SEMINÁRIO 2 - CLIMATÉRIO E MENOPAUSA

27 Pages • 1,008 Words • PDF • 944.4 KB
Uploaded at 2021-09-24 14:19

This document was submitted by our user and they confirm that they have the consent to share it. Assuming that you are writer or own the copyright of this document, report to us by using this DMCA report button.


CLIMATÉRIO E MENOPAUSA Carolina Alonso Rhazi Barakat Neves Ginecologia e Obstetrícia - 2019

INTRODUÇÃO -

Menopausa: período de 1 ano em amenorréia.

-

Climatério (ou Transição menopáusica): progressão endocrinológica gradual que encerra o período menstrual (fase reprodutiva), acompanhado por senescência ovariana - tem sua média aos 47 anos e dura em torno de 4 a 7 anos.

Federação Brasileira das Associações e Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Climatério: manual de orientação. FEBRASGO; 2010.

CICLO HORMONAL DURANTE FASE REPRODUTIVA

Medeiros. Fisiologia da reprodução. In: Dizik et al. Tratado de reprodução humana. SBRH; 2011.

CICLO HORMONAL MENOPÁUSICO

Ovócitos sofrem atresia durante toda a vida da mulher; quantidade e qualidade folicular sofrem declínio crítico aproximadamente 20 a 25 anos após a menarca.

CONTAGEM FOLICULAR FEMININA

Declínio crítico de aproximadamente 20 a 25 anos após a menarca na quantidade e qualidade folicular.

ALTERAÇÕES HORMONAIS 1. Diminuição dos folículos ovarianos; 2. Diminuição da inibina - cessa bloqueio da produção hipofisária de FSH; 3. Aumento do FSH; 5. Aumento do estradiol; 6. Esgotamento dos folículos ovarianos; 7. Hipoestrogenismo; 8. Diminuição dos níveis de androgênios.

FATORES INFLUENCIADORES DE ACELERAÇÃO DO ENVELHECIMENTO OVARIANO 1. Genéticos 2. Ambientais 3. Intervencionista (histerectomia, radioterapia pélvica, quimioterapia,..) 4. Tabagismo

ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS ➤

Esteroides Suprarrenais: Sulfato de desidroepiandrosterona (SDHEA), Androstendiona, Pregnenolona - hormônios suprarrenais diminuídos devido à queda de produção gonadal.



Ovarianas: Senescência ovariana: atresia de oócitos programada.



Alteração de globulinas de ligação à hormônios sexuais: Níveis de globulinas de ligação ao hormônio sexual (SHBG) decaem levando ao aumento de estrogênio e testosterona livres.

ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS -Estruturais e do metabolismo ósseo: ➤

Em pré-menopáusicas: Estrogênio limita a expressão de RANKL nos osteoblastos e, consequentemente, a formação de osteoclastos e reabsorção óssea.



Em pós-menopáusicas: Níveis reduzidos de estrogênio levam ao aumento na expressão do ligante de RANK, tal aumento leva ao excesso de reabsorção óssea e potencialmente à osteoporose. *RANK: regulador da osteoclastogênese produzido por células ósseas.



O risco de fraturas decorrente de osteoporose depende da massa óssea no momento da menopausa e da taxa de perda óssea logo após a menopausa (Riis, 1996).

METABOLISMO ÓSSEO NA MENOPAUSA

Federação Brasileira das Associações e Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Climatério: manual de orientação. FEBRASGO; 2010.

OSTEOPOROSE - DEFINIÇÃO E DIAGNÓSTICO ➤

Osteoporose: distúrbio esquelético que compromete a resistência dos ossos devido à redução progressiva da massa óssea (maior nos ossos trabeculares) levando à um maior risco de fraturas. *Osteopenia: precursora da osteoporose.



A DMO (Densitometria óssea) é o padrão utilizado para a determinação da massa óssea e avaliada por absorciometria de coluna lombar, fêmur e colo do fêmur.



DMO deve ser medida em mulheres pós-menopáusicas acima de 50 anos com um dos outros fatores de risco maiores, ou em qualquer mulher com mais de 65 anos.

FATORES DE RISCO PARA OSTEOPOROSE ENTRE O SEXO FEMININO • Deficiência da ingestão de cálcio e/ou vitamina D; • Medicamentos (corticosteróides) e doenças que induzem perda óssea; • Estilo de vida: tabagismo, abuso de álcool e sedentarismo; • Caucasianas e asiáticas; • Insuficiência ovariana prematura (menopausa antes dos 40 anos de idade) e idade avançada; • Índice de massa corpórea abaixo do desejável (-2,5 D.P.: osteoporose

TRATAMENTO ➤

Não farmacológico: Dieta rica em cálcio Exposição ao sol Exercícios físicos regulares



Farmacológico: Osteopenia: Cálcio + vitamina D Osteoporose: Cálcio + vitamina D + bifosfonatos Cálcio: 1.000 a 1.500mg/d Vitamina D: 400 a 800 unidades/d



Bifosfonatos Impede a ação osteoclástica; Ingerir em jejum; Principal efeito colateral: desconforto gastrointestinal. Alendronato de sódio: 70mg/semana

HOFFMAN, B.L. et.al. Ginecologia de Williams. 2.ed. AMGH. São Paulo: ARTMED, 2014.

TERMORREGULATÓRIOS ➤

Fogachos, ondas de calor e ou suores noturnos;



Início 2 anos antes do final do período menstrual (FMP);



Episódios de 1 - 5 min, extinção em média de 30 min;



Associado à baixo nível de atividade física, tabagismo, aumento de FSH, maior massa corpórea, redução de estradiol e estado socioeconômico;



Pode ser acompanhada de irritabilidade, pânico, ansiedade e palpitação;



Causa não estabelecida: disfunção do centro termorregulador hipotalâmico, baixa concentração ou rápida oscilação de estrogênio; concentração de Serotonina e Norepinefrina.

INÍCIO E DURAÇÃO DA TERAPIA HORMONAL ➤

Deve-se iniciar a terapia hormonal, idealmente, durante o climatério, no período de transição menopáusica; duração de no máximo 5 anos.



Orientações gerais:

1. 2. 3. 4. 5.

Exercício Físico regular; Dieta adequada; Cessação de Tabagismo; Consumo adequado de Cálcio; Vacinação.

INDICAÇÕES DE TERAPIA HORMONAL

Adaptado de: Menke C. H. et al, 2017. Rotinas em ginecologia. 2017. Editora Artmed

CONTRA INDICAÇÕES À TERAPIA HORMONAL

Adaptado de: Menke C. H. et al, 2017. Rotinas em ginecologia. 2017. Editora Artmed

Adaptado de: Menke C. H. et al, 2017. Rotinas em ginecologia. 2017. Editora Artmed

TERAPIA HORMONAL - SANGRAMENTOS IRREGULARES Melhor opção: Progesterona de segunda fase ➤ ➤

Acetato de Medroxiprogesterona (Provera®, Farlutal®, Acetoflux®) 5-10mg ao dia Progesterona Micronizada (Ultragestam®) 100mg ao dia

*Tomar por 10-14 dias no mês; *Continuar medicação até menopausa.

TERAPIA HORMONAL - SINTOMAS INTENSOS DO CLIMATÉRIO Combinado de estrogênicos e progestagênicos: ➤ ➤

Acetato de Ciproterona + Valerato de Estradiol (Climene®, Elamax®) Acetato de Medroxiprogesterona + Valerato de Estradiol (Cyclofemina®, Dilena®)

Estrógeno: alívio dos sintomas climatéricos *Em mulheres histerectomizadas: apenas estrógeno.

CONDUTA

Adaptado de: Menke C. H. et al, 2017. Rotinas em ginecologia. 2017. Editora Artmed

REFERÊNCIAS Federação Brasileira das Associações e Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Climatério: manual de orientação. FEBRASGO; 2010. Adaptado de: Menke C. H. et al, 2017. Rotinas em ginecologia. 2017. Editora Artmed HOFFMAN, B.L. et.al. Ginecologia de Williams. 2.ed. AMGH. São Paulo: ARTMED, 2014. Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/ menopausa. 2008.

OBRIGADO!
SEMINÁRIO 2 - CLIMATÉRIO E MENOPAUSA

Related documents

27 Pages • 1,008 Words • PDF • 944.4 KB

352 Pages • 208,574 Words • PDF • 11.3 MB

5 Pages • 1,367 Words • PDF • 938.7 KB

7 Pages • 1,078 Words • PDF • 790.6 KB

1 Pages • 52 Words • PDF • 140 MB

246 Pages • 78,949 Words • PDF • 2.5 MB

165 Pages • 72,135 Words • PDF • 2.5 MB

226 Pages • 83,228 Words • PDF • 577.1 KB

85 Pages • 20,693 Words • PDF • 1.2 MB

8 Pages • 825 Words • PDF • 1.5 MB

30 Pages • 894 Words • PDF • 42.6 MB