Microsoft Word - GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS

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GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS PROF. MARCO ANTÔNIO F. MARINHO.

Gênero: leva em conta características externas (função na sociedade). Xxxxxxxxxxxxx Xxxxxxxxxxxxx Xxxxxxxxxxxxx Xxxxxxxxxxxxx Xxxxxxxxxxxxx

Tipo: Leva em conta características internas (linguístico-formais).

1. Gênero e função na sociedade: Por exemplo: para que serve um (a): Receita de bolo? Piada? Artigo de opinião? Romance? Notícia?

Ensinar. Fazer rir. Convencer. Entreter. Informar.

Outros exemplos de gêneros textuais: Manual de instruções, bula, verbete, histórias em quadrinhos, e-mail, letra de canção, poema, conto, fábula, contos de fada, telefonema, lista de compras, cardápio, artigo científico, tese de doutorado, telenovela, prefácio, contrato, aula, jornalísticos (reportagem, editorial, cartas do leitor, entrevista, telejornal), debate, reunião de trabalho, administração pública (ofício, memorando, ata, requerimento, circular), resumo, resenha, redação escolar, conversação espontânea, edital de concurso, boletim de ocorrência, sermão, discurso político, bate-papo virtual, bilhete, horóscopo, oração, charge, cartum etc. Os gêneros são infinitos. Então: • •

A comunicação verbal só é possível por meio de um gênero textual; Há um contrato social por trás da realização desses gêneros.

“Fulano discursa até na hora de tomar uma cerveja.” “Nessa reunião não cabe uma piada, mas deixem eu contar uma para descontrair um pouco.” 2. Tipos e características internas (linguístico-formais): Por exemplo: Tem mais adjetivo ou mais verbo? Que tempo verbal predomina? No que diz respeito à sequência de informações, observamos: ações?

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características? comandos? falas alternadas? ideias? Essa sequência de ideias é: parcial? imparcial? Logo: Todo texto é expressão de um gênero. Este, por sua vez, é algo empírico, observável, materializado por meio do emprego de um ou mais tipos textuais. Assim, os tipos textuais são: DISSERTATIVO EXPOSITIVO (ideias imparciais) DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO (ideias parciais) DESCRITIVO (características) INJUNTIVO (comandos) DIALOGAL ou CONVERSACIONAL (falas alternadas) NARRATIVO (ações) Finitos tipos. 3. Algumas análises: TEXTO 1: Evento católico vai alterar trânsito A prefeitura de Niterói estudou mudanças no trânsito da cidade para o Bote Fé, evento religioso promovido pela Arquidiocese de Niterói e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que acontece no próximo domingo, na Praia de Icaraí. Após esses estudos, preparou alterações que deverão ser observadas pelos motoristas. O encontro celebrará a chegada da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora à cidade, os dois grandes símbolos da Jornada Mundial da Juventude, encontro mundial de católicos programado para julho, no Rio. Seis vias de Icaraí estarão interditadas das 14h às 22h do dia 19: Ruas General Pereira da Silva, Presidente Backer, Lopes Trovão, Otávio Carneiro, Belisário Augusto e Praia de Icaraí. Somente veículos de serviço e socorro serão autorizados a circular nesses endereços. O estacionamento também estará proibido em diversos trechos do bairro. Os ônibus das caravanas religiosas poderão estacionar ao longo da Avenida Prefeito Sylvio Picanço, em Charitas, das 22h de sábado às 2h de segunda-feira. As áreas destinadas ao embarque e desembarque de passageiros de ônibus credenciados são a Rua Miguel de Frias, no trecho entre Rua Gavião Peixoto e a Praia de Icaraí; e a Avenida Ari Parreiras, sentido Santa Rosa, no trecho entre a praia e a Rua Jornalista Irineu Marinho. (O Globo, Niterói, 12/05/2013) a. Gênero textual?

Notícia.

b. Propósito?

Informar.

c. Nível linguístico?

Padrão e formal.

d. Tipo(s) textual(is)?

Narrativo: apresenta personagem, tempo, espaço, narrador. Descritivo: adjetivação intensa.

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e. Características de forma e conteúdo? Apresentação de fato relevante, informação nova, proximidade com o leitor, menor que a reportagem. TEXTO 2:

a. Gênero textual?

HQ.

b. Propósito?

Entreter.

c. Nível linguístico?

Padrão e traços de informalidade.

d. Tipo(s) textual(is)?

Dialogal: falas alternadas entre Calvin e Haroldo.

e. Características de forma e conteúdo? Linguagem mista, marcadores conversacionais, aproximação do real por meio da fala, humor. TEXTO 3:

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a. Gênero textual?

Bula.

b. Propósito?

Ensinar.

c. Nível linguístico?

Padrão e formal.

d. Tipo(s) textual(is)? Injuntivo: conjunto de comandos para o preparo da Amoxicilina. De uma forma geral, também há tipo descritivo. e. Características de forma e conteúdo? Linguagem mista, esquemático, verbos no imperativo, letras pequenas. De uma forma geral: apresentação, informações técnicas, contraindicações, reações adversas, posologia. TEXTO 4: Capítulo 1º: Tempestade A noite se antecipou. Os homens ainda não a esperavam quando ela desabou sobre a cidade em nuvens carregadas. Ainda não estavam acesas as luzes do cais, no Farol das Estrelas não brilhavam ainda as lâmpadas pobres que iluminavam os copos de cachaça, muitos saveiros ainda cortavam as águas do mar quando o vento trouxe a noite de nuvens pretas. Os homens se olharam e como que se interrogavam. Fitavam o azul do oceano a perguntar de onde vinha aquela noite adiantada no tempo. Não era a hora ainda. No entanto, ela vinha carregada de nuvens, precedida do vento frio do crepúsculo, embaciando o sol, como num milagre terrível. (...) A chuva veio com fúria e lavou o cais, amassou a areia, balançou os navios atracados... A chuva açoitava sem piedade os homens negros da estiva. O vento arrancou a vela do saveiro e levou-a para o cais como uma notícia trágica. O bojo das águas se elevou, as ondas bateram nas pedras do cais. As canoas do porto da Lenha se agitavam e os canoeiros resolveram não voltar naquela noite para as cidadezinhas do Recôncavo... De repente, rápida como vieira, a tempestade foi para outros mares, naufragar outros navios... (Fragmento de Mar Morto, de Jorge Amado) a. Gênero textual?

Romance.

b. Propósito?

Entreter.

c. Nível linguístico?

Padrão e formal.

d. Tipo(s) textual(is)?

Narrativo: apresenta personagem, tempo, espaço, narrador. Descritivo: adjetivação intensa.

e. Características de forma e conteúdo? Texto de ficção (diferente da notícia, por exemplo), com elementos estruturadores de uma narrativa. No caso particular: romance regionalista. TEXTO 5: Não é difícil saber por que o governo e o meio jurídico, em geral, opõem-se à redução da maioridade penal. Um motivo é ideológico, oriundo da percepção míope que justifica todos os comportamentos antissociais com causas socioeconômicas – como se elas explicassem as ações

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de monstros como Champinha, estuprador e assassino de um casal em São Paulo, e o assassino incendiário de Ribeirão Preto. O outro é econômico, já que o governo federal nem quer ouvir falar em algo que implique em gastos que compliquem o superávit primário, como construções de prisões para os “dimenores” criminosos. Quanto à população indefesa, é rezar para não cruzar com algum desses pobres jovens “não socializados”. Geraldo Luís Lino, Rio. a. Gênero textual?

Carta de leitor.

b. Propósito?

Opinar, convencer.

c. Nível linguístico?

Predomina o padrão e possui elementos informais.

d. Tipo(s) textual(is)?

Dissertativo argumentativo.

e. Características de forma e conteúdo? Texto curto, caráter opinativo com visível intenção de convencimento. Apresenta nome e cidade como elementos contextualizadores. De forma geral: o jornal define o título, que pode servir a mais de uma carta. Por essas análises, percebemos: 

Um gênero não precisa necessariamente se construir por meio de apenas um tipo:

NOTÍCIA: narrativo e descritivo. BULA: injuntivo e descritivo. ROMANCE: narrativo e descritivo.  Um tipo serve a vários gêneros: Narrativo: NOTÍCIA e ROMANCE. Descritivo: NOTÍCIA, BULA e ROMANCE. 4. Aprofundando os tipos textuais: a. Dissertativo expositivo: As moléculas de ácido pirúvico resultantes da degradação da glicose penetram no interior das mitocôndrias, onde ocorrerá a respiração propriamente dita. Cada ácido pirúvico reage com uma molécula da substância conhecida como coenzima A, originando três tipos de produtos: acetil-coenzima A, gás carbônico e hidrogênios. Em seguida, cada molécula de acetil-CoA reage com uma molécula de ácido oxalacético, resultando em citrato (ácido cítrico) e coenzima A. Analisando a participação da coenzima A na reação acima, vemos que ela reaparece intacta no final. Tudo se passa, portanto, como se a CoA tivesse contribuído para anexar um grupo acetil ao ácido oxalacético, sintetizando o ácido cítrico. (Oxidação do ácido pirúvico, site Terra)    

Sequência de informações neutras; Objetiva informar; Predominância de verbos no presente; Predominância da 3ª pessoa.

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b. Dissertativo argumentativo: No meu entendimento, o trânsito da Barra da Tijuca tende a piorar. Primeiro porque, observando atentamente o bairro, vemos o crescente número de condomínios em construção. Resultado: mais pessoas morando é sinônimo de maior número de automóveis nas ruas. Por último, ao contrário de anos atrás, a população de fato tem acesso à compra de novos veículos, uma vez que há farta oferta de crédito e aumento do poder de compra das pessoas. (Ronaldo, Rio)    

Sequência de argumentos; Objetiva defender uma tese; Presença de conectivos de causa e consequência; Marcas de subjetividade.

c. Descritivo: A casa era grande, branca e antiga. Em sua frente havia um pátio quadrado. À direita havia um laranjal onde noite e dia corria uma fonte. À esquerda era o jardim de buxo, úmido e sombrio, com suas camélias e seus bancos de azulejo. A meio da fachada que dava para o pátio havia uma escada de granito coberta de musgo. Em frente dessa escada, do outro lado do pátio, ficava o grande portão que dava para a estrada. A parte de trás da casa era virada ao poente e das suas janelas debruçadas sobre pomares e campos via-se o rio que atravessa a várzea verde e viam-se ao longe os montes azulados cujos cimos em certas tardes ficavam roxos. Nas vertentes cavadas em socalco crescia a vinha. À direita, entre a várzea e os montes, crescia a mata, a mata carregada de murmúrios e perfumes e que os Outonos tornavam doirada.     

Sequência de características; Predominância de adjetivos e substantivos; Ausência de progressão temporal; Grande presença de verbos de ligação; Predominância de presente e pretérito imperfeito.

d. Injuntivo: Modo de preparo da feijoada: Lave todas as carnes em água corrente para tirar o excesso de sal. Deixe a carne-seca, a língua, a costelinha e o pé de molho em água fria por 24 horas, trocando a água 4 vezes. Você deve limpar bem, tirando os nervos e pêlos existentes. Cozinhe o feijão em água até os grãos ficarem macios e inteiros (irão ao fogo novamente). Escorra as carnes de molho, coloque em uma panela, cubra com água e cozinhe por 30 minutos. Escorra e corte em pedaços menores. Em uma panela, coloque o lombo e cubra com água, depois de 15 minutos. Junte o paio e a calabresa e cozinhe por mais 20 minutos. Escorra e reserve. Esquente o óleo e doure os cubos de bacon, junte o alho e a cebola e deixe dourar. Adicione o feijão, as carnes cozidas, o louro e cozinhe por 25 minutos para os sabores fundirem e o feijão amaciar mais. Tempere com sal e retire alguns grãos de feijão. Amasse e volte à panela para engrossar o caldo. Sirva bem quente acompanhado de vinagrete com pimenta, couve, arroz, farofa, laranja.  Sequência de comandos/instruções;  Predominância do imperativo;  Uso de pronomes de tratamento e verbos modalizadores (dever, precisar, ter de, poder);  Predominância da coordenação.

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e. Dialogal ou conversacional: Isto É: Como o sr. avalia o trabalho do governo brasileiro no combate à Aids? Luiz Loures: (colocando a mão no queixo) O Brasil pode ser o primeiro país a controlar a Aids. Ele foi o primeiro entre os países em desenvolvimento a dar um passo em direção a uma resposta efetiva à epidemia de Aids. Vale lembrar que, desde o começo, 90% dos casos estão no Sul, não no Norte. Além disso, o país agiu corretamente quando, em uma fase bastante preliminar, optou pelo acesso universal e gratuito ao tratamento. Isto É: Essa escolha pode ser considerada a chave para o sucesso do programa brasileiro? Luiz Loures: Sim. Isso ocorreu em uma época em que o mundo todo, e principalmente os países desenvolvidos, eram contra o tratamento. Achavam que seria muito caro e que o vírus criaria resistência. Mesmo assim o Brasil deu esse passo. Hoje temos evidências de que o tratamento em larga escala é uma das formas mais efetivas para se prevenir a transmissão. Tratando-se, há uma possibilidade de redução da transmissão de 96% em casais nos quais um é positivo e o outro é negativo. Quem trata não transmite. Além disso, o Brasil combinou progresso científico e mobilização social desde muito cedo, o que foi muito positivo. Ok? Isto É: Quando o sr. fala em fim de epidemia, qual é o prazo? Luiz Loures: Quinze anos é um tempo seguro. Essa estimativa se baseia na minha experiência e no tempo gasto para que tivéssemos o coquetel disseminado no mundo em desenvolvimento e principalmente na África. No início dos anos 2000, o tratamento começou a ser disseminado entre os países do Sul e levou dez anos para que isso atingisse a escala esperada.     

Sequência de falas alternadas (tomadas de turno); Ausência de narrador; Presença de rubricas; Identificação antes da fala; Marcadores conversacionais (olha, veja, bom, então; né?, certo?, viu?, entendeu?; ahã, sim)

f. Narrativo: Bando faz arrastão em bar de Botafogo Por volta de 21h45min de ontem, cinco homens chegaram em um Corolla ao restaurante Famiglia Pelluzo’s em Botafogo na Zona Sul do Rio. Um bandido ficou na direção e os outros quatro entraram no estabelecimento. Os marginais assaltaram 10 clientes e, além de dinheiro, levaram objetos como bolsas, telefones celulares e cordões de ouro. Após a ação, fugiram em direção a Copacabana. (Adaptado de O Dia Online)  Sequência de ações;  Presença de elementos estruturadores da narrativa (narrador, personagens, tempo, espaço, enredo);  Predominância de verbos de ação;  Progressão temporal;  Predominância de presente e pretérito perfeito. Nota: polifonia do texto narrativo: As falas de narrador e personagens são organizadas por meio de 3 tipos de discurso: direto, indireto e indireto livre.

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DISCURSO DIRETO: As falas dos personagens são desvinculadas da fala do narrador, sem paráfrases.

O homem disse: --------------------> Narrador. -- Ontem, nevou em Santa Catarina. --------------------> Personagem. “Disse:” ------> Verbo de elocução e dois-pontos ou travessão e verbo de elocução Uso de travessão ou aspas para marcar fala do personagem.



DISCURSO INDIRETO: As falas dos personagens são parafraseadas pelo narrador.

O homem disse que, no dia anterior, chovera em Santa Catarina. -----------------------> Narrador. “Que:” conjunção integrante.

Conversão do discurso direto para o indireto: Alteração de tempo e pessoa. O rapaz disse: -- Ontem, minha mãe molhou as plantas.

O rapaz disse que, no dia anterior, sua mãe molhara as plantas. Alterações: Inclusão de “que” integrante; Mudança de pessoa: “minha” para “sua”; Mudança de referência temporal: “ontem” para “dia anterior”; Mudança de tempo verbal: “molhou” (pretérito perfeito) para “molhara” (pretérito mais-queperfeito). DISCURSO DIRETO

DISCURSO INDIRETO

Presente: Fulano disse: Eu gosto de comida japonesa.

Pretérito imperfeito: Fulano disse que gostava de comida japonesa.

Pretérito perfeito: Fulano disse: Eu estudei demais semana passada.

Pretérito mais-que-perfeito: Fulano disse que estudara demais na semana anterior.

Futuro do presente: Fulano disse: João irá ao cinema amanhã.

Futuro do pretérito: Fulano disse que João iria ao cinema no dia seguinte.

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Presente do subjuntivo: Fulano disse: Carlos talvez compre meu carro.

Imperfeito do subjuntivo: Fulano disse que Carlos comprasse seu carro.

DISCURSO DIRETO

DISCURSO INDIRETO

Imperativo: Fulano disse: Jogue o jornal fora!

Imperfeito do subjuntivo Fulano disse que jogasse o jornal fora.

talvez

Mais exemplos: a. O atleta falou: -- Talvez eu deva acertar com o clube espanhol na próxima semana. O atleta falou que talvez devesse acertar com o clube espanhol na semana seguinte. b. O jornalista perguntou: -- Você rescindirá seu contrato com a Globo? O jornalista perguntou se ele rescindiria seu contrato com a Globo. Notem ainda: c. Não entro mais aqui! – afirmou o rapaz. O rapaz afirmou que não entrava mais ali. Advérbios “aqui”, “cá” e “aí” mudam para “ali”, “lá” no discurso indireto. •

DISCURSO INDIRETO LIVRE:

As falas de narrador e personagens se misturam, sem separação nítida. O pai desempregado avistou a banca de jornais. Lentamente, dirigiu-se até lá na esperança de ver seu nome entre os classificados para o cargo de Técnico do Tesouro Nacional. Pegou o jornal e examinou a lista. Graças a Deus! Meus dias de sofrimento acabaram! Assim, retornou para casa ansioso para contar a boa nova para o filho. Em que apenas “Graças a Deus! Meus dias de sofrimento acabaram!” é fala do personagem.

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