HIS1_3008 O RENASCIMENTO CULTURAL 2020

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O RENASCIMENTO CULTURAL A ARTE COMO SÍMBOLO DE UM NOVO TEMPO

HUMANISMO O Humanismo Cristão foi um movimento intelectual surgido dentro da própria Igreja Católica Romana. Como definiu Ganshof em sua magna ópera intitulada O que é feudalismo?, a Idade Média caracterizava-se pela fragmentação do poder público. A ausência dos Estados Nacionais, portanto, fazia com que não existisse uma instituição laica que pudesse patrocinar de modo conveniente a formação de um corpo de estudiosos. Coube desta forma à Igreja Católica a missão de criar uma elite de pensadores que interpretasse as Escrituras, formulassem o direito canônico e estabelecessem as demais regras de condutas em sociedade. O Humanismo é, portanto, herança direta da Idade Média e da Igreja Católica. O latim, idioma oficial do papado, era a língua universal dos eruditos europeus, como por exemplo, os padres humanistas Erasmo de Roterdã e Thomas Morus, autores, respectivamente, de Elogio da Loucura e A Utopia. O maior mérito dos humanistas consistiu em estabelecer as condições que levariam ao movimento Renascentista Artístico e Cultural e ao cisma protestante luterano. Os autores considerados clássicos da Antiguidade, apresentavam uma concepção antropocentrista de mundo, isto é, a valorização do homem e do conhecimento empírico e científico como formas de entender a natureza e a sociedade. A busca destes valores em detrimento dos excessos de religiosidade católica, característico do medievo europeu, seria o ponto de sustentação intelectual do Renascimento – movimento artístico e cultural que poderia ser, como o Humanismo, colocado em prática. A aparente contradição do Humanismo ser um movimento surgido no seio da Igreja Católica e, ao mesmo tempo, defender uma visão mais humana e racional do mundo, é meramente aparente. Os padres humanistas acreditavam em Deus e na Igreja, entretanto, apresentavam uma curiosidade intelectual que ultrapassava os limites da escolástica. Ademais, estes membros da Igreja começaram a questionar certas práticas do alto clero católico que não se coadunavam com as pregações das Escrituras. O Nome da Rosa, clássico do cinema histórico baseado na obra de Umberto Eco, ilustra como o Teocentrismo e o Humanismo conviveram na passagem do medievo para a modernidade.

HISTÓRIA I

apresentava seu maior nome: Luís de Camões. Este nome teve a autoria da epopeia da expansão marítima atlântica, Os Lusíadas, que em conjunto como o Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes – obra cômica que destruiu o mito do cavaleiro medieval – pode ser considerada a obra de referência do Renascimento ibérico. O Renascimento, entretanto, foi um fenômeno essencialmente italiano. Quando pensamos nele acabamos por lembrar imediatamente dos grandes nomes da Itália, como Leonardo da Vinci, considerado o homem símbolo do movimento e autor de uma das obras eternizadas do período: a Mona Lisa. Da Vinci foi mestre não somente na pintura, mas também nos estudos da anatomia, arquitetura, engenharia, guerra e urbanização. Além dele, temos que prestar atributo a Dante Alighieri, autor da Divina Comédia, na qual é conduzido pelo poeta clássico Virgílio pelos três mundos metafísicos idealizados pela Igreja Católica no período medieval: o paraíso, o purgatório e o inferno. O florentino Nicolau Maquiavel é considerado o pai da Ciência Política por ter escrito O Príncipe, uma espécie de manual que revolucionava a moral de conduta política dos monarcas, ao admitir aquilo que já era notório: o chefe de governo não deveria se submeter a uma moral cristã piedosa, podendo estar acima das virtudes da Igreja Católica e promover o mal em nome do Estado. A conduta maquiavélica não foi bem recebida em Roma.

O MOVIMENTO RENASCENTISTA Não existe uma data específica para determinarmos o início e o fim do período renascentista. Os historiadores de um modo geral, admitem, contudo, os anos de 1330 a 1530, como um corte cronológico possível. Embora seja um período excessivamente longo, estes anos guardam as características renascentistas primordiais de uma estética de valorização do indivíduo, do homem e da razão, que se opõem ao período medieval coletivista e teocêntrico denominado de modo depreciativo de “Idade das Trevas”. Foi só no século XIX, todavia, que autores como Jules Michelet e Jacob Buckhardt começaram a qualificar aquele período com o emprego do vocabulário “renascimento”. O movimento renascentista não apresentou um aspecto homogêneo no continente europeu, isto é, determinadas regiões tiveram um Renascimento mais vigoroso, enquanto outras nem ao menos conseguiram viver de fato este movimento desvinculado de forte impressão religiosa desvinculado de forte impressão religiosa. Houve ainda casos em que “os renascimentos” não foram coincidentes, isto é, enquanto na Península Itálica os ideais e práticas estavam em franca decadência no século XVI, Portugal

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Buonarroti Michelangelo, ao lado de Da Vinci, presenteou o mundo ocidental com as mais belas obras artísticas do Renascimento italiano: os afrescos da capela sistina no Vaticano, realizados por encomenda do papado. O tema obviamente não poderia deixar de ser católico: O Juízo Final. Ironicamente, Michelangelo chegou a declinar do pedido de fazer os afrescos, pois em sua época os mais notórios artistas trabalhavam com a escultura. Península Itálica ainda deu ao mundo Galileu Galilei e sua teoria heliocêntrica, que rompia com a astronomia católica geocêntrica, inaugurando uma nova ciência astronômica baseada não mais nas escrituras, mas na observação empírica e no método científico. Poderíamos falar ainda de Donatello, Doni, Dovisi, Petrarca, Rafael, Ramelli, Ramusio, entre outros. O Renascimento eternizou também grandes nomes fora das cidades italianas, como William Shakespeare na Inglaterra, grande

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dramaturgo, autor de Hamlet, Henrique V, Otello, As Alegres Comadres de Windsor, Romeu e Julieta, entre outros clássicos. Na França, coube ao irreverente padre François Rebelais escrever a obra literária máxima do Renascimento em seu país: Gargantua e Pantagruel. No Sacro Império Romano Germânico, devido a intensa atuação de Lutero contra alguns dogmas do catolicismo, o Renascimento foi pouco relevante, cabendo ao artista plástico Dührer retratar imagens do cotidiano e aspectos religiosos da região.

O IMPACTO PARA O MUNDO MODERNO É uma realidade inquestionável que o Renascimento foi um movimento artístico e cultural que abalou mais profundamente as estruturas e concepções mentais da Península Mediterrânea que do restante do continente. Entretanto, o que explica o papel de vanguarda dos italianos? A geografia nos auxilia a compreender em parte esta situação, já que o Renascimento Comercial e Urbano no Mediterrâneo provocou a ascensão de um novo grupo de comerciantes especializados. Os burgueses da Península Itálica, os mais ricos da Europa por monopolizarem o comércio das especiarias do Oriente , praticavam o mecenato. Agnes Heller denominou o Renascimento de “aurora do capitalismo”. O patrocínio das artes era uma forma de demonstrar ascensão ou status social, pois o alto clero e a nobreza já ostentavam um estilo de vida que os distinguia do resto da sociedade europeia. O elemento burguês queria se aproximar deste modo de vida aristocrático, patrocinando a produção artística. Se existiu Leonardo Da Vinci foi porque havia um Lorenzo de Médici a patrociná-lo. A despeito do Renascimento apresentar uma arte com temas católicos de modo corriqueiro, como, por exemplo, a Santa Ceia de Da Vinci, estes autores buscam valorizar em suas obras a estética antropocêntrica. A concepção que temos de um Cristo esbelto de traços finos, pele alva e com longa barba, cabelos lisos e olhos em tons claros, por exemplo, é tipicamente renascentista europeia. Certamente não corresponderia com a imagem de um Cristo histórico nascido em uma tribo de judeus em pleno Oriente Médio. A imagem de Cristo é um exemplo de uma reconstrução histórica manipulada. O Renascimento deveu-se, portanto, ao mecenato ou patrocínio das artes. É um erro, entretanto, dissociar este movimento cultural e artístico da aristocracia italiana. A despeito do Renascimento romper com a estética da “Idade das Trevas” e defender uma visão racional e hedonista de mundo, também apresentava um estilo outrora elitista e religioso. Um elemento que também estava presente nas obras dos autores citados anteriormente era a valorização do vernáculo, isto é, dos idiomas nacionais na produção literária. Neste sentido, a Igreja Católica perdeu terreno para o processo de formação dos Estados Nacionais. Com o advento da imprensa, a publicidade na Europa se tornou mais usual, favorecendo o acesso de um número maior de pessoas às obras dos escritores renascentistas. Escrever deixou de ser um ofício exclusivo dos padres humanistas, fazendo com que o latim católico fosse paulatinamente abandonado em favor de línguas nacionais que pudessem atingir um número maior de leitores com um grau menor de instrução. Além disso, a presença de sábios bizantinos, oriundos do Império Romano do Oriente ou Constantinopla, tomado pelos turcos-otomanos, favoreceu a tradução de obras da Antiguidade clássica. O Renascimento italiano encontrou sua decadência no esgotamento econômico da península e na repressão da Igreja Católica a outro movimento importante do período: a Reforma Protestante. A expansão marítima e comercial atlântica teve como momento auge a chegada do vice-almirante Vasco da Gama a Calicute em 1498. A expedição de Vasco da Gama marcou a quebra do monopólio italiano no comércio com o Oriente e a transferência do eixo comercial do Mediterrâneo para o Atlântico, provocando a decadência da burguesia italiana e, de modo consequente, do

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mecenato. A Reforma Protestante, iniciada em Wittenberg em 1517, pelo monge da Ordem dos Agostinhos, Martinho Lutero, ameaçava seriamente a unidade da Igreja Católica na Europa Ocidental. Roma, através do Concílio de Trento (1545-1563), reativou o Tribunal do Santo Ofício e estabeleceu um Índex de obras censuradas pela Igreja. A repressão e a censura atingiram renascentistas renomados, por exemplo, Galileu e Maquiavel. A reação católica levou a arte novamente para um apelo de religiosidade que exaltaria Deus em um obscurantismo barroco. EXERCÍCIOS

PROTREINO 01. Apresente ao menos três características do movimento renascentista. 02. Cite dois importantes artistas renascentistas, identificando suas respectivas obras. 03. Identifique a região considerado “berço do Renascimento”. 04. Explique o que foi o mecenato. 05. Diferencie o antropocentrismo renascentista do teocentrismo medieval.

EXERCÍCIOS

PROPOSTOS 01. Os humanistas e artistas do Renascimento italiano apregoavam a “volta aos Antigos” como fundamento de suas ações no presente. Assinale a alternativa que expressa o que era entendido por “volta aos Antigos”. a) Dar continuidade ao pensamento medieval, em particular aos preceitos da Escolástica que apregoava a conciliação da fé cristã com a razão fundada na tradição grega de Platão e Aristóteles. b) Tomar como fundamento exclusivamente as Escrituras Sagradas – o Antigo e o Novo Testamento – na medida em que as formas culturais deveriam estar a serviço da religião. c) Inspirar-se na arte e na cultura da civilização greco-romana que teria sido desvalorizada pelo pensamento medieval, o qual limitava a liberdade do indivíduo. d) Imitar fielmente as atitudes dos homens da antiguidade, em seu modo de escrever, falar, esculpir, pintar, construir, se vestir, entre outras. Assim, sentiam-se alcançando as glórias do passado. e) Reagir ao movimento que defendia a autoridade do presente em relação ao Antigo e exigia uma ruptura total com o passado. 02. Em uma significativa passagem da tragédia Macbeth, de Shakespeare, seu personagem principal declara: “Ouso tudo o que é próprio de um homem; quem ousa fazer mais do que isso não o é”. De acordo com muitos intérpretes, essa postura revela, com extraordinária clareza, toda a audácia da experiência renascentista. Com relação à cultura humanista, é correto afirmar que a) o mecenato de príncipes, de instituições e de famílias ricas e poderosas evitou os constrangimentos, prisão e tortura de artistas e de cientistas. b) a presença majoritária de temáticas religiosas nas artes plásticas demonstrava as dificuldades de assimilar as conquistas científicas produzidas naquele momento. c) a observação da natureza, os experimentos e a pesquisa empírica contribuíram para o rompimento de alguns dos dogmas fundamentais da Igreja.

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08 O RENASCIMENTO CULTURAL A ARTE COMO SÍMBOLO DE UM NOVO TEMPO d) a reflexão dedutiva e o cálculo matemático limitaram-se à pesquisa teórica e somente seriam aplicados na chamada Revolução Científica do século XVII. e) a avidez de conhecimento e de poder favoreceu a renovação das universidades e a valorização dos saberes transmitidos pela cultura letrada. 03.A modernidade europeia trouxe consigo uma nova configuração de valores ditados, no sentido da produção e da difusão cultural, por movimentos denominados Renascimento Cultural e Reforma Religiosa. O que se entendia por saber científico passa a ser estimulado e divulgado. Esse novo padrão nos costumes, elementos característicos da nova mentalidade burguesa, foi apoiado diretamente pelo(a) a) b) c) d) e)

chegada ao novo mundo. circulação de moedas. aparecimento da imprensa. renascimento comercial. abolição do modo de produção escravista.

04.O movimento em direção à modernidade iniciado pela Renascença foi significativamente acelerado pela Revolução Científica do século XVII. A Revolução Científica destruiu a cosmologia medieval e estabeleceu o método científico – a observação e a experimentação rigorosa e sistemática – como meio essencial de desvendar os segredos da natureza. PERRY, Marvin. Tradução de Waltensir Dutra e Silvana Vieira. Civilização ocidental. São Paulo: Martins Fontes, 2002, p. 282.

A afirmação do texto relaciona-se a) ao renascimento científico europeu, que introduziu novas concepções relativas, dentre outras, ao heliocentrismo, à anatomia humana, às operações matemáticas decimais e à produção de textos. b) ao modo de produção feudal, resultante do aumento da produtividade agrícola e da expansão do poder dos senhores feudais, ampliando a exploração sobre a classe servil. c) à finalização da concorrência comercial entre as cidades italianas que disputavam a hegemonia no mar Mediterrâneo. d) à eclosão da Reforma Protestante, que condenava o apoio da Igreja Católica às interpretações científicas dos fenômenos religiosos. e) ao fortalecimento das tradições, que afirmavam a identidade entre as raças e a igualdade da capacidade intelectual entre elas. 05. As crenças de navegadores portugueses e espanhóis dos séculos XV e XVI, inspiradas na teologia medieval, de que o Paraíso estava ao alcance dos homens, embora em lugar ainda desconhecido, estimularam as viagens de “descobertas” que incorporaram o Novo Mundo ao espaço geográfico das terras conhecidas pelos europeus. As pistas desta mentalidade estão em obras filosóficas e literárias da Antiguidade Greco-Romana e de autores humanistas, além de novelas de cavalaria. O conteúdo destas obras fazia parte do patrimônio intelectual europeu de fins da Idade Média e forneceu o quadro mental a partir do qual foram escritas as obras de viajantes europeus que vieram à América no século XVI. A busca do paraíso terrestre, quando da expansão marítima europeia voltada para a descoberta de novas rotas de comércio com o Oriente, significou:

d) a correspondência entre as crenças europeias e os mitos indígenas do Novo Mundo. e) o uso da justificativa religiosa para o financiamento das navegações pelas Coroas Ibéricas. 06. (UNICAMP 2015) A primeira lei de Kepler demonstrou que os planetas se movem em órbitas elípticas e não circulares. A segunda lei mostrou que os planetas não se movem a uma velocidade constante. PERRY, Marvin. Civilização Ocidental: uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 289. (Adaptado)

É correto afirmar que as leis de Kepler a) confirmaram as teorias definidas por Copérnico e são exemplos do modelo científico que passou a vigorar a partir da Alta Idade Média. b) confirmaram as teorias defendidas por Ptolomeu e permitiram a produção das cartas náuticas usadas no período do descobrimento da América. c) são a base do modelo planetário geocêntrico e se tornaram as premissas cientificas que vigoram até hoje. d) forneceram subsídios para demonstrar o modelo planetário heliocêntrico e criticar as posições defendidas pela Igreja naquela época. 07. “Leonardo [da Vinci] analisou a anatomia humana durante toda sua vida; considerava que a natureza havia criado todas as coisas visíveis que poderiam tornar-se pintura. (...) Escrevendo sobre o horror de cadáveres esquartejados com os quais costumava passar as noites, Da Vinci diz que de nada lhe serviriam caso não soubesse também desenhar perfeitamente; a dissecção de corpos deveria ser acompanhada por um conhecimento da perspectiva, dos métodos de demonstração geométrica, do método do cálculo de força e de poder dos músculos. A pintura deveria levar em conta os fenômenos naturais, a estrutura das coisas, o mecanismo dos corpos.” Teresa Aline Pereira de Queiroz. O renascimento. São Paulo: Edusp, 1995, p. 55.

O texto refere-se a três características centrais do Renascimento cultural dos séculos XV e XVI: a) o naturalismo, a rusticidade das representações e o simbolismo. b) o abstracionismo, o contraste entre claro e escuro e a despreocupação com as proporções na representação do corpo. c) o experimentalismo, a pesquisa científica e a valorização do homem. d) o reconhecimento da submissão absoluta do homem a Deus, o platonismo e a ausência de perspectiva. 08.(UNESP 2017)

a) a ruptura entre a mentalidade medieval e aquela do Renascimento. b) a permanência de elementos da mentalidade medieval no período inicial do Renascimento. c) a confirmação dos relatos bíblicos, que podiam ser constatados com as navegações.

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A pintura representa no martírio de Cristo os seguintes princípios culturais do Renascimento italiano: a) a imitação das formas artísticas medievais e a ênfase na natureza espiritual de Cristo.

11. (IFSP 2017) Leia o trecho e analise a figura abaixo. “A Última Ceia, obra-prima de Leonardo Da Vinci, retrata uma época, um movimento artístico e um avanço histórico em termos de perspectiva, olhar dramático, técnica e ciência.”

b) a preocupação intensa com a forma artística e a ausência de significado religioso do quadro.

ROMES, 2008.

c) a disposição da figura de Cristo em perspectiva geométrica e o conteúdo realista da composição. d) a gama variada de cores luminosas e a concepção otimista de uma humanidade sem pecado. e) a idealização do corpo do Salvador e a noção de uma divindade desvinculada dos dramas humanos. 09. (UPE-SSA 1 2017) Quais características do Renascimento estão presentes na obra?

Assinale a alternativa que apresenta a qual período histórico a obra acima pertence. a) Iluminismo. b) Renascimento. c) Feudalismo. d) Cruzadas. e) Reforma. 12. (FUVEST 2018) Tanto no desenvolvimento político como no científico, o sentimento de funcionamento defeituoso, que pode levar à crise, é um pré-requisito para a revolução. T. S. Kuhn. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1989.

Analise as quatro afirmações seguintes, acerca das revoluções políticas e científicas da Época Moderna. I. a) b) c) d) e)

A filosofia Escolástica e a Patrística. A exaltação a Deus e o Teocentrismo. A misoginia e a exaltação do masculino. O Orientalismo e as influências chinesas. O Humanismo e a retomada de temas clássicos.

10.O Vaticano inaugurou a nova iluminação do interior da Capela Sistina, que valoriza os detalhes de obras-primas da história da arte. Quando “O juízo final”, a parede de afrescos considerada a maior obra do humanismo, foi restaurada, há 20 anos, talvez o efeito obtido não fosse como o de hoje. Sete mil leds, com luz difusa e ao mesmo tempo intensa, permitem uma valorização sem precedentes das cores. (Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/10/vaticanoinaugura-nova-iluminacao-do-interior-da-capela-sistina.html.)

Patrimônio da humanidade, a obra de Michelangelo é um dos símbolos máximos do Renascimento. Sobre o contexto histórico em que foi produzida essa obra, é correto afirmar que: a) o artista retratou o resgate das culturas helenísticas, principalmente no que se refere às concepções mitológicas e politeístas.  b) Michelangelo, o autor de “O juízo final”, manteve em sua obraprima o princípio básico da arte renascentista: o teocentrismo.  c) os humanistas preconizavam o estabelecimento de dogmas cristãos dissolvidos desde a expansão vertiginosa da Igreja Ortodoxa. d) a obra retrata ainda temas cristãos, retirados da Bíblia, mas contém o realismo, humanismo e naturalismo característicos da Renascença.

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A concepção heliocêntrica de Nicolau Copérnico, sustentada na obra Das revoluções das esferas celestes, de 1543, reforçava a doutrina católica contra os postulados protestantes.

II. A Lei da Gravitação Universal, proposta por Isaac Newton no século XVII, reforçava as radicais perspectivas ateístas que haviam pautado as ações dos grupos revolucionários na Inglaterra à época da Revolução Puritana. III. Às experiências com eletricidade realizadas por Benjamin Franklin no século XVIII, somou-se sua atuação no processo de emancipação política dos Estados Unidos da América. IV. Os estudos sobre o oxigênio e sobre a conservação da matéria, feitos por Antoine Lavoisier ao final do século XVIII, estavam em consonância com a racionalização do conhecimento, característica da Ilustração. Estão corretas apenas as afirmações a) I, II e III.

c) I, III e IV.

b) II, III e IV.

d) I e II.

e) III e IV.

13. (FGV 2016) “Só para mim nasceu Dom Quixote, e eu para ele: ele para praticar as ações e eu para as escrever (...) a contar com pena de avestruz, grosseira e mal aparada, as façanhas do meu valoroso cavaleiro, porque não é carga para os seus ombros, nem assunto para o seu frio engenho; e a esse advertirás, se acaso chegares a conhecê-lo, que deixe descansar na sepultura os cansados e já apodrecidos ossos de Dom Quixote (...), pois não foi outro o meu intento, senão o de tornar aborrecidas dos homens as fingidas e disparatadas histórias dos livros de cavalarias, que vão já tropeçando com as do meu verdadeiro Dom Quixote, e ainda hão de cair de todo, sem dúvida.” (Miguel de Cervantes Saavedra, Dom Quixote de la Mancha, 1991)

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08 O RENASCIMENTO CULTURAL A ARTE COMO SÍMBOLO DE UM NOVO TEMPO Sobre a obra em questão, é correto afirmar que

c) cultura e comércio.

a) Dom Quixote é um homem de valores de cavalaria, instituição típica da modernidade ocidental, com suas aventuras tragicômicas, fruto de suas leituras, que vão do heroísmo à ingenuidade, caracterizando a sensibilidade do homem moderno, mais ligado à ciência e à experiência, em oposição ao primado da fé.

d) política e economia.

b) o homem medieval, representado por Dom Quixote, considera a cavalaria, instituição típica do período, o símbolo dos valores cristãos, como a fé, a honra e a justiça, e vê, na guerra santa, forma de propagar esses valores, em defesa do mundo que crê nas lições dos livros sagrados, sem duvidar das verdades tradicionais. c) a figura trágica de Dom Quixote é a representação do homem do mundo antigo, ou seja, aquele que considera a guerra como missão a fim de louvar os deuses e transformar as ações em mitos, condenando a injustiça e as civilizações frágeis, o que possibilita localizar o texto no final da Antiguidade. d) Cervantes cria Dom Quixote, o cavaleiro andante, um fidalgo cujas proezas o tornam inadequado à época moderna, marcando o limite entre o heroísmo e a fantasia, pois não só aspira a uma missão purificadora do mundo como acredita nela, e revela que, na passagem do homem medieval para o moderno, a cavalaria era algo ultrapassado. e) o texto de Cervantes nos conta a aventura de um fidalgo que, por meio de leituras de livros de cavalaria, torna-se um cavaleiro, uma personagem identificada com os valores medievais, de guerra, honra e justiça, mostrando como, na Idade Moderna, esses valores são importantes, ainda têm lugar e guiam a ação e a consciência do homem moderno. 14. (ESPM 2012) Que obra de arte é o homem: tão nobre no raciocínio; tão vário na capacidade; em forma de movimento, tão preciso e admirável, na ação é como um anjo; no entendimento é como um Deus; a beleza do mundo, o exemplo dos animais. (Willian Shakespeare. Hamlet)

Pois o Senhor reinará na terra com seus santos, como dizem as escrituras, e nela terá sua Igreja, na qual nenhum mal penetrará, afastada e pura de toda a mancha do mal. A Igreja se revelará então com grande clareza, dignidade e justiça. Então não haverá prazer em enganar, em mentir, em ocultar o lobo sob a pele da ovelha. (Santo Agostinho. A Cidade de Deus)

Os textos permitem constatar o contraste de diferentes concepções entre a renascença e a mentalidade medieval. A alternativa que apresenta o contraste que os textos revelam é: a) humanismo X laicismo; b) individualismo X coletivismo; c) antropocentrismo X teocentrismo; d) hedonismo X misticismo; e) naturalismo X dogmatismo 15. (ENEM 2011) Acompanhando a intenção da burguesia renascentista de ampliar seu domínio sobre a natureza e sobre o espaço geográfico, através da pesquisa científica e da invenção tecnológica, os cientistas também iriam se atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma, o movimento, o espaço, a luz, a cor e mesmo a expressão e o sentimento. SEVCENKO, N. O Renascimento. Campinas: Unicamp, 1984.

O texto apresenta um espírito de época que afetou também a produção artística, marcada pela constante relação entre a) fé e misticismo.

e) astronomia e religião. 16. (FGV 2006) "Quando este impulso para o desenvolvimento individual mais elevado se combinava com uma natureza poderosa e variada, que já se havia assenhoreado de todos os elementos da cultura, surgia o homem multifacetado - 'l'uomo universale' - que pertencia só à Itália. (...) No Renascimento italiano encontramos artistas que, em todos os ramos, criavam obras novas e perfeitas, e que causavam também a maior impressão como homens. Outros, além das artes que praticavam, eram mestres de um amplo círculo de interesses espirituais." BURCKHARDT, Jacob. "A cultura do Renascimento na Itália". Brasília: Universidade de Brasília, 1991, pp. 84-5.

Caracterizam a produção cultural e científica do Renascimento: a) A descoberta da perspectiva nas artes plásticas; a invenção da luneta astronômica; "O Príncipe" de Maquiavel. b) A teoria heliocêntrica; o desenvolvimento da cartografia; o maneirismo nas artes. c) A invenção da luneta astronômica; as "Confissões" de Santo Agostinho; a tradução de textos da antiguidade greco-romana. d) A descoberta da perspectiva; a "Eneida" de Virgílio; a invenção da imprensa. e) A valorização dos idiomas nacionais; a tradução de textos da antiguidade greco-romana; a pintura hierática. 17. (ESPCEX 2014) A partir do século XI, a Europa Ocidental foi palco de uma série de mudanças: crescimento da população, avanço técnico, aumento da produtividade agrícola, intensificação do comércio entre o Ocidente e o Oriente e ascensão da burguesia (mercadores, armadores. banqueiros). Todas essas mudanças inspiraram uma nova visão do mundo, da arte e do conhecimento. impulsionando, assim, um movimento de grande renovação cultural, único na história do Ocidente: o Renascimento. (BOULOS JR. 2011)

São características do Renascimento: a) antropocentrismo e misticismo. b) hedonismo e antropocentrismo. c) teocentrismo e individualismo. d) teocentrismo e nacionalismo. e) misticismo e hedonismo. 18. As transformações culturais ocorridas na Europa dos séculos XIV a XVI ficaram conhecidas como Renascimento. Foram características deste movimento: a) Misticismo e tentativas de reinterpretar o cristianismo. b) Teocentrismo e recuperação de línguas clássicas (latim e grego). c) Individualismo e utilização de novos recursos corno a perspectiva no desenho e na pintura. d) Racionalismo e críticas ao período conhecido corno Antiguidade Clássica. e) Antropocentrismo e rejeição de temas religiosas nas produções artísticas. 19. (UFPR-2009) O Renascimento foi um período de alteração substancial no panorama da cultura europeia. Assinale a alternativa que apresenta Leonardo da Vinci (14521519) como representante exemplar desse contexto renascentista.

b) ciência e arte.

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a) O universo temático que marca a obra de Leonardo da Vinci revela a sua principal característica como intelectual: a vocação para tornar-se especialista de uma área em detrimento das demais.

03. (UFMG 2008)Analise esta imagem:

b) Há o reconhecimento de que a qualidade de seu trabalho se deve a sua capacidade de distanciar-se das questões cotidianas e refletir sobre as implicações do conhecimento teórico puro. c) Leonardo da Vinci possuía aversão em relação ao traçado do corpo humano, na medida em que este representava para ele a imperfeição e os limites da criação divina. d) O talentoso italiano ganhou notoriedade ao defender a tese de que o artista deve afastar-se da reflexão filosófica para dar vazão a sua criatividade no campo da arte. e) Leonardo da Vinci articulou o saber técnico com o conhecimento científico sobre a natureza das coisas e das artes humanas. 20. (VUNESP-2008) Galileu, talvez mais que qualquer outra pessoa, foi o responsável pelo surgimento da ciência moderna. O famoso conflito com a Igreja católica se demonstrou fundamental para sua filosofia; é dele a argumentação pioneira de que o homem pode ter expectativas de compreensão do funcionamento do universo e que pode atingi-la através da observação do mundo real. (Stephen Hawking, Uma breve história do tempo.)

O “famoso conflito com a Igreja católica” a que se refere o autor corresponde: a) à decisão de Galileu de seguir as ideias da Reforma Protestante, favoráveis ao desenvolvimento das ciências modernas. b) ao julgamento de Galileu pela Inquisição, obrigando-o a renunciar publicamente às ideias de Copérnico. c) à opção de Galileu de combater a autoridade política do Papa e a venda de indulgências pela Igreja.

A partir da análise dessa imagem e considerando outros conhecimentos sobre o assunto, a) IDENTIFIQUE o movimento artístico a que pertence a obra. b) IDENTIFIQUE e EXPLIQUE movimento artístico.

duas

características

desse

04. (UFJF 2012) As imagens abaixo ilustram alguns procedimentos utilizados por um novo modo de conhecer e explicar a realidade que se estruturou entre os séculos XVI e XVIII.

d) à crítica de Galileu à livre interpretação da Bíblia, ao racionalismo moderno e à observação da natureza. e) à defesa da superioridade da cultura grega da antiguidade, feita por Galileu, sobre os princípios das ciências naturais.

EXERCÍCIOS DE 05.

APROFUNDAMENTO

01. (CFTCE 2007) No contexto do Renascimento, os valores moderno-burgueses ganham destaque, tais como o humanismo, o naturalismo e o individualismo. Analise as principais características do Humanismo. 02. (FUVEST 2011) Se utilizássemos, numa conversa com homens medievais, a expressão “Idade Média”, eles não teriam ideia do que isso poderia significar. Eles, como todos os homens de todos os períodos históricos, se viam vivendo na época contemporânea. De fato, falarmos em Idade Antiga ou Média representa uma rotulação posterior, uma satisfação da necessidade de se dar nome aos momentos passados. No caso do que chamamos de Idade Média, foi o século XVI que elaborou tal conceito. Ou melhor, tal preconceito, pois o termo expressava um desprezo indisfarçado pelos séculos localizados entre a Antiguidade Clássica e o próprio século XVI. Hilário Franco Júnior. A Idade Média. Nascimento do Ocidente. 3ª ed. São Paulo: Brasiliense, s.d. [1986]. p.17. Adaptado.

A partir desse trecho, responda: a) Em que termos a expressão “Idade Média” pode carregar consigo um valor depreciativo? b) Como o período comumente abarcado pela expressão “Idade Média” poderia ser analisado de outra maneira, isto é, sem um julgamento de valor?

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Com base nas informações acima e em seus conhecimentos, responda ao que se pede: a) Que processo histórico pode ser identificado pelas referências acima? b) Cite e analise uma característica desse novo modo de conceber o conhecimento. c) Explique o impacto desse novo modo de conceber o conhecimento sobre os dogmas religiosos vigentes na época. 05. (UFF 2012) Um dos aspectos mais importantes da nova ordem decorrente do Renascimento foi a formação das repúblicas italianas. Dentre elas, se destacaram Florença e Veneza. Essas repúblicas inovaram no sentido das suas formas de governo, assim como na redefinição do lugar do homem no mundo, inspirando a partir daí novas formas de representá-lo.

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HISTÓRIA I

08 O RENASCIMENTO CULTURAL A ARTE COMO SÍMBOLO DE UM NOVO TEMPO a) Tomando o caso de Florença, explique como funcionavam as repúblicas italianas, levando em conta a organização política e os vínculos entre os cidadãos e a cidade, e indique o nome do principal representante das ideias sobre a política florentina no século XVI. b) Analise o papel de Veneza no desenvolvimento do comércio europeu, e suas relações com o Oriente. GABARITO EXERCÍCIOS PROPOSTOS 01. C

05. A

09. E

13. D

17. B

02. C

06. D

10. D

14. C

18. C

03. C

07. C

11. B

15. B

19. E

04. A

08. C

12. E

16. A

20. B

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO 01. Podem ser apontadas como características essenciais do humanismo, a valorização do homem em todos os seus aspectos, situando-o como o centro do Universo (antropocentrismo) e a retomada dos valores da cultura clássica (greco-romana). 02. a) A expressão “Idade Média” foi cunhada pelos renascentistas do século XV, que consideravam o momento em que viviam como sendo de grande desenvolvimento intelectual, artístico e científico, comparável ao momento que gregos e romanos viveram no passado, intermediado por um período de obscurantismo, de trevas. Portanto, ao valorizar uma cultura antropocêntrica, racional e individualista, criaram profundo desprezo e preconceito ao período anterior, marcado por características diferenciadas, consideradas inferiores. b)

A Idade Média deve ser compreendida a partir de suas próprias características, entendida dentro de seu tempo, portanto em um contexto específico, com seus valores e contradições, sem ser comparada com outros períodos em termos de valores.

03. a) Renascimento Cultural. b) Dentre as principais características do movimento renascentista, pode-se destacar o antropocentrismo, visão que considera o homem o centro de tudo, e o racionalismo, princípio de que o exercício da razão é o único caminho para o saber.

04. a) Revolução Científica. Também serão aceitos: renascimento científico, renascimento da ciência moderna. O Renascimento Científico pode ser enquadrado no contexto do Renascimento Cultural que, ao contrário do senso comum, não deve ser vinculado apenas à arte, mas a toda produção cultural guiada pelo racionalismo, espírito crítico, antropocentrismo e humanismo. b) O estudante poderá destacar, dentre outras: o racionalismo, empirismo, o antropocentrismo, a experimentação, a observação. O racionalismo se contrapõe ao dogmatismo (a crença em verdades absolutas e universais), dessa forma está associado ao senso crítico e a possibilidade de levantar e discutir novas hipóteses em todos os campos do saber. O antropocentrismo não deve ser percebido apenas como “o homem no centro”, representa a preocupação em entender e, nesse sentido, em dar importância ao ser humano. c) O estudante poderá destacar, dentre outros: o choque entre as concepções teocêntricas e da Igreja Católica e as baseadas no empirismo e no racionalismo. Também será considerada a identificação das reações que este processo produziu na Igreja, a exemplo do acirramento das perseguições aos adeptos desta nova forma de pensar e da condenação de diversas obras de intelectuais da época. Além de obras condenadas, diversos intelectuais foram condenados e executados na fogueira, destacando-se como principais exemplos Giordano Bruno e Galileu Galilei (que para fugir à condenação negou suas teorias). 05. a) Os candidatos poderão explicar que as repúblicas italianas da Renascença desenvolveram formas de organização política opostas ao domínio dos senhores feudais, estabelecendo como base a cidade e nela constituindo um governo coletivo voltado para a garantia de sobrevivência da cidade e liderado pelos chanceleres. Para efetivar isso, desenvolveram uma verdadeira atitude de patriotismo entre os seus habitantes que recebeu o nome de virtude cívica e que coloca a cidade como principal objetivo da vida do cidadão. O principal nome da política de Florença foi Maquiavel. No entanto, vale a pena lembrar que a organização independente das cidades italianas é anterior ao Renascimento e sua importância já é destacada na Baixa Idade Média, como renascimento comercial. b) Os candidatos devem explicar o papel vanguardista de Veneza no desenvolvimento do comércio com o Oriente e associar a isso a variedade de produtos colocados na Europa que aumentaram o comércio e expandiram o luxo. Em decorrência disso, foram criadas novas necessidades que ajudaram a alterar as formas econômicas feudais e que levaram às trocas científicas e culturais com o Ocidente. Tais modificações alimentaram mudanças no cenário da ciência, da religião e da arte. Os mercadores de Veneza tiveram papel fundamental na reabertura do Mediterrâneo ao comércio europeu, na época das cruzadas, contribuindo para o aumento da circulação de mercadorias orientais, as especiarias.

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