ANATO E CICLO #

12 Pages • 4,975 Words • PDF • 1 MB
Uploaded at 2021-09-24 15:53

This document was submitted by our user and they confirm that they have the consent to share it. Assuming that you are writer or own the copyright of this document, report to us by using this DMCA report button.


ANATOMIA APLICADA AO EXAME GINECOLÓGICO E OBSTÉTRICO Parede Anterior do Abdome  





 



A Pelve é recoberta anteriormente pela continuação da parede anterior do abdome (com suas fáscias e músculos) Parede anterior do abdome é constituída por: o Pele o Camada subcutânea o Bainha do m. Reto abdominal (forma intersecções no m. Reto abd.) + Mm oblíquo interno, externo e transverso  importante na abordagem cirúrgica da pelve Suprimento sanguíneo o A. ilíaca  A ilíaca externa  A. Femoral (formada quando a ilíaca externa cruza o ligamento inguinal) Irriga MMII  A. epigástrica superficial, A. pudenda externa  Irrigam musculatura anterior do abdome Inervação o Nn intercostais e subcostais (parte sensitiva) o N hipogástrio e N inguinal Pudendo feminino (vulva feminina) o Compreende os órgãos externos femininos Períneo feminino o Losango entre a sínfise púbica até cóccix sendo lateralmente delimitada pelas tuberosidades isquiáticas e ramos inferiores do púbis o Musculatura  Forma o assoalho pélvico e promove a continência dos órgãos subjacentes (aparelhos urogenital e intestinal)  Formada principalmente pelo M. levantador do ânus (Puborretal, Pubococcígeo e Iliococcígeo)  Músculos fundamentais às continências fecal e urinária (formam a musculatura ao redor dos anéis, formando os esfíncteres)  Se esses músculos se tornam débeis, haverá distopia muscular e falta de continência  Os órgãos subjacentes descerão formando as cistoceles e/ou retoceles principalmente ao aumento da pressão abdominal (ao espirrar, tossir, rir etc)  Músculos da região perineal  Mm Transverso profundo e Transverso superficial do períneo, m Bulboesponjoso e m Isquiocavernoso (os dois últimos fazem parte da excitação feminina) Órgãos reprodutores externos o Vulva  Monte púbico (depósito de gordura logo após a sínfise púbica) + Pêlos (de distribuição triangular o que é característico do sexo feminino)  Grandes lábios (duas grandes pregas de pele que fecham o pudendo feminino, e também são providos de pelos)  Pequenos lábios (mais finos, úmidos e também delimitam o Vestíbulo da Vagina) que formam na sua porção anterior, o Frênulo do clitóris onde reside o Clitóris (pequena glândula responsável pela excitação feminina e extremamente inervada e irrigada por Vasos que vêm da A. Pudenda interna que é ramo terminal da A. Ilíaca interna)  Vestíbulo da Vagina Constituído por: Meato uretral externo, Orifício Vaginal e ao lado do orifício vaginal teremos os ductos das Glândulas Vestibulares maiores (Gls de Bartholin) e ao lado do meato da uretra, teremos as Gls. Parauretrais ou Gls de Skene (são muito pequenas e estão relacionadas, assim como as Gls de Bartholin, à lubrificação vaginal)  Corpo perineal  entre o Pudendo feminino e o ânus



 

 

   

A ilíaca interna é a responsável pela nutrição dos órgãos internos reprodutivos femininos (útero, ovários, tubas e as glândulas anexas), além do pudendo feminino. o A pudenda interna (terminal da ilíaca) é a que vai fazer toda a irrigação do pudendo feminino. Clitóris Glândulas vestibulares (de Bartholin) – mais facilmente contaminadas por agentes como clamídia e gonococo, sendo sitio de infecções e abscessos (as bartholinites) o Pode ter somente a obstrução do ducto gerando o abscesso que precisa ser drenado. o Muitas vezes as glândulas precisam ser extirpadas, que é a bartholinectomia (não causa prejuízo a lubrificação, pois outras glândulas vão suprir). Órgão eréteis femininos: músculo esponjoso e o bulbo do vestíbulo. Bulbo do vestíbulo: é a região ao lado do vestíbulo vaginal que está relacionado com a parte do clitóris que é a única parte visível, a parte do bulbo se torna invisível pelas fáscias e pela musculatura. Está relacionado a resposta sexual e excitação feminina. Glândulas parauretrais (de Skene): se abrem bem perto das glândulas de Bartholin, são muito pequenas e de difícil visualização. Óstio uretral: se encontra na região vestibular vaginal, facilmente visível, um pouco acima do introito vaginal. Hímen: fica no introito vaginal e existem de vários tipos (cribriforme, septado ou anular que é o mais comum). Quando o hímen se rompe fica ao redor pequenas margens de mucosa, sendo chamadas de carúnculas himenais. Canal vaginal: órgão de cópula feminino. o É uma estrutura músculo-membranosa cujo comprimento é em torno de 6 a 8 cm. o Possui uma distensibilidade enorme por causa das fibras colágenas muito grandes em torno de toda essa parte do canal. o Tem uma relação direta com o colo uterino que está completamente intrincado dentro da vagina. o Tem os fórnices (ou fundo de saco) que nada mais é do que essas regiões que delimitam o colo e a vagina, então tem os fórnices anterior, posterior e os laterais. o Formada por epitélio pavimentoso estratificado. o Extremamente vascularizada. o Inervação sensitiva se dá em toda a região vaginal, porém na parte mais próxima do colo vai se tornando menos pronunciada (o que possibilita pequenos procedimentos, como biópsia, sem precisar de anestesia). o Os fórnices também são locais de avaliação por um exame ginecológico, o posterior é lugar de toque de exame quando faz o toque bimanual que está se queixando de dor pélvica ou na relação sexual, a reação da paciente é o chamado grito de Douglas. o Grito de Douglas: no momento que faz o toque bimanual e chega ao fórnice posterior, consegue mobilizar o útero dentro da cavidade pélvica feminina e os ovários e tubas que são os mais atingidos das DIP’s, nessa mobilidade vai provocar dor e a paciente relata uma dor insuportável. o OBS: é importante saber se a dor é no início do ato sexual (penetração) ou no meio do ato, pode ter nas duas fases ou não. Nas DIP’s a dor geralmente é no meio do ato, quando toca no colo uterino.



Artéria uterina: um imbricado de vasos que assume uma posição espiralada, esse espiralamento acontece porque o útero vai passar por um crescimento longitudinal no momento da gestação e essas artérias vão acompanhando o crescimento sem precisar interromper o seu curso, elas vêm geralmente das laterais do útero, também vai ter algumas anastomoses com outras artérias que serve como outra via de passagem caso uma artéria seja embolizada.

Colo do útero  Endocérvice: epitélio com células glandulares, colunares. Mais sensível a agressões e ao pH ácido. Obs.: O colo é composto por muito colágeno. Então, ele é extremamente distensível e "rejuvenescido". É possível passar por vários procedimentos, como cauterizações, retirada de fragmentos, conizações. O colo consegue se restaurar tanto pelo suprimento vascular quanto pela sua histologia (rica em colágeno, elastina, proteoglicanos e poucas fibras musculares lisas).  Sinal de Chadwick e Hegar: amolecimento do colo na gestante percebido ao toque. No toque ginecológico a sensação é a mesma que tocar na ponta do nariz, pois o colo é extremamente cartilaginoso, cheio de colágeno. Já o colo gravídico é mais mole, como se estivéssemos tocando no lobo da orelha. Isso se dá devido às várias anastomoses que tem com outras artérias, como a artéria retal média, que vem da artéria mesentérica.  Na função do corpo perineal temos o suporte do seguimento anorretal, suporte vaginal, auxilia na manutenção das continências fecal e urinária, matém a plataforma orgásmica. Essa continência se dá devido a contração da parte m muscular.Impede a expansão do iato genital, é barreira física entre o reto (que tem flora propícia) e a vagina. 

Morbidade potencial do corpo perineal: pode ser lesionado durante as lacerações do parto e a episiotomia (corte fei to na região perineal para ter mais facilidade na hora que a apresentação fetal cefálica vai sendo exposta).



Lesão no nervo pudendo: pode estar associada à lesão de corpo perineal.

Parte anal 

Também estão relacionadas a ginecologia. Temos as espinhas, fossa ísquio anal que é um local importante de abc essos é uma região potencialmente/extremamente contaminada principalmente por E. coli, que é o maior fator de i nfecção do trato urinário feminino.

Órgãos Reprodutores Internos 

Útero o o o o o o

principal órgão formado por uma serosa camada muscular formada pelo miométrio O endométrio é sua mucosa espaços relacionados à bexiga, canal vaginal, porção supra vaginal fórnices, anterior e posterior (entre colo e bexiga e colo e o reto, respectivamente)



O útero tem essa íntima relação e esses espaços, formado principalmente por peritônio que rebate da parte vesical e ampola retal, nos recessos entre o útero e a bexiga, e entre o útero e reto. São escavações que são importantes na delimitação dos outros órgãos.



Corpo uterino

o formato piriforme o nas nulíparas tem aproximadamente 8 cm de comprimento e pesa de 50-60 gramas o Nas multíparas tem tamanho maior, pois o miométrio é como um elástico, a medida que ele estica nunca m ais volta para a posição inicial. Por isso, sempre quando temos referencis de tamanho, isso ocorre muito e m USG, temos que ter em mente a referência do tamnho do útero em um mulher que já engravidou e de u ma nulípara. Sempre que você se deparar com um útero muito grande, você deve relacionar com quantas gestaçoes esse útero teve. Se ela ja teve 3 ou 4 gestas, esse útero pode ser considerado normal para ela. Na quarta gesta, até 180ml de volume é considerado normal, mas se for 180 ml em nulípara, esse útero e stá completamente fora do tamanho normal, nessa paciente há um aumento do volume uterino. o Cornos: na parte superior do útero, são dois (direito e esquerdo), ficam antes de iniciar as tubas uterinas o Fundo uterino: fica acima dos cornos o Istmo: na região que antecede a cérvix/colo do útero. É uma região ma is angulada/estenosada, antes de adentrar no colo uterino. o Na gravidez há alterações: o peso varia para 1kg, quando está cheio d e anexos fetais, líquido da bolsa amniótica. o Colo uterino: aparência fusiforme, dotado de um orifício interno (que fi ca dentro do orifício externo) e outro externo (fica 3 ou 4 cm após o int erno, é visto através da vagina quando é inserido o espéculo). Obs.: na obstetrícia o orifício interno deixa de existir e passa a ser chamado de orifício obstétrico. O istmo também deixa de exisitir. Essas duas estruturas deixam de existir por aumentarem de diâmetro. o Porção supravaginal e vaginal: são as porções do colo uterino que visualiza-se por dentro da vagina, ficam ao redor do colo. o Orifício antes e depois do parto. o O orifício com cortes, cicatrizes e chanfrado é o da multípara. O parto, na grande maioria ds vezes provoca cortes no orifício. o Ectocervice: epitélio pavimentoso, mais acostumsdo a agressões, e a um pH entr e 4 e 4,5 que é o pH vaginal. o Endocervice: epitélio glandular com células colunares, que são células mais sensí veis, que não estão acostumadas / expostas ao pH vaginal. CAMADAS DO ÚTERO   

Miométrio; Perimétrio: camada serosa, formada de peritônio; Endométrio: camada mucosa que sofre várias alterações hormonais.

Endométrio  Composto por várias glândulas, geralmente retas;  Nele ocorre a implantação do blastocisto, então é extremamente importante para a gravidez;  Apresenta duas camadas: uma basal, que nunca desintegra e uma funcional (dividida em uma parte compacta e uma parte esponjosa). Na menstruação é a camada esponjosa que se desintegra e parte da compacta. A basal nunca degenera. Mostra imagens de USG:

 

Endométrio na fase menstrual, descamando; Endométrio trilaminar: espesso, que já passou pela fase proliferativa e está preparado para na fase lútea (após a fecundação) receber o blastocisto e alimentá-lo até que a placenta assuma no 4º mês de gestação.

Miométrio  Composto por feixe de músculo liso, com fibras espiraladas;  Importante na contratilidade uterina;  Os vasos ficam entrelaçados na musculatura;  O fórnix? só tem 10% de músculo;  Há hipertrofia do miométrio na gestação. Obs.: Estreito superior e médio: é o palco do parto vaginal, na região da pelve verdadeira (ou pelve obstétrica). Pelve falsa: estreito das asas do íleo. Não tem relação com a possibilidade de saber se o parto será vaginal. O útero está ligado à cavidade pélvica por alguns ligamentos: ligamento redondo (após a entrada do ovário), ligamento largo (duas folhas de peritônio), dividido em perimétrio (ligado ao útero), mesosalpíngio (ligado às tubas) e mesovário (ligado ao ovário). Outros ligamentos: ligamento útero-ovárico (ou próprio do ovário) e ligamento infundíbulopélvico (ou suspensor do ovário). Os dois são ligamento do ovário. Na histerectomia, quando o ovário for retirado, o primeiro ligamento rompido é o infundíbulo-pélvico. Ligamento infundíbulo pélvico ou suspensor do ovário é que limita a cavidade pélvica. Ligamentos que deixam o útero em uma posição mediana:    

Ligamentos uterosacrais: ligam a parte posterior (ligamentos mais fortes e ligam ao sacro) Ligamentos cardinais Ligamento redondo Ligamento largo (mesossalpinge, mesovário)

OBS.: Na proximidade desses ligamentos e da a. uterina tem o ureter. Grande preocupação do ginecologista na histerectomia é ligar o ureter.

Artéria Uterina: é um ramo da ilíaca interna e dá um ramo para a tuba e para o ovário. No ovário vai se anastomosar com o ramo da a. ovárica (ramo da aorta abdominal). Lembrar que a a. gonadal vem da a. abdominal (tanto a testicular como a ovárica).

Veias arqueadas A drenagem da v. direita é para a v. cava inferior e a a v. esquerda (geralmente ovariana esquerda) vai para a v. renal esquerda. Tubas uterina:     

Porção intersticial: mais intramural dentro do útero, saindo dos cornos direito e esquerdo Porção do istmo: porção mais longa Porção da ampola: mais alargada, local de fecundação do óvulo Porção do infudíbulo: final Fímbria ovárica: capta o oocito depois que extravasa do folículo.

Ovários:  Mesovario  Suspenso de cada lado pelo infundíbulo pélvico ou suspensor do ovário Articulações pélvicas:  Sínfise púbica  Sacroiliacas OBS.: todas essas articulações vão ser embebidas por proteoglicanos no momento da gravidez e gera dor. Por isso é muito comum a gestante ter dor constante na região pélvica. Esse relaxamento das articulações é importante para que na hora do parto se tenha a propulsão, ou seja, a sínfise púbica propulsiona adiante e o cóccix para trás, levando a um aumento do ângulo antero posterior (ângulo conjugado verdadeiro ou obstétrico) que é o principal ângulo em relação a medida de uma bacia adequada para o parto. Referência para essas medidas:  Promontório sacral (primeira parte do sacro): se passa uma linha imaginária até a sínfise púbica fazendo a delimitação dessa angulação. Diâmetros diferenciados geram os vários tipos de pelves:  Pelve ginecoide (50%): quando é quase um círculo. É a melhor das bacias obstétricas.  Pelve antropoide (25%) : são alongados. Rodadas 90°. Praticamente contraindica o parto vaginal.  Pelve androide (20%): convergente, formato de triângulo e acontece em quase todas as negras.  Pelve platipelóide (5%): mais rara. Achatada, quase nunca tem um parto vaginal. Exame: Dedo mensurador tenta tocar o promontório sacral que nem sempre é atingido (pois geralmente é ginecoide), quando é atingido significa que estamos diante dos outros tipos de bacias. Outra parte do dedo toca a parte ileopúbica.

CICLO MENSTRUAL Alterações estruturais e hormonais nessas três hierarquias hormonais: lembrar que tudo vem do eixo hipotálamo – hipófise – ovário. Então, existem três eixos que vai da parte hipotalâmica, da parte hipofisária (que é basicamente a adeno-hipófise ou hipófise anterior), até os ovários, e deste se estende ao longo das estruturas pélvicas, propiciando um ambiente adequado para receber o concepto. O hormônio iniciador de todo esse processo é o GnRH, que é o hormônio liberador das gonadotrofinas. Na menina, o sexo já é definido na 8 semana de gestação, e nessa fase ela já começa a ter toda essa capacitação dos oócitos ao longo dos seus brotos produzidos nos ovários. A partir da 20° semana de vida intrauterina, essa menina já começa a ter sua quantidade estacionada de oócitos. Inicialmente esse número é aproximadamente 20 milhões. Mensalmente há uma perda em torno de 1000 a 1200 oócitos, e isso não tem nenhuma conotação hormonal, sendo uma perda espontânea por atresia fisiológica (apoptose celular). Esse processo de perda ocorre desde a 20° semana de vida intrauterina até a menopausa, que é quando já não há mais nenhum oócito. Essa perda mensal independe de qualquer fator hormonal, independe se a mulher toma pílula ou não. Quando a mulher chega na puberdade, ela tem em torno de 400 mil oócitos, os quais continuam a sofrer atresia (apoptose) em toda a menacme, que é a vida reprodutiva da mulher, compreendida entre 12/13 anos a 45/50 anos (que é a idade do climatério). Esse pontapé inicial é dado pelo GnRH, que é liberado pelo hipotálamo de forma pulsátil a cada 90 minutos, e através do sistema portahipotalâmico ele vai passar para a adeno-hipófise, que vai comandar o início da liberação das gonadotropinas (LH e FSH). Essas gonadotropinas sairão da hipófise anterior e vão atuar nos ovários, onde serão produzidos hormônios que estão diretamente relacionados ao ciclo menstrual, que são o estrógeno e a progesterona. Todo esse processo ocorre de forma espontânea e concomitante, mensalmente. Exceto quando a anticoncepção for feita, que é quando esses hormônios vão estar em “stand by”. Nesse caso, a pílula impede que haja a foliculogênese no ovário e extrusão do oócito, que seria captado pela fimbria ovária. No ovário pode ter um folículo inicial (primordial), a partir do qual pode ser formar o folículo maduro (folículo de Graff). O folículo pré-antral, onde no interior há um liquido rico em enzimas. O corpo amarelo é um folículo que já extravasou e formou esse corpo amarelo através dos remanescentes do folículo, e depois no final do ciclo menstrual ele sofre apoptose formando o corpo albicans.

O FSH (hormônio folículo estimulante) é responsável por estimular a foliculogênese, enquanto que o LH (hormônio luteinizante) já está mais relacionado com o corpo lúteo. Essas gonadotropinas, por meio de mecanismos de feedback, vão estimular o ovário tanto a nível de folículo como no corpo lúteo, a produzir os dois hormônios ovarianos que são o estrógeno (E2 - estradiol) e a progesterona.

OBS: existem mais dois estrógenos produzidos no organismo: estriol, que é produzido pela placenta, e a estrona que é produzida pela camada gordurosa. Mas esses tipos não entram nesse ciclo menstrual, sendo o único envolvido o estradiol (E2). Foliculogênese 

  



Assim, o início da reprodução se dá com o início da foliculogênese, onde ocorre o recrutamento folicular. Em torno de 8 a 10 foliculos são recrutados para que um deles se torne o ideal (folículo maduro ou folículo de Graff). Os outros vão sofrer apoptose e degenerar. O folículo maduro vai expelir um ovo, que será captado pelas fimbrias da tuba uterina, e assim será fertilizado. Na menacme, em torno de 400 a 500 folículos primordiais serão desenvolvidos, até que o final da capacidade reprodutiva seja atingida, onde não haverá mais oócitos. Inicialmente o oócito terá apenas uma camada de células bem fina e achatada, que é o folículo primordial, o qual é estimulado pelo FSH, que vai iniciar sua subida já a partir do ciclo anterior. O folículo primordial possui inicialmente uma única camada de células, sendo então recrutado pelo FSH produzido ainda no final do ciclo anterior, em torno do 26º dia (ela diz que por isso que o esquecimento dos primeiros compridos da cartela do ACO é mais perigoso pra engravidar) O folículo, pelo estimulo do FSH começa a crescer, desenvolver o antro e atinge estágios mais maduros, evoluindo a folículo de Graaf

Ela não explicou bem isso, coloquei mais pra fins didáticos

No final evolui a Folículo de Graaf ou folículo maduro

  

As células da granulosa são mais internas e lá estão os receptores para FSH As células da Teca interna contém os receptores para LH Lembrar que o GnRH vai ser produzido em pulsos pequenos a cada 90minutos não havendo mecanismos de retroalimentação

Ciclo menstrual            





Duração média de 28 a 30 dias, mas isso não é padrão de normal, sendo regular é o que importa – tipo, se for de 26 dias, mas sempre for 26 dias, ela tá complemente regular pra ela A variação normal vai de 25 a 35 dias Geralmente um único óvulo é liberado de um dos ovários – mas isso tem exceção, daí as gestações múltiplas Tudo isso é pra preparar o endométrio para implantação do blastocisto, sempre que ele estiver preparado significa que houve ovulação A ovulação geralmente marca o meio do ciclo Ela diz que há 03 fases – acredito que esteja considerando a evolução como uma fase Tb, no caso, proliferativa, ovulação e lútea A primeira fase inicia no final do ciclo anterior com o aumento do FSH e recrutamento do folículo, que no período pré-ovulatório está medindo em torno de 16 a 20mm Como o folículo fica cheio de líquido, a imagem a USG fica anecoico, confundindo com cisto ovariano Para que a ovulação aconteça é necessário pico dos hormônios FSH faz pequeno pico Estrógeno faz pico 36h antes da ovulação LH faz fico 24h após o pico do estrógeno, havendo ovulação 12h após isso (em outro momento ela diz 30minutos) Após a evolução inicia a segunda fase, a fase lútea em que há desenvolvimento e espiralamento de glândulas e vasos, aumentando secreção e suprimento sanguíneo O corpo lúteo se forma a partir do remanescente do folículo pelo estimulo do LH

Adendo: antes da puberdade, o ovócito vai estar em prófase II, na puberdade continua a meiose e só conclui quando há fecundação e fusão dos núcleos 

 

Importante avaliar os picos porque muitas vezes a menina não vai estar ovulando, porque ela não está tendo fase lútea e vice versa (transcrevi o q ela disse, acho que quis dizer tipo que não tem como ter fase lútea e menstruar sem ter a ovulação antes) Paciente que não tem fase lútea não ovulam, e consequentemente não menstruam. Ao iniciar a menstruarão, o folículo já está sendo recrutado para o novo ciclo: para formar o folículo de Graaf, as glândulas começam a ficar tortuosas (acredito que do endométrio), que começa a ficar mais vascularizado. O crescimento folicular inicial vai depender da ação hormonal.





o Os folículos no início do ciclo são recrutados. Os que não são dominantes regridem, e apenas um dos folículos irão maturar (em casos raros, 1 de cada óvulo pode vir a maturar, gerando as gravidezes gemelares). A essa altura já se tem um endométrio trilaminar, que é aquele que está apto a entrar em contato com o blastocisto. Quando a progesterona inicia a sua secreção, o folículo vai se degenerando a medida que se recebe a informação de que aquele óvulo não foi fecundado. Assim o corpo luteo (ou amarelo) começa a se transformar em corpo albicans. O endométrio inicia a sua descamação, principalmente a parte esponjosa e uma porção da compacta (a parte basal continua intocável). FSH e LH são responsáveis por todas as manifestações ao longo do ciclo menstrual. o Aos 12 anos a adenohipofise inicia a secreção de LH e FSH que culminará com o início dos ciclos menstruais; o Os extremos de idade (inicio da menstruação e final) é bastante comum a irregularidade menstrual;  Por imaturidade do eixo (na menarca) e por proximidade do fim desse eixo (na menopausa) o FSH: Feedback (-), ou seja, a medida que inicia a foliculogênese, o FSH começa a reduzir. A sua ligação é nos receptores das células granulosas. o LH: Feedback (+), o estrógeno da primeira fase aumenta o LH. O pico de LH é a manifestação mais vista 12h antes da ovulação. A sua ligação é nos receptores da TECA interna. o Pico do LH meia hora antes da ovulação (segundo Cristiane). O FSH aumenta e posteriormente vai decaindo. O estrógeno da mesma forma tem um pico 36h antes da ovulação. o A progesterona é quem “reina” na segunda fase do ciclo. Ele capacita a gestação de acontecer até que a placenta assuma a função que ela iniciou (Pro-gesta).

Mostrando corpo luteo e corpo albicans (atrésia do luteo).







o Estrógeno e progesterona: são os hormônios ovarianos. O estrógeno é secretado nas células da granulosa, e na TECA vai haver secreção de progesterona. Fatores de crescimento, prostaglandina, enzimas proteolíticas, estarão também sendo secretadas. o Porque é comum a mulher sentir dor no meio do ciclo?  Devido as prostaglandinas, que é responsável pela dor, tensão, irritação. o Algumas mulheres também têm um pequeno sangramento, devido a variação do estrógeno, que pode causar uma pequena descamação endométrica, que já está com suas glândulas espiraladas. Na infância não há nada desse processo, pois há uma inibição da maturação do oocito. Já na puberdade há essa maturação folicular (aumento dos folículos, aumento da maturação das células da granulosa, começa a passar de folículo primordial para folículo primário) Formação da TECA o Teca interna: Produção de estrógeno e progesterona o Teca externa: que vai desenvolver a capsula do folículo.

o O folículo fica “guardado” no ponto onde se chama de estigma. Ele começa a romper a capsula no momento da ovulação para haver a extrusão. Esse liquido interno é rico em prostaglandinas, proteoglicanos e ácidos que ajudam no rompimento dessa membrana basal da cápsula do folículo.

  

  

Aparecimento do antro: FSH aumenta, estrógeno aumenta, dando feedback (+) para o LH, aumento assim o antro e a secreção de dentro dele. Mostra o folículo maduro (de Graaf) = neste caso temos certeza que a mulher irá ovular em poucas horas. A ovulação ocorrerá 14 dias após o início da menstruação do ciclo anterior e o ciclo completo é de aproximadamente 28 dias. O estigma é a parede que ficará ao redor do folículo, ficará mais fácil de extravasar, será projetada, e criará um orifício de saída do folículo (chamada de coroa radiada). Após extravasar, o folículo é captado pelas fímbrias ováricas, transportado pelo movimento ciliar da tuba até a ampola, onde “espera” pela fertilização; Para acontecer a ovulação, é necessário o pico de LH! Sem LH, em ovulação; Dois dias antes da ovulação, a secreção de LH aumenta de 6 a 10 vezes, atingindo seu pico cerca de 16h antes desta. O FSH, simultaneamente, aumenta de 2 a 3 vezes. É o LH quem vai converter as células granulosas e da teca em secretoras de progesterona, enquanto a secreção de estrógeno começa a diminuir cerca de 1 dia antes da ovulação;  Essa diminuição do estrógeno e aumento da progesterona são responsáveis, também, pelas tensões pré-menstruais: retenção hídrica, irritabilidade, cefaleias, etc.;  Hoje pode ser considerado uma doença: a disforia prémenstrual (possui CID e está no DSM); (LEU NO SLIDE, entendi que era uma sequência)  Hormônio luteinizante e hormônios esteroides foliculares  enzimas proteolíticas  parede folicular enfraquecida  degeneração do estigma  ruptura do folículo  evaginação do óvulo;  Tudo isso acontece com secreção de prostaglandinas, transudato de ?? para o folículo, aumenta o conteúdo do folículo, extravasa, cai na cavidade, ocasionando a dor que a mulher sente no meio do ciclo;  O estrógeno é responsável pelo aumento da excitabilidade/libido no período periovulatório;

O CORPO LÚTEO  

Sua formação ocorre imediatamente após a ovulação; Regressão do folículo, vira um corpo amarelo, e já começa a secretar grandes quantidade de estrógeno e, principalmente, de progesterona;

 

A progesterona vai favorecer o espessamento do endométrio por um processo proliferativo mitótico, e que depois culminará com a descamação na menstruação, no caso de não haver a fecundação; A fase lútea normal (proliferação, crescimento, secreção e degeneração) existe quando há um desenvolvimento folicular pré-ovulatório ótimo (falou muito rápido, mas acho que foi isso). Sua duração, é em torno de 14 dias, sendo a fase de duração mais regular de um ciclo para outro (quase sempre vai durar de 14 a 15 dias);

OBS.: Mais a frente, ela lê no slide que dura 12 dias;  

Ocorrendo a gravidez, o próprio HCG que será secretado pelo sinciciotrofoblasto dará continuidade ao corpo lúteo, até o 4º mês de gestação; A regressão do corpo lúteo, quando não há gestação, envolve a ação proteolítica da própria secreção de estrógeno  perda de função  morte celular por apoptose  regressão total (corpo albicans). Isso permite o desenvolvimento de novo recrutamento folicular para o próximo ciclo.

A FASE LÚTEA  

  

A progesterona vai agindo na segunda fase do ciclo menstrual, com uma ação relaxante sobre a contração uterina; Já não tem mais o muco filante da ovulação, que normalmente é percebido pelas mulheres que se valem dos métodos naturais de contracepção o Citotérmico  variação de 0,5ºC na periovulação. o Também quando o muco começa a ficar mais branco e menos viscoso, indica a fase lútea, sinalizando a possibilidade da relação sem chances de engravidar; o Só é válido em mulheres regulares; Diminuição do estrógeno + aumento de progesterona  disforia pré-menstrual; Quando a secreção de estrógeno e progesterona pelo corpo lúteo é interrompida, há a cessação do feedback negativo, e a adeno-hipófise volta a produzir FSH, recrutando mais folículos, e iniciando já um novo ciclo; Essa interrupção da secreção também gera a descamação do endométrio (menstruação);

OBS.: Lembrar que o estradiol também é responsável pela formação dos caracteres sexuais secundários femininos (geralmente esse desenvolvimento ocorre até a menarca). Já a progesterona é responsável pela “fase final do útero, além da fase das glândulas na lactação”; A MENSTRUAÇÃO 

 

2 dias antes do fim do ciclo menstrual, não tendo sido fertilizado o óvulo, o corpo lúteo reduzirá subitamente. Os níveis hormonais caem, principalmente progesterona. Começa a descamação endometrial e liberação de substâncias vasoconstritoras, com necrose dos vasos que haviam se espiralado; O efeito contrátil das prostaglandinas, no intuito de expulsar o sangue, é sentido na forma de cólicas. Esse fluxo é normalmente não coagulado devido à liberação de fibrinolisina; Os casos em que o fluxo vem em forma de coágulos podem traduzir patologias;
ANATO E CICLO #

Related documents

12 Pages • 4,975 Words • PDF • 1 MB

0 Pages • 1,477 Words • PDF • 54.5 KB

2 Pages • 893 Words • PDF • 106.6 KB

17 Pages • 7,181 Words • PDF • 113.4 KB

2 Pages • 353 Words • PDF • 613.5 KB

11 Pages • 4,906 Words • PDF • 875.2 KB

4 Pages • 563 Words • PDF • 81.8 KB

1 Pages • 251 Words • PDF • 421.4 KB

134 Pages • 14,212 Words • PDF • 15.9 MB

252 Pages • 60,689 Words • PDF • 9.2 MB

3 Pages • 1,221 Words • PDF • 60.9 KB

32 Pages • 12,438 Words • PDF • 4.1 MB