AULA 4 CENTRO CIRURGICO

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Técnico em Enfermagem

CENTRO CIRÚRGICO

Enfª Esp. Grezielle Panissa

Técnico em Enfermagem

POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA

Enfª Esp. Grezielle Panissa

POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA ➢ A posição na qual o paciente é colocado na mesa cirúrgica depende do procedimento operatório a ser realizado como também da condição física do paciente.

POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA ➢ Decúbito Dorsal (ou supino): posição usada na maioria das cirurgias abdominais e torácicas, e em algumas dos quadris e das pernas.

POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA ➢ Decúbito Dorsal (ou supino) com Hiperextensão da Cabeça: posição usada nas cirurgias do pescoço, da face e em algumas cranianas e oftálmicas; também nas intervenções da boca e do nariz.

POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA ➢ Decúbito dorsal (ou supino) com Elevação dos Quadris: posição usada em cirurgias vasculares quando a região a ser operada é a ilíaca, e em simpatectomias lombares.

POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA ➢ Decúbito Prono (ou ventral): posição usada nas cirurgias da parte posterior do tórax, coluna vertebral, região coccígea, parte posterior das pernas, região poplítea e tendão do calcâneo.

POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA ➢ Posição de Kraske (ou de canivete): é usada nas cirurgias protológicas e na remoção de cistos pilonidais.

POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA ➢ Trendelemburg: posição usada nas cirurgias do abdome inferior e da pélvis, nas laparoscopias e em algumas intervenções biliares. Também se emprega nos casos de choque ou de hipotensão, porém, sem flexionar os joelhos.

POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA ➢ Trendelemburg Invertida (ou reversa): posição usada nas cirurgias de tireoide, paratireoide, vesícula e vias biliares.

POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA ➢ Posição de Fowler (ou semi-sentada): posição utilizada nas cirurgias de cabeça, face, nariz, mamas e pescoço.

POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA ➢ Posição de Litotomia (ou ginecológica): posição utilizada nas cirurgias dos órgãos pélvicos e genitais e nas citoscopias.

POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA ➢ Posição Lateral: posição usada para diversos tipos de cirurgia como as que intervêm no rim, em ureteres, tórax, esôfago e na região temporal do cérebro.

POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA ➢ Posição de Lombotomia: posição utilizada para permitir a abordagem da região retroperitoneal do flanco nas cirurgias do rim.

POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA ➢ Posição Fetal (ou de punção lombar): posição utilizada nas cirurgias da coluna lombar, punções lombares, anestesias raquidianas e neurolises.

POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA ➢ Atenção: Ao se colocar o paciente na posição cirúrgica, alguns aspectos fundamentais devem ser lembrados •Evitar contato de partes do corpo do paciente com as superfícies metálicas da mesa cirúrgica •Posicioná-lo de modo funcional e seguro, a fim de prevenir distensões musculares, evitar compressão de vasos, nervo e saliências ósseas, e facilitar a dinâmica respiratória •Manusear o paciente anestesiado com movimentos firmes e lentos, pois a mudança repentina de posição pode levar à queda de pressão arterial

POSIÇÃO DO PACIENTE NA MESA CIRÚRGICA ➢ Atenção: •Ao se retirar o paciente da posição ginecológica, deve-se ter o cuidado de descer, alternadamente, as pernas, a fim de prevenir o afluxo rápido de sangue para os membros inferiores, podendo causar a mesma situação acima referida •Manter a cabeça voltada para um dos lados, quando o paciente permanecer em decúbito dorsal; •Observar o posicionamento correto das infusões e drenagens.

Técnico em Enfermagem

TEMPOS CIRURGICOS

TEMPOS CIRURGICOS ➢ São procedimentos ou manobras consecutivas realizadas pelo cirurgião, desde o início até o término da cirurgia. ➢ De um modo geral as intervenções cirúrgicas são realizadas em quatro 4 tempos básicos. ✓ Diérese ✓ Hemostasia

✓ Cirurgia propriamente dita ✓ Síntese

TEMPOS CIRURGICOS

➢ Diérese (Dividir, cortar, separar) Separação dos planos anatômicos ou tecidos para possibilitar a abordagem de um órgão ou região (cavitária ou superfície), é o rompimento da continuidade dos tecidos. Pode ser classificada em: ✓ Mecânica (instrumentos cortantes) ✓ Física (recursos especiais)

TEMPOS CIRURGICOS

➢ Pode ser classificada em: ✓ Mecânica (instrumentos cortantes) • Punção – Drenar coleções de líquidos ou coletar fragmentos de tecidos, (agulhas, trocaters) • Secção – Dividir ou cortar tecidos com uso de material cortante (bisturi, tesouras, lâminas) = Segmentação de tecidos •

• Curetagem – Raspagem da superfície do órgão (cureta)

TEMPOS CIRURGICOS

TEMPOS CIRURGICOS

➢ Pode ser classificada em: ✓ Física (recursos especiais) •Térmica – Realizada com uso do calor, cuja fonte é a energia elétrica (bisturi elétrico) •Crioterapia – Resfriamento brusco e intenso da área a ser realizada a cirurgia (nitrogênio líquido) •Laser – realiza-se por meio de um feixe de radiação, ondas luminosas de raios infravermelhos

TEMPOS CIRURGICOS

➢ Hemostasia (hemo=sangue; stasis=deter) Processo pelo qual se previne, detém ou impede o sangramento. Pode ser feito por meio de: •Pinçamento de vasos

•Ligadura de vasos •Eletrocoagulação

•Compressão

TEMPOS CIRURGICOS

➢ Cirurgia propriamente dita ou Exérese Tempo cirúrgico fundamental, onde efetivamente é realizado o tratamento cirúrgico - momento em que o cirurgião realiza a

intervenção cirúrgica no órgão ou tecido desejado, visando o diagnóstico, o controle ou a resolução da intercorrência, reconstituindo a área, procurando deixá-la da forma mais fisiológica possível.

TEMPOS CIRURGICOS

➢ Síntese (junção, união) Aproximar ou coaptar bordas de uma lesão, com a finalidade de estabelecer a contigüidade do processo de cicatrização, é a união dos tecidos. O resultado da síntese será mais fisiológico quanto mais

anatômica for a dierese (separação).

TEMPOS CIRURGICOS

➢ Síntese (junção, união) Pode ser classificada em: I. Cruenta : Coaptação, aproximação, união dos tecidos realizada por meio de sutura permanente ou removível. São utilizados instrumentos apropriados : agulhas de sutura, fios de sutura etc...

II. Incruenta : Aproximação dos tecidos, a união das bordas, é feita por meio de gesso, adesivo ou atadura. III. Imediata : Coaptação ou união das bordas da incisão é feita imediatamente após o término da cirurgia.

TEMPOS CIRURGICOS

➢ Síntese (junção, união) Pode ser classificada em: IV. Mediata: Aproximação dos tecidos, das bordas é feita após algum tempo de incisão ( algum tempo depois da lesão). V. Completa: Coaptação, aproximação, união dos tecidos é feita em toda a dimensão/extensão da incisão cirúrgica.

VI. Incompleta: Aproximação dos tecidos não ocorre em toda a extensão da lesão, mantem-se uma pequena abertura para a colocação de um dreno.

TEMPOS CIRURGICOS

➢ Síntese (junção, união) O processo mais comum de síntese é a sutura que pode ser: •Temporária– quando há necessidade de remover os fios cirúrgicos da ferida após fechamento ou aderência dos bordos desta. •Definitiva ou permanente– quando os fios cirúrgicos não precisam ser removidos, pois, permanecem encapsulados no interior dos tecidos.

Técnico em Enfermagem

ANESTESIA

ANESTESIA

➢ É a perda ou diminuição da sensibilidade através da administração de medicamentos, agentes anestésicos

➢ Tem por objetivo: ✓suprimir a sensibilidade; ✓abolir a dor durante o ato cirúrgico; ✓promover o relaxamento muscular

ANESTESIA ➢ O desenvolvimento da anestesia bem sucedida e controlável é que tornou possível a cirurgia moderna. ➢ A invenção de uma agulha oca e o desenvolvimento de aparelho a gás apressaram a descoberta de novas técnicas e agentes anestésicos. ➢ A anestesia moderna é muito superior à anestesia dos anos anteriores, pelo aumento de agentes anestésicos disponíveis e o refinamento das técnicas de administração.

ANESTESIA

HISTÓRIA ➢ 1776: Joseph Priestley descobre o Óxido Nitroso. ➢ 1846: utilização do éter pela primeira vez como anestésico ➢ Séc. XIX: Cocaína foi o primeiro anestésico local efetivo descoberto. ➢ 1899: Foi realizada a primeira anestesia subaracnoidea ➢ 1946: primeira utilização da lidocaína

ANESTESIA

O procedimento anestésico inclui:

▪Avaliação pré- anestésica ▪Anestesia ▪Recuperação Anestésica ▪Analgesia pós-operatória

ANESTESIA

Avaliação pré-anestésica Permite o conhecimento prévio das condições clinicas do cliente, o que diminui a morbimortalidade relacionada ao procedimento anestésico.

Após a anamnese é estabelecido o Estado físico do cliente baseado na classificação da Associação Norte Americana de

Anestesiologista (ASA)

ANESTESIA Avaliação pré-anestésica ASA I/ (P1) cirúrgica

Paciente saudável, exceto pela enfermidade

ASA II/ (P2)

Paciente com doença sistêmica leve e compensada

ASA III/ (P3) incapacidade

Paciente com doença sistêmica grave, porém sem

ASA IV/ (P4)

Paciente com doença sistêmica incapacitante.

ASA V/ (P5) Paciente moribundo que tem pouca capacidade de sobrevida (cirurgia é o último recurso) ASA VI/ (P6)

Paciente doador de transplante de órgãos

ANESTESIA ➢ Medicação pré-anestésica A finalidade desta medicação é diminuir a ansiedade do paciente e evitar assim elevação da PA, possibilidade de angina, e crise de broncoespasmo. As drogas utilizadas são o midazolam e o diazepam, administradas via oral ou intramuscular

ANESTESIA

Geral

Anestesia

Regional

Local

•Inalatória •Endovenosa •Balanceada •Raquidiana •Peridural •Bloqueio de plexos nervosos •Spray •Anestésico tópico

ANESTESIA ➢ Anestesia Geral Envolve a sensibilidade total do organismo, pois atua sobre o Sistema Nervoso Central, nos centros da percepção da dor. O paciente fica inconsciente, perde a capacidade de reagir contra estímulos externos, havendo relaxamento total da musculatura, o que possibilita o trabalho do cirurgião O agente anestésico produz o relaxamento da musculatura torácica, responsável pelos movimentos respiratórios, sendo necessário a entubação endotraqueal

ANESTESIA ➢ Tipos de Anestesia A anestesia geral pode ser administrada por via endovenosa, respiratória ou retal ✓ Anestesia por via respiratória ou inalatória - para este tipo de anestesia podem ser utilizados anestésicos líquidos (voláteis) ou gases ✓ Anestesia por via endovenosa - uma solução diluída de anestésico é lentamente injetada na veia. ✓ Anestesia por via retal - uma solução é instilada no reto e absorvida através da mucosa da parte baixa do intestino. Este método é pouco usado por não se ter controle da quantidade que será absorvida

ANESTESIA ➢ Anestesia Geral Indução: Ocorre em três fases:

Manutenção: Reversão

ANESTESIA

➢ Anestesia Geral (Fases da anestesia)

Fase de Indução: Começa com a administração de agentes anestésicos e se prolonga até o início do procedimento cirúrgico, no momento da incisão cirúrgica; a intubação orotraqueal ocorre no início dessa fase. Pode-se administrar medicação de ação hipnótica, analgésica e medicações de ação bloqueadora da função neuromuscular “curare”.

ANESTESIA

➢ Anestesia Geral (Fases da anestesia) Fase de Indução:

Hipnóticos:

Opioides:

✓Tiopental ✓Diazepam ✓Midazolam ✓ Etomidato ✓Propofol

Bloqueadores:

✓Fentanil ✓Morfina ✓Alfentanil ✓Sufentanil ✓Remifentanil

✓Fentanil ✓Succinilcolina ✓Pancurônio ✓Rocurônio ✓Atracúrio ✓Vecurônio

ANESTESIA

➢ Anestesia Geral (Fases da anestesia)

Fase de manutenção: tem o objetivo de manter o cliente em plano cirúrgico até o fim da cirurgia; Pode ser realizada com medicações endovenosas, inalatória ou uma combinação delas (anestesia balanceada), sendo que as medicações utilizadas nesta fase são as mesmas da fase de indução;

ANESTESIA ➢ Anestesia Geral (Fases da anestesia) Fase de Reversão: Superficialização do estado de anestesia, depende da profundidade e duração. Esta fase termina quando o paciente está pronto para deixar a sala de operação. Algumas medicações necessitam de drogas apropriadas para reverter sua ação (antaginistas) são elas: • Midazolam e Diazepam • Opioides • Bloqueadores

Flumazenil;

Naloxona Edrofônio e Niostigmina

ANESTESIA ➢ Tipos de Anestesia

•Anestesias Parciais são aquelas cujo comprometimento da sensibilidade abrange apenas áreas do corpo, de extensão variável, sem ser acompanhada de inconsciência ✓Anestesia Local: deprimem temporariamente as terminações nervosas periféricas sensitivas sem afetar outros tecidos Podem ser administradas por instilação, local por refrigeração, Tronculares, Plexulares, Espinhais

ANESTESIA

➢ Tipos de Anestesia

✓Raquidiana: o agente anestésico é introduzido dentro do espaço sub-aracnóide (usando um espaço lombar) e se mistura ao líquido cefalorraquidiano (LCR ou líquor) A extensão da anestesia depende da altura da punção lombar Os anestésicos mais utilizados são a bivucaína hiperbárica e a isobárica, lidocaína

ANESTESIA ➢ Tipos de Anestesia

ANESTESIA

➢ Tipos de Anestesia ✓Epidural: ou peridural é alcançada injetando-se o agente anestésico no espaço epidural, a medicação mais utilizada é a Lidocaína.

ANESTESIA ➢ Tipos de Anestesia

1 – Espaço subaracnoideo 2 – Espaço epidural

ANESTESIA ➢ Agentes Anestésicos Gerais Líquidos voláteis:

• Éter dietil: anestésico líquido e comumente usado, produzindo bom relaxamento, pode ser empregado em todos os tipos de cirurgias. • Halotone- (Fluotane): é um composto halogenado, potente, não inflamável, com cheiro agradável. Sua indução é mais rápida que a do éter e deve ser administrado por inalação, porém mais lenta do que a indução com óxido nitroso.

ANESTESIA

➢ Agentes Anestésicos Gerais Halotone- (Fluotane): ✓ Vantagens - não inflamável, potente, quimicamente estável, indução rápida e suave. Não irrita o tracto respiratório e não aumenta a salivação. ✓ Desvantagens - deve-se usar um vaporizador especial para administração por causa de sua acentuada potência. É tóxico ao fígado e depressor do Sistema Cardiovascular.

ANESTESIA ➢ Agentes Anestésicos Gerais • Metoxiflurane (Pentrane) - líquido estável e claro, com cheiro agradável e menos volátil que os anteriores. • Tricloretileno(Trilene) - líquido de baixa volatilidade, não inflamável e muito pouco usado.

ANESTESIA ➢ Agentes Anestésicos Gerais Gases anestésicos: • Óxido nitroso– gás inorgânico de pouca intensidade, cheiro agradável, atóxico, não irritante, de poucos efeitos colaterais. Produz indução e recuperação confortáveis e rápidas. • Ciclopropano– administrado por inalação, produz indução agradável e rápida, com larga margem de segurança se for mantida ventilação alveolar. Não irritante das membranas e baixa toxicidade.

ANESTESIA

➢ Agentes Anestésicos Gerais Endovenoso • Tiopental – barbitúrico tem ação curta em dosagem baixa, mas a administração repetida pode produzir efeito mais prolongado. Administrado na veia, produz indução rápida e recuperação agradável. • Inoval – é uma mistura de Droperidol (tranqüilizante) com Fentanil (analgésico narcótico). Administrado na veia, pode ser usado como complemento do ciclopropano.

ANESTESIA

➢ Agentes Anestésicos Locais • Marcaína – (hidrocloreto de bupivacaína) é um agente poderoso de ação demorada, usado em anestesia caudal, epidural, e bloqueios. • Xilocaìna– (hidrocloreto de Lidocaína) é um anestésico potente e muito usado.

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