes nesta manhã, — diz um médico, entrando no quarto vestindo uniforme azul. — Posso ter uma palavra? — pergunto a ele. — Certamente, — diz ele, dando um passo para o outro lado do quarto. — Por que ela está falando desse jeito? — eu questiono, tentando não fazer barulho para não ofender Babs. — Bem, ela foi atingida por um carro— Eu sinto como se tivesse sido atropelada por um caminhão, — Babs grita, interrompendo o médico. Eu dou um sorriso fraco, caminhando para o seu lado da cama, e agarrando sua mão para lhe dar apoio. — Bem, — o médico continua, — ela foi atropelada por um carro, e quando ela caiu, bateu com a cabeça. Com um pouco de terapia, eu sinto que ela vai fazer alguma recuperação, mas ela ainda precisa passar por alguns testes e observação extensa antes que eu possa ter certeza de qualquer coisa. Concordo com a cabeça em compreensão. — Vocês avisaram ao marido dela? — eu pergunto, olhando para uma Babs assustada. Seus olhos estão apertados, causando pequenas rugas nos lados, os lábios (geralmente em um sorriso) estão atravessados com preocupação. Odeio vê-la assim. — Nós fizemos, — diz ele, colocando um estetoscópio em seu peito. — Ele era o único listado como um contato de emergência. Eu olho de volta para Babs. — Locks tem vindo vê-la? Ela balança a cabeça negativamente. Se eu alguma vez já quis matar alguém, era ele agora.

~ 165 ~

— Você pode visitar por alguns momentos, mas é crucial que ela descanse neste momento, — ele me diz, escrevendo em uma prancheta. — Me deixe saber se você precisar de alguma coisa, — diz ele a Babs antes de sair do quarto. — Você sabe quem bateu em você? — pergunto. Ela balança a cabeça novamente. — Você precisa de alguma coisa? — eu não quero sair desde que eu acabei de chegar, mas eu sei que tenho que ir antes que eu seja expulsa. — Não. — suas palavras são arrastadas e difíceis de entender enquanto ela olha para a janela do hospital. Eu me aproximo mais e dou a ela um beijo na cabeça, antes de sair com relutância. Como poderia Locks não aparecer? Entendo que as coisas não estão bem entre ele e Babs, mas que merda de maneira de dizer ‘Eu quero o divórcio’. Eu mordo meu lábio com raiva e caminho para o elevador.

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Shadow e eu estamos no sofá assistindo TV. Eu tenho as minhas pernas em seu colo e minha cabeça sobre um travesseiro que arrastei do quarto. Eu tiro os olhos da tela e olho para Shadow, curiosa porque ele não está com os meninos ou por que Bobby não voltou para o apartamento recentemente. — Você e Bobby ainda não estão se falando? — eu pergunto, mas eu já sei a resposta. Shadow move lentamente os olhos da TV para mim, uma sobrancelha levantada. Eu sinto que naufraguei a amizade de Bobby e Shadow. Bobby tem estado com Shadow por muito tempo, muito antes de mim e muito mais do que eu jamais poderia estar. Bobby entende Shadow; não há dúvida de que eles são da família. Me sento, de repente, me sentindo doente. ~ 166 ~

— Você não pode continuar fazendo isso, Shadow, — eu digo a ele com raiva. Ele está segurando um grande rancor contra Bobby, mas não contra mim, e eu não entendo o porquê. — Não comece comigo, Dani, — Shadow adverte. — Não me venha com essa merda, — eu estalo. O rosto de Shadow fica em branco com o som da minha voz. — Você pode agir como um idiota com o seu irmão, mas não comigo. — ele move as minhas pernas de seu colo e espera. — O que você queria que Bobby fizesse? Me amarrasse na cama para eu não sair? Pensei que você tivesse terminado comigo, e todos me trataram como merda. Eu pensei que uma simples noite seria bom! — eu grito, a situação me irritando. Eu devo isso a Bobby, de estar lá para ele, considerando que ele esteve lá para mim quando ninguém mais o fez. Shadow esfrega a parte de trás de sua cabeça com uma mão, enquanto a outra descansa em seu quadril, com o rosto vermelho de raiva e hostilidade. — Eu sei que Bobby tocou em você, eu sei que ele colocou as mãos onde não deviam, — Shadow sibila. Meus dentes mordem o lábio com raiva. O que aconteceu foi inconsequente, Bobby e eu nunca iríamos cruzar a linha. — Se você vai odiar Bobby, você tem que me odiar, também, — eu continuo, dando um passo para ele. — Eu nunca vou te odiar, Dani. Acredite em mim, eu tentei. Odiar você teria tornado as coisas muito mais fáceis. — seu tom de voz é áspero e irritado. Ele lambe os lábios carnudos enquanto agarra a parte de trás do meu pescoço e me puxa para mais perto. — Eu não quero mais falar sobre isso. Não traga isso de novo, Dani. — eu abro meus olhos para ver dois olhos azuis torturados olhando para mim, esperando minha resposta. — Tudo bem, — eu sussurro, sem a energia para discutir mais. — Você não parece tão bem, — ele afirma, percebendo meu desconforto. — Com tudo o que está acontecendo, eu passei do ponto de estressada, — eu respondo.

~ 167 ~

— Vamos para a cama, babe, — diz ele, me empurrando para o quarto. Subo na cama e me afogo no cobertor macio enquanto Shadow se enrola em torno de mim, se aninhando no meu pescoço. — Eu nunca poderia te odiar, Dani, — ele sussurra contra a pele do meu pescoço. — Eu sei, — eu concordo, olhando para a escuridão.

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Uma semana passa e o estresse não vai embora. Ver diariamente Babs entrar e sair da consciência dói. Depois de passar o dia na praia com Shadow, voltamos para o clube. Ele vai para a missa e eu planto a minha bunda no bar. Não é o mesmo sem Babs por trás dele; o clube não é o mesmo. Eu olho em volta, imaginando se Candy ainda está aqui e se ela é tola o suficiente para mexer comigo de novo, mas eu não vejo nenhum sinal dela. Eu levanto do banco e me dirijo para a cozinha em busca de algo para fazer um lanche; talvez isso ajude o meu estômago enjoado. Ouço frascos de vidro batendo um no outro, chamando a minha atenção enquanto eu olho para a geladeira. Ela bate e eu fico cara-a-cara com Locks. Ele me olha e funga enquanto ele me perfura com os olhos. Eu sinto uma súbita raiva, vingativa por Babs. — Você já foi ver Babs? — eu pergunto, sabendo a resposta. — Você faria bem em manter a boca fechada, cadela, — ele rosna. Meus olhos se arregalam com raiva, chocada por ele falar assim comigo. — Como? — eu questiono. Ele pisa em minha direção, suas botas batendo contra o chão sujo. — Você me ouviu. Seu pai pode pensar que sua merda não fede, mas eu estou aqui para te dizer que fede. Você devia estar a seis pés abaixo, e todo mundo por aqui sabe disso. — Vá se foder! — eu grito, empurrando ele no peito.

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Ele olha para onde eu o empurrei e de repente me golpeia com as costas das mãos] me fazendo tropeçar no balcão. Minhas mãos agarram a pia de aço inoxidável e os pratos sujos na pia chamam minha atenção, uma faca em particular. Eu alcanço e agarro a faca de açougueiro suja e então me viro e encaro Locks. Ele tem um olhar orgulhoso no rosto, orgulhoso, por bater em mim, e pela aparência dele flexionando as mãos, ele está pronto para fazer novamente. O sentimento de raiva, que emerge quando as coisas ficam feias, me empurra para frente, se arrastando sobre o meu pensamento racional. Eu aperto a faca e avalio onde eu deveria esfaqueá-lo. Nenhum homem jamais vai me bater. Assim que eu me empurro da pia pronta para atacar, as portas da cozinha se escancaram e Shadow entra. Ele olha a cena com uma sobrancelha levantada. — O que está acontecendo? — ele exige. Eu olho para Locks, cuja atenção está em Shadow. — Você precisa manter essa cadela em uma coleira!— Locks grita enquanto ele aponta para mim. — Você bateu nela, porra? — Shadow pergunta incisivamente. Locks olha para mim com um sorriso. A adrenalina começa a diminuir e aumenta a dor no meu rosto, onde ele me bateu. Eu levanto minha mão para tocar o ponto sensível e estremeço. — Ele bateu em você? — Shadow me pergunta. Se o calor subindo ao meu rosto indica qualquer coisa, tenho certeza que Shadow sabe a resposta. Shadow caminha a passos largos para frente com um olhar enlouquecido em seus olhos. Ele agarra Locks pelas roupas de couro com as duas mãos e o puxa para a distância de um fio de cabelo de seu rosto. — Você acaba de assinar seu próprio atestado de óbito, irmão, — Shadow ameaça. Antes que Locks possa reagir, Shadow lhe dá uma cabeçada no rosto, fazendo Locks cair de joelhos tonto e confuso. Shadow caminha para frente e para trás em sua frente, flexionando as mãos com raiva. Locks tenta ficar de pé, mas Shadow lança um golpe na sua mandíbula e o joga de volta contra as cadeiras da cozinha.

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— O que diabos está acontecendo aqui? — meu pai berra, empurrando as portas da cozinha com força. Eu deixo a faca sobre a pia, esperando que meu pai não tenha visto. — Ele colocou as mãos na Dani, e eu vou mata-lo, — Shadow grita. — Ele te tocou, Dani? — meu pai pergunta. — Eu posso cuidar de mim mesma, — eu respondo, endireitando a minha camisa. — Dê o fora daqui, Locks, antes que eu mesmo te mate, — ordena meu pai, apontando para as portas. — Tudo bem, mas este clube foi para a merda desde quando a pequena cadela apareceu. Lembrem-se disso, — cospe Locks, com a voz embargada enquanto ele empurra passando por todos. — O que diabos foi isso? — Shadow pergunta ao meu pai. — Ele vai se foder por bater em Dani. — Shadow caminha até mim, me levando pelo queixo e levantamento meu rosto. Minha bochecha direita parece quente e irritada pelo tapa. — Eu entendo isso. Confie em mim. Eu quero ver ele morto tanto quanto você, — meu pai admite, esfregando a parte de trás de sua cabeça em frustração. — Mas até eu descobrir o que diabos ele está fazendo, eu preciso dele vivo. — ele sopra um suspiro estrangulado e olha para o meu rosto. — Você está bem, boneca? Concordo com a cabeça em resposta. — Fique fora do caminho dele. Se você vir ele, vá para o outro lado, — ele exige. Concordo com a cabeça novamente, mas realmente eu quero agarrar a faca suja e enfiar no rim de Lock. Mostrar a ele o que acontece quando ele coloca suas mãos em mim. — O que você acha que ele tem na manga? — Shadow pergunta, deixando meu queixo ir. — Eu não sei. Talvez ele esteja com outro clube. Precisamos ficar de olho em nossa mercadoria. — meu pai balança a cabeça, dando de ombros. — Acho que ele iria vender debaixo de nós? — Shadow pergunta, em tom alto com o choque. ~ 170 ~

— Eu não sei de nada, — meu pai responde, levando um maço de cigarros do bolso. — Leve ela para casa, longe do clube por enquanto.

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Capítulo doze SHADOW — Eu vou tomar um banho. Eu tenho que trabalhar amanhã, — Dani avisa, entrando no banheiro. Estou deitado na cama, olhando para o teto do apartamento. Dói olhar para Dani, com uma mancha rosa claro em seu rosto, onde Locks bateu nela. Eu deveria ter matado aquele filho da puta antes de Bull ter a chance de entrar e poupá-lo. Quando eu fecho meus olhos, eu posso ver o olhar de defesa escrita no rosto de Dani quando ela agarrou a faca. Seu instinto de lutar me deixa um pouco aliviado, mas não muito. Eu sinto como se eu tivesse falhado com ela; eu não a protegi, novamente. — O que você está pensando? Eu olho para cima e vejo Dani com o cabelo molhado e com a camiseta do Devil’s Dust, a bochecha dela me lembrando do pedaço de merda que eu sou. Ela é linda, ainda assim, brilhante. — Você se parece com o céu, — eu digo, olhando as gotas caindo do seu cabelo e escorrendo pelo seu pescoço. Ela sorri. — Isso não vai acontecer hoje à noite. Eu não me sinto bem, — diz ela, subindo na cama. — Eu percebi que você não comeu seu jantar, — eu comento, me movendo para que ela possa subir na cama. Ela não está se sentindo bem por um tempo agora, e ela tem me preocupado. Talvez eu devesse levá-la para longe de tudo isso por algum tempo. Com a sua mãe e os eventos do clube ultimamente, parece ter tomado o seu preço sobre ela. Se nós deixássemos este lugar, mesmo que por pouco tempo, eu poderia me concentrar apenas nela. — Eu vou ficar bem. Apenas muita coisa acontecendo, — ela contraria, afofando um dos travesseiros. Eu saio da cama, desligo as luzes, e depois volto, deitando por trás dela. Eu puxo sua bunda mais próximo, onde ela pertence, seu cheiro de pêssegos me cerca. ~ 172 ~

— Confie em mim quando eu digo que eu vou matar aquele filho da puta nem que seja a última coisa que eu faça, Dani, — eu sussurro em seu ouvido. Eu não tenho que dizer o nome; ela sabe de quem eu estou falando. — Eu sei que você vai. Eu confio em você, — ela sussurra de volta.

DANI Eu acordo com o cheiro de comida sendo feito e me estico, tentando me acordar e chegar até a cozinha. Quando eu chego mais perto, eu posso ver que a casa está cheia de fumaça e o cheiro de comida queimada paira no ar. — Alguém levantou cedo, — eu digo, limpando o sono dos meus olhos. — Ei! — Shadow cumprimenta enquanto óleo estala da frigideira. — Porra, isso dói, — ele grita, chupando o dedo e me fazendo rir. — Bem, eu tentei fazer o café da manhã, mas tudo o que estou provando é que minha bunda não pode cozinhar, — admite ele, voltando para a torneira e jogando a frigideira com comida preta na pia. — Vamos tomar o café da manhã, — diz ele. — Nós não precisamos fazer isso, — eu sugiro, encolhendo os ombros. — Sim, nós precisamos. Você precisa comer, — declara ele, contornando a ilha, vestindo apenas cuecas pretas, a visão me fazendo querer ele no café da manhã. Ele tira o cabelo do meu rosto antes de continuar: — Nós podemos comer o que quiser: panquecas, ovos, você escolhe. — Para ser honesta, o som de comida me faz querer vomitar, — digo, tentando manter o vômito subindo minha garganta. Ele esfrega o dedo sobre a minha bochecha dolorida, me fazendo estremecer. Eu me afasto, furiosa por não ter matado Locks eu mesma por ter me batido. ~ 173 ~

— Eu vou matar aquele idiota por me bater, — murmuro. Shadow me olha de soslaio, como se ele estivesse esperando que eu dissesse que estou brincando. — Não se eu pegar ele primeiro, — diz ele, me surpreendendo. Eu não posso deixar de sorrir, e depois uma risada me escapa. — O que é tão engraçado? — ele questiona, inclinando a cabeça para o lado. — Aqui estamos sobre o café da manhã queimado, planejando a morte de alguém que você considera da família. Ele sorri. — Soa como uma típica manhã de sexta-feira para mim. — ele se inclina e beija minha testa antes de ir para o quarto. Vista-se; vamos conseguir comida. — Mas— Agora, Dani, — ele exige, me cortando.

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Depois do almoço, que consistiu de um bolinho inglês, Shadow continuou me empurrando comida; voltamos para o apartamento. Eu jogo minha bolsa no final da mesa e me jogo de cabeça no sofá, exausta. — O que você quer fazer hoje? — Shadow pergunta, indo para a cozinha. — Dormir, — murmuro na almofada do sofá. Ele ri e se senta ao lado da minha cabeça. — Por alguma razão, eu não posso dormir o suficiente. Eu me sinto como um urso hibernando, — eu me queixo. — Você dorme e eu vou jogar video-game, — ele oferece, dando um tapa na minha bunda e ligando o console de jogos. Eu gemo e viro, enterrando a cabeça no sofá antes de eu desmaiar.

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— Dani. Eu acordo e vejo Shadow de pé em cima de mim. — Você vai se atrasar para o trabalho, — diz ele, apontando para o relógio na parede. Eu olho e percebo que é quatro da tarde. — Merda! — eu grito, pulando do sofá. Esqueci que vou substituir um dos instrutores hoje. Pego minha bolsa ao lado da mesa de café e abro a porta com Shadow me seguindo de perto. A brisa do mar me faz sentir bem enquanto nós dirigimos; é refrescante e me faz sentir mais desperta do que eu tenho estado em dias. Chegamos ao estúdio de dança e eu desço da moto. — Obrigada pela carona, — eu digo com apreço, dando a ele um beijo na bochecha. — Eu vou estar aqui mais tarde, — ele me lembra, acelerando o motor da moto e saindo. Adoro quando ele faz isso; o rugido do motor soa sexy. Entro no estúdio de dança, já me desculpando. — Eu sei que estou atrasada, — eu digo, notando apenas um par de meninas que estão em atendimento em vez do grupo de costume. — Será que os pais se cansaram de esperar? — pergunto, apontando para as meninas que se alongam. — Um monte deles ligou. Parece que a gripe está solta, — diz Mila, enfiando a língua para fora em desgosto. — Sim. Eu mesma não estou me sentindo bem. — eu admito, agarrando o collant da minha bolsa. — Bem, eu estou indo trabalhar com os livros, — ela me diz, pegando um livro com ‘mensalidades’ gravado nele, com um marcador preto. — Ok, — eu respondo, indo para o vestiário. — Ok, meninas, vamos praticar as cinco posições básicas de ballet, começando com a primeira posição, — eu ordeno, batendo palmas, esperando que o barulho vá motivar as meninas.

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— Senhorita Lexington? — Sim? — e respondo a uma das meninas, percebendo que sua pele está um pouco pálida. Ela abre a boca para falar, mas vômito transborda, pedaços de comida e líquido se esparramam no chão, seguido de um odor estranho. Eu tenho que olhar para longe e engolir devagar ou eu vou vomitar também. As outras meninas começam a engasgar. Este vai ser um longo dia. Depois de chamar os pais de Hayden e limpar a bagunça, eu decidi chamar os pais das outras meninas e informá-los que uma virose está acontecendo ao redor e para vir buscar seus filhos. Eu não quero mais limpar vômito, e eu não estou me sentindo bem, portanto, será uma curta noite de trabalho. — Ei, eu estou saindo, — diz Mila. — Ok, eu vou sair também quando os pais vierem pegar minha última fadinha, — eu digo a ela, apontando para a última menina girando em um círculo. Mila ri. — Tudo bem, tenha uma boa noite. Finalmente, após a última criança ser pega, eu decido mandar uma mensagem para Shadow para avisar que eu estou saindo do trabalho mais cedo. Eu apago todas as luzes e vou pegar o meu salário, apenas para descobrir que Mila se esqueceu de separá-lo. — Droga, — murmuro. Deixo o estúdio de dança e começo a andar para onde Shadow tem estacionado ultimamente. Eu chuto uma pedra perdida enquanto eu faço o meu caminho através da quadra e observo um raio brilhante de luzes incendiarem atrás de mim. Me viro e fico cega, então eu protejo os olhos com o braço, tentando olhar, as luzes brilhantes tornando difícil de ver alguma coisa. O carro dá a partida e os pneus do carro guincham com velocidade súbita. Os cabelos do meu pescoço se arrepiam e meu coração começa a pular enquanto o carro voa em minha direção. Eu me viro e começo a correr, não sabendo mais o que fazer. Meu coração está batendo com o medo enquanto a minha boca solta um gemido assustado. Eu olho por

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cima do meu ombro e percebo que o carro está se aproximando. Eu largo minha bolsa tentando aliviar a minha carga para conseguir mais velocidade. O carro aumenta a velocidade e se aproxima de mim, eu cerro os olhos fechados por um segundo, tentando correr mais rápido. Quando eu os abro, a porta do carro se abre de repente e bate em mim. O asfalto morde meus joelhos, rasgando minha carne quando eu sou arremessada para frente. Eu ouço os pneus de carro gritar com a freada, fazendo meu coração pular uma batida. Eu rastejo em minhas mãos e joelhos e solto um grito estrangulado na carne viva cavando o chão. Eu olho atrás de mim para o carro para encontrar um bando de homens saindo. Eu procuro a minha bolsa para pegar minha arma, mas lembro que ela caiu, então eu me esforço para levantar, mas um dos rapazes me chuta de volta para baixo, me fazendo cair nas minhas costas dolorosamente. — Isto é por Darin! — um dos caras grita enquanto um bastão de madeira bate na minha frente. O nome Darin me atinge como um raio: o cara que eu e as meninas batemos até virar uma polpa sangrenta e o deixamos para morrer. Eu protejo meu rosto e me enrolo em posição fetal, sabendo que isso vai doer. O bastão atinge o meu braço com força. Eu grito enquanto um terremoto de dor entra fundo nos meus ossos. Meus pulmões buscam o ar para gritar, me deixando ofegante por mais. — Puta do caralho! — um deles grita enquanto acerta o bastão de volta no mesmo braço. Se ele não tinha quebrado antes, está quebrado agora. Meus ouvidos zumbem enquanto minha visão embaça de dor e eu mordo minha bochecha para tentar me impedir de gritar novamente. A única coisa que eu quero é sair disso, mas não adianta; eu não posso evitar gritar de dor. Minha cabeça é empurrada com um chute repentino no rosto. Eu sinto minha sobrancelha cortar quando a sola de borracha faz o contato. Eu fecho meus olhos quando o sangue começa a escorrer. Todo o meu corpo machucado, dor insuportável pulsante de um lado para o outro. — Cala a boca! — outro grita enquanto eu continuo a gritar de dor. Todos eles começam a chutar e bater os pés em mim. Meus sentidos começam a se desvanecer lentamente, e eu posso me sentir cada vez mais entorpecida com a quantidade de dor que o meu corpo está consumindo.

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— Ei, vamos dar o fora de perto dela! — eu ouço uma voz gritar. — Eu chamei a polícia. Eles estão a caminho! — eu tento abrir meus olhos para ver quem está gritando, mas não consigo. — Vamos, — um dos caras grita. Ouço passos desaparecer, junto com tudo.

SHADOW — Royal Flush, caras, — eu rio, baixando minhas cartas para que todos eles possam ver. — Trapaceiro fodido, — diz Locks, batendo suas cartas. Eu levanto minha sobrancelha, perguntando por que eu estou mesmo ouvindo as ordens de Bull. Locks deveria estar morto agora. — Ele é um trapaceiro, — Bobby concorda, jogando suas cartas ao longo da mesa. Bobby sempre pensa que eu estou roubando quando eu ganho; tem sido assim desde que éramos crianças. Meu telefone toca no meu bolso, quebrando meu riso. Eu endireito minhas pernas para que eu possa retirá-lo. Isso mostra que eu perdi uma mensagem de Dani, uma vez que continua a tocar, e o ID de chamadas diz que é do hospital. — Olá? — É Adrian Kingsmen? — a senhora pergunta. Bobby ri e chama Bulls, tornando difícil de ouvir. — Talvez, quem é? — eu pergunto, virando a cabeça para ouvir melhor. — Houve um acidente, e o médico pediu para contatá-lo neste número, — a senhora responde calmamente. — Que acidente? — pergunto. — É a respeito da paciente Danielle Lexington.

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Eu salto do meu assento, pânico crescendo em meu peito. — O que há de errado? Ela está bem? — eu estou movendo freneticamente, meu coração acelerando a um nível consistente com a utilização de cocaína. — É melhor se você puder vir aqui. Então, podemos te dar mais detalhes, senhor, — ela responde docemente. Hesitante, eu desligo. A foto de Danielle dormindo no background do meu telefone me chama a atenção. Meu dedo desliza pela tela do meu telefone. Eu não oro - nunca fez qualquer bem antes, mas eu me encontro orando agora. Pode o Diabo orar? Ou será que ele se lançou para o lado com o resto dos pecadores, apostando em uma segunda chance? — Está tudo bem, filho? — Bulls olha para mim, me tirando da minha oração silenciosa, a minha esperança de que existe um Deus e ele está me ouvindo. — Dani está no hospital, algum tipo de acidente, — eu respondo, tirando os olhos da tela do meu telefone. — O quê? — diz Bobby, de pé em pânico. — Vamos, — ordena Bull, jogando suas cartas na mesa.

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Corro em direção ao hospital, Bobby e Bull tentando acompanhar, mas a minha moto é mais rápida. Eu estaciono na zona de descarga, não dando a mínima para a lei agora, e correndo para dentro. Eu corro em direção à recepção e dou um tapa no balcão para chamar a atenção da recepcionista. — Uma senhora me chamou, disse que Danielle Lexington sofreu um acidente. A senhora começa a digitar em seu computador, lentamente, eu poderia acrescentar. — Sim, ela está na sala de emergência no final do corredor.

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Sem mais detalhes, eu vou pelo corredor como um morcego fugindo do inferno. Ao virar a esquina, vejo Mila na sala de espera, sentada em uma cadeira chorando. — Mila, o que diabos aconteceu? — exijo, caminhando em direção a ela. — Eu voltei para o estúdio porque eu esqueci o cheque de Dani, — diz ela, soluçando. — O que aconteceu? — eu repito, pedindo a ela para pular as informações sem importância. — Havia este carro cheio de homens, e eles perseguiram Dani com seu carro, então eu chamei a polícia. Quando eu voltei para fora, eles foram batendo nela com um taco, — ela chora, suas palavras difíceis de entender. — Puta merda, — Bobby sussurra atrás de mim. — Nós temos sido alvo, — Bulls diz gravemente. Isto confirma que a batida de Babs não foi por um bêbado. Isso foi pessoal. Eu olho em cada quarto, tentando encontrar Dani. — Senhor? — a enfermeira chama atrás de mim depois que eu olho para o quinto quarto. Eu a ignoro. — Senhor? — ela chama de novo, com a voz mais alta do que antes. Eu ainda a ignoro. Abro a última porta no final do corredor e vejo Dani. Lágrimas enchem meus olhos imediatamente, e eu tenho que dar um passo atrás antes que eu possa ir para frente. Seu rosto está coberto com sangue e há um corte profundo em sua sobrancelha. — Senhor, você não pode ficar aqui, — diz a enfermeira, de pé, na frente de Dani. — Cristo, — eu sussurro, incrédulo, enquanto as lágrimas caem dos meus olhos. Eu vou matar a pessoa que fez isso com ela. — Ele está bem, Sandy. — eu me viro e vejo Doc de pé na porta, incitando à enfermeira para me deixar em paz. — Ela está bem? — pergunto freneticamente.

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— Ela está em um monte de dor. Eu dei a ela uma dose baixa de analgésicos para a dor até que eu possa fazer alguns exames, — ela me diz, cobrindo Dani com um lençol. — Seu braço está quebrado, por isso vamos ter de engessá-lo e ela também precisa de pontos em sua sobrancelha. Ela precisa de mais exames feitos para se certificar de que não há lesões internas também, — ela informa, escovando o cabelo do rosto. — Eu não a vi em um tempo. Como ela estava? — Doc pergunta, ajustando o travesseiro de Dani. Eu corro minhas mãos pelo meu cabelo, freneticamente. — Ela está se sentindo doente e não come muito. Mas ela está fazendo tudo certo, — eu respondo. Doc franze as sobrancelhas para mim. — Ela teve febre? — Não, não que eu saiba, — afirmo, meus olhos nunca deixam o rosto de Dani. — Ela está tomando os comprimidos que eu dei a ela? — Doc pergunta. — Que comprimidos? — eu pergunto, confuso. Eu não sabia que Dani estava tomando pílulas. — Certo. Bem, eu vou fazer outro exame de sangue antes de continuar. — Doc pega a prancheta pendurada na parede e sai do quarto, me deixando com mais perguntas do que quando eu cheguei. Dois homens em jalecos brancos vem carregando um recipiente cheio de agulhas e tubos. Eles colocaram uma faixa de borracha em torno do braço de Dani e empurram a agulha na dobra do cotovelo, em seguida, puxam a tampa e apertaram um tubo com ele, fazendo esguichar o sangue para dentro do tubo. — Para que são esses exames? — eu questiono, apontando para as agulhas. Eles me ignoraram, envolvem o braço dela com fita colorida, e saem do quarto. Estou ficando sem respostas, e isso está começando a me irritar. Olho para Bobby e Bull. — Que porra é essa?

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Me sento ao lado de Dani e agarro a sua mão boa, aquela que o braço não está quebrado, e dou um aperto. Eu trago a mão mole na minha boca e dou um beijo. Quem fez isso com ela, vai pagar. Ela geme e se mexe na sua cama. Sento-me, esperando que ela acorde. — Dani? — pergunto em voz trêmula. — Shadow? — sua voz falha. — Eu estou aqui, — eu digo a ela, levantando e olhando por cima dela. Eu nunca estive mais destruído em toda a minha vida do que eu estou agora, preocupado que Deus pode me punir pela vida que eu vivi, tirando Dani de mim. — Onde estou? — pergunta ela, olhando ao redor o quarto. — Você está no hospital, boneca, — Bull informa ela, andando até a cabeceira. Ela pisca os olhos algumas vezes. — Oh, sim, — diz ela, num sussurro. — Você se lembra de algo que aconteceu? — Bobby pergunta. Ela lambe os lábios secos e olha para mim. — Apenas que— ela faz uma pausa como uma comoção na porta agarra sua atenção. — Eu vou olhar. — eu passo para longe de sua cama e olho para o corredor para ver dois policiais na recepção do hotel. — Se ela está acordada, gostaríamos de fazer algumas perguntas, — um dos policiais diz a uma enfermeira. — Ela passou por uma experiência traumática; isso pode esperar? — Doc diz, dando um passo até a mesa. — Eu temo que não, — um dos policiais responde. Eu recuo para o quarto e vou para o lado de Dani. — A polícia está aqui. Não diga nada a eles. Você entendeu? — eu pergunto, tentando mascarar meu tom áspero com tanta força quanto eu posso. Ela olha para mim em confusão.

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— Nós cuidamos disso para fora do nosso caminho. Eu vou matar a pessoa que fez isso com você. Isso é uma promessa, — eu a informo, meu tom em fúria. — Confie em mim, — eu sussurro, esperando que ela saiba que eu vou cuidar disso. Ela balança a cabeça em concordância. Uma batida soa na porta, nos interrompendo. — Sinto muito querida, mas alguns cavalheiros estão aqui para lhe fazer algumas perguntas, — Doc diz, entrando no quarto, a polícia a seguindo. — Precisamos falar com ela sozinhos, — diz um deles, tirando um bloco de notas, com os olhos me acusando. Pela expressão de seu rosto, ele provavelmente acha que eu fiz isso com ela. De certa forma, eu fiz. Eu não estava lá para protegê-la.

DANI — Então, você não se lembra o que aconteceu? — um policial me pergunta com uma sobrancelha levantada; ele não acredita em mim. Eu nunca fui boa mentindo. Eu tento não olhar para os dois, mas eles são um par impar, um careca e gordo, com óculos, o outro com sardas, alto e magro. — Não, eu não me lembro de nada, — eu digo, brincando com o bracelete do hospital em torno de meu pulso. — Vamos passar por isso mais uma vez, — o policial gordo suspira, lançando seu bloco de notas sobre a uma nova folha de papel. — Você deixou o trabalho e...? — pergunta ele, girando a mão e me incentivando a continuar de onde parou. — Eu acordei aqui, — eu minto. O oficial magro geme em irritação. — Certo, bem, nós não podemos ajudar você ou qualquer outra pessoa se você não pode nos ajudar, senhorita Lexington.

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— Você não tem ideia de quem poderia querer te machucar? — o com uma pança pergunta com um gemido. Eu olho para eles, irritada. — Eu disse a vocês o que eu sei. Agora, por favor, saiam! — eu grito. — Eu acho que a hora do interrogatório terminou, senhores. Eu não posso permitir que vocês a chateiem, — Doc declara, entrando no quarto rapidamente. Ela deve ter estado apenas fora da porta. — Tudo bem, então, — o magro diz, colocando o bloco de notas no bolso da camisa. Eles saem enquanto os meninos entram. — Você fez bem, garota, — meu pai diz, me dando um leve beijo na testa. — Dani, eu fiz alguns exames enquanto você estava inconsciente e gostaria de discutir algo com você em particular, posso? — Doc pergunta, olhando para os garotos em questão. Eu olho para Shadow e percebo que ele não está satisfeito com o pedido de Doc. — Não, está tudo bem. Você pode falar na frente de todos, — eu digo, tentando me sentar, mas fazendo uma careta de dor. — Eu aconselho a reconsiderar, — ela força, olhando para o papel em suas mãos. — Jessica, — Bobby adverte, usando o nome verdadeiro de Doc. Doc olha para Bobby. — Bem. Fiz um teste de gravidez por não saber se você está tomando seu anticoncepcional ou não, — ela me diz, olhando para o papel. — Anticoncepcional? — Shadow pergunta em estado de choque. — E? — eu pergunto, o medo minando em meu coração do que ela está prestes a dizer. — Ele deu positivo. —ela me entrega o papel com informações impressas sobre ele que eu não consigo entender. — Você está grávida. — Oh, merda, — Shadow suspira enquanto ele se atrapalha em uma cadeira para sentar.

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— Caramba! — meu pai grita em emoção. — Grávida? — eu questiono, ainda em choque. — Sim, de algumas semanas, de acordo com os níveis de seus hormônios, — diz ela, apontando para a folha. — De quanto tempo ela está exatamente? — Shadow pergunta, com preocupação. — Eu não tenho certeza. Eu vou fazer uma chamada e levá-la até o andar obstétrico, fazer uma ecografia e certificar de que o bebê não tenha sofrido nenhuma lesão, — ela promete antes de dar ao meu braço um tapinha. — Grávida? — repito — Grávida, — Doc confirma com um sorriso. A realidade da situação me atinge, fazendo minha cabeça doer mais do que já doía. Como eu pude ser tão ingênua por pensar que eu não iria ficar grávida? Eu tive sorte de não ter ficado grávida antes, e eu aproveitei dela. Eu suspiro e deixo cair o papel das minhas mãos. Quão estúpida eu sou? Como é que eu não imaginei que isso iria acontecer? — Puta merda, — murmura Shadow enquanto ele pega a minha mão a partir do lado da cama.

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Sou levada para um quarto escuro no terceiro andar do hospital, momentos depois. O quarto é esmaecido e na parede, pintado de amarelo, há uma televisão de tela plana de médio porte. No canto do pequeno quarto, há um par de cadeiras e do outro lado da cama há máquina de ultra-som. Uma enfermeira com cabelo encaracolado preto e curto, coloca um manto branco em volta da minha cintura e puxa o vestido de hospital um pouco. — Eu vou tentar isso primeiro, então eu vou precisar que você puxe os joelhos para cima, — adverte a enfermeira enquanto ela pega uma longa varinha e coloca um preservativo nele. Eu olho para Shadow que está sentado ao meu lado. Ele está focado na TV, o rosto enrugado

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de preocupação. Meu pai e Bobby olharam para a parede para me dar privacidade. Eu tomo um grande gole e puxo meus joelhos para cima. Ela lança a longa varinha através de meus joelhos abertos e desliza dentro de mim. Eu olho para a tela, mas tudo que eu vejo é manchas pretas e brancas. Ela angula a varinha e pressiona com firmeza. A enfermeira começa a clicar e botões quando linhas se formam entre os pontos na tela. — O bebê parece estar bem, — a enfermeira diz com um sorriso. Eu vejo quando ela amplia em um pouco oval preto e branco. — Esse é o bebê, — ela sussurra, e a visão me faz chupar uma respiração. — Bem, eu vou ser avô, — meu pai comenta com um grande sorriso. Eu olho para Shadow; seu rosto está apertado e olhando fixamente para a tela. Suas sobrancelhas estão franzidas e está fazendo um pouco de ruga bem entre os olhos. — Olhando para as medições, você está com um mês, — diz ela, puxando a varinha para fora de mim. Eu puxo instantaneamente meus joelhos juntos e puxo o cobertor para baixo. A senhora me dá uma imagem preto e branco de nosso bebê. — Parabéns. Eu vou trazer alguém para te levar de volta para seu quarto em apenas um momento. — ela se levanta e sai. — Puta merda, — Shadow diz de novo, sua voz cheia de choque e descrença. Eu olho para ele; seus olhos estão fechados e seu braço está trazido para cima, esfregando a parte de trás do seu pescoço. Meus olhos começam a se encher de lágrimas. — Porra, — diz Bobby, olhando para o meu estômago como se algo fosse saltar para fora para ele. — Estamos saindo para dar a vocês um pouco de espaço, — meu pai diz, empurrando Bobby em direção à porta. Shadow olha a tela de TV em branco na parede, passando as mãos para frente e para trás através de seu cabelo freneticamente. — Eu não posso ser pai, — sussurra Shadow. ~ 186 ~

— Bem, você é, — eu digo em voz baixa. — Olhe para mim, olhe para o que eu sou! — ruge Shadow, sua voz me fazendo pular. Ele caminha para mais perto e se inclina para mim. — Eu sou a porra de um monstro, um assassino. Eu vivo uma vida infernal. Eu não mereço você, e eu com certeza não mereço uma criança, — ele sussurra, em tom sombrio. — Este é o nosso filho, Shadow, não um garoto de rua, — eu agarro, meu tom cortante e frio. — Você tem estado em torno de mim por alguns meses e já sucumbiu a minha escuridão. Eu matei a sua inocência. Como você espera manter uma criança segura em torno de mim? — pergunta Shadow, seus olhos azuis olhando diretamente para mim. — Os meus impulsos violentos sempre foram uma parte de mim, Shadow. Se estou perto de você, ou do clube, ou do cara irritado da rua, os impulsos são obrigados a sair, — eu digo, me sentando. — Você tem outro lado de você, assim como eu tenho outro lado de mim. Você vai ser um grande pai, você só tem que dar— Eu preciso de algum tempo para pensar, — Shadow interrompe. — O quê? — eu pergunto, incrédula. Shadow se inclina e beija minha testa suavemente. — Eu preciso de algum tempo para processar isso, Dani, — Shadow diz gravemente antes de sair correndo

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Capítulo treze DANI Estou rodando sozinha depois que Shadow me deixar. — Tudo bem, então vamos ter que prescrever alguma medicação para a dor de forma diferente, — Doc diz, sua voz terna e carinhosa. Eu fico olhando para a imagem do ultrassom que a enfermeira me deu do pequeno ponto preto e branco, minha mente indo em todos os lugares, e não apenas se concentrando em uma coisa ou outra. — Todo mundo vai superar isso, e se não, eles vão quando virem o seu bebê, — ela continua docemente. Eu rasgo meus olhos da imagem e dou um fraco sorriso, não tão certa de seu otimismo. — Você vai manter ele? — ela questiona. Eu olho pela janela escura do quarto do hospital, ela pergunta e eu repito na minha cabeça. Devo ficar com ele? Existem muitas razões pelas quais eu não deveria, mas acima de tudo, este estilo de vida não é seguro para uma criança. — Eu vou aplicar um remédio e você vai se sentir melhor, — ela promete, batendo na minha perna, me deixando com os meus pensamentos de negligência.

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Um bater na porta me faz despertar do meu sono. Meu corpo protestando pelo abuso, dói e queima com o movimento. — Dani, você tem um visitante, — a enfermeira diz, acendendo a luz vibrante, o que me faz olhar de soslaio. Eu olho para a janela do hospital e vejo que o sol apenas está começando a subir; só poderia ser seis da manhã, se fosse. ~ 188 ~

— Desculpe te acordar, Dani. — meu estado de sono é limpo quando meu pulso salta para uma galope.. Eu me viro rapidamente na cama, ignorando o meu corpo doendo. — Steven, o que você está fazendo aqui? — pergunto chocada. A última vez que o vi foi quando minha mãe me arrastou para fora. Eu o olho. Ele está vestido com calça preta e uma camisa de botão azul e carregando uma xícara de café, mas seu rosto se parece com merda. Tal como ele tenha sido sobrecarregado e não teve bastante sono. — Você precisa ir embora, agora. Segurança! — eu grito, mas a porta está fechada e eu duvido que alguém possa me ouvir. Ele precisa dar o fora do meu quarto antes de algum membro do clube o veja. Eu olho em volta da cama para a luz de chamada de emergência, mas não consigo encontrá-lo nos lençóis e travesseiro extra que as enfermeiras me trouxeram para o meu conforto. — Eu só preciso de um segundo de seu tempo, por favor, — ele implora, andando na minha direção. Eu olho para ele. Eu não posso acreditar que ele e minha mãe estavam juntos, um romance comum no trabalho, só que o trabalho era para derrubar meu pai, e quem se importa se eu me atropelasse no processo. Eu esqueço a luz de chamada e coloco a minha mão para ele parar de andar mais perto. Ele para abruptamente e coloca as mãos em sinal de rendição. — Eu não estou dizendo nada, — eu cuspo, meu tom irritado e frio. — Sua mãe sumiu, Dani, — ele responde em voz alta. — Ela estava voltando para Nova York da última vez que eu falei com ela, — eu digo, esperando que ele tome essa informação e corra para fora da porta com ela. — Ela deveria me encontrar de volta em Nova York, mas ela nunca chegou, — ele exclama, as linhas de tensão crescendo mais profundo em torno de sua boca quando ele fala. Me sento, curiosa. — Eu conversei com ela na noite anterior da sua fuga, mas não tenho notícias dela desde então. Ela e o carro sumiram do hotel onde ela estava hospedada. — ele está balançando a cabeça enquanto ele fala, aparentemente sem querer acreditar no que ele está me dizendo. Eu mordo meu lábio tentando pensar, mas tudo que eu posso me perguntar é como ele sabia que eu estava aqui. O FBI esta me seguindo?

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— Como você sabia que eu estava aqui? — pergunto. — Seu ataque foi para as notícias; sua colega de trabalho foi entrevistada e tudo, — explica ele, dando de ombros como se eu devesse saber isso. — Bem, eu não vi ou ouvi de minha mãe. A última vez que a vi, ameacei matá-la se eu a visse novamente, — eu digo, olhando ele nos olhos, meu tom promissor. Ele olha para mim com uma expressão atônita. — Devo considerar você uma suspeita no desaparecimento de sua mãe, Dani? — ele questiona, inclinando a cabeça para o lado. Eu rio. — Você pode fazer o que quiser, mas eu posso prometer que eu não matei ela. — eu franzo os olhos para ele, — ainda não, de qualquer maneira. — Certo. Bem, eu vou descobrir o que aconteceu com sua mãe, — ele ameaça, sua mão apertando sua xícara de café com força. — Eu acho que é melhor você ir, — eu declaro, franzindo o rosto com raiva e apontando para a porta. Ele olha pra mim antes de arrastar seus sapatos polidos para sair. Eu caio para trás suavemente contra o meu travesseiro. Minha mãe sumiu. Gostaria de saber se Shadow teve a ver com isso, ou se o grupo de pessoas que atacaram Babs e eu tiveram uma mão sobre minha mãe.

SHADOW Eu não posso acreditar que eu deixei isso acontecer, eu sinto que estou sendo chutado quando eu já estou para baixo. Que porra é essa? Minha menina, minha old Lady, está grávida da desgraça do meu DNA. Estou longe de ser o homem que Dani precisa e muito menos um pai para uma criança. Se eu fosse um homem, um homem de merda como o meu pai, eu teria tomado conta de Dani quando a merda bateu no ventilador. Mas não o fiz; em vez disso, eu corri para uma garrafa de

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bebida alcoólica e tentei esquecê-la com outras mulheres. Dani chegou em casa do hospital hoje, e eu não sei que porra dizer a ela. Pego outra lata de cerveja e abro, as deliciosas bolhas efervescendo e estalando a partir da abertura. Eu deito de volta no capô do meu Mustang do lado de fora do apartamento e olho para o céu. Está virando essa cor cinza quando o sol apenas começa a se ajustar. Ouço passos pesados vindo em minha direção, mas eu não levanto a cabeça para olhar. Eu só dou um gole na minha cerveja, esperando a resposta de como eu deveria me sentir. — Você vai beber para se sentir melhor? — Bull pergunta. — Esse é o plano, — digo com desdém. — Você vai foder isso, — declara ele, se sentando sobre o capô do meu lado. — O que diabos você está falando? — eu pergunto, virando a cabeça para olhar para ele. Eu realmente não me importo de ouvir isso, mas eu sei que ele vai me dizer, independentemente. — Quando a merda desceu com Dani, você apenas bebeu até o esquecimento. Não fez você se sentir melhor, e com certeza como a merda não te tornou mais esperto. Mas fez Dani correr para os braços de outro homem, — afirma, olhando para mim com a cara de ‘eu sei o que eu estou falando’. Eu olho para ele, curioso como ele sabe sobre Dani e Parker. Provavelmente Bobby, que tanto homem como Babs é com fofocas. Eu zombo e olho de volta para o céu. — Eu sei que eu fiz a mesma coisa quando a merda ficou difícil entre mim e a mãe da Dani e eu perdi ela, em vez de descobrir a minha merda, — ele confidencia, acertando a minha perna para chamar minha atenção. — Perder a mãe da Dani foi o pior arrependimento que eu já vivi. Sabendo sobre mãe de Dani, eu discordo. Eu acho que perdê-la foi, provavelmente, a melhor coisa. — Então, o que você está dizendo? — eu pergunto, minha voz mostrando minha irritação em seu sermão. — Eu sei que você acha que será um pai de merda, da forma que sua mãe era e tudo isso, mas independentemente do que você pensa

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sobre si mesmo, você será um ótimo pai. Não é o fim do mundo; você escolher ser alguém na vida de Dani, é apenas o começo. — Bull começa a rir, me fazendo sorrir. — Você a ama? — pergunta ele. Me sento e olho para ele, pensando em sua pergunta. Eu amo Dani, mesmo depois de tudo o que aconteceu. É uma porra louca. Bull está certo. Dani e eu sabemos como pais de merda são, fomos criados por eles. Nós sabemos o que não fazer e sabemos como controlar os impulsos que possam influenciar na corrente sanguínea da nossa criança. — Eu a amo, — eu insisto, tomando um gole da minha cerveja. — Então, não deixe ela ir. Posso te dizer, se você não fizer as pazes com essa situação, ela vai te deixar e nunca mais vai olhar para trás. — meus olhos se encontram com os seus. — A mãe e uma criança são algo que nenhum homem pode escolher entre a mulher. — ele desce do capô do meu carro e me olha com firmeza. — Não foda com isso, Shadow. — ele aperta os olhos para mim como se me alertando e caminha em direção ao prédio do apartamento, para ver Dani. Eu suspiro alto, amassando a lata na minha mão antes de deixar cair no chão com as outras. Ver Dani tentar seguir em frente da última vez fez meu coração quase parar de bater. Eu senti o desejo de sentir de novo, como eu precisava recorrer aos antigos modos de sentir - matar. Dani é minha vida, literalmente; me mantém vivo e me faz sentir. Perdê-la será mais do que acabar com a minha existência. Eu gemo e caio contra o capô. Eu costumo falar com Bobby sobre essa merda. Ele tem sido meu caminho sobre família antes de eu saber o que essa palavra significava, muito antes do clube. Me sento e deslizo para fora do capô do meu carro. Subo e ligo, o ronronar do motor com raiva, querendo ser liberado. Ponho o carro em primeira marcha e solto a embreagem, deixando os pneus comerem o asfalto. Eu dirijo em direção ao clube, não estou pronto para conversar com Dani. Eu quero falar com ela, mas eu preciso falar com Bobby primeiro, e eu definitivamente não estou pronto para isso. Como posso ser um bom pai? Eu sou uma máquina, alimentada pelo sangue de

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outro. Minha maldição é a necessidade de controle, o resultado, prejudica todos ao meu redor. O relacionamento meu e de Dani não é história de amor com algum felizes para sempre. O que temos é real. É escuro e isso dói. Dani é angelical do lado de fora, mas ela é um anjo com asas negras. Esta é a vida de inferno que temos resgatados por nós mesmos. Dani e eu estamos destinados a nada melhor do que a uma estrada à frente cheia de voltas e reviravoltas, e isso não e vida para uma criança. Ela está no caminho que sua mãe tentou tão duro ficar longe, mas não pode fazer nada, isso traz o pecado em Dani, mas, pelo menos, isso é algo que pode se relacionar. Eu sei muito sobre o pecado. É a única coisa que posso fazer direito. Gosto de pensar que estamos juntos e podemos navegar entre si através da escuridão que consome nossa racionalidade. Ambos criados sem o conhecimento do que é amor e carinho, e é apenas natural que vamos estragar e perder a nossa posição no mundo cruel que consiste em amor. Eu paro no estacionamento do clube, gritando a uma parada na frente das portas do clube, não dando a mínima para o que Bull odeia. Eu coloco em ponto morto e puxo as chaves. — Bull vai chutar o seu traseiro, garoto bonito, — Hawk grita para mim, se inclinando contra o prédio e tossindo em um cigarro. Eu bufo. — Eu gostaria de ver ele tentar, — eu digo. Eu empurro as portas para o clube e ouço alguns dos meninos rindo e gritando no bar. Eu olho e vejo Candy deitada de costas, com um corpo que deixa um aperto no peito. Como eu pude achar ela sexy? É simplesmente revoltante vê-la. Eu empurro as portas para a sala de reuniões e me sento em uma das cadeiras, descansando os cotovelos sobre a mesa e deixando minha cabeça cair em minhas mãos. Eu sou uma bagunça. — Quero jogar cartas? Olho para cima e vejo Tom puxando uma cadeira ao meu lado. Ele senta e dá um tapa em uma pilha de cartas. — Parece que você precisa botar sua mente para fora das coisas, — diz ele, embaralhando as cartas. — Claro, — eu concordo, me endireitando. — Tudo bem?

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— Não realmente, — respondo cem um tom cortante. — Sim, eu ouvi, — ele me diz, olhando para sua mão. Eu olho para a minha mão e percebo que eu não tenho muito de uma. — Sim, e que é? — eu questiono. Tom para e olha para mim com suas mãos sobre as cartas. Eu sei que ele ouviu, e ele sabe que eu sei. — Que tal nós não falamos sobre isso, — eu digo, olhando ele de volta. — Você tem isso, — ele sorri, pegando uma carta da pilha. — Bobby! — chama Candy do outro quarto. — Ele esta lá? — eu ouço Bobby perguntar quando seus passos fica, mais altos em direção as portas duplas. — Se importa se eu falar com Shadow sozinho por um segundo? — Bobby pergunta, andando em minha direção. Tom olha para mim por um segundo antes de colocar suas cartas sobre a mesa. — Claro. — Tom se levanta de sua cadeira para sair. Bobby contorna a mesa e se senta na minha frente, seus olhos perfurando o lado da minha cabeça. — Vamos conversar sobre isso? — Bobby pergunta, quebrando o silêncio. Sua presença me deixa com raiva; eu não estou pronto para falar sobre essa merda. Eu puxo minha pistola do coldre e coloco ela sobre a mesa de madeira, o metal tintilando. — Sim, vamos conversar, — eu fervo. — Você está olhando para essa gravidez de um jeito errado. Você vai tirar de letra como um pai, e Dani vai ser quente como o inferno grávida, — ele sorri, a minha arma de frente para ele, mas não o afeta. Ele sabe que eu não vou matá-lo; não de propósito, de qualquer maneira. Eu olho para ele, porque só o pensamento dele pensando que Dani é quente me irrita. Nós sentamos em silêncio enquanto eu tomo o que ele me disse.

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— Você vai ser um ótimo pai, Shadow, — Bobby sussurra. Meus olhos saem da minha arma e vão para o rosto dele. — Vai ser cabeça quente como sua mãe, e uma lutadora como você, — diz ele com um sorriso. Eu não posso evitar o sorriso que se arrasta em meu próprio rosto com o pensamento de uma menina que se parece com Dani. Isso vai ficar bem. Dani e eu vamos ficar bem. Ter um filho com Dani é apenas mais de Dani, algo que eu nunca vou ter o suficiente dela. Eu preciso ir encontrá-la e ver onde sua cabeça está com tudo isso. Me levanto e pego a minha pistola da mesa, colocando no meu coldre. Eu sorrio para Bobby e ele ri. — Dani é minha e o bebê é meu, independentemente do meu DNA estragado, — eu digo a mim mesmo, em vez de Bobby enquanto me levanto. A boca de Bobby se abre com surpresa então ele dá um sorriso largo. — Então, estamos bem com isso. — ele pergunta. — Claro, — eu respondo com um sorriso. — Ter alguém pra te espancar para mim, foi muito mais fácil. Eu empurro as portas e sou cumprimentado com uma Candy bêbada. Ela desliza a mão para cima do meu peito e gira uma mecha do meu cabelo. — Ei, então eu ouvi que você está solteiro novamente, babe, — ela murmura, mastigando uma goma em sua boca. — Nem de perto, — eu digo, tentando escapar de seu cheiro de chiclete desprezível. Ela desliza a mão sobre a minha virilha e aperta. — Ouvi dizer que você e Dani não são mais, — ela insultou. Eu agarro ela pelos cabelos e a puxo, fazendo ela me encarar. — Dani poderia queimar este clube ao chão, e eu ainda não iria deixa ela para trás na minha cama, — eu esclareço cuidadosamente. — Você tem que estar de brincadeira comigo! Eu olho por cima do ombro de Candy e vejo uma Dani nervosa. Eu solto minha mão do cabelo de Candy e a empurro para longe de mim. Caralho.

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Dani pisa em direção de Candy e de mim, com o rosto vermelho de raiva. Ela vai matar Candy se eu não a impedir. — Dani! — eu grito, tentando chamar sua atenção, mas ela não para. Bato Candy para fora do caminho e pego Dani pela cintura, segurando ela forte em meu aperto e a levando para o fundo do corredor. — Candy, leve seu traseiro sujo para fora do meu clube! — Bull grita. Eu empurro a porta do quarto e coloco uma Dani hospital para dentro. — Você está grávida, você não pode fazer essa merda, — eu digo, apontando para sua cintura. — E o que te importa? — ela zomba, inclinando a cabeça para o lado. Sua sobrancelha tem marcas e tem uma contusão em sua bochecha. Mesmo sob toda a dor física, ela ainda está brilhando. Ela está chateada que eu a deixei no hospital, e eu não a culpo. — Eu precisava descobrir algumas coisas, — eu justifico. — Bem... — ela resmungou. — Por que você esta aqui? — eu pergunto, tentando não soar como um idiota, mas falhando miseravelmente. Ela se vira a cabeça para me encarar. — Meu pai quer que eu fique aqui. — ela traz a mão para cima e brinca com o lábio inferior; ela está nervosa. — Eu estou mantendo o bebê, — ela sussurra. Eu caminho em direção a ela, ver ela sofrendo é pior do que qualquer coisa que eu estou experimentando. Eu a pego pela nuca de modo rude, fazendo ela tomar um fôlego de surpresa. Eu levanto seu queixo para que ela seja forçada a olhar para mim. Eu me inclino mais baixo e dou em seu lábio inferior um beijo carinhoso. — Eu não iria deixar você escolher outra coisa, — eu declaro, meus olhos olhando para os dela atentamente. Sinto ela tremer, sua boca contra a minha, enquanto as lágrimas começam a escorrer por suas bochechas coradas. As letras abafadas de ‘Wild Horses’ dos The Rolling Stones bate contra a parede do quarto. Eu esfrego meu polegar áspero através de seu delicado rosto, enxugando suas lágrimas; a última coisa que eu quero é vê-la chorar.

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Agarro o seu pulso e coloco beijos suaves sobre a carne tenra, meus olhos nunca deixando os dela. Eu passo meus dedos com a minha outra mão pelo seu braço quebrado, as pontas dos meus dedos coçam quando entram em contato com o gesso rosa. Eu não posso evitar, mas sinto o fogo queimar no fundo com o pensamento dela machucada. Eu vou matar quem fez isso com ela. Ela agarra ambos os lados do meu rosto e começa a beijar meu queixo, seus beijos carinhosos fazendo o meu desejo por ela subir. Eu beijo seus lábios cor de rosa, levando ela para trás, para a cama. — Dani, você é minha. Isso não mudou e nunca mudará. Só me assusta pra caralho que eu vou ter de compartilhar a sua companhia, — eu sussurro, arrastando o dedo para baixo de seu abdômen. — Mas se você acha que eu estava te controlando antes, você não viu a merda ainda. Você vai começar a comer e descansar mais. — Faça amor comigo, Shadow, — ela sussurra. Eu quero fazer amor com Dani; eu não faço isso com frequência suficiente. Eu não posso ajudá-la, embora, porque quando Dani me toca, ela libera uma energia animalesca de mim. Quero reivindicar sua bunda com a marca de minha mão, deixar a minha marca em seu ombro com meus dentes, e fazer suas pernas tremerem depois que eu terminar com ela. Ela beija meus lábios e suavemente o suga no fundo em sua boca. Eu rosno em resposta e agarro a bainha de sua camisa, a puxando para cima lentamente. Ela levanta os braços para eu retirar, revelando seus seios rosados. Eu sorrio; ela não está usando um sutiã. Estar em torno do clube faz dela selvagem, eu adoro isso. Eu me inclino para baixo e chupo o seio na minha boca, ela arqueia de volta em resposta e entrelaça os dedos no meu cabelo. Seu doce mamilo fica duro contra minha língua, fazendo meu pau pulsar entusiasmado. Coloco seu corpo na cama desfeita e deslizo as mãos para baixo em seu torso e desabotoo seu short, puxando para fora. Eu sugo uma respiração com a visão de seus joelhos enfaixados; novamente, eu vou matar quem fez isso com ela. Encolho os ombros diante da visão, puxo minha camisa sobre a minha cabeça, e tiro as minhas botas. Eu puxo de uma vez minha calça para baixo com minha cueca preta, meu pau tão duro e irritado que parece roxo. Eu não quero mais nada do que levá-la duramente, mas esta noite eu vou fazer amor com Dani. Eu vou mostrar a ela a pressa depravada que ela traz para fora de mim quando ela me nega, a minha falta de clareza quando ela age como se não precisasse de mim.

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Eu escalo seu pequeno corpo, meus joelhos pressionando profundamente no colchão quando o meu corpo reclama o dela. Exijo os lábios, a língua dela os tomando como reféns, com sua intrusão. Ela envolve seus braços em volta do meu pescoço e abre as pernas, se entregando a mim. Eu pego a base do meu pau para guiá-lo em sua abertura quente. No mesmo instante, o meu corpo ferve com esse reconhecimento, tomando o corpo de Dani como um viciado em drogas em um só frenesi. Eu empurro nela lentamente quando tudo o que eu quero fazer é bater nela e ouvir que gemido que ela dará quando o meu pau levar tudo o que ela tem a oferecer. Ela arqueia de volta como se deslizasse em águas profundas, suas pernas apertando ao redor da minha cintura. Eu sugo uma respiração apertada quanto sua buceta se aperta em baixo no meu pau. Começo a empurrar devagar, saboreando a sensação de sua pele contra a minha. Eu posso sentir seus seios esfregar contra o meu peito enquanto eu deslizo para dentro e para fora dela sensualmente. Eu olho entre os nossos corpos e observo seus peitos empinados, eles parecem pouco mais cheios. Eu sorrio. Dani fica bem grávida. Meu pau desliza para dentro e para fora, sua excitação guiando meu eixo com facilidade. Corro o meu nariz ao longo de seu pescoço, dando a sua pele beijinhos suaves. Ela geme levemente enquanto suas paredes apertam em torno de meu pau, o aperto ampliando a minha ânsia de libertação. A respiração se torna irregular quando ela mergulha naquele reino do êxtase. Sinto espasmos nas minhas panturrilhas quando minhas bolas apertam, o sentimento é quase demais, então eu baixo o meu rosto na curva do pescoço de Dani, enquanto meus punhos agarram os lençóis ao seu lado. Meu corpo começa a vibrar com a minha própria ruína, enquanto eu grito alto. Eu me retiro do pescoço de Dani e olho para seu rosto bonito; ela é minha, e meu inferno e meu céu. O bom e o mau. Eu mal posso lidar com ela, e agora eu vou criar um filho com seu espírito. Eu beijo seus lábios apaixonadamente, em silêncio, aceitando o desafio.

DANI Eu acordo com meu braço quebrado coçando como louco, tento colocar o meu dedo dentro do gesso, na medida em que vai, mas não adianta. Eu gemo em frustração e olho ao redor da sala por algo para ~ 198 ~

colocar lá no gesso. Avisto uma caneta na ponta da mesa e quase esmago Shadow tentando chegar a ela. Ele geme enquanto eu me reposiciono no meu lugar e bato com a caneta para o lado de dentro meu gesso. Eu gemo com satisfação quando atinge a coceira. Shadow rola e sorri quando ele percebe o que eu quase o sufoquei até a morte para chegar a caneta que estava na mesa de cabeceira.

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— Melhor? — pergunta ele gravemente, sua voz carregada de sono. — Sim, — eu suspiro, puxando a caneta. Eu olho e pego Shadow de olho em meu braço no gesso rosa. Ele rola, puxa a gaveta aberta na mesa de cabeceira, e tira um gigante, marcador de tinta negra. — O que você está fazendo com isso? — eu pergunto, nervosa. Ele agarra meu braço e posiciona apenas como ele precisa, puxa a parte de cima do marcador com os dentes e pressiona no gesso rosa. Ele faz uns rabiscos no meu braço, eu não posso deixar de entrelaçar os dedos em seu cabelo espesso. Apenas o toque dele tem me disposta a rolar nos lençóis com ele. Então, novamente, poderia ser os hormônios. Será que as mulheres grávidas deveriam estar excitadas o tempo todo? Ele puxa a mão de volta do meu braço e coloca a tampa para o marcador. Eu olho para baixo e olho a obra de arte no meu gesso enquanto ele coloca o marcador de volta em seu lugar. Propriedade de Shadow Está escrito em tinta preta grossa com um esboço de uma cabeça de esqueleto sob ele. A rosa do gesso enche o crânio, se tornando uma cabeça de esqueleto rosa. Eu olho para ele em choque. Eu pensei que ele gostaria de colocar seu nome ou uma figura de um pau, não isso. — Você nunca usa seu maldito colete. — ele aponta para o meu braço, vestindo um sorriso em seu rosto. — Esse você não pode tirar. ~ 199 ~

Ele se senta na cama e esfrega o sono dos olhos como uma criança. — Eu vou pegar para você e meu bebê algum café da manhã, — diz Shadow. — Sim. O pensamento de comida soa bem, — eu respondo, furando a minha língua para fora. — Você vai comer, Dani, — Shadow diz, olhando para mim com aquela sobrancelha franzida que deixa aquela pequena ruga. Ele parece tão bonito quando ele faz isso que eu mordo minha bochecha para não sorrir para ele enquanto ele está tentando ser sério. — Isso me lembra que eu tenho uma coisa, — Shadow faz uma observação. Ele caminha até uma das gavetas da cômoda e abre. Eu tento olhar ao redor de seu corpo para ver o que ele tem, mas seu corpo musculoso bloqueia a vista. Ele se vira com livros e uma caixa na parte superior. — Você tem alguns livros sobre o que esperar quando está grávida, um livro com nomes de bebê, algumas vitaminas, e esta é uma caixa com alguns remédios que vão ajudar com o seu enjoo matinal. — ele coloca os livros para baixo com a caixa e joga os comprimidos ao meu lado. Eu pego a caixa de remédios e passo o meu dedo ao longo da capa de um dos livros. — Por que você conseguiu isso para mim? — pergunto em reverência. — Porque eu sabia que te deixar no hospital para descobrir minha merda foi um movimento errado. — ele se senta na cama e agarra meu queixo, movendo meu rosto para olhar para ele. — Porque eu quero que você e meu bebê estejam saudáveis, — ele sussurra. Ele se inclina e beija meus lábios com ternura, sua sensibilidade me tirando o fôlego. — Eu não quis te deixar quando eu saí. Eu só precisava descobrir como eu ia ser o homem que você e meu filho merecem. — ele pega um fio de cabelo do meu rosto e beija minha testa, suas palavras fazendo meu coração inchar com carinho. — Você vai me dizer o que aconteceu exatamente? — ele pergunta, apontando para o gesso no meu braço.

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Eu mordo meu lábio ansiosamente. A gravidez apanhou todos de surpresa após o ataque, e eu deveria saber que não iria durar. — Você já sabe tudo, — eu minto. Eu posso sentir meu rosto ficando vermelho de culpa. — Por que você não me diz de novo? — ele insiste, seu tom ameaçador. — Eu saí do trabalho e fui atacada, — digo a ele, olhando para a parede e evitando o contato visual. Ele me agarra pelo queixo duramente, me fazendo olhar para ele. — Então, por que você não me olha nos olhos e tenta de novo, — ele ordena, nervoso. Eu fecho meus olhos, tentando escapar daqueles olhos azuis tempestuosos de penetrar em minha concha de mentiras. Eu não deveria dizer nada, mas merda suficiente rolou após os acontecimentos de que eu e as meninas tínhamos feito. — Fale logo, Dani, — ele resmunga. — Eu não posso, — eu digo, me puxando para fora de seu controle. — Você está escondendo alguma coisa de mim, porra, — ele rosna, de pé. Ele se abaixa e pega meu queixo. — Você me pertence, e você e o nosso bebê são meus para eu cuidar. Eu não posso fazer isso a menos que você me conte tudo e pare de esconder essa merda de mim. Eu estou bem, com raiva e francamente chateada. — Esconder alguma merda? E o fato do sumiço da minha mãe! Você não estaria escondendo nada de mim sobre isso, não é? — eu pergunto, cruzando os braços na frente do meu peito. Shadow flexiona a mão, e eu posso sentir a raiva construindo dentro dele. — Você tem cerca de dois segundos para explicar, Dani, — adverte ele, ignorando a minha acusação dele ter algo a ver com o desaparecimento da minha mãe. Eu fecho meus olhos, sabendo que se Shadow tem alguma coisa a ver com isso, significa que ela não está viva mais. Eu não tenho certeza se eu me sinto aliviada ou triste com o pensamento. Abro os olhos para ver um Shadow muito irritado, inchado e furioso, esperando pela minha resposta. — Tudo bem, — eu sussurro, esperando que Babs me perdoe. — Saí de onde você esteve estacionando, e um carro muito rápido veio em

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minha direção. A porta do motorista me bateu, me fazendo cair. — eu aponto para o machucado comendo meus joelhos. — Um grupo de homens saiu do carro e disse: ‘isto é por Darin’ antes de bater me bater com um bastão. — estou estranhamente calma quando eu digo a ele tudo isso. — Darin? — pergunta Shadow na confusão. Eu viro minha cabeça, não querendo dizer mais. — Dani, — ele ameaça. Eu não vou ser um rato; meu status por aqui já é exatamente isso. Eu olho em seus olhos irritados olhando de volta para mim. — Você vai ter que perguntar a Babs sobre o resto, — digo a ele.

SHADOW A palavra com raiva não é nem mesmo no meu vocabulário agora. Estou além disso. Eu puxo minhas botas mancando pelo corredor até o quarto de Bull. Eu bato, o meu punho batendo contra a velha porta. Ele abre a porta. — Que porra é essa? — ele grita. Seu cabelo é uma bagunça e ele está vestindo nada além de boxers puídos. — Vista-se; precisamos ver Babs agora! — eu exijo antes de me afastar. Espero Bull no meu carro enquanto ele retira sua bunda para fora da cama. — Você quer explicar o que diabos está acontecendo? — Bull pergunta, caminhando para fora do clube e acendendo um cigarro. — Vamos no carro. Vou explicar no caminho até lá, — eu digo a ele, subindo para o meu carro. — Você nem fodendo estacione assim de novo. Quantas vezes eu tenho que te dizer, garoto? — pergunta Bull, ficando ao meu lado.

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Eu ligo o carro e saio do pátio, o ignorando. — Você vai me dizer por que você me acordou, Shadow? — ele pergunta, descansando a cabeça no encosto de cabeça. — Os ataques de Dani e Babs estão relacionados. Elas se colocaram em alguma merda e Dani não vai me dizer: — eu informo. Bull olha para mim instantaneamente. — Teimosa como a mãe dela, — Bull sorri. — O que Dani disse? — Que eu deveria pergunta a Babs, — eu respondo, levantando as sobrancelhas, irritado com a situação. — Merda, — murmura Bull sob sua respiração. — Vocês dois descobriram o que vão fazer? — pergunta ele, se referindo a gravidez de Dani. — Sim. Parei em alguma loja de gravidez para pegar livros e remédio para ela, — eu respondo. Bull ri. — Você já está aprendendo. Me lembrei de andar na loja de gravidez maldita antes de ir para o clube na noite passada. Eu sabia que eu fodi tudo deixando Dani para descobrir o que fazer, mas eu não queria dizer algo que eu não queria dizer, então eu saí. — Posso ajudar? — a pequena mulher diz quando ela percebe que estou de pé em uma loja cheia de mulheres grávidas, vestindo meu colete e de atitude áspera para todo mundo ver. Tenho certeza de que parecia que eu tinha tomado um rumo errado. — Minha mulher está grávida e que ela fica doente o tempo todo, — eu respondo, a sensação de ansiedade. — Oh, parabéns, — ela disse. — Eu tenho as coisas. Aquela senhora sentou lá explicando uma caixa de remédios para mim por vinte minutos, e em seguida me mostrou uma prateleira cheia de vitaminas por mais vinte minutos. Eu disse „Dane-se‟. Quando fui pagar, a senhora começou a falar de nomes do bebê e nomes do bebê das celebridades; ela não calava a boca. Eu só queria meu troco de volta. — Há uma vaga, — diz Bull, apontando para um lugar de estacionamento perto das portas do hospital.

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Eu o ignora estaciono na ‘não zona de estacionamento’ ao invés. Nós entramos no quarto de Babs e olhamos um monte de enfermeiras e um médico de pé em torno de sua cama. — Hora da morte: 4h45, — diz o médico, olhando para o relógio na parede. — Que porra é essa? — pergunta Bulls. — Sinto muito. Você é um familiar? — uma enfermeira pergunta, correndo na frente de Bulls. — Isso mesmo, eu sou, — Bulls grita, empurrando a enfermeira fora do caminho. Ele faz o seu caminho para Babs e pendura a cabeça baixa. — O que aconteceu? — ele pergunta baixinho. — Eu estava em cirurgia quando recebi a chamada de socorro. Ela teve um acidente vascular cerebral; isto pode ter sido causado por um coágulo no cérebro. Sua cabeça levou bastante impacto quando ela caiu, e coágulos cerebrais são difíceis de encontrar. Fizemos tudo o que podíamos, — diz o médico, seu tom sombrio, olhando para um gráfico. — Eu liguei para o marido dela há dez minutos quando a paciente começou a ter problemas, — diz uma enfermeira, dando um passo atrás do médico. — Você conseguiu uma resposta dele? — pergunto. — Sim, — ela responde. Bulls pega a mão de Babs e fecha os olhos, seu corpo caindo para frente com um soluço. Eu sempre me perguntei se Babs e Bull tinha alguma coisa, e agora eu sei que eles tiveram. Vou até Babs e olho para ela, sabendo que não vou ver a mãe do MC novamente. Seu cabelo vermelho brilhante está enrolado em torno de seu rosto, e as sardas são vibrantes contra sua pele pálida. Eu fecho meus olhos e esfrego com os dedos, a emoção da situação pesando em mim. Ela era como uma mãe para mim e Bobby, a única que eu realmente já tive. — Alguém vai pagar por isso, — Bulls ameaça, com os olhos fechados e os lábios perfurados com raiva. Ele se levanta e beija os lábios de Babs com ternura. Enquanto seus lábios se tocam, um ligeiro soluço lhe escapa. Me viro e caminho para fora, dando a ele um tempo. Vendo o presidente do seu clube - o ~ 204 ~

fodão que não engole sapo nenhum - não é algo que qualquer um pode segurar de ânimo leve. Segundos depois, Bulls sai do quarto do hospital, com o rosto triste e pendurado. — Você vai começar dizendo tudo pra Dani, — ordena de Bull, seu tom afiado e exigente.

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Capítulo catorze DANI Eu enxáguo o sabão do meu rosto e fecho a torneira, o cheiro de sabão de Shadow ainda persistente no ar enevoado. Eu pego uma toalha e salto para fora do chuveiro, então eu espreito o espelho, com medo do que eu possa ver. Eu não olhei no espelho desde meu ataque. Notei o pequeno arredondamento, pontos negros serpenteando dentro e fora do canto da minha sobrancelha e manchas amareladas e azuladas no meu pescoço e ombros, onde eles me chutaram. Eu fecho meus olhos para tentar lavar as imagens para longe, mas eu ainda as vejo nadando na escuridão por trás de minhas pálpebras fechadas. Eu os abro e volto para me vestir, colocando alguns shorts jérsei e um top leve branco - algo leve e arejado. A porta do quarto se abre e Shadow entra, esfregando a parte de trás do seu pescoço — Sente-se, Dani, — Shadow pede. Eu faço o que ele pede, hesitantemente. Shadow caminha e se ajoelha na minha frente. — Babs faleceu, — ele sussurra. — O que? — eu questiono, saltando para fora da cama, perturbada. — Ela faleceu hoje, — Shadow afirma, em pé comigo. — Mas como pode ser? — eu pergunto, chocada que sua saúde se desintegrou tão rapidamente. — O médico disse que ela teve um acidente vascular cerebral, possivelmente por um coágulo no cérebro que poderia ter sido causado por sua queda, — explica Shadow, me puxando para perto. Eu agarro a sua camisa e o puxo para perto. Um grito estrangulado quebra em

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minha boca, conforme Shadow envolve seus braços em volta de mim, enquanto a turbulência da situação lança através de mim. — Dani, eu preciso que você me conte tudo o que sabe, — Shadow diz, puxando meu queixo para cima. — Eu não posso te manter segura se você não contar. — Tudo bem, — eu sussurro, enquanto as lágrimas deslizam pelo meu rosto. Poderia facilmente ter sido eu naquela cama, e se eu não contar ao Shadow o que aconteceu, poderia ser outra old lady. — Babs tinha uma sobrinha cujo namorado a espancava para entrar em suas drogas. Então, eu e as meninas fomos e pegamos o cara na van do clube e levamos ele em algum lugar para ensinar a ele uma lição. Agora eles estão vindo por nós, — eu deixo escapar. — Onde vocês pegaram esse cara? — Shadow questiona, seu tom de voz grave e mandíbula apertada. — Eu não sei. Eu estava na parte de trás da van, então eu não podia ver nada. Nós o encontramos atrás de um prédio com luzes verdes em todo seu entorno, e ele estava vestindo uma bandana verde. Isso é tudo que eu sei. — Merda, — Shadow murmura. — O que? — pergunto humildemente. — Eu acho que vocês meninas nos jogaram em uma guerra de territórios do caralho. Nós não somos permitidos ao longo daquele lado da cidade, e eles não são permitidos aqui. Você meninas indo lá e mexendo com aquele cara foi estúpido. Por que Babs apenas não o trouxe para a mesa? — Babs disse que ela disse ao Locks, mas ele disse a ela que não; que não era negócios do clube, — eu informo. — Mantenha sua bunda aqui. Eu tenho que ir encontrar o seu pai, — Shadow ordena, apontando para a cama. Eu me sento na cama, lanço meu rosto em minhas mãos e soluço. Eu não posso acreditar que Babs realmente se foi. Ela tem sido uma amiga para mim desde que cheguei aqui, ela era família.

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SHADOW — Eu chamei todos vocês aqui, porque eu tenho uma má notícia, juntamente com o clube estar em bloqueio2, — Bull declara, tomando um gole de uma garrafa cheia de uísque. — O que? — Bobby pergunta, olhando Bull com preocupação. — Babs faleceu há uma hora, — Bull revela lentamente, seus olhos começando a revirarem. Eu posso dizer que ele está tentando agir duro pelo clube, mas ele está falhando. — O quê? — Bobby exclama, se levantando de sua cadeira. — Calma, — Bull afirma categoricamente. — Onde diabos está Locks? — Old Guy pergunta. Eu olho ao lado de Bull onde Locks geralmente se senta, mas só há uma cadeira vazia. — Eu imagino que ele provavelmente está levando isso muito difícil, — diz Bull. Com a forma como Locks vem tratando Babs ultimamente eu duvido disso. — De qualquer forma, estamos em bloqueio porque parece que nossas old ladies foram em uma missão para resgatar a honra da sobrinha de Babs sem o nosso conhecimento, — Bull continua, esfregando as mãos para cima e para baixo em seu rosto. — Achamos que o cara que elas atacaram está sob a proteção de Augustus. — ele olha para cima de sob suas mãos, esperando pela explosão dos caras que está prestes a acontecer. — O Kingpin? — pergunta Bobby. — Sim. Elas sequestraram um cara, bateram nele e o deixaram ao lado da estrada, — informa Bull.

Do original lock down, é quando acontece algo no clube e eles se fecham. Ninguém entra e ninguém sai por um determinado tempo. 2

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— Elas o pegaram atrás de um clube com luzes verdes. Eu estou pensando que é o The Green Room, que está no lado errado da cidade, território de Augustus, — eu sibilo. — Malditas mulheres, — Hawk ruge. — Por que elas não trouxeram para a mesa? — Bobby pergunta. — Aparentemente, Locks não achou digno da mesa, — eu fervo. Isso não era para ele decidir; ele deveria ter trazido para a mesa de votação. — Então, o que agora? — Old Guy pergunta. — Ir contra Augustus e seus meninos vai ser um inferno de uma guerra. Eu nem tenho certeza se ele é o único atacando. Nós temos que pensar nisso antes de ir para esse lado da cidade e fazer rondas, — Bull nos diz, acendendo um cigarro. — Vou fazer algumas escavações, ver com o que eu posso conseguir. Até então, o clube está em bloqueio, — Bull termina. — Todos estão contabilizados, exceto Cherry, — diz Hawk a partir da extremidade da mesa. Eu sorrio. Cherry é uma rebelde. Ela está sempre contra o clube, quebrando leis a torto e a direito. Ela é a pior dor na bunda que este clube tem que aturar. Ela tem sorte que devemos a Phillip. Bull geme um estrondo de frustração. — É claro que ela não está.

DANI Eu me sento na cama e eu posso ouvir o clube se tornar pesado com bate-papo ocioso conforme ele é preenchido com a família e amigos íntimos. Se eu soubesse que atacar aquele menino com Babs teria levado a isso, eu não nunca teria ido até o fim. Eu não me senti a mesma desde que quase matamos aquele cara. Eu nem sei se ele está vivo. Shadow entra no quarto e se inclina contra a parte de trás da porta; ele parece exausto.

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— Reunião difícil? — pergunto. — Você poderia dizer isso, — ele responde com sarcasmo. — A notícia de que Babs se foi e você senhoras nos jogaram em uma guerra de territórios não é exatamente algo para se comemorar. Eu mordo meu lábio inferior e olho para o chão; ele está certo. — O que me irrita mais é Locks. Ele deveria estar tentando vingar a morte de sua esposa, — Shadow continua, com as mãos em punhos ao seu lado. — Ele já estaria preso se não fosse pelo respeito que tenho por seu pai. — ele olha para mim, seus olhos me prometendo que faria qualquer coisa para me proteger. O quarto está cheio de tensão e silêncio. — Eu estou indo buscar algo para comer, — ele finalmente diz, mudando de assunto e saindo, batendo a porta atrás de si. Minutos depois, ele volta para o quarto com um pote de sorvete de chocolate e uma colher. Ele inclina suas musculosas costas contra a porta de madeira e tira a tampa do recipiente de plástico usando o polegar. Eu não posso deixar de rir. Ele está sempre comendo sorvete de chocolate. — O que é tão engraçado? — ele pergunta, enfiando uma colherada na boca. — Você, — eu respondo, apontando para seu pote de sorvete. Ele olha para cima de debaixo de seus cílios grossos com olhos encapuzados. — Você quer um pouco? — ele oferece, se empurrando da porta e caminhando em minha direção. Ele mergulha a colher de prata no chocolate cremoso e o coloca a centímetros da minha boca. Eu olho para seus olhos azuis travessos e abro minha boca lentamente assim que ele move a colher um pouco para frente. Eu avanço para envolver o chocolate, mas ele o puxa antes que eu possa fazer contato. Eu lanço minha cabeça para trás e rio de sua brincadeira. Ele olha para trás no armário, em seguida, de volta para mim com o olhar de um homem em uma missão antes de pegar uma bandana preta da cômoda.

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— O que você acha que você vai fazer com isso? — eu pergunto nervosamente. Shadow sorri como o próprio diabo com os olhos encapuzados. Eu reconheço aquele olhar de cobiça em seus olhos, e eu avalio em ter relações sexuais com Shadow depois de apenas ouvir sobre a morte de Babs. Ele coloca o pote de chocolate de lado e gesticula a mão com um giro. — Vire-se, — diz ele. Eu olho para ele, sem saber se eu quero que ele me vende. — Confie em mim, — diz ele em voz baixa, com os olhos levantados com emoção. — Parece errado, com Babs e tudo, — eu sussurro. Shadow lambe o chocolate de seus lábios lentamente enquanto ele manuseia a bandana. — As pessoas têm diferentes maneiras de lidar com a morte, — ele responde. Eu não posso negar Shadow. Eu anseio por sua afeição nesta hora escura - apenas nós juntos, aliviando a nossa dor. Eu inalo uma respiração profunda e viro lentamente. Ele envolve o tecido mole ao redor do meu rosto manchado de lágrimas, minha visão escurece assim que ele é colocado sobre os olhos. Ele o puxa enquanto ele amarra atrás da minha cabeça com força. Tudo o que vejo é escuro como breu. Não há nem mesmo um feixe de luz escorrendo para dentro. Eu posso sentir minha respiração ir pesada conforme meu coração dispara contra meu peito. Confio em Shadow, mas isso está levando a confiança em um nível totalmente novo. — Você acha que o sexo era grande antes, mas você não tem ideia, — ele sussurra em meu ouvido, o cheiro de chocolate vindo de sua respiração. Suas palavras me fazem lembrar o quanto mais de sexo ele teve do que eu. O pensamento de que ele vendou os olhos de outras antes me faz inveja. Ele puxa minha camisa sobre a minha cabeça, as mãos deslizando pelo meu corpo enquanto seus dedos se ligam com a bainha do meu short jérsei. Ele lentamente os puxa, o nariz trilha atrás deles ao longo de minhas pernas.

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Shadow me dirige para trás até que as costas das minhas pernas batem na cômoda. Ele agarra meus quadris e me levanta em cima dela, seu topo frio contra o meu traseiro, fazendo arrepios rastejarem em meus braços. Ele traz seus lábios nos meus, me dando um gosto do chocolate que ele me negou, sua língua é exigente e ávida. Ele quebra o abraço e beijos começam à direita no meu pescoço, para baixo na minha clavícula, sobre os montes de meus seios. Meu corpo cantarola com o desejo do toque carinhoso que Shadow oferece, me trazendo do meu luto para alegria. Ele dá um duro beliscão no meu mamilo, fazendo meu corpo acender com prazer. Ele continua a me beijar para baixo do vale dos meus seios, em toda a minha barriga, indo para o sul. Meu estômago aperta com antecipação, imaginando qual é seu próximo passo. Ele agarra a parte inferior das minhas coxas e corre de volta, empurrando meu corpo em direção ao espelho atrás, em seguida, puxa para cima, dobrando minha metade inferior para cima. Tento mexer a cabeça para soltar o lenço, mas não adianta. Eu sinto minhas pernas sobre seus ombros e antes que eu possa protestar, sua boca colide contra o meu núcleo molhado, a sensação de frio me sacudindo. — Oh, meu Deus! — eu grito, enquanto ele ri contra na minha abertura. Ele desliza os dedos quentes em mim e começa a bombeá*los dentro e fora dolorosamente lento. — Nunca pensei que o chocolate poderia ter um gosto melhor, — ele murmura, sua voz retumbante contra o meu clitóris. Minha mão bate sobre sua cabeça enquanto ele envolve meu clitóris, a intensidade das sensações esmagadora. Sua língua gelada assalta minha buceta e seus dedos aquecidos mergulham dentro e fora. Meu corpo está vibrando com a liberação, enquanto sua língua molhada devora meus sucos, confuso com o calor no interior e a nevasca no lado de fora. Eu começo a ofegar em respirações curtas enquanto eu começo a rodar meus quadris em um movimento circular, tentando agarrar essa liberação que a língua de Shadow está causando. Ele para por um segundo, me fazendo murchar, e minha mão perde o contato com sua cabeça enquanto ele se curva do seu lugar. Em poucos segundos, ele está de volta, e minhas mãos retomam seu lugar. Eu me preparo para o ataque frio que está prestes a acontecer, mas não adianta. Assim que sua boca cai para baixo na minha abertura aquecida, eu clamo; ele é

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tão frio que beira ao doloroso. Eu gemo alto assim que minhas ondas começam a bater duro. Quando eu acho que eu não aguento mais, Shadow circula o polegar ao longo do meu clitóris enquanto sua língua se lança dentro e para fora, fazendo meu orgasmo atingir seu auge. Eu arqueio para cima e grito com a minha libertação, o calor avassalador e o congelamento ártico na língua de Shadow. Eu bato de volta contra a cômoda, meu corpo arfando, sem fôlego. Shadow desata a escuridão, que consome a minha visão. Seu cabelo está em estado de acabou de foder e sua boca forma um sorriso diabólico. Ele desliza os dedos em sua boca, sugando minha umidade e chocolate a partir deles. — Minha vez, — ele sorri. Shadow me agarra pela cintura e me vira, assim a minha bunda está no ar e meu peito está deitado em cima da cômoda. Ele pega meu cabelo em seus punhos e dirige seu comprimento dentro de mim, me fazendo perguntar quando ele tirou a roupa. Ele empurra duro, seu pau insaciável e sedento por mim. O prazer começa a construir novamente. Shadow grunhe conforme ele serpenteia sua mão ao redor e pega minha garganta levemente, me fazendo gemer alto. A cômoda bate contra a parede, me fazendo perguntar o quanto mais ele pode tomar. Eu olho para o espelho e observo Shadow - seus olhos estão olhando para seu comprimento batendo dentro e fora de mim sem descanso, sua boca se separara um pouco com os olhos encapuzados. Ele acelera seus quadris para cima assim que ele começa a pulsar dentro de mim. Ele rosna e puxa para fora, então me vira e pulveriza seu sêmen em todo o meu estômago e peito. Pequenos solavancos de pingos brancos batem contra a minha pele, reivindicando meu estômago. Ele leva a mão e o esfrega em torno na minha pele. — Minha, — ele declara enquanto ele esfrega a mão em círculos sobre mim e o bebê, reivindicando a sua propriedade. Uma batida vem à porta, me fazendo correr ao banheiro. Shadow guarda seu pau rapidamente a porta arremessa aberta. — Ahhh, porra, cara! — Bobby grita, protegendo os olhos. Eu espreito a minha cabeça em torno do batente da porta do banheiro e vejo Bobby segurando sua mão na frente de seus olhos. — Que inferno você quer? — Shadow pergunta.

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— Nós temos um problema com Cherry, — Bobby responde, olhando para longe de Shadow. — Estarei lá em um segundo, — Shadow diz. Bobby fecha a porta, amaldiçoando sobre sua respiração. — Você acha que ela está bem? — pergunto, andando para o quarto. — Eu não sei. Ela se recusou a aparecer quando ela foi convidada a trazer sua bunda aqui, — explica Shadow, puxando sua calça jeans, sem cuecas. Shadow sem cueca é algo que nenhuma mulher poderia se acostumar. — Eu estou indo, — digo a ele, pegando minha camisa do chão. Acho minhas roupas e as deslizo rapidamente, não me importando com o chocolate pegajoso entre as minhas pernas ou o fato de eu ter Shadow manchando em toda minha metade inferior. Nós andamos pelo corredor e vemos Vera e Molly dando tapinhas Cherry nas costas. — Cherry? — eu sussurro, andando até a banqueta que ela está sentada. Ela olha para mim e percebo o rímel manchado em seu rosto, seus olhos verdes cinzentos vermelhos de tanto chorar. — Oh, Dani, foi horrível, — ela soluça. — O que aconteceu? — pergunto conforme ela bate a cabeça no meu peito. — Eu quase morri. Um carro me perseguiu, — ela exclama histericamente. — Eu corri em uma loja e me escondi lá até que eles foram embora. — suas palavras são tão altas que eu mal consigo entende-la. Eu esfrego a parte de trás de sua cabeça em apoio — Eu posso me relacionar. Não há medo como correr de um veículo, olhando por cima do seu ombro e sabendo que isso pode acabar com sua vida como você a conhece a qualquer segundo. — Missa, agora, — meu pai ordena, apontando para as portas da sala.

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SHADOW — Essa é a terceira old lady que foi atacada, — Bull diz, acendendo um cigarro. — Os ataques estão aumentando, — Old Guy aponta. — Eu acho que precisamos chegar a isto e rápido, — eu estalo, meus dedos coçando para matar o homem que machucou Dani e matou Babs. — Eu concordo, mas nós retaliamos de forma inteligente, — diz Bobby, me olhando. Ele sabe que eu adoraria ir lá com armas em punho, e acabar com Augustus, ele está protegido fortemente, por isso precisamos ter cuidado. O telefone de Bull começa a tocar enquanto os meninos conversam sobre estratégia. Eu não posso deixar de notar o olhar de choque em seu rosto quando ele olha para quem está chamando. — Silêncio, rapazes, — ele exige enquanto ele clica em um botão e coloca o telefone em cima da mesa. — Augustus, — Bull cumprimenta. — Bull, — a voz profunda responde do outro lado da linha, o telefone no viva-voz para que todos possamos ouvir. — Você atacou três das minhas senhoras, uma das quais está agora morta, — Bull declara, apertando sua mandíbula. — Senhoras que cruzaram sua linha de território, e isso é novidade para mim que uma delas está morta. Eu sinto muito em ouvir isso, — diz Augustus, seu tom sem emoção. Eu cerro meus dentes em seu pedido de desculpas patético, ele não poderia me importar menos. — Você quer uma guerra, você tem isso, — Bull declara, olhando para o telefone conforme ele atinge sua mão para desliga-lo. — A menos que você queira que eu coloque sua muito pequena filha no chão junto com o resto desses motoqueiros lixos brancos, eu

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espero você no meu armazém em duas horas. — a linha clica, terminando a chamada. Bull pega o telefone e olha para mim, seus olhos combinando com os meus, com medo de que se não cumprirmos, a garota que nós dois nos importamos pagará. — Vamos cuidar de negócios, meninos, — Bull ordena, colocando o telefone no bolso rapidamente. — Vamos montar, — Bobby concorda, jogando sua cadeira para trás. Eu ando para meu quarto e puxo uma gaveta para fora, agarrando munição extra e outra arma para a cintura de minhas calças antes de colocar minha pistola favorita no meu coldre. — Você está saindo? — Dani diz, entrando no quarto. Seus olhos pegam minha arma no coldre e ela para. — Isso é muito perigoso, Shadow, — ela me diz, acelerando e agarrando minha camisa. — Eu vou provar para você que eu posso proteger você e o bebê, Dani, — eu declaro, encolhendo os ombros no meu colete. — E se você se machucar, ou pior, morrer? — pergunta ela, seu dedo traçando a tatuagem no meu braço. Eu rio. — O único que vai se machucar é o cara que te atacou. — eu me inclino para baixo e reivindico aqueles lábios, os possuindo e os guardando na memória. Eu sou homem o suficiente para dizer que eu estou receoso que eu não possa retornar. Augustus é um filho da puta duro, e poderíamos caminhar para uma armadilha e não saber, mas não vamos garantir a toe tag3 de Dani e das outras mulheres. — Eu não estou dizendo adeus, porque não é, — afirma contra os meus lábios. — Justo o suficiente, — digo. — Mate os bastardos, — ela sussurra, com o rosto sério. Eu amo essa corrupta menina que sabe que isso tem de ser feito e me apoia, ainda que teme pela minha segurança da mesma forma.

Toe tag é um pedaço de papelão normalmente ligado com corda ao dedão do pé de uma pessoa morta no necrotério. 3

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— Eu amo você, porra, — quero expressar tão sinceramente quanto possível, apanhando seus lábios mais uma vez. Eu me lanço para trás e ficando ao lado da minha moto, esperando pelos outros quando Bobby sai das portas. — Eu sei que já passamos por alguma merda juntos, irmão, mas eu quero que você saiba que eu tenho hoje à noite a suas costas, — diz ele, me batendo nas minhas costas. Eu olho para ele, — o cara com quem eu cresci, quem me aceitou por quem eu era, meu irmão. — Eu não quereria mais ninguém, — eu respondo com sinceridade. Bobby sorri enquanto ele monta em sua moto, assim como os outros começam a derramar para fora do clube. Eu dou partida na minha moto e aguardo Bull ligar a sua. Eu olho para o clube e vejo uma Dani brilhante de pé ao lado das outras meninas, a visão dela naquele aspecto rosa alimenta minha necessidade por redenção. Haverá almas pagando dívidas hoje à noite.

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Montando, tudo no que posso pensar é em Dani e o bebê. E se eu não conseguir voltar, ou se ela acabar sendo morta? Minhas mãos apertam o guidão com raiva. Isso é tudo culpa de Locks. Sua bunda nem sequer teve a coragem de atender o telefone quando Bull ligou mais cedo. Bull disse foda-se e decidiu se reunir com Augustus sem ele. Bobby acelera seu motor enquanto monta perto de mim, me tirando dos meus pensamentos. A noite está se aproximando rapidamente enquanto nós vamos para Augustus. Quando estacionamos, nós puxamos no que parece ser um armazém abandonado. Descemos de nossas motos e olhamos a ligação a baixo, enquanto o vento uiva, fazendo uma cerca de arame enferrujada chacoalhar. Relâmpagos iluminam o céu, nos advertindo de uma tempestade. O pavimento está rachado com mato que brotam através das fendas.

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— Vamos acabar logo com isso, rapazes, — diz Bull, caminhando em direção ao prédio. De passagem, notamos uma lona azul rasgada sobre o que parece ser um veículo. Não dando a mínima, Bobby o puxa para olhar por baixo. É um Monte Carlo branco com sangue no parabrisa e capô. Tem que ser o carro que atingiu Babs. — Jesus, — Bull exclama, seu tom de voz embargado de emoção e os punhos cerrados ao lado do corpo. — Eu acho que nós sabemos agora que foi definitivamente Augustus e seus homens que bateram em Babs, — Old Guy diz, observando o sangrento e rachado para-brisa. Bobby recua a lona, sacudindo a cabeça com raiva. Nós andamos ao redor, vemos uma entrada sem porta e entramos. Minha mão vai imediatamente para a minha arma, pronto para um tiroteio.

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Capítulo quinze SHADOW — Ah, os Devil’s Dust estão aqui, — diz Augustus, descendo uma escada com corrimão e ajustando sua gravata, a qual combina com o terno preto. Seu cabelo preto longo está penteado para trás em um rabo de cavalo, e seus sapatos pretos brilham por causa da luminária fluorescente que paira acima. — Tão bom que vocês pararam por aqui. — Alguém vai pagar pela vida de uma das minhas meninas, — Bull grita. — Entendo, — Augustus diz, alisando o cabelo para trás com a mão. — George gostava de brincar de ‘gato e rato’ com suas meninas, mas ele não segue as ordens diretamente. Parece que ele se empolgou com uma, e peço desculpa por isso. — ele aponta na direção de George. Ele é baixo e tem uma bandana verde abaixada para que você não possa ver seus olhos. Ele tem tatuagens que não fazem qualquer sentido esboçado em todo seu pescoço, e nos nós dos dedos. Ele vai morrer esta noite. Ele só não sabe disso ainda. — Sejam gentis e abaixem suas armas, meninos, — Augustus ordena, chutando uma caixa azul em nossa direção. — Nós parecemos estúpidos? — Bobby pergunta. — Façam isso, — Augustus demanda. Ele estala os dedos e dois rapazes de pé atrás dele apontam um rifle para nós. Eu puxo a minha arma do meu coldre e a jogo na caixa enquanto os outros caras fazem o mesmo. — Fale, — diz Bull. — Certo, — Augustus diz, afrouxando aos punhos em suas mangas. — Quando suas pequenas cadelas aleijaram meu sobrinho, eu ia matar cada uma delas.

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Meu nariz se alarga com raiva; eu o mataria agora se eu pudesse, mas Augustus está muito protegido, então se eu mata-lo, eu asseguro a minha morte e do resto de nós. — Eu até mesmo enviei um aviso para que você soubesse que a guerra tinha começado. — ele olha para cima de seus punhos e funga. — Eu amava aquela moto. — a voz de Locks soa atrás de mim. Eu me viro e encontro Locks andando atrás de nós. — Que merda? — murmuro. — Locks? — Old Guy questiona, tão chocado quanto eu que ele está aqui. — Quando eu descobri que uma das meninas que bateram no meu sobrinho era sua filha, uma nova oportunidade de negócio veio à luz. Eu pensei em barganhar com você, — continua Augustus, ajeitando a gravata. — Barganhar comigo o quê? — Bull pergunta, tirando seu olhar de Locks para Augustus. — A vida da sua menina por um pequeno negócio, — explica Augustus. — Você me deixa correr as drogas no seu lado, e você pode correr as armas do meu lado. Você ganha algum dinheiro, e sua menina pode viver. — ele dá de ombros como se não fosse grande coisa. Bull vira a sua cabeça, olhando para mim, seus olhos silenciosamente me perguntando se ele acha que deveríamos fazer isso. Eu assinto. Eu concordaria com qualquer coisa para garantir a segurança de Dani. — Então isso está acabado? — Bull pergunta. — Acabado. — diz Augustus, acenando. — Tudo bem, — Bull diz. — Fantástico, — Augustus sorri, mas continua casualmente, — No entanto, eu não tolero negócios com clubes que têm ratos entre eles. — Que porra você está falando? — pergunta Bull. — Por que você não conta a eles, Locks? — diz Augustus, olhando para o nosso irmão. Todos nós viramos e olhamos para Locks que está de pé a poucos metros atrás de mim. — Sobre o que diabos ele está falando? — Bull reitera. ~ 220 ~

— Você pode muito bem dizer a eles, — Augustus sorri. Locks olha para Augustus e depois de volta para Bull. — Você perdeu suas prioridades quando você deixou sua família no clube. Você jogou o cuidado para o vento quando sua filha voltou, — cospe Locks, apontando para Bull. — Dani era uma ameaça para o clube, e ela deveria ter tido uma bala colocada em sua cabeça. — ele olha para mim, especulando que deveria ter sido eu a mata-la. — Quando Babs me contou sobre a sobrinha dela, eu disse a ela não, e deveria ter sido o fim de tudo. Mas como você estava transando com ela, ela pensou que podia fazer o que quisesse. — Bull recua em suas palavras. — Você nunca mereceu Babs, — Bull ferve, suas palavras calmas e serenas. Seu rosto se aperta, seus olhos encapuzados com ódio. — Eh, isso é motivo de debate, — Locks rosna. — Eu sabia que Augustus estaria louco por sangue, então eu comprei o meu tempo. Quando minha moto foi explodida, eu sabia que foi Augustus e eu sabia que era apenas o começo de uma guerra. — Como você saberia que foi Augustus? — Bobby pergunta. — Eu encontrei o cara que a sobrinha de Babs estava namorando uma vez, eu sabia que ele era um dos meninos de Augustus pela bandana verde, — responde Locks. Se ele sabia quem o namorado era, e que Babs não ia deixar a situação do cara bater em sua sobrinha, então Locks armou para Babs. Meus dedos se contorcem com vontade de estrangular meu irmão traiçoeiro. — De qualquer forma, eu vim para Augustus com um negócio, e em troca eu estaria protegido de sua retaliação, — ele termina, sua calma e tom casual, como se isso devesse fazer sentido. — Que acordo? — Bull rosna. — Ele me deu a localização de cada uma das suas garotas, — diz Augustus, mexendo o pote de traição. — Na verdade, se o menino amante não tivesse aparecido, sua filha poderia ter morrido naquela noite no clube. — ele olha diretamente para mim e, em seguida, à sua esquerda. Eu sigo sua linha de visão e vejo o cara que estava dando um tempo difícil a Dani naquela noite no clube há um tempo atrás.

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— Mas o Menino Amante foi uma bênção disfarçada. Se eu tivesse matado sua filha, eu não teria sido capaz de fazer este negócio, agora, iria? — Augustus sorri. — Você me traiu, — afirma Bull com os dentes cerrados para Locks. — Você fez isso a si mesmo. Você deixou os negócios do clube vir em segundo lugar quando sua filha apareceu, jogando todos em perigo, — Locks responde, seus lábios se curvam com raiva. — De qualquer maneira, isso tem que ser tratado, — Augustus solicita, puxando uma pistola do paletó. Ele a aponta em Locks, que está bem atrás de mim. Os olhos de Locks se alargam quando ele percebe que a arma está apontada para ele e me agarra pelos ombros, me usando como escudo. A arma dispara, indo diretamente para mim, e eu pisco, esperando que a bala me atinja. Assim que eu acho que eu estou prestes a ser baleado, eu sou derrubado no chão. O ar é tirado de mim quando o meu corpo atinge o chão do armazém pedregoso, me fazendo ofegar. Eu ouço uma tosse descontente ao meu lado e percebo Bobby deitado de costas no chão. O sangue derramando do seu lado enquanto suas pernas chutam para tentar se levantar. Eu rastejo até ele e puxo sua cabeça para cima, colocando-a em meu colo para avaliar onde ele foi baleado. Bem no intestino, merda. — Que porra você estava pensando, cara? — eu freneticamente o interrogo, notando o rosto pálido de Bobby rapidamente. — Salvando sua bunda, — Bobby responde, tossindo. Ele cerra os olhos e geme de dor. — Eu chamei uma ambulância. Eles estarão aqui em breve, filho; aguenta aí, — diz Bull, se agachando ao meu lado. — Você chamou uma ambulância? — Augustus grita com descrença. — Veja o que vocês podem esconder, meninos! — ele aponta para algumas caixas no prédio. — Acho que estou muito fodido, — Bobby diz, seus olhos azuis olhando diretamente para mim para a verdade. — Não, é apenas uma ferida na carne, — eu minto.

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— Mentiroso, — Bobby sussurra. Percebo sangue rastejando para fora debaixo dele. — Você não pode morrer, — murmuro. Eu sinto meus olhos picar com lágrimas, e eu as deixo cair. Eu não aguento a ideia de perder meu irmão. — Cuide da vagalume e do bebê, — Bobby gagueja quando seus olhos começam a tomar um olhar distante. — Você vai ficar bem. Você vai se arrepender de tentar salvar minha bunda amanhã, — digo a ele, tentando ser otimista, mas o olhar nos olhos de Bobby me tem questionando minha confiança. — Sem arrependimento na vida, nenhum medo no amor, irmão, — ele sussurra enquanto seus olhos começam a fechar. Eu posso sentir a vida escorregar dele enquanto seu corpo fica mole, as profundezas de fogo do inferno tomando o meu melhor amigo. — Bobby, aguenta aí, — digo, dando a ele uma sacudida. Seus olhos estalam abertos, e ele começa a tossir. — Cara, isso dói tanto, — ele sussurra, suas mãos tremendo. — Você pode fazer isso, irmão, — Old Guy sussurra para Bobby. Bull inclina para frente e aperta a mão no estômago de Bobby, tentando parar o sangramento, mas ele só jorra entre os dedos. — Isso vai parar um pouco, mas não vai ajudar por muito tempo, — afirma Bull, colocando as duas mãos sobre a ferida. Olho para Bobby e percebo que seus olhos estão fechados. — Não, Bobby! — eu grito, com a voz irritada e forçada. Tentando acordá-lo, eu dou nele um empurrão, mas ele não abre seus olhos. — Não. Não. Não! — eu berro. Isso não pode estar acontecendo. Meu irmão, a única pessoa que eu considerava minha própria família antes de eu ser aceito por alguém, me deixou para viver neste mundo insensível sozinho. Deito a cabeça de Bobby para baixo no chão de concreto e me levanto, enxugando os olhos com as costas da minha mão no meu rosto e o manchando com o sangue de Bobby no processo. Eu puxo a arma que eu tinha escondido na minha cintura e a aponto para Augustus.

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Instantaneamente, armas de trás Augustus e na varanda acima dele são puxadas e apontadas para mim. — Você matou a minha família, — eu cerro, meu dedo pesado no gatilho. — Ele pulou na frente da minha bala destinada a um traidor, — Augustus responde casualmente, minha arma apontada para sua cabeça não afeta ele em tudo. — Ele matou seu irmão. — Augustus aponta atrás de mim. Eu viro minha linha de visão para seguir o seu gesto e vejo Locks. Ele está certo. Isso é tudo culpa de Locks. Ele foi o fodido, foi contra o clube, e fez Babs morrer e quase matou Dani e meu bebê, tudo porque ele queria provar um ponto. Eu balanço a armas ao redor e aponto para Locks, que abre a boca para falar, mas antes que ele possa dizer suas últimas palavras, eu puxo o gatilho. Eu vejo conforme as balas batem em seu peito, fazendo ele cair de joelhos. Suas sobrancelhas sulcam quando ele olha para baixo em seu peito, onde o sangue começa fazer uma piscina a partir da ferida de bala, que escorre para baixo em sua camisa cinza. Prometi a Dani eu iria mata-lo por machuca-la, e eu estou mantendo minha palavra. Eu aponto a minha arma para Locks, pronto para dar o último tiro, quando Bull vem para meu lado e puxa uma arma da cintura. — Isto é por Babs, — sussurra Bull enquanto ele puxa o gatilho, batendo um tiro certo na garganta de Locks. Locks cai no chão, aterrissando de costas. Sangue borbulha do buraco de bala na garganta, seguido por um murmúrio e ofegar. Ele está se afogando em seu próprio sangue. — Agora que terminou, estamos acabados aqui? — Augustus diz, ouvindo sirenes por perto. — Nem perto, — eu rosno. Eu aponto a minha arma em direção ao cara que passou por cima de Babs e bateu com um taco em Dani, prosseguindo com a minha última promessa de derrubar a pessoa que machucou Dani. O cara pega a arma na frente de seu jeans assim que eu puxo o gatilho. A bala atravessa diretamente em seu crânio, pulverizando cérebro ao longo de toda a parede atrás dele enquanto ele cai pelas escadas como um saco de roupa suja. Eu me viro e espero o fogo de retorno de Augustus e sua tripulação. Augustus levanta a mão, impedindo seus meninos de disparar em mim, olha para o cara que eu acabo de atirar e encolhe os ombros. — Eu ia me livrar dele de qualquer maneira; ele não consegue ~ 224 ~

seguir ordens. Chame isso de seguro para a nossa nova transação comercial, — diz Augustus com um encolher de ombros. — Vou te ligar com os detalhes, Bull, — ele grita, saindo do edifício com seus capangas no reboque. — Deveríamos tê-lo matado, — eu digo, cerrando os dentes, conforme Augustus vai embora. — Se nós tocarmos nele, seus homens matariam cada um de nós, e todos nós sabemos disso, — Bull responde, olhando para o corpo morto de Locks. — Deseje como um santo, confie como um pecador, — ele murmura. Eu olho para Bull e noto as sobrancelhas comprimidas juntas, enquanto ele olha para Locks com descrença. Locks traindo o clube vai bater na confiança de Bull. Locks era um membro de clube ideal, e eu nunca o vi se virar contra o clube nem por um segundo. — Eu vou lidar com a polícia, — diz Bull, puxando seu olhar de Locks. Olho para Bobby com descrença. Uma ambulância vem e o recolhe em uma corrida, colocando ele na maca e correndo de volta para uma ambulância. Eu assisto os enfermeiros levantar a maca para colocar Bobby dentro e eu ando bem atrás deles. — Senhor, você é da família? — uma loira pergunta. — Sim. Ela olha para mim com a cabeça erguida. — Sinto muito, mas só a família imediata. Você pode acompanhar em seu próprio veículo, se você quiser, — diz ela com um tom monótono. Eu recuo e corro minhas mãos pelo meu cabelo, tentando me recompor. Quando a ambulância sai sem as luzes piscando ou sirenes, eu a assisto colidindo e passando por cima de buracos no estacionamento e para a estrada principal. Segundos depois, as luzes piscam e sirenes saem conforme a ambulância dispara em direção à rodovia. — Eu deveria ter mantido um olho melhor sobre ele, — murmuro à Bull, de pé ao meu lado.

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— Ele salvou sua vida; ele sabia o que estava fazendo, — Bull replica, me dando tapinhas nas costas. — Ele nunca vai ser esquecido, — ele promete a voz sombria quando ele sobe na sua moto. Bobby não será esquecido. Ele é o irmão que eu nunca tive. — Eu sou Bobby, você está aqui pelo quê? — o loiro, com aparência de menino me perguntou. Eu o encaro, sem saber se eu deveria dizer alguma coisa. Ninguém foi simpático comigo desde que cheguei aqui. Eu já estive em três lutas desde que eu cheguei ontem. — Alguma besteira, — eu digo, encolhendo os ombros. — Sim, eu te ouvi, — ele responde, se deslizando atrás de mim com sua bandeja de comida. Ele sorri para mim, revelando uma boca cheia de aparelhos. — Ei, você quer ser amigos? — o menino pergunta e eu olho para ele, curioso para saber qual é a dele. Quem apenas sai e pede para serem amigos? — Eu sou Robert Zane Whitfield, — ele se apresenta, estendendo a mão para um comprimento, seu gesto um pouco geeky. — Mas todo mundo me chama Bobby. — Sou Adrian Kingsmen, — eu respondo, apertando a mão dele. — Legal, quer me ajudar a roubar um pouco de pão de milho? — pergunta ele causalmente. Eu fico olhando para ele, tentando ler se ele está falando sério ou fazendo uma brincadeira, mas ele só olha para mim, nada oferece que seja uma piada. — Como? — eu pergunto, interessado. Causando problemas em um lugar onde fui enviado para por causar problemas? Eu estou no jogo. — Eu vou distrair a cozinheira, você chega perto e pega alguns rolos extras. — ele sorri com a boca cheia de metal. — Eu mencionei o quão bonita você está hoje, Sra. Sangaurd? — Bobby elogia a senhora do almoço. Eu sorrio. Meu primeiro amigo de verdade que eu já tive, e eu o conheci no reformatório. — Vamos montar, Shadow, — Bull chama, quebrando minha linha de pensamento.

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Eu olho para Bull antes de subir na minha moto, o rosto longo e tomado com tristeza como o meu. Vivendo em um mundo malicioso, que é o clube, vemos irmãos caírem, e nós vemos famílias quebrarem. Mas eu nunca senti o desespero que eu estou sentindo agora. Entre Dani e Bobby, eles me tiraram da minha vida de desolação, eles toleram minhas indiferenças e abraçaram a besta que eu sou. Tudo começou com Bobby, e isso cresceu com Dani. Perder Bobby e a morte de Babs não será algo que o clube vai seguir em frente com tanta facilidade. Eles trouxeram um espírito para o clube que ninguém teve antes. — Vamos montar, — eu concordo solenemente, ligando minha moto. Eu monto de volta ao clube e a única pessoa que eu quero ver é Dani. Eu quero dar a notícia para ela eu mesmo. Bobby morreu salvando a minha bunda, isso precisa vir de mim. Eu puxo para o pátio e para o clube e desligo motor da moto. Eu balanço minha perna sobre minha moto e vou em direção ao clube para entregar a notícia que não virá de ânimo leve. Assim que eu entro no clube, eu ouço as motos de Bull e dos outros caras estacionando, mas eu continuo no meu caminho em direção a Dani. Bull pode deixar o resto do clube saber o que aconteceu. Abro a porta do meu quarto e de Dani e a vejo sentada na cama, lendo um livro de gravidez. Ela espia para mim por trás do livro e se ilumina. — Graças a Deus, você está vivo. Eu estava tão preocupada, — ela exclama, jogando o livro para o lado. Ela sai correndo para fora da cama e se agarra ao meu corpo. Eu quero abraçá-la de volta; eu quero sentir essa conexão que eu preciso tão desesperadamente, mas, eu não posso. Eu não quero lhe dar a falsa esperança de que tudo está bem, que eu estou bem, quando na verdade tudo está longe de ser satisfatório. Ela se afasta, hesitante, com os braços ainda em volta da minha cintura, e olha para mim. Eu me afasto, a visão de seus olhos verdes fazem isso mais difícil. — O que há de errado? — pergunta ela com cautela. — Sente-se, Dani, — eu ordeno, apontando para a cama. Eu semicerro meus olhos, tentando conter a emoção, tão desesperada para escapar. — Você está me assustando, — diz ela, sentada na cama.

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— Merda aconteceu, e as coisas não foram tão bem como se esperava, — eu começo, passando minhas mãos pelo meu cabelo. — Cuspa, Shadow, — ela estala. Eu olho para ela, furioso com o seu tom de voz, mas quando eu vejo o brilho de sua pele, o verde de seus olhos, eu não posso usar contra ela. — Bobby... ele, uh... — eu tropeço em minhas palavras, não tendo certeza como entregar a mensagem sem o golpe. No final, não há nenhuma maneira fácil de dizer isso. — Bobby foi baleado. Ele não conseguiu, Dani. Ela engasga, o som fazendo o pelo em meus braços se arrepiarem. — O quê? O que quer dizer que ele não conseguiu? — ela chora. — Exatamente o que eu disse: ele não conseguiu. Ele levou um tiro por mim e não sobreviveu à lesão, — eu grito, eu não quis soar antipático, mas eu não posso evitar. Eu arrisco uma olhada em Dani, e ela tem as mãos em concha através de sua boca e um olhar de horror em seu rosto. — Eu queria ser o único a dizer a você, — eu sussurro. — Eu vou para o hospital, ver sobre arranjos e tudo. — eu inclino minha cabeça e dou a ela um beijo suave. Eu quero estar lá para ela, para ser o mais forte que ela precisa, mas eu mal estou pendurando sobre mim mesmo. — Eu vou junto, — ela declara, levantando o queixo — Dani, eu não acho que seja uma boa ideia. — a última coisa que eu quero é que a lembrança final de Bobby para ela seja um de morte. Não é assim que eu quero que ele seja lembrado. — Eu vou, Shadow! — ela grita. Sabendo que eu não vou ganhar esse argumento, eu aceno em acordo. Quando chegar a hora, eu vou ter certeza que ela saia da sala. Nós saiamos do quarto e ouvimos gritos e soluços vindo do clube Bull deve ter entregue a notícia. Eu pego a mão de Dani e a puxo através do clube. Eu não quero que ela quebre mais do que ela já tem, e se sentar ao redor do clube com todas essas pessoas vai fazer exatamente isso. Nós chegamos ao hospital e eu estaciono na zona de ‘Proibido Estacionar’ de costume. Eu pego o capacete de Dani e o coloco ao meu ~ 228 ~

lado, a visão de seus olhos vidrados e meu colete nela me fazendo questionar deixá-la entrar. — Dani, você tem certeza que quer fazer isso? — eu pergunto, inclinando minha cabeça contra a dela e empurrando uma mecha de cabelo atrás da orelha. Você já passou por muita coisa hoje. — Absolutamente, — ela sussurra. Ela olha para o hospital, quebrando o nosso contato. — Além disso, alguém precisa dizer a Doc. Eu passo pelas portas deslizantes de vidro para entrar no hospital e ouço os alarmes lá de fora, luzes piscando freneticamente. Uma onda de enfermeiros em uniformes de cores diferentes, juntamente com médicos em jalecos brancos vêm correndo por nós, quase batendo em Dani e eu nas portas que acabamos de entrar. — Código azul. Nós temos um código azul, — inflama do interfone. — Puta merda, — Dani sussurra. — Parece que o ceifeiro está se movendo rapidamente esta noite, — eu comento a ninguém em particular. Olhamos para baixo no corredor para onde todos os médicos estão correndo e vemos uma loira em uniforme rosa vindo voando a partir do quarto todos os enfermeiros e médicos que acabaram de entrar. — É Doc, — Dani diz, indo na direção dela. Eu corro atrás dela, não sei o que está acontecendo. — Oh, meu Deus, — Doc chora, segurando seu rosto, perturbada. — O que está acontecendo? — Dani pergunta. — Ele perdeu muito sangue. Eu não tenho certeza se ele vai conseguir, — ela chora. Suas palavras agarrando minha atenção, eu agarro ela pelos ombros bruscamente. — Que porra é essa que você quer dizer? Ele está vivo? — eu praticamente interrogo ela. Ela só chora mais alto, o som me irritando. Empurro por ela e vou para o quarto para ver fios no peito de Bobby e tubos na sua garganta. Um beep começa a emitir um sinal sonoro, chamando a atenção de todos no quarto.

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— Nós trouxemos ele de volta, mas não por muito tempo. Precisamos levar ele para a cirurgia, agora. — uma senhora pequena, de cabelos castanhos insiste, olhando para uma tela. Em segundos, eles puxam para cima as grades da cama e apressam a cama de Bobby para fora do quarto. Bobby está vivo - meu irmão ainda tem uma chance de lutar. Eu não posso evitar o jorro de esperança que flui através de mim. Uma vez eu odiava esse sentimento, não importando com a sua fachada, mas eu seria um mentiroso se eu dissesse que eu não espero que os deuses puxem meu irmão por isso.

DANI Eu me sento na cadeira ao lado de Shadow enquanto Doc entrega a nós dois cafés. — Vocês dois deveriam ir para casa. Eu vou chama-los se alguma coisa mudar, — ela insiste, sentada em uma cadeira em frente a nós na sala de espera. — Eu não vou a lugar nenhum, — Shadow responde, tomando um gole do café quente. — Será que ele vai ficar bem? — pergunto. — Ele está em uma condição crítica, a bala cortou uma artéria. Ele morreu uma vez na ambulância e mais uma vez quando ele chegou aqui. Não se pode dizer se ele vai passar por isso ou não. — ela olha para seu café e soluça. — Porra. — Shadow sussurra. Doc funga e limpa o nariz com as costas da mão. — Leve Dani casa, durma um pouco. Shadow olha para mim, seus olhos azuis cheios de mágoa, me matando por dentro. Eu quero tirar a dor que ele está sentindo, adicionar a minha, mas eu não posso. Shadow está vivendo um inferno que eu não posso imaginar. Bobby levou uma bala por ele, salvou sua

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vida, e ele perdeu uma mulher que ele considerava uma mãe tudo em um dia. — Você vai me chamar se alguma coisa mudar, certo? — Shadow pergunta, olhando para o chão. — Absolutamente, — ela promete, tomando um gole de café. — Eu estou bem, Shadow. Podemos ficar, — eu ofereço. — Não, você está grávida e precisa descansar, — diz Shadow, de pé e se voltando para Doc. — Me chame se alguma coisa acontecer. — Eu vou, — ela reitera, ficando de pé com a gente.

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Eu acordo para a noite escura e deslizo a perna do outro lado da cama, buscando para um local fresco. Quando minha perna desliza ao longo dela e eu não sinto Shadow, eu levanto da cama e afago seu travesseiro. Nada. Ele não está na cama. Eu deslizo para fora da cama e entro em alguns shorts antes de sair do quarto. Eu tamborilo meus pés descalços no corredor e encontro Shadow sentado no sofá de couro desgastado que fica diagonalmente em frente do bar. Ele está ajustando pó branco em linhas em um espelho na mesa de café usando um canivete. — O que você está fazendo? — eu pergunto. — Não consigo dormir, — ele corta, seu tom frio. — Então, você pensou em cheirar cocaína? — eu questiono. Shadow zomba de mim. — Apenas venha para a cama comigo, — eu ofereço docemente, mas Shadow não cede. — Eu entendo que você está machucado, Shadow. — Você não sabe merda nenhuma sobre a dor, Dani, — Shadow cospe, lambendo o dedo que escova o pó branco em cima. Ele olha para cima a partir cocaína e me bate com olhos azuis danificados.

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— Dor é assistir sua mãe em overdose de drogas e você vê-la morrer, se perguntando se revivê-la seria um inferno maior do que deixa-la morrer. Dor é ter o seu pai, - o único modelo que você já teve enquanto crescia - morto a sangue frio em um país do terceiro mundo. Dor é assistir seu irmão sofrer porque ele levou uma bala dirigida para você. — os olhos de Shadow se encobrem antes dele olhar de volta para baixo. Suas palavras me batem duro. Eu mordo meu lábio inferior para não coloca-lo em seu lugar, porque eu sei que ele está sofrendo. Eu quero estar lá para ele, mas ele claramente não quer que eu esteja ao redor. Eu começo a andar de volta para o quarto, dando a Shadow seu espaço. — Dani, espere, — Shadow suspira, mas eu não paro. Eu sei que nada de bom virá de nós tendo uma conversa enquanto estamos sofrendo tanto e ele está drogado. Eu entro no quarto e bato a porta em seguida, deslizo contra ela, jogo minha cabeça em minhas mãos, e suspiro pesadamente. Eu rastejo pelo chão e para cima da cama e me enrolo nos lençóis. A porta se abre, pintando a parede com luz do corredor antes de fechar lentamente. Eu sinto a cama mergulhar para baixo e uma mão é colocada nas minhas costas. — Você está bem, boneca? — meu pai pergunta. Eu vacilo, surpreendida que é o meu pai e não Shadow. — Sim, — eu minto. — Este é apenas o processo de cura, querida, — ele exaspera. — Com drogas? — eu questiono. — Infelizmente, as formas de cura são diferentes para todos. Os meninos do clube não são homens de muitas palavras quando eles estão sofrendo, e as drogas parecem ajudar com o pensar demais nas coisas. — meu pai acaricia minhas costas, e ele fala como se ele estivesse falando por experiência própria. — Basta estar feliz que ele não está se afogando nas meninas, ou, — ele faz uma pausa. Eu sei o que ele ia dizer: meninas e assassinato. Ele está certo, embora; Shadow poderia estar fazendo coisas muito piores agora tentando desistiu da Bobby tirou sua vida para salvar a dele. A cama mergulha conforme ele escova os lábios contra minha têmpora. — Apenas para você saber, eu não queria nada disso para ~ 232 ~

você. Mas eu sei que você é forte o suficiente para sobreviver neste mundo, Dani e você cresce mais forte com a dor. Você apenas tem que sobreviver a ela. — meu pai dá as minhas costas mais um tapinha antes de me deixar no escuro com os meus pensamentos.

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Eu sinto calor de casulo no meu corpo, me acordando do meu sono. — Sinto muito, — Shadow sussurra em meu ouvido. — Está tudo bem, — sussurro de volta. — Bobby levou um tiro por mim, salvando alguém que não merece o ato de ser salvo. — suas palavras são demarcadas com tristeza, mas me deixa irritada. Eu me viro, então nossos narizes estão quase se tocando. — Você vale a pena salvar, Shadow. Você significa algo para mim e para seu bebê. — eu corto. Shadow me puxa e beija minha testa, colocando minha cabeça sob o queixo. — Você acha que é menino ou menina? — ele pergunta. — Eu não sei, — eu respondo contra seu pescoço. — Se for um menino, quero dar o nome de Bobby, — Shadow sugere. Eu ergo minha cabeça e olho para ele, seus olhos encapuzados com emoção. — Qual o verdadeiro nome de Babs? — pergunto. — Delilah, — Shadow murmura. — Se for uma menina, devemos chama-la disso, em homenagem a Babs, — eu sussurro. Delilah é um nome bonito. — Eu acho que é uma ótima ideia, — ele concorda. — Me beije, vagalume. Sem pensar duas vezes, eu esmago meus lábios nos dele, minha boca tentando ultrapassar a sua dor e afoga-lo com amor. ~ 233 ~

Capítulo dezesseis SHADOW — Shadow, seu celular está tocando. Abro os olhos para ver uma Dani seminua segurando meu telefone polegadas do meu rosto. Eu o agarro e atendo, esperando sejam boas notícia de Doc. — Alô, — eu digo, meio dormindo. — Ele está acordado, — Doc canta. — Estou a caminho, — exclamo, pulando para fora da cama. — O que é? — Dani pergunta. — Ele está acordado, — conto a ela, pegando roupas da cômoda. — Sério? — ela pergunta com entusiasmo. — Se apresse. Vamos para lá. — eu estou puxando meu jeans tão rápido que eu posso. Eu não consegui dormir na noite passada, mas para ser justo, eu não queria dormir. Eu pensei que eu iria cair no sono e não ouviria o meu telefone tocar se Doc me chamasse. Eu ficava pensando em coisas que eu queria dizer a Bobby antes que ele deixasse este mundo, palavras que eu estava com medo que teria que esperar e ser faladas em elogio fúnebre em seu lugar. Eu queria dizer a ele que sentia muito por agir como um maricas quando as merdas ficaram loucas com Dani. Que ele é a única família que eu sempre considerei como minha. A ideia de que alguém que eu considerava um irmão se virou contra o clube é um choque por conta própria. E uma mulher que eu considerei como uma mãe agora se foi por causa desse idiota. Orei, algo que eu venho fazendo um monte recentemente. Pego meu colete e o jogo por cima. Olho para Dani para ver se ela está pronta, e ela parece absolutamente deslumbrante esta manhã. Sua pele está brilhante e ela tem essa energia sobre ela. Porra, eu amo ela grávida.

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Nós montamos para o hospital rapidamente. Quando estacionamos, temos pressa para entrar, com medo de que o momento de Bobby acordado vai passar e eu vou perder a minha chance de falar com ele. Eu pego a mão de Dani e corro na direção de seu quarto. Assim que eu entro, Bobby desliza a cabeça de olhar para Doc e se vira para mim. Ele parece pálido como o inferno. Vou até o lado da cama e pego sua mão com firmeza. — Irmão? — eu questiono, perguntando se ele pode ouvir ou me responder. — Todos os seus sinais vitais estão subindo lentamente. Eu acho que ele vai fazer uma recuperação completa, — Doc nos informa com um sorriso. Bobby sorri. — Você me deve, cara, — diz ele com uma voz grossa e baixa, sua energia fraca. Tudo o que posso fazer é rir e acenar. O idiota tem minhas emoções correndo como uma adolescente que foi despejada no baile. Eu sinto Dani dobrar o braço em volta da minha cintura enquanto ela desliza meu lado. — Vagalume, — Bobby sussurra. Dani sorri aquele sorriso de morrer.

DANI O próximo par de dias Bobby nada mais é que um furacão de raiva. Ele se recusa ao tratamento e tenta se dar alta do hospital mais cedo. Ele não quer ver ninguém, a menos que eles estejam o levando para casa. Doc diz que ela tentou argumentar com ele, mas ele simplesmente não ouve. Então, eu vou tentar fazer minha magia hoje para ver se consigo convencê-lo a deixar de ser um idiota. Shadow permanece no clube, sua única solução para o problema é dar um tiro na perna de Bobby para manter sua bunda na cama do hospital.

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Eu entro no quarto do hospital e vejo Bobby deitado na cama assistindo TV. Seu rosto está pálido e ele tem máquinas ligadas a ele em todos os lugares. Ele se parece como uma merda e isso é pra dizer o mínimo. — Ouvi dizer que você está sendo estúpido e tentando sair mais cedo. Bobby olha para mim e levanta uma sobrancelha. — Estou bem. Eu não preciso estar aqui, — diz ele, em tom amargo. Ele leva o seu olhar de mim de volta para a TV, me dispensando completamente. — Ele precisa estar aqui, — Doc diz, caminhando pelo quarto. Eu o alcanço e pego sua mão, dando a ele um aperto amigável. — Bobby, você morreu. Você nos matou junto com sua morte. Não podemos ter você de volta apenas para te perder novamente por causa da sua teimosia. — o olhar de Bobby permanece na TV, me irritando por me ignorar. Eu o alcanço e dou um soco em seu braço. — Que porra, vagalume. — Você acha que isso machuca? Pense sobre o que vai sentir quando sua ferida estiver infectada, — Doc grita. Eu respiro fundo, ele está testando minha paciência. Bobby sorri, seus olhos enrugam ao lado. — Você me ama e você sabe disso. — Doc revira os olhos e começa a mexer com os lençóis da cama. Eu sorrio. — Você não vai sair até que você esteja liberado, — afirmo, sem deixar nenhum espaço para discussão. — Você vai ser tio. Você precisa começar a pensar sobre esse papel. — Ela está certa, — Doc comenta. Bobby balança a cabeça, seu sorriso se transformando em um sorriso completo. — Tudo bem, eu vou ficar, mas só porque eu não quero Dani chutando a minha bunda, — ele brinca, me fazendo rir. Ele estremece de sua própria risada, ganhando a atenção de Doc. — Algum arrependimento? — eu questiono, olhando para Bobby segurando seu lado enfaixado. Bobby sorri. — Não.

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Epílogo DANI Um par de anos mais tarde Eu me deito toalha de praia e deixo meu corpo absorver os raios do sol – parece bom. Zane puxa meu braço e aponta para a água. Ele faz dois anos em poucos meses; ele está ficando grande rápido demais. Eu rio e começo a levantar quando uma mão é colocada no meu ombro. — Deixa comigo, Big Momma, senta e relaxa. Eu não quero a minha menina vindo mais cedo do que ela precisa, — Shadow insiste, se inclinando e beijando minha barriga crescendo. Shadow queria me engravidar logo que eu tive Zane, mas eu fiz ele esperar. Ter Zane for duro: minha pressão ficou muito alta, então eles tiveram que me induzir mais cedo, terminando em um nascimento de cesariana. Zane deixou todos assustados quando ele chegou, mas ele fez a sua entrada no mundo para se lembrarem. Shadow e eu decidimos nomear a nossa menina a nascer em homenagem a Babs, chamando ela de Delilah. Babs era uma figura maternal que nunca tivemos, e ela realmente faz falta para o clube. Seu funeral foi bonito, e eu vou visitar o túmulo dela muitas vezes. Meu pai tomou a maior queda após a morte de Babs. Eu nunca soube que os dois eram amantes secretos - Shadow foi quem me disse. Shadow assumiu o clube quando o meu pai chegou ao fundo do poço, mas eu acho que meu pai está finalmente começando a obter o equilíbrio de volta e está tomando a carga do clube novamente. Shadow deu a posição de volta, sem perguntas. Ele tem muito respeito pelo meu pai. — Vamos, filho, — diz Shadow, tomando a mão de Zane e correndo em direção à água. Shadow tem sido o herói de Zane desde o primeiro dia. Ele é um grande pai, assim como eu sabia que ele seria. Eu assisto Zane dar risadinhas e gargalhar, seu cabelo escuro é igual ao de Shadow, se deslocando no vento conforme a brisa sopra. Ele é Shadow em tudo: cabelo escuro, olhos azuis, e uma atitude a combinar. ~ 237 ~

— Ei, espere por nós! A areia é empurrada para cima e pulverizada em toda minha perna assim que Bobby decola em direção à costa, suas costas bronzeadas e tatuadas e sunga amarela nada além de um borrão. Percebo Doc sair correndo para a água bem atrás dele. Eu rio e escovo a areia dos meus pés, vendo minha família brincar na água. Parece tão surreal. Eu nunca pensei que seria tão feliz, ou que Shadow e eu iríamos encontrar este lugar. Ainda temos nossas tendências escuras, mas, juntos, ajudamos um ao outro a passar por isso. Principalmente com o remédio de fazer sexo com raiva. Bobby e Doc voltam a partir da costa rindo, a cicatriz de Bobby se destacando contra o seu corpo bronzeado, pegando a minha atenção. — Sua cicatriz está parecendo muito irritada hoje, — eu indico. Bobby olha para ela. — Sim, eu adoro quando ela se destaca, e as meninas adoram também, — diz ele, sorrindo, ganhando um revirar de olhos de mim e um zombar de Doc. Shadow chega por trás de Bobby, escovando a areia de suas pernas. — Esse garoto tem muita energia, — diz ele, sem fôlego. — O que estamos falando? — pergunta ele, puxando a água do cooler. — Como você pensou que eu estava morto, mas não teve tanta sorte, — Bobby responde, levantando a sobrancelha para Shadow. Doc começa a rir enquanto ela se senta ao meu lado. O topo do maiô que ela está usando desliza fora de seu ombro, mostrando o aspecto feroz das cicatrizes cortando por suas costas. Meus olhos se arregalam, e minha boca abre em horror. Eu abro minha boca para perguntar o que aconteceu, mas Bobby me chama a atenção em pé em cima dela. Eu olho para cima e o vejo balançando a cabeça com um olhar severo em seu rosto. Eu estalo minha boca fechada e olho para as cicatrizes de novo, mas Doc puxa o topo por cima do ombro, escondendo. — Nós já passamos por isso, — diz Shadow. — Eu não sou um fodido médico; como eu ia saber que você ainda estava vivo? — Zane, não fique muito perto da água, Bug, — Bobby grita. Eu vislumbro em volta dos meninos e olho para ver se ele está perto. Ele não está perto em tudo; ele está fazendo um castelo de areia a metros de distância. Com um pai e um tio mais protetores do que uma mãe e ~ 238 ~

ambos em um clube de motoqueiros, eu estarei surpresa se Zane não os odiar no momento em que ele fizer dez anos. Shadow, Bobby, e Doc decolam em direção à água, eu me deito e olho para as nuvens que passam no céu. As coisas têm sido pacíficas por aqui: ninguém foi baleado ou atropelado por um carro, e eu não tenho visto ou ouvido falar da minha mãe, me fazendo cem por cento positiva de que Shadow de fato cuidou dela. Agora que tenho filhos, porém, eu estou feliz que ela se foi. Quem sabe que tipo de plano confuso ela iria tentar envolve-los para conseguir o que queria. Ela era de coração frio e só se preocupava com seu coração desprezado. — Você parece perdida em pensamento, — diz Shadow. Eu olho para vê-lo deitado sobre uma toalha, olhando para o céu. — Eu acho que é hora de eu reivindicar você para o clube, — Shadow declara, sorrindo. Eu enrugo meu nariz, sem saber o que ele quer dizer, mas então isso me bate. — Você está falando sério? — pergunto. Shadow sorri. — Eu quero que todos dentro e fora do clube saibam que você é minha. Eu quero que você seja minha propriedade e minha esposa, — ele responde, escovando um fio de cabelo do meu rosto. — Você está me pedindo em casamento? — eu questiono, me apoiando em meus cotovelos. Shadow ri. — Quando você me conheceu por pedir? Eu estou dizendo a você, você vai ser minha esposa, — ele insiste com uma voz severa. Eu jogo minha cabeça para trás e rio. — Eu não posso esperar para ser sua, tanto dentro do clube como fora, — eu digo a ele com um sorriso.

FIM …por enquanto

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Livro 02 - The Scars That Define Us

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