AULA 16 TEÓRICOS 7 ANO

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COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA

PERÍODO:

TURMA:

05/04/2021 A 09/04/2021

7.º ANO

AULA: 16 OBJETOS DE CONHECIMENTO: A formação e o funcionamento das monarquias europeias: a lógica da centralização política e os conflitos na Europa.

HABILIDADES: (EF07HI07): Descrever os processos de formação e consolidação das monarquias e suas principais características com vistas à compreensão das razões da centralização política.

DESENVOLVIMENTO DA AULA: 1) Veja à videoaula disponibilizada no https://www.youtube.com/watch?v=1zPwRrDL9q8 2) Para aplicação do conhecimento, leia o texto complementar. 3) Veja o resumo e as figuras relacionadas sobre o texto. 4) Resolva os exercícios de aprendizagem do anexo 1.

TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO Os teóricos do absolutismo europeu desenvolveram teorias com objetivo de legitimar a centralização de poder político nas mãos dos reis. O absolutismo foi um período do velho continente marcado pela centralização de poder político nas mãos dos monarcas entre os séculos XVI e XVII. A união entre reis e burguesia para superar o sistema feudalista contribuiu diretamente na consolidação das práticas absolutistas. Assim, a formação dos estados nacionais modernos constituiu a estrutura política e econômica dos países absolutistas em direção a um governo centralizado no poder real. Durante esse período, surgiram os teóricos absolutistas que elaboraram teses que defenderam uma sociedade disciplinada e controlada por um único líder, que seria o soberano. A intenção desses pensadores era legitimar o Absolutismo na Europa, mostrando através de suas ideias a importância da existência de um estado forte para comandar os súditos.

Dessa forma, entre os principais teóricos do Absolutismo destacaram-se:

Maquiavel, que escreveu o clássico livro intitulado “O Príncipe”, Thomas Hobbes, autor da obra “Leviatã”, e Jacques Bossuet, que escreveu “Política Retirada da Sagrada Escritura”. O teórico italiano Maquiavel (1469 – 1527) ficou conhecido principalmente pelas suas frases simbólicas para retratar o governo ideal. Ele defendeu que o estado para atingir os seus objetivos não deveria medir esforços, pois “os fins justificam os meios”. Uma das alternativas para construir um governo forte seria a separação entre moral e política, uma vez que as razões do estado deveriam ser superiores a quaisquer valores culturais e sociais da nação. Maquiavel elaborou a tese de que o Príncipe (líder político) deveria aprender a ser mau para conseguir manter o poder e, além disso, defendeu um governo em que os indivíduos eram vistos como súditos, que deveriam apenas cumprir ordens.

Thomas Hobbes (1588 – 1679) foi um dos teóricos mais radicais do Absolutismo. Ele defendeu a tese de que “ homem era o lobo do homem”, afirmando que os seres humanos nasciam ruins e egoístas por natureza. Esse pessimismo perante a humanidade levou o teórico inglês a propor um pacto político em que as pessoas conseguiriam conquistar paz e felicidade. Esse pacto dizia que para a humanidade viver em harmonia, ela deveria abdicar de seus direitos e os transferir a um soberano cujo papel era conter o ímpeto do homem em seu estado de natureza. Dessa forma, Hobbes legitimou a existência do poder real afirmando que era através dele que as pessoas não viveriam em um cenário de caos e guerra.

Jacques Bossuet (1627 – 1704) foi o teórico responsável por envolver política e religião em sua tese. Ele partiu do pressuposto que o poder real era também o poder divino, pois os monarcas eram representantes de Deus na terra. Por isso, os reis tinham que possuir controle total da sociedade. Dessa forma, eles não poderiam ser questionados quanto às suas práticas políticas. Assim, o monarca possuía o direito divino de governar e o súdito que se voltasse contra ele estaria questionando as verdades eternas de Deus. Os teóricos absolutistas defenderam uma forma de Governo Monarquista em que o poder estava concentrado nas mãos dos reis. Suas teorias foram questionadas a partir da elaboração das teses liberais durante o Iluminismo que reivindicaram governos democráticos e a soberania popular na política.

ANEXO: 1 ATIVIDADES 1- (ENEM – MEC). I. Para o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), o estado de natureza é um estado de guerra universal e perpétua. Contraposto ao estado de natureza, entendido como estado de guerra, o estado de paz é a sociedade civilizada. Dentre outras tendências que dialogam com as ideias de Hobbes, destaca-se a definida abaixo. II. Nem todas as guerras são injustas e, correlativamente, nem toda paz é justa, razão pela qual a guerra nem sempre é um desvalor, e a paz nem sempre um valor. Comparando as ideias de Hobbes (textoI) com a tendência citada no texto II, pode-se afirmar que: A) em ambos, a guerra é entendida como inevitável e injusta. B) para Hobbes, a paz é inerente à civilização e, segundo o texto II, ela não é um valor absoluto. C) de acordo com Hobbes, a guerra é um valor absoluto e, segundo o texto II, a paz é sempre melhor que a guerra. D) em ambos, a guerra ou a paz são boas quando o fim é justo. E) para Hobbes, a paz liga-se à natureza e, de acordo com o texto II, à civilização.

2- (FGV-SP) “Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado que temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível ser ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se só se pode ser uma delas [...] ”Maquiavel, n. O príncipe. Ed. Europa-américa, 1976. P. 89. A respeito do pensamento político de Maquiavel, é correto afirmar que: A) mantinha uma nítida vinculação entre a política e os princípios morais do cristianismo. B) apresentava uma clara defesa da representação popular e dos ideais democráticos. C) servia de base para a ofensiva da igreja em confronto com os poderes civis na Itália. D) sustentava que o objetivo de um governante era a conquista e a manutenção do poder. E) censurava qualquer tipo de ação violenta por parte dos governantes contra seus súditos.

3- “O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio deus. [...] Três razões fazem ver que este governo [o da monarquia hereditária] é o melhor. A primeira é que é o mais natural e se perpetua por si próprio [...] A segunda razão [...] É que esse governo é o que interessa mais na conservação do estado e dos poderes que o constituem: o príncipe, que trabalha para seu estado, trabalha para seus filhos, e o amor que tem pelo seu reino, confundindo com o que tem por sua família, torna-se-lhe natural [...]. A terceira razão tira-se da dignidade das casas reais [...]. A inveja, que se tem naturalmente daqueles que estão acima de nós, torna-se aqui em amor e respeito; os próprios grandes obedecem sem repugnância a uma família que sempre viram como superior e à qual se não conhece outra que a possa igualar.” As ideias presentes no texto acima podem ser associadas à qual teórico? A) Jacques Bossuet, teórico do Absolutismo francês que divergia da teoria do contrato social. B) Nicolau Maquiavel, italiano que defendia valores como virtude e fortuna para a manutenção do poder do príncipe. C) Thomas Hobbes, inglês que defendia que a sociedade civil deveria se organizar politicamente para sair do estado de natureza, associada à guerra. D) Hugo Grotius, que preconizava a existência de um estado forte para controlar a sociedade civil.
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