HISTÓRIA 8 - 03-11

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HISTÓRIA IMPERIALISMO: ÁFRICA E ÁSIA PGS. 28 – 38 VOLUME 4

CONCEITO (PG. 30) O termo imperialismo é utilizado para referir-se às práticas da política em que uma nação buscava promover uma expansão territorial, econômica e/ou cultural sobre outra nação. A utilização da palavra imperialismo pode ocorrer em contextos atuais como, por exemplo, quando um país resolver intervir militarmente em outro. O termo “imperialismo” também é muito utilizado para fazer referência ao processo de colonização da África, Ásia e Oceania, que se iniciou na segunda metade do século XIX. Esse processo também é conhecido entre os historiadores como neocolonialismo. Durante o neocolonialismo, segundo o historiador Eric Hobsbawm, cerca de 25% das terras do planeta foram ocupadas por alguma potência imperialista.

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DISCURSO CIVILIZATÓRIO (PG. 30-32)

Um dos argumentos mais usados para defender a colonização e a sua legitimização foi o discurso civilizatório camuflado por questões de ciência, religião e cultura. Com efeito, o discurso que prega a inferioridade dos povos que foram colonizados permeia todo o processo da empreitada europeia pelo mundo. 3

ASCENSÃO EUROPEIA E PARTILHA COLONIAL (PG. 32-33) Eric Hobsbawm também exemplifica por meio de dados estatísticos a dimensão da expansão imperialista na época. As seguintes potências imperialistas tiveram um aumento significativo no tamanho de seus territórios e isso foi motivado pela dominação e a criação de colônias na Ásia, África e Oceania. Segue os dados abaixo: Inglaterra: teve um aumento de 10 milhões de km2 em seu território. França: teve um aumento de 9 milhões de km2 em seu território. Alemanha: teve um aumento de 2,5 milhões de km2 em seu território. Bélgica e Itália: teve um aumento de 2 milhões de km2 em seu território. Além dessas, outras nações como Portugal, Espanha, Rússia, Estados Unidos, Japão etc. foram enxergadas como praticantes de políticas imperialistas. A influência do imperialismo sobre o planeta foi tamanho, e continentes como a África, até hoje, colhem as consequências desse processo de dominação colonial.

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IMPERIALISMO NA ÁFRICA (PGS. 33-36) Dentro do processo neocolonialista que aconteceu no século XIX, a ocupação do continente africano teve grande destaque. Isso porque o continente africano foi amplamente impactado pelo imperialismo, uma vez que, no auge do ciclo imperialista (entre 1884 e 1914), o continente teve apenas dois territórios que não foram ocupados: Libéria e Etiópia. O historiador Valter Roberto Silvério aponta que três acontecimentos entre 1876 e 1880 foram cruciais para iniciar a corrida de ocupação do continente africano: A Conferência Geográfica de Bruxelas, encontro promovido por Leopoldo II, rei da Bélgica, com o objetivo de desenvolver os interesses dos belgas na região do Congo; As ações de Portugal para expandir seu domínio sobre as regiões do interior de Moçambique; A política francesa para promover sua expansão colonial em regiões da África como Egito, Tunísia e Madagascar.

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IMPERIALISMO NA ÁFRICA (PGS. 33-36) Esses acontecimentos deram início a uma corrida pela ocupação do continente africano que resultou em uma série de atritos entre as nações europeias. Em decorrência disso, Otto von Bismarck, chanceler alemão, buscando defender os interesses da Alemanha e pôr fim a essas disputas, organizou a Conferência de Berlim, entre 1884 e 1885. Algumas das pautas debatidas na conferência foram as questões relativas à navegação dos rios Congo e Níger, a questão do mapa cor-de-rosa proposto por Portugal, e também foi organizada a divisão do continente africano, isto é, estabelecidas as fronteiras entre as regiões e estipulado quais nações teriam direitos sobre os territórios.

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IMPERIALISMO NA ÁFRICA (PGS. 33-36) A ocupação do continente africano ocorreu sob a justificativa de ser uma “missão civilizatória”, na qual as nações europeias levaram a civilização para os povos “atrasados” da África. A exploração do continente para fins econômicos também utilizava-se de missionários. Todas essas justificativas utilizadas partiam de ideais racistas, como o darwinismo social, que estipulava que o homem branco era “superior”. Hoje, sabemos que as justificativas utilizadas não passavam de disfarce para os reais interesses que eram de promover a exploração econômica do continente africano. A ocupação do continente africano, por sua vez, não aconteceu de maneira pacífica, pois os povos africanos lançaram dura resistência contra a presença europeia. Neste texto é encontrado um dos exemplos de resistência ao imperialismo.

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CONGO BELGA (PG. 36) No século XIX, a ação imperialista belga se estabeleceu na região do Congo, na parte central do continente africano. Em 1885, o domínio belga nessa região foi confirmado na chamada Conferência de Berlim, quando o rei Leopoldo II transformou o extenso território em sua propriedade pessoal. No ano de 1908, o território congolês voltou a ser controlado pelo governo, recebendo o nome de Congo Belga. Até a década de 1940, o território colonizado experimentou uma fase de relativa prosperidade econômica.

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REVOLTAS E RESISTÊNCIA (PGS. 37-38) A ocupação do continente africano pelas nações europeias não aconteceu pacificamente. Em todo o continente, explodiram movimentos de resistência que enfrentaram a dominação europeia. A vitória dos europeus sobre esses movimentos africanos ocorreu, principalmente, em decorrência de sua tecnologia superior, que lhe permitiram facilidades de comunicação e armamentos mais modernos.

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CONSEQUÊNCIAS O imperialismo foi muito forte no mundo, durante o período citado (entre 1884 e 1914), mas a presença de europeus como colonizadores na África e na Ásia ocorreu até a segunda metade do século XX. O imperialismo deixou graves consequências nesses locais, como: ●







A demarcação de fronteiras artificiais gerou impactos negativos até hoje na África e causou inúmeras tensões entre as nações africanas. Durante o neocolonialismo, surgiu uma série de disputas étnicas influenciadas por ação europeia. Um dos casos mais notáveis aconteceu em Ruanda, região que havia feito parte do Congo Belga. Em 1994, um massacre de grandes proporções aconteceu no país, e hutus foram responsáveis pela morte de aproximadamente 1 milhão de tutsis. A exploração econômica deixou marcas profundas e, até hoje, a maioria absoluta dos países africanos sofre com economias instáveis. Os nativos foram sujeitos a uma violência escabrosa. Um caso notável foi no Congo Belga, quando 10 milhões de pessoas morreram fruto da violência colonial dos belgas.

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Daniel Násser 99622-5062

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