MIMI STRONG - 01 - The Ice Cream Shop Boy

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Parceria entre a Habemus Liber e Traduções After Dark

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Livro 01 – Laura Solo’s Honeymoon

Laura está tentando se curar de um coração partido durante sua viagem para o litoral. Ela deveria estar lá em lua de mel, mas acabou indo sozinha.

Duas coisas estão conseguindo com que ela se sinta melhor: sorvete e o garoto da sorveteria, Shawn. Shawn está tentando se esquecer de uma garota, sua ex-namorada, mas ela parece não querer deixá-lo fazer isso. Laura e Shawn se unem para superar os problemas de seus relacionamentos e descobrem que, quando estão juntos, não parece haver problema algum. Exceto pelo ex de Laura, claro.

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Parte 1: A deusa do Country

Eu estava quente, e sorvete estava na minha lista de desejos, quanto mais cedo, melhor. Eu já estava na pequena cidade costeira há uma semana. E havia chovido cinco dos últimos sete dias. Grandes férias! Na vida, as coisas nem sempre são como nós planejamos. Quer fazer Deus rir? Diga a ele que você tem um plano. Lars e eu tínhamos reservado a viagem e um quarto pequeno e exótico no hotel Cama & Café da Manhã para nossa lua de mel, mas lá estava eu, sozinha. Deixada no altar. Lars acordou cheio de dúvidas na manhã do nosso casamento, e eu ouvi de algumas fontes confiáveis e algumas outras duvidosas, de que ele teve mais do que dúvidas antes do dia acabar. Com minha madrinha de casamento. Eu chorei, chorei mais um pouco, e aí parei de chorar apenas o tempo suficiente para entrar no avião, sozinha, e vir para cá. Lars imbecil. Ele podia ficar com ela, ela podia ficar com ele; eu estou melhor sem eles e desejava o melhor para os amantes (penso nisso cerrando os dentes).

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Aquele dia seria meu último lá, e eu iria viver um pouco, não ia ficar afundada no meu quarto com um monte de revistas. O sol estava lá fora, e eu estava num cenário de conto de fadas cheio de lojas de antiguidades, cafés e todas aquelas coisas que os turistas adoram, e acima de tudo, eu estava ótima. Todas aquelas comidas saudáveis e exercícios antes do casamento tinham dado resultado. Eu geralmente não usava cores tão claras, mas eu tinha emprestado algumas peças do trabalho, com a desculpa de estar fazendo pesquisas. Naquele dia, coloquei um vestido laranja que abraçava minhas formas muito bem, minhas sandálias favoritas, e saí procurando aventura. Ou, pelo menos, sorvete. Meu destino era a sorveteria de aparência antiga ao lado da loja de antiguidades especializada em cadeiras de balanço de madeira. O sorvete era feito na hora, no local, e os empregados eram igualmente saudáveis, – dois jovens de cabelos castanhos despenteados, possivelmente irmãos. Eu estava lá quando o mais novo estava tentando fazer seu irmão mais velho comprar cerveja para ele, e assumi que um deles não tinha completado 21 anos. Aos 27 anos, eu era um pouco velha para qualquer um deles, mas as cantadas doces e naturais dos dois eram tão boas quanto o sorvete. Eu fui lá quase todos os dias durante minha pequena estadia na cidade, porque aqueles garotos me fizeram sentir como se eu fosse capaz de amar de novo. Passei pelo toldo listrado da sorveteria, dando uma olhada lá dentro, mas não tive coragem de entrar, então fui direto para a loja de antiguidades. Lá, dentro, cercada de velharias, as moças que

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trabalhavam lá conversavam comigo sobre cadeiras de balanço, e eu considerei seriamente pagar para transportar uma de volta para casa. Eu disse que pensaria no assunto e me despedi delas enquanto me encaminhava para a porta, os sinos da porta tocaram alegremente. Juntei minha coragem e parei na porta ao lado para meu último sorvete. Elvis estava tocando no juke-box. A sorveteria estava silenciosa, nenhum cliente além de mim. O irmão mais novo era o que estava trabalhando aquele dia, e ele estava parado atrás do balcão, limpando, sua aparência magra e braços musculosos me tirando o ar. — Só um momento. — ele disse sem olhar para cima. — Não estou com pressa. Ele deixou o pano na pia e olhou para mim, um sorriso se espalhando em seu rosto assim que viu que era eu. — Você está se tornando uma cliente regular aqui. — ele disse. — Vai acabar tendo que se mudar para cá, sabia? Eu sorri timidamente. — Vou perguntar ao poder maior sobre abrir uma filial aqui. Ele começou a desfazer o laço de seu avental enquanto olhava para mim. — Algo do tipo designer de roupas, não é? É no que você trabalha? — Você se lembra.

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Seu olhar caminhou pelo meu corpo, meu vestido laranja, minha cintura, e voltou para cima. — Esse vestido é... hm, do lugar que você trabalha? — Com certeza. — Ele é memorável. Eu também gosto daquele outro, com o... — Ele balançou as mãos na frente de seu peito. Corei minhas bochechas quentes por causa da atenção, mesmo que fosse exatamente o que eu queria. — O vestido verde? Com babados na frente? Acho que o vesti ontem. — É. — agora foi a vez de ele corar e olhar para os próprios pés. — Eu sei que a maioria dos homens não nota esse tipo de coisa, mas... Ele foi interrompido por alguém entrando na loja com pressa. Ela parou bem em frente ao balcão, na minha frente, como se eu não estivesse lá. Ele disse olá para ela e se debruçou sobre o balcão para beijá-la. Na boca. Claro que ele tem uma namorada. Enquanto eles conversavam, eu andei pela loja olhando o balcão de madeira perto da janela e dei uma olhada no jornal local. A matéria de capa era sobre um flagrante na fonte de água. Um cão latiu. Eu procurei a origem do latido por cima do balcão, um cachorro dentro da bolsa da garota. A cadelinha tinha um colar rosa com strass pendurado no pescoço, então assumi que era fêmea. Ela latiu animadamente para mim.

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A namorada grunhiu e largou a bolsa no chão para a cadela sair. Ela correu para mim, balançando seu rabo cinza e peludo. — Olá... — ajoelhei e olhei sua coleira, — Princesa? Princesa colocou suas patas da frente no meu colo e lambeu meu rosto. Eu ri e fiz carinho nas suas orelhas, falando com ela como se fosse um bebê. Eu tive uma cachorrinha parecida, minha querida Sacha, abençoe sua alma. A namorada falou, agudamente, — Pare! Eu me assustei e me afastei da cadela. Ela continuou, — Não lamba estranhos, Princesa. Nós não sabemos onde eles estiveram. Eu olhei para ela, esperando que a garota fosse dizer algo mais, ou se desculpar, mas ela não disse. Com os olhos cerrados, ela me deu olhar puramente maligno, o oposto da reação que eu estava acostumada a receber desde que havia chegado à cidade. Eu me levantei e voltei para o jornal, ignorando Princesa e sua dona horrível, mas ainda estava escutando. A garota estava brava com seu namorado e deixando-o num inferno por... Alguma coisa. Ele tentou acalmá-la, dizendo, — Amor, eu juro que dormi demais. Eu não esqueci de propósito para te deixar irritada. — Claro que foi de propósito. — ela gritou. — Você é tão egoísta e faz coisas estúpidas. Sabe, Eric nunca me tratou assim. Ele sempre me valorizou!

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— Ah, fala sério, Sharise, não vamos colocar Eric no meio disso. Deixe-me consertar as coisas com você. Você quer sorvete? Eu pago. — Não tente ser fofo comigo. — ela disse irritada. — Eu não quero uma droga de sorvete de graça. Você está tentando me deixar gorda para eu ficar com um traseiro gigante e ninguém mais querer transar comigo? — Sharise. — ele disse com a voz baixa. — Tem pessoas na loja. — Ela? Eu me virei para olhar para eles a tempo de ver a namorada me

olhar

odiosamente,

e

ele,

o

pobre

garoto,

parecendo

completamente desconcertado. Alguma coisa me dizia que o que quer que tenha feito, ele não merecia o tratamento que estava tendo. Eu conhecia garotas como Sharise. Ela provavelmente tinha problemas emocionais, mas até crescer o suficiente para conseguir ajuda ou assumir responsabilidade por suas próprias emoções, ela iria descontar em qualquer um a sua volta, como se fossem sacos de pancadas emocionais. Muitas pessoas fazem isso, não apenas mulheres, ou homens, e não apenas jovens. Lars tinha um gênio e tanto quando nós começamos a sair juntos, mas eu tentei mostrar-lhe paciência, perdão e compreensão enquanto ele trabalhava em seus problemas. Nos primeiros anos, eu acreditei que toda vez que ele ficava bravo, era minha culpa. Ele me culpou por todas as suas falhas, e eu acreditei nele. Com o tempo, ele melhorou, começou a confiar mais

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em mim, mas mesmo no final, nós tínhamos brigas terríveis sobre... Eu nem saberia dizer. Metade de nossas discussões era sobre de quem era a culpa de nós estarmos discutindo. Mas eu estava lá para esquecer Lars, então tentei parar de pensar nele. Peguei o jornal e fingi que estava entretida na história sobre a água. Eu provavelmente deveria ter ido embora, deixa-los ter alguma privacidade, mas... Eu não queria. A pequena cadela começou a latir, agitada por sua dona estar perturbada. Eu sabia que se eu saísse, a garota ficaria lá, maltratando seu namorado, e pior, eu ficaria sem sorvete. Então fiquei na minha posição, lendo o jornal, apesar de conseguir sentir o ódio da garota. Engula essa, pensei. Eu não iria sair. Ela falou por mais algum tempo, alternando entre gritar com ele por crimes de namoro que ele cometera nos últimos meses e gritar com a cadela para parar de latir. Nenhum dos dois surtiu muito efeito para ela, então, finalmente, ela pegou Princesa e saiu da loja com pressa. Depois de um momento, eu me virei para o garoto no balcão. Ignorando completamente o que tinha acabado de acontecer entre ele e sua terrível namorada, estendi minha mão e disse. — Eu sou Laura. Nós temos conversado por quase uma semana e acho que não me apresentei até agora. Ele relaxou de sua postura tensa, como um iceberg derretendo por conta do sol quente. Ele colocou sua mão na minha

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e apertou firmemente. — Prazer em conhecê-la, Laura. Eu sou Shawn. Nós sorrimos um para o outro, ainda com a mão uma na outra. Ele tinha uma barba eriçada, como se não tivesse sido aparada há uma semana. Seu cabelo longo, liso e castanho caía em suas orelhas e nas sobrancelhas grossas. Ele disse, — Nós temos um novo creme de limão hoje. Quer provar? Eu respondi, — Claro. Ele olhou para nossas mãos entrelaçadas, riu e soltou a minha. — Desculpa, não sei onde estão meus modos. — Ele foi para o congelador, colocando o vidro entre nós. Seu jeito me fazia acreditar que ele nos achava... Compatíveis. Eu sabia que eu achava. Meu coração deu um pulo, eu estava animada, sentindo uma antecipação

para

alguma

coisa

que

não

ia

acontecer,

absolutamente. Ele era mais novo que eu, e... E o quê? Eu

não

tinha

um

marido,

nem

namorado.

Estava

completamente livre. Livre para fazer o que eu quisesse. Só de pensar em todas as possibilidades à minha frente, minha pele se arrepiava, meus mamilos se endureceram sob meu vestido. Eu deveria ter ficado acanhada e cruzar meus braços para escondê-los. Era o que eu teria feito normalmente, sendo reservada como sou.

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Eu ainda estava encarando Shawn e percebi que seus olhos se encontravam em meus mamilos, tão visíveis abaixo do meu vestido. Ele deu um passo para mais longe de mim, para a borda do congelador, colocando mais distância entre nós. Eu pensei em como ele estava se sentindo naquele momento, e se ele estava pensando em mim, ou naquela garota repugnante. Lembrei-me de como eu costumava me sentir depois de brigar com Lars, e como a adrenalina da briga me fazia querer atirar algo nele ou... Fazia-me concordar em fazer sexo com ele, mesmo que eu ainda estivesse brava. Nós sempre tínhamos um sexo ótimo depois de uma briga, e eu me sentia como se estivesse me traindo. Pensei se Shawn tinha ficado excitado durante sua discussão com sua namorada, ou se talvez ele estivesse excitado por minha causa. Ele não parava de olhar meus mamilos, e timidamente resistia ao meu olhar. — Eu definitivamente vou provar o novo creme de limão. — falei. Ele pegou uma colher pequena de plástico, pegou um pedaço e passou para mim. Depois de experimentar, eu disse, — Picante. — Sabor legítimo do limão. — ele respondeu, e depois me deu outra colher pequena com um sorvete rosa, — Cereja selvagem. — ele disse. Peguei a colher com minha mão livre e experimentei. — Uau, é azedo.

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Ele riu. — Esse lote poderia ter mais açúcar. — E pegou mais um que parecia chocolate e segurou em cima do congelador. Ainda tinha um pouco de limão e cereja nas colheres que eu estava segurando, e eu estava enrolando, gastando meu tempo. — Não posso. — eu disse, — Mãos cheias. Ele colocou um olhar travesso no rosto e olhou para mim, se debruçando sobre o balcão em minha direção. — Abra bem. — ele disse. Nossos olhares se encontraram enquanto ele colocava o sorvete na minha boca. — Hm. — eu disse. Ele tirou a colher de plástico devagar. — Esse é meu favorito, — ele disse, já sem vergonha de me olhar nos olhos. — Eu sei o porquê. — olhei para a variedade de sorvetes no congelador. Engraçado, Eu não queria nenhum deles, não queria sorvete de jeito nenhum. Eu queria Shawn. Eu queria as mãos dele em mim, que me beijasse, pressionasse seu corpo contra o meu. Eu queria deslizar minha mão sobre seu jeans e fazê-lo esquecer de tudo sobre aquela briga com sua namorada. Sua voz estava baixa e profunda quando ele disse, — Você já sabe o que quer? Eu olhei para ele, vi o desejo em seus olhos e perguntei, — Que horas você sai do trabalho? Sem hesitação, ele respondeu, — Sete. — Então eu volto às sete. — Sete e quinze. — ele respondeu. 13

Eu concordei, virei e saí. Andei pela rua, e quando estava a aproximadamente um quarteirão da sorveteria, eu juro que foi quando finalmente consegui respirar normalmente. O engraçado é que eu nem tinha chupado sorvete, além dos que experimentei! Ao invés de fazer mais compras, voltei para o C&C1, de volta à privacidade do meu quarto, foi quando pensei realmente no que estava fazendo. Primeiro, eu não era de fazer sexo casual. Eu tinha estado com apenas um homem, Lars. Até recentemente. Eu assumi que estaria com ele para sempre, e seu pênis seria o único que veria em minha vida, o único que eu tocaria. Mas aí ele me largou bem na frente de todos os nossos amigos e família. E eu estava livre. Agora era como se... Como se a vida fosse uma sorveteria, com todos esses sabores, só que os sabores eram homens, não sorvetes. Eu não tinha que me comprometer com um sabor para o resto da minha vida. Com sua pele clara, Shawn era baunilha. Lars era café, mas eu poderia experimentar chocolate, se eu quisesse, e eu estava certa de que queria. Eu queria experimentar todos os sabores. Deitada na colcha floral daquela sala cheia de antiguidades, o quarto no qual eu deveria estar passando minha lua de mel e fazendo muito sexo com meu novo marido, eu pensei em me divertir com outro homem.

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Cama & Café da manhã, o nome do hotel.

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— Shawn. — eu disse, gostando do som do nome dele saindo dos meus lábios. Depois ri como uma adolescente e enterrei meu rosto no travesseiro. Então, também como uma adolescente, eu telefonei para minha melhor amiga (minha dama de honra, não a idiota da minha madrinha que estava agora com o idiota do Lars) e contei tudo a ela. Ela me encorajou dizendo, — Vai com tudo! Cavalgue aquele sorveteiro! Claro que eu não precisava da permissão dela, mas mesmo assim era bom tê-la.

Eu assisti TV no quarto e li revistas sobre moda para passar o tempo antes de me encontrar com Shawn, decidi comer algo leve para o jantar, bem cedo, no restaurante do C&C. Enquanto eu comia, sozinha, comecei a me sentir estranha quanto a me encontrar com Shawn, esse cara estranho que eu não conhecia. Minha agitação só crescia enquanto jantava sozinha. Eu era repugnante, indigna de amor, e foi por isso que Lars estivera me traindo. Ir a um encontro com um cara, um garoto, bem mais jovem que eu, apenas ia me fazer sentir pior comigo mesma. Resolvi pegar alguns livros na área de lazer e levar para o meu quarto assim que eu terminasse de comer.

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Alguma coisa deve ter tomado conta de mim enquanto eu flertava com Shawn mais cedo. Agora, eu tinha que esquecer sobre ele e sua barba mal feita, e no dia seguinte eu faria minhas malas e iria embora da cidade para não voltar nunca mais. Um homem disse, — Podemos nos juntar a você? Olhei para cima e vi o casal gay mais velho, que eram os donos do C&C em volta da minha mesa. — Claro, gente. — eu disse, e eles se juntaram a mim, cada um com uma taça de vinho tinto e bochechas rosadas. — Nós estávamos falando sobre a nossa pessoa favorita. — um deles disse. — E quem seria? — Dolly Parton. Isso me fez rir, e eu achei que eles estavam me gozando, mas eles foram absolutamente sérios. Eu perguntei mais sobre o amor deles pela Dolly, e eles me contaram sobre sua última viagem para Dollywood. Depois que eu terminei minha salada com frango, eu os segui até o sótão, a sala mais alta do C&C, onde eles guardavam sua coleção da Dolly Parton. A sala era totalmente exagerada, absolutamente fabulosa, o maior santuário da cantora country peituda. — Vocês realmente a amam. — eu disse enquanto admirava os tesouros que eles coletaram durante anos; vestidos, joias de leilões de caridade, fotos autografadas, e até uma de suas perucas. — Por que vocês gostam tanto dela?

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Os dois se olharam, e então riram. Um deles disse, — Ela é a personificação do amor. É uma deusa dos tempos modernos, como Afrodite, só que real. O que usava barba, Al, deu um soco brincalhão no braço de seu colega, — Não seja convencido, Laura vai achar que nós somos bobos. O que tinha o rosto macio, Bryan, disse para mim, — Você gostaria de provar o vestido e peruca da Dolly? Eles têm propriedades mágicas. Eu ri e me afastei. Al disse, — Começa a funcionar logo que você coloca. A mágica. Leva apenas alguns minutos. Vamos lá, seja aventureira, você está de férias! Bryan disse, — Você pode dar adeus ao seu coração partido. Os dois olharam para mim, oh meu Deus, eles estavam falando sério. Esses dois adoradores de Dolly Parton queriam que eu vestisse seu vestido e peruca, e deixar os poderes de sua deusa me apoderarem. Al disse, — Nós deixamos minha irmã experimentar tudo logo depois de um terrível término de namoro, e ela sempre se recuperava imediatamente. Ela está casada agora. — Ele balançou a cabeça, afirmando que sua história era verdadeira. — Três filhos, e eles ainda fazem sexo todos os dias. Bryan virou os olhos. — Não todos os dias. Ninguém faz sexo todos os dias.

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— Aquele vestido não parece ser do meu tamanho, — eu disse, olhando para o manequim. — Tem malha embaixo as lantejoulas. — Al disse. — Você pode colocar por cima do que está vestindo. A mágica começa a funcionar em apenas alguns minutos. Eu tinha tirado meu vestido laranja mais cedo, e estava usando uma camiseta cinza lisa e leggings pretas. Como eu não tinha mais planos para essa noite e os dois homens tinham sido tão amáveis comigo, escutando minhas histórias sobre Lars e a madrinha de casamento, eu tive que aceitar. Coloquei meus braços sobre minha cabeça como uma criança, e Bryan colocou o vestido em mim. Eles não me deixaram olhar no espelho até que eu colocasse a peruca cor platina e algumas joias, para dar brilho nos meus olhos. Tudo tinha um cheiro específico, um perfume, e eu pensei se os dois tinham colocado spray no vestido e na peruca, ou se aquele era o cheiro da Dolly mesmo, seus feromônios. Seu poder de deusa. Eles me levaram a um espelho de corpo inteiro e me viraram para a grande revelação. Dolly! Eu não era mais eu mesma, mas a deusa sexy da música country, em pessoa. Naquele vestido, minha cintura parecia menor e meus seios ficaram maiores.

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Meu cabelo é escuro, marrom avermelhado, mas eu parecia uma loira tão natural quanto, bem, quanto, Dolly Parton! Eu me virei, de um lado para o outro, me admirando, e planejando comprar algumas perucas algum dia. — É suficiente. — disse Bryan, e ele gentilmente tirou a peruca da minha cabeça. Eu baguncei um pouco meu cabelo cor de chocolate, que parecia mais brilhoso que nunca agora. Al tirou o colar. Meu colo sempre foi bonito assim? Eu, algum dia, realmente olhei para mim mesma? Bryan abaixou o zíper do vestido, e eu sai dele, andando em direção ao espelho. Era como se eu tivesse acabado de sair da escuridão para a luz. O poder de Dolly estava em mim, como um abraço fervoroso de uma deusa. — Obrigada. — eu disse, me abaixando e Bryan e Al me agarraram em um abraço coletivo.

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Parte 2: A praia

Eu corri para o meu quarto e coloquei o vestido verde, aquele outro que Shawn tinha achado ‘memorável’. Al e Bryan me mandaram para o meu quarto com pãezinhos escoceses frescos assados como sobremesa, mas eu não os toquei, porque queria economizar espaço. Eu pensei que Shawn poderia estar com fome e querendo ir jantar. Os homens de sua idade estavam sempre com fome, e eles estavam sempre prontos para topar qualquer coisa. Como eu estava pronta para o encontro, eu fiquei pensando sobre sexo. Mais cedo naquele dia, eu me diverti com a possibilidade de beijá-lo, talvez um pouco de carícias, mas minhas fantasias tinham seriamente escalado. Eu poderia dormir com ele! Claro, seria um pouco rápido, mas eu estava de férias e não estava comprometida com outra pessoa. Pensando em fazer com que ele se despisse e tocá-lo em todos os lugares me fez sorrir. Talvez fosse a experiência como Dolly 20

Parton, a Deusa, mas mesmo os meus pensamentos sujos estavam me dando sentimentos de formigamento. Eu não sabia que eu podia sentir tanta emoção na minha vida pessoa apenas a partir de minha própria mente. Imaginei Shawn na sua calça jeans, então me imaginei apertando seu bumbum firme, puxando-o para mim, a ereção acontecendo dentro de suas calças. Esta linha de pensamento me deixou com a cabeça leve, mas de uma maneira agradável. Quando eu refresquei a minha maquiagem, eu não precisava de blush, porque minhas bochechas já estavam rosa. Apliquei um pouco de máscara para cílios, nervosamente olhando para o relógio rosa no meu quarto. O C&C não estava longe da sorveteria, mas já era quase sete horas quando terminei meu cabelo. Eu tinha usado uma tonelada de spray de cabelo para provocá-lo e dar volume em homenagem a Dolly. Preocupada que eu pudesse perdê-lo se atrasasse mais, me afastei do espelho, chequei o quarto para me certificar de que estava

limpo

e

apresentável

para

convidados

(apenas

por

precaução!), e corri para fora do lugar o mais rápido que meus pés poderiam me levar.

Quando cheguei à loja de sorvete, a porta estava trancada e o sinal fechado já estava de pé.

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Eu quase me virei, mas senti uma lufada do perfume da Dolly na minha pele, e encontrei a coragem de tocar no vidro. Shawn olhou para cima do balcão que estava limpando, e me deu um sorriso enorme. Eu vi algo em seu rosto também. Alívio. Ele estava preocupado que eu não viria. Ownn, que gracinha. Ele destrancou a porta, deixou-me entrar, e trancou-a novamente atrás de mim. — Eu só tenho que fechar o caixa. — disse ele. — E depois? Suas bochechas ficaram cor de rosa sob a sua barba suave. — Eu não sei. Talvez andar por aí? Ele se moveu de volta para atrás do balcão e chamou-me para acompanhá-lo. Enquanto saia do tapete de boas vindas e fui em direção à área reservada para os funcionários, tive uma emoção de estar fazendo algo que eu sabia que não deveria fazer. A região entre as minhas pernas começou a doer de novo, exatamente como quando eu estava tendo pensamentos sujos no meu quarto. A sensação foi tão perturbadora. Eu não estava acostumada a me sentir assim, lá em baixo, com exceção de quando Lars e eu estávamos brincando, e a verdade era que já havia alguns anos desde que eu realmente senti o formigamento. Shawn empurrou alguns botões na caixa registradora e disse: — Sirva-se de um sorvete, ou qualquer coisa que você quiser. Olhei para seu adorável bumbum em suas calças jeans apertadas. — Eu vou apenas te esperar. — eu disse. Ele se virou, pegou-me olhando para seu bumbum, e riu.

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— Venha se sentar nessa coisa velha. — disse ele, acariciando um refrigerador branco ao lado dele. Eu pulei, e quando ele começou a contar as moedas de 25 centavos na gaveta da caixa registradora, deixei a ponta do meu sapato esquerdo escorregar até a parte de trás de sua perna. Ele se virou e me deu um olhar, como se estivesse me dizendo oh-você-é-tão-safada. Eu fiz isso de novo, e ele deixou cair as moedas na gaveta e disse: — Não há nenhuma maneira que eu possa contar com você me observando. — ele se virou e se aproximou de mim, então usou as mãos para separar meus joelhos para que ele pudesse ficar ainda mais perto . Eu acariciei seu cabelo castanho despenteado e disse: — O seu cabelo é sempre comprido desse jeito? Ou você está apenas em uma greve contra cortes de cabelo? Ele beliscou-me na coxa e disse: — Você é sempre tão má, ou algo te possuiu? Lembrei-me da transformação que eu tinha visto em mim mesma depois de tentar o vestido glamoroso no C&C. — Algo me possuiu. Ele se inclinou, eu estou assumindo que para me beijar, mas eu puxei minha cabeça para trás, meio incerta. — Sinto muito, Laura. — disse ele, balançando a cabeça e afastando-se. — Você deve pensar que eu sou o pior. — Não.

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— Aquela garota que você viu aqui? Ela não é minha namorada. — Sério? Com certeza ela agiu como se fosse. Ele pegou o celular e me mostrou um texto que dizia:

Ele riu desconfortável quando colocou o telefone longe. Eu disse: — Algo me diz que esta não é a primeira vez que vocês dois se separaram. Ele puxou a orelha e parecia ainda mais desconfortável. — Quantas vezes, Shawn? Ele levantou três dedos, depois quatro. — Esqueça ela. — eu disse. Ele passou as mãos pelo cabelo. — Eu continuo tentando. — encolheu os ombros. — Venha aqui e deixe-me beijar você. — eu disse. — Vamos ver se isso pode ajudá-lo a esquecer. Ele hesitou e olhou para as grandes janelas de vidro. Ainda estava claro, e ainda mais claro dentro da sorveteria. Qualquer pessoa poderia facilmente nos ver. Suas mãos estavam em minhas pernas. Seu corpo se movia para encontrar os meus, e os seus lábios pousaram em meus lábios. Ele tinha gosto de sorvete. Como um sabor que eu nunca tinha experimentado antes. Seus lábios se separaram e nos beijamos avidamente. Suas mãos ficaram quentes e pesadas nas

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minhas pernas, e eu passei meus braços ao redor de seus ombros, puxando-o em direção a mim. Continuei puxando, e me inclinando para trás para que ele pudesse beijar meu pescoço, até que eu estava quase caindo para trás do refrigerador, na parede. — Oops! — disse ele, caindo em mim. Ele endireitou-se rapidamente e puxou-me de pé, com um pedido de desculpas. — Eu me empolguei. — disse ele. Toquei meus lábios com os dedos. — Pelo gosto, parece que você realmente se esqueceu. Ele olhou para mim com os olhos arregalados. — Esqueci-me do quê? — Não é ‘o que’, e sim ‘quem’. Ele franziu a testa. — Quem? Alguém bateu na porta da frente repetidamente. Ambos nos viramos para ver Sharise, apontando o dedo para ele e praticamente espumando pela boca. — Ela. — eu disse. Ele balançou a cabeça como se estivesse atordoado. — Sabe, por um segundo, eu realmente a esqueci. Ela continuou batendo na porta. Eu deslizei para fora do refrigerador e disse: — É melhor eu ir. Existe uma porta traseira que eu possa dar o fora daqui? — Por ali. — disse ele, apontando para a porta com cortinas, que aparentemente levava somente até outra sala.

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Eu disse: — Vejo você por aí. Boa sorte com Sharise. Tenho certeza de que seu latido é pior do que sua mordida. Ele agarrou minha mão e disse: — Laura, não vá. Eu vou lidar com ela. Espere por mim na sala dos fundos. Por favor, não vá embora. Acho que você é a única pessoa que pode me ajudar. Eu puxei minha mão da dele e entrei pela porta com cortinas. A porta dos fundos estava bem ali, a poucos metros adiante. Pensei sobre aquele beijo, o que eu tinha acabado de ter com Shawn. Abri a porta de trás, em seguida, a deixei fechada, mas não fui embora. Encontrei um banquinho de madeira e me sentei onde eu não seria vista, mas poderia ouvir o que estava acontecendo na frente. Sharise estava louca. Oh, caramba, ela estava puta da vida. Aparentemente,

ela

‘acidentalmente’

ignorou

algumas

palavras da mensagem de texto, e pensava que eles não tinham terminado coisa nenhuma, não de acordo com ela. Ela ordenou que ele deveria pedir desculpas a ela, ou algo mais que isso, e caso ele não fizesse, aí sim eles estariam terminados. Revirei os olhos. Pessoas como ela, – me perdoem a expressão, – racham a minha bunda. Sempre manipulando as palavras, sempre fazendo parecer que eles são inocentes, uma vítima em todo o drama em torno deles. Sempre reclamando sobre drama, quando você sabe muito bem que eles são os únicos que causam isso! Ela me deixava enjoada.

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Eu não precisava conhecer Shawn por muito tempo antes de saber que ele era um doce de rapaz, uma pessoa sem drama, e que é praticamente um letreiro atrativo para pessoas como ela. Apesar disso, essa coisa não acontece só com mulheres não, porque muitos homens são dramáticos também, embora o façam de maneiras diferentes. Mas Sharise era uma das daquelas garotas. Sabe? No entanto, eu tinha que dar crédito a Shawn, pois ele se manteve firme. Ele não tinha estourado e partido para cima dela, mas também não estava de joelhos pedindo desculpas. Ele simplesmente ficava dizendo, repetidamente: — Eu acho que nós deveríamos dar um tempo. A cachorrinha latiu durante boa parte do tempo, ficando cada vez mais excitada com a loucura de Sharise. Alguns minutos dolorosos de argumento, ela veio correndo pela sala dos fundos. Princesa sentou-se aos meus pés e olhou para mim, sua pequena língua pendurada para fora. — Eu sinto pena de você. — disse a Princesa. — Tadinha. Você tem que viver com essa louca, vinte e quatro horas por dia. Ela levantou a cabeça e me deu um olhar precioso. Sharise gritou: — Princesa! Venha aqui! Princesa! Sua vadiazinha! A cachorrinha saiu dos meus pés e caminhou para fora, obediente à sua dona. Shawn disse: — Não chame ela assim. — Ela é uma cadela. E cadelas são vadias, seu idiota.

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— Bem, ela é a minha cadela também, e eu digo, não a chame assim. Não chame ninguém disso. — É um elogio. — ela virou-se para ele. — Vadias conseguem o que querem. — Sharise, não seja assim. Ela começou a gritar, — Foda-se VOCÊ Shawn! Por que você não vai beijar sua VAGABUNDA importada um pouco mais?! Por que você não vai ter a sua diversão e, em seguida, vir amanhã RASTEJANDO de volta para mim?! — Sim. — ele disse, seu tom de voz. — Eu realmente acho que nós deveríamos dar um tempo. Ela fez um som parecido com um uivo furioso e pisou fora da porta, batendo-a atrás de si. No silêncio que se seguiu, ouvi-o suspirar. Então ele abriu a gaveta e contou as moedas que estava tentando contar antes. Eu sorri para mim mesmo, porque ele não sabia que eu estava lá. Ele acreditava que a minha porta tinha batido fechada, e que eu tinha deixado ele ali sozinho. Rindo discretamente, eu me lembrei de brincar de escondeesconde com meus irmãos e irmãs, quando éramos pequenos. Eu sempre ficava tão nervosa, me escondendo em um armário atrás dos casacos do meu pai, meu coração batendo na garganta sempre que alguém se aproximava, olhando para mim. Qual foi a emoção? Medo? Excitação? Ambos fazem seu corpo produzir adrenalina, ter medo e estar sexualmente excitada tinham

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muito em comum. Isso explicava porque eu sempre queria fazer amor com Lars imediatamente depois de assistir um filme de terror. Eu senti aquela mesma excitação de quando brincava de esconde-esconde,

enquanto

estava

esperando

que

Shawn

descobrisse que eu estava lá. As luzes se apagaram. Ele estava saindo e me trancando aqui dentro! Eu pulei e tropecei no meu pé, que tinha adormecido. Peguei algo para me equilibrar e mandei alguma coisa, talvez uma colher, ou algo igualmente ruidoso, para o outro lado da sala. — Olá? — ele disse. — Shawn, é Laura. As luzes se acenderam e ele correu através da cortina. Sorrindo, ele disse: — Eu quase te tranquei aí dentro! — Que terrível. Eu teria que comer sorvete a noite toda. — Eu sinto muito que você teve que ouvir aquilo tudo. — ele acenou com a cabeça para a frente da sorveteria. Eu dei de ombros. — Isso acontece com todos nós. A loucura. Ela está vida de todos. E todos nós ficamos um pouco loucos às vezes. Ele ergueu as sobrancelhas e olhou profundamente em meus olhos. — Laura, você é a pessoa mais fundamentada que eu já conheci. Você chegou aqui, acho que isso foi a uns seis ou sete dias atrás, e você me acordou. Você me acordou.

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— Você estava dormindo? — Olhei ao redor da pequena sala, que tinha uma bancada, algumas pias e armários, mas sem nenhum lugar macio para dormir. — ‘Acordou’ é uma maneira de falar. — disse ele, levando-me pelas mãos. Ele levantou os dedos sobre os lábios e começou a mordiscá-los. — É meu aniversário hoje. — Quantos anos você tem? — Vinte e cinco anos. Eu estava confusa. Eu o tinha confundido seu irmão? Ambos pareciam tão semelhantes. — Brincadeirinha. — disse ele. — Eu estou virando um cara de vinte e um. — Ah. Você não deveria estar em uma turnê com seus amigos por todos os bares de strip da cidade? — Se é aonde você quer ir, vou levá-la até algum deles. — Ele beijou meus dedos um pouco mais, em seguida, mudou-se para os pulsos. — Mas só para te avisar, nós só temos três bares, e um deles é o de karaokê. — Parece divertido. — eu disse. — Vamos lá. — ele me levou para longe do quartinho dos fundos, parando apenas para desligar as luzes novamente, então saímos pela porta da frente, e ele a trancou atrás de nós. — Tive que tirá-la de lá. — disse ele. — Por quê? Você estava preocupado que eu ia te beijar? — Sim. E, então, teria derretido todo o sorvete.

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Eu golpeei-o no peito, brincando. Ele se aproximou, se inclinou e me beijou. Bem ali, na calçada, onde qualquer pessoa da cidade poderia ver. Timidamente, eu me afastei dele e olhei em volta, preocupada com a louca da Sharise vindo atrás de mim com uma barra de ferro. Ele disse: — Os bares vão ser interessantes uma outra hora, mas agora você quer... Ir à praia assistir o pôr do sol? — Ok. — eu disse, e eu agarrei sua mão confortavelmente, como se tivéssemos dado as mãos um milhão de vezes antes.

Andando pela praia, encontramos um lugar isolado para assistir o pôr do sol. Encontrar privacidade não foi difícil, já que a praia era bem deserta. Quando olhei para o mar espumante, percebi que as pessoas da cidade já estavam tão acostumadas com aquela vista, ou que pudessem tê-la a qualquer momento que queriam, já não a apreciavam como eu estava fazendo agora. Descansei minha cabeça no ombro de Shawn e tentei não pensar sobre a diferença de idade de seis anos e meio entre nós. Pouco importava, de qualquer maneira, já que a minha casa era a três estados de distância, em uma cidade barulhenta, tão longe desta beleza. Tínhamos ficado quietos por um tempo, e eu pensei em fazer uma pergunta, mas depois, ambos falamos exatamente ao mesmo

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tempo, cortando-nos. Rimos juntos e eu disse: — O que você ia perguntar? Ele disse: — Algo idiota, apenas para você se virar e olhar para mim. Eu me virei e olhei em seus olhos. Eles eram castanhos, e com o sol iluminando, eles ficavam com cor de ouro, me deixando encantada por eles, sem palavras. Ele se inclinou para me beijar. Desta vez, não fomos interrompidos por alguém batendo na porta. Ele me beijou timidamente no início, mas depois a sua paixão cresceu. Senti o calor subindo nas minhas entranhas, e tive a sensação, lá naquela minha área mais secreta, dentro da minha calcinha, de que eu estava ficando inchada e escorregadia. Sua língua entrou em minha boca, e eu a devorei, como se estivesse esfomeada por ela, me surpreendendo com toda a paixão que eu estava demonstrando. Ele se afastou e olhou para o meu braço, que ficou pontilhado de arrepios. — Você está com frio. — disse ele. Mas eu não estava. Eu estava era excitada. — Sente-se no meu colo. — disse ele, sorrindo. — Eu vou mantê-la aquecida. O sol estava se pondo no mar quente, um semi-círculo laranja, mergulhando para dentro do mar, fugindo de nossas vistas.

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— Claro. — eu disse e deslizei para mais perto, depois fui para seu colo, de costas para ele. — Não gosto dessa posição. — disse ele. — Eu não posso te beijar desse jeito. — Você pode beijar meu pescoço. — Ah. — ele disse, e então ele seguiu minha dica, mordendo, lambendo e mordiscando acima e abaixo da minha nuca, segurando meu cabelo com uma mão para chegar mais perto de mim. Seu toque era requintado, tão sensual, como se ele estivesse prestando atenção ao que estava fazendo. Meus seios criaram vida própria e estavam exigindo o toque dele. Enquanto eu pensava nisso, suas mãos chegaram em volta deles e então, suavemente, ele apertou meus mamilos. Com sua voz profunda e rouca, ele disse: — Vire-se. Deixe-me te beijar. Levantei diante dele, e então me abaixei para o seu colo. Eu levantei meus pés, um de cada vez, e envolvi minhas pernas ao redor dele. Meu vestido verde de babados subiu, e a sensação do volume duro em suas calças me fez sentir muito bem, muito desejável, contra a minha calcinha e as laterais internas das minhas coxas macias. Eu me aterrara nele, sentindo a dureza dentro de sua calça jeans mudar, de modo que o seu pênis poderia absorver totalmente e ficar em linha reta. Beijei-o novamente, agarrando-o com as minhas mãos, agarrando seu cabelo, seu rosto, seu pescoço, ombros e costas. Ele

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tinha alguns músculos poderosos debaixo de sua camiseta, mais do que se poderia obter a partir de simplesmente escavar sorvete. Suas mãos estavam em cima de mim também, e enquanto estava acariciando minhas nádegas, eu estendi a mão e abri a frente de suas calças, soltando-o. Enfiei minha mão e peguei a sua virilidade, apreciando a sensação, apertando-o para mim e para o meu próprio interesse, mais do que para ele. Com a voz rouca, ele disse no meu ouvido: — Oh, Laura. Espere até que o sol esteja baixo, e que esteja escuro. Olhei por cima do ombro para o sol vermelho escuro, que era agora apenas uma pequena parte. Não havia mais ninguém na praia, apenas algumas manchas no horizonte que poderiam ter sido alguém passeando com um cachorro, ou talvez nada. Algo me levou, então, e eu era eu mesma, mas não sozinha. Eu me afastei dele, saí de seu colo e tirei minha calcinha. Coloqueia em minha bolsa, e, em vez de voltar para o colo de Shawn, ajoelhei-me diante dele. Sua masculinidade já estava, na maior parte, livre de seu jeans. Agarrei-o pelo centro com uma mão, então me inclinei e coloquei sua cabeça em minha boca. Suas mãos foram para meus ombros, hesitante, como se ele estivesse tentando trabalhar a força de vontade para me afastar, mas depois deixou cair as mãos para suas calças e moveu suas roupas um pouco para libertar-se totalmente.

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Era grande demais para caber todo em minha boca, mas eu era capaz de trabalhar o resto com uma mão, bombeando e apertando, enquanto eu chupava a cabeça. Depois de um momento desses, ele estava ficando muito duro, e seus quadris estavam se movendo. Eu senti que ele estava prestes a vir, então eu parei e olhei para ele, com certeza, mas não tinha certeza, ao mesmo tempo. O sol se pôs, e a luz era agora fria e azul, a luz fraca. Eu podia ver o rosto dele com facilidade, mas ao nosso redor, a escuridão estava rolando a dentro. Ainda acariciando-o com a minha mão, eu disse: — Você quer que eu acabe com você com a minha boca, ou você quer que eu me sente no seu colo? Seus olhos se arregalaram. — Você quer dizer sexo? Eu continuei acariciando-a, a outra mão passeando a taça com suas bolas. — Isso é como as crianças o estão chamando estes dias. — Venha aqui. — disse ele, pegando minhas mãos e puxando-as para fora de seu pênis, em seguida, me puxando para baixo em seu colo, seu pau para cima, apertado entre nós. — Espere. — disse ele. — Tenho que mudar de posição. — Ele se inclinou para trás e virou uma perna sobre o grande tronco, de modo que ele estava sentado no tronco e eu estava sentada em cima dele. — Confortável. — eu disse, levantando-me para fazer contato íntimo, para colocar a cabeça de seu pênis na minha abertura.

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Eu facilitei para baixo em cima dele, deslizando seu pênis na minha abertura. Ele era grande. Maior do que Lars, com certeza. — Uau. — eu disse. Ele gemeu de prazer no meu ouvido e disse: — Você é tão boa. Oh, Laura, é incrível. Olhei para baixo, puxei meu vestido para trás, e vi que ele estava apenas a metade em mim até agora. Minha lubrificação vinha acontecendo desde que tínhamos nos beijamos pela primeira vez, mas não tinha sido massageada por ali, e ainda estava em sua maioria, dentro de mim. Enquanto seu não-lubrificado pênis macio deslizou para dentro de mim, os meus lábios os abraçaram e quase puxaram dentro de mim. Ele disse: — Eu acho que eu preciso aliviar um pouco, e... — Ele estendeu a mão para baixo para tocar meu clitóris. Quando colocou o polegar em contato com meu corpo quente, tive a sensação de eletróns através de mim, como um choque elétrico. Foi muito, muito sensacional. Eu empurrei a mão dele e disse-lhe: — Eu não acho que eu posso lidar com isso. Ele olhou para mim, com a expressão mais doce. — Mas eu quero que seja bom para você. — Eu não posso ter um monte de contato direto. — eu disse, sentindo-me envergonhada. Este sempre foi um problema para mim. A estimulação direta com os dedos era muito intensa, mas o sexo era bom, agradável, e eu tinha alguns orgasmos de sexo oral, quando Lars tentou fazer um esforço. Contando todos, eu tive pelo

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menos cinco orgasmos na minha vida, que foi melhor do que algumas mulheres, eu ouço dizer. Ele balançou a cabeça. — Você tem que me mostrar o que fazer. Eu facilitei meus quadris para cima, seu sexo estava escorregadio, então eu me abaixei para ele, totalmente. Seus olhos viraram-se com prazer. Estávamos quase na escuridão agora, iluminados apenas pela lua. Ele empurrou contra mim suavemente, os olhos fechados, com o rosto inclinado para cima para o céu estrelado. Eu não sei como esta posição era para ele, mas era muito boa para mim. Gostei da plenitude e do contato com a pele, e a sensação de ele estar dentro de mim, e como isso tudo parecia. Shawn abriu os olhos e me segurou firmemente pelos quadris, parando meus movimentos de balanço lentos. — Alguém está vindo. — disse ele. — Você? Já? — Quase. — disse ele. — Mas também vejo alguém na praia, caminhando nesta direção. — O que vamos fazer? — apertei-lhe com os meus músculos pélvicos e ele instintivamente investiu em mim. Sua voz ficou um pouco mais alta, como se nós não estivéssemos fazendo sexo, e ele disse: — Então, Laura, você gosta de nossa pequena cidade? — suas mãos se moveram para espalhar a parte da saia do meu vestido verde para baixo, de modo que alguém andando perto de nós não saberia que ele estava me

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penetrando. Para um observador de fora, estávamos nos abraçando, beijando, compartilhando o calor em uma noite de verão. — A cidade... — eu apertei seu pênis duro dentro de mim com meus músculos pélvicos. —... É muito divertida. Eu tenho tido um bom tempo aqui. — Eu o beijei e ele lambia meus lábios enquanto eu apertei-lhe um pouco mais. Ele se inclinou para trás e apoiou os cotovelos na grande tora que estávamos encostados. Ele jogou seu cabelo desgrenhado casualmente e disse: — Eu gostaria de viajar um pouco mais. Tenho planos de fazer mochilão pela Europa e Ásia. A pessoa andando na praia foi se aproximando. Eu não poderia formular mais nada para dizer, mas minha mente estava preenchida com muitos outros detalhes. E eu vi Sharise. Eu podia jurar que era ela. Meu pulso acelerou, e eu senti frio, medo e suor. Ela nos encontrou, e ela estaria com raiva. Virei-me para ver os grandes olhos de Shawn e congelei, por estar com medo. Ele gritou: — Oi, Sra. Roseapple! — Olá, querido! — disse ela. Virei a cabeça e dei outra olhada, descobrindo que não era Sharise de jeito nenhum, e sim uma das mulheres mais velhas, da loja de antiguidades. Ela olhou para os nossos corpos, sua expressão curiosa, eu poderia dizer. Ela parou para falar com a gente, mas depois virou a cabeça, rindo. — Deixa para lá, pombinhos. — disse ela, e se afastou, virando-se uma vez para nos acenar.

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— Ela sabe. — eu disse para Shawn. — Não importa. — disse ele, e seu membro, que tinha relaxado

e

suavizado

quando

tinha

parado,

voltou

à

vida

novamente. A adrenalina do medo ainda estava no meu sistema, e eu senti uma sensação de formigamento esmagadora ao redor da minha vagina. Era como minúsculas explosões estelares de energia, e sem sequer pensar, comecei a balançar os quadris, movendo-me para cima e para baixo no membro endurecimento de Shawn. Ele gemeu e fechou os olhos novamente, então relaxou seu torso, todo o caminho de volta para o tronco, de modo que ele estava deitado de costas e eu o estava montando, ao estilo cowgirl. Eu me inclinei para frente e ele apertou minhas mãos em seu peito para que eu pudesse obter um melhor ângulo e dirigir-me com mais força, com mais força em seu pênis. As pequenas explosões estelares por toda a minha vagina ficaram mais brilhante e mais fortes, e eu senti uma deliciosa onda de desejo frenético vir em cima de mim. Eu estava desesperada. Desesperada para me manter em movimento, para me manter sentindo-o se movendo dentro de mim. Mesmo minhas mãos em seus fortes músculos peitorais estavam se enchendo de luz, com explosões e faíscas. Então, algo inesperado aconteceu. Eu comecei a ter um orgasmo. No começo eu não tinha certeza. Eu não podia acreditar, porque com ele só tinha sido alguns minutos, e eu não tinha tido qualquer sexo oral com antecedência para me aquecer ou

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preliminares, mas estava acontecendo, e foi tudo por causa do doce Shawn e seu grande pênis dentro de mim. — Devagar. — disse ele. — Você vai me fazer vir logo. — Faça isso. — eu disse, empurrando para baixo em cima dele. Eu queria que ele viesse, queria sentir o seu pênis se expandir dentro de mim, sentir o produto quente do nosso sexo que sairia de seu corpo, vindo todo para dentro de mim. Segurei firme seus músculos do peito enquanto balançava debaixo de mim, empurrando cada vez mais duro. Eu estava por vir, enquanto as ondas batiam na praia e a lua brilhada, nós estávamos nos escancarando, para qualquer um ver. Eu era um animal, e isso fazia parte da natureza. E me senti bem. As explosões estelares se transformaram em uma supernova de felicidade, explodindo para fora de mim como uma luz branca quente. Ele me beijou e me abraçou forte. Nós paramos de nos mover, e nós dois estávamos quietos. Estávamos paralisados. E então eu deixei escapar um riso nervoso. — Venha aqui. — disse ele, e ele puxou minha mão e me levou até seu peito. Eu esfreguei-me em seu queixo barbado, e o meu cabelo comprido se enredou por sua barba. Com a minha cabeça em seu peito, sua voz era baixa e sexy, retumbando em meu ouvido, como ele disse, — Esse foi o melhor presente de aniversário que alguém já teve. 40

Eu notei que seu pênis ainda estava muito duro. Eu perguntei: — Você gozou? — Não, mas não se preocupe. Eu não me importo de esperar. Eu estava tão feliz em vê-la se divertindo. Mudei um pouco de volta e comecei a me balançar de novo, mas ele me segurou firme e me disse que estava muito nervoso, por estarmos a céu aberto. — Posso fazer alguma outra coisa. — disse, não me importando nem um pouco de fazer sexo oral nele novamente, alias, eu estaria aproveitando a oportunidade. Seu pênis tinha sido tão bom na minha boca. Ele me beijou, docemente, e retirou-se suavemente. — Mais tarde. — disse ele. — Mais tarde, então. Apenas peça, e eu farei qualquer coisa. — Qualquer coisa? — Qualquer coisa. — puxei minha calcinha da minha bolsa e coloquei-a de volta antes que alguém aparecesse para conversar.

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Parte 3: Karaokê

Eu estava me sentindo relaxada e feliz quando demos as mãos e nos afastamos da praia, de volta até o calçadão. Eu ri e esfreguei o rosto no ombro de Shawn e ele beijou o topo da minha cabeça, então paramos de andar e namoramos um pouco mais, sob a lua. Estar com alguém de 21 anos, fazia-me sentir jovem e viva. As décadas de lágrimas e trabalho duro confrontando as realidades da vida fugiram e eu tinha 17 anos de novo. Enquanto caminhávamos para a cidade, Shawn perguntou-me, mais uma vez, por que eu estava lá sozinha. Eu estive evitando essa pergunta durante as outras visitas à sorveteria, mas, uma vez que nós já éramos tão íntimos, eu decidi contar a ele. Nós caminhamos ao longo do calçadão, de mãos dadas, e eu lhe disse o triste conto sobre ser abandonada, deixada no altar. Eu não tinha chegado ao altar realmente, – pelo menos isso, – mas eu estava no vestiário na pequena sala que tinha reservado, com minha mãe e minha dama de honra. Quando Lars não apareceu,

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estávamos preocupadas que ele estivesse envolvido em um acidente de carro, já que sempre dirigia como um louco quando saia ao trânsito congestionado, e o salão alugado era bem no interior, além dos subúrbios. Minha madrinha de casamento não tinha aparecido também, e ela estava com as alianças. Eu estava mal do estômago de preocupação, com medo que estivessem feridos de alguma forma, quando minha dama de honra recebeu as mensagens de texto. Ele não viria. E nem a madrinha. A notícia foi demais para mim, e eu vomitei no local, em toda a frente do meu vestido. Tão trágico como parecia na época, me descrever vomitando e minha mãe surtando foi meio engraçado. Talvez eu estivesse, finalmente, conseguindo ter um pouco de perspectiva. Shawn parou de andar e se virou para mim, nós dois iluminados por uma lâmpada brilhante ao longo do calçadão. A brisa do mar soprava através dos nossos cabelos e levantou a borda da minha saia. Ele disse, abafando uma risada: — Você vomitou em si mesma? Eu comecei a rir. — Sim. E eu só tive uma taça de champanhe para me acalmar. — Mordi o lábio. — Ok, três taças de champanhe. — Ah, pobrezinha. — disse ele, colocando um pouco do meu cabelo atrás da orelha. — Eu deveria ter censurado algumas partes da história.

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— Não. Eu gosto que sejamos honestos um com o outro. Você ouviu toda a minha roupa suja. — Ele balançou a cabeça. — Sharise. — Oh, ela. — eu disse, acenando com a mão. — Tudo que vai, volta. Lançou-se para mim e me puxou apertado, me abraçando e me levantando dos meus pés. — Então, o que eu fiz para merecer conhecê-la? Eu o beijei. — Eu me sinto da mesma maneira. Ele lentamente me abaixou. — É assim que as coisas deveriam ser. — disse ele. — Eu sei que os relacionamentos podem dar trabalho e tudo mais, mas você me faz acreditar que elas não têm que ser um pesadelo. — Obrigada, eu acho. Ele pegou minha mão novamente e balançou nossos braços como crianças enquanto descíamos o calçadão juntos.

Enquanto conversávamos e nos conhecíamos melhor, às vezes, eu sentia a diferença de idade de seis anos entre nós, como quando falamos sobre nossas músicas favoritas. Ele gostava de um monte de bandas que eu nunca tinha ouvido falar, e quando eu mencionei o ‘conflito de gerações’, ele riu de mim e me garantiu que seis anos não eram nada.

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— Talvez em seus trinta anos. — disse. — Mas é um grande negócio agora. Quer dizer, eu tenho contas para pagar. Lars foi embora,

então

eu

tenho

que

cobrir

todo

o

aluguel.

Você

provavelmente ainda vive com seus pais. Ele não negou, mas mudou de assunto, para filmes, e, em seguida, à comida. Falar de comida me deu fome, e nele também, porque disse: — Quem sabia que sexo na praia daria tanta fome? Quando ele disse as palavras, eu fiquei impressionada com a frase. Para mim, ‘sexo na praia’ era o nome hilariante de uma bebida, Sex On The Beach, e não algo que realmente faziam. Estávamos na frente do principal pub na cidade, o único com uma placa de sanduíche na frente, anunciando hoje a noite um Karaokê para os amantes. — Eles têm bons hambúrgueres. — Shawn disse, apontando para a porta. — E karaokê. — Eu estou dentro, se você estiver. — Oh, Laura, você sabe que eu farei qualquer coisa que você pedir. Eu faço até serenata, se você quiser. Embora, eu gostaria de beijá-la por mais algum tempo, e não sei se você vai querer fazer isso depois de me ouvir cantar. — Eu vou ser a juíza disso. — eu disse, e o levei para o pub.

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Dentro do pub, nos sentamos em um canto tranquilo e olhamos os menus. Eu disse: — Como você sabe que os hambúrgueres aqui são bons, se você acabou de completar vinte e um anos? Ele sorriu e disse: — Vamos apenas dizer que a identidade do meu irmão mais velho desaparece de sua carteira de vez em quando. — Você é mau. — Não tão mau quanto você. Quando a garçonete veio anotar os pedidos, Shawn não tirava os olhos de mim, ainda que a jovem fosse bastante atraente, e seus seios estivessem pulando para fora de sua blusa. Ela abriu seus grandes olhos para mim e eu me perguntei se ela conhecia Sharise, e se haveria relatórios por mensagem de texto que eu estava lá com Shawn. Foda-se Sharise, eu pensei, e pedi algumas tiras de frango e uma cerveja. Antes e durante o nosso jantar, Shawn e eu conversamos um pouco mais. Ele me falou que jogava beisebol na escola e como tinha quebrado o braço em uma queda de bicicleta, deixando-o de fora da temporada e prejudicando suas chances em uma carreira profissional. — Se não beisebol, então o que você vai fazer? — perguntei. Ele piscou para mim. — Você quer dizer quando eu crescer?

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Eu ri no meu copo de cerveja. — Sinto muito. Eu esqueço. Você é tão jovem, você tem muito tempo para descobrir isso. Tenho certeza que você não vai trabalhar em uma sorveteria para sempre. — Eu poderia contratar pessoas para trabalhar lá em tempo integral agora, mas eu gosto da interação com os clientes, especialmente no verão. — Então... Você é o dono do lugar? — Sim. — disse ele, dando-me um sorriso maroto, como se tivesse seus próprios segredos. — Eu tenho alguns investimentos na cidade. Aluguel de imóveis, comerciais e residenciais, e um par de

empresas.

Eu

possuo

também

a

oficina

de

reparação

automotiva, junto com meu irmão, que a gerencia. — Eu não tinha ideia. Ele deu de ombros. — Nós não somos bilionários ou qualquer coisa, mas o custo de vida aqui na cidade é baixo, e eu quero aproveitar a vida. Não que haja algo de errado em trabalhar duro, mas eu gosto de me divertir também, sabe? Minha mente repassou a memória de nós dois fazendo amor no tronco, na praia, e eu senti rubor nas faces, e uma sensação na minha calcinha também. Algumas pessoas estavam no palco, cantando (mal) uma canção de karaokê. Eu aprendi que a noite dos amantes no Karaokê significava que todas as músicas eram duetos, e você tinha que ter um parceiro. Alguns caras jovens levantaram-se e, brincando, cantaram um dueto brega juntos, um casal de meninas também.

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A garçonete veio para limpar os nossos pratos e disse que cantaríamos a próxima. — Não, não. — Eu acenei minhas mãos enfaticamente. — Eu não me inscrevi para uma canção. A garçonete apontou para a outra mesa, onde os donos da C&C, Al e Bryan, estavam sentados. Ambos acenaram para mim. Ela disse: — Os meninos escolheram uma música para vocês dois. Eles disseram que vão ficar arrasados se não cantarem para eles. É uma das suas favoritas. Shawn disse: — É claro que vamos cantar. — e ele se levantou, pegando a minha mão. Eu me lembrei que só conhecia três pessoas em toda a cidade, e que era apenas uma canção, o que poderia dar errado? As duas meninas cantando uma canção de amor terminaram com um punhado de aplausos, e então, nós estávamos lá. Al e Bryan assobiaram e nos aplaudiram. A música veio: Islands in the Stream, que se tornou popular na década de 80 por Dolly Partson e Kenny Rogers. Shawn disse: — Você a conhece? Eu fingi dar um tapa nele e disse: — Eu não sou tão velha! — Mas você conhece, né? Eu pisquei para ele. Claro que eu conhecia. Minha mãe adorava a música e ela ainda escutava regularmente.

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As luzes brilhavam em nossos rostos, então eu era incapaz de ver o público muito bem. Eu só estava focada nas palavras na tela na frente de nós, e em Shawn, que parecia confiante e relaxado. Minha voz tremeu, mas dentro de poucas linhas, o poder de deusa da Dolly voltou para mim, como um feitiço místico, e meu canto melhorou, juntamente com a minha confiança. Eu sabia as palavras de cor, assim como Shawn, por isso, no fim da canção, estávamos olhando para os olhos um do outro, realmente envolvidos, para o deleite da plateia. Quando terminamos, nós nos beijamos e eu ouvi Al e Bryan buzinando e gritando “Bis”, da plateia. Eu estava tendo um dos mais eletrizantes e emocionantes momentos da minha vida. Então alguém jogou uma cadeira no palco. As pessoas estavam gritando, e alguém estava gritando. Shawn me puxou de volta, por segurança, e moveu-se para a beira do palco, assim como o técnico dos holofotes. Lá estava ela. Sharise. Ela parecia um demônio, como a pessoa mais assustadora que eu já vi, fora em um filme de horror. Essas cadeiras deviam ser pesadas, e ela estava pegando outra.

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Um segurança agarrou-a pelo braço, mas ele não era assim tão grande para um cara, e com um soco de Sharise bem colocado na cara, ele estava no chão, apertando o nariz sangrando. Shawn estava gritando com ela, tentando dizer a ela para se acalmar, dizendo que ele nunca iria bater numa mulher, mas que se ela viesse até mim, ele teria que colocá-la para baixo. Ela tinha a cachorrinha, Princesa, com ela, a coitada estava encolhida em sua bolsa. Ver que a doce vira-lata estava com tanto medo deve ter ligado algo primordial em mim, porque o que eu fiz a seguir, nem sequer pensei. Peguei um jarro de cerveja de uma mesa próxima, e joguei na cara de Sharise, – a cerveja e a jarra de plástico. Coberta de cerveja e atordoada pela jarra atingindo-a na face, Sharise olhou em volta, confusa. Corri para frente e peguei a Princesa em meus braços, então Shawn me pegou pela mão e me arrastou para fora do palco, por trás do bar, e pela cozinha bem iluminada. O cozinheiro olhou com surpresa, atordoado, enquanto corríamos através da cozinha, eu com a Princesa em meus braços. Nós caímos para fora pela porta de trás, para o beco, e não paramos de correr até que estávamos a três quarteirões de distância. Sharise não parecia estar vindo atrás de nós, então paramos para recuperar o fôlego, e princesa farejou um pedaço de grama no

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beco. Eu definitivamente não estava na cidade grande, até mesmo as ruas aqui eram verdes e interioranas. Shawn me agarrou por trás e apertou seu corpo em mim. Seu pênis estava duro, dentro de sua calça jeans, e, triturando-o em minha bunda e minhas costas. Meu coração ainda estava batendo forte pela corrida e pela luta. Ele me virou e me beijou avidamente, me empurrando para trás, em uma cerca. Baixei a mão na virilha e senti o seu grande membro lá dentro, tão rígido. Como continuamos a nos beijar, sem nos falarmos, eu abri a frente de seu jeans e o agarrei em minhas mãos. Ele pulou na minha mão, empurrando seus quadris com urgência. A mancha de umidade estava saindo da cabeça, lubrificando minha mão, fazendo tudo escorregar. Eu saí dentre ele e o muro alto, então o guiei para colocar suas costas contra a parede. Em seguida, sem falar nada, me agachei e o levei em minha boca. Ele gemia e seu pênis pulsava dentro e fora da minha boca, timidamente a princípio, e depois com mais força, dirigindo-se mais e mais fundo, até que eu tive que usar as duas mãos para segurá-lo e não desequilibrar. Um carro se aproximava, dirigindo lentamente através do beco para nós. Eu me virei e vi com o canto do meu olho enquanto eu continuava a chupá-lo, puxando seu pênis com uma das mãos, sentindo em minha saliva seu pré-semem. Nós não tínhamos muito tempo antes do carro chegar até nós. 51

O cão estava em segurança ao lado do beco, perto de mim, então eu não tinha que me preocupar com ela. Shawn não parecia estar ciente do carro, como seus olhos estavam fechados. Eu não me importava muito. Assim, e se alguém visse? Talvez isso lhe desse um tesão e depois fosse para casa e desse à sua esposa a foda da sua vida. Eu queria satisfazer Shawn, para sentir a adrenalina de seus sucos inundando minha boca, então eu aumentei a sucção e movi minha mão mais rápido, como se eu estivesse tentando sugar todo o pênis na minha garganta. Era tão grande, a pele tão saborosa, e pulsava com o poder. Esse pênis, esse lindo pênis. Eu poderia tê-lo todos os dias. Na minha boca, na minha vagina, em qualquer lugar. Eu lambia o cume ao redor da cabeça, lambi seu belo sexo como se estivesse lambendo sorvete, em seguida, levei tudo de novo até o fundo. Sua

respiração

parou,

e

eu

senti

tudo

o

pulso

e

protuberância na minha mão, na minha boca. Com um suspiro, ele soltou. Sua semente quente jorrou em minha boca enquanto empurrava seus quadris, e eu, ansiosamente, bebi, suguei e degluti até a última gota. Quando ele terminou, e não saia mais nada, eu o puxei da minha boca, lambi uma vez em torno da cabeça para uma boa medida, e, em seguida, coloquei-o dentro da calça. Ele estava completamente atordoado, então eu tive que subir seu jeans para ele, depois, quando o carro passou, eu estava ajoelhada, afagando o cão na cabeça e Shawn estava de pé contra o muro com um sorriso 52

tonto no rosto. O cara dirigindo o carro olhou em nossa direção, como se soubesse o que tinha acontecido, mas ele continuou dirigindo. Shawn se abaixou e esfregou minhas costas. — Isso foi incrível. — disse ele. Eu sorri para ele. — Em qualquer lugar, a qualquer hora, qualquer coisa. Ele balançou as pernas para fora, espreguiçou-se e, em seguida, relaxou contra o muro, com as mãos enfiadas casualmente nos bolsos. — Eu sinto muito sobre o que aconteceu no pub. — disse Shawn. Minhas mãos e pernas tremiam, mas eu não sei se foi pela luta, pela corrida, ou pela emoção de estar com Shawn, sugando-o em um beco. Em um beco! Eu disse: — Eu sinto muito também. Mas espere, nenhum de nós deve se arrepender. Nós não fizemos nada de errado. Ele estendeu a mão para segurar minhas mãos trêmulas, em seguida, levantou-as aos lábios. Ele beijou minha boca e meus dedos. Ele disse: — Eu acho que é seguro dizer que eu superei completamente Sharise. Olhei para Princesa, ainda cheirando a grama. — Você vai ter que devolver a cachorrinha dela. — Ela é minha, na verdade. — disse ele. — Eu a peguei de um local de resgate há alguns meses, Sharise decidiu que Princesa

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era um grande acessório de moda. Ela a trata bem, mas... Princesa vai ficar comigo agora. Beijei Shawn nos lábios, nas bochechas, no queixo. — Você vai mantê-la segura. — eu disse. Ele olhou em volta, parecendo nervoso, o que era lógico. — Volte para o meu quarto no C&C. — eu disse. — Aceite meu braço. — disse ele.

Nós três (incluindo Princesa) fomos para a linda casa antiga com detalhes em madeira e jardins de rosas exuberantes e eu levei Shawn até o meu quarto. Nós paramos em uma drogaria no caminho, para que ele pudesse comprar alguma comida para a cachorrinha, assim como algumas outras coisas que ele não me deixou ver. Eu dei uma olhadinha enquanto estávamos subindo as escadas para o meu quarto e vi uma forma similar a uma lata de aerosol. No começo eu pensei que era spray de cabelo, então eu percebi... Era chantilly. Fomos para o meu quarto. Agora que eu tinha um homem real comigo, um de sangue quente, jogador de beisebol, o quarto parecia o lugar mais feminino no universo, com babados e, sobre tudo, rosa, rosa e rosa. Eu disse a Shawn, — Os donos da C&C são gays.

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— Você acha? — Ele me entregou uma lata de comida de cachorro para a Princesa, que tinha decidido que eu era sua nova mamãe, e estava circulando aos meus pés ansiosamente. Shawn disse: — Sim, eu conheço Al e Bryan. Bons garotos. Bryan foge para tomar sorvete depois que faz as compras de supermercado. Ele acha que Al não sabe, mas ele sabe. Al diz que Bryan prefere sorvete quando é escondido, proibido. — Sério? — Abri a lata de comida de cachorro para Princesa e usei um pires de chá para alimentá-la. Com a Princesa cuidada, sentei-me na beirada da cama e disse: — Sorvete proibido é mais doce? Shawn não respondeu, mas lambeu os lábios e se agachou como se estivesse prestes a saltar sobre mim. Empurrei-me de costas na cama e o puxei para mim. Ele caiu na cama ao meu lado e, em seguida, virou-se. — Muito mais! Nós rimos e eu o apertei de volta. Então nós começamos a nos beijar novamente, e as coisas ficaram sérias. O calor voltou para os meus quadris. Eu o queria. Novamente. Eu queria que ele fizesse amor comigo, uma e outra vez, para sempre. Eu me afastei dele, dizendo: — Você deveria verificar o chuveiro no quarto. Ele arrancou sua camisa quando se levantou da cama, começou a desabotoar sua calça jeans e correu na minha frente, para o banheiro. Em poucos segundos, ele estava na água e me

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chamou, — Venha aqui! As casas antigas como esta têm pequenos tanques de água quente, não é? Tirei meu vestido e roupa de baixo e deixei-os cair no chão. Princesa comeu o jantar, então peguei um travesseiro da cama, bati e ela subiu em direito e deitou. — Boa menina. — eu disse, e ela me deu um sorriso de cachorrinho. Shawn gritou que o shampoo era muito bom, mas ele precisava de alguém para lavar suas costas. Entrei no banheiro, completamente nua e intensamente ciente disso. Embora estivéssemos íntimos, não tínhamos nos visto assim. Minha autoconsciência sobre meu próprio corpo desapareceu quando eu vi o seu. Não é porque havia falhas. Não havia. Mas porque era o tipo de corpo que fazia você esquecer tudo. Atrás da porta de vidro, tinha os braços para cima, lavando seu cabelo, ele parecia exatamente como se estivesse posando para um catálogo de roupas íntimas, só... Que ele não tinha nenhuma cueca. O cabelo no peito era escasso, mas molhado, cachos de cabelo escuro corriam entre as pernas. Eu quase esqueci que homens tinham tanto cabelo lá em baixo. Lars tinha raspado suas bolas durante anos, porque ele pensava que eu me sentia melhor. (Ele também achava que fazia seu pênis parecer maior.) Eu não me importava com a depilação, mas... Ver todo o cabelo bonito e natural de Shawn, me deixou louca.

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Entrei para o chuveiro e imediatamente afundei os dedos naqueles cachos. — Eu sou mais peludo do que você. — disse ele, olhando para minha vagina, que foi toda aparada, conforme as exigências do Lars. — Eu gosto do look natural. — disse eu, de perto e esticandome para beijá-lo. Enquanto nos beijávamos, de pé sob o jato de água quente, senti sua masculinidade cutucando minhas mãos, crescendo novamente, embora eu mal estivesse tocando. Ele agarrou minha bunda e disse: — Você é muito baixinha. Eu fiz uma careta. — Obrigada. — Não, quero dizer, olhe para isso. — Ele curvou seus quadris para dentro de mim, a cabeça de seu pênis, agora firme, cutucando minhas costelas. — Sexo no chuveiro não vai funcionar, minha linda. — Então eu acho que nós vamos tomar banho e guardar o sexo para a sobremesa. Apertei o botão que fez o outro chuveiro ligar, agora estávamos sendo pulverizado em ambos os lados. — Mágica. — ele exclamou. — Encanamento Personalizado. — eu disse. — Um dos caras é um encanador, eu acredito. Lavei meu cabelo enquanto Shawn reuniu um pouco de sabão líquido nas mãos e, cuidadosamente, massageou e lavou meus seios, acariciando meus mamilos firmes. Eu senti cócegas quando ele lavou as minhas axilas.

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Em seguida, eu lavei seu peito, as costas, e suas agradáveis nádegas redondas. A temperatura da água ficou fria, como previsto, então rapidamente nos enxaguamos e saímos. Após me enxugar, pendurei minha toalha no secador de toalhas, e fui para a cama. A cachorrinha estava feliz cochilando, despreocupada. Eu fiquei consciente, e ofereci a Shawn um café, apontando para o aparador de madeira antiga que estava totalmente abastecido pelos proprietários C&C. Ele trocou olhares comigo enquanto puxava a lata de creme de sua sacola de compras e deu-me um aceno. — Oh, meu Deus! Sua voz baixa e gutural voltou-se para mim e disse: — Vou fazer-lhe uma banana split. Quando ele subiu em cima de mim, na cama, peguei seu pênis e apertei. — Quer dizer que você vai colocar chantilly em sua banana? — Não... Vou fazer de você uma banana split. Feche os olhos. Fechei meus olhos, meus joelhos travaram juntos em nervosismo. Se ele tentasse colocar o chantilly perto da minha vagina, ia ter que pará-lo, porque não acho que isso seria saudável, mas eu não tinha que me preocupar, porque ele usou os meus seios e estômago para fazer a banana split, me cobrindo com linhas de chantilly.

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Abri os olhos e ele olhou para mim. Parecia delicioso! — Depressa, ou vai derreter. — eu disse. Ele não perdeu tempo lambendo o chantilly do meu estômago, meu umbigo, meus seios e meus mamilos. Ele moveu seu corpo para cima e deixou sentir um pouco de seu peso no meu peito enquanto ele me beijava. Seu corpo estava quente e pronto, e quando nossos lábios se uniram, sua masculinidade estava buscando minha abertura, empurrando para baixo entre as minhas pernas. Senti uma onda de urgência, de desejo. Eu o queria, e não queria mexer com o chantilly mais. Separei minhas pernas e me abri para ele, convidando. Ele deslizou pelo meu peito, um pouco pegajoso do chantilly, lambendo todo o caminho. Quando ele chegou às minhas pernas, que eu tinha protetoramente fechado de volta, ele enfiou a língua na parte superior de minhas pregas, sobre o meu clitóris. Essa minha área era muito sensível, mas gostava de lambidas suaves, então eu disse a ele. Ele disse: — Eu amo que você me diga o que você gosta. Eu quero dar-lhe tanto prazer quanto eu puder. Não se segure, ok? Comecei a responder, mas a língua tinha ido de volta para baixo e ele foi me lambendo. Lambia-me como se eu fosse um sorvete. Suspirando feliz, eu separei minhas pernas.

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Ele

deslocou-se

para

ficar

confortável,

aparentemente

durante o tempo que fosse necessário, e ele continuou a lamber. Lambeu em círculos, e depois para cima e para baixo. Eu estava tão relaxada com Shawn, tão confortável depois da nossa noite juntos e o chuveiro quente, que, quando eu tive um orgasmo, foi inesperado. Quase não houve tremores que o antecederam, e a luz veio e tomou conta de mim, cheia de felicidade. Quando ele parou, eu olhei para Shawn. Ele parecia quase tão feliz quanto eu me sentia. Ele disse: — Melhor banana split de todas. Olhei para sua masculinidade, que estava firme e pronta. Eu disse, — Qual é o próximo no menu? Você quer que eu te transforme em uma banana split? Eu gosto de chantilly. Ele apontou para minha vagina. — Eu gostaria disso, mais uma vez. Acenei com ambas as mãos, chamando-o, e ele subiu em cima de mim. Beijou meu pescoço e, em seguida, do lado do meu rosto quando se acomodou dentro, eu estava encharcada, de prazer e da sua saliva, e ele deslizou facilmente neste momento. Eu ainda engasgava com a sensação dele me enchendo. Segurando a maior parte de seu peso com os braços, ele movia todo o seu corpo para cima e para baixo, e depois me prendeu e moveu apenas seus quadris. Fomos para trás, assim, até que seus movimentos tornaram-se menos coordenados. Ele parou e me olhou nos olhos. — Você se importa se... Oh, eu não deveria perguntar.

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— O quê? — entrei em pânico, brevemente, imaginando o que poderia ser que o fazia ter um momento difícil em me pedir. Ele disse: — Eu adoraria mudar de posição para que eu fique atrás de você. E você de joelhos. — Você quer dizer, estilo cachorrinho? Ele fez uma careta. — Sinto muito. Isso é muito sujo. Eu não deveria ter perguntado. Eu ri. — Você está brincando? Isso parece fantástico. — eu não mencionei que era uma das minhas posições favoritas, ele só cutucou fora de mim e rolou. Eu fiquei na posição, segurando na cabeceira da cama com uma mão e na cama com a outra. Ele inseriu-se novamente, movendo-se lentamente no início. Eu estava molhada e pronta, com fome para ele me encher. — Agarre meus quadris. — eu disse. Ele não respondeu verbalmente, apenas agarrou, e se moveu um pouco mais rápido. Sua respiração mudou, como se estivesse tendo dificuldade em se segurar. Entre suspiros, ele disse: — Você tem uma bela bunda... Uau. Eu posso ver seu traseiro todo e ele é tão bonito. Eu inclinei meus quadris para cima para permitir-lhe acesso mais profundo à minha vagina, e ele empurrou com mais força, me enchendo de êxtase. Fiquei surpresa ao sentir um calor na área do meu clitóris, ainda que nada o tocasse.

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Ele gozou, dentro de mim, empurrando com força contra meu quadril, e, para minha surpresa, eu gozei também. Este orgasmo estava quente e emanado de dentro. A luz que lavou em cima de mim era um rosa quente. Ele me puxou para ele, fundindo-nos juntos. Nós desabamos juntos na cama, deitados de lado, com ele ainda dentro de mim. Ele passou o braço por cima do meu corpo e beijou meu ombro, uma vez. Eu aconcheguei em seu braço e beijei seus dedos. Ele gentilmente se retirou, e nós ficamos assim, tranquilos, até que ele adormeceu. Uma vez que ele estava dormindo, peguei o cobertor e puxei-o para cima dele. Eu fui ao banheiro para lavar-me e escovar os dentes, então voltei para a cama. Beijei-o na testa e me aconcheguei ao seu lado. Enquanto eu não dormia, eu pensava no fato de estar tendo relações sexuais com alguém tão maravilhoso, na minha lua de mel. Se eu tivesse casada com Lars, não teria sido nem de longe tão perfeito.

Na parte da manhã, fizemos amor mais uma vez, com ternura e urgência, como se o nosso desejo tivesse crescido a cada hora gasta na mesma cama. Era o meu último dia na cidade, e quando acabou, eu disse a ele.

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Ele segurou minha mão debaixo das cobertas quando deitamos juntos e disse: — Eu sabia que você teria que ir, mas eu não imaginava que seria tão cedo. Eu queria levá-la para uma cachoeira legal, não muito longe daqui. — Isso parece bom, mas eu tenho que... — Olhei para o relógio rosa. — Oh, não! O motorista vai estar aqui para me pegar em dez minutos! Saltei da cama e comecei freneticamente a arrumar minhas coisas. Princesa pulou e abanou o rabo. Ela me acordou uma vez no meio da noite para ir ao banheiro lá fora, mas depois tinha dormido e era hora de ela andar e se alimentar novamente. — Deixe-me levá-la para o aeroporto. — disse ele. — Não, não, está tudo reservado. Tudo resolvido. Ele saiu da cama e vestiu sua roupa de baixo e jeans. — Dispense seu motorista. Eu vou levá-la. Dessa forma eu posso passar mais tempo com você. — Não, Shawn. Você só vai tornar mais difícil para mim. Olhamos um para o outro, em um impasse. Ele disse: — Tudo bem, mas você leva Princesa. Peguei a cachorrinha e a abracei. A ideia foi tão repentina, e ainda assim, eu estava imediatamente de acordo. Eu queria alguém para amar na minha vida e eu ficaria feliz em levá-la. — Por quê? — Se eu ficar com Princesa, Sharise vai tentar... Sequestrá-la ou algo assim. Eu não sei. Ela vai ficar mais segura com você.

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Alguém bateu na porta do quarto. Ele gritou: — Laura? É Bryan. O serviço de carro está aqui. Ele chegou um pouco cedo, mas Al está alimentando-o. Eu abri a porta e agradeci Bryan, dizendo-lhe que eu estaria embaixo o mais rápido que pudesse. Peguei algumas roupas, joguei meus artigos em minha mala e fui para a porta. Shawn estava vestido e esperando. — Espere. — disse, e me puxou para ele. Ele afastou meu cabelo do rosto e me beijou, da testa ao queixo. — Isso não foi uma coisa só de uma noite para mim. Foi muito especial, e eu quero que você saiba disso. — O mesmo aqui. — eu disse, minha garganta ficando apertada. Eu abri a porta e chamei Princesa para vir comigo. Ambos me seguiram até lá embaixo. A presença de um homem e um cachorro fez levantarem as sobrancelhas e surgirem sorrisos de Al e Bryan. O motorista terminou seu bolinho com chá e liderou o caminho para o carro que esperava. Shawn carregou a minha mala até o porta-malas e deu um abraço de adeus em Princesa, então me beijou. Havia lágrimas em meus olhos quando olhei para ele. Ele enxugou uma lágrima do meu rosto e disse: — Por que você está tão triste? — Porque este é o fim, e nós tivemos apenas o nosso início.

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Ele me agarrou, abraçando-me com força. — Não seja boba. Eu tenho uma quantidade absurda de milhas. Afastei-me e olhei para seus olhos castanhos de filhotinho. — Relacionamento à longa distância? — eu perguntei. — Não são mais problemas do que qualquer coisa? — Eu não sei. — disse ele. — Mas não tem que ser de longa distância para sempre. Ele me beijou novamente. — Eu amo esta cidade, mas eu ficaria feliz em qualquer lugar que você estiver. Olhei em volta, na rua pitoresca, com as casas à moda antiga. — É muito bom por aqui também. Ele pegou meu rosto entre as mãos e disse: — Onde você estiver, é onde eu vou estar. O motorista ligou o motor. Subi no carro e tentei desviar o olhar do rosto de Shawn, mas não podia. Parecia que ele queria dizer alguma coisa para mim, então eu rolei a janela para baixo. Eu disse, — Você quer dizer adeus a Princesa? Ele olhou para o pequeno cão sentado ao meu lado. — Adeus por agora Princesa, eu vou vê-la em breve. Posso garantir isso, porque eu realmente gosto de sua nova mamãe. — Ele se virou para olhar para mim de novo. — Laura, eu realmente gosto de você. Lágrimas escorriam pelo meu rosto. Desta vez, eram lágrimas de felicidade.

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— Eu também gosto de você. — eu disse. — Vejo você em breve. O motorista se afastou do meio-fio, mencionando que os aviões não esperavam por pessoas namorando outras. Quando fomos embora, o motorista perguntou se alguma música no rádio estaria bem. Eu disse que sim e ele ligou. Eu aposto que você pode imaginar qual cantor era. Isso mesmo, Dolly Partson. A deusa do amor e da alegria. E assim, voltei para casa, com um pouco de Princesa para amar. Eu não estava casada ou comprometida, e eu não tinha certeza se tinha um namorado. Mas eu me senti confiante sobre meu futuro. Eu poderia amar novamente. Eu sentiria paixão e teria beijos quentes, e talvez um pouco de sexo mais duro, ou sexo sensual, ou algo como ‘fazer amor’. Eu não tinha que rotular nada. O amor era real e estava em toda parte, e tudo que eu tinha a fazer era acreditar nele. Voltei para casa com uma nova perspectiva, prometi usar cores brilhantes todos os dias e me dar mais chances. Eu flertaria com homens bonitos, não importando sua idade. Quando voltei para o meu trabalho no dia seguinte, eu percebi que amava a minha carreira na moda. Eu amava meus colegas de trabalho, e estava animada com o futuro. Você provavelmente está se perguntando, se Shawn veio me visitar? Sim, ele veio. E isso vai ser uma história totalmente nova, para outro dia.

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Tradução

Revisão e Formatação

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MIMI STRONG - 01 - The Ice Cream Shop Boy

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